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Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA Diretoria de Fiscalização e Monitoramento Ambiental - DIFIM Coordenação de Monitoramento de Recursos Ambientais e Hídricos- COMON Prognóstico Climático para o Estado da Bahia - Julho a Setembro de 2015 - “As maiores chances são de chuvas dentro da categoria normal na maior parte da Bahia”. A Figura 01 mostra a espacialização da precipitação média histórica, referente ao trimestre que vai de julho a setembro (JAS) para todo o Brasil. Nesse período, as precipitações mais expressivas (com acumulados acima dos 500 mm), normalmente, são esperadas para maior parte do estado de Roraima e no setor noroeste do estado do Amazonas. Numa extensa faixa que vai desde o estado do Acre até o noroeste do Maranhão, passando pela região central do Amazonas, norte do Pará e todo estado do Amapá, esse acumulado varia entre 200 mm e 500 mm. Esses mesmos acumulados também são esperados em, praticamente, toda a Região Sul do País. Por outro lado, na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro esse trimestre está inserido no período de estiagem dessas Regiões, como pode ser verificado na Figura 01, onde os acumulados das precipitações variam entre 25 mm e 200 mm. No Nordeste brasileiro as chuvas mais significativas nesse trimestre (com acumulados acima de 200 mm), normalmente ocorrem na região compreendida como agreste e zona da mata, numa faixa que vai desde o leste do estado do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. É importante lembrar que, essas chuvas são originadas, principalmente, dos ventos úmidos vindos do Oceano Atlântico. Nas demais áreas dessa Região, os acumulados das precipitações, normalmente, não ultrapassam os 100 mm. Tal redução se deve ao período de estiagem, que começa no mês de abril e vai até outubro. A Figura 02 mostra a espacialização da precipitação média histórica, referente aos meses de: (A) julho, (B) agosto e (C) setembro na Bahia, onde é possível verificar que os volumes mais significativos, normalmente, são registrados na faixa mais a leste do Estado, sendo no mês de julho quando são esperados os maiores acumulados. Nas demais áreas do Estado, os volumes de chuvas não ultrapassam os 20 mm. Figura 01 - Distribuição espacial da precipitação (mm) média histórica. Fonte: www.cptec.inpe.br. (A) (B) (C) Figura 02 - Distribuição espacial da precipitação média histórica referente aos meses de: (A) julho, (B) agosto e (C) setembro. Fonte: INEMA-BA

Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA ... · do Maranhão, passando pela região central do Amazonas, norte do Pará e todo estado do Amapá, esse acumulado varia

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Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA

Diretoria de Fiscalização e Monitoramento Ambiental - DIFIM Coordenação de Monitoramento de Recursos Ambientais e Hídricos- COMON

Prognóstico Climático para o Estado da Bahia - Julho a Setembro de 2015 -

“As maiores chances são de chuvas dentro da categoria normal na maior parte da Bahia”.

A Figura 01 mostra a espacialização da precipitação média histórica, referente ao trimestre que vai de julho a setembro (JAS) para todo o Brasil. Nesse período, as precipitações mais expressivas (com acumulados acima dos 500 mm), normalmente, são esperadas para maior parte do estado de Roraima e no setor noroeste do estado do Amazonas. Numa extensa faixa que vai desde o estado do Acre até o noroeste do Maranhão, passando pela região central do Amazonas, norte do Pará e todo estado do Amapá, esse acumulado varia entre 200 mm e 500 mm. Esses mesmos acumulados também são esperados em, praticamente, toda a Região Sul do País. Por outro lado, na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro esse trimestre está inserido no período de estiagem dessas Regiões, como pode ser verificado na Figura 01, onde os acumulados das precipitações variam entre 25 mm e 200 mm. No Nordeste brasileiro as chuvas mais significativas nesse trimestre (com acumulados acima de 200 mm), normalmente ocorrem na região compreendida como agreste e zona da mata, numa faixa que vai desde o leste do estado do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. É importante lembrar que, essas chuvas são originadas, principalmente, dos ventos úmidos vindos do Oceano Atlântico. Nas demais áreas dessa Região, os acumulados das precipitações, normalmente, não ultrapassam os 100 mm. Tal redução se deve ao período de estiagem, que começa no mês de abril e vai até outubro. A Figura 02 mostra a espacialização da precipitação média histórica, referente aos meses de: (A) julho, (B) agosto e (C) setembro na Bahia, onde é possível verificar que os volumes mais significativos, normalmente, são registrados na faixa mais a leste do Estado, sendo no mês de julho quando são

esperados os maiores acumulados. Nas demais áreas do Estado, os volumes de chuvas não ultrapassam os 20 mm.

Figura 01 - Distribuição espacial da precipitação (mm) média histórica. Fonte: www.cptec.inpe.br.

(A) (B) (C)

Figura 02 - Distribuição espacial da precipitação média histórica referente aos meses de: (A) julho, (B) agosto e (C) setembro. Fonte: INEMA-BA

Tabela: Média histórica de precipitação por mesorregiões na Bahia

Região Faixa de precipitação (mm) média histórica acumulada Anual Julho a Setembro

Oeste 948,9 a 1167,3 12,5 a 27,3 São Francisco 620,4 a 1097,5 5,7 a 28,5

Norte 481,3 a 1044,0 1,4 a 218,9 Chapada Diamantina 503,5 a 1361,5 6,6 a 221,6

Sudoeste 357,8 a 1247,0 9,9 a 269,1 Sul 854,6 a 2045,8 114,5 a 473,1

Recôncavo 600,2 a 2111,1 95,2 a 505,7 Nordeste 411,6 a 867,4 9,3 a 158,8

A Figura 03 mostra a espacialização da distribuição de probabilidades de ocorrência de precipitação, referente ao trimestre que vai de julho a setembro de 2015 (JAS/2015) em todo o Brasil.

Figura 03 - Distribuição de probabilidade (%) de ocorrência de precipitação. Fonte: www.cptec.inpe.br.

De acordo com os resultados da “Reunião de Análise e Previsão Climática”, a previsão de consenso para todo o Brasil no referido trimestre (JAS/2015), indica maior probabilidade de chuvas nas seguintes categorias:

Maiores chances para categoria acima da normal (com 40% acima, 35% normal e 25% abaixo): no extremo oeste da

Região Norte. Área que abrange o oeste dos estados do Amazonas e Acre (área em cor verde claro no mapa);

Outra área onde também as maiores chances são para categoria acima da normal (com 45% acima, 30% normal e 25% abaixo): na faixa centro-sul da Região Sul, ou seja, cobrindo todo o estado do Rio Grande do Sul e faixa sudeste do estado de Santa Catarina (área em cor verde escuro no mapa);

Maiores chances para categoria abaixo da normal (com 20% acima, 35% normal e 45% abaixo): no norte da Região Norte. Área que abrange os estados de Roraima, Amapá, extremo norte/nordeste do Amazonas e norte do Pará (área em cor laranja no mapa);

Maiores chances para categoria em torno da normalidade (com 25% acima, 40% normal e 35% abaixo): na faixa leste da Região Nordeste. Área que abrange grande parte dos estados de Sergipe, Alagoas, Zona da Mata e Agreste dos estados de Pernambuco, Paraíba e do Recôncavo e Nordeste da Bahia (área em cor amarela no mapa);

Para as demais áreas do País, inclusive grande parte da Bahia, a tendência climática está indicando igual probabilidade de ocorrência de chuvas para as três categorias: acima, em torno e abaixo da normal climatológica (área em cor cinza no mesmo mapa).

Quanto às temperaturas, a previsão por consenso está indicando valores em torno dos normais na maior parte do País, exceto para a Região Sul, onde as maiores chances são para as categorias variando de normal a acima da média histórica.

Esse prognóstico foi elaborado com base nos resultados da Reunião de Análise e Previsão Climática de 2015, realizada no CPTEC/INPE, em Cachoeira Paulista – SP, no dia 25 de junho. Ressalta-se que essa Reunião contou com a participação dos técnicos dos Centros Estaduais de Meteorologia, do CPTEC/INPE, do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), da FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).