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    INJEO ELETRNICA

    Autor: Luciano Ferrari PedrosoOrientador: Prof. Luiz Carlos Martinelli Jr.

    Panambi, abril de 2002

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    Sumrio

    INTRODUO ....................................................................................................................... 4

    Gasolina Aditivada....................................................................................................... 6

    PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO ......................................................................................... 8

    CLASSIFICAO................................................................................................................... 9

    COMPONENTES .................................................................................................................. 11

    UNIDADE DE COMANDO ELETRNICO ............................................................................. 11Recovery..................................................................................................................... 13 Viso Geral da Unidade de Comando Eletrnico........................................................ 13Cuidados com a Unidade de Comando........................................................................ 15

    SENSORES....................................................................................................................... 16

    Sensor de Presso Absoluta do Coletor (MAP) ........................................................... 16Sensor de Temperatura do Lquido de Arrefecimento (CTS)........................................ 18Sensor de Temperatura do Ar (ACT)........................................................................... 19Sensor de Velocidade do Veculo (VSS)....................................................................... 20Sensor de Rotao ...................................................................................................... 21Sonda Lambda............................................................................................................ 25Sensor de Detonao (KS) .......................................................................................... 29Sensor de Posio da Borboleta de Acelerao (TPS)................................................. 30Conector de Octanagem.............................................................................................. 31

    ATUADORES .................................................................................................................... 32Bomba Eltrica de Combustvel .................................................................................. 32 Conversor Cataltico................................................................................................... 33Vlvulas Injetoras....................................................................................................... 36

    Motor de Passo da Marcha Lenta (IAC)...................................................................... 36Sistema de Ignio Direta (DIS) ................................................................................. 37

    OUTROS COMPONENTES DO SISTEMA .............................................................................. 37Tanque de Combustvel............................................................................................... 38Cnister...................................................................................................................... 38Filtro de Combustvel ................................................................................................. 38

    Regulador de Presso................................................................................................. 39 Filtro de Ar................................................................................................................. 39Corpo de Borboleta .................................................................................................... 39

    Bateria ....................................................................................................................... 40

    ESTRATGIAS DE CONTROLE DO SISTEMA........................................................................ 42

    CONTROLE DO CONJUNTO DE SINAIS ............................................................................... 42CONTROLE DA INJEO DE COMBUSTVEL ...................................................................... 43

    Autoadaptao............................................................................................................ 44 Partida e Ps Partida ................................................................................................. 44Funcionamento a Frio ................................................................................................ 45

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    Funcionamento em Plena Carga................................................................................. 46Funcionamento em Desacelerao.............................................................................. 46Correo Baromtrica................................................................................................ 47Funcionamento em Cut-Off..................................................................................... 47Funcionamento em Acelerao ................................................................................... 47Proteo contra rotaes excessivas........................................................................... 52Comando da eletrobomba de combustvel ................................................................... 52Comando dos eletroinjetores....................................................................................... 52

    CONTROLE DA MARCHA LENTA DO MOTOR .................................................................... 52Fase de Partida .......................................................................................................... 52Fase de Regulao Trmica........................................................................................ 52Fase de desacelerao................................................................................................ 52

    GLOSSRIO ........................................................................................................................ 53

    BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 56

    LINKS ................................................................................................................................. 56

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    Introduo

    A funo de um motor transformar a energia contida no combustvel que o alimenta empotncia mecnica, capaz de movimentar o veculo. Para tanto, o combustvel queimado. No

    processo, a energia do combustvel se transforma em calor, finalmente, tem trabalho mecnico oupotncia.

    Nos motores de combusto interna a combusto, a queima de combustvel, se d no recintofechado: a Cmara de combusto. Nela, a admitida uma mistura de ar e combustvel, que comprimida intensamente. No fim da compresso, o sistema de ignio fornece o calor necessrio,por uma centelha da vela, dando incio a combusto. A queima da mistura provoca o aumento dapresso dentro do cilindro, e gerando a fora que impulsiona o pisto, fazendo girar o virabrequim.

    Como pode-se ver na Figura 1, aps a combusto o motor libera:

    ?? trabalho, como potncia, que movimenta o veculo;

    ?? gases resultantes da combusto ou gases de escape, constitudos principalmente de gua, dixidode carbono, nitrognio, monxido de carbono, hidrocarbonetos ou combustveis no queimados e

    xido de nitrognio;?? calor, que e eliminado com o lquido do arrefecedor.

    Desses elementos, o que interessa o trabalho mecnico ou potncia. Os outros dois soenergia desperdiada ou no aproveitada. Os gases de escape, alm de transportar calor (perdas) sofontes de poluio, com componentes que agridem o meio ambiente. As necessidades bsicasimpostas aos motores modernos so: a obteno da mxima potncia com baixo consumo decombustvel e menor nvel de emisses de poluentes, compatveis com tal potncia.

    Devido rpida evoluo dos motores dos automveis o velho carburador j no supri asnecessidades dos novos veculos, no que se refere poluio, economia de combustvel, potncia,

    respostas rpidas nas aceleraes, etc.

    Figura 1 O processo de transformao de energia

    Devido a isso desenvolveu-se o sistema de Injeo Eletrnica de combustvel, que tm porobjetivo proporcionar ao motor melhor rendimento com mais economia, em todos os regimes defuncionamento. Para que o motor tenha um funcionamento suave, econmico e no contamine oambiente, ele necessita receber a perfeita mistura ar/combustvel em todas as faixas de rotao.

    A Injeo Eletrnica um sistema no acionado pelo motor mas comandado eletronicamente,que dosa o combustvel, controlando a mistura ar/combustvel em funo das necessidades imediatasdo motor. De modo semelhante, a ignio digital permite que o motor trabalhe com o seu ponto deignio sincronizado com as diversas condies de funcionamento do motor.

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    Os sistemas de injeo eletrnica tm essa caracterstica de permitir que o motor recebasomente o volume de combustvel que ele necessita. Com isso eles garantem:

    ?? menor poluio;

    ?? maior economia;

    ?? melhor rendimento;

    ?? partidas mais rpidas;

    ?? no utilizao do afogador.

    O combustvel normalmente utilizado em veculos com injeo eletrnica a gasolina, que uma mistura balanceada de centenas de solventes (classificados pela qumica em aromticos,oleofnicos e saturados). Esta, para ser adequada deve apresentar as seguintes caractersticas:

    entrar em combusto por meio da centelha da vela de ignio, de forma homognea eprogressiva, sem detonar, proporcionando bom desempenho do motor, sem ocasionar danos.

    vaporizar-se completamente no interior da Cmara de combusto, e mistura com ar, de formaa queimar-se completamente e com mnimo de formao de resduos.

    1. vaporizar-se suficientemente com motor frio.

    2. no ser corrosiva para evitar desgaste no motor.3. no formar quantidade excessiva de poluentes durante a queima para no produzir danos

    ambientais.

    4. oferecer segurana e possuir baixo teor de produtos txicos.

    Para atender esses requisitos da qualidade, so especificados valores para determinadascaractersticas da gasolina que permitem a assegurar o correto funcionamento do motor, entre essascaractersticas esto:

    A capacidade de evaporao da gasolina, denominada Volatilidade, determinada pelas

    seguintes anlises de laboratrio: presso de vapor e curva de destilao. Essa capacidade devaporizao deve produzir as quantidades correta de vapor do produto para atender as necessidades domotor, desde a partida at o seu completo aquecimento. Assim, a gasolina deve apresentar umadistribuio correta do contedo das fraes leves, mdias e pesadas de forma a fornecer asquantidades necessrias do produto, para que o motor funcione bem.

    Presso de vapor: Ao aquecer uma substncia, sua presso interna (presso de vapor),aumenta at ultrapassar a presso externa, no interior do equipamento onde est armazenada. Quandoisso acontece, se inicia a valorizao ou ebulio. Quanto mais baixa for a temperatura de incio davalorizao, maior ser sua presso de vapor e maiores devem ser os cuidados para o manuseio doproduto.

    Curva de destilao: A gasolina composta de uma mistura com grande nmero de

    substncias classificadas como leves, mdias e pesadas, de acordo com seus pesos moleculares. Aoser aquecida durante o processo de destilao, as substncias vaporizam e em temperaturas diferentes,gerando uma curva de vaporizao ou de destilao. Dentro desse intervalo de temperatura, soidentificadas em porcentagem do volume total em teste. A correta formulao da gasolina contribuipara que o veculo tenha adequada dirigibilidade.

    A formao de depsito no motor pode ser decorrente da existncia de substncias pastosaconhecida como goma, que depende da presena de substncias que se oxidam com maior facilidadena gasolina, e das condies de sua utilizao.

    A goma um produto com caractersticas diversas. insolvel na gasolina e de difcilvaporizao. Normalmente gera resduos que se depositam onde so formadas, sem deslocar.Portanto, podem se depositar tanque, no sistema de injeo e, nas vlvulas de admisso ou na Cmarade combusto, causando problemas de desempenho. Para evitar sua formao deve se:

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    observar o correto tempo de estocagem do combustvel na oficina, esse dever ser menor queum ms.

    utilizar um combustvel incorreto para cada sistema de alimentao. Para carburadores deduplo e estgios, sistemas de injeo mono e multiponto, recomenda-se gasolina aditivada.

    Gasolina Aditivada

    A gasolina aditivada foi desenvolvida com o objetivo de melhorar o desempenho da gasolinaatravs de agentes detergentes e dispersantes na sua composio.

    Vantagens da utilizao da gasolina aditivada:

    1. inibio o da formao de depsitos de baixa temperatura no carburador e eletroinjetores,assim como nos coletores e vlvulas de admisso.

    2. reduo do ataque de agentes oxidantes sobre os elementos do sistema de alimentao.

    3. reduo da probabilidade de falhas de operao do motor em razo da formao de borras nosistema de alimentao.

    Na formulao da gasolina introduzido um corante especial que lhe confere cor distintadaquela apresentada pela gasolina comum.

    Aditivos utilizados:

    1. antioxidantes: tem a funo de inibir a oxidao do combustvel e evitando a formao deborras e gomas oriundas deste tipo de reao.

    2. inibidores de corroso: tem a funo de evitar que o combustvel reaja com os elementos dosistema de alimentao gerando xidos capazes de entupir as tubulaes do sistema dealimentao.

    3. detergentes: e a funo de promover a limpeza atravs da ao de agentes detergentes nosconduto de alimentao.

    4. desativadores metlicos: tem a funo de aumentar a estabilidade da gasolina permitindo seuestoque por maior tempo

    Mistura ar/combustvel

    Para que o motor funcione com eficincia no basta haver combustvel, h necessidade de sepromover uma mistura ar/combustvel (comburente/combustvel), que admitida nos cilindros e deveapresentar quantidades precisas desses elementos. Essa proporo determina uma relao ideal, que

    depende do tipo de combustvel usado. Sem isso, o motor no atingir seu rendimento mximo e podeat mesmo no funcionar.

    So trs os tipos de mistura:

    estequiomtrica: apresenta a relao ideal possuem uma quantidade de ar capaz de queimartodo o combustvel presente. A combusto teoricamente perfeita;

    rica: quando a mistura admitida nos cilindros possui menos ar do que o necessrio, uma partedo combustvel no queimada. A combusto torna-se incompleta e aumenta o nvel de emisso depoluentes;

    pobre: quando a mistura possui menos combustvel do que o necessrio, parte do oxigniono utilizada. A combusto ineficiente e o nvel de emisses aumenta.

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    A mistura ideal ou estequiomtrica, quando queimada, produz no escapamento somentedixido de carbono, gua e nitrognio mas, devido s imperfeies da combusto na cmara decombusto, sempre existiro poluentes nos gases de escapamento. A relao estequiomtrica varia deacordo com o tipo de combustvel e pode ser calculada pela seguinte equao:

    ??

    ?

    ?

    ??

    ?

    ?

    ??

    ??

    ???

    ? ??

    ?kg

    kg

    zy

    zy

    lcombustvear1612

    241.84,137

    onde y e z so as quantidades de hidrognio e oxignio dos combustveis (CHyOz = frmulabruta mdia).1

    Assim tm-se, aproximadamente as seguintes relaes:

    Produtoar/comb

    kg/kgdensidade ml/kgar

    Metanol CH4O 6,46 0,796 194,5Etanol CH3O0,5 8,989 0,794 140,1

    MTBE CH2,4O0,2 11,75 0,744 114,4

    Gasolina Pura CH1,86 14,569 0,7426 92,4

    gasolina: 14,7:1

    gasolina com 20% de lcool: 12,5:1

    lcool: 8,5:1

    No caso do motor a gasolina, so necessrias 14,7 partes de ar para a cada parte decombustvel, para obter nos uma mistura estequiomtrica.

    A combusto incompleta produz, alm do dixido de carbono e do vapor de gua, osseguintes poluentes:

    ?? monxido de carbono: um ambiente com 0,3% de CO provoca a morte em cerca de 30minutos;

    ?? hidrocarbonetos: combustvel no queimado;

    ?? xidos de nitrognio: o nitrognio, que dever passar inalterado pela combusto, seassocia ao oxignio formando os xidos de nitrognio.

    No Brasil, os veculos no so feitos para gasolina pura e sim para gasolina C (com 22% de

    etanol), fazendo com que a dosagem seja (para o estequiomtrico) da ordem de 100ml por quilogramade ar.

    Verifica-se que os motores brasileiros consomem cerca de 8,2% mais de combustvel (emvolume) por conta deste fato (100 ? 92,4 = 1,082). Portanto no possvel comparar com a autonomiado mesmo modelo em um outro pas.

    1 Fonte: Petrobrs: www.petrobras.com.br

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    Princpio de Funcionamento

    Quando se d a partida no veculo, os pistes do motor sobem e descem - Figura 2. Nomovimento de descida, produzida no coletor de admisso uma aspirao (vcuo), que aspira ar daatmosfera e passa pelo medidor de fluxo de ar e pela borboleta de acelerao, chegando at oscilindros do motor.

    O medidor do fluxo de arinforma para a unidade de comando o volume de ar admitido.

    A unidade de comando, por sua vez, permite que as vlvulas de injeo injetem a quantidadede combustvel ideal para o volume de ar admitido, gerando a perfeita relao ar/combustvel que chamada de mistura.

    Quanto mais adequada a mistura melhor o rendimento e economia, e menor a emisso degases poluentes.

    Os sistemas de injeo so constitudos basicamente de sensores e atuadores.Sensores so componentes que esto instalados em vrios pontos do motor e servem para

    enviar informaes para a unidade de comando. (ex: sensor de temperatura)

    Atuadores so componentes que recebem informaes da unidade de comando e atuam no

    sistema de alimentao, variando o volume de combustvel que o motor recebe. (ex: atuador demarcha lenta)

    Sistema Weber-Marelli (FIAT PALIO)

    Figura 2 Esquema do Sistema de Injeo e Ignio Eletrnica

    onde:

    1 Vlvula de segurana 19 Eletroinjetores

    2 Tanque de combustvel 20 Regulador de presso do combustvel

    3 Eletrobomba de combustvel 21 Vela de ignio

    4 Atuador de marcha lenta 22 Bobina de ignio

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    5 Filtro de combustvel 23Fusvel de proteo do aquecedor do corpo deborboleta

    6 Bateria 24 Sensor de temperatura do ar

    7 Comutador de ignio 25 Sensor de rotao do motor

    8 Rel duplo 26 Sensor de detonao

    9 Compressor do condicionador de ar 27 Sensor de temperatura do lquido dearrefecimento do motor

    10 Interruptor inercial 28Eletrovlvula interceptadora de vapores decombustvel

    11 Aquecedor do corpo de borboleta 29 Filtro de carvo ativado

    12 Conector Tomada de diagnstico 30 Central FIAT CODE

    13 Conta-giros 31 Sonda Lambda

    14 Lmpada piloto de avaria no sistema 32 Conversor cataltico

    15 Fusveis 33 Central de Injeo/Ignio

    16 Sensor de presso absoluta 34 Vlvula multifuncional

    17 Sensor de posio da borboleta aceleradora 35 Separador dos vapores de combustvel18

    Tubo distribuidor de combustvel com reguladorde presso integrado 36 Vlvulas flutuantes

    Classificao

    Os sistemas de injeo eletrnica e ignio digital podem ser classificados segundo cincoformas diferentes:

    ?? Pelo fabricante do veculo (General Motors, Volkswagen, FIAT, etc).;

    ?? Pelo fabricante do sistema de injeo/ignio, embora em muitos casos, os sistemaspossuam componentes eletrnicos de outros fabricantes de MCs de injeo eletrnica emseus prprios sistemas (BOSH, MAGNETI-MARELLI, etc).;

    ?? Pela quantidade de eletroinjetores e sua estratgia de acionamento, os sistemas podem sermonoponto (um injetor para todos os cilindros) ou multiponto (um injetor para cadacilindro).;

    ?? Pela estratgia de definio do tempo de injeo ou do avano de ignio.

    Figura 3 Sistema Monoponto

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    onde:1 Entrada de combustvel 4 Coletor de Admisso

    2 Ar 5 Vlvulas de Injeo

    3 Borboleta de Acelerao 6 Motor

    O sistema monoponto destaca-se por possuir uma nica vlvula de injeo para os diversoscilindros do motor. O sistema multiponto utiliza uma vlvula de injeo para cada cilindro do motor.

    Figura 4 Sistema Multiponto

    onde:

    1Galeria de Distribuio

    (entrada de combustvel)4 Coletor de Admisso

    2 Ar 5 Vlvulas de Injeo

    3 Borboleta de Acelerao 6 Motor

    No ltimo caso, a classificao segundo a estratgia de definio do tempo de injeo divideos sistemas existentes em quatro grupos:

    Mapeamento ngulo X Rotao: neste caso, o temo bsico de injeo definido em testesde bancada em laboratrio em funo de ngulo da borboleta de acelerao e da rotao do motor,gerando uma tabela de tempos bsicos de injeo que so memorizados.

    Densidade X Rotao: o tempo bsico de injeo calculado, indiretamente, em funo dofluxo de massa de ar admitido. O fluxo de massa de ar determinado ela rotao do motor, pelovolume dos cilindros e pela densidade do ar, e este calculado segundo a presso no coletor deadmisso e a temperatura do ar.

    Fluxo de Ar: o tempo bsico de injeo calculado, diretamente, em funo da vazo de aradmitido. A vazo de ar determinada diretamente por um medidor de fluxo de ar e o resultado corrigido em funo do efeito da variao da temperatura do ar admitido na variao da sua densidade.

    Massa de ar: o tempo bsico de injeo calculado, diretamente, em funo da massa de aradmitido. A massa de ar determinada por um medidor de massa de ar, que pelo seu princpio de

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    funcionamento j corrige automaticamente, as variaes da presso atmosfrica, da temperaturaambiente e at da umidade relativa do ar.

    Componentes

    Unidade de Comando Elet rn ico

    A tambm chamada de Centralina ou Central Eletrnica, a Unidade de Comando Eletrnico(UCE) o crebro do sistema - Figura 5. uma unidade de tipo digital com microprocessador,caracterizada pela elevada velocidade de clculo, preciso, confiabilidade, versatilidade, baixoconsumo de energia e sem necessidade de manuteno. ela que determina, pela ao dos atuadores,para obter o melhor funcionamento possvel do motor - Figura 6. Deste modo a quantidade decombustvel injetada dosada pela unidade de comando atravs do tempo de abertura das vlvulas deinjeo, tambm conhecido como tempo de injeo.

    Figura 5 Unidade de Comando Eletrnico da BOSH

    Ao ser ligada a chave de ignio (sem dar partida), a UCE alimentada. A mesma acendeuma lmpada de diagnstico2 e aciona, por alguns segundos, a Bomba Eltrica de Combustvel,objetivando pressurizar o sistema de alimentao3. Junto a isso, envia uma tenso de 5V VDC para amaioria dos sensores do sistema e passa a receber o sinal caracterstico de cada um deles (temperaturada gua, presso no coletor de admisso, temperatura do ar, posio da borboleta de acelerao, etc...).Durante a partida e com o motor funcionando, recebe sinal do Sensor de Rotao. Enquanto captaresse sinal a UCE ir manter a bomba eltrica de combustvel acionada e controlar a(s) vlvula(s)

    injetora(s), bobina de ignio e a rotao da marcha lenta.Com base no sinal dos sensores, a UCE pode ainda controlar o sistema de partida a frio, no

    caso de veculos a lcool, o eletro-ventilador de arrefecimento4, o desligamento da embreagem docompressor do condicionador de ar, etc.

    2 A lmpada de diagnstico no encontrada em todos os veculos injetados. A maioria dos veculosFORD e VW no a possuem.

    3 Em alguns veculos como Corsa MPFI, Omega 2.0, Santana Executive, Escort XR3 2.0i, oacionamento da bomba s acontece quando dada a partida.

    4 Na maioria dos veculos, o eletro-ventilador controlado por um interruptor trmico (Cebolo).Porm em veculos como o Kadett EFI, Monza EFI, Ipanema EFI, S10 EFI, Blazer EFI, Corsa MPFI, Ford KA

    1.0 e 1.3, Fiesta 1.0 e 1.3, o controle feito pela UCE.

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    A maioria das UCE possui sistema de autodiagnstico5, por isso podem detectar diversasanomalias. Quando isso acontece, a UCE grava um cdigo de defeito em sua memria, acende umalmpada de diagnstico e ativa o procedimento de emergncia RECOVERY.

    Figura 6 Esquema das informaes em entrada/sada da Unidade de Comando

    onde:1 Central eletrnica de injeo/ignio 11 Compressor do condicionador de ar

    2 Atuador da marcha lenta 12 Sonda lambda

    3 Eletrovlvula 13Sensor de temperatura do lquido de arrefecimentodo motor

    4 Conta-giros 14 Sensor de temperatura do ar aspirado

    5 Central eletrnica FIAT CODE 15 Sensor de posio da borboleta

    5 Alguns sistemas como o LE-JETRONIC (sem EZK) no apresentam autodiagnstico)

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    6Lmpada piloto de defeito no sistema deinjeo

    16 Sensor de presso absolunta

    7 Eletroinjetores 17 Sensor de rotaes/PMS

    8 Tomada de diagnose 18 Comutador de ignio

    9 Bobina de ignio dos cilindros 1 4 19 Rel duplo

    10 Bobina de ignio dos cilindros 2 - 3 20 Eletrobomba de combustvel

    Recovery

    um procedimento utilizado pelas UCEs de sistemas de injeo digitais para substituir ovalor enviado pelo sensor danificado (em curto-circuito ou circuito aberto) por um valor pr-programado. Nos sistemas MOTRONIC MP 9.0 (gol 1000 mi 8V) e IAW 1AVS (Gol/Parati 1000 mi16V), por exemplo, quando a UCE detecta falha no circuito sensor de temperatura da gua CTS,grava o cdigo de defeito em sua memria e assume a temperatura de 100C como padro. Portanto,se o CTS for desligado, o veculo continuar funcionando, mas com um rendimento um pouco inferior,at que o proprietrio o leve para a manuteno.

    A UCE possui um conector de diagnstico denominado ALDL (Figura 7). Este conector uma tomada onde um, Aparelho de Diagnstico inserido para que o mesmo se faa uma avaliao dosistema.

    Figura 7 Conector de Diagnstico

    Viso Geral da Unidade de Comando Eletrnico

    O diagrama em blocos abaixo mostra um tpico mdulo microprocessado. Neste diagrama,distinguimos sete funes distintas e cada uma implementa determinada funo.

    Figura 8 Viso Geral do Sistema

    As sete funes so:

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    - Regulador de tenso;

    - Processamento do sinal de entrada;

    - Memria de entrada;

    - Unidade Central de Processamento (CPU);

    - Memria programa;

    - Memria de sada;

    - Processamento do sinal de sada.

    Regulador de Tenso Interno

    O mdulo e os vrios sensores requerem uma alimentao muito estabilizada. A unidade decomando possui seu prprio regulador/ estabilizador. Muitos dos sensores como o MAP, TPS, ACT,ECT necessitam de uma tenso de 5 volts como referncia. Isso se deve ao tipo de circuitosintegrados utilizados na unidade de comando que s operam com esse valor de tenso.

    Processamento do Sinal de Entrada

    Cada sinal convertido para um nmero digital (nmeros binrios). Esses nmeroscorrespondem a 0 ou 1. O valor tido como 0 quando no h tenso de sada e 1 quandoexiste um valor de tenso (no caso, 5 volts). Como cada sensor gera um diferente tipo de sinal, entoso necessrios diferentes mtodos de converso.

    Os sensores geram um sinal de tenso compreendido entre 0 a 5 volts (sinal analgico). Estesvalores no podem ser processados pela CPU, a qual s entende nmeros binrios. Portanto, essessinais devem ser convertidos para um sinal digital de 8 bits (at 256 combinaes). O componenteencarregado de converter esses sinais chamado de conversor A/D (analgico para digital).

    Memria de Entrada

    O sinal de tenso analgico emitido pelos sensores, convertido para sinais digitais peloconversor A/D. Cada valor digital corresponde a um valor de tenso que est gravado na memria deentrada.

    Figura 9 Memria de Entrada

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    Unidade Central de Processamento (CPU)

    A CPU recebe um sinal digital proveniente do conjunto de processamento de entrada(conversor A/D) que por sua vez, recebem os sinais analgicos dos sensores.

    Os sinais digitais recebidos pela CPU so comparados com os valores (parmetros) que esto

    gravados em uma memria fixa (memria de calibrao) e retorna um outro sinal digital para a sada.

    Memria Programada

    Chamado de memria de calibrao onde so armazenados todos os parmetros defuncionamento do sistema.

    Nessa memria, existe um mapa de controle de calibrao de todas as condies defuncionamento do motor.

    Este tipo de memria no se apaga com a ignio desligada ou com a bateria desconectada,por isso, chamada de memria fixa.

    No exemplo da figura anterior, o sensor de temperatura gerou um sinal analgico de 0,75

    volts, o qual foi convertido no nmero binrio 11001000. este sinal que chega a CPU. Aps receberesse sinal, a CPU compara esse valor com o que est gravado na memria de calibrao, que no caso,o valor 11001000 corresponde a uma temperatura de 100 graus Celsius.

    Com essas informaes, a unidade de comando determina atravs de sinais digitais o tempode abertura das vlvulas injetoras.

    Memria de Sada

    Na memria de sada, esto gravados os tempos de abertura das vlvulas injetoras. A cadasinal de sada da CPU determinado um tempo.

    Funcionamento de Emergncia

    Um sistema digital permite verificar o perfeito funcionamento dos sensores e de algunsatuadores.

    Caso ocorra a falha de um sensor, a CPU descarta o sinal enviado pelo mesmo e comea afazer os clculos a partir de outros sensores. Quando isso no for possvel, existem dados(parmetros) gravados em sua memria para substituio.

    Por exemplo, se a unidade de comando perceber que existe uma falha no sensor de pressoabsoluta do coletor (MAP), ela ignora suas informaes e vai fazer os clculos de acordo com asinformaes da posio de borboleta (sensor TPS). Isso possvel porque, quanto maior for o ngulo

    de abertura da borboleta, maior ser a presso interna do coletor (vcuo baixo). Se caso o TPStambm apresentar defeito, a unidade de comando ir trabalhar com um valor fixo gravado na suamemria que corresponde a 90 kPa (0,9 BAR).

    Cuidados com a Unidade de Comando

    - Ao se fazer reparos com solda eltrica, retirar a unidade de comando do veculo;

    - No dar partida utilizando uma bateria em srie com o circuito;

    - No por as mos nos pinos da unidade de comando, devido a existncia de eletricidadeesttica que se acumula no corpo humano;

    - No desligar os conectores da unidade de comando com a chave de ignio ligada.

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    Sensores

    Servem para informar a unidade de comando sobre as diversas condies de funcionamento

    do motor, como a temperatura do lquido de arrefecimento e do ar admitido, a presso interna docoletor de admisso, a posio em que se encontra a borboleta de acelerao e outros.

    A maioria dos sensores trabalha com uma tenso de referncia de 5VCC (devido ao tipo decircuito integrado utilizado na UC - famlia MOS e CMOS) e est ligado em srie com um resistorfixo (no interior da unidade de comando) formando um divisor de tenso.

    Na Figura 10, podemos observar que R1 (resistor fixo) est ligado em srie com o sensor(resistor varivel) formando um divisor de tenso.

    Figura 10 - Sensores

    Quanto maior for a resistncia do sensor, menor ser a queda de tenso em R1 que monitorado pelo integrado IC1. Esse integrado como se fosse um voltmetro e envia o sinal detenso para o processador principal (CPU) onde decodificado.

    Um sensor pode variar sua resistncia de diversas maneiras:

    - Deslocamento mecnico-potencimetro linear;

    - Variao de temperatura-termistor;

    - Variao de presso-piezo-resistivo.

    Sensor de Presso Absoluta do Coletor (MAP)

    MAP Manifold Absolute Pressure

    Este sensor mede a alterao da presso no coletor de admisso, que resulta da variao decarga do motor. O sensor capaz de medir a presso de 0,2 at 1,05 bar (de 20 a 105 kPa).

    A unidade de comando recebe as informaes em forma de sinais de tenso, que variam entre0,5 a 1,0 volt em marcha-lenta (baixa presso no coletor; vcuo alto). A tenso pode passar dos 4,0volts com a borboleta totalmente aberta (alta presso no coletor; vcuo baixo).

    Assim que a chave de ignio ligada, o sensor MAP informa a unidade de comando o valorda presso atmosfrica, para que se possa dar o clculo perfeito da densidade do ar. A pressoatmosfrica varia conforme a altitude (quanto mais alto, menor ser a presso atmosfrica).

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    O elemento sensvel contido na pea de plstico - Figura 11(a) - composto de uma ponte deresistncias (ponte de Wheatstone) serigrafadas numa placa de cermica muito fina (diafragma) deforma circular, montada na parte inferior de um suporte de forma anular - Figura 11(b). O diafragmasepara duas cmaras: na cmara inferior lacrada, foi criado o vcuo, enquanto que a cmara superiorest em comunicao direta com o coletor de admisso.

    Normalmente, o sensor MAP ligado tomada de presso no coletor atravs de umamangueira de borracha. Em sistemas mais modernos como os utilizados nos veculos Volkswagen MI,Novo Vectra, Famlia Palio 8V (aps 99), o sensor vem parafusado diretamente sobre o coletor deadmisso (no utiliza mangueira de tomada de presso).

    Este sensor trabalha com uma pequena membrana de cristal do tipo "piezo-resistivo" que variasua resistncia de acordo com o grau de deformao desta membrana. Quanto maior for o grau dedeformao, maior ser a sua resistncia e menor ser a tenso recebida pela Unidade de Comando(maior no sensor), que mantm a alimentao rigorosamente constante (5V).

    As informaes do sensor de presso absolutas (MAP) so utilizadas para os clculos daquantidade de ar admitido (massa de ar) e para o avano da ignio (de acordo com a carga do motor).

    Para se calcular o volume de combustvel a ser injetado, a unidade de comando se baseia na

    temperatura do ar admitido e presso do coletor (para se saber a densidade) e mais as informaes derotao e taxa de cilindrada do motor. Com essas informaes, possvel definir a quantidade decombustvel a ser injetado, mantendo-se a proporo ideal de mistura ar/combustvel.

    Recovery do MAP

    No caso de falha do sensor MAP, a unidade de comando controlar a quantidade decombustvel e o ponto de centelhamento, baseado num valor de substituio Este valor leva emconsiderao, principalmente, o sinal do sensor de posio da borboleta (TPS).

    (a) (b)

    Figura 11 (a) Sensor MAP e (b) Ponte de Wheatstone

    Na realizao do teste de um sensor de presso absoluta no coletor de admisso MAPobserve os seguintes detalhes:

    Certifique-se da boa condio da carga da bateria e alimentao da UCE;

    Verifique se a mangueira de tomada de presso do sensor (caso exista) no est furada ouentupida. Mantenha a tomada de presso desobstruda.

    O teste do sensor deve ser realizado com os conectores do sensor e da UCE ligados (circuitodo sensor em carga), somente dessa forma pode-se simular a verdadeira condio de funcionamentodo sensor;

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    A medio do sinal deve obedecer a seguinte ordem: (a) devem ser avaliados o aterramentodo circuito do sensor e a tenso de alimentao do mesmo. (b) deve ser analisado o sinal enviado pelosensor a UCE.

    Para o sensor MAP analgico, o sinal enviado para a UCE deve ser medido em tenso decorrente contnua VDC. Para o digital, deve ser medido em Hertz Hz.

    O sinal do sensor deve estar de acordo com a depresso a qual o mesmo estiver submetido ecom a presso atmosfrica local.

    A medio do sinal pode ser realizada com a chave de ignio (sem dar partida) aplicando-sedepresso com uma bomba de vcuo na tomada do sensor ou com o motor em marcha-lenta,comparando-se o sinal do sensor com a presso absoluta no coletor.

    Sensor de Temperatura do Lquido de Arrefecimento (CTS)

    CTS Coolant Temperature Sensor

    Consiste de um termistor do tipo NTC (resistncia inversamente proporcional a temperatura)montado no fluxo do lquido de arrefecimento. A resistncia do termistor varia conforme a

    temperatura do lquido de arrefecimento. Temperatura baixa produz resistncia alta.Aproximadamente 28000? a 20C. A medida em que a temperatura aumenta, a resistncia diminui aaproximadamente 2200? a +30C.

    A tenso do sinal do sensor varia de aproximadamente 4,5 a 0,5V Tabela 1 e Tabela 2. Estatenso medida na unidade de comando, diminui conforme o aumento de temperatura do motor. Adesconexo do sensor simula condio de motor frio gerando o cdigo de falha 15 (sensor detemperatura ECT- tenso alta). O curto circuito do sensor simula condio de motor quente, gerando ocdigo de falha 14 (sensor de temperatura ECT- tenso baixa).

    Em temperatura operacional normal, a voltagem do terminal B12 aproximadamente 1,5 a2,0 volts.

    A temperatura do motor uma das informaes utilizadas para o controle de:

    - quantidade de combustvel;

    - ponto eletrnico da ignio (EST);

    - controle de ar na marcha-lenta (IAC).

    Figura 12 Sensor de Temperatura do Lquido de Arrefecimento (CTS)

    Sinal do CTS em funo da temperatura do motor - Gol 1000 MI 8VTemperatura (C) 00 20 30 40 50 60 85 90 100 110Voltagem (VDC) 4,30 3,70 3,30 2,80 2,30 2,00 1,20 1,00 0,95-0,85 0,65

    Tabela 1 - Sinal do CTS em funo da temperatura do motor - Gol 1000 MI 16V

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    Temperatura (C) 25 40 80 100Voltagem (VDC) 3,00 2,20 0,80 0,60-0,45

    onde a regio marcada corresponde temperatura operacional para um motor aquecido. Emambas as tabelas, o sensor ativa a ventoinha quando a temperatura chega prxima dos 100C.

    Na realizao do teste de um sensor de temperatura do lquido de arrefecimento, observe osseguintes detalhes:

    Certifique-se da boa condio da carga da bateria e alimentao da UCE;

    Verifique a qualidade do lquido de arrefecimento e o bom estado de funcionamento doscomponentes do sistema;

    Sangre o sistema de arrefecimento. A formao de bolhas de ar em contato com o sensor detemperatura da gua provoca falhas no funcionamento do motor e no acionamento da ventoinha;

    Retire o sensor de temperatura da gua e limpe sua carcaa;

    Mea a tenso de alimentao do sensor e o aterramento de seu circuito;

    O sinal do sensor deve ser medido em tenso de corrente contnua VDC. A chave de ignio

    deve estar ligada.O teste s pode ser considerado conclusivo se feito no momento em que houver a falha.

    Sensor de Temperatura do Ar (ACT)

    ACT Air Charge Temperature

    Est localizado antes do corpo de borboleta, colocado na mangueira que liga o filtro de ar aocorpo. Quando o ar admitido est frio, a resistncia do sensor (termistor do tipo NTC) alta, a medidaem que o ar admitido aquece, a resistncia do sensor diminui e a tenso correspondente tambm(Figura 13)

    A temperatura do ar uma das informaes utilizadas para o controle de:

    - quantidade de combustvel;

    - ponto eletrnico de ignio (EST);

    - controle de ar de marcha-lenta (IAC).

    Figura 13 Sensor de Temperatura do Ar (ACT)

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    Recovery do ACT

    Se for detectada uma temperatura superior ou inferior a determinados limites, toma-sea temperatura do ar igual temperatura do lquido de arrefecimento. Em caso de defeito simultneodo sensor de temperatura do lquido de arrefecimento, a unidade de comando estabelece um valor fixode temperatura.

    Sensor de Velocidade do Veculo (VSS)

    O sensor de velocidade do veculo - VSS (Vehicle Speed Sensor), pode ser encontrado em trsconfiguraes: sensor magntico ou de relutncia varivel, sensor de efeito hall e sensor de efeitoptico.

    O sensor de velocidade do veculo (VSS) fornece a unidade de comando, as informaessobre as velocidades do veculo, desde que o mesmo esteja acima de 1km/h.

    A unidade de comando utiliza essas informaes para o controle de:

    ?? rotao de marcha-lenta;

    ?? quantidade de combustvel;?? acionamento do solenide de controle da vlvula EGR;

    ?? sinal de sada do computador de bordo.

    No sensor VSS, o sinal gerado diretamente proporcional velocidade do veculo. A unidadede comando eletrnico - UCE, utiliza esta informao principalmente para o controle das condies demarcha - lenta e freio-motor.

    Os sensores de efeito hall so alimentados com tenso de bateria. Fornecem UCE um sinalpulsado cuja amplitude deve ser igual a tenso de alimentao, e a freqncia proporcional velocidade do veculo. Esto comumente instalados no eixo de sada da transmisso, junto ao cabo dovelocmetro. O sensor de velocidade tipo hall o mais comum no mercado nacional, sendo utilizado

    em veculos como Kadett EFI, Monza efi, Ipanema efi, Gol mi 1.0, Palio 16 v, Escort 16v - Zetec, eoutros.

    Os sensores de efeito ptico possuem comportamento similar aos de efeito hall. Consistembasicamente de um diodo emissor de luz (LED) e um sensor ptico (fototransistor) separados por umdisco giratrio com janelas. Toda vez que as janelas permitem que a luz procedente do LED sejarefletida no sensor ptico enviado sinal (pulso) UCE. Estes sensores so encontrados, porexemplo, na famlia Corsa e no Omega 2.2 (com painel analgico - comum). Esto normalmenteinstalados junto ao painel de instrumentos e so acionados pelo cabo do velocmetro.

    Os sensores magnticos ou de relutncia varivel no necessitam de alimentao eltrica.Seu sinal gerado por induo eletromagntica devido a interao entre o sensor e a roda dentada(fnica). So aplicados em veculos como S10 /Blazer 2.2 EFI e 4.3 V6.

    O sensor de velocidade nos veculos S10 de relutncia varivel instalado na sada datransmisso, que emite um sinal de freqncia e tenso variveis conforme a velocidade de rotao doeixo de sada. Estes pulsos so processados pelo mdulo DRAC, que os transforma num sinal pulsadoadaptado s necessidades a unidade de comando. O mdulo DRAC emite pulsos numa freqncia deaproximadamente, 2500 pulsos por km rodado. Est localizado no mesmo suporte que a unidade decomando (debaixo dela).

    O sensor para a opo LCD (painel de instrumentos digital - somente Omega) consiste de umgerador de pulsos montado na sada da transmisso. O sensor emite pulsos de tenso sempre que oveculo est em movimento. O nmero de pulsos aumenta de acordo com a velocidade do veculo.

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    Sensor de Rotao

    Nos sistemas de IE, os sensores de rotao, posio da rvore de manivelas, fase do comandode vlvulas e velocidade podem ser deEfeito Hallou deRelutncia Varivel.

    Sensor Hall

    Localizado no conjunto distribuidor, o sensor Hall de extrema importncia para obom funcionamento do sistema de IE. utilizado pela maioria dos veculos injetados que aindautilizam distribuidor de ignio (ignio dinmica).

    Durante a partida ou com o motor em funcionamento, envia sinais (pulsos negativos) para aUCE calcular a rotao do motor e identificar a posio da rvore de manivelas. Sem esse sinal, osistema no entra em funcionamento. Sua configurao pode ser vista na Figura 14.

    Figura 14 Sensor Hall

    O sensor Hall uma pastilha semicondutora alimentada com tenso de aproximadamente12VDC. O movimento de rotao do eixo distribuidor transmitido ao disco giratrio que possui 4janelas. Quando a abertura do disco giratrio est posicionada entre o sensor Hall e o im permanente,o sensor fica imerso no campo magntico do im. Nesta situao emitido um sinal negativo que gerano interior da UCE uma tenso de aproximadamente 12VDC - Figura 15.

    Em funo da freqncia de variao do sinal entre zero e 12VDC, a UCE calcula a rotaodo motor.

    O disco giratrio pode ter 4 janelas iguais ou 3 janelas iguais e uma maior, dependendo dosistema. No disco de 4 janelas iguais, o incio das janelas, indica a quantos graus esto dois doscilindros do PMS. No disco de 3 janelas iguais e uma maior, o incio da janela maior indica a quantosgraus est o 1 cilindro do PMS.

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    Figura 15 Funcionamento do Sensor Hall

    Sensor Magntico ou de Relutncia Varivel

    O sensor de relutncia varivel tem ampla aplicao na eletrnica automotiva. Nossistemas de freios ABS, e. g., utilizado como sensor de velocidade das rodas. Na IE pode vir aexercer as funes de sensor de rotao, velocidade do veculo, posio da rvore de manivelas (ouPMS) e sensor de fase do comando de vlvulas.

    constitudo basicamente por uma roda dentada (fnica), im permanente, ncleoferro-magntico, bobina, fios da bobina, malha de blindagem e conector do sensor - Figura 16.

    Figura 16 Componentes do Sensor

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    O sensor de relutncia varivel, ao contrrio do sensor Hall, no necessita de alimentao(positiva ou negativa) para emitir sinal a UCE. Seu sinal gerado por induo eletromagntica Figura 17 e Figura 18.

    Quando o dente da roda fnica aproxima-se do sensor, a tenso comea a subir positivamentedevido variao do fluxo magntico - Figura 17(a). Quando o dente da roda fnica se alinha

    perfeitamente com o sensor, a tenso nesse ponto nula (0 volt) - Figura 17(b).Quando inicia-se o desalinhamento, a tenso comea a subir negativamente devido variaodo fluxo magntico - Figura 17(c). Quando o dente da roda fnica estiver totalmente desalinhado como sensor, a tenso volta a ser nula (0 volt) - Figura 17(d).

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    Figura 17 - Funcionamento do sensor de rotao

    O sinal de rotao e posio da rvore de manivelas o mais importante para o sistema deinjeo/ignio eletrnica. atravs desse sinal que a unidade de comando controla a maioria dosatuadores, como o mdulo de ignio (DIS), as vlvulas injetoras, o rel da bomba de combustvel,etc.

    Trata-se de um sinal extremamente complexo, pois diferente de outros sensores, a tensogerada alternada (sinal analgico). Tambm ocorre a variao do seu valor (ora tenso baixa, emmarcha lenta, ora tenso alta, em plena carga). Este sinal varia ainda em funo de sua distncia roda fnica e do nmero de dentes que esta ltima possui Figura 19.

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    Figura 18 Sinal do Sensor de Rotao

    onde:1 Sensor 3 Sinal correspondente aos dois dentes que faltam

    2 Sinal em sada 4 Polia da rvore de manivelas com roda fnica

    Figura 19 Tipos de Rodas Dentadas

    A UCE deve converter esse sinal analgico em digital e tambm estabilizar sua tensomxima. A freqncia desse sinal convertido determina a rotao do motor.

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    Sonda Lambda

    Este sistema utiliza um sensor de oxignio, do tipo no aquecido, localizado prximo aocabeote do motor (na sada do coletor de escapamento) ou prximo do conversor cataltico - Figura20.

    Figura 20 Sonda Lambda

    O sensor de oxignio construdo de Dixido de Zircnio (ZrO2) ou de Dixido de Titnio6

    (TiO2) e coberto por uma camada de platina - Figura 22.

    Nos sensores de ZrO2, quando a mistura ar/combustvel est rica, a voltagem do sensor de

    oxignio alta. Se a mistura estiver pobre a voltagem do sensor de oxignio baixa. A voltagemvaria entre aproximadamente 100 milivolts (mistura pobre) a 900 milivolts (mistura rica), conforme aquantidade de oxignio presente nos gases de escape. Nos sensores de TiO2, o comportamento oposto (tenso maior = mistura pobre; tenso menor = mistura rica).

    O sensor produz tenso somente depois de atingida a temperatura operacional superior a300C. Quando o sensor est frio, ser medida a voltagem de referncia de 380 milivolts. Isto indicacircuito aberto (condio normal para um sensor de oxignio frio).

    6 Sensores de Dixido de Titnio no so utilizados no mercado nacional.

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    Figura 21 Esquema da Sonda Lambda

    Figura 22 Partes da Sonda Lambdaonde:1 Corpo de Cermica 3 Corpo de Metal

    2 Tubo de Proteo 4 Resistncia Eltrica

    a Eletrodo (+) em contato com ar externo b Eletrodo (-) em contato com gases de escapamento

    Quando o dedal preenchido com ar rico em oxignio e o lado externo exposto com ooxignio dos gases de exausto, uma reao qumica no sensor produz uma tenso tal qual produzidapor um par de metais numa pilha - Figura 21. Quando aquecido, a reao qumica do sensor ocorrepor causa da diferena entre os nveis de oxignio entre o gs monitorado e o ar externo. O nvel de

    tenso monitorada depende da taxa entre os dois lados do dedal. A tenso de sada inversamenteproporcional ao nvel de oxignio.

    No mercado nacional comum encontrarmos sensores de oxignio com 01, 03 ou 04 fioscondutores.

    Sensor com um fio

    Conhecido como sonda lambda no aquecida EGO (Exhaust Gas Oxygen Sensor), seuaquecimento ocorre somente devido ao contato direto do mesmo com os gases de escape. Possuisomente o fio de sada do sinal. Seu aterramento feito na prpria carcaa - Figura 23.

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    Figura 23 Esquema da Sonda Lambda EGO

    Sensor com trs fios

    Conhecido como sonda lambda HEGO (Heated Exhaust Gas Oxygen Sensor), possui o fio desada de sinal e os fios de alimentao do resistor de aquecimento. Seu aterramento feio na prpriacarcaa - Figura 24.

    Figura 24 Esquema da Sonda Lambda HEGO, 3 fios

    Sensor com quatro fios

    Conhecido como sonda lambda HEGO (Heated Exhaust Gas Oxygen Sensor), possui o fio desada de sinal, os fios de alimentao do resistor de aquecimento e o fio de aterramento do sensor -Figura 25.

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    Figura 25 Esquema da Sonda Lambda HEGO, 4 fios

    Fator Lambda

    Para facilitar a anlise e da combusto e a qualidade das emisses no escapamento, em funodo tipo de mistura, definido um nmero, denominado Fator Lambda, que resulta numa relao demedidas.

    Tabela 2 Valores do Fator Lambda

    Valores lambda misturas excessos

    > 1 Pobre Ar

    < 1 Rica Combustvel

    = 1 ideal No h

    Relao ar combustvel realFator Lambda =

    Razo ar combustvel estequiomtrica

    Na prtica, os motores a gasolina ou lcool atuam melhor com misturas prximas alambda=1. Quando necessria mxima potncia, a mistura admitida dever ser rica lambda

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    Figura 26 Concentrao de Gases x Fator Lambda

    Sensor de Detonao (KS)

    O sensor de detonao montado na parte inferior do bloco do motor, no lado do coletor deescapamento (Figura 27). O sensor envia um sinal Unidade de Comando para indicar que existedetonao. O motor regulado para funcionar com o mximo desempenho e economia decombustvel e ao mesmo tempo, permitir que o ponto de ignio seja atrasado nas condies extremas,quando h detonao. Isso impede danos graves ao motor.

    Um Filtro de Processamento (SNEF) processa o sinal enviado pelo sensor de detonao eretorna a unidade de comando um sinal para ajuste do ponto eletrnico da ignio (EST).

    Figura 27 Sensor de Detonao

    O sistema MULTEC B2/MPFI est equipado com um mecanismo de controle eletrnico deavano de ignio. Este sistema est composto de sensor de detonao (KS) e de um SNEF do sinaldo sensor de detonao.

    A funo do mdulo SNEF filtrar os sinais no desejados emitidos pelo sensor dedetonao. Os sinais no desejados que passam pela unidade de comando, tais como rudos e

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    vibraes, normais do funcionamento do motor, podem resultar em atraso da ignio. Suportes soltos,parafusos de montagem, etc., podem constituir uma fonte de falsos sinais de detonao, que resultamem atraso da ignio.

    A detonao ocorre logo aps o PMS (ponto morto superior do motor) e duraaproximadamente 3 a 5 milisegundos. Portanto, supe-se que o SNEF produza sinais verdadeiros de

    detonao somente durante aquele perodo. Qualquer outro pulso gerado entre um perodo e outro causado portanto, por rudos do motor. Para rejeitar esses pulsos usada uma janela.

    A janela definida por um ngulo inicial e um final, relativo ao sinal do PMS. O perodo dedemora entre a ocorrncia da detonao e o surgimento de uma indicao de detonao deve serconsiderado quando da definio dos limites da janela de detonao.

    Este perodo de demora causado principalmente pelo tempo de propagao do sinal dosensor de detonao e pelo filtro SNEF. Uma detonao que ocorreu a 10 graus APMS gerar umsinal de detonao a 15 graus DPMS (aps o ponto morto superior) a 1000rpm; e a 50 graus DPMS a5000rpm.

    Quando o sensor detecta detonao, a unidade de comando atrasa a ignio a um nvel seguroe a seguir avana a ignio progressivamente, at que a detonao seja novamente detectada e o ciclo

    seja repetido. O sensor de detonao produz uma sada de tenso alternada que aumenta conforme aseveridade da detonao.

    Durante os diversos regimes de funcionamento dos motores, podem ocorrer combustesaleatrias popularmente denominadas batidas de pinos ou detonaes.

    Essas detonaes, do origem a vibraes mecnicas dentro da cmara de combusto as quaisso prejudiciais ao rendimento e a vida til do motor.

    O sensor de detonao - KS est normalmente parafusado no bloco do motor e tem comoelemento sensor um cristal piezo-eltrico. Esse material quando submetido a deformaesmecnicas, gera tenses eltricas (volts -VAC) em sua superfcie.

    Dessa forma, o sensor capaz de captar, ouvir, as vibraes provocadas pelo fenmeno dadetonao, transformando-as em sinal eltrico o qual enviado a unidade de comando eletrnico dosistema UCE.

    Quando a UCE detecta sinal de detonao do sensor, atrasa o ponto de ignio (obedecendouma estratgia especfica que varia de sistema para sistema de injeo), objetivando solucionar oproblema. Uma vez desaparecida a detonao, a UCE volta, em pequenos passos, ao ngulo de avanoinicial.

    Sensor de Posio da Borboleta de Acelerao (TPS)

    TPS Throttle Position Sensor

    A posio da borboleta uma das informaes utilizadas para o clculo da quantidade decombustvel. Outra funo do TPS informar unidade de comando, os movimentos da borboleta deacelerao, para fins de acelerao e desacelerao. Neste caso o TPS executa funo equivalente dabomba de acelerao de um carburador.

    Quando a borboleta de acelerao est fechada, o sinal de sada do TPS tipicamente de 0,45a 0,55V. A tenso aumenta em proporo a abertura da placa da borboleta de acelerao, at atingiraproximadamente 4,8 volts na condio de totalmente aberta (100% de abertura). Para que se possadar esta variao de tenso, o TPS munido de um resistor com escala varivel.

    A unidade de comando alimenta o TPS com a tenso de referncia de 5 volts. O sinal do TPSem conjunto o sinal de rpm utilizado pela unidade de comando enriquecer a mistura ar +

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    combustvel em plena carga (potncia mxima) ou fazer com que haja corte na injeo quando arotao do motor se mantm alta e a borboleta de acelerao fechada (condio de freio motor).

    O corte no volume de injeo no freio motor chamado de Cut-Off.

    Conector de Octanagem

    Tem a funo de adequar as curvas de avano de ignio octanagem do combustvelutilizado. Pode ser encontrado na forma de um conector eltrico (jumper), fusvel ou um resistorcalibrado - Figura 28.

    No Brasil a gasolina comum especificada com 86 unidades para o AKI (valor mnimo) ecom MON mnimo de 80 unidades. A Premium especificada com AKI de 91 unidades.

    A octanagem da gasolina sofre variaes de um pas para o outro. Por exemplo, a gasolinacomum brasileira possui octanagem RON mnima de 92 unidades. A similar argentina possui RON de86 unidades. Isso significa, nesse caso, que a gasolina brasileira resiste mais detonao, em baixasrotaes, que a argentina.

    Como exemplo, temos o Ford Fiesta com motor Endura-E (sistema FIC EEC V SFI), que

    possui conector de octanagem tipo fusvel. Este fusvel liga o terminal 27 da central que controla osistema de injeo eletrnica-UCE massa. Quando a UCE detecta aterramento no terminal 27, adotacurvas de avano de ignio apropriadas a gasolina nacional (92 unidades RON). Se detectar circuitoaberto no terminal 27, quando se retira o fusvel, passa a trabalhar com curvas de avano mais brandas(86 unidades RON). Dessa forma torna-se possvel alimentar o motor com um combustvel deoctanagem menor.

    Figura 28 Conector de Octanagem (Octanas)

    Portanto, a utilizao do conector de octanagem possibilita a exportao dos veculos sem anecessidade de se efetuar mudanas significativas no motor e no sistema de injeo eletrnica.

    O incorreto posicionamento do conector de octanagem pode provocar sensveis perdas derendimento no motor. Por isso, em todas as revises verifique o seu correto posicionamento.

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    Figura 29 Localizao do Conector de Octanagem (Ford Fiesta)

    Atuadores

    Bomba Eltrica de Combustvel

    Quando a ignio ligada pela primeira vez, com o motor no funcionando, a unidade decomando ativa durante dois segundos o rel da bomba de combustvel. Isto resulta em um rpidoaumento de presso na linha. Se no for dada a partida ao motor no perodo de dois segundos, aunidade de comando desativar o rel da bomba de combustvel. Quando o motor gira para a partida,a unidade de comando ativa o rel ao receber pulsos do sensor de rotao.

    Figura 30 - Bomba de combustvel In-Line

    onde:

    1 Entrada 4 Induzido do motor eltrico

    2 Vlvula de segurana 5 Vlvula de reteno

    3 Bomba de roletes 6 Sada

    A bomba de combustvel pode ser In-Line ou In-Tank, colocada na linha de combustvelou dentro do tanque de combustvel respectivamente.

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    Conversor Cataltico

    Devido aos prejuzos causados pelas emisses, e, devido a busca de mais eficincia nosmotores, foram desenvolvidos sistemas de controle do motor mais precisos, inclusive para atender legislao vigente e o ps-tratamento dos gases de escape. Um dos mtodos usados o catalisador ouconversor cataltico, que diminui os nveis de CO, HC e NOx. O catalisador necessita que a misturaadmitida seja controlada bem prximo de lambda=1.

    Responsvel pela purificao dos gases lanados na atmosfera pelo escapamento, ocatalisador um componente caro e bastante delicado. Ao contrrio do que se imagina, o catalisadorno um filtro. Ele composto de uma colmia repleta de canais, por onde o fluxo dos gases deescape obrigado a passar. Esses canais so impregnados por um material ativo (metais preciososcomo platina e rdio, por exemplo) que, com as altas temperaturas existentes no catalisador, reagemquimicamente com os poluentes e reduz em at 90% dos principais gases produzidos, transformando-os em CO2, N2 e H2O - Figura 31.

    Batidas em lombadas ou excesso de combustvel no motor podem danificarirremediavelmente esse aparelho. Deve-se evitar dar bombeadas no acelerador ou fazer o carro pegarno tranco. Outra recomendao: nunca se deve estacionar sobre o mato ou folhas secas. Quando o

    motor est em funcionamento, o catalisador chega a atingir temperatura de at 800 graus e isso podeprovocar risco de incndio no automvel, mesmo com a ignio desligada.

    Para uma melhor performance do catalisador, tanto o sistema de injeo como o de igniodevem estar em perfeito estado de funcionamento, pois o mesmo trabalha em uma faixa muito estreita,que o mais prximo da razo estequiomtrica ou janela, como tambm conhecida esta faixa detrabalho. A Figura 26 mostra que a mistura deve ser controlada em torno de lambda=1 para melhor aeconomia com mnimo de emisses.

    Deve-se fazer uma avaliao do catalisador analisando-se os ndices de emisso de gases.

    Figura 31 Conversor Cataltico

    Anlise de Emisses

    Os motores com ignio centelha (Ciclo Otto: gasolina, lcool ou gs) apresentam comoresultado da combusto uma srie de gases que, analisados, permitem uma verificao importante dofuncionamento do motor. Alguns desses gases so poluentes e por isso so controlados pela legislaosobre emisses atravs do Programa Nacional de Controle de Emisses Veiculares - PROCONVE.

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    Tabela 3 Percentagem de Gases - PROCONVEANO DE FABRICAO HC CO2 CO O2

    Aps JUN/1988 Menor que 600 ppm Maior que 8% Menor que 3% Menor que 7%A partir JAN/1992 Menor que 400 ppm Maior que 8% Menor que 2,5% Menor que 7%

    A partir JAN/1997 Menor que 100 ppm Maior que 8% Menor que 0,5% Menor que 7%

    Os gases mais importantes para anlise de combusto so:

    I. HC HidrocarbonetosSo gases resultantes da combusto incompleta, ou seja, combustvel no queimado. O HC

    medido em partes por milho (ppm) de volume. Por exemplo: uma leitura de 100ppm indica queexistem 100 partes de HC para cada 1 milho de partes de gs emitido na exausto.

    O aumento de nvel de HC pode ser causado por:

    ?? mistura muito rica

    ?? mistura muito pobre

    ?? temperatura baixa do motor

    ?? compresso baixa

    ?? ngulo de cruzamento de vlvulas muito alto

    ?? falhas de ignio

    ?? consumo excessivo de leo do crter

    ?? ignio avanada

    Nos veculos com catalisador em bom estado, o nvel de HC muito baixo. Para uma boa

    anlise, a leitura deve ser feita antes do catalisador.Um ndice de HC elevado aps o catalisador podeser problema do motor ou prprio catalisador.

    II. CO - Monxido de CarbonoGs resultante da combusto na qual a quantidade de ar insuficiente para uma queima

    completa do combustvel. A medida de CO feita em porcentagem de volume (%). Os veculos emboas condies, equipados com catalisador, devem produzir um teor muito baixo de CO. Para cadatipo de motor existe uma especificao de CO determinada pelo fabricante do veculo. Um ndicemuito baixo de CO (mistura pobre) pode causar superaquecimento, pr-ignio e outras conseqnciasque prejudicam o bom funcionamento do motor.

    Por outro lado, um ndice alto (mistura rica) pode causar carbonizao em vrias partes domotor, problemas na sonda lambda e catalisador, alm de excesso de consumo. O aumento do nvel deCO pode ser causado por:

    ?? ajuste de mistura incorreto

    ?? ponto inicial de ignio muito avanado

    ?? carburador com componentes (bia, gicls, afogador) descalibrados

    ?? filtro de ar entupido

    ?? sonda lambda

    ?? sensores com defeito

    ?? leo contaminado(respiro do carter)

    ?? compresso dos cilindros

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    ?? presso da bomba de combustvel alta

    ?? vlvulas injetoras

    ?? catalisador

    ?? motor frio

    III. CO2 - Dixido de CarbonoConhecido como gs carbnico, resultante direto da combusto, podendo ser usado como

    indicador da eficincia da combusto, principalmente em veculos com catalisador, j que qualquerinterferncia na combusto afeta o ndice de dixido de cabono.

    A razo ar/combustvel afeta diretamente o ndice de CO2. Para um veculo em condiesnormais o ndice de CO2 deve estar entre 13% e 16% (mnimo de 8%).

    IV. O2 OxignioO oxignio o gs responsvel pela combusto (queima) e a quantidade existente no

    escapamento indica se a mistura est pobre ou rica, principalmente em veculos com catalisador. Em

    marcha lenta, um veculo com catalisador deve apresentar um ndice de O2 entre 1% e 4%. ndiceselevados de O2 indicam mistura pobre, enquanto que valores muito baixos indicam mistura rica.

    Observe que a Tabela 4 especifica valores para os quatro gases. Quando se prepara umveculo para inspeo h a necessidade de se colocar os 4 gases dentro dos limites especificados deacordo com o ano de fabricao. Nos casos de veculos carburados mais velhos, as faixas parainspeo so bastante largas. Neste caso, deve-se usar os ndices de CO e HC divulgados nas tabelascom valores especficos para cada veculo (tabela da CETESB). No incio da inspeo, os rgosusaro tolerncias mais largas de aprovao, como na tabela abaixo para veculos sem catalisador.

    Tabela 4 Exemplo usado no incio das inspees em SP e RJAno % CO mx. %CO2 + %CO mn. ppm HC mx. CO corrigido mximo

    at 79 7,0 6,0 1100(A) - 700(G) 5,0

    de 80 a 88 6,5 6,0 1100(A) - 700(G) 5,0

    de 89 a 91 6,0 6,0 1100(A) - 700(G) 5,0

    de 92 a 96 5,0 6,0 1100(A) - 700(G) 5,0

    97 1,5 6,0 1100(A) - 700(G) 5,0

    Os requisitos devem ficar cada vez mais exigentes. Porm, se trabalharmos com base naTabela 4, teremos certeza de que o veculo sempre estar dentro das condies legais.

    Feito um levantamento de vrios automveis chegou-se aos seguintes valores mdios:

    Tabela 5 Valores mdios de Gases de ExaustoTipo % CO %CO2 %O2 HC ppm CO corr.

    Carburados 1,7 13,5 0,9 220 1,6

    Injetados 6,50,7 1412 0,5 210 0,8

    Observe na Tabela 5 que com esses resultados nenhum desses carros seriam rejeitados nainspeo. Esta tabela nos d uma idia dos nveis que vamos encontrar na prtica com veculos usadosde anos diferentes.

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    http://autoesporte.globo.com/edic/ed414/servico.htm

    Vlvulas Injetoras

    As vlvulas injetoras esto alojadas no coletor de admisso (sistema multiponto) prximo svlvulas de admisso. No sistema monoponto ela est localizada na tampa do corpo de borboleta. Suafuno pulverizar o combustvel proveniente da linha de presso. A vlvula injetora um atuadorcujo momento e tempo de abertura determinado pela unidade de comando.

    Figura 32 - Bicos das vlvulas injetoras monoponto / multiponto

    O injetor uma vlvula eletromagntica, que ao receber pulsos da unidade de comando (valornegativo), recolhe seu mbolo (vlvula de agulha) permitindo a passagem do combustvel. Durante afase de abertura, esse mbolo recolhe-se cerca de 0,1 mm do seu assento.

    Motor de Passo da Marcha Lenta (IAC)

    Controla a rotao do motor em marcha-lenta. A vlvula IAC altera a rotao da marcha-lenta ajustando o ar da derivao, de modo a compensar as variaes de carga do motor. Esta vlvula um atuador controlado pela unidade de comando e possui um motor de passo, cujo movimentoaumenta ou diminui a quantidade de ar admitido.

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    Figura 33 - Atuador de marcha lenta

    O motor de passo est montado na carcaa do corpo da borboleta. O motor de passo,comandado pela unidade de comando, retrai o mbolo cnico (para aumentar o fluxo de ar) ou oestende (para reduzir o fluxo de ar), aumentando e reduzindo, desta forma, a rotao da marcha-lenta

    do motor.Durante a marcha-lenta, a posio do mbolo cnico calculada baseada nos sinais de

    voltagem da bateria, temperatura do lquido de arrefecimento (ECT) e carga do motor (MAP).

    Sistema de Ignio Direta (DIS)

    O sistema de ignio direta (DIS) composto de um conjunto de bobinas e um mdulo depotncia integrados num nico mdulo selado.

    As informaes sobre avano e ponto de ignio so enviadas, pela unidade de comando ao

    mdulo de potncia que energiza a bobina e limita a corrente da mesma (para controlar a dissipao depotncia primria).

    Para controlar o DIS, a unidade de comando utiliza dois sinais (EST A e EST B). O impulsona linha EST. Aenergiza a primeira bobina (cilindros 1 e 4). O pulso na linha EST B energiza asegunda bobina de ignio (cilindros 2 e 3). Cada bobina energiza uma vela de ignio de um cilindrocontendo mistura para ignio e uma vela de outro cilindro contendo mistura queimada. A faixa defuncionamento do DIS entre 30 a 8000rpm.

    O avano aplicado pela unidade de comando depende do estado em que se encontra o motor:girando para a partida ou funcionando. Com o motor funcionando, o avano mapeado e dependebasicamente, da rotao, carga e temperatura do motor.

    Out ros Compon entes do Sist ema

    Embora esses componentes no estejam na lista dos sensores e nem dos atuadores, soconsiderados de suma importncia para o bom funcionamento do sistema de injeo eletrnica.

    Esses componentes so:

    - o tanque de combustvel;

    - o cnister;

    - o filtro de combustvel;

    - o regulador de presso;

    - o corpo de borboleta;

    - o filtro de ar;

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    - o corpo de borboleta;

    Tanque de Combustvel

    Um importante elemento no tanque de combustvel o seu respiro. O respiro importante

    por vrias razes: o ar deve ter acesso ao tanque para compensar o espao deixado pelo combustvelconsumido; caso contrrio, formar-se-ia um vcuo nesse espao que anularia a ao da bomba. Outrafinalidade do respiro permitir que o combustvel quando aquecido se possa expandir, ocupando oespao existente e no permitir que o mesmo escape pelo tubo de abastecimento do tanque.

    O segundo duto de respiro e dreno, mangueira de menor dimetro que a primeira, encarrega-se de permitir a sada dos vapores de gasolina que constantemente se formam. Alm disso, quando oveculo est em movimento, essa mangueira permite uma entrada de ar maior que a quantidade decombustvel consumida, impedindo a formao de vcuo no interior do tanque.

    Cnister

    Deve haver o cuidado para que os vapores de combustvel no prejudiquem o ar atmosfrico.Por isso, so descarregados em um depsito que contm carvo ativado, sendo temporariamentearmazenados.

    Quando o motor est em funcionamento, e dependendo da exigncia que lhe feita, essesgases so periodicamente aspirados do filtro de carvo ativado e enviados para o motor, onde seroqueimados como mistura. Nos motores equipados com injeo eletrnica, esse controle feito atravsde uma vlvula de purga, controlado por vcuo ou por corrente eltrica (essa ltima trabalha com umavlvula eletromagntica controlada pela unidade de comando).

    Filtro de Combustvel

    Serve para filtrar o combustvel eliminando as impurezas do mesmo.

    Figura 34 - Filtro

    constitudo por trs elementos filtrantes (uma tela, um filtro de tecido e um filtro de papel)que garantem a mxima filtragem do combustvel. Isto de suma importncia no sistema, j que, osorifcios de pulverizao das vlvulas injetoras so minsculos. O filtro envolvido por uma carcaa

    metlica que suporta a presso na linha de combustvel

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    Regulador de Presso

    Est localizado na extremidade do tubo distribuidor. Sua funo a de limitar a presso nalinha de combustvel e que ser pulverizada nas vlvulas injetoras

    Figura 35 - Regulador de presso

    onde:

    1 Entrada do combustvel 4 Suporte da vlvula

    2 Retorna ao tanque 5 Diafragma

    3 Placa da vlvula 6

    Mola de presso

    7 Conexo para o coletor de admisso

    Filtro de Ar

    Para que o motor funcione perfeitamente, preciso que a mistura ar + combustvel estejatotalmente isenta de corpos estranhos.

    Como o combustvel deve ser filtrado, o ar tambm deve. Isso evita a formao de materiaisabrasivos no interior do motor que tendem a provocar um desgaste prematuro das suas peas, como oscilindros, pistes e anis.

    Alm disso, se o ar no for filtrado, poder provocar a obstruo de certos canais presentes nocorpo de borboleta, provocando marcha-lenta irregular e at falhas no funcionamento do motor.

    Corpo de Borboleta

    Controla o fluxo de ar admitido. O ar na marcha lenta controlado pelo motor de passo. Osensor de posio da borboleta de acelerao (TPS) solidrio ao eixo da borboleta de acelerao.

    A carcaa do corpo de borboleta possui tomadas de vcuo antes e depois da borboleta deacelerao.

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    Figura 36 Corpo da Borboleta

    Bateria

    Embora a bateria no seja um sensor, fundamental que esteja em ordem, para o bomfuncionamento do sistema de injeo eletrnica.

    A bateria utilizada nos automveis pode ser cida (mais comum) ou alcalina. A bateria ouacumulador, que no incio do uso nos automveis era de 6 volts (mais precisamente 6,3 volts nasbaterias cidas), agora padronizada em 12 volts (12,6V), j que cada clula da bateria cida de

    chumbo produz 2,1V. Um valor muito acima, pode danificar vrios componentes eletrnicos doveculo.

    Uma bateria de 12V consiste em seis clulas que esto ligadas em srie para produzir 12V.Cada clula contm duas placas, uma de perxido de chumbo (PbO2) e outra de chumbo (Pb). Quantomais puro o chumbo desta placa, melhor a qualidade e maior durabilidade da bateria. Quando estasplacas so mergulhadas em eletrlito (lquido que permite a passagem de uma corrente eltrica entreas duas placas) produz-se uma reao. Nas baterias de chumbo-cido, o eletrlito geralmente utilizado o cido sulfrico H2SO4.

    O terminal positivo de cada clula a placa de perxido de chumbo e o terminal negativo aplaca de chumbo puro, que fica com um aspecto esponjoso quando a clula est completamentecarregada. A proporo que corrente eltrica drenada pelos circuitos exteriores, uma reao ocorre,

    transformando a placa, esponjosa e o perxido da placa positiva em sulfato de chumbo (PbSO 4),reduzindo o cido sulfrico do eletrlito para gua (H2O). A decomposio do cido sulfrico faz comque se reduza a densidade da soluo do eletrlito. Se o consumo ou dreno externo da eletricidadecontinuar, a voltagem de cada clula diminui vagarosamente, porm, a condio de fornecer fluxosintensos de corrente cai rapidamente.

    Para se medir uma bateria, o mtodo correto verificar a densidade do eletrlito com umdensmetro (Figura 37). Quando a densidade menor que 1.200g/cm, a bateria j no est adequadapra uso. Valores apropriados situam-se entre 1.250 e 1.275g/cm. Quanto mais baixa a densidade(1.250), maior a durabilidade da bateria, observando-se apenas que, para climas frios, a densidadedeve ser um pouco maior (1275).

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    Figura 37 Densmetro

    Pelo posicionamento da pipeta sabe-se a densidade do lquido e, portanto, a carga. O lquidoda bateria carregada (eletrlito) mais denso, sendo assim a pipeta flutua mais alto.

    Cuidados com a Bateria

    ?? No dar partida com os cabos mal conectados;

    ?? No utilizar duas ou mais baterias para dar partida (ligao srie);

    ?? No retirar a bateria com o motor em funcionamento;

    ?? No inverter os terminais;

    ?? No desligar nenhum conector do sistema com a ignio ligada ou com o motor emfuncionamento;

    ?? Fazer manuteno preventiva

    Figura 38 Possveis problemas em baterias

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    Estratgias de Controle do Sistema

    Baseando-se no sistema Magneti Marelli Weber I.A.W. 1ABG.80, que equipa amotorizao 1581 i.e. 16V da FIAT7, discute-se abaixo as estratgias de controle do sistema de injeoeletrnica.

    Dentro da memria da central eletrnica existe um programa de controle composto de umasrie de estratgias, as quais comandam, separadamente, uma bem precisa funo de controle dosistema.

    Utilizando informaes (input) recebidas dos diversos sensores, cada estratgia elabora umasrie de parmetros baseando-se nos mapas dos dados memorizados em reas especficas da centraleletrnica e, em seguida, comanda os atuadores (output) do sistema, que so os dispositivos que fazemcom que o motor funcione, tais como:

    1. eletroinjetores;

    2. bobinas de ignio;

    3. eletrovlvulas de diversos tipos;

    4. eletrobomba de combustvel;5. atuador da marcha lenta do motor;

    6. rels de comando.

    As estratgias programadas na centralina, controlam, da melhor maneira, o instante da ignioe a quantidade do combustvel, garantindo sempre uma mistura correta de acordo com as variaes decarga do motor e as condies ambientais.

    As estratgias de controle do sistema so:

    1. controle do conjunto de sinais;

    2. controle da injeo de combustvel;

    3. controle da funo de bloqueio da partida do motor (se houver);4. controle da ignio;

    5. controle da marcha lenta do motor;

    6. controle da recirculao dos vapores do combustvel;

    7. controle da diagnose e

    8. controle do sistema de climatizao.

    Cont role do Conjunt o de Sinais

    No momento da partida, quando o sensor de rotao encontra o espao livre maior devido

    falta de dois dentre na roda fnica (Figura 19), a central eletrnica efetua, juntamente com o sinal dosensor de fase, o reconhecimento da fase da injeo e da ignio, que so fundamentais para ofuncionamento de todas as estratgias.

    Este reconhecimento atuado com base na interpretao da sucesso dos sinais provenientesdo sensor de rotao situado na polia da rvore de manivelas e pelo sensor de fase situado na polia darvore de comando de vlvulas, no lado da admisso.

    No sistema discutido, o conjunto de sinais constitudo de sinais provenientes:

    7 FIAT; Manual de Reparaes FIAT PALIO.

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    ?? da roda fnica junto polia da rvore de manivelas, com (60-2) 58 dentes e um espaoangular maior de 18 (correspondente falta de dois dentes) para o reconhecimento doPMS.

    ?? de um disco montado internamente polia da rvore de comando de vlvulas no lado daadmisso, com 03 aberturas de tamanhos diferentes.

    Figura 39 Sinais recebidos pela UCE

    onde:

    1 PMS dos cilindros 3Sinal da roda fnica da rvore de manivelas (sensor derotao do motor)

    2 ngulos da rvore das manivelas 4 Sinal do disco da rvore de comando de vlvulas (sensor defase do motor)

    Cont role da I nj eo de Combu stvel

    As estratgias de controle da injeo tm o objetivo de fornecer ao motor a quantidade decombustvel correta e no momento certo, em funo das condies de funcionamento do motor.

    O sistema de injeo/ignio utiliza um sistema de medida indireta do tipo Speed Density-Lambda, ou seja, velocidade angular de rotao, densidade do ar aspirado e controle da relao

    estequiomtrica da mistura (realimentao).Na prtica, o sistema utiliza os dados de Regime do Motor (RPM) e Densidade do Ar (pressoe temperatura) para medir a quantidade de ar aspirado pelo motor.

    A quantidade de ar aspirado por cilindro, para cada ciclo do motor, depende, alm dadensidade do ar aspirado, da cilindrada unitria e da eficincia volumtrica. Por densidade do ar, seentende a quantidade de ar aspirado pelo motor e calculada em funo da presso absoluta e datemperatura, ambas detectadas no coletor de admisso. Por eficincia volumtrica, se entende oparmetro referente ao coeficiente de enchimento dos cilindros detectado com base em experimentosfeitos no motor em todo o campo de funcionamento e, depois, memorizados na central eletrnica.

    Estabelecida a quantidade de ar aspirado, o sistema deve fornecer a quantidade decombustvel em funo da relao de mistura desejada.

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    O instante de final da fase de injeo ou fase de distribuio consta num mapa memorizado nacentral eletrnica e varivel em funo do regime do motor e da presso no coletor de admisso. Emprtica, trata-se das elaboraes que a UCE efetua para comandar a abertura seqencial e fasada dos04 eletroinjetores, um por cilindro, por um tempo estritamente necessrio para formar a mistura ar-combustvel mais prxima relao estequiomtrica.

    O combustvel injetado diretamente no coletor perto das vlvulas de admisso com umapresso diferencial de cerca de 03 bar.

    Enquanto que a velocidade (rpm) e a densidade do ar (presso e temperatura) so utilizadaspara medir a quantidade de ar aspirado e estabelecer a quantidade de combustvel em funo darelao da mistura desejada, os outros sensores presentes no sistema (temperatura do lquido dearrefecimento, posio da borboleta, tenso da bateria, etc.) permitem que a UCE corrija a estratgiade base para todas as condies especiais de funcionamento do motor.

    Fazer com que a relao ar-combustvel oscile ao redor de valores estequiomtricos acondio indispensvel tanto para o funcionamento duradouro e correto do conversor cataltico comopara a reduo das emisses poluentes.

    A relao estequiomtrica obtida utilizando uma sonda lambda de tipo aquecido, como visto

    anteriormente.

    Autoadaptao

    A UCE est provida com uma funo de autoadaptao da mistura que tem a funo dememorizar os desvios entre o mapeamento de base e as correes impostas pela sonda lambda quepodem aparecer de maneira persistente durante o funcionamento. Estes desvios, devidos aoenvelhecimento dos componentes do sistema e do prprio motor, so memorizados permanentemente,permitindo uma adaptao do funcionamento do sistema s progressivas alteraes do motor e doscomponentes em relao s caractersticas do motor quando era novo. As correes memorizadas noso perdidas mesmo desligando a bateria ou a UCE.

    Esta estratgia desativada durante os perodos de abertura da eletrovlvula interceptadorados vapores do combustvel. Se a UCE for substituda, necessrio deixar o motor funcionar emmarcha lenta por alguns minutos (com o motor quente) para que a central eletrnica possarememorizar as correes. As correes em regimes acima da marcha lenta so memorizadas duranteas condies normais de direo.

    A UCE tambm est provida com uma outra funo de autoadaptao que corrige a aberturado atuador de marcha lenta do motor durante a fase de marcha lenta, com base nas variaes devidas ainfiltraes de ar no corpo de borboleta e ao envelhecimento natural do motor. Esta correoespecfica perdida se a bateria ou a UCE for desligada.

    Partida e Ps Partida

    No momento da partida no possvel reconhecer instantaneamente a fase do motor e,conseqentemente, no possvel efetuar a injeo fasada para a primeira injetada de cada cilindro.

    Durante as primeiras rotaes do motor, efetuada uma primeira injetada simultnea (full-group), porque as variaes da rotao na fase de marcha lenta no permitem um clculo correto dafase de injeo. S depois de alguns instantes a injeo de tipo fasado.

    O tempo de injeo base aumentado por um coeficiente multiplicativo por todo o tempode tracionamento do motor pelo motor de partida. Depois da partida, o coeficiente gradualmentereduzido at desaparecer dentro de um tempo determinado que, quanto menor for a temperatura domaior, maior ser - Figura 40.

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    Figura 40 Coeficiente de enriquecimento em funo do tempo

    onde:

    k Coeficiente de enriquecimento ON motor tracionado (durante a partida)

    t Tempo OFF motor funcionando (depois da partida)

    Funcionamento a Frio

    Nestas condies, acontece um empobrecimento natural da mistura devido insuficienteturbulncia das partculas do combustvel s baixas temperaturas, uma evaporao reduzida e umaforte condensao nas paredes internas do coletor de admisso, tudo isto aumentado pela maiorviscosidade do leo de lubrificao que, como se sabe, com baixas temperaturas aumenta a resistncia rotao dos rgos mecnicos do motor.

    Figura 41 Tempo de injeo de combustvel com motor frio

    A UCE reconhece esta condio e corrige o tempo de injeo com base no sinal detemperatura do lquido de arrefecimento do motor.

    Conseqentemente:

    ?? com temperaturas muito baixas, o eletroinjetor fica aberto por mais tempo (tj) diagrama(b), com uma relao ar/combustvel baixa (muito rica) - Figura 41;

    ?? quanto mais aumentar a temperatura do motor, mais curta ser a abertura do eletroinjetor,(tj) diagrama (a) e, por conseguinte, maior ser a relao ar/combustvel (mistura pobre).

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    A Napro8, em seus laboratrios desenvolveram tabelas que apresentam parmetros para aUCE no que toca ao tempo de injeo de combustvel, Tabela 6 e Tabela 7.

    Tabela 6 - Temperatura do Motor x Tempo de InjeoTemperatura do motor

    (C) -36 -29 -24 -18 -13 -7 -2 4 10 18 28 40 60 >60Tempo de Injeo

    (ms)4,6 4,5 4,3 4,0 3,7 3,3 3,1 2,9 2,6 2,3 1,8 1,0 0,3 0

    Tabela 7 - Temperatura do Ar x Tempo de InjeoTemperatura do ar

    (C)-36 -29 -24 -18 -13 -7 -2 4 10 18 28 40 60 >60

    Tempo de Injeo

    (ms)1,37 1,28 1,20 1,04 0,97 0,90 0,83 0,75 0,68 0,48 0,35 0,18 0,04 0

    Durante a fase de aquecimento do motor, a UCE tambm pilota o motor de passo quedetermina a quantidade de ar necessria para garantir a rotao de marcha lenta do motor. O ar admitido atravs da vlvula auxiliar de ar. O medidor de vazo transmite ao mdulo informes sobreesse fluxo extra de ar admitido, o qual, por sua vez, promove o enriquecimento da mistura - Figura 44.

    Funcionamento em Plena Carga

    Em condies de plena carga, necessrio aumentar o tempo base de injeo para obter amxima potncia fornecida pelo motor. A condio de plena carga detectada pela UCE atravs dos

    valores fornecidos pelos sensores de posio da borboleta e de presso absoluta - Figura 45.Com base nestas informaes, a UCE faz a devida correo, aumentando o tempo base deinjeo.

    Funcionamento em Desacelerao

    Durante esta fase de utilizao do motor, acontece a sobreposio de duas estratgias:

    1. uma estratgia de regime transitrio negativo para manter estequiomtrica a quantidade decombustvel fornecida ao motor (menor poluio);

    2. uma estratgia de acompanhamento lento nas rotaes inferiores (dash-pot) para atenuar avariao de torque fornecida (menor freio motor).

    Quando o sinal do potencimetro indica borboleta fechada e a rotao for elevada, a UCE,agindo no atuador de marcha lenta do motor, diminui, de maneira gradual, a quantidade de ar quepassa atravs do by-pass.

    8 Napro Eletrnica Industrial www.napro.com.br

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    Correo Baromtrica

    A presso atmosfrica varia em funo da altitude, determinando uma variao da eficinciavolumtrica tal, que necessrio corrigir o tempo base de injeo. A correo ser em funo davariao de altitude e ser atualizada automaticamente pela UCE, cada vez que o motor for desligadoem determinadas condies de posio da borboleta e de nmero de rotaes (tipicamente com baixarotao e borboleta muito aberta adaptao dinmica da correo baromtrica).

    Funcionamento em Cut-Off

    A estratgia de cut-off (corte de combustvel em desacelerao) efetuada quando a UCEreconhece a borboleta na posio fechada (posio de marcha lenta atravs do sinal do potencimetroda borboleta) e a rotao do motor j tenha superado cerca de 1600rpm.

    O reconhecimento da borboleta em posio aberta ou a rotao abaixo de 1400rpmaproximadamente, reativar novamente a injeo de combustvel - Figura 46. Para rotaes muitoaltas, efetuado o cut-off mesmo em condies de borboleta no completamente fechada, mas compresso no coletor de admisso particularmente baixa (cut-off parcial).

    Funcionamento em Acelerao

    Nesta fase, a UCE aumenta adequadamente a quantidade de combustvel exigida pelo motor(para obter o torque mximo) em funo dos sinais provenientes dos seguintes componentes:

    - potencimetro da borboleta;

    - sensor de presso absoluta e

    - sensor de rotaes e PMS.

    O tempo de injeo base multiplicado por um coeficiente em funo da temperatura dolquido de arrefecimento do motor, da velocidade de abertura da borboleta aceleradora e do aumentoda presso no coletor de admisso. Se a variao brusca do tempo de injeo for calculada quando oeletroinjetor j estiver fechado, a UCE reabre o eletroinjetor (extra pulse) para poder compensar amistura com a mxima rapidez; as injetadas seguintes por sua vez, j so aumentadas com base noscoeficientes acima citados.

    Figura 42 Tempo de injeo de combustvel

    onde:

    A tempo de injeo normal ON motor em fase transitria

    B reabertura do eletroinjetor (extra pulse) OFF motor com rotao estabilizada

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    Pode-se ento gerar um mapa relacionando o Tempo de Injeo de Combustvel com asprincipais variveis (carga e rotao), este mapa ento programado na UCE.

    Figura 43 Mapa de Tempo de Injeo de Combustvel

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    Figura 44 Funcionamento do motor em fase de aquecimento

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    Figura 45 Funcionamento do motor em plena carga

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