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GUIA INSTITUTO DO CONSUMIDOR O GÁS EM CASA Guia para a Segurança na sua Utilização

Instituto do Consumidor (2002) O Gás em Casa - Guia para a Segurança na sua Utilização

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GUIA INSTITUTO DOCONSUMIDOR

O GÁS EM CASAGuia para a Segurançana sua Utilização

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O GÁS EM CASAGuia para a Segurança

na sua Utilização

Reimpressão

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FICHA TÉCNICA

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Título: O Gás em Casa - Guia para a Segurança na sua Utilização© Instituto do Consumidor – Outubro 2002

Concepção: Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica (CATIM)Instituto do Consumidor (IC)

Grafismo: Instituto do Consumidor - Teresa Meneses

Ilustração: Ricardo Antunes

Edição: Instituto do ConsumidorPraça Duque de Saldanha, 31,3º1069-013 Lisboa

Impressão eAcabamento: Sogapal

Tiragem: 150 000 exemplares

ISBN: 972-8715-09-9

DepósitoLegal: 186069/02

Reimpressão devidamente autorizadapelo Instituto do Consumidor para a

Agradecimentos: Direcção Geral de EnergiaGalp EnergiaEntidade Reguladora dos Serviços Energéticos

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O GÁS EM CASAGuia para a segurança na sua utilização

ÍNDICE

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1. GASES COMBUSTÍVEIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7O que são? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Como Prevenir e Reconhecer os Perigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9Estabilidade da Chama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10O Gás e o Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11A distribuição/instalação do gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14A segurança na utilização das garrafas de gás . . . . . . . . . . . . . .15

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17Aparelhos para Preparação de Alimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . .22Esquentadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25Dispositivos de segurança dos esquentadores . . . . . . . . . . . . . . .29Radiadores a Gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30Caldeiras para Aquecimento Central . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

3. MANUTENÇÃO, REPARAÇÃO E INSPECÇÃO DAS INSTALAÇÕES . .35As Inspecções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

4. A MINI ENCICLOPÉDIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

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1ag. 4

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Uma utilização segura do fogão, do esquentador oudo aquecedor a gás, exige o conhecimento dealgumas regras básicas relativas à combustão(queima) do gás e também do funcionamento dos

próprios aparelhos. São importantes os locais de instalação,as características dos aparelhos e saber que o gás natural émenos denso que o ar (ao contrário do propano e butano),ou que não é aconselhável as garrafas de propano seremmantidas dentro da habitação.

Desde o acto de compra, passando pela montagem, funciona-mento e manutenção, os consumidores devem consciencializar-seque existem determinados riscos quando não se observam as ade-quadas regras de segurança.

É objectivo deste Guia fazer uma abordagem dos aspectosde segurança mais significativos na utilização/combustão dogás natural, gás butano e gás propano e dos aparelhos que osutilizam: fogões, esquentadores e aparelhos de aquecimento.

Desta forma, pretende o Instituto do Consumidor con-tribuir para uma informação mais objectiva que previna osriscos e aumente a segurança dos consumidores.

Assim, na primeira parte, aborda-se o processo da com-bustão, as diferenças entre os gases combustíveis e os cuida-dos e riscos a ter em conta na sua utilização. Indicam-se aseguir as características dos aparelhos de queima e asquestões de instalação consideradas mais importantes relati-vamente à segurança. Na parte final, apresenta-se umpequeno glossário contendo informação considerada signi-ficativa para os consumidores.

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INTRODUÇÃO

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1. GASES COMBUSTÍVEIS

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1. GASES COMBUSTÍVEIS

O QUE SÃO?

O butano, o propano e o gás natural são compostos porcarbono (C) e hidrogénio (H) e têm a propriedade de se com-binarem com o oxigénio (O), isto é, de reagir com o oxigénio.A esta reacção chama-se combustão ou, em linguagem cor-rente, queima. Daí o dizer-se que são gases combustíveis.

O oxigénio necessário à combustão é fornecido pelo ar atmos-férico, cujos principais componentes são o oxigénio e o azoto.

Na reacção de combustão (C e H do gás com O do ar) pro-duz-se, fundamentalmente, dióxido de carbono (CO2) e água(H2O) e algum monóxido de carbono (CO). Este forma-se sea reacção não for completa - nem todas as moléculas de Cficam rodeadas de O suficiente para produzir CO2 - o quepode significar que não existe ar suficiente para a combustãoda totalidade do gás.

Esta combustão é uma reacção exotérmica, ou seja, libertacalor. É este calor que nós aproveitamos para cozinhar,aquecer água ou aquecer o ambiente. A quantidade de calorobtido é máxima se dispusermos do oxigénio necessário enestas condições liberta-se essencialmente dióxido de car-bono e água na forma de vapor. Quando o oxigénio é insu-ficiente, a combustão é incompleta, e então produz-se,além do dióxido de carbono, o monóxido de carbono, umgás altamente tóxico por inalação.

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COMO PREVENIR E RECONHECER OS PERIGOS

Os riscos de inalaçãoA perigosidade do monóxido de carbono resulta dofacto de ser inodoro, não se sentindo assim a suapresença. Sob o efeito do CO as pessoas habitual-mente desmaiam, pelo que, se estiverem sozinhas,poderão morrer.Os gases combustíveis utilizados nos aparelhos são

inodoros, mas antes de serem introduzidos nas garrafas ounas redes de gás, são adicionados de um produto com cheiro(odorizados), pela empresa distribuidora, de forma a que umafuga possa ser facilmente reconhecida pelo nosso olfacto.Relativamente aos riscos de intoxicação dos gases com-bustíveis, nenhum deles é tóxico.

Os riscos de incêndio e explosãoNo caso de fuga de qualquer destes três gases combustíveis,interessa conhecer como se acumulam numa habitação. Ogás natural é menos denso (pesado) que o ar, pelo que emcaso de fuga sobe, acumulando-se junto ao tecto ou saindopor portas e janelas. O propano e o butano são mais den-sos que o ar e assim, em caso de fuga, acumulam-se juntoao chão. Caso não sejam evacuados a sua concentração noar vai aumentando, podendo ser atingidos os respectivoslimites de inflamabilidade, susceptíveis de provocar a suadeflagração (a faísca de um interruptor eléctrico é suficientepara a provocar). É por este facto que o propano e o butano:

>não podem ser utilizados em caves; e, também>não é permitido o estacionamento de veículos movidos apropano em garagens não ventiladas ou situadas em caves.

Assim, se cheirar a gás ou se houver suspeita de que háfuga de gás deve:

1. GASES COMBUSTÍVEIS

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>cortar a alimentação do gás na habitação (na garrafaou na válvula de corte geral junto do contador);>apagar qualquer queimador que esteja aceso;>não utilizar fósforos ou qualquer outra fonte de ignição(isqueiros, por exemplo);>não accionar qualquer interruptor eléctrico;>abrir as janelas para arejamento;>não utilizar o telefone fixo da habitaçãonem o telemóvel nas proximidades da áreaafectada; sair para o exterior do edifício esó então usar o telemóvel para contactar o distribuidorde gás;>se suspeitar que há fuga de gás num apartamentovizinho do seu, não toque à campainha; bata à portapara informar os respectivos ocupantes.

ESTABILIDADE DA CHAMA

Para qualquer tipo de gás interessa que os consumidoressaibam observar a estabilidade da chama. Considera-se queuma chama é estável se não tiver tendência, nem para desco-lar (sair para fora dos orifícios do queimador), nem para terretorno (entrar dentro dos orifícios do queimador). O fenó-meno do descolamento é acompanhado por algum ruído. Oretorno acontece, normalmente, ao rodar o manípulo daposição de máximo para a posição de mínimo.

>Em qualquer dos casos há a possibilidade de se libertar gássem ser queimado. Deve por isso solicitar-se a intervenção deum técnico especializado para verificar o aparelho.>Quando a ponta da chama está amarela pode ser sinalde combustão incompleta. Tal situação só é preocupantese for acompanhada da formação de depósitos de car-bono (as panelas, por exemplo, ficam sujas de negro),

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1. GASES COMBUSTÍVEIS

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resultante de uma relação ar/gás incorrecta. Neste casodeve ser solicitada a intervenção de uma enti-dade montadora para verificar o aparelho.

>Periodicamente ou quando a chama deixarde ser estável e azulada, e passar a apresentar-se instável,ruidosa ou fortemente amarelada, mande verificar o seuaparelho por uma entidade montadora*.

O GÁS E O AMBIENTE

Das emissões gasosas da combustão do gás resulta essen-cialmente dióxido de carbono e água. O CO2 produzido éconsiderado poluente por contribuir para o efeito deestufa, existindo mesmo acordos no sentido de diminuir asua produção. As quantidades de calor libertadas pelos váriosgases são diferentes. No entanto, para a produção da mesmaquantidade de energia, o gás natural liberta menos CO2 doque o butano ou o propano. Por essa razão, o gás naturalé considerado um gás menos poluente (dito mais limpo) doque o butano e o propano.

Outros produtos da combustão só poderão existir se houverimpurezas no gás ou se a combustão for incompleta (forma-se CO).

Chuvas Ácidas - Uma das impurezas que pode existir é oenxofre, produzindo-se neste caso óxidos de enxofre(SO2/SO3) que, em contacto com a água, formam o ácidosulfúrico dando assim origem às chuvas ácidas.

Óxidos de Azoto - Como resultado da utilização do ar nacombustão, o Azoto (N) que ele contém, por acção das altastemperaturas, dá origem a óxidos de azoto, que são poluentesatmosféricos. Como existem sob várias formas, por exemploNO e NO2, habitualmente designam-se por NOx.

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Em alguns países há legislação relativamente às emissões deóxidos de azoto. Embora exista uma classificação em funçãodo teor em óxidos de azoto produzidos, não se encontramainda fixados por normas os limites de emissão.

Reduzir as emissões gasosas é um deverA redução das emissões gasosas pode ser conseguida uti-lizando gás

>com poucas impurezas ou fazendo uma utilização maiscorrecta;>racionalizando o consumo, isto é, não consumir gássenão quando necessário, ou da forma mais correcta.

ESTÁ AO ALCANCE DO UTILIZADOR SABER, POR EXEMPLO:

Como utilizar melhor o fogãoPara cada queimador deve ser escolhido um recipiente cujabase tape completamente a chama. Se a chama tocar oslados do recipiente arrefece mais do que o previsto, o quefaz com que a reacção seja incompleta. Para além de sepoderem formar depósitos de carbono no recipiente, hádesperdício de energia.Deve ser escolhido um recipiente de capacidade adequadaà quantidade de alimentos que se pretende confeccionar.Em particular, se o recipiente for utilizado muito cheio, aoferver transborda, podendo extinguir a chama com conse-quente libertação de gás não queimado, se a pessoa queestá a cozinhar não estiver presente e/ou o queimador nãopossuir dispositivo de segurança.Após a ebulição deve ser reduzida a chama de modo a quea mesma se mantenha sem ser demasiado violenta. Napreparação dos alimentos a confeccionar há sempre água.

1. GASES COMBUSTÍVEIS

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A temperatura de ebulição desta, que é o que faz cozer osalimentos, é sempre 100ºC independentemente da

quantidade de calor que lhe é fornecida. Mantera chama no máximo conduz à evaporação maisrápida da água, correndo-se o risco de queimaros alimentos. A cozedura não é mais rápida edesperdiça-se energia. Para que a cozedura sejamais rápida é necessário que a temperatura deebulição da água seja mais alta, o que aconteceaumentando a pressão - é esse o princípio de fun-

cionamento das panelas de pressão. Estes utensílios servempois para poupar gás, independentemente de outras vanta-gens em algumas preparações culinárias.

Como melhor manter a casa quenteManter a casa quente durante todo o dia fica muito carodevido ao consumo de gás. O sistema de aquecimentoinstalado deve permitir isolar as zonas que não se pretendeaquecer, nem que seja manualmente. Esse isolamentomanual não é muito cómodo e traduz-se, por vezes, emexcesso ou, noutras vezes, em falta de aquecimento - ouporque não nos lembramos de isolar ou de colocar emserviço certas zonas da casa. O ideal, quando existe aque-cimento central, é poder programar automaticamente aszonas a aquecer em função da ocupação diária dahabitação. Convém efectuar os cálculos e verificar se ummaior investimento inicial é compensado pelo que sepoupa em termos de consumo de gás.

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1. GASES COMBUSTÍVEIS

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A DISTRIBUIÇÃO/INSTALAÇÃO DO GÁS

O gás natural só é distribuído na fase gasosa,através de condutas, pois para passar à faselíquida é necessária uma pressão muito elevada,o que tornaria perigosa a sua utilização.

O gás butano só é distribuído em garrafas.O gás propano pode ser distribuído em garrafas ou a par-tir de reservatórios.

Na alimentação a partir de garrafas, o gás passa da faselíquida à fase gasosa ao reduzir-se a pressão.Nas garrafas de butano, tendo em conta que a pressão nointerior da garrafa não é muito elevada, basta um “redutor”,com uma pressão de saída de 30 mbar (milibar), que é apressão para a qual os aparelhos foram concebidos para fun-cionarem com butano.

Nas garrafas de propano, sendo a pressão no interior maiselevada, utilizam-se dois redutores, um à saída da própria gar-rafa, que reduz a pressão para 1,5 bar e outro antes da ali-mentação dos aparelhos. Este segundo redutor deve ter umapressão de saída de 37 mbar, que é a pressão para a qual osaparelhos foram concebidos para funcionarem com propano.

No caso da distribuição na fase gasosa de gás natural oupropano (a partir de reservatórios), também é necessárioreduzir-lhes a pressão. Para esse efeito utiliza-se um redutorque habitualmente é colocado junto do contador de gás. Paragás natural a pressão de saída do redutor deve ser de20 mbar e para o propano de 37 mbar.

Como o butano tem baixa capacidade de vaporização,habitualmente não é utilizado no exterior das habitações.

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1. GASES COMBUSTÍVEIS

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Mesmo no caso do propano, no inverno, chega aformar-se gelo à volta da garrafa. O ar tem sempreágua sob a forma de humidade. Com o abaixamen-to da temperatura provocado pela vaporização dogás, as paredes da garrafa ficam frias e a água exis-tente na superfície exterior solidifica.

As garrafas de gás são construídas de modo a resistirem aoschoques e às altas pressões pelo que, em utilização normal,não existe o risco de rebentarem. Isso só se verifica se, numincêndio, a garrafa de gás ficar no meio das chamas - com aelevação da temperatura há muito gás na fase líquida quepassa a gasosa aumentando muito a pressão no seu interior.Sempre que possível, em caso de incêndio, devem retirar-separa o exterior as garrafas de gás.

A SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DAS GARRAFAS DE GÁS

>Não deve utilizar ou armazenar garrafas de gásem caves. As garrafas de propano não devem serarmazenadas no interior das habitações;>Quando ligar o redutor à válvula da garrafaverifique se ficou bem ajustado;>Não utilize ferramentas para resolver eventuaisdificuldades no manuseamento da válvula ou do redutor;>Evite maus tratos que podem afectar as condições desegurança da válvula, do redutor ou do tubo;>Nunca deite ou inverta a garrafa quando está em utilização;>Lembre-seque o redutor deve ser fechado após cada utilização;>Não substitua a garrafa vazia por outra cheia, próximode lume ou chama;>Se suspeitar de alguma deficiência na válvula da gar-rafa ou no funcionamento do seu redutor, incluindo fugasde gás, dirija-se ao seu fornecedor.

1. GASES COMBUSTÍVEIS

*ver site da Direcção-Geral da Energia (www.dge.pt)

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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O gás constitui hoje a fonte de energia mais utilizada nashabitações, quer no aquecimento da água ou do ambiente,quer na preparação de alimentos.

Para que o seu uso seja mais seguro e eficiente interessa queos utilizadores tenham conhecimento de alguns aspectos dosaparelhos de queima - aparelhos para preparação de ali-mentos, esquentadores e radiadores.

Os aparelhos são classificados quanto ao tipo de gás com quepodem ser alimentados e quanto ao modo de alimentação em arpara a combustão e à evacuação dos produtos da combustão.

Categoria e família - de acordo com os gases com quepodem ser alimentados os aparelhos classificam-se em cate-gorias. A categoria vem indicada na placa de característicasdo aparelho (ver esquema da pág:21), sendo a mais vulgarpara aparelhos de utilização doméstica, a categoria II2H3+.

Esta categoria significa:II - o aparelho foi concebido para poder utilizar 2 famílias de gases;2- 2ª. família (gás natural);3- 3ª. família (gases de petróleo liquefeitos - propano e butano);+ - o aparelho usa, quer butano, quer propano, sendo noentanto diferentes as respectivas pressões de alimentação(30 mbar para o butano e 37 mbar para o propano).

Os acessórios com os quais o aparelho funciona não são osmesmos para a 2ª e 3ª famílias, pelo que existe, na mesmaplaca de características ou numa adicional, a informação rela-tiva à família de gás para a qual o aparelho está preparado.

Antes de efectuar a ligação à instalação de gás é necessárioverificar se o gás para o qual o aparelho está preparado é omesmo com que vai trabalhar.

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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Dentro da 3ª família não é necessário fazer qualquer modifi-cação para o funcionamento com butano ou com propano.O facto das pressões de alimentação serem diferentes(30/37 mbar) resulta do poder calorífico do propano ser infe-rior ao do butano e, por isso, aumenta-se proporcionalmentea pressão de modo que o caudal térmico seja o mesmo, usan-do-se um ou outro gás.

Quer o gás distribuído por rede, quer a composição dobutano e do propano nas garrafas, não são os mesmos emtodos os países da Europa. Por isso, é necessário confirmartambém que o aparelho a instalar tem como país de desti-no Portugal, o que se verifica pelas letras PT na placa decaracterísticas (ver esquema da pág:21).

Quanto ao modo de admissão do ar para a combustão e àevacuação dos produtos da combustão, os aparelhos a gásclassificam-se nos seguintes tipos:

Tipo A: retiram o ar do compartimento onde estãoinstalados e enviam os produtos da combustão tam-bém para o compartimento onde estão instalados. Tipo B: retiram o ar do compartimento onde estãoinstalados e enviam os produtos da combustão parauma conduta, que faz a respectiva evacuação para oexterior da habitação. Como retiram o ar do ambi-ente, o compartimento onde estão instalados deveser arejado. A conduta de evacuação, habitualmente

designada por chaminé, deve ter diâmetro adequado (indi-cado no manual de instruções do aparelho) e o seu traça-do permitir a livre saída dos produtos da combustão -estes, por estarem quentes, têm tendência a subir e perdemvelocidade se forem obrigados a fazer “curvas”. Assim, eem particular nos aparelhos sem ventilador, a chaminé nãodeve ter partes descendentes nem muitas reentrâncias.

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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Nestes aparelhos e para que o ar possa chegar aoqueimador, a “caixa” envolvente do aparelho é aberta.

Tipo C: retiram o ar do exterior da habitação e enviam osprodutos da combustão também para o exterior. Como nãose verifica qualquer interferência com o ambiente do com-partimento em que estão instalados, são também designa-dos por aparelhos estanques. A sua caixa é completamentefechada. Do ponto de vista da qualidade do ambiente nointerior da habitação, são os mais aconselhados, mas maiscaros que os do tipo B. Além disso, para a sua instalação énecessário passar a chaminé para o exterior, pelo quetambém será necessária uma parede exterior do edifício nasproximidades do compartimento onde se pretende instalar oaparelho.

Adaptação dos aparelhos

Os aparelhos têm que estar adaptados para o gás com o qualvão ser alimentados. A situação está resolvida quando seadquire um aparelho novo. Mas, se o aparelho vai ser deslo-cado para outra habitação onde o gás usado é de tipodiferente, ou se, no local onde o aparelho está a funcionar vaihaver mudança de gás, o aparelho necessita de ser adapta-do. Essa adaptação deve ser efectuada por uma entidademontadora, de acordo com as instruções e utilizando osacessórios concebidos pelo fabricante.Após a sua concepção, os fabricantes dos aparelhos a gássubmetem-nos à apreciação de um Organismo Notificado,para verificação do cumprimento dos requisitos de segurançae de utilização racional de energia. Por isso, não pode o téc-nico que faz a adaptação, por mais qualificado que seja, sub-stituir-se ao fabricante do aparelho, alterando as suas peças.

APARELHOS PARA PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS20

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

Água Quente Bom Dia

17777771B11BS

||2H3+

G 30 - 30 mbar

PT

0464

CE 0464BM71

DC 1,5 V (2x)

Qn 21,8 kW Qmin 8,1 kW

pn 19,2 kW pmin 7,0 kW

pW 12 bar pwmin 0,1 bar

marca registada

nº série

categoria ( gases comos quais o aparelho podefuncionar)( gás natural e GPL )

gás e pressão para osquais o aparelho estápreparado( butano a 30 mbar )

caudal térmico máximo( quantidade de calorlibertada pelo gáspor unidade de tempo, a funcionar naposição máxima )

nº do Certificado

2 pilhas de 1,5 Volt

potência útil ( quantidadede calor absorvida pelaágua, funcionamento naposição máxima )

pressão máximada água

modelo

tipo de alimentaçãode ar e evacuaçãodos produtosda combustão( BS - aparelho comdispositivo de controlo daevacuação dosprodutos da combustão)

nº do OrganismoNotificado queacompanha o sistemada qualidade dofabricante

caudal térmico mínimo( quantidade de calorlibertada pelo gás porunidade de tempo,a funcionar na posiçãomínima )

potência útil mínima( quantidade de calorabsorvida pela água,funcionamentona posição mínima )

pressão mínimada água

Placa de Características

país de destino directo( Portugal )

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Na preparação de alimentos podem usar-se os seguintesaparelhos:

Fogão: aparelho independente constituído porqueimadores na parte superior, destinados a cozer,fritar ou estufar alimentos e um forno, para assar osalimentos e que no caso de possuir queimador naparte superior também se destinará a grelhá-los.De acordo com o modo como foram concebidos,podem ser destinados a serem colocados afastadosdos móveis da cozinha ou entre aqueles móveis. Essa

indicação é dada no manual de instruções do aparelho.

Mesa de trabalho independente, também designada porfogareiro: aparelho constituído por queimadores na partesuperior, destinados a cozer, fritar ou estufar alimentos.Possuem, habitualmente, no máximo três queimadores.São normalmente colocados sobre uma banca, de modoa ficarem a uma altura que seja cómoda para o utilizador.

Mesa de trabalho de encastrar também chamada placade encastrar: aparelho constituído por queimadores naparte superior, destinados a cozer, fritar ou estufar alimentos,concebido para ser encastrado num móvel.

Forno de encastrar: aparelho destinado a assar alimentose, se possuir queimador na parte superior, a grelhar,e concebido para ser encastrado num móvel.

Tubos de ligação aos aparelhos de queimaNos fogões e fogareiros

Estes aparelhos são considerados amovíveis - o utilizadordesloca-os do seu lugar habitual, em particular para limpar azona onde o aparelho está instalado. Por esse facto, podem22

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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ser ligados à garrafa ou à instalação de gás utilizando umtubo flexível próprio para gás e marcado como tal.

Este tipo de tubos, pelo simples facto de estarem expostos aoar, degradam-se.

Por isso, têm um prazo de validade, contado a partir da datade fabrico, e que deve estar indicado no próprio tubo. O uti-lizador deve solicitar a sua substituição antes de terminar orespectivo prazo de validade.

Devem:>ter o menor comprimento possível (sem ficar esticado)uma vez que, sendo perecíveis, quanto menor for o com-primento menor é a probabilidade de existirem fissuras.(Não pode, em qualquer circunstância, exceder 1,5 m);>ser fixados ao aparelho e à garrafa ou ao terminal darede, por meio de abraçadeiras metálicas que impeçamque se soltem inadvertidamente;>estar afastados das fontes de calor, evitando a suapassagem pela traseira do forno;>ser mantidos limpos para se poderem inspeccionar;mesmo dentro do prazo de validade devem inspeccionar-seregularmente e, no caso de se detectarem fissuras ou aspectoencortiçado, deve ser providenciada a sua substituição.

Não devem:>ser sujeitos a esforços; >estar enrolados ou dobrados;>ser utilizados para pendurar objectos.

Nos aparelhos de encastrar

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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Estes aparelhos são considerados fixos, devendo ser ligados àrede de gás por meio de tubos metálicos, flexíveis ou rígidos.Os tubos flexíveis de borracha ou de plástico não devem serutilizados pois vão-se degradando ao longo do tempo etambém porque:

>não ficam visíveis em toda a sua extensão, não poden-do portanto ser inspeccionado todo o comprimento;>podem ficar encostados a zonas quentes, em particularno caso do forno, ou das mesas de encastrar que tenhamum forno por baixo, eléctrico ou a gás.

Ar para a combustão - Nos aparelhos que se comercializamactualmente, o ar necessário para a combustão é arrastadopelo gás ao passar nos injectores (injector é a pequena peçametálica, com um orifício, pelo qual sai o gás).

Para que a quantidade de ar arrastada seja a adequada, o per-fil do orifício dos injectores varia de gás para gás. Assim, é fun-damental que os injectores a utilizar para cada gás sejam osindicados pelo fabricante. Sempre que seja necessário adaptarum aparelho para um gás diferente daquele para o qual eleestá a funcionar o consumidor deve exigir os injectores pro-duzidos pelo fabricante do aparelho. Só assim se garante que:

>o diâmetro é o adequado (caudal de gás correcto);>o perfil é o adequado (caudal de ar correcto).

Dispositivos de segurança - Nos fornos é obrigatória aexistência de um dispositivo de segurança que corte o gás no

caso de extinção acidental da chama,evitando assim que fique a libertar-se gássem ser queimado. Esse dispositivo consiste,basicamente, num sensor ligado à válvula dogás, sendo a força electromotriz gerada pelo

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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sensor que mantém a válvula aberta. Se a chama se extinguiro sensor arrefece, deixa de haver força electromotriz e aválvula fecha. Como a válvula só se mantém aberta havendoforça electromotriz e esta só existe se o sensor estiver quente,para acender o forno é necessário, depois de acender oqueimador, manter a válvula pressionada durante algunssegundos para aquecer o sensor. Por esta razão, estes dis-positivos designam-se por dispositivos de segurança aoacendimento e à extinção da chama.

Evacuação dos produtos da combustão - Os aparelhospara preparação de alimentos têm caudais térmicos baixos.

Os valores mais vulgares, expressos em Kilowatt (kW) são:>queimador pequeno: 1 kW;>queimador médio: 1,75 kW;>queimador grande: 3 kW;>nalguns modelos, queimador com 3,5 kW;>forno: 2,5 kW.

Os produtos da combustão destes aparelhos são libertados paraa cozinha, sendo evacuados em conjunto com o ar viciado.

ESQUENTADORES

A capacidade de pro-duzir instantaneamenteágua quente resulta doelevado caudal térmicodos esquentadores emrelação ao caudal deágua que aquecem. Ocaudal térmico dosesquentadores pode ir de cerca de 10 kW, nos maispequenos, até cerca de 40 kW, nos maiores. 25

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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À quantidade de calor que a água recebe, em termos de ener-gia, uma vez que se trata de caudal de água (massa de águapor unidade de tempo), chama-se potência útil do aparelho(é a que é útil para o fim em vista). O quociente entre a potên-cia útil e o caudal térmico, expresso em percentagem, é orendimento do aparelho. O rendimento dos esquentadores éde cerca de 86 %.

Esquentadores de potência fixaNos esquentadores de potência fixa, quando se abre atorneira da água quente, a válvula automática do gás abrecompletamente. Assim, se abrirmos pouco a torneira, teremospouca água a uma temperatura elevada. Se abrirmos muito atorneira, teremos muita água a temperatura mais baixa. Asituação é semelhante para o caso de haver mais do que umatorneira aberta - se estivermos a retirar água de uma torneirae se for aberta outra, a temperatura da água no primeiroponto de utilização altera-se, o que pode ser bastantedesagradável se no primeiro ponto alguém estiver a tomarduche (sentirá de repente a água mais fria).

Alguns esquentadores de potência fixa possuem uma torneirade gás, a qual permite regular o caudal de gás em função dasnecessidades (é uma torneira de função idêntica à dastorneiras dos fogões). De qualquer modo, o comportamentoé semelhante ao anteriormente descrito, sendo a função destatorneira importante se o esquentador for utilizado para ape-nas um ponto de saída, pois permite variar a temperatura daágua para um mesmo caudal.

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Esquentadores de potência variávelExistem dois tipos de esquentadores de potência variável: osproporcionais e os termostáticos.

>Nos esquentadores proporcionais, os mais difundidos,a quantidade de gás que a válvula automática deixa passaré proporcional ao caudal de água. Assim, e para a gama decaudal de água do esquentador em causa, é possível retirarágua quente de um segundo ponto de utilização sem que sealtere a temperatura da água no primeiro ponto de utilização.>Os esquentadores termostáticos possuem, como opróprio nome indica, um termostato de controlo da tem-peratura da água quente. A temperatura da água quente éaquela para a qual o termostato está regulado.Habitualmente essa temperatura é de 50ºC. Também, paraestes aparelhos, é possível retirar água quente de um segun-do ponto de utilização sem que se altere a temperatura daágua no primeiro ponto de utilização. Estes aparelhos nãopermitem a obtenção de água a temperatura superior à daregulação do termostato o que pode ser uma desvantagem,pois em certas utilizações é conveniente água mais quente.

Esquentadores solaresSão esquentadores termostáticos (ver parágrafoanterior) que possuem um dispositivo que só per-mite que o queimador acenda se a temperaturada água de entrada for inferior à temperatura desaída, fixada pelo termostato. São utilizados em associaçãocom painéis solares. A água de saída destes, mais ou menosaquecida (sol não encoberto), entra no esquentador, abrindo-se a válvula do gás só na quantidade necessária para aque-cer até à temperatura fixada pelo termostato. Se a água deentrada já estiver a essa temperatura, o esquentador não liga.

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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Acendimento Manual e Acendimento AutomáticoO acendimento de um esquentador pode fazer-se de dois modos:

>Manualmente, com um fósforo ou accionando o dis-positivo de ignição (habitualmente piezoeléctrico); neste tipode esquentadores, e por comodidade do utilizador, é vulgarnunca se apagar completamente o esquentador, deixando opavio aceso para que fique sempre pronto a ser utilizado. Emconsequência, existe um acréscimo no consumo do gás.>Automaticamente, acendendo-se o esquentadorquando se abre a torneira da água quente. O sistema parao acendimento automático pode ser eléctrico, por pilhas e,mais recentemente, por hidrogerador. Este último sistemanão necessita de qualquer fonte de energia externa, é aágua que produz a energia necessária para a faísca.

Queimador de AcendimentoHá esquentadores em que se acende directamente oqueimador. No entanto, na grande maioria dos esquenta-dores existe um pequeno queimador, dito queimador deacendimento ou pavio (também designado em linguagemcorrente por queimador piloto), que o utilizador acende,sendo o queimador principal aceso pelo pavio. Há váriostipos de pavios:

>Pavio permanente: como o próprio nome indica, estápermanentemente ligado enquanto estiver ligado oqueimador principal;>Pavio semi-permanente;>Pavio intermitente.

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2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DOS ESQUENTADORES

Dispositivo automático gás/água - Conjunto quesubordina a abertura do gás à passagem da água.Dispositivo de segurança ao acendimento e àextinção da chama - Este dispositivo actua em caso deextinção acidental da chama, fechando a válvula do gás.

Pode ser basicamente de dois tipos:>por termoelemento, com funcionamento semelhanteao descrito para os fornos;>por sonda de ionização: na ausência de chamafecha a válvula do gás.

Dispositivo de controlo da evacuação dos produtos dacombustão - Dispositivo que fecha a válvula do gás no casode os produtos da combustão estarem a sair para o ambienteonde o aparelho está instalado. Esta situação acontece quan-do a chaminé de evacuação dos produtos da combustão nãoé adequada. Toma-se conhecimento desse facto porque oesquentador funciona durante alguns minutos e depoisapaga-se. Se o esquentador se apagar repetidamente,aparentemente sem motivo, é possível que seja esta a razãoe deve solicitar-se a assistência de uma entidade montadora.

O dispositivo está colocado na chaminé do esquentador(designada anti-retorno, pois destina-se a desviar vento queentre em sentido descendente na chaminé, evitando que oqueimador se apague). Actua por acção da temperatura-quando os produtos da combustão que não saem pelachaminé e que estão quentes, passam pelo dispositivo, estefecha a válvula do gás. Esta acção é importante uma vezque se há produtos da combustão a entrar no comparti-mento onde o aparelho está instalado há também CO.Assim, este dispositivo não deve ser colocado fora deserviço (retirado da sua posição normal). 29

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Dispositivo de segurança contra o sobreaquecimen-to acidental da água - Dispositivo que fecha a válvulado gás no caso de, acidentalmente, a temperatura da águaatingir valores demasiado elevados.

Este dispositivo apenas é obrigatório para os esquenta-dores termostáticos, mas a grande maioria dos esquenta-dores comercializados apresentam-no, por decisão dosrespectivos fabricantes.

Os esquentadores possuem uma câmara de com-bustão, habitualmente em cobre, por dentro da qual pas-sam os produtos da combustão quentes. Os tubos poronde circula a água a aquecer andam à volta dessacâmara de combustão. A água só atingirá temperaturasdemasiado elevadas se estiver parada dentro dos tubos.Estando a água parada o gás deveria estar fechado. Umadas razões para que essa situação aconteça é a introduçãode areias no automático gás/água, que faz com que apressão dessas areias seja sentida como uma pressão deágua, fazendo abrir a válvula do gás mesmo sem haverágua. Os esquentadores possuem um filtro na entrada daágua para evitar essas situações. O filtro deve ser limpoperiodicamente, mas deve ser sempre voltado a colocar noseu lugar. Em situações do tipo da descrita, com o gásaceso sem água a circular, as temperaturas são muito ele-vadas podendo levar ao rebentamento do aparelho se elenão possuir este tipo de dispositivo de segurança.

RADIADORES A GÁS

Os radiadores a gás butano são os apa-relhos amovíveis para aquecimento deambiente mais utilizados e divulgados,mas também existem aparelhos fixos.30

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Aparelhos amovíveis ou móveis, de garrafa incorporada

Podem ser de combustão catalítica, por infravermelhos oude chama.

Não necessitam de ser ligados a uma chaminé.

Para além do dispositivo de segurança ao acendimento e àextinção de chama, possuem um analisador de atmosferaque interrompe a chegada de gás ao queimador se oambiente se tornar viciado.

Devem ser utilizados em local arejado (informação que deveconstar no próprio aparelho). Se forem utilizados em ambientesfechados o analisador de atmosfera desligará o aparelho.

Para desligar o aparelho é necessário actuar no redutor. Estedeve ser fechado sem o retirar da garrafa.

Convém ter ainda em atenção que este tipo de aparelhossão contra indicados em compartimentos ocupados por cri-anças, salvo quando na presença de adultos. São tambémcontra indicados para pessoas que sofram de dificuldadesrespiratórias ou de grande sensibilidade neurológica.

Aparelhos fixosPara fixar à parede. Para a sua instalação é necessário quehaja uma instalação de gás na habitação e que o localonde o aparelho vai ser instalado seja uma paredeexterior do edifício.

CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO CENTRAL

As caldeiras a gás produzem água quente que circula emradiadores colocados nas diversas divisões de umahabitação. A superfície dos radiadores fica quente e transferecalor para o ambiente, quer por radiação, quer por con-vecção natural.

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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A aquisição de uma caldeira fica assim ligada à decisão de insta-lar sistema de aquecimento central na habitação.As caldeiras para uso doméstico podem ser murais (para depen-durar na parede) ou de solo (assentam no chão). Ligado àcaldeira pode ser instalado um reservatório de água para acu-mular água quente, permitindo assim ter disponível grande quan-tidade de água quente. Este reservatório pode ter uma resistênciaeléctrica para aquecer a água no caso de não haver gás.Na escolha da caldeira há vantagens em optar pelo modeloque faça as duas funções : aquecimento central e água parafins sanitários.

O funcionamento da caldeira pode ser seleccionado nummanípulo nela existente:

>posição Inverno, estão disponíveis asduas funções da caldeira;>posição Verão, está disponível apenas afunção água para fins sanitários (água quente).

O princípio de funcionamento de uma caldeira é basicamenteidêntico ao de um esquentador, com a diferença de que nascaldeiras existem dois circuitos de água completamenteindependentes (a água quente é considerada como tendo queser potável; a água do circuito de aquecimento anda emcirculação fechada, podendo por isso deixar de ser potável;por esse facto não pode haver mistura da água dos doiscircuitos). O calor dos gases aquece a água de um doscircuitos, dito primário, a qual por sua vez aquece a água dooutro circuito, dito secundário.

Por concepção, as caldeiras dão prioridade ao circuitosanitário, a saber: mesmo que a caldeira esteja ligada naposição Inverno e esteja a fazer circular a água nosradiadores, ao abrir-se uma torneira de água quente,automaticamente a válvula de 3 vias da caldeira pára a

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circulação e dirige a água para o circuito sanitário. Quandose terminar a utilização desta água, por fecho da respectivatorneira, a caldeira volta à função de aquecimento central.

Em termos de ligação à rede de gás, alimentação em ar paraa combustão, evacuação dos produtos da combustão edispositivos de segurança, aplica-se às caldeiras o que sedisse para os esquentadores.

A generalidade das caldeiras disponíveis no mercado é de acendi-mento automático e de potência automaticamente variável.

A caldeira a adquirir, em termos do caudal térmico, dependeda dimensão da habitação a aquecer, da sua exposição solare da qualidade da construção em termos de isolamentotérmico. Essa escolha deve ser feita com base num projecto decálculo das necessidades da habitação. Para algumascaldeiras é possível, dentro da sua gama de funcionamento,ajustar o caudal térmico na função aquecimento, mantendodisponível o caudal térmico máximo para a funçãoágua quente (chamadas caldeiras de potência ajustável). Esseajuste, que deve ser feito por um técnico qualificado, foi pen-sado para evitar que houvesse uma gama grande de caldeirasde tamanhos diferentes, para as várias necessidades em ter-mos de aquecimento.

Os aparelhas a gás devem ser sempre utilizados de acordo com asinstruções do fabricante e para os fins por ele previstos. Devem ainda serefectuadas manutenções regulares aos aparelhos, indicadas pelo fabri-cante nas instruções. Além disso, a instalação do aparelho e qualquer inter-venção posterior devem ficar documentadas emcomo foram efectuadas por entidades montado-ras. Se alguma destas regras não for cumprida,em caso de acidente, as companhias de segurosvão encontrar razões para não indemnizar pelosprejuízos causados.

2. A UTILIZAÇÃO DO GÁS

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3. MANUTENÇÃO, REPARAÇÃOE INSPECÇÃO DAS INSTALAÇÕES

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Para melhor garantir a segurança nas instalações de gás nashabitações, torna-se necessário dispor de informações quepermitam agir correctamente.

Após a compra - Ao adquirir uma habitação, deve exigir dovendedor uma cópia do projecto da instalação de gás erespectivo termo de responsabilidade da entidade instaladora.Esta é uma medida que futuramente lhe poderá facilitar a vidaquando pretender fazer obras, alterar a sua instalação, ousimplesmente proceder às operações de manutenção einspecção previstas na lei.

Antes de fazer obras - A realização de obras em casa ouno prédio também requer o conhecimento do projecto deinstalação do gás. Desconhecendo por onde passam astubagens de gás, é fácil danificá-las inadvertidamente, com asconsequências de incêndio ou explosão que podem advir dafuga do gás para os compartimentos contíguos, infiltraçãonas paredes duplas, derrame para as escadas e caixas deelevadores, acumulação noutros espaços confinados, etc.Sempre que tenha dúvidas nesta matéria, procure o apoio deuma entidade inspectora ou da sua empresa distribuidora.

A responsabilidade da manutenção - A instalação degás em edifícios deve ser mantida em boas condições defuncionamento. Esta responsabilidade e respectivos custoscompetem ao utente nas partes visíveis da habitação e aoproprietário ou ao condomínio, nas partes comuns dainstalação. Assim, por razões de segurança, sempre quedetecte alguma anomalia ou fuga de gás em qualquer pontoda instalação, contacte de imediato a sua distribuidora ouuma entidade instaladora credenciada*, que promoverão asreparações necessárias à reposição das normais condições defuncionamento e utilização do gás.

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3. MANUTENÇÃO, REPARAÇÃOE INSPECÇÃO DAS INSTALAÇÕES

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Ventilação e exaustão - A responsabilidade e conveniênciados utilizadores em manterem a sua instalação de gás embom estado de conservação é também extensiva às condiçõesde ventilação do local de consumo e à adequada exaustãodos produtos da combustão.

AS INSPECÇÕES *

Inspecções periódicas - A obrigatoriedade deinspecções periódicas às instalações está prevista nalei. A iniciativa destas inspecções incumbe aos pro-prietários ou senhorios. Estas inspecções deverão serrealizadas de 5 em 5 anos no caso de instalações

executadas há mais de 20 anos, que não tenham sido entre-tanto objecto de remodelação. Esta periodicidade é reduzidapara 3 anos em instalações industriais de grande consumo epara 2 anos no caso de instalações afectas à indústria turísticae de restauração, escolas, hospitais e outros serviços de saúde,quartéis e outros estabelecimentos públicos ou particulares emdeterminadas condições.

Inspecções extraordinárias - Além das inspecções periódi-cas há também lugar à necessidade de inspecção das insta-lações de gás sempre que ocorra uma das seguintes situações:

>alterações no traçado, na secção ou na natureza datubagem, nas partes comuns ou no interior dos fogos;>reparações após fugas de gás;>novo contrato de fornecimento de gás combustível.

A legislação contempla ainda a realização de inspecçõesextraordinárias em algumas situações particulares de conver-são das instalações para a utilização de gás natural ou quan-do não se encontrarem reunidas determinadas condições noarranque de instalações mais antigas.

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3. MANUTENÇÃO, REPARAÇÃOE INSPECÇÃO DAS INSTALAÇÕES

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A realização das inspecções obedece a um conjunto exaustivo deverificações técnicas e de funcionamento que garante, em caso deconformidade, que se encontram reunidas todas as condições desegurança para a utilização do gás, evidenciadas através docorrespondente certificado de inspecção emitido pela Entidade Inspectora*que a executou.

Anomalias - Sendo detectada alguma anomalia, deverá amesma ser corrigida dentro de prazos correspondentes à suagravidade, o que pode implicar, em caso de defeitos críticos,a interrupção do fornecimento do gás até à sua resolução. Areparação de defeitos da instalação deve ser realizada, emtodos os casos, por uma Entidade Instaladora que emitirá orespectivo termo de responsabilidade.

Fixe bem - Uma instalação de gás é uma infra-estruturatécnica que nunca deve ser objecto de “bricollage” nem ficarà mercê de “curiosos”. Qualquer intervenção na sua insta-lação de gás deve apenas ser executada por técnicos e enti-dades devidamente credenciados junto da Direcção-Geral deEnergia* a quem compete fornecer uma lista das entidadesinstaladoras e das entidades inspectoras credenciadas a quepoderá recorrer.

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3. MANUTENÇÃO, REPARAÇÃOE INSPECÇÃO DAS INSTALAÇÕES

*ver site da Direcção-Geral da Energia (www.dge.pt)

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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AmovívelQue pode ser retirado sem ajuda de ferramenta.

Aparelhagem auxiliarConjunto de todos os órgãos de comando e dos dispositivos quepodem afectar a segurança de funcionamento de um aparelhoa gás ou da parte gás de um aparelho misto gás-electricidade.Por exemplo:

>dispositivos de corte dos aparelhos (torneiras);>reguladores de pressão do gás;>dispositivos de segurança ao acendimento e à extinçãode chama;>termostatos.

Aparelho doméstico para preparação de alimentosAparelho concebido para ser utilizado por indivíduos particu-lares para usos não profissionais num edifício de habitação.Isto está indicado nas instruções de utilização e demanutenção, bem como nas instruções técnicas.

Câmara de combustãoRecinto no interior do qual se efectua a combustão da mistura ar/gás.

Caudal de água mínimoMenor caudal de água, indicado nas instruções do fabricante,que permite a chegada de gás ao queimador.

Caudal de gásQuantidade de gás consumida pelo aparelho por unidade detempo. Designa-se por caudal mássico ou volumétricoconsoante se referir em massa ou volume.

Caudal térmico de um esquentadorProduto do caudal volumétrico ou mássico pelo poder calorí-fico inferior do gás convertidos para as mesmas condições dereferência. O valor indicado pelo fabricante designa-se pornominal.

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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Caudal térmico de um fogãoQuantidade de energia consumida por unidade de tempocorrespondendo ao caudal volumétrico ou mássico, sendoconsiderado, o poder calorífico superior.

Chama amarelaAparecimento duma zona amarela no bordo exterior do coneazul duma chama aerada.

Circuito de gásTodas as partes do aparelho que conduzem ou contêm o gáscombustível, incluindo as partes entre a ligação de alimen-tação do gás e o(s) queimador(es).

DensidadeRazão das massas de iguais volumes de gás seco e de ar secotomados nas mesmas condições de pressão e temperatura:15 °C ou 0 °C e 1 013,25 mbar.

Depósito de carbonoFenómeno que aparece quando a combustão é incompleta eque se caracteriza por um depósito de carbono na superfícieem contacto com a chama ou com os produtos da combustão.

Descolamento de chamaAfastamento total ou parcial da base das chamas dos orifíciosde saída do queimador ou da zona de retenção.

DesmontávelQue apenas pode ser retirado com ajuda de uma ferramenta.

EsquentadorAparelho para o qual o aquecimento da água ocorreimediatamente a seguir ao acendimento do queimador quan-do se abre uma torneira de tiragem de água.Podem ser de:

>potência fixa - Aparelho que ao aumentar-se o caudal deágua a temperatura baixa mais rapidamente.

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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>variação automática de potência - Aparelho que aumen-tando o caudal de água a temperatura se mantém mais oumenos constante. O caudal de gás varia automaticamentede modo a manter a temperatura da água quente dentrode uma gama pré-determinada.

Dependendo do método de controlo automático, são conheci-dos dois tipos de aparelhos de variação automática de potência:

Aparelhos termostáticos - Aparelhos para os quais ocaudal de gás varia por acção de um dispositivotermostático que controla a temperatura da água, poden-do a temperatura de utilização ser ajustável ou fixa.Aparelhos proporcionais - Aparelho para o qual ocaudal de gás é proporcional ao caudal de água, poden-do ser ajustável o factor de proporcionalidade.

Estabilidade da chamaCaracterística das chamas que se mantém nos orifícios desaída dos queimadores ou nas zonas de retenção.

Famílias de gasesTerminologia que pode considerar-se ligada ao poder calorí-fico. Na 1ª. família inclui-se o gás de cidade, na 2ª. o gásnatural e na 3ª. o propano e o butano.

FogãoAparelho para preparação de alimentos que possui:

>uma mesa de trabalho;>um ou mais fornos, com ou sem termostato, eventual-mente com um grelhador por radiação;>eventualmente, um grelhador por radiação.

Fogão baixoAparelho para preparação de alimentos, previsto para sercolocado num suporte sobreelevado, que possui:

>uma mesa de trabalho;42

4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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>um forno;>eventualmente, um grelhador por radiação.

FogareiroAparelho para preparação de alimentos que possui apenasmesa de trabalho.

Grelhador por contactoParte de uma mesa de trabalho constituída por uma placacolocada por cima de um queimador, que permite apreparação de alimentos por contacto directo com a superfí-cie desta placa quando aquecida a temperatura elevada.Um grelhador por contacto pode ser:

>permanente, isto é, concebido de tal modo que oqueimador apenas possa ser utilizado nas condições acimaindicadas;>de duas funções, isto é, concebido para poder ser igual-mente utilizado como queimador coberto ou descobertoapós colocação ou remoção da placa amovível.

Grelhador por radiaçãoAparelho, ou parte de um aparelho, que permite apreparação de alimentos pela radiação de uma superfíciecolocada a uma temperatura elevada.

Injector Órgão de admissão do gás para o queimador

Manutenção normalManutenção efectuada por uma entidade montadora que nãoinclua substituição de peças.

Meios de estanquidadeDispositivo estático ou dinâmico destinado a assegurar aestanquidade, por exemplo: juntas planas, juntas tóricas, jun-tas cónicas, membranas, massas, pastas, mastiques.

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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No esquentador existe:Estanquidade externaEstanquidade de um compartimento que contém gás emrelação à atmosfera.Estanquidade internaEstanquidade de um órgão de obturação na posição defechado o qual isola um compartimento que contém gásde um outro compartimento ou da saída da torneira.

Mesa de trabalhoParte de um aparelho de preparação de alimentos que com-preende um ou vários queimadores descobertos, e/ou umaou várias placas eléctricas e, eventualmente, um grelhadorpor contacto.

Mesa de trabalho independente com grelhadorAparelho para preparação de alimentos que possui mesa detrabalho e grelhador por radiação.

Poder caloríficoQuantidade de calor produzida pela combustão à pressãoconstante de 1 013,25 mbar, da unidade de volume ou demassa do gás, partindo dos constituintes da mistura com-bustível nas condições de referência e trazendo os produtosda combustão às mesmas condições.

Potência útilQuantidade de calor transmitida à água por unidade detempo. Designa-se por nominal a declarada pelo fabricante.

Pressão de funcionamento normalPressão sob a qual funcionam os aparelhos nas condiçõesnormais, expressa em milibares, sempre que são alimentadoscom o gás de referência correspondente.

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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QueimadorÓrgãos que permitem realizar a mistura ar/gás e assegurar acombustão do gás.

PavioQueimador que se destina a acender um queimador principal.

Redutor de pressãoDispositivo que mantém a pressão a jusante sensivelmenteconstante quando a pressão a montante e o caudal de gásvariam dentro de uma dada gama de valores.

RendimentoQuociente entre a potência útil e o caudal térmico, expressoem percentagem..Selector da temperatura da águaDispositivo que permite regular o caudal de água de modo aobter a temperatura da água desejada.

TermostatoDispositivo destinado a manter automaticamente uma tem-peratura dentro de determinados limites. Este dispositivopossui geralmente um órgão de manobra referenciado, per-mitindo adaptar a temperatura à acção a realizar.

TransformaçãoOperação efectuada por uma entidade montadora noaparelho para a mudança de gás.

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4 - A MINI ENCICLOPÉDIA

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CONTACTOS ÚTEIS

DDiirreeccççããoo GGeerraall ddee EEnneerrggiiaaAvenida 5 de Outubro, n.º 87 – 1069-039 Lisboa

Telefone: 21 792 27 00 - 21 792 28 00Linha Azul: 21 795 19 80

Fax: 21 793 95 40email: [email protected]

http://www.dge.pt

EEnnttiiddaaddee RReegguullaaddoorraa ddooss SSeerrvviiççooss EEnneerrggéétt iiccoossEdifício Restelo

Rua D. Cristóvão da Gama, n.º 1 – 1400-113 LisboaTelefone: 351 21 303 32 00

Fax: 351 21 303 32 01email: [email protected]://www.erse.pt

IInnssttiittuuttoo ddoo CCoonnssuummiiddoorrPraça Duque de Saldanha, n.º 31 - 1.º, 2.º, 3.º e 5.º – 1069-013 Lisboa

Telefone: 21 356 46 00Fax: 21 356 47 19

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