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Informação interna da EMEF, SA * nº21 * Dezembro 2011

Informa ção interna da EMEF, SA * nº21 * Dezembro 2011 · em curso de implementação da nossa presença em Moçambique e Angola. ... Surgiu a partir de estudos ... Auditoria final

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Informação interna da EMEF, SA * nº21 * Dezembro 2011

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ÍNDICE

Coube-me em sorte fazer o editorial deste primeiro número da

newsletter EMEF DIGITAL. E refiro-me desta forma, porque é um

privilégio e honra a quem poucos tem sorrido o facto de poder associar

o seu nome e umas quantas linhas de apresentação/reflexão, a uma

primeira edição de um documento tão importante na comunicação da

Empresa.

É num momento difícil da conjuntura socioeconómica que a EMEF tem de continuar a ser o referencial de grande prestador de serviços de manutenção e reparação de equipamento ferroviário. Os nossos Clientes têm-nos distinguido pela confiança que depositam na qualidade das nossas intervenções. O capital humano da EMEF é de excelência, pelo que há também que continuar no bom caminho da inovação nos seus diversos domínios de intervenção, onde sobressai a tecnológica, como forma de marcarmos a nossa diferença no mercado da reparação ferroviária, perseguindo as boas práticas, os mais modernos processos e com isso a conquista dos mercados Internacionais, consolidando a nossa fundamentada presença no difícil e competitivo meio Europeu (Reino Unido, Suíça e outros) não esquecendo, também, as acções em curso de implementação da nossa presença em Moçambique e Angola. O nosso apreço aos fornecedores que, nas actuais condições difíceis, nos têm apoiado na medida das suas possibilidades. O próximo ano, já muitos a isso se referiram, será muito exigente a todos os níveis. Uma palavra de esperança e de incentivo para que não esmoreçam e saibamos mostrar o nosso brio e profissionalismo, mesmo em tempos que se adivinham adversos. O Conselho de Administração aproveita este número para desejar a todos os Colaboradores da EMEF, e respectivas famílias, um Santo Natal e Feliz Ano Novo. Bem hajam.

Propriedade: EMEF, SA Ruas das Indústrias, 21 – Reboleira - 2700-460 Amadora * Tel: +351 211 07 77 00 Direcção: Manuel Almeida * Coordenação Geral, Edição e Revisão: Susana Faria * Redacção: Susana Faria, Nuno Freitas, Luís Maia, Manuel Dias Alves, Paulo Neves, Amândio Gonçalves, Tânia Ramos Fouto, Paulo Rodrigues, Rita Ribeiro, Carlos Medrano Victor , Carlos Campos 2

Entrevista 3 Alta Velocidade 4 – 9

Engenharia 10 – 12

Vagões 13

Manutenção /Reparação 14

Divulgação / Internacional 15

Inovação 16

Ambiente 17 – 19

Qualidade 20 – 22

Higiene Segurança Trabalho 23 – 24

Recursos Humanos 25 – 26

Histórico 27

EDITORIAL

José Pontes Correia Administrador

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“EMEF, UMA EMPRESA NO PRESENTE A PREPARAR O FUTURO”

Carlos Alberto Clemente Frazão – Presidente do Conselho de Administração da EMEF

Membro do Conselho de Administração da EMEF, desde o dia 5 de Novembro de 2006, Carlos

Alberto Clemente Frazão, licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior

Técnico, deixa os quadros da EMEF a 31 de Dezembro de 2011.

“A 31 de Dezembro deixarei os quadros da EMEF, acho que já é altura. Depois de 55 anos de

serviço ativo, ininterrupto, saio com a sensação de dever cumprido e muito orgulhoso. Não

conheço mais alguém que tenha vindo para o caminho-de-ferro com 18 anos, como ajudante

de electricista e que saia como Vice-presidente da CP, Vice-presidente da Refer, Presidente da

EMEF, presidente e fundador da Refer- Telecom, presidente da Fergráfica, presidente da

Soflusa, Administrador da RAVE, Presidente da Ferbritas… só escapou a Fernave, mas até da

Soflusa eu fui “almirante fluvial” durante uns meses. Portanto, saio absolutamente de mãos

limpas e cara lavada.”, refere Carlos Frazão, Presidente do Conselho de Administração da

EMEF.

A mensagem que deixa à EMEF e aos seus Colaboradores é uma mensagem de esperança,

porque é a última coisa a morrer, afirmando que “nós temos condições para, se tivermos o

apoio, de quem nos deve que apoiar, a EMEF ser uma empresa de futuro e não uma empresa

de passado. Ou então, quando muito, será uma empresa do passado, que está no presente a

preparar o futuro.”

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ENTREVISTA

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O RCM NA MANUTENÇÃO DE COMBOIOS PENDULARES – UM DESAFIO VENCIDO

Ao fim de 8 anos de experiência e de resultados muito bons, é possível concluir que o projecto

de aplicação da metodologia RCM (Reliability Centred Maintenance) na manutenção dos

comboios pendulares foi um grande sucesso. Com praticamente todos os pendulares a

ultrapassarem a barreira dos 3.000.000Km, tem sido possível manter de forma sustentada ao

longo dos últimos anos disponibilidades médias nos picos diários superiores a 9 comboios,

num total de 10, com excelentes níveis de segurança, de fiabilidade e de conforto e baixos

custos.

Hoje, é claro que foi a opção pela metodologia RCM que tornou possível a utilização intensiva

dos pendulares e que é garantia de um elevado desempenho desta frota até à intervenção R1

(também chamada intervenção de ½ de vida), sem imobilizações para revisões intermédias.

de todos os indicadores contratados e pela confiança e empatia que gera em todas as relações

que estabelece.

Pela formatação que impõe e pelo novo conhecimento técnico que aborda, a metodologia

fortaleceu ainda a confiança de toda a equipa e reforçou a cultura de profissionalismo,

iniciativa e dedicação existente.

OBJECTIVOS DO PROJECTO RCM

O projecto iniciou-se em 2003 e foi desenvolvido a partir de uma parceria entre a CP e a EMEF,

criada com o objectivo de implementar uma nova maneira de pensar, organizar, executar e

gerir toda a actividade de manutenção do material circulante.

4

Nuno Freitas

Diretor Unidade Manutenção Alta

Velocidade

ALTA VELOCIDADE

Além de resultados tangíveis, a

Unidade de Manutenção de Alta

Velocidade (UMAV) adquiriu, com o

RCM, capacidades e competências que

lhe permitem ser hoje uma entidade

competitiva e reconhecida pela

fiabilidade do serviço que presta, pela

prontidão na resposta às necessidades

dos seus Clientes, pelo cumprimento

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Acreditava-se que a nova forma de trabalhar produzisse um aumento da eficiência operativa

na EMEF e na CP através da melhoria da disponibilidade das frotas, mantendo e aumentando

níveis de segurança, fiabilidade e de qualidade de serviço.

Esperava-se que o projecto RCM pudesse:

Modernizar o sistema de Manutenção da CP/EMEF.

Aumentar os níveis de disponibilidade do material circulante, num enquadramento de elevada segurança e fiabilidade.

Aumentar o percurso anual das frotas.

Reduzir os Custos de Ciclo de Vida (LCC).

Criar uma efectiva competitividade da CP como operadora Ferroviária e da EMEF como entidade prestadora de serviços de manutenção.

Com este ambicioso e extenso projecto de reengenharia pretendia-se ainda introduzir

influências e melhorias na organização da manutenção, recursos humanos e relacionamento

CP/EMEF.

O RCM O RCM (Reliability-Centred Maintenence) é um método de análise e gestão da actividade de manutenção, desenvolvido inicialmente na indústria aeronáutica. Surgiu a partir de estudos que revelaram que os padrões de fiabilidade, até então admitidos como comuns a todos os tipos de equipamentos, mudaram radicalmente com a evolução tecnológica e com o aumento da complexidade dos sistemas. Este conceito de organização da manutenção foi rapidamente adoptado pela indústria de

ponta e está actualmente generalizado em centrais nucleares, indústria aeroespacial,

plataformas petrolíferas, indústria aeronáutica e, mais recentemente, começa a ser aplicado

ao transporte ferroviário.

O RCM põe em causa muitas das teorias e regras tradicionais e tem como principal

característica a orientação da manutenção para a gestão das falhas e para a preservação das

funções dos equipamentos na óptica do utilizador. Procura identificar o contexto operacional

de cada sistema e adoptar as tarefas técnicas e economicamente mais eficazes, que permitem

aumentar a fiabilidade e disponibilidade dos activos industriais.

Uma das grandes inovações do RCM está na análise da manutenção numa perspectiva

funcional, levando sempre em conta o contexto operacional específico de cada sistema. O

mesmo equipamento sujeito a condições de exploração diferentes necessitará decerto de

diferentes tarefas de manutenção em conteúdo ou em periodicidade.

A obtenção de soluções técnicas de qualidade é garantida pela integração dos conhecimentos

e experiências das pessoas que melhor conhecem os equipamentos e pela sistematização

imposta pelo RCM.

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A produção obrigatória de um suporte documental preciso, organizado e com regras de

formatação próprias é também uma das imposições que garantem a qualidade do resultado

final do trabalho.

O RCM NOS COMBOIOS DE PENDULAÇÃO ACTIVA CPA4000

As análises técnicas foram desenvolvidas por grupos de trabalho constituídos por elementos ligados à manutenção (EMEF) e à operação dos comboios (CP).

O Projecto completo de implementação do RCM na manutenção dos comboios pendulares foi

constituído pelas seguintes três fases principais:

1. Preparação (2003) 1.1. Formação na metodologia RCM 1.2. Formação de facilitadores RCM 1.3. Definição dos sistemas a estudar 1.4. Definição de um calendário para as análises

2. Realização das análises RCM (2003-2005)

2.1. Selecção dos grupos de trabalho 2.2. Reunião da documentação necessária 2.3. Definição do contexto operacional e das fronteiras do sistema 2.4. Realização das análises respondendo às seguintes 7 questões fundamentais do RCM:

Quais as funções do sistema?

Quais as falhas funcionais do sistema?

Quais os modos de falha que originam cada falha funcional?

Quais os efeitos de cada modo de falha?

Quais as consequências de cada modo de falha?

Qual a manutenção mais indicada?

É necessário optar por tarefas de busca de falha, reprojectos ou por tarefas de manutenção correctiva?

2.5. Elaboração do relatório da análise 2.6. Auditoria final de aprovação

3. Implementação (2004-2010) 3.1. Definição de novos LRU – Line Replaceable Units 3.2. Redefinição dos stocks de peças de reserva

3.3. Formação das equipas de manutenção 3.4. Elaboração de nova documentação de manutenção 3.5. Aprovação do novo plano de manutenção pelo regulador 3.6. Definição de novas políticas de reparação de peças 3.7. Construção de um novo sistema de informação 3.8. Desenvolvimento de novas técnicas e ferramentas de diagnóstico 3.9. Implementação de um sistema de feedback de todo o processo

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A implementação foi feita em simultâneo na CP e na EMEF.

Na EMEF, na área de Manutenção, que intervém ao nível do comboio completo, as conclusões

da análise foram difundidas através dos procedimentos e instruções de trabalho escritas.

No caso da EMEF, na UMAV, todos os colaboradores foram ainda sujeitos a acções básicas

prévias de formação em RCM e a acções de formação para as novas tarefas a implementar.

O aprovisionamento de peças sobresselentes, a gestão de stocks e a adaptação dos sistemas

de informação foram outras áreas cujo ajuste às recomendações produzidas pela análise RCM

foi extenso.

Todos os desenvolvimentos produzidos pelo RCM foram ainda integrados nos Sistema de

Gestão da Qualidade.

O RCM é actualmente um projecto aberto, que incluí um processo de melhoria contínua e que

é actualizado com a ocorrência de novos modos de falha, com a alteração do contexto

operacional, com o aparecimento de novas técnicas de manutenção ou aquisição de novos

conhecimentos.

RESULTADOS ALCANÇADOS

A aplicação da metodologia permitiu atingir os objectivos principais definidos:

Aumento do número de quilómetros percorridos por mês. Devido aos menores tempos de imobilização e maior fiabilidade, a CP implementou com sucesso um novo modelo de oferta do serviço Alfa Pendular.

Aumento dos níveis de conforto de passageiros.

Com o projecto foi conseguido um aumento de 80% no percurso mensal dos comboios

pendulares e alcançadas substanciais melhorias nos índices de fiabilidade e de qualidade de

serviço. Devido à melhor compreensão dos papéis da manutenção e dos operadores destes

comboios, foi possível ainda melhorar o relacionamento CP (cliente) – EMEF (fornecedor).

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Aumento da disponibilidade da série.

Aumento da segurança e fiabilidade dos equipamentos.

Redução do Life Cycle Cost através do aumento da vida dos componentes e do alargamento das periodicidades das tarefas de reparação.

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A opção por um projecto desta envergadura revelou-se acertada. Nos sistemas analisados, o

RCM introduziu alterações em cerca de 75% do conteúdo original de manutenção, conduzindo

a um serviço mais preciso e orientado para os resultados.

A aplicação do RCM produziu também um conjunto de propostas relativas à alteração de

procedimentos na operação destes comboios e, em situações excepcionais, ao reprojecto de

pontos fracos identificados.

Na UMAV - Manutenção de Comboios Pendulares, para além da nova percepção dos conceitos

de manutenção e de fiabilidade, a análise de RCM contribuiu para a reformulação dos

processos e da gestão da manutenção.

O aumento da qualidade do conhecimento dos intervenientes nos grupos de trabalho e a

disseminação das análises por todos os colaboradores promoveram também uma alteração

cultural muito extensa, impulsionada pela melhoria da qualidade técnica e pela confiança dos

Recursos Humanos envolvidos na manutenção desta frota.

8

Percurso anual da frota de

pendulares (Km)

Projecto RCM iniciado em 2003

Disponibilidade média diária

da frota às 9h00

Projecto RCM iniciado em 2003.

Fiabilidade em incidentes

por milhão de quilómetros (ATP

não considerado)

Projecto RCM iniciado em 2003.

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A prestação de serviços de consultoria continuados por parte da EMEF aos Caminhos de Ferro

Federais Suíços - SBB-CFF-FFS comprova que, tal como pretendido, novos patamares de

competitividade foram também alcançados.

A concretização deste projecto dotou a EMEF de um novo saber fazer e consolidou uma

equipa capaz de manter com grande eficácia e eficiência composições de longo curso de

última geração, complexas, de alta velocidade, densamente equipadas e com elevadas

exigências de disponibilidade, fiabilidade e qualidade de serviço.

O RCM traduziu-se, assim, numa nova forma de compreender, pensar e executar a

manutenção, está na base de uma reorganização profunda, segura e de qualidade dos Serviços

de Manutenção da EMEF/CP e é uma ferramenta essencial para a competitividade futura de

qualquer Operador e/ou Prestador de Serviços de Manutenção.

EMEF GANHA PRÉMIO “INOVAR E COOPERAR” 2011

Cerimónia de Entrega do Prémio

Minimizar o Custo do Ciclo de Vida do material circulante num enquadramento de elevada segurança e disponibilidade

Criar uma efectiva competitividade da CP como operadora ferroviária e da EMEF como prestadora de serviços de manutenção.

A aplicação e desenvolvimento da metodologia RCM iniciou-se na CP/EMEF em 2003 na frota dos Comboios de Pendulação activa CPA 400 sendo, face ao desenvolvimento tecnológico do Material Circulante e das novas realidades comerciais e económicas, uma ferramenta essencial para a competitividade futura da indústria Ferroviária.

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A EMEF ganhou o prémio “Inovar e Cooperar” no 4º Evento do Portal do Conhecimento com o projecto “RCM na Manutenção do Material Circulante”, em cooperação com a CP. O projecto teve como objectivos:

Modernizar o Sistema de Manutenção da CP/EMEF com a adopção da Metodologia RCM (Manutenção Centrada na Fiabilidade)

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PARQUE OFICINAL NORTE - O CAMINHO PARA O FUTURO

O FREIO

O freio do veículo Eurotram apresenta um sistema hidráulico, tecnologicamente evoluído,

cujos principais órgãos que o constituem são as HPU (Hydraulic Pressure Unit) – unidade

responsável pela produção de pressão hidráulica, e os Actuadores de Freio – conhecidos por

‘pinças de freio’ na indústria automóvel.

Para este sistema, surgiram novas necessidades de acompanhamento técnico, como resultado

do serviço comercial do Metro do Porto ter evoluído de um estágio inicial para um regime de

acumulação de quilómetros – maturação do sistema - percorridos pela sua frota de veículos

Eurotram.

Os fabricantes dos órgãos que constituem o sistema de freio, Hanning & Kahl e a Faiveley, as

únicas entidades inicialmente habilitadas a realizar intervenções mais profundas nos

equipamentos, não se inseriam num contexto caracterizado pelo centro de manutenção

integrado, de suporte ao Metro do Porto, e à sua filosofia de reduzida implicação logística nos

processos adoptados.

Desta forma, a EMEF empenhou-se, com sucesso, na promoção de uma solução estratégica

alternativa à que seria inicialmente expectável, sendo esta acolhida favoravelmente pelo

cliente Metro do Porto. A EMEF propôs criar condições para ser ela própria a realizar, no seio

do seu próprio centro de manutenção integrado, todas as intervenções de manutenção

associadas ao sistema de freio.

Para ser possível concretizar o compromisso entretanto estabelecido entre a EMEF e o Metro

do Porto, desenvolveu-se um laboratório de hidráulica, num espaço segregado das restantes

intervenções realizadas ao veículo.

O laboratório de hidráulica foi projectado de forma a satisfazer as mais severas exigências dos

fabricantes, de modo a que fosse possível assegurar a reposição do potencial de vida útil (PVU)

dos órgãos e prolongar a garantia dada pelos mesmos. Para tal, os fabricantes asseguraram a

homologação do laboratório enquanto centro especializado nas intervenções em actuadores

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ENGENHARIA

Luís Maia

Diretor Parque Oficinal Norte

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de freio do tipo hidráulico e em HPU, os que equipam o veículo Eurotram, ou eventualmente,

se necessário, para outros órgãos de natureza tecnológica equivalente.

O laboratório de hidráulica foi projectado de forma a satisfazer as mais severas exigências dos

fabricantes, de modo a que fosse possível assegurar a reposição do potencial de vida útil (PVU)

dos órgãos e prolongar a garantia dada pelos mesmos. Para tal, os fabricantes asseguraram a

homologação do laboratório enquanto centro especializado nas intervenções em actuadores

de freio do tipo hidráulico e em HPU, os que equipam o veículo Eurotram, ou eventualmente,

se necessário, para outros órgãos de natureza tecnológica equivalente.

Intervenções realizadas pelo laboratório, acrescenta-se o facto do mesmo laboratório estar

dotado de duas zonas distintas.

Uma parte do laboratório, fisicamente segregado do restante espaço, está equipado com

modernos equipamentos de lavagem de órgãos mecânicos, destacando-se por exemplo, a

máquina de ultra-sons, que através de um fenómeno de cavitação assegura uma remoção de

partículas em zonas inacessíveis pelos meios mecânicos convencionais. Nesta zona são

realizadas intervenções de desmontagem e lavagem de componentes.

O outro espaço do laboratório, este de grande exigência quanto à ausência de qualquer

partícula em suspensão ou depositada em bancada, é o local onde se assegura a montagem de

componentes que constituem os órgãos de freio, garantindo-se sempre a utilização exclusiva

de kits de acessórios originais do fabricante, e se certifica a operação através do

acompanhamento de uma elaborada ficha de registo dedicada a cada órgão.

O laboratório de hidráulica assegura ainda a peritagem e despiste de eventuais avarias, e

ainda, dispõe de um banco de ensaios onde é possível simular as mais severas operações reais

de serviço. Estas operações de endurance realizam-se por ciclos alargados de utilização, não

inferiores a 100 unidades, traduzidas por trabalho ininterrupto do órgão por períodos nunca

inferiores a 2 horas. A sensibilidade do sistema de ensaio é elevada e garante que a emissão de

certificado de ensaio constitui uma garantia que o órgão cumpre todos os requisitos para

entrar ao serviço. Esta operação de endurance cumpre-se sempre que um órgão sai do

laboratório e é aplicado num veículo ou integra um banco de órgãos de reserva localizado no

armazém do Centro de Manutenção integrado.

11

Foi também constituído um núcleo de recursos

humanos que recebeu uma exaustiva formação

dada pelos fabricantes e dessa forma se

completou o laboratório de hidráulica, dotando-o

das competências necessárias à realização de todo

o tipo de intervenções no sistema de freio.

Para melhor elucidar a tecnologia envolvida nas

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O certificado de ensaio que acompanha cada órgão sujeito a intervenção, constitui uma base

de dados do laboratório que representa um histórico (arquivado em formato de papel e em

ficheiro informático) desde a primeira unidade ensaiada. Os certificados de ensaio e os

relatórios de peritagem de avaria entretanto já produzidos constituem um importante know

How acerca do sistema de freio, que permite fluidez na capacidade de decisão face às

situações não sistemáticas que vão surgindo e, por outro lado, este mesmo know how é

importante nas melhorias desenvolvidas e propostas ao cliente, e ainda, na importante

evolução para a Manutenção sob Condição.

A equipa que constitui o núcleo de operadores habilitados a trabalhar no laboratório de

hidráulica garante a disponibilidade de efectivos para intervir em qualquer operação de

manutenção, seja correctiva ou preventiva, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

São permanentemente monitorizados e assistidos um universo de 1152 actuadores de freio e

288 HPU em serviço na frota Eurotram e ainda é garantida uma disponibilidade de órgãos em

parque para fazer face às necessidades da frota.

Anualmente repõe-se o PVU (Potencial de Vida Útil), em intervenções tipo R2 – 480 000km,

em aproximadamente 400 Actuadores de Freio e 100 HPU e realiza-se a despistagem de

anomalias técnicas e se caso for necessário concretiza-se a reparação aproximadamente 40

actuadores de freio e 30 HPU. A assistência directa em veículos, em operações de manutenção

preventiva (intervenções tipo V1+) e correctiva, traduz-se em aproximadamente 20 e 35

operações anuais, respectivamente, que requerem a intervenção de técnicos e equipamento

de diagnóstico especializado.

- Qualificação assegurada pelos fabricantes;

- Estado de permanente formação – individualmente traduzidas em mais de 40 horas anuais;

- Capacidade de contribuir para assegurar rigor técnico em intervenções preventivas;

- Elevada segurança em intervenções de diagnóstico e correcção de avarias;

- Proactividade na proposta de melhorias técnicas.

Os 10 anos de experiência e de maturação deste modelo integrado de manutenção, em

paralelo com os resultados que se têm verificado a todos os níveis, permitem-nos ser ainda

mais ambiciosos e querer chegar ao futuro.

12

Destaque-se ainda, e em súmula, que o laboratório de

hidráulica dispõe de avançados meios tecnológicos e

procedimentos acreditados pelos fabricantes dos órgãos

mecânicos e os Recursos humanos que constituem a

equipa apresentam perfil adequado à função a saber:

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CÉLULA ROBOTIZA SOLDADURA DA ESTRUTURA DOS VAGÕES

No âmbito da modernização dos meios de produção e da melhoria produtiva da EMEF, as

estruturas soldadas dos leitos dos vagões são efectuadas em modo automático, através de

uma Célula Robotizada de Soldadura.

Com este meio de produção, a Unidade de Novos Projectos, tem a capacidade instalada para produzir um vagão por dia.

Para a programação e operação da célula robotizada de soldadura, a EMEF dispõe de 4 elementos/operadores especializados, que foram alvo de investimento em formação que no momento presente têm valências também em Automação e Manutenção industrial, reconhecida pelo IPT;

A célula robotizada é também uma componente importante na certificação EN 15085-2, reconhecida pela entidade acreditada TUV

A EMEF está assim equipada para responder de forma competitiva aos mercados, nacional e

internacional, na produção de estruturas soldadas de Leitos para vagões, de Bogies ou outras

estruturas no âmbito da metalomecânica e potenciar a subcontratação por parte de outros

Operadores.

13

VAGÕES

Manuel Dias Alves

Chefe Operações da Unidade de

Novos Projetos

Realçamos o fato da Qualificação dos

Procedimentos e Certificação dos Operadores da

Célula Robotizada terem sido feitas internamente,

com o acompanhamento da engenharia da CP na

avaliação dos resultados dos ensaios:

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TORNO DE FOSSO “HEGENSCHEIDT”

Inserido no plano de melhoria contínua na prestação de serviços da EMEF, encontra-se em serviço nas oficinas de Campolide o novo torno de fosso “Hegenscheidt”, modelo “U2000-400”, que assim substituí o anterior torno de fosso “Rafamet”, modelo “UGB 150”, adquirido pela CP em 1987, este último por sua vez colocado no Museu Ferroviário do Entroncamento, como memória tangível desta actividade específica da ferrovia. Encontra-se assim terminado um processo de substituição oficialmente iniciado em Setembro de 2008 e fundamentado pelas crescentes dificuldades técnicas e financeiras na continuação em serviço do torno Rafamet. A instalação do novo torno de fosso prefigura o actual estado da arte destes equipamentos ferroviários, destacando-se nomeadamente as seguintes características técnicas:

Correcção inata de eventuais ovalizações durante o acto de torneamento, por

montagem dos rolos de tracção/suporte do rodado em estruturas hidraulicamente

flutuantes;

Software específico Hegenscheidt para suporte das actividades de torneamento,

dotado das capacidades de medição gráfica do perfil real de entrada e de cálculo da

melhor estratégia de corte, face aos desvios de perfil ou anomalias apuradas no

rodado;

Resumidamente, trata-se de um torno de construção robusta (estruturalmente encontra-se

calculado para suportar uma carga máxima até 400 kN nos rolos de tracção/apoio),

tecnologicamente evoluído e bem concebido, nas vertentes de projecto, da selecção dos

subcomponentes integrantes e da sua montagem, dotado de um bom software de operação.

14

MANUTENÇÃO

REPARAÇÃO

Paulo Neves

Responsável Torno de Fosso

Comando numérico integral, quer da

operação, quer do estado de

funcionamento;

Torneamento dos rodados sem

necessidades de movimentação dos

pontos de apoio ou dos rolos de

suporte/tracção, dispensando suportes

inferiores das caixas de eixo para cargas

até 20 ton/eixo;

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EMEF ELABORA CATÁLOGO No âmbito do Plano de Acções de Divulgação de Imagem da EMEF a nível nacional e

internacional, foi elaborado um Catálogo nas línguas portuguesa e inglesa, com o

objectivo de dar a conhecer as potencialidades técnicas e tecnológicas da EMEF -

Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, quer a nível nacional, quer a

nível internacional.

vagões e mesmo criação de inovações aplicáveis ao Universo ferroviário mundial. A EMEF propõe-se responder ao desafio imposto pela crise económico-financeira, que

afecta a vida do país e da empresa, numa tentativa contínua de se lançar no mercado

internacional, encontrando-se em pleno processo de modernização e adaptação aos

mercados, no caminho das novas tecnologias ferroviárias, e mantendo-se,

simultaneamente, no mercado nacional como referência na manutenção de material

circulante ferroviário.

EMEF INTERNACIONAL

Criada em 2010, a EMEF Internacional, tem como propósito a actuação no mercado internacional em todas as áreas de competência da EMEF. Há cada vez mais a percepção da possibilidade de mercado internacional para o fabrico de vagões, assim como na manutenção ligeira e pesada e na reabilitação de material motor e rebocado e subconjuntos, estando em curso contatos com países de África, América do Sul e Ásia.

15

DIVULGAÇÃO

INTERNACIONAL

Elaborado com o objectivo de ter uma

estrutura abrangente e apelativa, o

Catálogo está estruturado em fichas

que divulgam informação relativa à

EMEF, desde o seu historial, Serviços e

Produtos, que vão da Manutenção de

Material Circulante, à construção de

A procura de novos mercados como os PALOP, são targets naturais de expansão da EMEF, quer na área de vagões, que nas áreas de manutenção, havendo aí boas oportunidades de negócio.

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INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A constituição da Unidade de Inovação da EMEF, conforme o Plano de

Desenvolvimento Tecnológico Nacional, permitiu obter resultados positivos,

promovendo parcerias com Universidades, entidades ligadas à Industria Ferroviária e

PMEs tecnológicas, assim como formando redes de conhecimento para o

desenvolvimento de projectos de inovação para o mercado nacional e europeu,

incluindo vários projectos europeus financiados.

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A DIEF , Direcção de Inovação e Engenharia

Ferroviária, participa actualmente em nove

projectos europeus, aprovados e assegurados

até 2013, ao abrigo do Sétimo Programa

Quadro - FP7, QREN e FCT , cujo principal

objectivo é a exploração de diferentes

oportunidades tecnológicas, através de

financiamentos dos projectos de investigação

e desenvolvimento.

INOVAÇÃO

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IMPACTE AMBIENTAL – GASES DE REFRIGERAÇÃO ECOLÓGICOS?

Qualquer alteração no ambiente, seja benéfica ou adversa, total ou parcialmente

resultante das actividades, produtos ou serviços de uma organização, é a definição

comummente aceite para impacte ambiental.

Os impactes resultantes da actividade da EMEF são vários, mas iremos centrar-nos no

consumo de gases de refrigeração de efeito de estufa, utilizados nos sistemas de ar

condicionado do material circulante, como contribuintes para o aquecimento global.

Manutenção dos sistemas de ar condicionado (AC) do material circulante

Hoje em dia, a maioria dos sistemas de ar condicionado do material circulante utilizam

gases que não afectam a camada de ozono. Por isso, quando começaram a ser usados

em maior escala (há cerca de 15 anos), foram designados por “verdes” ou

“ecológicos”.

Mas como “não há bela sem senão” mais tarde verificou-se que não tinham nada de

“ecológicos”.

Estes gases enquadram-se actualmente numa família designada por Gases Fluorados

com Efeito de Estufa (vulgarmente designados por GFEE) e com designações

conhecidas como R134a, R407c e R422d, sendo sujeitos no seu manuseamento, a

regras legais específicas.

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AMBIENTE

Amândio Gonçalves

Coordenador Geral do Ambiente

Tânia Ramos Fouto

Responsável Controlo Melhoria

Documental Sistemas Gestão da

Qualidade e Ambiente

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Qual o impacte dos Gases Fluorados com Efeito de Estufa (GFEE)?

Como a sua própria designação indica – GFEE – têm uma acentuada contribuição para

o efeito de estufa.

Esta contribuição é medida através do coeficiente “Potencial de Aquecimento Global

(PAG)”. O PAG determina a capacidade que um determinado GFEE tem de refletir a

radiação solar, previamente refletida da superfície da Terra, e consequentemente de

aquecer o nosso Planeta.

O potencial de aquecimento global relaciona o efeito de cada gás, com a mesma

quantidade de Dióxido de Carbono (CO2) – cujo potencial é 1 – possuindo cada um dos

gases do efeito de estufa um PAG predeterminado. O PAG é calculado para um período

de 100 anos, em função do potencial de aquecimento de 1kg de gás em relação a 1kg

de CO2.

Relacionando os PAG dos GFEE utilizados na EMEF com o CO2, obtemos o seguinte

esquema:

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UTE 2240

AC da cabina

de condução

AC do salão

de

passageiros

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Devido a fugas, os equipamentos de ar condicionado podem perder o gás em serviço,

sendo em consequência significativos os impactes ambientais daí resultantes.

Referem-se como exemplos:

UQE 3500 – cada veículo tem uma unidade de ar condicionado com 2 circuitos

independentes, cada um com 15kg de R134a. A fuga para a atmosfera dos 15kg

tem um impacte equivalente a 19500kg de CO2.

UTE 2240 – cada veículo tem também uma unidade de ar condicionado com 2

circuitos independentes, cada um com 15kg de R407c, com impacte

equivalente a 24800kg de CO2.

Conclusões:

O consumo destes gases corresponde a um impacte significativo no meio ambiente,

pelo que está previsto realizar em 2012, uma acção de formação sobre os GFEE ao

pessoal operativo que manuseia estes gases.

A sua minimização é conseguida aplicando procedimentos adequados,

nomeadamente:

Nunca libertar – em circunstância alguma – estes produtos para a atmosfera;

Controlar de imediato qualquer fuga existente;

Não realizar testes de estanquidade aos sistemas através de carga destes gases;

Encaminhar os gases não utilizáveis, como resíduos industriais para

destinatários autorizados;

Implementar medidas adicionais de manutenção preventiva que minimizem o

risco de fugas em serviço.

A não aplicação destas regras, para além de constituir incumprimento legal sujeito a

coima, é uma má prática ambiental, uma vez que contribui para a degradação da

qualidade do ar e para o aquecimento global.

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QUALIDADE E MUDANÇA

A cada dia, deparamo-nos com mudanças, cada vez mais rápidas, que requerem muito

mais que a mera adaptação resignada; a evolução. Charles Darwin tinha razão quando

escreveu que …não são os mais fortes que

sobrevivem, mas os que melhor se adaptam ao meio

ambiente…, evoluindo com este.

A diferença, hoje em dia enorme, é o actual ritmo da

mudança e o paradigma/cenário, tão diferente e tão

mais difícil do que ao que nos habituámos... Há cerca

de um Século, Henry Ford aplicava os princípios de controlo da qualidade e

organização do trabalho, tornando o seu Ford T o automóvel mais vendido de sempre

até aos anos 70 (“Vw carocha” superou o Ford T), do qual dizia que se podia escolher

qualquer cor, desde que fosse preto. A procura era então imensa e a oferta escassa.

Entretanto, há cerca de 30 anos Philip Crosby escrevia que a qualidade é grátis,

acrescentando - mas o que custa dinheiro, é a “não qualidade” - o que continua

actualmente válido. Hoje a sustentabilidade obriga aos 3 RR nascidos nas

preocupações ambientais, mas bem vivos na generalidade dos domínios – reduzir,

reutilizar, reciclar, a que devemos somar reinventar.

Que importância tem a Qualidade, quando a realidade, cada vez mais exigente, obriga

a constantes alterações?

A Qualidade começa nas Pessoas (saber fazer, experiência, treino, qualificação,

realização), passa pelos equipamentos e materiais disponíveis, pela adequação dos

métodos de planeamento, realização e melhoria, por monitorização e medição, pela

gestão (decisões, caminhos), e ainda pelas condições envolventes. São todos estes

factores que, de modo coerente, têm de ir evoluindo, para acompanhar a mudança, e,

ainda melhor, antecipando-a. Compreende-se que isto é muito mais que a simples

revisão de uma norma ou de um impresso, sem prejuízo de também essas, serem

peças necessárias ao puzzle.

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QUALIDADE

Paulo Rodrigues

Diretor Direcção Qualidade,

Ambiente e Segurança

Rita Ribeiro

Direcção Qualidade, Ambiente e

Segurança

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A ”equação” é pois hoje em dia mais complexa, e o resultado necessário, é fazer mais

com menos, simplificando, sem nunca esquecer os factores acima indicados. Na EMEF,

sem nunca, em caso algum, se perder de vista a Missão e o serviço público prestado

por tantos, há tantos anos. A contenção de custos, a mudança, não pode nunca

comprometer os valores da Política da Qualidade, Ambiente e Segurança: Segurança

do Material Circulante, cumprimento de prazos e disponibilidade, fiabilidade,

Segurança Ocupacional, respeito pelo Ambiente e pelo Cliente e Meio envolvente. São

estes factores, presentes no sistema de gestão da qualidade, que permitem

demonstrar a qualquer momento a capacidade existente, garantindo a robustez,

perenidade e desenvolvimento dessa capacidade.

Mesmo em tempos difíceis, continuemos a atrever-nos a fazer melhor - e disso

existem muitos exemplos na nossa Empresa. “Não é que não nos atrevemos porque as

coisas são difíceis. Simplesmente as tornamos difíceis quando não nos atrevemos”

(Séneca- ano 4AC).

BREVES: CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE

A EMEF, certificada conforme normas internacionais NP EN ISO 9001 no seu

sistema de gestão da qualidade em todos os Órgãos desde o ano 2000, irá

ser sujeita a auditoria de renovação, pela Associação Portugu esa para a

Certificação- APCER. A auditoria terá lugar dias 12, 13, 14, 15 de Dezembro,

abrangendo por amostra os Serviços Centrais e Órgãos Oficinais.

Em 2010 a EMEF solicitou à APCER, uma auditoria de extensão ao seu sistema

de gestão da qualidade para certificação da EMEF Internacional conforme

norma NP EN ISO 9001. Na sequência desse trabalho a EMEF Internacional, SA

foi certificada, estando o seu sistema de gestão da qualidade integrado e

articulado com o SGQ da EMEF, SA.

Prossegue o trabalho iniciado em 2010, para a articulação e integração do

Sistema de Gestão da qualidade, com o Sistema de gestão de RH conforme

norma NP 4427.

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CERTIFICAÇÃO FERROVIÁRIA – EMEF ATENTA A DIRECTIVAS EUROPEIAS

ESPECÍFICAS

No âmbito do Regulamento 445/2011 de Maio de 2011, emitido pelo União Europeia,

relativo ao sistema de certificação de Entidades Responsáveis pela Manutenção (ECM)

de vagões, a certificação de ECM surge como certificação obrigatória, num prazo de 2

anos. O sistema de manutenção integra 4 funções, de acordo com a figura seguinte.

A EMEF já começou a realizar alterações no seu

sistema da qualidade, para se preparar para estas

exigências.

Pensando no Cliente CP (como ECM) que

representa actualmente a maioria do nosso volume

de negócio, a EMEF desempenha desde logo, a

Função de Execução de Manutenção, pelo que será

expectável que nos seja solicitado pelo menos a

certificação desta função (no entanto salienta-se

que esta certificação é de cariz obrigatório apenas

para os ECM, ficando os subcontratados como a

EMEF sujeitos a certificação voluntária).

Seremos sempre, de uma forma ou outra obrigados a demonstrar o cumprimento

destes requisitos de certificação; se não o viermos a fazer por via de certificação

perante uma entidade auditora oficial reconhecida pelo IMTT/Directivas Europeias,

teremos de o demonstrar repetidamente perante cada Cliente que tivermos. Assim, a

solução de certificação conforme Regulamento 445/2011 reveste-se de extrema

importância, pela confiança que proporciona e a aceitação em toda a UE

(interoperabilidade) da manutenção realizada por um Prestador Certificado e pelas

novas perspectivas de negócio que podem surgir.

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Função de Gestão/

Management Function

Função de Gestão da

Manutenção/ Maintenance Development

Function

Função de Gestão de

Manutenção de Frota/ Fleet

Maintenance Management

Function

Função da Execução da

Manutenção/ Maintenance

Delivery Function

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Riscos Ergonómicos nas actividades administrativas

A adaptação do Trabalho ao Homem

Também nas actividades administrativas há riscos para a saúde das pessoas. Actualmente, a Ergonomia - o conceito é composto por duas partes que provêm do grego, Ergon (Trabalho) e Nomos (Estudo das regras e normas) – enquanto disciplina de estudo, aborda globalmente a interacção das pessoas com os equipamentos e com o meio envolvente. A Ergonomia assume, por isso, grande importância no desenho e organização dos postos de trabalho, onde deverão ser consideradas medidas preventivas que minimizem os riscos para a Saúde das Pessoas. A adaptação do trabalho ao Homem é um dos princípios gerais de prevenção de riscos profissionais previstos na legislação portuguesa e europeia.

Medidas preventivas para algumas tarefas

Ler no monitor: Colocar o monitor a uma distância dos olhos entre 45 e 70_cm e de

forma a que o topo do ecrã coincida com a linha de visão horizontal (fig.1). Isto pode

ser feito através de um suporte de monitor. Sempre que possível, descanse os olhos,

olhando para locais a mais de 6 metros (por exemplo através da janela). Objectivo:

Minimizar contribuição para a perda gradual de visão.

Utilizar o teclado: A altura do teclado deve ficar ao nível dos cotovelos (fig.1). Na sua

utilização é importante que o pulso fique em linha recta com o braço e com o cotovelo.

Utilizar um apoio do pulso se necessário. Objectivo: Minimizar os problemas das

articulações.

Utilizar o rato: A posição do rato do computador deve estar no prolongamento do

braço, pulso e mão do utilizador, formando uma linha recta. Objectivo: Minimizar os

problemas das articulações.

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HIGIENE E

SEGURANÇA NO

TRABALHO

Carlos Medrano Victor

Coordenador Geral de Segurança e

Higiene no Trabalho

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Posição dos membros inferiores: As cadeiras devem permitir o apoio total dos pés do

utilizador no chão (fig.1) ou, se tal não for possível, deverá ser utilizado um apoio extra

para os pés. Objectivo: Minimizar a má circulação nos membros inferiores.

Posição das costas: As cadeiras devem possuir um encosto de tamanho médio. Uma

maior superfície de apoio garante uma melhor distribuição do peso do corpo. É

recomendável que as cadeiras não tenham apoios para os braços, já que os braços

deverão ser apoiados em cima da mesa. Sente-se direito e com as costas apoiadas

(fig.1). Objectivo: Minimizar as dores no tronco.

Iluminação: Na organização do espaço de trabalho deverá considerar-se a iluminação

numa direcção lateral ao monitor e não à frente ou atrás do utilizador (fig.2). A

iluminação natural deve poder ser regulada, por exemplo através de estores.

Objectivo: Minimizar os reflexos e encadeamentos que prejudicam a visão.

Organização do trabalho: Após longos períodos de trabalho, faça uma pequena pausa

quando se sentir cansado. Levante-se, exercite as mãos e os pulsos, ande um pouco,

olhe para os objectos ao longe e ao perto alternadamente.

Pense na sua Saúde.

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fig. 2 – Iluminação natural e artificial fig. 1 – Postura de trabalho e organização

do espaço

45 a 70 cm

60O

90

90

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A NOVA POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS

Depois de ter sido dado um primeiro passo com a centralização das várias estruturas

da direcção de recursos humanos da EMEF, através da criação das áreas de recursos

humanos da zona norte, da zona centro e da zona sul, encontramo-nos agora em pleno

processo de reajustamento organizativo com o objectivo de prestar um melhor serviço

para os nossos interlocutores internos e externos.

Para que este processo de reajustamento organizativo tenha sucesso é crítica a

existência de uma referência que funcione como orientação e estímulo para todas as

actividades que se desenvolvem no âmbito da gestão de recursos humanos.

Com este propósito, o Conselho de Administração da EMEF aprovou uma nova política

de recursos humanos que aqui se divulga.

Trata-se de um compromisso assumido pela Administração da EMEF que será seguido

com o rigor e disponibilidade por todos os que trabalham nas várias áreas de

actividade da empresa.

Este compromisso implica que se faça uma estruturação adequada de todas

actividades que são levadas a cabo pela direcção de recursos humanos, elaborando

procedimentos, definindo metodologias, harmonizando tarefas e agilizando

comportamentos, de forma a responder com eficiência às solicitações que lhe são

feitas diariamente.

Estamos, agora, numa fase final de mudança, onde já construímos o edifício

documental, traduzindo para escrito as responsabilidades dos vários intervenientes, as

formas de execução do trabalho e os impressos de suporte.

Chegámos à ponta final da estabilização da estrutura organizativa, normalizando procedimentos e procurando introduzir as melhores práticas, de modo a garantir uma prestação de serviços homogénea. Terminado este processo, pretendemos dar um segundo passo direccionado para a certificação do sistema de gestão de recursos humanos, em conformidade com a norma portuguesa 4427.

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RECURSOS HUMANOS

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POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS

A EMEF considera que os seus colaboradores são uma força vital para o

desenvolvimento da empresa e assume a responsabilidade social como referencial

para a gestão de recursos humanos, visando cumprir os seguintes objectivos:

Promover o bem estar profissional e pessoal dos seus colaboradores;

Promover a actualização permanente das competências escolares, técnicas e

profissionais dos colaboradores, de forma a dar resposta adequada às necessidades

presentes e futuras da actividade da empresa;

Promover a eficácia do seu sistemas de gestão de recursos humanos através da

procura da melgoria contínua dos métodos e das técnicas adotadas, no respeito pelos

Acordos de empresa e da Legislação em vigor;

Promover a consiencialização de todos em relação à segurança no trabalho e à

compatibilização da sua actividade com a proteção da natureza.

Com base nesta política, a EMEF compromete-se a cumprir os requisitos da Norma

Portuguesa 4427 e a definir objectivos suportados por planos de actividade específicos

que permitam avaliar a sua aplicação e desenvolvimento.

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HISTÓRICO

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EMEF, SA Rua das Indústrias, 21 – Reboleira 2700-460 Amadora Tel: +351 211 027 700 * Fax: +351 213 578 721