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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL DESEMPENHO E DIGESTIBILIDADE DE LEITÕES DESMAMADOS ALIMENTADOS COM SOJA MICRONIZADA Leticia Barbosa Ferracioli Nova Odessa 2017

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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

DESEMPENHO E DIGESTIBILIDADE DE LEITÕES DESMAMADOS

ALIMENTADOS COM SOJA MICRONIZADA

Leticia Barbosa Ferracioli

Nova Odessa 2017

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

Desempenho e digestibilidade de leitões desmamados alimentados

com soja micronizada

Leticia Barbosa Ferracioli

Orientador: Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño

Nova Odessa 2017

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal

Sustentável.

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Ficha Catalográfica elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia

Bibliotecária: Flavia Helena Felizardo – CRB 8/8987

F368d Ferracioli, Leticia Barbosa Desempenho e digestibilidade de leitões desmamados alimentados com soja micronizada / Leticia Barbosa Ferracioli.

Nova Odessa, SP: [s.n.], 2017. 85p.; Il.

Dissertação (mestrado) – Instituto de Zootecnia. APTA/SAA, Nova Odessa.

Orientador: Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño

1. Análise econômica 2. Consumo 3. Diarreia 4. Energia 5. Proteína. I. Budiño, Fábio Enrique Lemos.

CDD- 636.408

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A meus pais e irmão,

Meu esposo,

E minha filha...

...DEDICO.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida.

Ao meu orientador Fábio Enrique Lemos Budiño, por todo conhecimento

transmitido, confiança depositada, paciência, amizade e apoio.

A CAPES pela concessão da bolsa de estudos.

À FAPESP pelo financiamento do projeto de pesquisa.

Aos meus amigos, novos e antigos, pela união durante os estudos e parceria

nos momentos difíceis.

Aos companheiros de turma, Alberto Nagib de Vasconcellos Miguel,

Alexandre da Rocha Bozzi e Tamires Pinheiro Sanches, pela amizade e por todos os

momentos que passamos juntos durante o mestrado.

À Larissa Carrion Carvalho e a Camila Silva Chaves, por toda ajuda no

experimento.

À funcionária Roseli Aparecida Bosqueiro, pelo trabalho desenvolvido e

principalmente pela amizade.

Aos demais pesquisadores e funcionários do Instituto de Zootecnia que, de

alguma maneira, auxiliaram na execução dos experimentos e contribuíram para a

minha formação pessoal e profissional.

À minha família, por todo apoio e amor incondicional.

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RESUMO

Com o objetivo de avaliar os efeitos de níveis crescentes de substituição dietética do farelo de soja (FS) por soja micronizada (SM), sobre o desempenho e digestibilidade de leitões na fase de creche, dois ensaios foram realizados. No ensaio de metabolismo foram utilizados 25 leitões machos castrados, com peso médio inicial de 7,38±0,73kg distribuídos em um delineamento em blocos ao acaso, com 5 tratamentos (0, 25, 50, 75 e 100, em porcentagem de substituição do FS por SM) e 5 repetições/tratamento. O manejo nutricional buscou atender as exigências nutricionais de leitões nas fases pré-inicial I (21 a 35 dias de idade), pré-inicial II (36 aos 50 dias de idade) e inicial (dos 51 aos 63 dias de idade), com dietas isonutritivas. O método utilizado foi a de coleta total. Na fase pré-inicial I foi observado efeito linear positivo para retenção de nitrogênio (RN, P<0,01), digestibilidade da proteína bruta (DPB, P<0,05), proteína digestível (PD, P<0,01) e extrato etéreo digestível (EED, P<0,01); e efeito quadrático (P<0,01) para digestibilidade da matéria seca (DMS), matéria seca digestível (MSD), digestibilidade do extrato etéreo (DEE), digestibilidade da energia bruta (DEB), metabolizabilidade da energia bruta (MEB), energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM). Na fase pré-inicial II efeito quadrático foi observado para DMS (P<0,01), MSD (P<0,05), DEE (P<0,05) e EED (P<0,01). Na fase inicial, foi observado efeito linear negativo (P<0,01) para as variáveis DMS e MSD, enquanto para a variável PD, foi observado efeito quadrático (P<0,05). O melhor nível de substituição de FS por SM na dieta de leitões desmamados na fase pré-inicial I para as variáveis DMS, MSD, DEE, DEB, MEB, ED e EM foi de 47,5; 56,4; 63,86; 66,9; 67,55; 89,56 e 60,14%, respectivamente. Na fase pré-inicial II, os melhores níveis para as variáveis DMS e MSD foram de 56,86 e 64,51%, respectivamente. No ensaio de desempenho foram utilizados 70 leitões de ambos os sexos com idade aproximada de 21 dias e peso médio inicial de 5,52±1,00kg, distribuídos em um delineamento em blocos ao acaso com 7 repetições/tratamento, submetidos aos mesmos tratamentos citados anteriormente. Na fase pré-inicial I o consumo diário de ração (CDR, P<0,05) foi reduzido linearmente em conjunto ao ganho diário de peso (GDP, P<0,01), enquanto a conversão alimentar (CA, P<0,01) apresentou piora, com efeito linear crescente. Na fase seguinte, o CDR e o GDP reduziram linearmente (P<0,01), enquanto a CA (P<0,01) apresentou efeito linear crescente. No período experimental total (21 aos 63 dias de idade) o CDR e o GDP reduziram linearmente (P<0,01) enquanto a CA não apresentou diferença significativa (P>0,05). A substituição do FS por SM na dieta de leitões desmamados é economicamente viável até o nível de 25%. Palavras-chave: análise econômica, consumo, diarreia, energia, proteína.

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ABSTRACT

With the objective of evaluating the effects of increasing levels of dietary substitution of soybean meal (FS) by micronized soybeans (SM), on the performance and digestibility of piglets during the nursery phase, two trials were carried out. In the metabolism trial, 25 barrows with average initial weight of 7.38±0.73kg were distributed in a randomized complete block design with 5 treatments (0, 25, 50, 75 and 100% of replacement of the FS by SM) and 5 replicates/treatments. Nutritional management adopted sought to attend the nutritional requirements of piglets in the phases pre-initial I (21 to 35 days old), pre-initial II (36 to 50 days old) and initial (from 51 to 65 days of age), with isonutritives diets. The method used was the total collection. In the pre-initial phase I a positive linear effect was observed for the variables nitrogen retention (RN, P<0.01), crude protein digestibility (DPB, P<0.05), digestible protein (PD, P<0.01) and digestible ether extract (EED, P<0.01); and quadratic effect (P<0.01) for the variables dry matter digestibility (DMS), digestible dry matter (MSD), ether extract digestibility (DEE), gross energy digestibility (DEB), gross energy metabolizability (MEB), digestible energy (ED) and metabolizable energy (EM). In the pre-initial phase II quadratic effect was observed for the variables DMS (P<0.01), MSD (P<0.05), CDEE (P<0.05) and EED (P<0.01). In the initial phase, a negative linear effect (P<0.01) was observed for the DMS and MSD variables, while for the PD variable, a quadratic effect was observed (P<0.05). The best level of FS replacement per SM in the diet of weaned piglets in the pre-initial stage I for the variables DMS, MSD, DEE, DEB, MEB, ED and EM was 47.5; 56.4; 63.86; 66.9; 67.55; 89.56 and 60.14%, respectively. In the pre-initial phase II, the best levels for the DMS and MSD variables were 56.86 and 64.51%, respectively. In the performance trial were used seventy 21 days-old piglets, of both sexes, with average initial weight of 5.52±1.00kg distributed in a randomized complete block design with 7 replicates/treatments, submitted to the same treatments cited earlier. In the pre-starter I phase daily feed intake (CDR, P<0.05) were reduced linearly together the daily gain (GDP, P<0.01), whereas the feed conversion ratio (CA, P <0, 01) presented increase linear effect. In the next phase, CDR and GDP decreased linearly (P<0.01), while CA (P<0.01) showed a linear increase. In the total experimental period (21 to 63 days of age) the CDR and the GDP reduced linearly (P<0.01) while the CA did not present significant difference (P>0.05). The replacement of FS by SM in the diet of weaned piglets is economically viable to the level of 25%. Key-words: diarrhea, economic analysis, energy, feed intake, protein.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1– Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Pré-inicial I (21 aos 35 dias de idade) ....................................................................................... 39

Tabela 2 – Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Pré-inicial II (36 aos 50 dias de idade) ...................................................................................... 40

Tabela 3 – Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Inicial (51 aos 63 dias de idade) ............................................................................................... 41

Tabela 4 – Composição bromatológica proximal dos ingredientes testados ............ 49

Tabela 5 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Pré-Inicial I ........ 49

Tabela 6 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Pré-Inicial II ....... 49

Tabela 7 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Inicial ................. 50

Tabela 8 – Valores de proteína solúvel e atividade ureática dos ingredientes testados ................................................................................................................................. 50

Tabela 9 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Pré-inicial I ....................................................................................................... 51

Tabela 10 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Pré-inicial II ...................................................................................................... 55

Tabela 11 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Inicial ................................................................................................................ 58

Tabela 12 – Consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) de leitões dos 21 aos 63 dias de idade de acordo com os tratamentos testados ................................................................................................ 59

Tabela 13 – Efeito dos tratamentos testados sobre o número de leitões que apresentaram diarreia e número de dias de diarreia ................................................ 62

Tabela 14 – Parâmetros estimados do modelo de regressão logística múltipla, considerando a distribuição binomial para descrever a influência dos tratamentos e tempos estudados sobre a intensidade de diarréia nos animais. ............................. 62

Tabela 15 – Custo do quilograma de ração, custo de ração por quilograma de peso vivo ganho, índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo (IC) das dietas experimentais ........................................................................................................... 63

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Destinos da soja no agronegócio brasileiro ............................................. 28

Figura 2 – Fluxograma do processo de micronização .............................................. 30

Figura 3 – Pesagem (a) e identificação dos animais com brincos (b) ...................... 38

Figura 4 – Gaiola de estudos metabólicos................................................................ 38

Figura 5 – Marcador adicionado à ração (a) e fezes coloridas (b). ........................... 42

Figura 6 – Amostra de fezes após secagem em estufa a 55ºC por 72 horas. .......... 42

Figura 7 – Amostras de urina após descongelamento. ............................................ 43

Figura 8 – Baias de creche com comedouro e bebedouro. ...................................... 44

Figura 9 – Pesagem (a) e identificação com brincos dos animais (b). ..................... 44

Figura 10 – Pesagem da ração desperdiçada e sobras de ração (a, b) e dos animais (c). ............................................................................................................................ 45

Figura 11 – Escore 1 (a), 2 (b), 3 (c) e 4 (d) de avaliação de consistência de fezes segundo Freitas et al. (2006). ................................................................................... 45

Figura 12 – Efeito dos tratamentos testados sobre a RN, Pré-inicial I. .................... 52

Figura 13 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DPB, Pré-inicial I. .................. 52

Figura 14 – Efeito dos tratamentos testados sobre a PD, Pré-inicial I. ..................... 52

Figura 15 – Efeito dos tratamentos testados sobre o EED, Pré-inicial I. .................. 53

Figura 16 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DMS, Pré-inicial I. .................. 53

Figura 17 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Pré-inicial I. .................. 53

Figura 18 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEE, Pré-inicial I. .................. 54

Figura 19 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEB, Pré-inicial I. .................. 54

Figura 20 – Efeito dos tratamentos testados sobre a ED, Pré-inicial I. ..................... 54

Figura 21 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MEB, Pré-inicial I. .................. 54

Figura 22 – Efeito dos tratamentos testados sobre a EM, Pré-inicial I. .................... 55

Figura 23 – Efeito dos tratamentos testados sobre CDMS, Pré-inicial II. ................. 55

Figura 24 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Pré-inicial II. ................. 55

Figura 25 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEE, Pré-inicial II. ................. 56

Figura 26 – Efeito dos tratamentos testados sobre o EED, Pré-inicial II. ................. 57

Figura 27 – Efeito dos tratamentos testados sobre a PD, Inicial. ............................. 57

Figura 28 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DMS, Inicial. .......................... 57

Figura 29 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Inicial. .......................... 58

Figura 30 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 35 dias de idade. . 59

Figura 31 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 35 dias de idade. . 60

Figura 32 – Efeito dos tratamentos testados sobre a CA, 21 a 35 dias de idade. .... 60

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Figura 33 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 50 dias de idade. . 60

Figura 34 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 50 dias de idade. . 61

Figura 35 – Efeito dos tratamentos testados sobre a CA, 21 a 50 dias de idade. .... 61

Figura 36 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 63 dias de idade. . 61

Figura 37 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 63 dias de idade. . 62

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CDR Consumo diário de ração

CA Conversão alimentar

DEB Digestibilidade da energia bruta

DEE Digestibilidade do extrato etéreo

DMS Digestibilidade da matéria seca

DPB Digestibilidade da proteína bruta

MEB Metabolizabilidade da energia bruta

RN Retenção de nitrogênio

EB Energia bruta

ED Energia digestível

EE Extrato etéreo

EED Extrato etéreo digestível

EM Energia metabolizável

FAN Fatores Antinutricionais

FS Farelo de soja

GDP Ganho diário de peso

IAU Índice de atividade ureática

IT Inibidores de tripsina

ID Incidência de diarreia

MM Matéria mineral

MS Matéria seca

MSD Matéria seca digestível

NI Nitrogênio ingerido

NR Nitrogênio retido

PB Proteína bruta

PD Proteína bruta digestível

PV Peso vivo

PNA Polissacarídeos não-amiláceos

SM Soja micronizada

SP Solubilidade protéica

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LISTA DE SÍMBOLOS

µm Micrômetros

% Porcentagem

ha Hectares

ΔpH Variação de pH

Mcal Megacalorias

Kcal Quilocalorias

°C Graus Celsius

mm Milímetros

UI Unidades Internacionais

mg Miligramas

mcg Microgramas

g Gramas

h Horas

ml Mililitros

m Metros

kg Quilogramas

R$ Reais

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 25

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 27

2.1 Soja (Glycine max. (L.) Merrill) .................................................................. 27

2.2 Soja micronizada ........................................................................................ 31

2.3 Soja micronizada na dieta de leitões desmamados .................................... 31

2.4 Digestibilidade de nutrientes ....................................................................... 31

3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 37

3.1 Metabolismo ............................................................................................... 37

3.2 Desempenho .............................................................................................. 43

3.3 Incidência de diarreia.................................................................................. 45

3.4 Índice Bioeconômico................................................................................... 46

3.5 Análise Estatística ...................................................................................... 46

4 RESULTADOS .............................................................................................. 49

4.1 Metabolismo ............................................................................................... 50

4.1.1 Pré-inicial I ............................................................................................... 50

4.1.2 Pré-inicial II .............................................................................................. 55

4.1.3 Inicial ....................................................................................................... 57

4.2 Desempenho .............................................................................................. 58

4.3 Incidência de diarreia.................................................................................. 62

4.4 Índice bioeconômico ................................................................................... 63

5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 65

5.1 Metabolismo ............................................................................................... 66

5.2 Desempenho .............................................................................................. 68

5.3 Incidência de diarreia.................................................................................. 72

5.4 Índice bioeconômico ................................................................................... 72

6 CONCLUSÕES ............................................................................................. 75

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 77

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25

INTRODUÇÃO

O grão de soja é a fonte proteica mais utilizada na alimentação animal,

principalmente na forma de farelo, devido a suas características nutricionais

(36% de proteína, 21% de lipídios e 29% de carboidratos em média, segundo

USDA [2017a]). O Brasil, entre os maiores produtores e exportadores de soja

no mundo, desempenha papel importante na regulação de preços e na

disponibilidade da commodity tanto no mercado nacional quanto internacional.

Com o objetivo de reduzir os custos com a alimentação, a suinocultura

tem utilizado diferentes produtos e subprodutos da soja, além do farelo, porém

o emprego do grão cru não é recomendado devido à presença de substâncias

que atuam prejudicando ou inibindo a digestão e absorção de nutrientes pelo

animal, denominados fatores antinutricionais (FAN). O processamento térmico

é capaz de destruir ou inativar a maioria dos FAN contidos no grão, tornando-o

adequado ao uso na alimentação de monogástricos. Dentre os diversos tipos

de processamento da soja, a tostagem por calor úmido ou por calor seco em

tambor rotativo, a extrusão, jet-sploder e a micronização tem como objetivo

manter o conteúdo lipídico do grão e assim desfrutar de seu valor energético

principalmente para a formulação de dietas para animais que demandam

máximo consumo de energia por grama de ração.

A soja micronizada é uma fonte de proteína alternativa, já que possui

em torno de 39% de proteína bruta, além de representar uma fonte de energia,

devido ao seu conteúdo lipídico, que chega a 21,5% (Rostagno et al., 2011). O

processo de micronização consiste na exposição dos grãos de soja à radiação

infravermelha, resfriamento, laminação e moagem a partículas com cerca de 30

µm (Oliveira, 2010). A redução do ingrediente a partículas muito pequenas,

proporcionada pela micronização, tem efeito sobre sua solubilidade,

melhorando-a. Assim, a ação de enzimas digestivas é facilitada, bem como a

utilização dos nutrientes pelo organismo animal, melhorando,

consequentemente, o desempenho animal (Mendes et al., 2004; Silva et al.,

2009).

As características nutricionais da soja micronizada são de grande

importância principalmente para a nutrição de leitões desmamados. Esta

categoria animal apresenta consumo de ração muito baixo logo após o

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26

desmame e, assim sendo, alimentos que tragam uma alta concentração

energética por quilograma podem ser capazes de fornecer a energia

necessária à manutenção e crescimento de seu organismo.

O conhecimento do valor nutritivo, bem como da digestibilidade dos

produtos destinados à alimentação animal é imprescindível à formulação de

dietas balanceadas. No entanto, a maioria dos experimentos apenas compara

ingredientes, e poucos testam níveis de utilização. A determinação do nível de

inclusão de um determinado ingrediente se dá pela avaliação dos resultados de

trabalhos onde o desempenho animal não tenha sido afetado, não

considerando, muitas vezes, a interação entre ingredientes da dieta formulada

ou a ação de substâncias antinutricionais presentes no ingrediente.

Assim, considerando a importância nutricional da soja na alimentação

de animais monogástricos e a escassez de informações sobre o melhor nível

de inclusão deste produto na alimentação de leitões desmamados, com base

nos resultados de desempenho e de ensaio de metabolismo, o presente estudo

foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de níveis crescentes de

substituição dietética do farelo de soja por soja micronizada, sobre o

desempenho de leitões na fase de creche e a digestibilidade destas dietas.

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27

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Soja (Glycine max. (L.) Merrill)

A soja (Glycine max. (L.) Merrill) é uma leguminosa nativa da costa

leste da Ásia, na bacia do rio Yangtzé (China), tendo como provável espécie de

origem a Glycine ussuriensis (Costa, 1996). Chegou ao Brasil por meio do

Estado da Bahia em 1882, mas apenas no da década de 1960 é que teve

maior importância na agricultura. Nessa época, a suinocultura e a avicultura

tomavam aspectos industriais pela introdução de novos conceitos de nutrição

animal e pela necessidade de intensificação da produção. Também na mesma

época, as grandes indústrias de alimentação animal começaram a se instalar

no Brasil e trouxeram consigo a ideia de alimentação balanceada para aves e

suínos, que anteriormente, se alimentavam de pastagens e outros alimentos

oriundos da agricultura daquela época (EMBRAPA, 2017).

Hoje, o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking mundial de

produção de soja. Segundo a CONAB (2017a) a estimativa de produção para a

atual safra (2016/2017) é de 113,9 milhões de toneladas, o que representa um

aumento de quase 20% em relação à safra passada. No mundo o total de soja

produzido foi de 313,53 milhões de toneladas para a safra 2015/2016 (USDA,

2017b). O posicionamento do Brasil no ranking mundial de produção de soja

deve-se a muitas transformações que ocorreram nos últimos 40 anos, como o

aumento da área plantada (de 6,949 milhões de hectares na safra 1976/1977

para 33,252 na safra 2015/2016) e da produtividade por área (de 1748 kg/ha na

safra 1976/1977 para 2870 na safra 2015/2016) (CONAB, 2017b).

A soja produzida no Brasil é destinada em mais de 50% para o

processamento, enquanto o restante segue para exportação ou estoque. Dos

produtos oriundos da soja, aproximadamente 77% é farelo e 19% é óleo

(EMBRAPA, 2012; Figura 1), dos quais mais de 80% são absorvidos pela

indústria de aves e suínos. Em média 20 e 3% das rações fornecidas a estes

animais são compostas por farelo e óleo de soja, respectivamente (Lima et al.,

2014).

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Figura 1 – Destinos da soja no agronegócio brasileiro FONTE: Adaptado de EMBRAPA (2012).

A participação da soja na alimentação animal é devida a suas

características nutricionais. Segundo USDA (2017a), o grão de soja, quando

descascado, apresenta em torno de 36% de proteína, 21% de lipídios, 29% de

carboidratos. Contudo, o grão cru contém substâncias que atuam de maneira

antagônica à digestão e absorção de nutrientes pelo animal, sendo estes

denominados de fatores antinutricionais (FAN).

De acordo com Newkirk (2010), dentre os FAN contidos no grão, os

mais conhecidos e importantes são os inibidores de tripsina (IT) ou de

proteases e as hemaglutininas ou lectinas. Presumivelmente, os FAN contidos

no grão de soja cru atuam como mecanismos naturais de defesa à digestão

enzimática, além de atuarem no funcionamento do organismo vegetal

(Lucchesi, 2013). Liener (1981), com base na resistência ao aquecimento,

considerou como termolábeis os inibidores de proteases, hemaglutininas e

lipoxigenases; e como termo resistente os oligossacarídeos, polissacarídeos

não-amiláceos (PNA), fitato, fatores alérgicos (glicina e β-conglicina) e

lisinoalaninas. Desta forma, o valor nutritivo dos produtos da soja pode ser

influenciado por diversos fatores, como tipo de processamento, o que deve ser

levado em consideração para seu uso efetivo na formulação de dietas

(Agunbiade et al., 1992).

O tempo de exposição e a quantidade e forma de calor aplicada ao

grão são fatores importantes na eficiência do processamento e qualidade do

produto final de forma que o subaquecimento tem como consequência a

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persistência dos FAN, enquanto o superaquecimento pode causar a redução

do valor nutritivo por perda, principalmente, de aminoácidos (Chang et al.,

1987; Heidenreich, 1994; Monteiro, 2000).

A eficiência do processamento e da inativação dos FAN pode ser

medida por meio de vários parâmetros como atividade hemoaglutinante,

atividade antitripsina, índice de proteína dispersível (PDI – protein dispersibility

index), lisina disponível, solubilidade protéica em KOH (SP) e índice de

atividade ureática (IAU), sendo os dois últimos os mais adotados, devido ao

custo e rapidez (Lima et al., 2014).

O método de medição do IAU foi desenvolvido por Caskey e Knapp

(1944) e se baseia na alteração ou não do pH da solução, expressa em ΔpH,

causado pela ação da enzima urease, presente na soja, sobre a uréia,

liberando amônia no meio. Quando o processamento é adequado, ocorre a

desnaturação desta enzima e esta, quando desnaturada, é usada como

indicativo de que os IT também foram inativados (Borges et al., 2003). O IAU

do grão integral é de 2,0 a 2,5 ΔpH (Lima et al., 2014). O SINDIRAÇÕES

(2013) estabelece um limite máximo de 0,20 para a utilização do farelo de soja

na alimentação animal, enquanto a indústria americana recomenda 0,05 e 0,20

de IAU, com objetivo de identificar os extremos do processamento (Bellaver e

Snizek Junior, 1999). A legislação brasileira estabelece na Portaria n. 795, de

15 de dezembro de 1993, os limites mínimos e máximos de IAU para o farelo

de soja comercializado no país de 0,05 e 0,25, respectivamente (BRASIL,

1993).

A mensuração da SP é utilizada para avaliar o grau de estabilidade da

proteína ao processamento, tendo em vista que grãos de soja integrais

apresentam SP próxima de 100% (Pires, 2015) e aqueles processados devem

apresentar SP mínima de 77%, sendo o ideal 80% (Lima et al., 2011). Estes

valores indicam que a qualidade da proteína do grão ou farelo foi quase

inalterada, apresentando valores mínimos de desnaturação (Butolo, 2002).

O processamento empregado nos ingredientes comumente utilizados

em dietas para monogástricos tem como objetivo principal a melhoria da

digestibilidade, ou seja, tornar os nutrientes e a energia mais disponíveis ao

organismo animal. Dentre os diversos tipos de processamento da soja, a

tostagem por calor úmido ou por calor seco em tambor rotativo, a extrusão, jet-

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sploder e a micronização tem como objetivo manter o conteúdo lipídico do grão

e assim desfrutar de seu valor energético (Jorge Neto, 1992; Trindade Neto et

al., 2002), na formulação de dietas para animais que necessitem de um

máximo consumo de energia por grama de ração.

2.2 Soja micronizada

De maneira geral, a micronização do grão de soja consiste em tratá-lo

termicamente e reduzi-lo a partículas muito pequenas, com cerca de 30 µm,

intitulando o produto (Oliveira, 2010). O fluxograma do processo de

micronização está apresentado na Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma do processo de micronização

A temperatura durante o processo de micronização deve ser

rigorosamente controlada, pois o subaquecimento não elimina os FAN

termolábeis e o superaquecimento compromete a qualidade da proteína por

desnaturação proteica. Mendes et al. (2004) avaliando a digestibilidade de

nutrientes e valores energéticos de quatro derivados proteicos (farelo de soja,

soja semi-integral extrusada, soja integral expandida e soja integral

micronizada) concluíram que os processos de extrusão e micronização foram

efetivos na inativação dos FAN e aumentaram a digestibilidade do produto,

sendo a micronização o processo mais eficiente. Já Wiriyaumpaiwong et al.

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(2004), estudando as diferentes técnicas de processamento térmico do grão de

soja integral, demonstraram que, ambos, tostagem por calor úmido, jet-sploder,

extrusão e micronização, parecem ser suficientemente capazes de inativar a

urease, porém, provocam grandes diferenças na solubilidade da proteína. No

entanto, a micronização foi o processo que causou menor redução na SP.

Ainda, este processo apresentou menor gasto de energia para a produção e,

consequentemente, menor custo. Lawrence (1978) já havia verificado a eficácia

do processo de micronização da soja integral em reduzir os níveis da atividade

ureásica (de 2,0 para 0,10 ΔpH) neste ingrediente, sem que haja

comprometimento da qualidade proteica.

De acordo com Rostagno et al. (2011) a soja integral micronizada

possui 39,14% de proteína bruta, 21,5% de extrato etéreo e 1,36% de fibra

bruta e, ainda, 5279 kcal de energia bruta e 4583 kcal de energia digestível

para suínos. Em comparação ao farelo de soja com 45% de PB, aquele

ingrediente possui aproximadamente 48 vezes mais gordura (0,45 vs. 21,5%) e

quatro vezes menos fibra bruta (5,3 vs. 1,36%). Este maior conteúdo

energético, principalmente devido à presença do óleo, torna a soja micronizada

interessante na formulação de dietas que tem como objetivo fornecer o máximo

de energia por quilograma de ração, como dietas para leitões desmamados

(Newkirk, 2010).

2.3 Soja micronizada na dieta de leitões desmamados

O desmame que, em ambiente natural, é um processo gradual que

pode se estender além da décima segunda (12ª) semana de vida dos leitões

(Bøe, 1991), tem sido praticado na 3ª semana na maioria das granjas que

trabalham com a intensificação da suinocultura (Morés e Amaral, 2001), se

tornando o momento de maior potencial estressor. A separação da mãe, a

mudança de ambiente, a mistura de leitegadas e, principalmente, a mudança

do alimento, são fatores que levam à diminuição ou, até mesmo, interrupção,

do consumo de ração, levando a queda na imunidade e predispondo os

animais a ataque de microrganismos patogênicos (Bertol, 2000). De acordo

com Morés e Amaral (2001), a maioria dos leitões procura o alimento em até 3

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horas após o desmame, no entanto, alguns animais podem permanecer em

jejum por até 54 horas.

Esta baixa ingestão de alimentos pós desmame tem um impacto

prejudicial no desempenho, pois recruta as reservas de gordura corporal, como

demonstrado por Bark et al. (1986). Essa queda no desempenho ocorre porque

os leitões não conseguem atingir um consumo adequado de energia com a

ração ingerida, em comparação ao que estavam tendo com o leite da porca (Le

Dividich e Seve, 2000) que, aos 21 dias de lactação, possui 5,62; 7,62; e 5,27%

de proteína bruta, gordura e lactose, respectivamente, e ainda 1205 kcal/kg, na

matéria natural (Partridge e Gill, 1993). Se corrigidos estes valores para a

matéria seca média das rações (aproximadamente 87%), o leite atinge 25,22;

34,19; 23,63% de proteína bruta, gordura e lactose, respectivamente, e 5406

kcal/kg. Segundo o NRC (1998), a necessidade energética de mantença para

suínos é de 106 kcal EM/kg PV 0,75 por dia. Nas rações utilizadas atualmente

para a fase de desmame, a EM média é de 3350 kcal. Nessas condições, um

leitão de 7 kg de peso vivo, precisa ingerir no mínimo 136 g de ração por dia,

para atingir suas necessidades diárias de mantença, o que é obtido apenas a

partir do terceiro dia após o desmame. Desta forma, a inclusão de alimentos

que tenham alta concentração energética e alta digestibilidade pode ser

benéfica a esta categoria animal.

A redução de um ingrediente a partículas muito pequenas,

proporcionada pela micronização, tem efeito sobre sua solubilidade,

melhorando-a, e facilitando a ação de enzimas e a utilização dos nutrientes,

demonstrado por Mendes et al. (2004) e Silva et al. (2009). Berrocoso et al.

(2011), estudando os efeitos de diferentes granulometrias (881 μm vs. 60 μm)

do farelo de soja sobre o desempenho de leitões desmamados verificaram

melhoria da conversão alimentar na primeira semana após o desmame, e, do

consumo de ração durante a segunda semana, desaparecendo com o avanço

da idade. Desta forma, os autores concluíram que a utilização do processo de

micronização para o farelo de soja possa ser justificada para animais recém-

desmamados, que necessitam de alimentos com maior facilidade de

metabolização. No entanto, em estudos mais recentes (Berrocoso et al., 2013;

2014), não observaram melhoria do desempenho ou da digestibilidade do

farelo de soja micronizado.

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Na tentativa de melhorar o desempenho e reparar algumas das

consequências metabólicas ao desmame, produtos lácteos tem sido

adicionados às dietas, devido a seus efeitos sobre a taxa de crescimento dos

leitões, em comparação às rações exclusivamente de origem vegetal

(McCracken et al., 1995; Kim et al., 2001). Com isso, o desmame precoce vem

acompanhado por décadas de emprego de dietas com grandes quantidades de

produtos lácteos ou derivados do leite. No entanto, estudos vêm sendo

desenvolvidos com o objetivo de encontrar ingredientes alternativos às dietas

convencionais, que não afetem o desempenho e aproveitamento dos nutrientes

(Sohn et al., 1994) como no estudo de Lucchesi et al. (2016) que testaram a

substituição do leite em pó por soja micronizada com ou sem a enzima β-

mananase e verificaram que no período de 0-14 dias, aqueles animais que

receberam dietas com soja micronizada com enzima tiveram ganho diário de

peso (GDP), conversão alimentar (CA) e consumo diário de ração (CDR) igual

aos que receberam dietas contendo leite em pó (controle); e no período

experimental total (0-42 dias), o GDP destes animais também foi igual ao

controle. O tratamento com soja micronizada sem enzima também teve

resultados interessantes, como o CDR dos 0-14 dias. Estes dados demonstram

que a soja micronizada é tão viável quanto o uso de produtos lácteos, como o

leite em pó. Os mesmos autores relatam ainda que o uso deste ingrediente é

economicamente vantajoso, pois a substituição do leite em pó por soja

micronizada representou um ganho de até 23,20% sobre o custo das dietas na

fase de creche.

2.4 Digestibilidade de nutrientes

A digestibilidade dos nutrientes pode ser influenciada por fatores

inerentes à dieta, como teor e natureza da fibra (Morgan e Whittemore, 1982;

Laplace, 1986; Lenis et al., 1996), teor de gordura (Pettigrew e Moser, 1991), o

processamento empregado (Moreira et al., 1994a; Nyachoti et al., 1997); e aos

animais, como idade e peso (Trindade Neto et al., 1995; Ferreira et al., 1997).

Segundo Noblet e Henry (1993), a capacidade digestiva dos suínos e,

principalmente, a taxa de passagem do alimento pelo trato gastrintestinal são

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os principais responsáveis pelas diferenças nos coeficientes de digestibilidade

observados em animais de diferentes categorias.

Segundo Lindemann et al. (1986) a capacidade de digestão dos

nutrientes é provavelmente menos dependente da idade cronológica do suíno

do que da adaptação necessária às necessidades enzimáticas. O

processamento empregado nos ingredientes comumente utilizados em dietas

para monogástricos tem como objetivo principal a melhoria da digestibilidade,

ou seja, tornar os nutrientes e a energia mais disponíveis ao organismo animal.

Lawrence (1978) avaliando o efeito da micronização sobre a digestibilidade da

soja integral e de suas frações (óleo e farelo juntos ou separados) pelo método

de coleta total de excretas de suínos em crescimento verificou que a fração de

óleo isoladamente teve coeficiente de digestibilidade maior que quando estava

contido no grão micronizado ou em adição ao farelo (P<0,05). Resultados

semelhantes foram obtidos por Agunbiade et al. (1992) que concluíram que a

forma com que o óleo de soja é incorporado à dieta é um importante fator que

influencia a utilização das demais frações da soja.

Mendes et al. (2004), avaliando a digestibilidade de nutrientes e valores

energéticos de quatro derivados proteicos (farelo de soja, soja semi-integral

extrusada, soja integral expandida e soja integral micronizada), obtiveram DPB

de 90,7; 86,1; 73,8 e 95,2%; DEE de 69,3; 81,5; 80,4 e 94,3%; e ED de 3583,

4065, 3803 e 5272 kcal/kg, para farelo de soja, soja semi-integral extrusada,

soja integral expandida e soja integral micronizada, respectivamente. Os

autores atribuíram a superior digestibilidade da soja integral micronizada a seu

baixo teor de fibra bruta e, principalmente, à eficiência do processo de

micronização, que tornou os nutrientes mais disponíveis à digestão enzimática.

Santos et al. (2005), em um estudo sobre o valor nutricional de

alimentos para suínos testando oito alimentos proteicos e 10 energéticos

verificaram que, dentre os ingredientes proteicos testados, a soja micronizada

apresentou o maior DPB, com 86,8%, semelhante ao do farelo de soja (86,5%).

Os valores de ED do farelo de soja e da soja micronizada foram de 3430 e

4580 kcal/kg, respectivamente. Os autores atribuíram a menor digestibilidade

dos demais ingredientes ao maior teor de fibra destes, em relação à soja

micronizada, como comentado por Mendes et al. (2004) e o maior valor de ED

e teor de EE da soja micronizada. No entanto Kunrath et al. (2009), obtiveram

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DPB do farelo de soja abaixo dos relatados por Santos et al. (2005) e Mendes

et al. (2004), independente da idade dos animais ou fase.

Berrocoso et al. (2014) avaliando o efeito da micronização do farelo de

soja sobre a digestibilidade total e ileal obtiveram DPB (P<0,001) de 80,2%

(micronizado) e 79,7% (moído), enquanto a DPB ileal foram menores (78,6%

para o micronizado e 78,5% para o moído, P<0,03). Como citado por

Batterham (1994), as diferenças existentes entre a digestibilidade oriunda de

diferentes métodos de determinação são devido às perdas endógenas que

ocorrem durante o processo digestivo.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Foram conduzidos dois ensaios no Setor de Suinocultura, no Instituto

de Zootecnia de Nova Odessa/SP, sendo testados cinco níveis de substituição

do farelo de soja (FS) por soja micronizada (SM): T1 – 0% SM, T2 – 25% SM,

T3 – 50% SM, T4 – 75% SM, T5 – 100% SM. Inicialmente foi conduzido o

ensaio de metabolismo, entre os dias 16 de novembro de 2015 a 10 de

dezembro de 2015 e, depois, o ensaio de desempenho, entre os dias 11 de

abril de 2016 a 23 de maio de 2016.

O município de Nova Odessa está localizado a uma latitude de 22º 46'

39" sul, a uma longitude de 47º 17' 45" oeste, e a uma altitude de 570 metros

do nível do mar (Wikipédia, 2017). De acordo com a Classificação Climática de

Köppen, o clima é o AW, que se caracteriza por clima tropical com verão

chuvoso e inverno seco. A temperatura anual máxima média é de 30,3°C e

mínima média de 15,3°C, com precipitação anual de 1367,9 mm (CEPAGRI,

2016).

3.1 Metabolismo

O ensaio foi realizado na Sala de Metabolismo Animal pertencente ao

Instituto de Zootecnia/APTA/SAA. Foram utilizados 25 leitões machos

castrados híbridos, com aproximadamente 28 dias de idade, que foram

identificados com brincos e pesados individualmente, apresentando peso

médio inicial de 7,38 ± 0,73 kg (Figura 3). Os animais foram alojados em

gaiolas de estudos metabólicos semelhantes ao modelo descrito por Pekas

(1968), com um comedouro tipo cocho e um bebedouro tipo chupeta (Figura 4).

A temperatura e umidade relativa do interior das salas foram monitoradas

diariamente com auxílio de termohigrômetro e, pela abertura ou fechamento de

janelas e auxílio de condicionadores de ar, mantidas próximas a zona de

conforto térmico dos animais (entre 22 e 28°C).

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a) b)

Figura 3 – Pesagem (a) e identificação dos animais com brincos (b)

Figura 4 – Gaiola de estudos metabólicos

Os animais foram distribuídos em um delineamento em blocos ao

acaso, com cinco tratamentos e cinco repetições. O peso inicial foi utilizado

como fator de bloco. O período experimental foi constituído de três fases: Pré-

inicial I, Pré-inicial II, e Inicial. Foram fornecidas dietas formuladas de acordo

com as exigências nutricionais propostas por Rostagno et al. (2011)

correspondente às idades de 21 a 35 dias (Pré-inicial I), de 36 a 50 dias (Pré-

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inicial II) e de 51 a 63 dias (Inicial), respectivamente, e estão apresentadas nas

Tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1– Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Pré-inicial I (21 aos 35 dias de idade)

Ingredientes Tratamentos (%)

0 25 50 75 100

Milho 46,024 47,084 46,683 44,669 43,421 Glúten de milho 60 - - 0,229 1,000 1,000 Farelo de soja 46% 20,000 15,000 10,000 5,000 - Soja micronizada - 5,000 10,000 15,000 20,000 Leite em pó integral 25,000 25,000 25,000 25,000 25,000 Óleo de soja refinado 1,000 0,408 - - - Calcário calcítico 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 Fosfato bicálcico 1,770 1,835 1,925 2,025 2,125 Caulim 3,841 3,353 3,883 5,066 6,249 Oxido de zinco 0,255 0,255 0,255 0,255 0,255 Sal 0,250 0,250 0,250 0,250 0,250 Pré-mistura Vitamínica1 0,300 0,300 0,300 0,300 0,300 Pré-mistura Mineral2 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 Lisina HCL 99% 0,535 0,565 0,590 0,620 0,655 DL-metionina99% 0,065 0,070 0,080 0,090 0,100 L-treonina 98,5% 0,310 0,325 0,340 0,355 0,370 L-triptofano98% 0,020 0,025 0,035 0,040 0,045 Antibiótico3 0,030 0,030 0,030 0,030 0,030

Valores calculados

Proteína (%) 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 Lisina total (%) 1,62 1,62 1,62 1,62 1,62 Metionina total (%) 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44 Triptofano total (%) 0,28 0,28 0,28 0,28 0,28 Treonina total (%) 1,09 1,09 1,09 1,09 1,09 Lactose (%) 9,42 9,42 9,42 9,42 9,42 Cálcio (%) 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 P disponível (%) 0,56 0,57 0,58 0,59 0,61 Sódio (%) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 ED (kcal/kg) 3600,00 3600,00 3600,00 3600,00 3600,00 1Pré-mistura vitamínica (sem melhorador do crescimento): Vit. A – 8000 UI; Vit. D3 – 3000 UI;

Vit. K – 8 mg; Vit. B2 – 6 mg; Vit. B12 – 33 mcg; Vit. B6 – 2 mg; Vit. B1 – 2 mg; Vit. E – 30 UI; Pantotenato de cálcio –- 21 mg; Niacina – 0,04 g; Ácido fólico – 1,20 mg; Biotina – 0.05 mg; Selênio – 0,39 mg; Colina – 0,36 g. 2Pré-mistura mineral (sem melhorador do crescimento), fornecido por quilograma de dieta: Co –

0,168 mg; Cu – 0,015 g; Fe – 0,025 g; I – 1,42 mg; Mn – 0,04 g; Zn – 0,075 g; 3Colistina – 4%.

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40

Tabela 2 – Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Pré-inicial II (36 aos 50 dias de idade)

Ingredientes Tratamentos (%)

0 25 50 75 100

Milho 58,615 64,149 63,038 62,333 61,795 Glúten de milho 60 5,000 4,000 5,000 5,000 5,000 Farelo de soja 46% 10,000 8,000 5,000 2,000 - Soja micronizada - 2,000 5,000 8,000 10,000 Leite em pó integral 15,000 15,000 15,000 15,000 15,000 Óleo de soja refinado 2,000 0,228 - - - Calcário calcítico 0,600 0,600 0,500 0,400 0,400 Fosfato bicálcico 1,470 1,445 1,500 1,560 1,600 Caulim 5,720 2,983 3,327 4,037 4,510 Oxido de zinco 0,255 0,255 0,255 0,255 0,255 Sal 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350 Pré-mistura Vitamínica1 0,300 0,300 0,300 0,300 0,300 Pré-mistura Mineral2 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 Lisina HCL 99% 0,430 0,430 0,450 0,465 0,480 DL-metionina 99% - - 0,005 0,010 0,015 L-treonina 98,5% 0,115 0,115 0,125 0,135 0,140 L-triptofano 98% 0,015 0,015 0,020 0,025 0,025 Antibiótico3 0,030 0,030 0,030 0,030 0,030 Valores calculados

Proteína (%) 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00 Lisina total (%) 1,12 1,12 1,12 1,12 1,12 Metionina total (%) 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 Triptofano total (%) 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 Treonina total (%) 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 Lactose (%) 5,65 5,65 5,65 5,65 5,65 Cálcio (%) 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 P disponível (%) 0,43 0,42 0,43 0,44 0,44 Sódio (%) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 ED (kcal/kg) 3500,00 3500,00 3500,00 3500,00 3500,00 1Pré-mistura vitamínica (sem melhorador do crescimento): Vit. A – 8000 UI; Vit. D3 – 3000 UI;

Vit. K – 8 mg; Vit. B2 – 6 mg; Vit. B12 – 33 mcg; Vit. B6 – 2 mg; Vit. B1 – 2 mg; Vit. E – 30 UI; Pantotenato de cálcio –- 21 mg; Niacina – 0,04 g; Ácido fólico – 1,20 mg; Biotina – 0.05 mg; Selênio – 0,39 mg; Colina – 0,36 g. 2Pré-mistura mineral (sem melhorador do crescimento), fornecido por quilograma de dieta: Co –

0,168 mg; Cu – 0,015 g; Fe – 0,025 g; I – 1,42 mg; Mn – 0,04 g; Zn – 0,075 g; 3Colistina – 4%.

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41

Tabela 3 – Composição centesimal e nutricional das dietas experimentais, Inicial (51 aos 63 dias de idade)

Ingredientes Tratamentos (%)

0 25 50 75 100

Milho 68,886 68,599 67,309 67,974 67,638 Glúten de milho 60 6,000 6,000 6,000 6,000 6,000 Farelo de soja 46% 5,000 4,000 3,000 1,000 - Soja micronizada - 1,000 3,000 4,000 5,000 Leite em pó integral 10,000 10,000 10,000 10,000 10,000 Óleo de soja refinado - - - - - Calcário calcítico 0,600 0,600 0,500 0,500 0,500 Fosfato bicálcico 1,665 1,690 1,720 1,745 1,770 Caulim 5,894 6,126 6,486 6,781 7,077 Oxido de zinco 0,255 0,255 0,255 0,255 0,255 Sal 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 Pré-mistura Vitamínica1 0,300 0,300 0,300 0,300 0,300 Pré-mistura Mineral2 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100 Lisina HCL 99% 0,615 0,635 0,630 0,635 0,645 DL-metionina 99% 0,020 0,025 0,025 0,030 0,030 L-treonina 98,5% 0,180 0,185 0,190 0,195 0,195 L-triptofano 98% 0,055 0,055 0,055 0,055 0,060 Antibiótico3 0,030 0,030 0,030 0,030 0,030 Valores calculados

Proteína (%) 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 Lisina total (%) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 Metionina total (%) 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 Triptofano total (%) 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 Treonina total (%) 0,72 0,72 0,72 0,72 0,72 Lactose (%) 3,76 3,76 3,76 3,76 3,76 Cálcio (%) 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 P disponível (%) 0,42 0,42 0,43 0,43 0,44 Sódio (%) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 ED (kcal/kg) 3300,00 3300,00 3300,00 3300,00 3300,00 1Pré-mistura vitamínica (sem melhorador do crescimento): Vit. A – 8000 UI; Vit. D3 – 3000 UI;

Vit. K – 8 mg; Vit. B2 – 6 mg; Vit. B12 – 33 mcg; Vit. B6 – 2 mg; Vit. B1 – 2 mg; Vit. E – 30 UI; Pantotenato de cálcio –- 21 mg; Niacina – 0,04 g; Ácido fólico – 1,20 mg; Biotina – 0.05 mg; Selênio – 0,39 mg; Colina – 0,36 g. 2Pré-mistura mineral (sem melhorador do crescimento), fornecido por quilograma de dieta: Co –

0,168 mg; Cu – 0,015 g; Fe – 0,025 g; I – 1,42 mg; Mn – 0,04 g; Zn – 0,075 g; 3Colistina – 4%.

O período experimental total foi de 25 dias, com 10 dias para

adaptação às instalações e as dietas e 5 dias de coletas para cada fase

estudada. Os animais foram arraçoados diariamente às 8h e 17h. No período

de adaptação, foi fornecida a quantidade média de 317 gramas, o que

representou o fornecimento de 1141 kcal de ED. No restante do período, esta

quantidade foi reduzida em 10% para evitar sobras de ração nos cochos.

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42

O método utilizado foi o de coleta total de fezes e urina, que foram

realizadas diariamente no período da manhã. Para definir o início e o final das

fases, foi acrescentado às rações 1% de marcador fecal óxido férrico (Fe2O3),

alterando a coloração das fezes (Figura 5). As fezes totais produzidas foram

coletadas diariamente, armazenadas em sacos plásticos identificados de

acordo com o número da gaiola e armazenadas em freezer.

a) b)

Figura 5 – Marcador adicionado à ração (a) e fezes coloridas (b).

Ao final de cada fase, as fezes foram pesadas, homogeneizadas e

retiradas amostras de aproximadamente 300 g para secagem em estufa de

ventilação forçada a 55°C por 72 horas. Após secagem (Figura 6), as mesmas

foram pesadas novamente, moídas em moinho tipo “faca”, dotado de peneira

com crivos de 1 mm, e armazenadas em potes plásticos identificados de

acordo com o tratamento.

Figura 6 – Amostra de fezes após secagem em estufa a 55ºC por 72 horas.

A urina excretada foi coletada diariamente, também pela manhã, com

uso de funil e balde plástico contendo 10 ml de ácido sulfúrico (1:1), para evitar

perdas de nitrogênio ou a proliferação de microrganismos. A urina total

coletada foi pesada e uma amostra de 10% do seu peso foi armazenada em

garrafas plásticas identificadas com o número da gaiola, em freezer.

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43

Ao final de cada fase, as amostras foram descongeladas e

homogeneizadas para extração de 50 ml da amostra original (Figura 7).

Figura 7 – Amostras de urina após descongelamento.

As seguintes análises foram realizadas no material coletado: MS

(resíduo da secagem da amostra em estufa a 105°C); MM (resíduo da

incineração da amostra em mufla a 550°C); N (combustão da amostra pelo

método de DUMAS); EB (oxidação da amostra em bomba calorimétrica); EE

(resíduo de substâncias solúveis em éter de petróleo); sendo posteriormente

calculadas as digestibilidade dos nutrientes: digestibilidade aparente da matéria

seca (DMS), digestibilidade aparente da energia bruta (DEB), digestibilidade

aparente da proteína bruta (DPB), digestibilidade aparente do extrato etéreo

(DEE), metabolizabilidade da energia bruta (MEB), retenção de nitrogênio (RN),

nitrogênio ingerido (NI) e retido diariamente (NR), segundo fórmulas de Adeola

(2001).

3.2 Desempenho

O ensaio de desempenho foi realizado em galpão de creche

pertencente ao Instituto de Zootecnia/APTA/SAA, em duas salas com as

seguintes dimensões: Sala I (9,50m x 7,80m); Sala II (9,50m x 8,32m). Cada

sala possuindo 18 baias suspensas, com três fileiras de seis baias cada. As

baias possuem 2,0 x 1,0 m cada, suspensas a 0,83 m do chão, equipadas com

bebedouro tipo chupeta e comedouro semiautomático com piso de madeira

ripado abaixo, além de pisos plásticos vazados no restante da baia. Também

possuem bandeja de alumínio na parte inferior da baia para coletas de sobras

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44

de ração (Figura 8). Foram utilizadas 18 baias da primeira sala, e 17 baias da

segunda sala devido ao número de tratamentos.

Figura 8 – Baias de creche com comedouro e bebedouro.

Foram utilizados 70 leitões híbridos e desmamados, com idade inicial

de 21 dias. Os animais foram pesados (peso médio de 5,52 ± 1,0 kg) e

identificados com brincos (Figura 9).

O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, com cinco

tratamentos e sete repetições. Cada baia (unidade experimental) foi formada

por dois animais (um macho castrado e uma fêmea) e os blocos foram

formados de acordo com o peso e sexo dos animais.

a) b)

Figura 9 – Pesagem (a) e identificação com brincos dos animais (b).

Em cada sala, havia dois aparelhos de ar condicionado que foram

utilizados para manutenção da temperatura (dentro da zona de conforto térmico

dos animais), além da abertura e fechamento de janelas do tipo “vitraux”. As

temperaturas máxima e mínima, como também a umidade relativa do ar foram

monitoradas com termohigrômetro e anotadas diariamente em planilha.

As dietas fornecidas foram iguais às utilizadas no ensaio de

metabolismo, e apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3, respectivamente.

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45

Para análises do desempenho zootécnico, os animais, as rações e as

sobras nos cochos foram pesados a cada 14 dias (Figura 10), para

determinação do ganho diário de peso (GDP) em kg/dia, do consumo diário de

ração (CDR) em kg/dia e da conversão alimentar (CA). A ração desperdiçada

foi recolhida, pesada e descontada da quantidade fornecida. O período

experimental total foi de 42 dias.

a) b) c)

Figura 10 – Pesagem da ração desperdiçada e sobras de ração (a, b) e dos animais (c).

3.3 Incidência de diarreia

As fezes foram observadas diariamente, nos primeiros 15 dias de

experimento, pelo mesmo observador, para avaliação da incidência de diarreia

entre os animais. As fezes foram avaliadas e classificadas visualmente, pela

manhã, de acordo com a consistência, pelo seguinte escore (Freitas et al.,

2006): 1 – fezes com consistência normal; 2 – fezes moles; 3 – fezes pastosas

e 4 – fezes aquosas (Figura 11). Os escores 1 e 2 foram considerados não

diarreia e 3 e 4, diarreia.

a) b)

c) d)

Figura 11 – Escore 1 (a), 2 (b), 3 (c) e 4 (d) de avaliação de consistência de fezes segundo Freitas et al. (2006).

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46

3.4 Índice Bioeconômico

A análise de viabilidade econômica foi realizada para cada fase e para

o período total do experimento (1 a 42 dias). Foi determinado inicialmente o

custo da ração em reais por quilograma de peso vivo ganho (R$/kg PV) com

uso da seguinte fórmula, proposta por Bellaver et al. (1985):

Yi = (Pi * Qi)

Gi

Onde:

Yi = custo da ração por quilograma de peso vivo ganho no i-ésimo tratamento;

Pi = preço por quilograma da ração utilizada no i-ésimo tratamento;

Qi= quantidade de ração consumida no i-ésimo tratamento;

Gi = ganho de peso do i-ésimo tratamento.

Em seguida, foram calculados o Índice de Eficiência Econômica (IEE) e

o Índice de Custo (IC), ambos propostos por Gomes et al. (1991).

IEE = (MCe/ CTei) * 100

IC = (CTei/MCe) * 100

Onde:

MCe = menor custo da ração por quilograma de ganho observado entre os

tratamentos;

CTei = custo do tratamento i considerado.

Os preços dos ingredientes utilizados na elaboração dos custos das

dietas foram baseados no preço praticado no Estado de São Paulo, para a

região de Campinas, durante o mês de abril de 2016, segundo o CEPEA

(2016). Preço do dólar para o mês de abril de R$3,55 (CEPEA, 2016).

3.5 Análise Estatística

Os dados do experimento foram analisados pelo programa estatístico

SAS (Statistical Analysis System, 2001), por análise de variância segundo

procedimento GLM (General Linear Models). As médias foram consideradas

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47

diferentes significativamente ao nível de 5% de probabilidade (P<0,05), pelo

Teste de Tukey. Para os tratamentos foram estudadas análises de regressão

sendo avaliados os efeitos linear e quadrático.

Para a análise dos dados de incidência de diarreia, inicialmente foram

realizadas as análises descritivas e a seguir foram estimados modelos de

regressão logística pelo procedimento GENMOD do programa estatístico SAS

(Statistical Analysis System, 2001), considerando a distribuição binomial. A

significância estatística dos parâmetros estimados foi de P≤0,05. Os ajustes

dos modelos foram avaliados pelo critério “Quasi Likelihood Under

Independence Model Criterion” (QIC).

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49

4 RESULTADOS

As médias de temperatura máxima e mínima e umidade relativa das

salas de creche, utilizadas no ensaio de desempenho foram: Sala I -

temperatura máxima de 27,3°C e mínima de 23,3°C, umidade relativa entre

81,7% e 62,5%; Sala II - temperatura máxima de 27,4°C e mínima de 23,6°C,

umidade relativa ente 79,4% e 59,4%.

A composição bromatológica proximal dos ingredientes testados

encontra-se na Tabela 4.

Tabela 4 – Composição bromatológica proximal dos ingredientes testados.

Amostra MS a 105°C (%) PB (%) EE (%) MM (%)

Farelo de soja 87,56 45,72 1,85 5,99

Soja micronizada 91,37 38,68 22,21 4,77

Análises realizadas no Laboratório de Bromatologia do Instituto de Zootecnia/APTA/SAA.

As composições bromatológicas das dietas experimentais do ensaio de

metabolismo e desempenho são apresentadas nas Tabelas 5, 6 e 7.

Tabela 5 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Pré-Inicial I.

MS a

105°C (%) PB (%) EE (%) MM (%) EB (Mcal/kg)

TRAT (%) M D M D M D M D M D

0 89 90 19,6 22,7 8,4 8,9 10,9 10,2 4,50 4,69

25 89 91 19,2 21,7 9,1 10,1 10,2 9,6 4,56 4,61

50 90 91 19,3 21,8 10,1 10,9 10,6 10,2 4,61 4,62

75 90 91 20,1 22,6 11,0 11,7 11,6 11,2 4,60 4,68

100 91 92 19,5 22,0 11,6 12,8 12,6 12,5 4,51 4,61

TRAT – tratamentos; M – ensaio de metabolismo; D – ensaio de desempenho.

Tabela 6 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Pré-Inicial II.

MS a

105°C (%) PB (%) EE (%) MM (%) EB (Mcal/kg)

TRAT (%) M D M D M D M D M D

0 89 90 16,8 19,8 6,2 6,0 10,0 11,2 4,45 4,52

25 89 89 16,6 19,1 5,8 7,0 8,5 8,4 4,56 4,31

50 89 89 16,6 20,0 5,9 7,7 8,9 8,8 4,67 4,37

75 89 90 16,4 19,9 6,0 8,3 9,4 9,3 4,51 4,48

100 90 90 16,4 18,7 7,4 8,5 10,1 9,6 4,51 4,37

TRAT – tratamentos; M – ensaio de metabolismo; D – ensaio de desempenho.

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Tabela 7 – Composição bromatológica das dietas experimentais, Inicial.

MS a

105°C (%) PB (%) EE (%) MM (%) EB (Mcal/kg)

TRAT (%) M D M D M D M D M D

0 89 89 15,3 16,7 4,3 4,4 10,3 11,0 4,30 4,22

25 89 89 14,9 16,0 5,0 4,3 12,4 11,2 4,18 4,21

50 89 89 14,3 16,0 4,9 4,3 12,3 11,9 4,25 4,19

75 89 89 14,4 16,7 4,8 4,4 11,9 11,7 4,12 4,19

100 89 88 13,9 16,3 5,1 4,5 12,4 12,8 4,20 4,24

TRAT – tratamentos; M – ensaio de metabolismo; D – ensaio de desempenho.

Na Tabela 8 encontram-se os valores de solubilidade proteica e

atividade da urease do FS e da SM.

Tabela 8 – Valores de proteína solúvel e atividade ureática dos ingredientes testados.

Amostra*

Farelo de soja Soja micronizada

Proteína Solúvel em KOH (SP) 74,43 % 78,80 % Índice de Atividade Ureática (IAU) 0,09 0,03 *Análises realizadas no Lab. CBO-Campinas/SP. Valores aceitáveis: IAU – 0,05 a 0,25 (BRASIL, 1993); SP – 75 a 85% (BUTOLO, 2002; SINDIRAÇÕES, 2013).

4.1 Metabolismo

4.1.1 Pré-inicial I

Os valores de N ingerido e retido; da retenção de N (RN);

digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE e DEB); valor

biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria

seca, extrato etéreo e energia digestível e energia metabolizável (PD, MSD,

EED, ED e EM) e CV encontram-se na Tabela 9.

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51

Tabela 9 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Pré-inicial I.

Variáveis Tratamentos (%) Regressão

0 25 50 75 100 L Q CV %

NI, g/kg 43,48 46,34 39,39 48,57 46,08 ns ns 16,6

NR, g/kg 28,74 32,99 27,26 35,95 34,32 ns ns 17,9

RN, % 66,83 68,85 70,88 72,91 74,94 ** ns 3,4

DPB, % 81,45 82,10 82,76 83,42 84,07 * ns 2,2

PD, % 15,81 16,00 16,19 16,38 16,56 ** ns 2,2

VBPB, % 82,05 83,84 85,63 87,42 89,21 ns ns 2,6

DMS, % 79,97 82,07 82,76 82,05 79,92 ns ** 1,7

MSD, % 71,26 73,27 74,14 73,86 72,44 ns ** 1,7

DEE, % 76,52 83,44 84,01 83,77 82,86 ** ** 3,0

EED, % 6,40 7,63 8,46 9,21 9,60 ** ns 3,1

DEB, % 83,95 85,92 86,98 87,14 86,40 ** ** 1,4

ED, Mcal/kg 3,77 3,93 4,01 4,00 3,90 ** ** 1,4

MEB, % 82,69 84,62 85,68 85,86 85,15 ** ** 1,4

EM, Mcal/kg

3,72 3,87 3,95 3,94 3,85 ** ** 1,4

L - regressão linear; Q - regressão quadrática; CV% - coeficientes de variação; NI - nitrogênio ingerido; NR - nitrogênio retido; RN - retenção de nitrogênio; DPB - digestibilidade da proteína bruta; PD - proteína digestível; VBPB - valor biológico da proteína bruta; DMS - digestibilidade da matéria seca; MSD - matéria seca digestível; DEE - digestibilidade do extrato etéreo; EED - extrato etéreo digestível; DEB - digestibilidade da energia bruta; ED - energia digestível; MEB - metabolizabilidade da energia bruta, EM - energia metabolizável. NS

Não significativo (P>0,05); * Significativo (P<0,05); ** Significativo (P<0,01).

Houve diferença significativa entre os tratamentos para RN, PD, DMS,

MSD, DEB, ED, MEB, EM, DEE e EED (P<0,01) e DPB (P<0,05), no entanto,

não houve efeito para NI, NR e VBPB, à medida que os níveis de SM

aumentaram na dieta dos animais. Entre as variáveis que apresentaram

diferença significativa, houve efeito quadrático (P<0,01) para DMS, MSD, DEE,

DEB, MEB, ED e EM.

A variável RN apresentou efeito linear crescente (P<0,01) com

aumento dos níveis de SM, de acordo com a Figura 12.

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52

Figura 12 – Efeito dos tratamentos testados sobre a RN, Pré-inicial I.

A variável DPB apresentou efeito linear crescente (P<0,05) com

aumento dos níveis de SM, de acordo com a Figura 13.

Figura 13 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DPB, Pré-inicial I.

A variável PD apresentou efeito linear crescente (P<0,01) com aumento

dos níveis de SM, de acordo com a Figura 14.

Figura 14 – Efeito dos tratamentos testados sobre a PD, Pré-inicial I.

A variável EED apresentou efeito linear crescente (P<0,001) com

aumento nos níveis de SM, de acordo com a Figura 15.

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

0 25 50 75 100

Tratamento

CD

PB

(%

)

Y = 0,449281+ 0,026238 X R 2̂ = 0,72

15.4

15.6

15.8

16

16.2

16.4

16.6

16.8

0 25 50 75 100

Tratamento

PD

Y = 15,81548+ 0,007474 X R 2̂ = 0,70

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53

Figura 15 – Efeito dos tratamentos testados sobre o EED, Pré-inicial I.

Houve efeito quadrático (P<0,01) dos níveis de SM para DMS, MSD,

DEE, DEB, ED, MEB, EM (Figuras 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22), que

aumentaram até os níveis 47,5; 56,4; 63,86; 66,9; 89,56; 67,55 e 60,14%,

respectivamente.

Figura 16 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DMS, Pré-inicial I.

Figura 17 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Pré-inicial I.

78

79

80

81

82

83

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

Tratamento

CD

MS

(%)

Y= 79,96706 + 0,112389 X - 0,001128 X̂ 2 R 2̂ = 0,90

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54

Figura 18 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEE, Pré-inicial I.

Figura 19 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEB, Pré-inicial I.

Figura 20 – Efeito dos tratamentos testados sobre a ED, Pré-inicial I.

Figura 21 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MEB, Pré-inicial I.

82

83

84

85

86

87

88

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

Tratamento

CD

EB

(%)

Y= 83,95486 + 0,O96675 X - 0,000723 X^2 R^2 = 0,94

3600

3700

3800

3900

4000

4100

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Tratamento

ED

(kcal/kg

)

Y= 3772,681 + 8,042619 X - 0,067172 X^2 R^2 = 0,99

80

82

84

86

88

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Tratamento

CM

EB

(%)

Y= 82,6876 + 0,09512 X - 0,000704 X^2 R^2 = 0,90

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55

Figura 22 – Efeito dos tratamentos testados sobre a EM, Pré-inicial I.

4.1.2 Pré-inicial II

Para a fase Pré-inicial II, apenas as variáveis DMS, MSD, DEE, EED

apresentaram diferença estatística (Tabela 10) e efeito quadrático. Enquanto as

variáveis DMS e MSD (P<0,01; P<0,05) apresentaram efeito quadrático e

aumentaram até os níveis 56,86 e 64,51% (Figuras 23 e 24), as variáveis DEE

e EED (P<0,05; P<0,01) diminuíram até os níveis de 39,52 e 37,98%,

respectivamente (Figuras 25 e 26).

Figura 23 – Efeito dos tratamentos testados sobre DMS, Pré-inicial II.

Figura 24 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Pré-inicial II.

3500

3600

3700

3800

3900

4000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Tratamento

EM

(kc

al/k

g)

Y= 3715,621 + 7,91908 X - 0,065834 X^2 R^2 = 0,98

88

89

90

91

92

93

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Tratamento

CD

MS

(%)

Y= 89,792 + 0,09553 X - 0,00084 X^2 R^2 = 0,79

70

71

72

73

74

75

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Tratamento

MS

D

Y= 72,15455 + 0,072257 X - 0,00056 X^2 R^2 = 0,73

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56

Tabela 10 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Pré-inicial II.

Variáveis Tratamentos (%) Regressão

0 25 50 75 100 L Q CV %

NI, g/kg 48,49 51,81 43,83 50,82 49,97 ns ns 16,7

NR, g/kg 32,49 34,19 27,66 33,66 34,58 ns ns 18,5

RN, % 67,05 64,69 64,28 65,81 69,28 ns ns 4,0

DPB, % 79,76 76,84 79,99 76,17 79,59 ns ns 3,1

PD, % 13,37 12,79 13,28 12,49 13,05 ns ns 3,0

VBPB, % 83,67 85,42 79,04 87,01 87,06 ns ns 3,4

DMS, % 80,90 82,76 83,57 83,34 82,05 ns ** 1,4

MSD, % 72,15 73,61 74,36 74,42 73,77 * * 1,4

DEE, % 76,26 72,77 72,51 75,47 81,66 ns * 7,5

EED, % 4,80 4,18 4,78 5,07 5,96 ** ** 7,5

DEB, % 85,90 86,22 89,23 86,26 86,69 ns ns 1,8

ED, Mcal/kg

3,82 3,98 4,04 4,01 3,88 ns ns 1,8

MEB, % 85,01 85,45 88,21 85,47 85,74 ns ns 1,9

EM, Mcal/kg

3,78 3,94 4,00 3,97 3,83 ns ns 1,9

L - regressão linear; Q - regressão quadrática; CV% - coeficientes de variação; NI - nitrogênio ingerido; NR - nitrogênio retido; RN - retenção de nitrogênio; DPB - digestibilidade da proteína bruta; PD - proteína digestível; VBPB - valor biológico da proteína bruta; DMS - digestibilidade da matéria seca; MSD - matéria seca digestível; DEE - digestibilidade do extrato etéreo; EED - extrato etéreo digestível; DEB - digestibilidade da energia bruta; ED - energia digestível; MEB - metabolizabilidade da energia bruta, EM - energia metabolizável. NS

Não significativo (P>0,05); * Significativo (P<0,05); ** Significativo (P<0,01).

Figura 25 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DEE, Pré-inicial II.

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57

Figura 26 – Efeito dos tratamentos testados sobre o EED, Pré-inicial II.

4.1.3 Inicial

Já na fase Inicial, as variáveis PD, DMS e MSD apresentaram

diferença significativa (Tabela 11). A variável PD apresentou efeito quadrático

(P<0,05), reduzindo até o nível de 95,73% (Figura 27). As variáveis DMS e

MSD diminuíram linearmente (P<0,01) em função dos níveis de SM (Figuras 28

e 29).

Figura 27 – Efeito dos tratamentos testados sobre a PD, Inicial.

Figura 28 – Efeito dos tratamentos testados sobre a DMS, Inicial.

Y = 12,5425 - 0,034081 X + 0,000178 X^2 R^2 = 0,98

10

10.5

11

11.5

12

12.5

13

0 25 50 75 100

Tratamento

PD

Y = 83,37588 - 0,0222084 X R^2 = 0,93

80

80.5

81

81.5

82

82.5

83

83.5

84

0 25 50 75 100

Tratamento

CD

MS

(%)

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58

Figura 29 – Efeito dos tratamentos testados sobre a MSD, Inicial.

Tabela 11 – Nitrogênio ingerido e retido (NI e NR); retenção de nitrogênio (RN); digestibilidade da PB, da MS, do EE e da EB (DPB, DMS, DEE, DEB); valor biológico da PB (VBPB); metabolizabilidade da EB (MEB); proteína, matéria seca, extrato etéreo e energia digestíveis e energia metabolizável (PD, MSD, EED, ED e EM), Inicial.

Variáveis

Tratamentos (%) Regressão

0 25 50 75 100 L Q CV %

NI, g/kg 64,06 68,22 55,21 65,02 61,25 ns ns 16,7

NR, g/kg 45,51 48,17 35,50 44,88 40,82 ns ns 18,4

RN, % 71,35 70,41 64,16 69,08 66,29 ns ns 5,8

DPB, % 81,04 80,04 79,04 78,05 77,05 ns ns 3,2

PD, % 12,54 11,80 11,28 10,99 10,91 ** * 3,2

VBPB, % 86,68 88,78 82,21 89,23 84,73 ns ns 4,1

DMS, % 83,37 82,82 82,27 81,72 81,17 ** ns 1,5

MSD, % 74,08 73,62 73,16 72,70 72,24 ** ns 1,5

DEE, % 70,57 76,17 73,19 75,37 76,52 ns ns 2,9

EED, % 3,03 3,79 3,59 3,60 3,89 ns ns 2,9

DEB, % 87,31 86,88 86,46 86,03 85,61 ns ns 1,6

ED, Mcal/kg 3,72 3,68 3,64 3,60 3,56 ns ns 1,6

MEB, % 86,36 85,93 85,49 85,06 84,62 ns ns 1,7

EM, Mcal/kg 3,68 3,64 3,60 3,56 3,51 ns ns 1,7 L - regressão linear; Q - regressão quadrática; CV% - coeficientes de variação; NI - nitrogênio ingerido; NR - nitrogênio retido; RN - retenção de nitrogênio; DPB - digestibilidade da proteína bruta; PD - proteína digestível; VBPB - valor biológico da proteína bruta; DMS - digestibilidade da matéria seca; MSD - matéria seca digestível; DEE - digestibilidade do extrato etéreo; EED - extrato etéreo digestível; DEB - digestibilidade da energia bruta; ED - energia digestível; MEB - metabolizabilidade da energia bruta, EM - energia metabolizável. NS

Não significativo (P>0,05); * Significativo (P<0,05); ** Significativo (P<0,01).

4.2 Desempenho

Os resultados encontrados no ensaio de desempenho nos períodos

experimentais de 0 a 14 dias (21 a 35 dias de idade), 0 a 28 dias (21 a 50 dias

de idade) e no período total (21 a 63 dias de idade) para as variáveis consumo

71

71.5

72

72.5

73

73.5

74

74.5

0 25 50 75 100

Tratamento

MS

D

Y = 74,08252 - 0,018369 X R^2 = 0,78

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59

diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA)

estão apresentados na Tabela 12.

Tabela 12 – Consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) de leitões dos 21 aos 63 dias de idade de acordo com os tratamentos testados.

Tratamentos (%) Regressão

0 25 50 75 100 L Q CV %

21 a 35 dias

CDR 0,33 0,31 0,29 0,26 0,24 * ns 31,22

GDP 0,25 0,23 0,20 0,18 0,15 ** ns 34,85

CA 1,32 1,39 1,45 1,52 1,59 ** ns 12,92

21 a 50 dias

CDR 0,52 0,48 0,45 0,41 0,38 ** ns 21,59

GDP 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24 ** ns 21,76

CA 1,48 1,50 1,53 1,56 1,58 ** ns 4,77

21 a 63 dias

CDR 0,76 0,72 0,68 0,64 0,60 ** ns 18,11

GDP 0,46 0,43 0,40 0,37 0,34 ** ns 17,50

CA 1,67 1,65 1,66 1,70 1,78 ns ns 4,25 L – regressão linear; Q – regressão quadrática; CV% – coeficientes de variação; CDR–consumo diário de ração; GDP–ganho diário de peso; CA – conversão alimentar. NS

Não significativo (P>0,05); * Significativo (P<0,05) ** Significativo (P<0,01).

Durante o período pré–inicial de crescimento (21 a 35 dias de idade), o

CDR reduziu linearmente (P<0,05) em conjunto ao GDP (P<0,01), enquanto a

CA (P<0,01) apresentou efeito linear crescente (Figuras 30, 31 e 32).

Figura 30 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 35 dias de idade.

Y = 0,33194 - 0,000919 X R2 = 0,81

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0 25 50 75 100

Tratamento

CR

D

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60

Figura 31 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 35 dias de idade.

Figura 32 – Efeito dos tratamentos testados sobre a CA, 21 a 35 dias de idade.

Dos 21 aos 50 dias de idade, o CDR e o GDP reduziram linearmente

(P<0,01), enquanto a CA apresentou efeito linear crescente (P<0,01) (Figuras

33, 34 e 35).

Figura 33 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 50 dias de idade.

Y = 0,25288 - 0,001008 X R2 = 0,94

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0 25 50 75 100

Tratamento

GP

D

Y = 1,32057 + 0,002657 X R2 = 0,82

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

0 25 50 75 100

Tratamento

CA

Y = 0,51774 - 0,00014 X R2 = 0,87

0.495

0.5

0.505

0.51

0.515

0.52

0 25 50 75 100

Tratamento

CR

D

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61

Figura 34 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 50 dias de idade.

Figura 35 – Efeito dos tratamentos testados sobre a CA, 21 a 50 dias de idade.

No período experimental total (21 a 63 dias de idade) o CDR e o GDP

reduziram linearmente (P<0,01) (Figuras 36 e 37) enquanto a CA não

apresentou diferença significativa (P>0,05).

Figura 36 – Efeito dos tratamentos testados sobre o CDR, 21 a 63 dias de idade.

Y = 0,34917 - 0,000111 X R2 = 0,94

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0 25 50 75 100

Tratamento

GP

D

Y = 1,47914 + 0,00106 X R2 = 0,81

1.4

1.45

1.5

1.55

1.6

0 25 50 75 100

Tratamento

CA

Y = 0,760314 - 0,00163 X R2 = 0,92

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0 25 50 75 100

Tratamento

CR

D

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62

Figura 37 – Efeito dos tratamentos testados sobre o GDP, 21 a 63 dias de idade.

4.3 Incidência de diarreia

Os dados referentes à incidência de diarreia (ID) podem ser

observados na Tabela 13. Na Tabela 14 estão apresentadas as estimativas dos

parâmetros, seus erros-padrão, intervalo de confiança (95%), Z-scores e

probabilidades para as estimativas dos parâmetros “Tratamentos” e “Dias de

Diarreia”. Os resultados indicam que só houve efeito significativo (P<0,05) para

“Dias de Diarreia” e não houve diferença (P>0,05) para “Tratamentos”. Não foi

incluído no modelo o efeito da interação entre os tratamentos e os dias de

medição da diarreia, uma vez que essa interação se mostrou não significativa

(P>0,05).

Tabela 13 – Efeito dos tratamentos testados sobre o número de leitões que apresentaram diarreia e número de dias de diarreia

Tratamentos (%) NLPT NLCD

Duração da diarreia (dias)

1 2 3 4 5 +5

0 14 6 2 3 1 0 0 0

25 14 3 1 0 0 1 0 1

50 14 3 3 0 0 0 0 0

75 14 5 2 3 0 0 0 0

100 14 8 4 1 0 1 2 0 NLPT – número de leitões por tratamento; NLCD – número de leitões com diarreia.

Tabela 14 – Parâmetros estimados do modelo de regressão logística múltipla, considerando a distribuição binomial para descrever a influência dos tratamentos e tempos estudados sobre a intensidade de diarréia nos animais.

Parâmetro Estimativa Erro-

padrão Intervalo de Confiança

95% Z Pr > |Z|

Intercepto -1,1940 0,5226 -2,2182 -0,1697 -2,28 0,0223

Tratamento 0,1171 0,1522 -0,1812 0,4154 0,77 0,4416

Tempo -0,1484 0,0389 -0,2246 -0,0722 -3,82 0,0001 Z – Escore Z.

Y = 0,4606 - 0,001199 X R2 = 0,98

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

0 25 50 75 100

Tratamento

GPD

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63

4.4 Índice bioeconômico

Os valores do custo do quilograma de ração (R$/kg), custo de ração

por quilograma de peso vivo ganho (R$/kgGP), índice de eficiência econômica

(IEE) e índice de custo das dietas experimentais (IC) podem ser verificados na

Tabela 15.

Tabela 15 – Custo do quilograma de ração, custo de ração por quilograma de peso vivo ganho, índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo (IC) das dietas experimentais.

Tratamentos (%)

0 25 50 75 100

Pré-inicial I R$/kg Ração 4,73 4,75 4,77 4,82 4,85

Custo da Ração Consumida R$/Kg GP

6,51 6,33 6,71 7,49 7,74

IEE, % 97 100 94 85 82 IC, % 103 100 106 118 122

Pré-inicial II

R$/kg Ração 3,31 3,26 3,29 3,31 3,32 Custo da Ração Consumida R$/Kg

GP 5,25 5,15 5,19 5,23 5,40

IEE, % 98 100 99 98 95 IC, % 102 100 101 102 105

Inicial

R$/kg Ração 2,55 2,55 2,57 2,57 2,57 Custo da Ração Consumida R$/Kg

GP 4,82 4,49 4,72 4,71 5,03

IEE, % 93 100 95 95 89 IC, % 107 100 105 105 112

Período Total R$/kg Ração 10,59 10,56 10,63 10,69 10,74

Custo da Ração Consumida R$/Kg GP

5,24 5,00 5,16 5,27 5,56

IEE, % 95 100 97 95 90 IC, % 105 100 103 105 111

IEE – índice de eficiência econômica; IC – índice de custo.

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65

5 DISCUSSÃO

A composição químico-bromatológica encontrada nas tabelas de

Rostagno et al. (2011) para SM são semelhantes à encontrada no presente

estudo: 39,14% de PB, 21,50% de EE e 92,62% de MS. Os valores

apresentados pelo National Research Council (NRC, 2012) para PB e EE

também são semelhantes: 38,64% e 20,76%. Dadalt (2015) encontrou valores

de 95,01; 38,17 e 23,96% para MS, PB e EE da SM, respectivamente, e

atribuiu as diferenças que podem ser encontradas entre composições

nutricionais disponíveis na literatura a diferentes métodos de processamento e

análise de alimentos.

Os teores de MS encontrados para o FS foram semelhantes aos

encontrados em NRC (1998) – 89% – e Rostagno et al. (2011) – 88,75%;

enquanto os teores de PB e EE foram superiores aos relatados por Rostagno

et al. (2011) (45,22% PB e 1,69% EE) e NRC (1998) (43,8% PB e 1,5% EE).

Os valores do índice de atividade ureática (IAU), tanto da SM quanto

do FS, estão dentro dos valores estabelecidos pelo SINDIRAÇÕES (2013) e de

BRASIL (1993). Lawrence (1978) já havia verificado a eficácia do processo de

micronização da soja integral em reduzir os níveis do IAU (2,0 para 0,10 ΔpH)

neste ingrediente, sem que haja comprometimento da proteína. Embora os

limites do IAU (e outros parâmetros de atividade de fatores antinutricionais)

tenham sido estabelecidos para o FS, Pires (2015) validou o método de

quantificação deste índice também para a SM.

Para a solubilidade proteica em KOH (SP), os valores obtidos para o

FS estão abaixo do mínimo recomendado por Butolo (2002), de 75%; enquanto

os valores tanto da SM quanto do FS estão dentro da variação estabelecida por

Swick (1998) citado por Bellaver e Snizek Junior (1999), que vai de 73 a 85%.

Segundo Lima et al. (2011) valores abaixo de 80% indicam que houve super

processamento da soja tendo em vista que o tratamento térmico empregado

tanto para a extração do óleo do FS quanto para a micronização na SM pode

desnaturar as proteínas e reduzir a solubilidade da proteína. Trindade Neto et

al. (2003) trabalhando com soja integral macerada na dieta de leitões

atribuíram o pior desempenho destes animais ao fato deste ingrediente

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66

apresentar SP de 66%, devido ao processamento inadequado, afetando

diretamente o CDR e, consequentemente, o GDP. No presente estudo, a

menor SP do FS em relação à SM pode ter afetado a digestibilidade das dietas

e o desempenho dos animais, efeito este que será discutido mais adiante.

5.1 Metabolismo

Na fase pré-inicial I, as variáveis relacionadas à proteína da dieta (RN,

DPB, PD) aumentaram linearmente com o aumento da substituição do FS por

SM. Estes resultados estão de acordo com Silva et al. (2009) e Kunrath et al.

(2009). Ambos os autores verificaram maior digestibilidade da proteína em

dietas com SM, em relação ao FS ou soja desativada. Em contraste, Lawrence

(1978) estudando o efeito da micronização sobre a digestibilidade de alguns

alimentos em dietas para leitões com 25 kg, não encontraram diferença entre a

digestibilidade daquelas que tinham farelo e óleo de soja ou soja micronizada.

Levando em consideração a SP do FS, que foi menor que da SM

(Tabela 8), este efeito está de acordo com a qualidade da proteína dos

ingredientes estudados. Mendes et al. (2004) também verificaram menor DPB

(P<0,05) de derivados da soja que apresentaram SP menor em relação à SM.

Ainda, segundo Ferreira et al. (1997) a fibra presente nos ingredientes de

origem vegetal pode afetar a digestão proteica negativamente, devido a ação

de associação com a lignocelulose, que reduz sua disponibilidade. Embora, no

presente estudo não tenha sido realizada análise do conteúdo de fibra bruta

dos ingredientes, em média o farelo de soja possui 5,3% de fibra, enquanto a

soja micronizada, apenas 1,36%. Assim, o maior teor de fibra do FS em

conjunto a sua baixa SP podem ter causado uma redução na sua

digestibilidade e, como consequência, com aumento da substituição deste pela

SM, houve um aumento da digestibilidade das dietas.

Embora segundo Azain (2001) a gordura da dieta reduza a taxa de

passagem do alimento no trato gastrintestinal, o que consequentemente,

aumenta a digestibilidade dos nutrientes devido ao maior tempo de exposição

às enzimas digestivas, o efeito quadrático observado para as variáveis DMS,

MSD, DEB, ED, MEB e EM pode estar relacionado ao aumento do teor de

extrato etéreo das dietas, que ocorreu com o aumento do nível de substituição

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67

do FS por SM, porque esta elevação (Tabelas 5 e 6) pode ter ultrapassado o

limite encontrado na literatura para a capacidade enzimática do trato

gastrintestinal dos leitões na fase estudada (Lindemann et al., 1986; Cera et al.,

1989; Howard et al., 1990). Ainda, Agunbiade (1992), após verificar diferença

(P<0,001) entre a digestibilidade do óleo contido em dietas com grão de soja

integral e dietas com farelo e óleo de soja e a superioridade dele isoladamente,

sugeriu que a forma como este ingrediente está presente na dieta parece ser

um fator importante para o aproveitamento dos derivados da soja. Assim, o

óleo contido na célula vegetal pode não estar totalmente disponível à digestão

enzimática.

Na fase seguinte (Pré-inicial II) os efeitos observados para as variáveis

relacionadas à proteína desapareceram, diferentemente de Kunrath et al.

(2009) que verificaram melhora na DPB quando substituíram o farelo de soja

por soja micronizada, independentemente do nível (50 ou 100%). Berrocoso et

al. (2014) comentam que os efeitos da micronização parecem ser mais

relevantes para a fração energética da dieta do que para a DPB. Para as

variáveis DMS e MSD, foi observado efeito quadrático (P<0,01). Estas

aumentaram até os níveis de 56,86 e 64,51%, respectivamente. Já as variáveis

DEE e EED, que também apresentaram efeito quadrático, reduziram até os

níveis de 39,52 e 37,98% (P<0,05 e P<0,01, respectivamente). Estes

resultados diferem dos de Lawrence (1978) que não encontraram diferença

entre a digestibilidade de dietas com farelo e óleo de soja ou soja micronizada;

e dos de Kunrath et al. (2009) que verificaram aumento linear na digestibilidade

da gordura bruta (DGB) quando substituíram o farelo de soja por soja integral

micronizada. Ambos os autores concluíram que a SM seria mais bem utilizada

por leitões, constituindo-se uma fonte composta de energia e proteína. No

entanto, no presente estudo, este efeito não foi observado. Estas diferenças

podem ser atribuídas ao fato de que no estudo supracitado (Kunrath et al.;

2009), foi utilizado soro de leite em pó, que possui 0,9% de gordura, enquanto

que no presente estudo, foi utilizado leite em pó integral, que possui 26% de

gordura (Rostagno et al., 2011), provocando um excesso de gordura disponível

no trato gastrintestinal dos leitões, prejudicando seu aproveitamento, como já

citado.

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68

Para as dietas da fase Inicial de crescimento (51 aos 65 dias de idade)

houve diferença estatística apenas para as variáveis PD e MSD. A redução da

PD da dieta até o nível de 95,73% pode ser atribuída à redução do conteúdo

proteico da dieta (Tabela 4) de 15,26% no tratamento 0 para 13,89% no 100.

Embora Berrocoso et al. (2014) tenham verificado melhora na digestibilidade da

dieta com a micronização, ressaltaram que a redução do tamanho das

partículas do alimento também pode afetar a motilidade e função da mucosa

gastrointestinal e a saúde do leitão. Consequentemente, ambos os efeitos

podem contrariar-se e a magnitude das respostas observadas pode variar entre

experimentos e entre fases estudadas (Mateos et al., 2012).

Desta forma, as diferenças entre o presente estudo e demais trabalhos

encontrados na literatura podem estar também relacionadas às diferentes

idades e pesos dos animais utilizados (Morgan e Whittemore, 1982), tipo de

processamento a que o ingrediente testado foi submetido (Mello et al., 2015) e

ao nível de inclusão do ingrediente na dieta (Berrocoso et al., 2014), além da

interação entre os ingredientes da dieta.

5.2 Desempenho

As diferenças observadas entre o tratamento sem substituição do farelo

de soja pela soja micronizada e o tratamento com 100% de substituição foram

substanciais. Na primeira fase (21 a 35 dias de idade), entre estes tratamentos,

houve uma redução no CDR de 27,3% (o que representa 90 gramas a menos

de ração consumida), e entre tratamentos esta redução esteve entre 6 e 10%.

Para o GDP, a redução foi de 40% (representando 100 gramas de peso vivo a

menos). Inversamente a estas reduções, a CA aumentou 20,4%; para o

período entre 21 e 35 dias de idade (Pré-Inicial I). Estes resultados corroboram

os obtidos por Trindade Neto et al. (2002), que verificaram a superioridade do

FS em comparação a outras fontes proteicas, presumindo que este subproduto

da soja desencadeie menor ação prejudicial ao processo digestivo e ao sistema

gastrintestinal do leitão. No entanto Mello et al. (2015) obtiveram GDP, CDR e

CA igual (P<0,05) em leitões recebendo dietas com FS ou SM. Embora os

resultados de desempenho animal encontrados na literatura sejam muito

divergentes, Berrocoso et al (2014) sugerem que a divergência entre os dados

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de desempenho animal encontrados na literatura podem estar relacionados a

redução da granulometria do alimento provocada pela micronização. Apesar da

micronização da soja ser capaz de melhorar a digestibilidade dos nutrientes

pela melhor mistura com enzimas digestivas, também é possível que ela afete

negativamente a motilidade e função do trato gastrintestinal, assim como o

status “saudável” do leitão (Mikkelsen et al., 2004; Hedemann et al., 2005),

prejudicando seu desempenho.

De maneira geral, o CDR foi considerado baixo, o que pode ter levado

a um desempenho pobre. De fato, o reduzido consumo de ração afeta

negativamente o ganho de peso, pois não supre as necessidades energéticas

do animal. Bertol (2000) comenta que a necessidade de consumo de ração

para que o leitão atinja suas necessidades de mantença é muito grande,

principalmente se considerarmos que alguns animais podem permanecer em

jejum por até 54 horas pós-desmame (Morés e Amaral, 2001) e mesmo o

fornecimento de creep-feeding antes do desmame como tentativa de pré-

adaptação à dieta sólida não garante melhoria no desempenho (Lindemann,

1986). Sendo assim, com um desempenho ruim nas primeiras semanas após o

desmame, os leitões não apresentam GDP satisfatório. Enquanto no presente

estudo os animais obtiveram GDP entre 0,240 e 0,330 kg, Trindade Neto et al.

(2002) também obtiveram GDP superiores testando dietas com farelo de soja,

soja integral macerada e soja integral micronizada (0,427; 0,388 e 0,324 kg,

respectivamente).

No período seguinte (dos 21 aos 49 dias de idade), apesar de

menores, as diferenças entre os tratamentos continuaram, corroborando os

resultados de Trindade Neto et al. (2002), que verificaram a superioridade do

FS em relação a outras fontes proteicas, como a SM. No entanto, Mello et al.

(2015) encontraram resultados diferentes. Como comentado anteriormente,

estes resultados podem ser atribuídos ao baixo CDR, que afetou

negativamente o desempenho como um todo. Este baixo CDR pode estar

relacionado à não utilização de palatabilizante nas rações.

O CDR em suínos adultos é geralmente regulado para que as

necessidades de energia sejam supridas (NRC, 1998; MacLeod, 1990; Leeson

et al., 1996), porém a habilidade de adaptar o CDR em função do conteúdo

energético da dieta é variável em leitões (Vieira, 2014). Segundo Bertechini

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70

(2012) o que mais influencia o nível de CDR nesta fase de vida do leitão é a

palatabilidade do alimento. Solá-Oriol et al. (2009) estudando a preferência

quanto ao tamanho da partícula e características de textura de alimentos para

suínos verificaram que a mudança de apenas um ingrediente da ração é capaz

de modificar o tamanho das partículas da dieta, porém a pobre correlação

observada entre tamanho de partícula e preferência alimentar indica que a

redução do tamanho da partícula não tem efeito sobre o consumo de ração.

Por outro lado, a preferência alimentar esteve correlacionada às características

de textura da ração, indicando que estas características podem explicar, em

partes, a palatabilidade de dietas para suínos. Soro de leite, proteína de batata

e plasma seco suíno tiveram os maiores valores (P<0,05) de dureza,

fragilidade e movimentos mastigatórios. Os autores atribuíram estes resultados

à higroscopicidade destes produtos, necessitando de grande quantidade de

saliva para que o bolo atinja a textura necessária para ser engolido. Dietas

contendo óleo de soja e sebo suíno tiveram maiores valores (P<0,05) de

dureza, fragilidade e movimentos mastigatórios que as que continham óleo de

peixe ou de coco. Com base nestes resultados e na semelhança entre estudos

realizados em humanos (Szczesniak, 2002) os autores afirmam que alimentos

que necessitam de menor tempo de manipulação/mastigação são mais

preferidos por suínos. Como demonstrado por Solá-Oriol et al. (2009), as dietas

que, devido à concentração de óleo no grão de soja integral, demonstraram

maior teor de extrato etéreo podem ter sido menos consumidas devido as suas

características de textura, necessitando maior quantidade de saliva para ser

deglutida e mais movimentos mastigatórios para a salivação.

No período experimental total (dos 21 aos 63 dias de idade) o CDR e o

GDP reduziram 21,1 e 26,1% (P<0,01) do tratamento 0 para 0 100, enquanto a

CA não apresentou diferença (P>0,05). Estes resultados estão de acordo com

os de Trindade Neto et al. (2002) e Valência et al. (2008) que constataram a

superioridade do farelo de soja em relação à soja micronizada; mas diferem

dos obtidos por Mello et al. (2015) e Moreira et al. (1994b). Estes resultados

podem ser atribuídos a presença de FAN resistentes ao processamento

térmico, como os PNA, IT, entre outros. Lucchesi et al. (2016) testando a

substituição do leite em pó por soja micronizada com ou sem inclusão da

enzima β-mananase (que atua sobre os PNA), não encontraram diferenças

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(P>0,05) entre os tratamentos e a dieta controle (apenas com farelo de soja) no

período total (0-42 dias) para as variáveis CDR e CA, mas verificaram que o

GDP dos animais que receberam o tratamento com inclusão de enzima foi igual

ao dos que receberam a dieta controle. Segundo os autores, a utilização da

enzima reduziu os efeitos deletérios dos polissacarídeos não-amiláceos

(fatores antinutricionais resistentes ao processamento térmico), sobre o

desempenho animal.

Ainda, Lima et al. (2011) afirmam que, mesmo que o IAU encontrado

nos ingredientes utilizados no presente estudo esteja dentro dos limites

recomendados, é possível que IT permaneçam ativos. No estudo de Pires et al.

(2015) foi demonstrado que, mesmo ingredientes com IAU aceitável (0 – 0,30

ΔpH), ainda apresentaram IT na concentração de 3,8 mg IT/g. Embora Clarke e

Wiseman (2007) tenham determinado como valor máximo para um adequado

aproveitamento do alimentos pelo organismo animal o nível de 4,0 mg/g no

ingrediente, segundo Zarkadas e Wiseman (2005), a quantidade de IT

consumida diariamente é mais importante que sua concentração no ingrediente

ou na dieta. Desta forma, é possível que, mesmo com calor e tempo de

exposição adequados, alguns FAN ainda continuaram ativos, principalmente

devido às suas características de termorresistência (Liener, 1981; Purushotham

et al., 2007; Félix et al., 2010), podendo ter afetado o desempenho dos leitões

neste estudo.

O alto conteúdo lipídico observado nas dietas, principalmente nas fases

iniciais de crescimento (Tabela 5 e 6), também pode ter influenciado os

resultados do presente trabalho. Trindade Neto et al. (2003) justificaram o pior

desempenho dos leitões que receberam dietas com soja integral macerada ao

seu alto conteúdo lipídico (de 6,68 a 7,20% de extrato etéreo para dietas da

fase 1 e 2, respectivamente), ressaltando que este estaria além da capacidade

digestiva do leitão nesta fase de vida. Segundo Wiseman e Cole (1987), a total

capacidade de digestão lipídica não é atingida até os 40 kg de peso vivo, além

de que há uma acentuada redução na atividade de diversas enzimas

digestivas, como a lipase, logo após o desmame (Lindemann et al., 1986;

Jensen et al., 1997).

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5.3 Incidência de diarreia (ID)

Os dados obtidos mostram que não houve efeito significativo (P>0,05)

dos tratamentos estudados sobre a ID, porém houve diferença no tempo

(P<0,05) em que os animais foram acometidos pela doença. Estes dados

corroboram os de Valência et al. (2008) e Berrocoso et al. (2014) que não

encontraram efeito dos tratamentos estudados sobre a incidência de diarreia.

Segundo Lima et al. (2009) a diarreia observada em leitões no período

pós desmame é uma doença multifatorial que está relacionada a multiplicação

exagerada de microrganismos patogênicos no intestino. Estas podem ser

favorecidas pela presença constante de alimento não digerido, servindo de

substrato. Este alimento não digerido é fruto, em grande parte, da redução na

altura das vilosidades e da profundidade de criptas que estão associadas a

reduzida presenças de células secretoras de enzimas digestivas e de absorção

na parede intestinal (Morés e Amaral, 2001). Na tentativa de diminuir a

incidência de diarreia, alimentos com maiores coeficientes de digestibilidade

tem sido estudados e utilizados nas dietas para leitões. Branco et al. (2006),

estudando o efeito da utilização da farinha pré-gelatinizada de milho e da soja

micronizada em substituição total ao milho e ao farelo de soja, observaram

maiores alturas de vilosidades (P<0,05) nas rações com soja micronizada e

farinha pré-gelatinizada de milho; e menores profundidades de criptas (P<0,05)

quando foram utilizadas dietas com milho comum e soja micronizada. Estes

indicadores sugerem uma maior capacidade absortiva e aumento na atividade

enzimática do intestino de leitões que consumiram dietas contendo soja

micronizada. Com relação ao presente estudo, embora as dietas contendo soja

micronizada sejam capazes de promover a manutenção da morfologia intestinal

(Branco et al., 2006) não foram capazes de melhorar o desempenho animal,

mesmo não aumentando a ID.

5.4 Índice bioeconômico

Os dados de custo de ração por quilograma de ganho de peso vivo

mostram que o tratamento 100 teve o maior custo de ração consumida (por kg

de ganho de peso) em todas as fases e no período experimental total, além dos

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piores IEE e IC. Estes resultados diferem dos obtidos por Lucchesi et al. (2016)

que obtiveram uma redução de R$0,61 no custo por quilograma de peso vivo

ganho no período total (0-42 dias) quando substituiu proteína do leite em pó

pela proteína da soja micronizada; e dos obtidos por Toledo et al. (2011) que

obtiveram uma redução linear com o aumento de inclusão de soja integral

desativada com casca e da soja integral desativada sem casca para a fase

total.

De acordo com o custo de ração consumida, IEE e IC, o tratamento 25

foi o mais eficiente e de menor custo em todas as fases e no período total,

semelhante aos obtidos por Oliveira et al. (2012) que, ao trabalharem com

11,64% de inclusão de diferentes tipos de proteína concentrada de soja na

dieta de leitões desmamados na fase pré-inicial, obtiveram custos semelhantes

aos da dieta controle. No trabalho de Lucchesi et al. (2016) a substituição do

leite em pó por soja micronizada representou economia de até 23,2% no custo

da dieta de leitões na fase de creche. Com 25% de substituição do FS pela SM,

no presente estudo, a economia foi de 6,84%, o que numa atividade altamente

competitiva, como a suinocultura, pode representar a margem de lucro do

produtor.

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75

6 CONCLUSÕES

Pelos resultados verificados é possível concluir que a substituição do

farelo de soja por soja micronizada na ração para leitões desmamados com 21

dias de idade é possível, considerando o período de 42 dias pós desmama.

Os resultados do ensaio de metabolismo mostram que essa

substituição melhora a digestibilidade da dieta, principalmente nos primeiros 14

dias após a desmama. No entanto, tal estratégia nutricional não é interessante

no fim do período de creche (dos 51 aos 63 dias de idade).

Com relação ao desempenho apresentado pelos animais, a

substituição de 25% do farelo de soja por soja micronizada na dieta de leitões

desmamados é economicamente viável, embora tenha provocado redução no

consumo diário de ração e, consequentemente, do ganho diário de peso. No

entanto a relação de preço entre os ingredientes é o fator a ser considerado

para esse nível de inclusão.

Desta forma, recomenda-se a utilização da soja micronizada como

substituta ao farelo de soja na dieta de leitões desmamados até o nível de

25%, sem que haja prejuízos produtivos e, portanto, econômicos.

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