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Porto Alegre, Novembro-Dezembro de 2012 - N#1 - www.engenharia.ufrgs.br Alunos da Escola de Engenharia da UFRGS participam de programas de intercâmbio na Espanha e na França, e contam sua experiência ao Informativo por videoconferência. Professor João Manoel Gomes da Silva Jr. fala das oportunidades de intercâmbio oferecidas pela universidade e suas características. Escola de Engenharia da UFRGS Mundi BIBLIOTECA Um novo espaço, moderno e adaptado para portadores de necessidades espe- ciais, é inaugurado na Escola FORMATURAS 2013/1 Datas e horários de cada curso AÇÕES POSITIVAS Doação de sangue da Engenharia de Minas AULAS DE INGLÊS Servidora dá aulas do idioma em cursos de capacitação TECNOLOGIA NA ESCOLA Novo robô industrial de seis eixos no Laboratório de Robótica CENTRO CENTENÁRIO Um pouco da história do Centro de Estudantes Univer- sitários de Engenharia A entidade estudantil fala de seu Pré-Vestibular e da Associação Atlética Acadêmica da Escola de Engenharia (AAEE), e convida para as eleições da diretoria e conselho do CEUE. ENGENHARTIGO “Nasce um jornal (impresso) com mídia digital” LdSM: MATERIALIZANDO IDEIAS Em vídeo, o Laboratório de Design e Seleção de Materiais MOBILIDADE URBANA Entrevista com a professora Christine Nodari sobre as obras nos transportes em Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014 p7 p8 p3 CONTRACAPA INFORMA ENGENHARIA TUBE COM A PALAVRA, O CEUE EM REVISTA Engenharia informativo da escola de p4 @engUFRGS /engenhariaUfrgs p6 /engenhariaUfrgs

Informativo da Escola de Engenharia da UFRGS

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Jornal da Escola de Engenharia da UFRGS. Ano 1, nº 1, novembro-dezembro 2012

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Page 1: Informativo da Escola de Engenharia da UFRGS

Porto Alegre, Novembro-Dezembro de 2012 - N#1 - www.engenharia.ufrgs.br

Alunos da Escola de Engenharia da UFRGS participam de programas de intercâmbio na Espanha e na França, e contam sua experiência ao Informativo

por videoconferência. Professor João Manoel Gomes da Silva Jr. fala das oportunidades de intercâmbio oferecidas pela universidade e suas características.

Escola de Engenharia da UFRGS Mundi

BIBLIOTECAUm novo espaço, moderno e a daptado para portadores de necessidades espe-ciais, é inaugurado na EscolaFORMATURAS 2013/1Datas e horários de cada cursoAÇÕES POSITIVASDoação de sangue da Engenharia de MinasAULAS DE INGLÊSServidora dá aulas do idiomaem cursos de capacitaçãoTECNOLOGIA NA ESCOLANovo robô industrial de seis eixosno Laboratório de Robótica

CENTROCENTENÁRIOUm pouco da história do Centro de Estudantes Univer-sitários de Engenharia

A entidade estudantil fala de seu Pré-Vestibular e da Associação Atlética Acadêmica da Escola de Engenharia (AAEE), e convida para as eleições da diretoria e conselho do CEUE.

ENGENHARTIGO“Nasce um jornal (impresso) com mídia digital”

LdSM: MATERIALIZANDO IDEIASEm vídeo, o Laboratório de Design e Seleção de Materiais

M O B I L I DA D E URBANAEntrevista com a professora Christine Nodari sobre as obras nos transportes em Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014p7

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CONTRACAPA INFORMAENGENHARIA TUBECOM A PALAVRA, O CEUE EM REVISTA

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2 | Informativo da Escola de Engenharia | novembro-dezembro de 2012

É com grande satisfação que estamos lançando o I nformativo da Escola de Engenharia da UFR-GS, cuja distribuição do primei-ro número ocorre concomitan-temente com a conclusão das obras de modernização de nossa Biblioteca.

São dois eventos importantes. A Biblioteca da Escola de Enge-nharia (BIBENG), que possui mais de 5000 usuários i nscritos anualmente e uma demanda mé-dia diária superior a 800 emprés-timos de livros e outros mate-riais, teve sua área e seus espaços modernizados num projeto ino-vador. Além da renovação do mobiliário, foram implantados novos sistemas de gestão e con-trole de acervos, disponibilizados computadores e acesso à internet em todos os espaços da Bibliote-ca e criadas salas de estudo para trabalhos em grupo, bem como para videoconferência. O espaço

foi também adaptado para pes-soas com necessidades especiais.

O outro acontecimento é o lança mento do Informativo da Escola, que foi elaborado pelo grupo de Redes, Mídias Sociais e Comunicação da Escola de Enge-nharia, em parceria com o Núcleo de Design Gráfico da Arquitetura e a Gráfica da UFRGS. Esta ini-ciativa enquadra-se num projeto de comunicação da Escola que incluiu a criação de uma fan-page no Facebook (com mais de 2240 curtires) e de um Twitter. O In-formativo busca ser um meio de divulgação das diversas ativida-des de ensino, pesquisa e exten-são da Escola de Engenharia, uma das maiores e mais tradicionais unidades acadêmicas da UFRGS. A Escola já formou mais de 15000 engenheiros e conta atualmen-te com cerca de 6000 alunos em 13 cursos de graduação e nove programas de pós-graduação em

Engenharia, todos muito bem avaliados pelo Ministério da Edu-cação, desenvolvendo pesquisa de ponta em mais de 85 laboratórios. 

Num momento que a Enge-nharia vem ganhando em impor-tância e sendo reconhecida como estratégica para que o Brasil tenha um desenvolvimento sustentável, esperamos que a nova biblioteca e o Informativo possam auxiliar na consolidação da imagem da Escola de Engenharia. A centená-ria instituição busca se renovar a cada ano e tem na excelência em todas as suas atividades de ensino, pesquisa e extensão um impor-tante valor desenvolvido ao longo de sua história.

Denise Carpena Coitinho Dal MolinDireçãoCarlos Eduardo Pereira Vice-Direção

Reitor: Carlos Alexandre NettoVice-Reitor: Rui Vicente

OppermannDiretora: Denise Carpena

Coitinho Dal MolinVice-Diretor: Carlos Eduardo

Pereira___________________________

O Informativo é uma publi-cação bimensal da Escola de Engenharia da UFRGS

Porto Alegre, Ano 1, nº 1, novembro-dezembro de 2012.___________________________

Idealizador: Ramiro Córdova Sebastião Júnior

Editor: Paulo Fernando Zanardini Bueno

Redação: Paulo Fernando Zanardini BuenoAna Luiza BrockLuíza Cuthi Mattia

Fotografi a: Ana Luiza BrockLuíza Cuthi Mattia

Revisão: Paulo Fernando Zanardini BuenoAna Luiza BrockLuíza Cuthi Mattia

Apoio Técnico: Joff re AraújoRoberta Takushi

___________________________

Centro de Estudantes Univer-sitários de Engenharia - CEUE

Presidente: Douglas SandriRedatora: Catarina Schein___________________________ Diagramação: Núcleo de De-sign Gráfi co Ambiental (NDGA)Eduardo CardosoRicardo Fredes da SilveiraDiagramação e Impressão:Gráfi ca da UFRGSFelipe Drenkmann HacknerÁgatha MarquesArthur HackRaquel Severo

Tiragem: 5 mil exemplares___________________________

Contato com o Informativo:Av. Osvaldo Aranha, 99 - sala 105CEP: 90035.190 – Bairro Farroupilha

+55 51 [email protected]___________________________

FICHA TÉCNICA

No dia 22 de outubro, ocorreu a 209ª reunião do Conselho da Unida-de da Escola de Engenharia. Alguns dos assuntos em pauta de interesse comum:

• Novo departamento de Enge-nharia Elétrica – inicialmente com 16 professores e concen-trando-se nas áreas de Controle, Automação e Energia. O pare-cer é favorável, mas pede mais detalhes.

• Engenharia de Segurança do Trabalho – Aprovada proposta de realização da 12ª Edição do Curso de Especialização.

• Engenharia de Produção - Apro-vada proposta de Curso de Espe-cialização, com ênfase em Gestão da Produção, edição 2013.

• Especialização BEM – Aprovada proposta do curso em Engenha-ria de Produção, edição 2013.

• Especialização Engenheiro Pro-jetista – Projeto do Curso de Especialização Engenheiro Pro-jetista de Válvulas de Aplicação Submarina, no período de mar-ço de 2013 a dezembro de 2014, sendo o coordenador Prof. Flávio

Sanson Fogliatto e a coordenado-ra-substituta Profa. Carla S. ten Caten. Em análise.

• Protocolo de Intenções – Entre a Empresa ENERSUD Indústria e Soluções Energéticas Ltda e a UFRGS. Aprovado para o esta-belecimento de Programas de Cooperação técnica, científica e acadêmica.

• Protocolo de Cooperação – Entre a Universidade Luterana do Brasil - ULBRA e a UFRGS. Aprovado para o estabelecimento de Projetos de Pesquisa, cursos, seminários, palestras, assessorias, consultorias, estágios, formação e treinamento de recursos huma-nos e formação pós-graduada de docentes.

• Doação de equipamento – Pela empresa CP Eletrônica para a UFRGS. O Módulo Retificador/Inversor será utilizado para o Projeto de Pesquisa “Controle por Modelo Interno de Fontes Ininterruptas de Energia”, coor-denado pelo professor Luis Fer-nando Alves Pereira, do DELET.

• Novas vagas para professores – com base nos recursos do REUNI,

foi aprovada alocação imediata de uma vaga para o departamen-to de engenharia civil, uma vaga para o departamento de engenha-ria de materiais, três vagas para o departamento de engenharia me-cânica, cinco vagas para o depar-tamento de engenharia elétrica, uma vaga para o departamento de engenharia metalúrgica e seis vagas para o departamento de en-genharia química.

• Termo de Cooperação – entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Jean Piaget de Angola (Luanda).

• Curso de Especialização Enge-nheiro Projetista de Válvulas de Aplicação Submarina - período: março de 2013 a dezembro de 2014.

Acompanhe a atualização des-tas notícias nas redes sociais.

EDITORIAL

MURAL

Texto Denise Carpena Coitinho Dal Molin e Carlos Eduardo Pereira

Mensagem da Direção

@engUFRGS

/engenhariaUfrgs

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Conhecido como CEUE, o Cen-tro de Estudantes Universitários de Engenharia é a organização estudan-til mais antiga do Brasil. Fundado em 1903, o Centro partiu da vontade dos alunos de reorganizar o Grêmio dos Estudantes de Engenharia. Por mais que já ocorressem reuniões entre os universitários, a oficiali-zação de uma entidade estudantil possibilitou discussões sobre a vida acadêmica.

Em conjunto com a direção da Escola, as ideias ganhavam forma e nome. O CEUE Pré-Vestibular é um bom exemplo e hoje, com mais de 50 anos de funcionamento, é responsá-vel pela aprovação e consequente formação de profissionais exímios. Porém, não é só o passado que faz brilhar as páginas desta história. O presente do CEUE também encanta e inspira.

Motivados pela falta de competi-ções externas em que pudessem de-fender o nome da Escola, os alunos, por meio do CEUE, e em parceria com a direção, reativaram no co-meço de 2012, a Associação Atlética Acadêmica da Escola de Engenha-ria. Isso fez com que o departamen-to desportivo do centro acadêmico, inativo por aproximadamente 30 anos, voltasse a atuar na vida dos alunos. Trata-se de um estímulo à

integração e à prática desportiva en-tre os estudantes dos diferentes cur-sos de engenharia da UFRGS.

Para gerir, então, todos os seus departamentos (administrativo, aca-

dêmico, desportivo e ensino) e a área e comunicação interna e exter-na, o CEUE, atualmente, conta com 25 pessoas aptas a representarem os mais de 4.500 alunos de graduação.

COM A PALAVRA, O CEUE

Não deixe passar em branco!

No período de 01 a 03 de de-zembro ocorrerá a votação para diretoria e conselho do CEUE. A escolha correta dos gestores é de suma importância, pois são eles que irão representar os alunos da engenharia, levando em pauta as questões mais relevantes. Por isso, conta-se com a colaboração da maioria para que o processo elei-toral discorra de maneira segura e transparente. Somente a partir da democracia que o CEUE po-derá, juntamente com a direção da Escola de Engenharia, con-cretizar projetos em prol de sua comunidade.

Convergindo o ON e o OFF

Saindo do Prédio da Engenha-ria e ganhando as plataformas di-gitais, o CEUE está conectado aos alunos Facebook, com mais de 680 likes na fanpage. Basta fazer a leitura do código abaixo para acompanhar os projetos e conhe-cer um pouco mais o Centro!

Fanpage Facebook

109 anos de HistóriaTexto Catarina Schein

Que a Associação Atlética Aca-dêmica da Escola de Engenharia (AAEE) tornou-se querida pelos alu-nos em tão pouco tempo é inegável. Mas além de influenciar os estudan-tes à prática de esportes, a AAEE bus-ca promover a Escola de Engenharia por meio de eventos que integrem os colegas e mostrem que a Instituição também se faz presente além do âm-bito acadêmico.

Recentemente, a AAEE participou de competições entre as Atléticas das demais universidades do país como a Engenharíadas Paranaense e o Uni-versipraia. Em ambos, seu desempe-nho foi acima do esperado, rendendo o primeiro lugar nas categorias bas-quete masculino, vôlei feminino, vôlei

de praia feminino e natação masculi-no, no evento Engenharíadas, e ter-ceira colocação, primeira da divisão do Universipraia 2012. Porém, o Mi-notauro (mascote da AAEE) também organiza suas próprias competições.

No dia 21 de outubro de 2012, dezesseis times participaram do pri-meiro campeonato de futebol 7 entre as engenharias. Apenas um levou a taça, mas ao final todos saíram ven-cedores, pois a organização e espírito esportivo foram impecáveis.

As engrenagens que movem um engenheiro atleta

O conteúdo assinado nesta seção é de autoria do Centro de Estudantes Universitários de Engenharia

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Vivemos em um mundo glo-balizado em que a integração entre culturas é fundamen-

tal. Não se pensa mais em núcleos individualizados, mas em países in-terdependentes que partilham, além de interesses políticos e econômicos, ideias e valores. Neste âmbito, a expe-riência de um intercâmbio, seja para o local que for, torna-se importante tanto para a carreira quanto para a vida pessoal daquele que o fi zer.

A UFRGS, juntamente com a Es-cola de Engenharia, oferece várias possibilidades de mobilidade inter-nacional para seus estudantes. O programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal em parceria com universidades de todo Brasil, é um dos mais procurados. Seja pela gama de países que oferece – Esta-dos Unidos, França, Alemanha e Espanha são somente alguns -, seja pelo grande número de bolsas dis-ponibilizadas. O Ciência sem Fron-teiras, como diz o próprio nome, tem uma ênfase nas ciências exatas e biológicas e também nas engenha-rias e demais áreas tecnológicas.

Cláudia Cassel, 21 anos, aluna da Engenharia Civil da UFRGS, está desde setembro na Espanha cursan-do a graduação sanduíche na Uni-versidad de Granada pelo Ciência sem Fronteiras. Ela conta, por vide-oconferência, que não era fl uente na língua espanhola antes de ir para lá, e que o programa ofereceu um curso online do Instituto Cervantes objeti-vando a preparação dos estudantes. Apesar das expectativas, Cláudia es-perava que a universidade de desti-no fosse mais organizada: “Acho que como é a primeira vez que eles estão recebendo brasileiros por este pro-grama, eles não sabem como proce-der”, disse ela.

A estudante conta que a exigência nas aulas da universidade espanhola é maior. Cláudia fala que entrou, sem querer, em uma cadeira de Desenho I, na qual seus colegas eram somen-te calouros do curso ou repetentes. A aluna acreditava que esta cadeira era equivalente a que ela já havia feito no Brasil, porém, já na primei-ra aula, Cláudia surpreendeu-se. O professor foi logo passando dois

trabalhos e mais uma tarefa acerca de uma planta baixa de pavimento, tudo para a próxima aula. Algo que ela havia aprendido ao longo de um semestre inteiro estava sendo cobra-do já no início.

O curso, chamado Ingeniería de Edifi cación na Universidad de Granada, é mais prático do que o oferecido na Escola de Engenharia da UFRGS: “Todas as cadeiras têm inclusas, todas as semanas, aulas práticas que, se não são em labora-tório, pelo menos, exigem que seja entregue um trabalho sobre parte do conteúdo”, afi rma Cláudia. A aluna também tem aulas referentes a outro curso, Ingeniería de Caminos, Ca-nales y Puertos, e os professores, na maioria arquitetos, dão mais valor a outros aspectos do currículo.

Sua experiência com o país foi um pouco difícil no início graças às dife-renças culturais, mas agora Cláudia diz ter se acostumado. O horário co-mercial, principalmente de Grana-da, que é uma cidade pequena, não se parece com o do Brasil. As lojas abrem às 10h da manhã e fecham às duas horas da tarde para a siesta – o tradicional cochilo espanhol após o almoço -, e só reabrem as cinco ho-ras da tarde. A diferença nos hábitos chega a gerar situações engraçadas, como quando a estudante estava procurando um local para alugar. Ao entrar em contato com o senhor que iria lhe mostrar um apartamento para fi car, esse lhe disse que poderia encontrá-la na primeira hora do dia. Eis a surpresa de Cláudia ao saber que a primeira hora era, na verdade, 11 horas da manhã.

O intercâmbio para a aluna de Engenharia Civil está sendo impor-tante também para seu crescimento pessoal. “Estou aprendendo a fazer coisas que não precisaria fazer no Brasil, porque não tem ninguém que faça por mim”. Sobre o estágio que a estudante possivelmente realizará, Cláudia acredita que este irá acres-centar muito a seu currículo. “Vou poder saber como é a prática de um lugar completamente diferente, o que, de repente, poderia trazer solu-ções para problemas na engenharia do Rio Grande do Sul e do Brasil”, conclui ela.

Outro aluno da Escola de Enge-nharia da UFRGS, Rafael Prudencio, 20 anos, do curso de Engenharia de Produção, também está participan-do de um intercâmbio pela univer-sidade e concedeu entrevista pela mesma tecnologia audiovisual. Ele

Escola de Engenharia da UFRAlunos participam de programas de intercâmbio e relatam sua experiência por videoconferência ao Informativo

Texto Luíza Cuthi Mattia | Fotos arquivo pessoal

“Vou poder saber como é a prática de um lugar completamente diferente, o que, de repente, pode-ria trazer soluções para problemas na engenharia do Rio Grande do Sul e do Brasil.” – Cláudia Cassel

faz parte do Programa de Dupla Di-plomação com as Écoles Centrales (escolas centrais) da França, e está no país desde julho deste ano.

As aulas na École Centrale de Nantes começaram no início de se-tembro e Rafael já sente a diferença. “As aulas aqui são muito mais rápi-das que no Brasil, [os professores] passam o conteúdo muito rápido”, disse ele. As apostilas utilizadas no curso também são mais difíceis de

REPORTAGEM DE CAPA

Rafael e outros esda École Centrale

Cláudia Cassel, aluna da Engenharia Civil da UFRGS, fala por videoconferência.Entrevistada em 24/10/2012. Hora de Brasília: 15h39min - Hora de Granada, Espanha: 19h39min.

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FRGS Mundi

“O diploma daqui é ‘pesado’”. – Rafael Prudenciotercâmbio de estudantes é um ponto destacado pelo professor João Ma-noel. “O Brasil é um mercado enor-me e é um país com uma economia de peso no mercado mundial”, diz ele. Sendo assim, outros países con-sideram importante estabelecer uma boa relação com o Brasil, e uma for-ma de “amarrar” esta parceria é ter estudantes brasileiros em seus solos. Já a UFRGS, com a Escola de Enge-nharia, faz parte do cenário de mo-bilidade internacional, pois é uma das melhores do país, um centro de excelência acadêmica.

Um estudante que realiza inter-câmbio, independente do destino, adquire uma visão multicultural do mundo. A experiência também cria um aspecto crítico que faz com que o aluno perceba o Brasil e o país onde está de forma diferente, reve-lando diferenças que nem sempre são positivas. Isso signifi ca que mui-tas ideias são “desmistifi cadas”, que muitos clichês acerca do assunto são derrubados.

entender, mas a ajuda dos professo-res, que resolvem exercícios em aula, agrada o estudante.

O professor João Manoel Go-mes da Silva Jr., do Departamento de Engenharia Elétrica da UFRGS e um dos responsáveis pelo programa de Duplo-Diploma com as Escolas Centrais francesas – que além de Nantes, inclui Paris, Lille e Lyon –, diz que a fi losofi a destas instituições traz um embasamento matemático

muito forte. Portanto, é natural que o aluno da Escola de Engenharia veja a diferença, mas acredita que o mesmo tenha condições de suprir a possível defi ciência.

João Manoel fala que existem também outros programas de Du-plo-Diploma envolvendo a Escola de Engenharia da UFRGS, como o INP-Grenoble (França) e o Politec-nico di Torino (Itália). Além des-tes, muitas outras oportunidades de intercâmbio - mobilidade de um ano, em geral -, inclusive com fi nan-ciamento CAPES, são oferecidas por meio dos projetos BRAFITEC (França), FIPSE (EUA) e UNIBRAL (Alemanha). Todos estes são pro-gramas institucionais que resultam de acordos entre as universidades de destino e a UFRGS, diferentemente do que acontece com o Ciência sem Fronteiras, em que o aluno candida-ta-se para um país e não para uma instituição específi ca.

“Hoje em dia, vivemos em mundo globalizado e a formação do enge-nheiro deve ir além da formação técnica.”– João Manoel

Deve-se alertar os alunos, conclui o professor, que “estas cooperações institucionais tem um foco, um label (etiqueta) de qualidade, predetermi-nado pela universidade. Já o Ciência sem Fronteiras é uma incógnita”. Apesar disso, João Manoel reco-nhece que o programa do Governo Federal apresenta uma variedade maior de países para intercâmbio.

Rafael Prudencio acredita que o programa no qual está participando representa um grande diferencial na sua formação acadêmica, principal-mente pelo respaldo que o convênio com as Escolas Centrais francesas possibilitam. O programa engloba as melhores universidades brasileiras e contempla alunos que passam por uma seleção rigorosa. Além disso, pensa que o diploma francês vai aju-dá-lo no mercado de trabalho: “Não pelo conhecimento que vou adquirir aqui [na França], eu poderia fi car no Brasil e estudar isso em casa, mas não é isso que vale; o diploma daqui é ‘pesado’”, completa ele.

A escolha do Brasil e da UFRGS para a parceria nos programas de in-

Para João Manoel, o intercâmbio tem dois aspectos principais: “o de formação social-pessoal, que tem um efeito na sociedade que é o de formar uma pessoa com visão críti-ca, e o técnico”. O último é impor-tante, pois um tempo de permanên-cia em um país estrangeiro “é muito bom para o aluno ter contato, mui-tas vezes, com tecnologias que não temos aqui ou que ainda precisam ser desenvolvidas”, complementa o professor. Além disso, a experiência contribui para aumentar a autoesti-ma do estudante, quando este per-cebe que aquilo que é produzido no Brasil tem destaque internacional.

“Hoje em dia, vivemos em mun-do globalizado e a formação do en-genheiro deve ir além da formação técnica”, afi rma João Manoel. O mo-mento é de total integração: pessoas e países conectados por uma rede de colaboração mútua, em que a troca é o valor fundamental. A en-genharia está cada vez mais operan-do com uma cultura de relação sem fronteiras.

s estudantes brasileiros na residência rale de Nantes

Cláudia passeia pela Espanha

Rafael Prudencio, estudante da Engenharia de Produção da UFRGS, via Skype. Entrevistado em 19/10/2012. Hora de Brasília: 15h49min - Hora de Nantes, França: 19h49min.

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EM REVISTA

Torcida para Porto Alegre

INFORMATIVO EE - Quais os im-pactos positivos que os empreen-dimentos rodoviários, realizados principalmente por causa da Copa do Mundo, trarão para os porto-alegrenses?

A Copa nos faz pensar em infra-estrutura, que é algo que está muito atrasado ainda. Nesse sentido, o que melhora é que temos um aporte fi -nanceiro para fazer certas modifi ca-ções necessárias.INFORMATIVO EE - Assim como benefícios, algumas obras apresen-tam seu ônus. Quais os aspectos negativos observados nas atuais intervenções urbanas?

A Copa tem as suas necessidades, que podem não ser as necessidades da cidade na sua dinâmica sem a copa. Então é este o perigo. Pode-se desenvolver uma linha de BRT ou metrô para uma região que atende-ria os jogos da Copa, mas que não é uma região da cidade que demanda

esse tipo de transporte de alta capa-cidade constantemente.INFORMATIVO EE - Qual sua opinião sobre as ciclovias recen-temente implantadas em Porto Alegre?

Se observarmos o formato exato das ciclovias surgirão várias ques-tões do tipo “deveria ser assim ou deveria ser assado”, mas eu acho que estamos em uma posição em que te-mos tão poucas ciclovias, tanta gente desejando circular de bicicletas e tão pouca estrutura, que toda infraes-trutura que vem é bem-vinda. Al-guns dizem que não adianta ter uma ciclovia isolada se não tem rede, mas não irá ter rede se não tivermos vá-rios pedaços isolados para conectar. Não se estabelece de uma hora para outra uma rede de algum sistema, nem de metrô, nem de ciclovia. Nós já temos uma via para carros que foi se estabelecendo aos poucos confor-me a cidade foi crescendo, é questão de um processo natural que cresceu junto com a cidade. O importante é começar, pois o carro está parando. Como o carro fi ca retido no conges-tionamento, a bicicleta está devol-vendo essa liberdade perdida. Quem pode ir para bicicleta benefi cia a vida dele e a do motorista que fi ca no carro por algum motivo pessoal ou por alguma limitação física. É isso que temos que explorar na socieda-

de, pois o carro ainda está olhando a bicicleta como um incômodo quan-do está dividindo espaço, mas não é. O motorista precisa entender que ele está sendo o maior benefi ciado com as ciclovias, que ele acha que ocupa espaço da pista deles, mas que na verdade está gerando espaço nas via por tirar carros da rua.INFORMATIVO EE - BRT, Metrô, aeromóvel e expansão da frota de catamarãs são alguns projetos ide-alizados. Qual a potencialidade de uma cidade explorar transportes subterrâneos, hidroviários e aero-viários?

Falo para os alunos que o BRT é um metrô que não anda por baixo da terra, anda por cima. O que nós gostamos no metrô não é o fato de ser subterrâneo, é que andar por baixo faz com que ele não pare em intersecções, logo ele é mais rápi-do. Outra coisa que gostamos é que seu sistema de localização é fácil de compreender.

O BRT (Bus Rapid Transit), que surgiu em Bogotá, na Colômbia, com a criação do TransMilenio, é uma junção de todas as características que nos fazem gostar do metrô, só que com custos muito mais baixos. O criador do BRT percebeu todas as qualidades do metrô e criou um transporte com características seme-lhantes. O BRT tem informação e é confi ável, pois possui vias exclusivas e pistas de ultrapassagem, então, se um veículo estraga, ele não atrasa todos os outros. Além do mais, o ônibus é articulado e com um bom acesso, pois a calçada fi ca na altura da porta, diferente de alguns ônibus que tu precisas “escalar”. Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá que teve e visão de implementar o sis-tema de BRT costumava dizer que “uma boa cidade não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde até os mais ricos usam o transporte público”.

O catamarã está fazendo bonito na cidade, tanto é que está sendo ex-pandido, devendo conectar-se futu-ramente com o BRT. Já o aeromóvel tem o papel dele nessa divisão sistê-mica. É muito bem-vindo, mas ele tem um nicho de atuação muito es-pecífi co, não tendo capacidade para carregar a quantidade de passageiros que o ônibus transporta. É um sis-tema legal, mas em nenhum lugar

Megaevento Copa do Mundo de 2014implica mudanças para a estrutura daCapital e para a vida dos porto-alegrenses

do mundo ele foi aplicado em uma rodovia. No aeroporto vai ser mui-to útil e poderia ser usado também, por exemplo, para ligar dois campi de uma universidade; pois aí segue aquela lógica de que se colocarmos o aeromóvel em um lugar que tenha muita demanda, logo ele não atende-rá mais, pois ele não tem capacidade. O interessante desses sistemas é que cada um tem seu nicho de atuação.INFORMATIVO EE - Após o evento futebolístico, corre o risco dos empreendimentos caírem em abandono. O governo estadual está preparado para manter, pós-copa, um mecanismo de manutenção responsável das vias e meios de transporte criados?

O abandono se dá se ela não ti-ver um lugar onde tenha a demanda. Nesse sentido, temos de pensar em um sistema que atenda a cidade e não somente a Copa. Lógico, um ae-roporto maior para atender a Copa vai deixar uma estrutura over para depois, mas esse acréscimo deve ser atendido de uma forma modular, provisória, para poder retrair depois para não termos uma estrutura que não precisamos. Precisamos aten-der a Copa, mas de uma forma um pouco menos consolidada para que alguns empreendimentos possam ser reduzidos. Ou seja, o que deve ser feito “a mais”, deve ser feito de forma que possa ser desmanchado, para que esse empreendimento não fi que vazio depois. Enfi m, eu não acho que corre o risco do abandono se posicionarmos essas estruturas de forma a atender o que a cidade pre-cisa. O importante é que os empre-endimentos estejam alinhados com a demanda da cidade, e não com apenas com a demanda da Copa.

Christine Tessele Nodari

Pós-doutora na área de en-genharia de transportes com subárea em segurança viária. Toda sua formação acadêmica foi realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, exceto o mestrado sanduíche, realizado em parceria com a University Of British. Atual-mente, é professora do depar-tamento de Engenharia de Pro-dução da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Recebeu prêmio CNT Produção Acadê-mica da Confederação Nacio-nal do Transporte, no ano de 2003.“Temos que pensar em um sistema que atenda a cidade,

e não somente a Copa.”

Texto Ana Luiza Brock

Profa. Christine Tesselei Nodari, Dra. nas obras do Bus Rapid Transit (BRT) na Avenida Protásio Alves – Foto: Ana Luiza Brock/Luíza Cuthi Mattia

O caos urbano é uma realidade em inúmeras cidades, inclusive de Porto Alegre. Em decorrência da Copa do Mundo de 2014, são plane-jadas inúmeras obras para melhorar a mobilidade urbana e desafogar o trânsito da capital gaúcha. Obser-vando isso, conversamos com a Pro-fessora Dra. Christine Tessele Noda-ri, especialista na área de Engenharia de Transportes para saber a opinião dela sobre o assunto.

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Informativo da Escola de Engenharia | novembro-dezembro de 2012 | 7

LdSM: Materializando ideias

Nasce um jornal (impresso) com mídia digital

ENGENHARIA TUBE

ENGENHARTIGO

Um antigo bordão do cinema, quando esse envolvia o tema comu-nicação ou imprensa, era proclama-do por alguma personagem em situ-ação extrema: “Parem as máquinas!”, fazia referência à urgência de noti-ciar um fato que a edição do dia pos-terior não podia esperar, e o público ainda não dispunha da instantanei-dade da televisão para informar-se. Com o tempo, este bordão tornou-se literal para muitos periódicos, que em muitos casos deixaram de existir e, em outros casos, com a era digital, transformaram-se em versões ape-nas na web.

Tomamos a passagem desta pe-quena história que redirecionou a forma de informar, embora o senti-do de notícia sempre se mantivesse estável como signifi cado: notícia é notícia desde que surgiram os jor-nais ainda no século XVII com a adaptação da prensa de Gutemberg.

A experiência da Escola de En-genharia com o jornal que ora apresentamos segue um itinerário particular. Iniciou seu projeto comu-nicacional pelas redes sociais (Twit-ter, Facebook), que impactaram um número signifi cativo de estudan-tes acostumados com este formato

de relacionamento; porém, parcela considerável não era abrangida por serem apreciadores do jornal im-presso e, em uma Universidade, isso é bastante comum - certamente são os mesmo apreciadores do livro em papel que estoca muito da sua pro-dução intelectual.

“Nasce um Jornal” é o título do artigo desta primeira edição, que apresenta o Informativo da Escola de Engenharia, idealizado por nos-so colega Ramiro Córdova, algo que veio sintonizar com as ferramentas virtuais já existentes. Nasce com muita segurança e com a caracterís-tica de ser um impresso com mídia digital, ajustado para compor o pro-jeto comunicacional da Escola, e ser, ao mesmo tempo, interativo e com-plementar às redes sociais.

A dinâmica escolhida foi arranjá-lo em seções, e é o que delineamos agora. A primeira seção, “Editorial”, é um espaço exclusivo para a Dire-ção comunicar-se com nossa comu-nidade acadêmica; a segunda seção, “Mural”, apresenta as decisões do Conselho da Unidade de interesse de professores, servidores e estudantes. Convênios com empresas e outras Instituições; a terceira seção, “Com a

Palavra, o CEUE”, é um página intei-ra destinada ao Centro Acadêmico para divulgar informações próprias; a quarta seção, “Reportagem de Capa”, ocupa as duas páginas cen-trais e traz um tema especial para ser destacado na edição que, pela próxi-ma gestão da Universidade apontar como prioridade a internacionali-zação da UFRGS, escolhemos des-tacar o intercâmbio de estudantes; a quinta seção, “Em Revista”, trará entrevistas com docentes da Escola especialistas em temas recorrentes que afetam o bem-estar da cidade de Porto Alegre e arredores; a sex-ta seção, “ENGENHARIA TUBE”, fundamenta o jornal ao contar com mídia digital, e a metodologia utili-zada é escolher um setor da Escola, gravar a matéria em vídeo, descrever no impresso um release e redirecio-nar para o inaugurado canal youtu-be.com/engenhariaUfrgs para ser visto em detalhes, afi nal, vivemos a era que a imagem tornou-se texto, e imagem quase sempre comunica tão bem quanto as palavras (o aplicativo QR Code para smartphone e tablet agilizará a visualização do conteú-do); a sétima seção, “ENGENHAR-TIGO”, é um trocadilho para um espaço colaborativo ou por convite a partir da segunda edição, em janeiro de 2013, disponível para professores, estudantes e servidores enviarem pequenos artigos das pesquisas rea-lizadas pelas muitas engenharias que compõem a Escola, ou acerca dos seus ambientes de trabalho a oitava seção, “Contracapa Informa”, desta-ca as datas das formaturas, atuali-zação das chefi as de departamentos e de Coordenadores de Comissões de Graduações, de Pós-Graduações,

alterações curriculares e criação de cursos (quando houverem), e conta também com um Box, “Na Rede” para realizarmos enquetes e promo-ções através dos canais virtuais.

“Ações Positivas” e “Tecnologia na Escola” são subseções; a primei-ra destaca as pessoas que tornam a Escola melhor; a segunda destaca a capacidade tecnológica e de pes-quisa aqui existente; mas a ideia das duas subseções é mostrar que a Escola de Engenharia é feita sim de equipamentos, de ferramentas, mas do principal: de inteligências e de pessoas, dos estudantes, dos profes-sores, dos servidores, dos ex-alunos, dos ex-servidores, dos ex-professo-res, dos vestibulandos, dos visitantes e de nós do jornal. Para este coletivo, para a grande comunidade da Escola de Engenharia, que este jornal surge.

“Ativem-se as máquinas!” ou off -set digitais, imprima-se muito conhecimento e muita informação, que é disso também que um país é composto e uma democracia se fortalece. Obrigado por nos lerem, obrigado por interagirem com nos-sos canais. Boas Leituras!

Submissão de ArtigosProfessores, estudantes e ser-

vidores: os artigos para a seção ENGENHARTIGO devem ser enviados para [email protected] até 14/12/2012 – contendo: título; nome do autor(a); até 2 páginas A4; fonte 12; espaço 1,5.

Texto Paulo Fernando Zanardini Bueno, Ana Luiza Brock e Luíza Cuthi Mattia

Texto Paulo Fernando Zanardini Bueno

O LdSM (Laboratório de Design e Seleção de Materiais) é um modelo de laboratório multidisciplinar que se destaca no campo do Design. É uma parceria entre a Escola de Enge-nharia e a Faculdade de Arquitetura. Coordenado pelo Professor Wilson Kindlein Junior (Prêmio de Inova-ção Tecnológica 2012 da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul) con-ta com um corpo docente composto por 6 profi ssionais que atuam em di-ferentes linhas de pesquisas (biôni-ca, ecodesign, gravação e corte a la-ser, percepção x materiais, seleção e caracterização de materiais, digitali-zação tridimensional, design e patri-mônio histórico, medical design, e prototipagem). O laboratório dispo-nibiliza para estudantes de doutora-mento, de mestrado, e de graduação, das mais diferentes regi ões do Brasil

e do exterior, diversos equipamentos para prática de projetos e pesquisas. O foco do laboratório é a interna-cionalização de seus trabalhos com participação de seus componentes em diferentes eventos para apre-sentarem os resultados dos vários estudos.

A seção “Engenharia Tube” estreia a proposta de interatividade com o canal You Tube, formato em que dis-ponibiliza uma vídeo-matéria. Quer mais detalhes? Acesse o endereço www.youtube.com/engenhariaUfrgs ou pelo QR Code e assista.

Page 8: Informativo da Escola de Engenharia da UFRGS

CONTRACAPA INFORMA

NA REDE

AÇÕESPOSITIVAS

TECNOLOGIA NA ESCOLA

Um lugar especial para o conhecimento

Página que será divulgada

O Facebook (http://www.facebo ok.com/engenhariaUfrgs) e o Twitter (ht-tps://twitter.com/engUFRGS) da En-genharia da UFRGS irão premiar um conjunto de 6 peças p ersonalizadas

com o brasão come morativo aos 116 anos da Escola preparado pela técni-ca do laboratório e estudante do Ins-tituto de Física, Lara Elena Sobreira Gomes. Todo o processo artístico que criou o desenho do objeto pode ser visualizado na matéria realizada para a seção “ Engenharia Tube” em www.

Engenharia de Minas em ação solidária

Capacitação para servidores

O “braço direito” do Laboratório de Robótica

Reforma da biblioteca da Escola de Engenharia e uso de tecnologia moderniza a circulação e o acesso aos livros

Texto Ana Luiza Brock

Texto Ana Luiza Brock

Texto Ana Luiza Brock

Texto Ana Luiza Brock

Alunos do curso de Engenha-ria de Minas doaram sangue para o hemo centro da Santa Casa de Porto Alegre. A ação solidária foi organi-zada pelo professor e coordenador do Departamento de Minas, Rober-to Menin. A doação voluntária con-seguiu reunir em torno de vinte alu-nos que se deslocaram do Campus do Vale até o Banco de Sangue da Santa Casa. Após a doação, alunos e professores retornaram ao Campus do Vale e comemoraram com um churrasco de confraternização.

Melina Dick é servidora da En-genharia Mecânica desde 2010, mas há aproximadamente seis meses desempenha co ncomitantemente outra função: a de professora. É for-mada em Letras com ênfase em por-tuguês e inglês pela UFRGS, entre-tanto, seu trabalho como servidora não permitia que ela lecionasse o que sempre foi sua paixão. Em maio de 2012, Melina aproveitou a opor-tunidade proporcionada pelo proje-to da Pró-Reitoria em Gestão de Pes-soas (PROGESP) para ser professora de inglês nos cursos de capacitação para os servidores da Universidade. Melina está gostando da experiência e espera que seus alunos não vejam o inglês apenas como uma obrigação, mas que tenham prazer em apren-der o idioma. Diz ainda que espera um dia poder encontrar seus alunos no exterior e conversar casualmente com eles.

O Laboratório de Robótica, loca-lizado no primeiro andar da Escola de Engenharia, ganhou novo equi-pamento. O robô industrial de seis eixos é um braço mecânico manipu-lador de processos industriais capaz de automatizar diversas funções ma-nuais, como pintura, soldagem, mol-dagem e embalagem. O aparelho de origem francesa é o único do estado, existindo outros protótipos idênti-cos apenas em São Paulo. Foi adqui-rido para o curso de Engenharia de Controle e Automação, mas a Enge-nharia Mecânica e a Engenharia Elé-

Desde agosto de 2011, está sendo posto em prática um planejamento minucioso que prevê a melhor forma de aproveitar o espaço e os serviços da Biblioteca da Escola de Engenha-ria, bem como dinamizar seu acesso. Em fase fi nal, seu novo formato é di-vidido em dois grandes blocos: um que abrigará o acervo protegendo-o de desgastes climáticos, como a inci-dência de raios solares, e outro com ilhas de estudo destinadas aos estu-dantes. Sua otimização priorizou a acessibilidade dos espaços e materiais para defi cientes físicos, visuais e audi-tivos. O acesso agora está disposto de

youtube.com/engenhariaUfrgs. To-dos os seguidores que se enquadra-rem nos requisitos do regulamento poderão concorrer a esse prêmio. É só aguardar o início do concurso cul-tural e torcer! A entrega será em um dia especial: 11 de dezembro, Dia do Engenheiro.

Janeiro:19/01 às 20:00 – Engenharia de Controle e Automação23/01 às 18:30 - Engenharia Química25/01 às 18:30 - Engenharia Cartográfi ca26/01 às 14:00 – Engenharia Elétrica31/01 às 18:30 - Engenharia de Produção

Fevereiro:16/02 às 17:00 – Engenharia Mecânica16/02 às 20:00 – Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Minas21/02 às 18:30 – Engenharia da Computação22/02 às 18:30 – Engenharia Civil23/02 às 14:00 – Engenharia Ambiental23/02 às 20:00 – Engenharia de Alimentos

Local – Salão de Atos da Reitoria da UFRGS

Calendário de Formaturas (Datas e horários) 2013/1

trica também são benefi ciadas pelo investimento adquirido com verba do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Uni-versidades Federais (REUNI). Se-gundo o professor Flávio José Lorini, coordenador do Laboratório de Ro-bótica, investimentos neste tipo de tecnologia propiciam um maior co-nhecimento do equipamento e suas funções, preparando melhor o aluno para o mercado de trabalho. Outras aquisições feitas pelo laboratório com recurso do REUNI e destacadas pelo professor Lorini incluem qua-

maneira que todos possam circular sem difi culdade, e alguns materiais foram adaptados para melhor manu-seio e entendimento. A bibliotecária-chefe, June Magda Rosa Scharnberg, explica que dentre as novidades está

um espaço destinado a publica-ções e revistas científi cas, que será inaugurado com o lançamento do livro do ex-diretor da Escola de Engenharia Arno Müller “Os engenheiros da antiguidade”, e inauguração do quadro do profes-sor Alberto Tamagna. A bibliote-ca contará com equipamentos de alta tecnologia na devolução dos empréstimos, além de disponibi-lizar tablets e notebooks para rea-lização de pesquisas acadêmicas e leitura de e-books. O atendimento será aprimorado e contará com o apoio de um bolsista do “Projeto Incluir” especializado no atendi-mento aos portadores de defi ci-ências. A inauguração do novo e moderno espaço ocorre no dia 28 de novembro, concomitante ao lançamento do Informativo.

tro bancas didáticas para ensino de sistemas hidráulicos e pneu-máticos e um centro de tornea-mento de comando numérico.

A versão online está disponível em www.issuu.com/engenhariaUfrgs

Alunos na sala de espera do hospital Santa Casa para realizar a doação – Foto: Roberto Menin.

Melina Dick, servidora da UFRGS e professora de inglês – Foto: Ana Luiza Brock

Ilhas de estudo para estudantesFoto: Ana Luiza Brock

Foto: Ana Luíza Brock