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ESTAMPAGEM DE CORANTES REATIVOS NO PROCESSO DUAS , FASES - CONTINUO E , DESCONTINUO A EVOLUÇÃO DA QUALIDADE TINGIMENTO E BENEFICIAMENTO DAS MALHAS CIRCULARES POLIÉSTER/FIBRAS CELULÓSICAS ACABAMENTOS TÊXTEIS COM BAIXO TEOR OU ISENTOS DE FORMOL-LIVRE NORMAS DE TESTES PARA LABORATÓRIOS QUíMICOS TÊXTEIS "APLICAÇÃO DE NAPHTOL AS E BASES LíQUIDAS NA INDÚSTRIA TÊXTIL"

INDÚSTRIA TÊXTIL · 2020. 10. 25. · em Relação ao Teste de Pilling • Definição de Defeitos em Tecidos Convencionais • Definição de Defeitos em Tecidos de Malha • Avaliação

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ESTAMPAGEM DE CORANTES REATIVOS NO

PROCESSO DUAS ,

FASES - CONTINUO E ,

DESCONTINUO

A EVOLUÇÃO DA

QUALIDADE

TINGIMENTO E BENEFICIAMENTO DAS MALHAS CIRCULARES

POLIÉSTER/FIBRAS CELULÓSICAS

ACABAMENTOS TÊXTEIS COM BAIXO TEOR OU ISENTOS DE FORMOL-LIVRE

NORMAS DE TESTES PARA LABORATÓRIOS QUíMICOS TÊXTEIS

"APLICAÇÃO DE NAPHTOL AS E BASES LíQUIDAS NA INDÚSTRIA TÊXTIL"

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INPAL SEMPRE NA VANGUARDA

Acabamento com espuma (PATENTE CONCEDIDA)

• Economia de combustível

• Aumento de produção

• Não-poluente

• Versátil

INPALS.A. Especialidades guímicas para indústria textil Amaciantes Resinas melamínicas Resinas reactantes Fixadores Antiestáticos Igualizantes Antiesgarçantes Agentes de mercerização Produtos de engomagem Carriers para poliéster Retardantes para acrílicos Emulsões de silicones Encorpantes Enzimas Antiespumantes Detergentes Espessantes

Aditivos para óleo combustível Produtos para tratamento de água Pigmentos para estamparia

I ISLol INPAL S.A. INDÚSTRIAS QUíMICAS

Fábrica: Av. Brasil, 42.401 - Campo Grande Rio de Janeiro - RJ - CEP 23000 Tel.: 394-3434 Telex: 021-228081NIO BR

Filial São Paulo: Av. João Carlos da Silva Borges, 253 Sto. Amaro - São Paulo - SP - CEP 04726 Tels.: 523-4555 - 523-4744 - 523-4944 Telex: 11-24841 - INPA BR

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EDITORIAL

QUIMICA T~XTll

1984. I niciamos um ano que teve uma previsão funesta, feita por George Orwell 30 anos atrás. Esta previsão, felizmente não se realizou, e todos nós fazemos votos para que també~ não aconteça nem nos próx.imos 30 anos, nem nunca jamais.

A utopia descrita no conhecido livro do autor americano, faz escuras previsões de uma hubanidade totalmente escravizada e submissa à vontade do regime. Imaginou uma alteração total da organização e tarefas dos povos dos diferentes continentes.

Repe~imos, esta previsão felizmente não aconteceu; mas, estaremos nós realmente muito longe de todas as premissas imaginadas pelo autor?

Neste llugar não queremos entrar em maiores detalhes desta magnífica obra literária da ficção social e pol ítica, mas sim podemos e devemos tentar extrair algumas conclusões importante~ e oportunas que poderão afetar-nos diretamente.

ASsistllmos recentemente a ITMA 83 em Milão, a maior feira de máquinas têxteis de todos os tempos.

Mais wma vez queremos manifestar aqui, o que já foi exposto em reunião de mesa redonda na l Associação, no mês de dezembro p.p., que não vimos grandes novidades revolucionárias no que se refere a processos e maquinário de nosso setor da indústria têxtil. I

Notamos sim, que a automatização avança, a programação consegue cobrir cada vez maiores esp:aços, que se iniciam na criação de cores por ,computador e se realizam na leitura e interpretação de receitas por espectrofotometria cada vez mais sofisticada.

Se anlalisamos estes fatores, observamos nitidamente que este "progresso" é in­teressante, em primeiro lugar, para os países carentes de mão-de-obra ou de mão-de-obra car.a. Mas, simultaneamente assistimos a uma outra evolução, que se ocupa com o aper­feiçoamento dos processos contínuos, processos visando economizar tempo, espaço, ener­gia, produtos qu ímicos, água, poluentes, por uma parte, e racionalização cada vez mais eficiente por outra.

Este é o fator que deve interessar diretamente a nós, na situação atual da indústria têxtil brasileira. Devemos refletir seriamente sobre a nossa situação tecnológica de nosso parque industrial e fazer comparações com os outros países orientados para a exportação, talvez muito mais orientados e preparados que o nosso.

Sem pretender um otimismo exagerado, podemos afirmar, que neste ano de de 1984 as exportações têxteis brasileiras deverão ultrapassar pela primeira vez a casa de US$ 1.000.000.000. Esta cifra almejada há vários anos, este ano deverá ser finalmente atingida, se Itodas as previsões não falharem. Achamos que, apesar de ser um triunfo, atin­gido após a~os de luta nos mercados internacionais, esta situação não merece ser atenta­.mente analisada por todos os que nela estão envolvidos.

Obser~amos atentamente nossas pespectivas a curto e médio prazo. Esse qilhão de Dólares pouco significa comparado com os valores do intercâmbio

mundial; não significa nem sequer 2%! Mas, apesar disso, sentimos constantemente a pressão dos !grandes países exportadores e muito mais ainda dos grandes países importa· dores; que defendem seus interesses nacionais com regimes de preferências alfandegárias, cotas restriflvas, etc. Mas, como não está nas nossas mãos, alterar este aspecto, dedique­mo-nos a ch1amar a atenção para um assunto que sim deve merecer toda n~ossa preocupa­ção e ser ofujeto prioritário para os empresários, os fabricantes de maquinário têxtil, as autoridades I competentes de nosso sistema econômico e social, da CACEX e outros organismos: A situação da tecnologia têxtil brasileira atual, comparada com os grandes países expor~adores do setor.

Os que observaram os visitantes da ITMA 83, e isto confirmado pelos expositores, verifi~amos 8ue os principais compradores do maquinário exposto foram os países asiáti­cos: India, Paquistão, China, Formosa, Coréia, Tailândia. Estes países hoje já são os grandes foml

l ecedores dos países industrializados e de mão-de-obra escassa e de custo

elevado. Hoje, estes países dominam amplamente o mercado das exportações têxteis e ainda

"toleram" qLe o Brasil leve algumas migalhas do grande bloco. Aqui queremos alertar e chamar a atenção para que não nos enganemos no momen­

to de euforia pelo bilhão de dólares que deveremos atingir neste ano de 1984. Preparbmo-nos para o futuro, analisamos se esta situação atual não estará seria-

~~~~eo :~:ea~~na~.a se não conseguirmos manter o passo com o avanço da tecnologia do

Hoje tropeçamos contra muros levantados para proteger muitas vezes tecnologias desatualizad~s; estas tecnologias estarão cada vez mais longe de nossa real.idade, se no futuro não ~or aplicado um critério mais equilibrado e realista para tornar acessível a mais nova tecnologia industrial têxtil brasileira.

Esta c~amada à reflexão não se refere unicamente ao que diz respeito o maquinário, produtos e processos, mas também ao preparo da futura geração de técnicos têxteis brasi­leiros e seu rklacionamento com o mundo externo.

Não dévemos nos isolar, para não perdermos os contatos com a evolução da tecno­logia. Caso c6ntrário, corremos o risco, sem pretender ser chamado de "macabros", de rea· lizar uma da~ predições de George Orwell, quando fala do destino dos países equatoriais!

W.S.

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ABQCT

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OUfMICOS E COLORISTAS TEXTEIS

Cai xa Postal 21.215 - São Paulo - Capital

C.G.C. 48.769327/0001-59

Fundada em 19.09.74

DIRETORIA - 1984 PRESIDENTE:

Dr. Werner Stein

Vice-Presidente:

Emílio Lotfi

19 Secretário.

Luiz Antonio Bueno de Godoy

29 Secretário:

M. Terezinha Gobbi

19 Tesoureiro:

Giovanni Manzo

29 Tesoureiro:

Aldo Benetello

Diretor Técnico:

Giuseppe de Marchi

A Revista "QU(MICA TÊXTIL" é o órgão oficial da Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis

e é especiaizada na publicação de artigos técnicos, de interesse geral para as indústrias e para os técnicos especializados em beneficiamelltos

Químicos Têxteis É distribuída gratuitamente aos

associados da ABQCT

Distr ibuição geográfica da revista "Química Têxti l" - Estado de: São Pau lo

Santa Catarina Rio de Janeiro Minas Gerais Pern ambuco Rio Grande do Sul Ceará

Tiragem deste número = 2.000 exemplares

ÓRGÃO OFICIAL DA A.B.O.C.T.

Propriedade da: Associação Brasileira de Químicos

e Coloristas Têxteis

N9 8 - Jan./Fev./Mar. 1984

Redação e Colaboração Especial:

Antônio Ajudarte

Luiz Carlos Carvalho

Oanilo M. Júnior

Jornalista Responsável:

Kardec P. Valada

Contato : Sandra Moreira

Produção, composição, diagramação, arte-final e fotolitos:

Takano Artes Gráficas Ltda.

R. Tamandaré, 675 - 29 andar - São Paulo - SP

Fone: 270-6022

, .SUMARIO _____ _

Editorial.

Noticiário IPT - CETEX.

Noticiário do SENAI .

A evo lução da qualidade.

Estampagem de corantes reativos no processo duas' fases - con-

4

6

7

t(nuo e descontínuo 11

"Apl icação de Naphtol AS e bases I íquidas na indústria têxtil'~ . 13

Normas de testes para laboratórios qu ímicos têxteis. 25

Acabamentos têxteis com baixo teor ou isentos de formal -

li vre . 39

Tingimento e beneficiamento das malhas circulares poliéster/fi-

bras celulósicas 42

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TINGIMENTO E LAVAGEM , . EM LABORATORIO

• •

HT - Wash Tester

r-------------, Detalhe do suporte para teste de lavagem AA rGG, ISO ou DIN.

Detalhe do painel e canecas

de tingimento

MÁQUINA PARA TINGIMENTO E LAVAGEM EM LABORATÓRIO

O HT-Wash-Tester foi desenvolv ido com base em um novo sistema de aquecimento infravermelho, inédito em máquinas para Tingimento e Lavagem em Laboratórios Têxteis. O HT-Wash-Tester trabalha baseado no uso de aquecimento a seco, tendo como vantagem sobre os demais aparelhos, a possibilidade de operar sem a necessidade de utilização de um banho aquecido. (água ou glicol) A tomada de temperatu ra é feita diretamente no interior do banho. Dessa forma, o controle da temperatura é mais preciso. O HT-Wash-Tester pode realizar tanto o teste de Tingimento quanto o de Lavagem, bastando para isto t rocar os suportes de canecas.

TODAS AS FUNÇÕES SÃO PRÉ PROGRAMÁVEIS E T,DTALMENTE AUTOMÁTICAS

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CETEX CENTRO TÊXTIL DO INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A - IPT.

CURSO TÊXTIL PARA MAIO DE 1984

o Centro Têxtil do IPT (CETEX) está preparando o curso de "Controle de Qua­lidade de Têxteis", a ser ministrado de 07 a 28 de maio do corrente ano, às segundas e terças-feiras, das 9h às 17h, compreendendo aulas teóricas e práticas, num total de 42 horas.

Di rigido a: Técnicos, supervisores e gerentes das

áreas de produção e de controle de quali­dade de têxteis.

Conteúdo: O curso compreende ensaios de Fibras

(identificação e anál ise quantitativa de misturas binárias de fibras; ensaios físi ­cos; classificação do algodão); de Fios (ensaios físicos; defeitos pouco freqüen­tes; estatísticas Uster; especificações de fios); de Tecidos (ensaios físicos e de solidez da cor) .

Docentes: O curso, coordenado pela Eng~ Têxtil

Toshiko Watanabe, será ministrado pela mesma, pelo Quím. Kolbe e diferentes técnicos dos laboratórios do CETEX. Em lugar de aposti la, o CETE X está preparan­do uma publicação sobre o assunto, a ser fornecida aos alunos .

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT informa:

Comitê Brasileiro de Têxteis CB - 17

Presidente: Mario Gilberto CORTOPASSI SCB - 17 :1 - Confecções Têxteis Presidente: Mario ROMITO SCB - 17:2 - Forrações e Revestimentos

Têxteis Presidente : Werner STE I N SCB - 17:3 - Produtos Químicos Presidente: Gastão Leonidas de CA-

MARGO SCB - 17:4 - Máquinas e Acessórios Presidente: Gregorio STIERLI SCB - 17:5 - Fibras Têxteis Naturais Presidente: H. STEINKOPFF SCB - 17 :6 - Fibras Qu ímicas Presidente: Raul R. L1NBERGER DOS

ANJOS

O PLANO NACIONAL DE NORMALIZAÇÃO DE TÊXTEIS

Elaborado em consonância com as ne­cessidades detectadas junto ao Parque In­dustriai Têxtil, e aprovado no âmbito do INMETRO com -a participação da ABNT, o Plano Nacional de Normalização de Têxteis representa a linha de atuação do

4

CB-17, através de suas Comissões de Es­tudo. Entre as prioridades nele defini­das temos:

Área de Confecções T êxteis/SCB-17 : 1 • Tamanho do Vestuário • Tamanho de Confecções de Cama,

Mesa e Banho • Terminologia da Confecção Têxtil • Conservação de Confecções Têxteis • Sacarias • Ensaios Físico-Mecânicos.

Área de Forrações e Revest imentos Têxteis/SCB- 17 :2 • Determinação de Desgaste • Determinação da Resistência a Sol­

ventes • Determinação da Inflamabilidade e

Carga Eletrostática • Determinação da Gramatura • Determinação da Espessura • Determinação da Composição • Preparação de Corpos-de-Prova Têxteis.

Áreas de Insumos Têxteis /SCB(s) 17:3/ 17 :5e 17 :6 • Amostragem de Materiais Têxteis • Condicionamento de Têxteis para

Ensaios • Quantidade de Umidade em Produtos

Têxteis • Material não Fibroso em Produtos

Têxteis • Identificação de Fibras em Materia is

Têxteis • Análise Quantitativa de Materiais Têx­

teis .. Determinação da Resistência de Teci­

dos à Formação de Pelotas (Pilling) • Avaliação de Desempenho de Tecidos

em Relação ao Teste de Pilling • Definição de Defeitos em Tecidos

Convencionais • Definição de Defeitos em Tecidos

de Malha • Avaliação de Tecidos quanto aos

Defeitos • Determinação di! Resistência do Teci­

do à Tração • Determinação da Estabilidade Dimen­

sionai em Tecidos • Determinação da Gramatura de Te-

cidos • Nomenclatura de Tecidos • Solidez de Cor em Produtos Têxteis • Avaliação de Transferência e Alteração

de Cor em Produtos Têxteis • Determinação da Densidade Linear

(Título) de Materiais Têxte.is • Determinação da Tenacidade e Alongi!­

mento em Fios • Determinação da Tenacidade e Alonga­

mento em Fibras Têxteis e Filamentos Têxteis

• Determinação da Torção/Retorção de Fios

• Determinação da Regu laridade de Fios • Sistema TEX para Designação do

Título • Determinação do Comprimento de

Fibras . • Determinação da Maturidade e Finura

da Fibra de Algodão • Determinação do Conteúdo de I mpu­

rezas no Algodão • Taxa Convencional de Condicionamen-

to de Fibras Têxteis.

Área de Máquinas e Acessórios Têxteis/SCB-17:4 • Terminologia de Máqu inas e Acessó­

ri os Têxteis • Tubetes Ci l índricos • Fusos para Filatórios e Retorcedeiras

de Anéis • Guarnição de Metal para Cardas • Bobinas com Flange para Torcedeiras • Cones para Acondicionamento de Fios

com inclinação 30 30' • Liço chato de Aço • Liço a dois Arames Retorcidos • Quadro de Liços para Fila Simples e

Duplas de Liço . • Tipos Principais e Dimensões de Puas e

Correspondentes canais de cordas.

NO RMAS BRASILE IRAS COM REGISTRO NO INMETRO

Muitos textos normativos programados pela elaboração, conforme o Plano Nacio­nal de Normalização, já estão sendo estu­dados pelas Comissões de Estudo do Co­mi tê Brasileiro de Têxteis CB-17.

Atualmente 19 (dezenove) textos, que tiveram os seus estudos conclu ídos, já estão registrados como NORMAs BRA­SILEIRAS.

NBR 7031 Indicação do Sentido da Tor­ção dos Fios Têxteis e Produ­tos Similares - Procedimento.

NBR 7686 Revestimentos Têxteis de Pi­so - Terminologia .

NBR 7687 Equipamentos e Acessórios Têxteis - Classificação.

NBR 7688 Barra Porta-Liços e Olhal Ter­minai de Liços Tipo "C" -Formato e Dimensões - Pa­dronização .

NBR 8237 Símbolos para Tanques de Máquinas Têxteis - Simbo­logia.

NBR 8238 Liços de Arame Duplo com IIhós para Teares Jacquard -Dimensões - Padronização.

N B R 8239 Pente Amarrado para a I ndús­tria Têxtil - Dimensões - Pa­dronização.

QUfMICA TÊXTIL

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CETEX CENTRO TÊXTIL DO INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A - IPT.

N B R 8240 Pentes de [VIetal com Perfi I de Plástico para a Indústria Têx­til - Dimensões - Padroni­zação.

NBR 8241 Barra Porta-Liços e Olhal Ter­minai de Liços Tipo " O" para Indústria Têxtil - Dimen­sões - Padronização.

NBR 8242 Dimensões Coordenadas entre Quadro de Liços para a Indús­tria Têxtil - Dimensões - Pa­dronização.

NBR 8243 Liços de Arame Duplo para Quadros de Teares - Dimen­sões - Padronização.

NBR 8244 Rosca para Carretéis de Urdu­me - Padronização.

NBR 824.5 Medição de Carretéis de Ur­dume - Procedimento.

NBR 8246 Roletes de Tecidos - Dimen­sões - Padronização.

NBR 8247 Tubetes Cônicos para Fusos de Filatório e Retorcedeiras de Anéis - Dimensões - Pa­dronização.

NBR 8248 Vasos Cilíndricos - Dimen­sões - Padronização.

NBR 8249 Correia Condensadora para Cardas - Dimensões - Padro­nização.

NBR8250 Larguras de Trabalho de Tea­res - Dimensões - Padroni­zação.

NBR 8251 Calibradores para Cardas - Di ­mensões - Padronização.

É importante que as indústrias têxteis e de confecções brasileiras estejam pre-

QUfMICA TIOXTIL

sentes no CB-17. É i mportante que você defenda seus direitos ao desenvolvimen­to, participando do esforço nacional de normalização, associando-se à ABNT e inscrevendo-se no CB-17. Conscientize-se da necessidade da NORMA TÉCNICA BRASI LEI RA, atuando para sua concre­tização, é somar sign ificativos benefícios em favor do fortalecimento de sua empresa. Participe.

CENT RO T~XT I L EM AMER ICANA - SP

A Secretaria de I ndústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, através do Depar­tamento de Ciência e Tecnologia, e o IPT . - Instituto de Pesquisas Tecnológi­cas do Estado de São Paulo S.A., f irma­ram em 01 de dezembro de 1983 convê­nio no valor de Cr$ 70 milhões, com vistas a criação, instalação e montagem de um Centro Têxtil no Município de Americana, para atender à demanda de tecnologia das empresas do setor, loca­lizadas naquela região.

O projeto deverá ser executado em sete meses, com o apoio do Centro Es­tadual de Educação Tecnológica Paula Souza, da UNESP - Universidade Es­tadual Paulista Julio de Mesquita Filho.

A unidade ocupará uma área de apro­ximadamente 500 metros quadrados e será dotada da infra-estrutura necessária às suas ativ idades técnicas e administra­tivas, t ais como laboratório físico clima-

tizado, laboratório químico, sala de má­quinas, sala de inspeção de tecidos, bi­blioteca e salas para engenheiros e su­porte administrativo.

Para o secretário Einar Kok, o Centro trará mudanças importantes para as pe­quenas e médias empresas da região, "que não têm hoje espaço tecnológico. Através dele, será possível patrocinar o desenvol­vimento industrial de Americana, cujas autoridades estão perfeitamente sincro­nizadas com as prioridades de nosso pro­grama de governo".

O deputado estadual Wanderley Ma­cris e o diretor-superintendente do Cen­tro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, José Ruy Ribeiro, solicita­ram, na oportunidade, o empenho da Se­cretaria, do DCET e do IPT, no sentido de que a criação do Centro Têxtil seja o primeiro passo para a instalação de uma Faculdade de Tecnologia Têxtil na região.

Estiveram presentes à solenidade o diretor interino do Cetex/I PT Massakazu

. Outa, José Machado de Campos Filho, chefe de gabinete do vice-governador Orestes Quércia, o Presidente da Promo­cet, Saul d'Avila, o diretor do DCET, Reynaldo de Barros Jr., as professoras Ruth de Carvalho Ceneviva e Mara Apare­cida Carosso, da Escola Técnica Estadual de Americana, Caroll Meneghel, o presi­dente da Câmara Municipal de America­na, Abelardo Fonseca Netto, o diretor-su­perintendente do I PT, Alberto Pereira de Castro, vereadores da região de America­na e outros ilustres convidados.

5

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NOTICIÃRIO DA • ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - ACS senal

SENAllança programas de microestágio em Indústrias Têxteis

A Escola SENAI "Francisco Mataraz­lO", que mantém o curso técnico têxtil, está iniciando contatos com indústrias têxteis de diversos setores, para com elas estabelecer programas de microestágio não remunerado, com a participação de alunos dos 59 e 69 semestres (fase inter­mediária do curso técnico). Os programas de microestágio serão desenvolvidos em quatro semanas (quatro fases de uma se­mana), entre os meses de junho e julho, junto a empresas dos setores de fiação, te­celagem, beneficiamentos têxteis e ma­lharia/confeccionados.

"Ao estagiar em empresas que atuam em cada um desses setores, os alunos da fase intermediária do curso técnico terão melhores condições para fazer sua escolha quando, no último ano, tiverem de con­centrar os seus estudos em uma dessas áreas" - disse Adhemar Baptista Hemé­ritas coordenador de estágios da Escola.

Segundo Heméritas, os microestágios perm iti rão aos alu nos observação orien­tada dos processos industriais adotados pelas indústrias do setor têxtil: "É uma oportunidade de vivenciar o ambiente real de trabalho, o que enriquece os conheci­mentos proporcionados pela Escola, ba­seados, tanto quanto possível, em condi­ções concretas e atuais da realidade in­dustriai têxtil".

Segundo Heméritas, as empresas terão oportunidade de observar de perto o tra­balho de alunos que, um ano depois, es-

tarão concluindo o curso técnico ereivin­dicando o estágio definitivo: "As empre­sas que tencionam recrutar estagiários de­finitivos terão maiores subsídios para es­colher os alunos que melhor se adaptarão ao seu processo de trabalho. I sso é impor­tante, na medida em que introduz um

fator mais preciso de anál ise do estagiário, atualmente feita através de entrevistas".

Os empresários interessados no engaja­mento de . sua indústria no programa de microestágios poderão entrar em contato com a Escola até o mês de maio, pelo te­lefone 279-2942.

Inscrição para o Curso de Técnico Têxtil do SENAI I. o Grau

Estarão abertas, durante o mês de maio, as inscrições para o exame de sele­ção de candidatos ao Curso Técnico Têx­til (nível 29 Grau), oferecido pela Escola SENAI. "Francisco Matarazzo" - Rua Muniz de Souza, 3, Cambuci - São Paulo.

Poderão se inscrever estudantes que já tenham concluído o 19 Grau. Os interes­sados deverão apresentar, no ato de ins­crição, certificado de conclusão do 19 Grau ou declaração atestando matrícula na 8i:! série e um documento de indentida­de. O exame incluirá provas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Físicas e Biológicas.

Com aulas em período integral, o Cur­so Técnico Têxtil do SENAI tem duração de 3 anos, quando o aluno recebe o Certi­ficado de Conclusão do 29 Grau. O diplo­ma de Técnico é expedido ao concluinte da fase escolar que cumprir estágio super-

visionado em empresa industrial. O Téc­nico Têxtil formado pelo SENAI desen­volve atividades nos setores de malharia e confeccionados; beneficiamento e fibras têxteis e fiação e tecelagem ........ .

Aplicando conhecimentos técnicos e tecnológicos, esse profissional é indis­pensável a indústrias de diversos ramos, especialmente têxteis, químicas e de con­fecções. Atua em órgãos governamenais, nos campos da pesquisa e normalização, e vem sendo procurado por grandes ma­gazines para um eficaz controle das rou­pas e tecidos que comercializam.

I nformações mais detalhadas podem er obtidas na Av. Paulista, 750, térreo, ou pelo telefone (011) 289-8022, ramal 478. No interior, os interessados poderão procurar a Escola SENAI do seu muni­c(pio.

Faça uma Promoção Direta e Objetiva dos seus Produtos.

Anuncie na Revista Química Têxtil, órgão especializado na comunicação de temas de interesse

para indústrias e técnicos em beneficiamentos químicos têxteis.

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-A EVOLUÇAO DA QUALIDADE

INTRODUÇÃO

MAURICY TERRA

Nos dias de hoje, QUALIDADE, é o fator básico na decisão de compra, tanto de produtos como de serviços, seja o comprador uma dona de casa, uma in­dústria, uma loja de departamentos ou um órgão governamental.

A QUALI DADE se tornou, a mais importante força para o sucesso de uma organização, tanto nos mercados nacio­nais como internacionais.

Apesar dos consumidores continuarem a dedicar muita atenção ao preço, como os consumidores de alguns anos atrás, eles dão crescente e grande ênfase à QUALIDADE. E é a QUALIDADE, que traz os consumidores de volta para uma segunda, uma terceira e uma décima vez.

O QUE É QUALIDADE?

QUALIDADE é uma determinação do consum idor, não uma determinação do Marketing, ou uma determinação das Vendas ou uma determinação da Enge­nharia.

Se um produto ou serviço satisfaz os "objetivos" do usuário durante a uti­lização, sejam esses requisitos expressos ou não,' conscientes ou inconscientes, nós dizemos que ele é "ADEQUADO AO USO" ou que ele tem "QUALIDADE".

Um outro aspecto importante a con­siderar, é que a exigência dos consu­midores por uma ou outra característi­ca do produto ou serviço pode mudar, as­sim, como, o produto ou serviço, também muda.

Assim, um produto que há alguns anos atrás era considerado "ADEQUADO AO USO" hoje pode não ser mais.

Os exemplos dessa evolução, nos produtos do nosso dia a dia são inú­meros. Entre eles podemos citar os auto­móveis; televisores etc.

No caso dos automóveis, várioS deles deixaram de ser "ADEQUADOS AO USO", para a maioria dos consumido­res, após a crise do petróleo.

De um maneira geral, ouvimos muitas pessoas saudosistas, dizerem que os pro­dutos d.e hoje em dia são de pior qualida­de que os de outrora.

Na realidade, supor que esteja haven­do uma queda da qualidade dos produtos e serviços produzidos, é uma idéia total-

QUíMICA TÊXTIL

mente errada. Em escala absoluta, a QUA­LIDADE nunca foi tão elevada como hoje.

Podem demonstrar isso, os aparelhos de televisão fabricados pela Philips e National, os fogões fabricados pela Brastemp, e o acrílico fabricado pela Rhodia.

Por que vemos hoje uma crescente de­manda por produtos de qualidade? Por que os consumidores estão mais exigentes quanto à QUALIDADE dos produtos?

Entre outros, podemos dizer que os seguintes fatores influenciam essa mudan­ça de atitude na demanda:

1. As taxas de inflação em nosso país aumentaram drasticamenté. Assim, os consumidores são muito mais atraí­dos por produtos duráveis do que por produtos descartáveis ou de vida curta.

2. Os custos energéticos cresceram, tam­bém, assustadoramente. Em conseqüência, os consumidores estão preferindo produtos econômicos do ponto de vista da energia, haja visto o crescimento do mercado de motoci­cletas como veículo de transporte .

3. Como os custos de manutenção se elevaram, os consumidores estão mais preocupados com a garantia oferecida pelos produtores . Essa garantia, entretanto, exige atrás de si, por parte das empresas, uma eficiente estrutura de Qualidade.

O CONHECIMENTO DA ADEQUAÇÃO AO "USO"

Nas sociedades primitivas, o produtor tinha contato direto com seus clientes. Como via de regra, produtor e consumi­dor viviam na mesma vila, o primeiro ti­nha um "feed-back" direto da QUALI­DADE de seu trabalho. Quando o pro­duto não apresentava adequação ao uso, ess,e conhecimento podia ser transmitido diretamente pelo consumidor ao produ­tor.

Assim, esses primeiros produtores, eram bastante conscientizados sobre a Qualidade de seus produtos.

Existiam pessoas ou regiões cujos no­mes se associaram a verdadeiros marcos de qualidade, como por exemplo, o vio­lino Stradivarius, o aço de Toledo, etc.

Além disso, o produtor executava to­das as fases de seu trabalho: compra de matéria prima, a transformação da mesma e a venda do produto acabado. Isso lhe

permitia conhecer extamente a influên­cia de cada fase na Qualidade do produto final.

Com a revolução industrial, as técni­cas de produção foram sensivelmente al­teradas, dividindo-se o trabalho em pe­quenas tarefas para cada operador. Até se obter um produto de consumo, o mesmo chega a ser elaborado por diversas compa­nhias, que podem estar situadas em loca­lidades geograficamente muito distantes umas das outras.

Desses numerosos indivíduos que elaboram uma pequena parcela do pro­duto, poucos deles conhecem, na reali­dade, quanto a sua contribuição afeta a ADEQUAÇÃO AO USO.

Na falta de um "feed-back" direto dos usuários, as companhias de transforma­ção, foram obrigadas, então, a enfatizar , mais a conformidade às especificações do produto, do que a adequação ao uso.

E esse fato, leva muitas vezes os fabri­cantes a um procedimento errôneo; o de não aceitar reclamações de seus clien­tes quando o produto está dentrode suas normas, esquecendo portanto, a ADE­QUAÇÃO AO USO.

Em um regime de mercado em que a procura supera a oferta, isto é, num mer­cado vendedor, é possível a empresa con­tinuar vendendo seus produtos de baixa qualidade, isto é, não adequados ao uso, e até mesmo não aceitar reclamações.

Essa fase de mercado vendedor, pode levar muitos empresários a uma falsa no­ção da qualidade aceitável pelo mercado, principalmente, àqueles que querem enga­na r-se , a si próprios. Entretanto, eles es­quecem-se que trata-se de uma situação anormal de mercado e uma vez restabele­cido o equil íbrio, nem o fabricante, nem oseu produto, conseguirão mais se impor.

EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA QUALIDADE

O desenvolvimento do Controle da Qualidade levou este século inteiro, ocor­rendo mudanças significativas na sua fi­losofia, a aproximadamente cada 20 anos.

1. Em fins do século 19, o controle da qualidade era feito pelo próprio ope­rador. Nesse período, um operador, ou um pequeno grupo de operadores, era responsável pela manufatura total do produi:o, e cada um, podia controlar a qualidade de seu próprio trabalho.

2. No início do século 20, o controle da qualidade passou à ser feito pelo super­visor. Esse período viu o advento do moder­no conceito da fabricação, no qual vá­rios indivíduos que fazem tarefas se­melhantes são agrupados, de tal for­ma, que podem ser dirigidos por um

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supervisor, o qual assume a responsa­bilidade pelo trabalho do grupo.

3. Durante a 1~ Guerra Mundial (anos 20 e 30), os sistemas de manufatura tornaram-se mais complexos e apare­ceram, então, os primeiros inspetores, independentes da fabricação, que de­ram início ao 3<? estágio da evolução: "0 Controle da Qualidade pela Inspe­ção".

4. Com a massificação da produção, de­vido à 2~ Guerra Mundial (anos 40 e 50), surgiu o 4<? estágio da evolução: "0 Controle da Qualidade Estatístico". A grande contribuição desse estágio foi a inspeção por amostragem, no lu­gar da inspeção 100%. Entretanto, nesse período, o controle ainda era restrito apenas às áreas de fabricação.

5. Nos anos 60 chegamos ao 5<? estágio da evolução, "0 Controle da Qualida­de Total". No Controle da Qualidade Total, as empresas começaram, pela. primeira vez, a preocupar-se com a qualidade de uma maneira mais ampla, não só na fabricação. I niciou-se, também, a preocupação com a Qualidade do Marketing, a Qualidade da Engenharia, a qualidade da assistência técnica e com o custo mais econômico, que des­se total satisfação ao cliente.

6. Nos anos 80 e~tamos entrando no 6<? estágio da evolução, "o Controle da Qualidade Total na Empresa". As empresas que já atingiram esse estágio, adotaram a filosofia de que to­dos na empresa são responsável pela qualidade. Então, todos devem se preocupar com a qualidade dos pro­dutos ou serviços da empresa, desde o presidente até o operário mais simples. Dentro desse conceito. o alcance da qualidade se faz através de todo o ci­cio industrial, iniciando-se com a pes­quisa do produto e terminando-se com ' a assistência técnica após venda. É por isso que o verdadeiro controle da qua­lidade não pode ser executado somen­te através da inspeção, ou do bom pro­jeto, ou da eliminação da 2~ escolha, ou do treinamento do operador. Faz­se necessário o controle da qualidade total.

GARANTIA DA QUALIDADE

Com o desenvolvimento da indústria aeroespacial o nuclear, o Controle da Qualidade tornou-se insuficiente, princi­palmente devido aos riscos envolvidos nesse tipo de indústria, e a necessidade de maior segurança.

Havia necessidade de criar um sistema que permitisse obter níveis de Qualidade elevad íssimos.

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ADMINISTRAÇÃO CIENTfFICA AMERICANA

o I­CIl ::J U

ALTO

CUSTO TOTA L DA QUALIDADE

CUSTO DE AVA LI AÇÃO E DE PREVENÇÃO DE DEFEITOS

BAIXO ~--------------~--------------------------ê BAIXO A LTO

-------.~ QUALIDADE DE CONFORMIDADE

Fig. 1

Surgiu então, a "Garantia da Qualida­de".

De acordo com a NASA, Garantia de Qualidade é o conjunto de ações plane­jadas e sistemáticas necessárias para pro­ver a confiança de que uma estrutura, um sis.tema, ou um componente, cumprirão satisfatoriamente suas funções quando em operação.

A Garantia da Qualidade dedica grande atenção a prevenção das falhas (defeitos).

Se a primeira vista, esse sistema pode parece~ mais oneroso, na realidade, pelo

. contrário, é mais econômico.

Isso porque prevenir é muito mais ba­rato do que corrigir a posteriori perdas de materiais, mão de obra etc. E isso é válido

. para qualquer tipo de indústria.

Se um fabricante de fibra sintética en­contra um defeito em sua usina, o custo desse defeito é "X". Se o defeito for en­cOntrado no início do processamento de seu cliente (Fiação), o custo já pode ser igual a "3 a 4 X". Se, entretanto, o defei­to só for encontrado no final do proces­samento do cliente, após o fio pronto, o custo pode chegar a "20 X" ou mais.

Assim, estima-se que para cada cruzei­ro aplicado n~ prevenção, economiza-se 10 cruzeiros nas falhas (internas e exter­nas).

CUSTO DA QUALIDADE

O conceito de custo da Qualidade, surgiu com Joseph M. Juran em 1951, quando ele apresentou a sua famosa analogia da "Mina de ouro".

Essa analogia, ' consistia em mostrar que os custos resultantes dos defeitos eram uma mina de ouro, na qual uma escavação lucrativa poderia ser feita.

Esse conceito passou a ser largamente usado para demonstrar que programas de melhoria da Qualidade, e co.nseqüente redução de defeitos, poderiam trazer um excelente retorno.

Os custos da Qualidade, consistem na soma dos custos de 4 categorias:

1 . . Custo da Prevenção: Comoo nome diz é o custo para preve­nir defeitos: Consiste em: .a) Custo do Plà~ejame~to da Qualidade

É o custo do tempo gasto na elabo­ração de planos de controle; proce­dimentos, standard.s etc.

b) Custo do Treinamento em Qualidade c) Custo dos estudos sobre o processo

de, fabricação d) Custo do Controle do Processo

2. Custo da Avaliação: Compreende os seguintes custos: a) I nspeções e testes de matérias primas

QUIMICA T~XTI L

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b) I nspeções nas fases intermediárias do processo e sobre o produtó acabado

c) Auditorias de Qualidade d) Manutenção e calibração' de instru­

mentos de teste e i nspeção

3. Custo das falhas internas Compreende os seguintes custos: a) Perdas e refugo b) Re-trabalho c) Repetição de testes e inspeções d) 2~ escolha (diferença entre o preço

de venda da 1 ~ e 2~ escolha)

4. Custo das falhas externas Compreende os seguintes custos: a) Reclamações (devoluções, indeniza-

ções) b) Garantia c) Assistência Técnica

A figuré! 1, mostra o enfoque da Admi­nistração Científica Americana. Segundo essa escola, existe um custo ótimo além do qual não é econômico investir na Qua­lidade.

A figura 2, mostra o enfoque Japonês. Segundo essa escola, a medida que se me­'Ihora a Qualidade o custo diminui, isto é, sempre compensa melhora a Qualidade.

Acreditamos que o enfoque america­no é válido apenas para uma situação es­tática. Ao longo do tempo, devido a aprendizagem do processo, nos parece que o japonês se aproxima mais da reali­dade.

Na indústria têxtil, os custos da Quali­dade representa m == 10 a 20% do fatura­mento das empresas. É uma soma de di­nheiro enorme e representa muito para ser desperdiçada.

Assim, se nos concentrarmos em fazer as coisas certas, melhorandQ a qualidade e eliminando as falhas, o lucro do produ­to pode ser significativamente aumenta­do .

Quando uma empresa está acostumada a uma certa taxa de resíduo e de produ­ção de 2~ escolha, normalmente, ela só é alertada quando esses números são ultra­passados.

Por exemplo, se por tradição, a taxa aceita normalmente por todos para a 2~ escolha, for de 10%, somente serão toma-

I II ~ III I I I

I ill nl I

ADMINISTRAÇÃO JAPONESA

ALTO

BAIXO L... ________________________ _

BAIXO ALTO

ZERO DEFEITOS

--------i.~ QUALlDAQE DE CONFORMIDADE

Fig. 2

QUfMICA TI:XTlL

das algumas providências para cOrrigir o desvio, quando esse número ultrapassar 12 a 15%.

Uma analogia que podemos usar para a produção de produtos não conformes, é a fábrica oculta -(analogia essa usada tan­to por Juran como por Feigenbaum).

Toda fábrica possui uma "fábrica ocul­ta" que produz e conserta defeitos.

A grosso modo, para uma fábrica que tem 10% de seu produto retrabalhado, significa que 10% de seu efeito está pro­duzindo e consertando defeitos.

Vale a pena parar e pensar: Por que gastamos tempo e dinheiro procurando defeitos e reparando produtos, quando podemos prevenir que a falha ocorra?

A má qualidade pode ser evitada!

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ORIGEM DOS PROBLEMAS DA QUALIDADE

Muita gente pensa que todos os pro­blemas de qualidade são originados pelos operadores. Entretanto, o pessoa de ope­ração pode contribuir muito pouco para prevenir problemas, quando o desenvol­vimento do produto e o planejamento de sua produção não .. foram bem feitos.

O operador, pode afetar apenas a Qua­lidade de conformidade. E mesmo assim, nós podemos atribuir a ele a responsabi­lidade por algum problema de qualidade, somente quando ele se encontra num es­tado que chamamos de auto-controle, is­to é, quando ele possui: a) meios para saber o que deve fazer b) meios para saber o que está fazendo c) meios para regularizar suas ações, ou

seja, mudar seu procedimento, quando o que ele Elstá fazendo não estiver de acordo com o que deve fazer. Quando ele está no estado de auto-con­

trole, nós dizemos que os erros são con~ troláveis pelo operador. Caso contrário, os erros que ocorrem são controláveis pe­la gerência.

Na prática, segundo levantamento esta­tístico realizado, mais de 80% dos erros ocorridos normalmente, são controláveis

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pela gerência, isto é, o operador não tem culpa.

Não houve engano não, o índice é esse mesmo, mais de 80%. Se você fizer uma análise criter.iosa de todos os erros come­tidos em sua empresa, você se convencerá disso.

Outro erro comum, que muita gente comete, é pensar, ainda hoje, que a Quali­dade é responsabilidade do Controle da Qualidade.

O Controle da Qualidade, deve medir a conformidade do produto, deve comu­nicar os resulados, clara e objetivamente; . ele deve desenvolver atitudes para a me­lhoria da Qualidade; ele deve usar progra­mas educacionais, tais como CC;, Zero Defeito etç, mas ele não deve fazer o ser­viço dos outros, ele não pode ser respon­sável pela Qualidade.

CONCLUSÃO

Tentar descrever um pouco da função QUALI DADE num artigo é uma tarefa difícil, pois a QUALIDADE é um tema

muito amplo, dentro do conceito que aqui foi expo$to. QUALIDADE é uma filosofia de trabalho .

Produzir QUALIDADE é produzir pro­dutos adequados ao uso a que se desti­nam, nem mais nem menos . .

Não adiantam, também, fazer produtos com performances supérfluas, isto é, com uma qualidade inútil. lembrar que não existe lugar no mundo para mais do que um fabricante de Rolls-Royce.

Encerrando, deixamos algumas reco-mendações:

Siga as normasde qualidade da sua em­presa, até quando os sintomas do mer­cado indicarem que elas representam bem a adequação ao uso do seu produ­to. No caso de reclamações, obtenha o máximo possível de informações do cliente e se necessário, altere as normas. Substitua as ações corretivas por ações

- preventivas. Faça uma análise de cada "acidente" de Qualidade e tome medi­das para evité}r a sua repetição. O bom trabalho do Controle da Qualidade, consiste em aprender do passado para ter um futuro tranqüilo.

Faça auditoria para ter certeza de que todas as normas, procedimentos, stan­dards estão sendo seguidos. lembre-se que intenções não garantem resultados. Antes de culpar um operador por um problema de Qualidade, verifique se a culpa não é sua. O espírito de melhoria da Qualidade deve fazer parte do seu dia a dia, do seu estilo de vida, e exige uma dedica­ção contínua. Qualidade é feita por todos na empresa. Envolva todos os funcionários com a qualidade.

BIBLIOGRAFIA

JU RAN, Joseph M - "Quality Control Hand­book" -- Third Edition - Me Graw-Hill Book Coo 1974

FEIGENBAUM , Armand V. - "Total Quality Control" - Third Edition - Me Graw-Hill Book Coo 1983

CROSBY, Philip B. - "Quality is Free" - First Edition - Me Graw-Hill Book Coo 1979

Ju RAN, Joseph M. - "Managerial Break­through" - Me Graw-Hill Book Co o 1964

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ESTAMPAGEM DE CORANTES REATIVOS NO PROCESSO DUAS FASES - CONTíNUO E ,

DESCONTINUO

HOESCHT DO BRASI L

A estamparia de corantes reativos é um assunto bastante vasto e complexo, onde cada detalhe tem uma importân­cia enorme para se alcançar o sucesso desejado_

Sobre esta matéria temos a dizer que o processo mais adequado para essa classe de- corantes é o "Processo por Vaporiza­ção", com o qual se obtém os melhores resultados em estamparia . Além disso , permite maior maleabilidade de aplica­ções, quando se deseja fazer não apenas estampas diretas, mas também artigos de corrosões ou reservas.

No entanto, se a indústria não possui um equipamento de vaporização, o proces­so em duas fases - Contínuo e Descontí­nuo - torna-se a melhor opção, tanto em brilho, nitidez e segurança, como também em economia (em relação ao processo Ter-mofixação). .

No processo Duas Fases os estampados são desprovidos de álcali e de uréia, per­mitindo, além de maior reprodutibilidade, estabilidade ilimitada das pastas com co­rante, bem como maior segurança no caso de alguma correção ser necessária.

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O processo de repouso a frio com tempos de repouso de algumas horas (processo descontínuo) não é novo e am ­plamente praticado hoje em dia , por meio do qual os corantes reativos alcançam o máximo grau de fixação. A redução do tempo de repouso para 20 minutos (pro­cesso contínuo) foi posslvel .com o desen­volvimento de alguns corantes, permitin­do a fixação rápida da estamparia.

Após a estampagem e secagem, a mer­cadoria é submetida a um banho alcalino, onde a estampa é fixada. Essa fixação é aplicada através de um Foulard, não ha­vendo necessidade de impregnação total do material.

PROCESSO CONTINuo

Feita a passagem pela solução fixado­ra, o material sofre uma breve passagem aérea e, em seguida , é depositado sobre uma correia transportadora, onde perma­nece em repouso durante 20 minutos, após o que é lavado em lavadeira contí­nua, conforme esquema a seguir.

Nos estampados extremamente sujei­tos a manchas (tecidos muito leves e com aplicação excessiva de corante), uma bre- · ve exposição a raios infra-vermelhos (co-

mo ocorre no processo de Vaporização Relâmpago), mostrou ser de grande valia . Para tanto, a quantidade de energia a ser utilizada não corresponde àquela na vapo­rização e equivale a um consumo de vapor de 60 a 80 kg por hora.

1. Com referência às instalações técnicas necessárias para o processo de Repou­so a Frio , é importante observar:

1.1. Aplicação do Banho Pa ra a aplicação do banho, são apro­priados, em princípio, todos os tipos de Foulard, porém, no interesse de um mín imo de consumo possível do banho, indica-se a impregnação só de um lado. Em caso de necessidade, aconselhamos uma adaptação do Foulard. O Foulard Horizontal indi­cado para o equipamento do proces­so Vaporização Relâmpago mostrou ser econômico. A sua utilização ir ia não apenas diminuir consideravel­mente as quantidades de produtos químicos, como também aumentar a segurança do trabalho em artigos fi­nos e estampados minuciosos, a tal ponto que se poderia abrir mão do equipamento infra-vermelho.

1.2. Instalação da correia transportadora Por motivos de espaço, mostrou ter bons resultados a instalação do equi­pamento de transporte sobre a parte onde se iniciam as lavadeiras. Desta forma, pode-se utilizar o equi ­pamento de repouso especialmente desenvolvido para este processo, mas também outras esteiras de transporte, de construção própria. O comprimen­to desta correia transportadora ba­seia-se na velocidade da mercadoria. Por exemplo, para 60 m/mino são su­ficientes 4 m de espaço para a merca­doria ser fraldada ; para 100 m/m in., 6 m do mesmo.

1.3. Equipamento infra-vermelho Para uma velocidade de mercadoria de 60 m/min., um campo infra-ver-

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melho deveria ter 8 radiadores em ca­da um dos lados, cada lado ser ligado individualmente, sendo que esses ra­diadores deveriam estar distribu ídos num comprimento de cerca de 1,5 m. É necessário o movimento automáti­co da cobertura dos radiadores, para proteção do material, a fim de se evi­tar a carbonização do mesmo quando as máquinas estiverem paradas.

2. Composição da Pasta para Estampar

Meia Emulsão Madre 500 g Alginato de Sódio alta viscosi­

dade a 4% 218 g

10 g 20 g 2 g

250 g

kg

Água Emulsionador Anti- Redutor Fosfato Monossódico Querosene

Pasta para estampar x g Corante Vinilsufônico y 9 Meia Emulsão

3. Solução Fixadora 900 mlll Silicato de Sódio Alcalino

509Be 100 mlll Soda Cáustica 500 . Be

1 litro

PROCESSO DESCONTfNUO

o processo Descontínuo apresenta a mesma segurança e vantagens técnicas que no processo Contínuo.

O material estampado sofre uma passa­gem por uma solução fixadora e, em se­guida, permanece em repouso por volta de 6 a 10 horas, dispensando, assim, a passagem pelo infra-vermelho.

Posteriormente, o material é lavado em lavadeira contínua.

1. I ndicações Técnicas

1.1. Aplicação do banho Como descrito no processo Contínuo - item 1.1.

1.2. Pasta para estampar Idem ao processo Contínuo - item 2.

1.3. Solução fixadora 950 mil Silicato de Sódio Alcalino

479 Be 50 mlll Soda Cáustica 479Be

1.4. Repouso O material enfraldado e coberto com folhas plásticas permanece em repou­so durante 10 a 12 horas.

A apresentação de novos processos é de grande valia, considerando-se as exigên­cias econômicas, tendo em vista constan­tes aumentos de custos, devido principal­mente a questões energéticas. Oferece, pa­ra as estamparias modernas, condições no­vas com maior desempenho, bem como maior economia nos estampados.

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"APLICAÇÃO DE NAPHTOLASE ,

BASES LIQUIDAS NA INDÚSTRIA TÊXTIL"

HOESCHT DO BRASI L

1. INTRODUÇÃO

Desde aproximadamente 70 anos são conhecidas as primeiras patentes dos pri· meiros corantes Naphtol AS.

Assim sendo pode-se afirmar que ao longo de , todos esses anos acumulou-se uma grande experiência tanto na fabrica- . ção como na aplicação desses produtos.

Hoje, são os corantes Naphtóis AS co­nhecidos e usados mundialmente.

Pode-se utilizá-los em todos os cam­pos, na tinturaria e estamparia e para todos os tipos de fibras, com exceção de algumas poucas fibras sintéticas.

O sortimento de Naphtóis AS apesar de seus 70 anos de tradição, apresenta-se ainda jovem e permitindo novos desen­volvimentos tanto no que diz respeito a novos corantes e seu estado físico de apresentação, (p. ex., Naphtóis e Bases líquidas) como também novos proces­sos de aplicação (p. ex., processo Úmido/ Úmido).

A gama de produtos e literatura técni­ca dispon ível sobre corantes Naphtol AS, tornou-se tão vasta que antes de qualquer exposição sobre este assunto torna-se im­prescindível uma avaliação e explanação histórica, para conduzir-nos ao perfeito entendimento dos novos desenvolvimen­tos que pretendemos propagar.

2. HISTÓRICO

A retrospectiva histórica dos sortimen­tos Naphtol AS, nos conduz a fases dis­tintas, as quais descrevemos a seguir:

a) Tingimento do denominado "VERMELHO TURCO" Para este tipo de tingimento foi por muito tempo usado como produto bá­sico a Alizarina, a qual desde 1.747, na quantidade de 1 , a 2% em peso, era ex­traída de um determinado tipo de raíz chamada "K RAPPWU RZE L". Em 1.868, esta substância foi isolada e identificada por Graebe e Lieber­mann, o que possibilitou a partir de 1.871 a utilização da Alizarina sinté­tica para tingimento de Vermelho Turco. No entanto, apesar do antigo

QUIMICA TI:XTll

processo de tingimento de vermelho necessitar cerca de 20 dias e, este "novo processo" apenas 5-8 dias, isto foi consegu ido através do sacrif ício de alguns pontos de solidez.

b) Corantes Azo Dito isto, compreende-se a procura que então se fazia de uma possibili­dade de se obter tingimentos mais só­lidos, baratos e simples. Já se usava naquela época na tinturaria de lã, corantes azo com grupos solúveis em água. Em vista disto, tentou-se também obter corantes azo apropria­dos para o tingimento de fibras celu­lósi·cas. Em 1.884, os primeiros corantes azo solÚveis em água que possuíam subs­tantividade sobre fibras celulósicas fo­ram apresentados por Bóttiger, porém devido ao fato de serem solúveis em água~ apresentavam também insuficien­tes solidez a úmido. Mesmo antes do desenvolvimento de Bóttiger, em 1.880 foi proposto por Graessler e pe­los ingleses Thomas e Holliday, o uso de corantes azo insolúveis em água. Eles recomendavam tratar o algodão com uma solução de ~- Naphtolnatrium e desenvolver para formar um corante sobre a fibra, impregnando-a a seguir com uma solução de ~-Naphtylamina. Esta idéia provou ser muito útil, mes­mo que ainda apresentasse deficiências técnicas. Mesmo assim, deve ter sido reconhecida naquela época sua grande importância, pois, após 1.880, no ano de 1.889, Horace Koechlin apresentou na exposição mundial de Paris uma gama de produtos, que produziam co­rantes insolúveis sobre a fibra. A partir de então alastrou-se a pesquisa desse método então conhecido como "tingimento gelado ou com gelo", de­vido ao fato de que para diazotar as Bases era necessário gelo. O processo Read-Holliday-Graessler apresentava dificuldades, que o impe­diam de ser conduzido na prática/pro­dução. Devido a isto, precisa-se na ver­dade datar o in ício do uso na indús­tria, da técnica de tingir com gelo des­de o trabalho dos qu ímicos da fábrica

de Meister Lucius e Bruening, de Gallois e Ulrich, os quais, no ano de 1.889, tornaram conhecido um simples e seguro processo para obtenção de co­rantes azóicos insolúveis, sobretudo para vermelhos. Este processo, que se caracterizava pela copulação de um ~-Naphtol com uma p-Nitroanilina diazotada, foi apli­cado em grande escala na indústria. Nos 20 anos seguintes surgiram novos produtos, os quais combinados entre s( produziam uma razoável gama de cores. Para vermelho, veio ainda a p-Nitroani­sidina assim como a-Naphthylamina para Bordeaux, m-Nitranilina e m-Ni­troanisidina para laranja e Dianisidina para azul.

c) Os primeiros corantes Naphtol AS Devido a problemas de solidez, e apli­cação com ~-Naphtol na cor azul obti­da através do ~-Naphtol e Dianisidina, passou-se a utilizar através de uma re­comendação de Fischesser e Pokorny desde 1.891, no lugar do ~-Naphtol,

ácido oxinaphtóico, o que proporcio­nou a obtenção de tons azuis com Dianisidina mais sólidos ao suor e ácidos. O primeiro corante Naphtol AS surgiu a partir de então com uma arilida do ácido 2,3-oxinaphtóico a qual c.om Dianisidina e p-Nitranilina, tornou pos­sível a obtenção do primeiro corante azóico insolúvel sobre a fibra para tons azuis e vermelhos com solidez aos áci­dos. (1.911 - Winter/Laska/Zitscherl. E assim seguiram-se outras descobertas até nossos dias, entre elas, temos:

Naphtóis:

1.911 - Naphtol AS

1.912 - Naphtol AS-BS

1:921 - Naphtol AS-TR

1.928 - Naphtol AS-ITR

1.929 - Naphtol AS-SG

1, .951 - Naphtol AS-CA

1.953 - Naphtol AS-RS

1.976 - Naphtóis líquidos.

Em paralelo tivemos a descoberta dos produtos de desenvolvimento. Entre eles, temos:

Bases:

1.912 - Base de ,Escarlate Sólido R

Base de Vermelho Sólido B

Base de Grenat Sólido GBC

1.913 - Base de Vermelho Sólid03GL

1.924 - Base de Vermelho Sólido KB

1.976 - Bases fíquidas.

Além desses produtos, deve-se salientar que a partir das Bases sólidas, foram desenvoJvidos também alguns Sais sóli­dos de tintura que em relação às Bases apresentam a vantagem de serem solú-

13

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veis em água e prescindirem de uma dazotação. Por serem produtos que tem custo alto e exigem cuidados espe­ciais na produção, tornaram-se muito caros e, praticamente hoje, seu uso é restrito a cores e processos especiais, onde ainda são imprescindíveis.

d) Naphtóis e Bases L(quidas Como se observa, a maio~ia dos produ­tos amplamente usados na indústria na forma pó, teve seu desenvolvimento a mais de 40 anos e por suas caracte­rísticas de solidez e aplicação, man­tém-se ainda em evidência. Assim sen­do e, considerando-se a necessidade de torná-los cada vez mais práticos no que diz respeito a seu uso na indústria, desenvolveram-se a partir de 1976 os produtos I íquidos, derivados dos pro­dutos originais em pó. Um dos mo­tivos que originou o desenvolvimento dos produtos líauidos, foi a necessi­dade de se substituir os sais de tintura na estamparia, particularmente em ar­tigos Atrika-Print. Com o tempo, passaram a ser usados cada vez mais na tinturaria. I nicial­mente, nos processos contínuos e gra­dativamente ganharam, a partir princi­palmente do desenvolvimento dos pro­cessos úmido sobre úmido, grande importância também nos processos por esgotamento e sem i-contínuos. Hoje, após 8 anos do início da utiliza­ção destes produtos, podemos afirmar com segurança, que eles se firmaram como o mais interessante desenvolvi­mento dos últimos tempos. Até o momento encontram-se disponí­veis na forma I íquidé!, os seguintes produtos:

Naphtóis: AS líquido AS-CA líquido AS-TR líquido AS-SG líquido

Bases: Escarlate Sólido R líquida Vermelho Sólido 3G L líquida Vermelho Sólido B líquida Vermelho Sólido KB líquida

3. QUIÍVlICA DOS NAPHTÓIS E BASES

3.1. Naphtóis São os componentes copulantes usados

para a obtenção dos corantes azóicos in­solúveis dentro da fibra.

Os produtos copulantes genericamente chamados Naphtóis, podem ser classifica­dos nos seguintes grupos :

3.1.1. Produtos não naphtóicos capazes de formar corantes azóicos insolúveis com compostos azóicos.

3.1.2. Produtos complexos derivados do ácido o-oxiantraceno carbox ílico, e do benzocarbazol. Estes produtos também fazem parte da série l\Íaphtol AS (ex.: Naphtol AS-SG) .

14

3.1.3. Componentes para a produção de corantes azóicos amarelos:

a) Derivados de base difenil, compostos diacetodiacetil (Naphtol AS-G).

b) Compostos Tiazólicos e carbatiazó­licos.

CH - N ~

CH

CH - S/

Tiazol

Benzotiazol

((:(XN ""-CH

. NH sJ Carbatiazol

3.1.4. a e {3 Naphtol e seus derivados, como os aminonaftóis e naftocetóis.

HO

a-Naphtol {3-Naphtol

Estes produtos são atualmente pouco ,usados para a obtenção de corantes azói ­cos insolúveis.

As cores obtidas com o a -Naftol são normalmente apagadas ' e de pouca soli­dez . O (3-Naftol foi muito usado no passa­do apesar de tender a se oxidar facilmente tornando os tecidos acastanhados.

3.1.5. Naphtol AS São produtos derivados do ácido

oxinaftóico, principalmente as arilidas do ácido 2,3-oxinaftóico.

Constituem uma importante classe de compostos largamente uti I izados, na ob­tenção de uma variada gama de cores.

FÓRMULA GERAL

Onde . R significa o radical aril, exemplos :

a) Naphto/ AS Azoic Comp/ing Component 2.

O)~~NHO

b) Naphto/ AS-CA Azoic Comp/ing Component 34

c) Naphto/ AS-TR Azoic Comp/ing Component 8

O) OH H03C CI

CONH

d) Naphto/ AS-SG Azoic Comp/ing Component 13

OCH 2

OH O CONH .

- Dissolução dos tipos de Naphtol AS O Naphtol pó insolúvel em água deve

passar a forma hidrosolúvel de naftolato mediante a adição de soda cáustica.

O processo se realiza pelos seguintes métodos:

dissolução a quente (para tinturas por impregnação) . dissolução a frio (para tinturas por esgotamento).

QUíMICA TÊXTIL

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REAÇÕES DURANTE A DISSOLUÇÃO DOS NAPHTÓIS AS

NAPHTOL AS

Fórmula geral Naftolato

a) (X) OH NaOH b) (X)0NO .. ...

CO H2 0 CO

NH NH

R-6 RD CH 2 0 < 500 C Ponte Metilênica NaOH

CH 2 0H

~ONa ~CO-Na 05

CH2~ CH 2 0 ONa NaO

H O .. d) 2 >600 c CO OC

RD Composto metilóico, maior resistência ao ar e aos ácidos, maior esgotamento dos corantes.

Na fórmula ,de dissolução a quente, a formação do naftolato se consegue pela adição de um Naphtol em pó (vide item a) a um banho quente, formado por água e soda cáustica. A seguir, para se obter a completa dissolução, deve-se ferver du­rante aproximadamente 5 minutos ' (vide itemb).

Na fórmula de dissolução a frio, se tra­balha com álcool etílico, soda cáustica, água morna e geralmente, com adição de formaldeído. Esta adição de formaldeído deve ser feita a temperaturas inferiores a 500 C, a fim de formar o composto me-

. tilóico, que permite uma maior resistên­cia ao ar e aos ácidos (vide item c) . Se, . ao se aplicar o método de dissolução em frio, com adição de formaldeído, a tem­peratura superar os 600 C, pode-se pro­duzir um composto rnetilênico em lugar do composto metilóico, o qual não é sus­cetível de copulação (vide item d).

Naphtóis Líquidos Os naphtóis I íquidos são soluções de

naphtolato pronto para o uso. Geralmen­te apresentam uma coloração parda, sen­do muito fluídos até algo viscosos. Para sua obtenção se utilizaram alcoóis de alto ponto de ebulição, miscíveis com água

I I

NH o-NH RD R.

Composto metilênico, que não copula

Naphtolado

que praticamente não se evaporam. São produtos com uma concentração mais alta poss ível. São portanto fornecidos diluidos, dispensando qualquer outra dissolução posterior e prontos para serem adicionados ao banho de tingimento.

3.2. Bases São aminas aromáticas, as quais são

diazotadas pela ação do ácido nitroso, tornando-se solúveis e aptas a formarem um corante, pela copulação com o naph­tolado previamente aplicado sobre a fibra.

A diazotação acontece geralmente ao se juntar à base pó dispersa em água res­friada com gelo, quantidades estequiome­tricamente determinadas de Ácido Clorí­drico e Nitrito de Sódio.

O Ácido ni.troso necessário à diazota­ção é obtido pela reação do Ácido Clorí­drico com o Nitrito de Sódio:

NaN02 + HCI - HN02 + NaCI.

NH 2 o + HNO, + Hei

N02

QUfMICA TeXTIL

N= N - CI o +H,O

Bases Líquidas As Bases sólidas ou sais sólidos de

Bases di azotadas foram forneCidas duran­te os últimos 70 anos na forma pó. A par­tir do desenvolvimento dos Naphtóis AS líquidos, iniciou-se também a pesquisa das Bases sólidas em forma líquida.

As Bases I íquidas são soluções verda­deiras ou dispersões aquosas de aminas aromáticas. A forma em que se mantém uma determinada Base, depende de suas propriedades físico-qu ímicas. Em todo caso, trata-se de preparações de Base livre, mesmo quando o tipo em pó corres­pondente estiver na forma de cloridrato ou sulfato.

As Bases líquidas são fornecidas por­tanto já dispersas ou dissolvidas necessi­tando apenas de uma rápida diazotação.

3.3. A Copulação do Componente Diazo com o Naphtolado

Depois de se neutralizar a Base sólida di azotada, se passa à copulação com o naphtolado presente na fibra celulói­da, transformando-o em corante azóico insolúvel.

Composto de

Diazonio

N-Q ~OHR ~ CO-NH-Q-Nacl

R

A copulação se efetua em primeiro lugar. O corante insolúvel forma-se sobre a fibra celulósica.

4. CARACTERISTICAS DOS NAPHTÓIS E BASES Lt'aUIDAS

Um dos desenvolvimentos mais interes­santes dos últimos anos é constituído sem dúvida alguma pelos tipos de Naphtol AS e Bases sólidas em forma líquida_ .

Satisfazem o desejo da prática indus­triai de tornarem mais simples, seguro, limpo e rentável a operação com os corantes.

Os tingimentos com Naphtol AS são muito brilhantes, alcançando-se tons mui­to intensos mesmo sobre algodão não mercerizado. Diversas cores podem ser obtidas com essa classe de corante, tais como: alaranjado, escarlate, vermelho, vinho, bordeaux, azul, marinho e preto. A maiÇ>ria das combinações são corroíveis e sólidas a lavagem à ebulição, propor­cionando elevadas solidez gerais sobre fibras celulósicas.

Naphtóis Líquidos Devido a eliminação da operação de

dissolução, aumenta a garantia de obten­ção de melhor solidez à fricção e diminue os riscos de formação de pel ículas super­ficiais. Assim, por exemplo, agora só é necessário pesar 2 produtos, isto é, o

15

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Naphtol I íquido e o Formaldeído e adi­cioná-los ao banho de tingimento. Pode­mos visualizar as vantagens obtidas, ao se trabalhar com esse produto na forma I í­quida, quando compararmos sua prepara­ção com a forma pó, como segue abaixo:

Exemplo: Naphtol AS-CA

Kg Naphtol L Álcool Etílico

0,5 L Soda Cáustica 380 Bé 1 L Formol à 33% Repouso 10 minutos.

Líquido

Kg Naphtol 0,2 L Formol à 33%

Outra vantagem dos Naphtóis líquidos, é que em certos casos, o produto pó (ex.: Naphtol ÃS-SG) necessita um repou­so mínimo de 30 minutos após a dissolu­ção a frio, e antes de incorporá-lo ao ba­nho de naphtolado.

Além disso, elimina-se totalmente a formação de pó na cozinha de cores, eco­nomiza-se energia ao ser suprida a neces­siade de aquecimento no processo de dis­solução a quente. Isto tudo torna o traba­lho mais rápido, limpo e racional.

~

Bases Líquidas Graças aos auxiliares incorporados às

Bases líquidas, foi possível eliminar o riscO de formação de grumos.

Não ocorre a formação de poeira pe­culiar aos produtos em pó. A diazotação propriamente dita ocorre em poucos se­gundos. Apenas por razões de segurança (os recipientes grandes podem ter pontos onde a turbulência seja diminuta), nossas indicações recomendam um tempo de re­pouso de 3-5 minutos. Como se sabe, as Bases em pó devem repousar até 30 mi­nutos, após a adição do Nitrito, e antes de poderem ser utilizadas,

Exemplo: Base de Vermelho Sólido KB

1,0 Kg Base se empasta c/ uma mis-tura de:

0,1 Kg Dispersante 10,0 L Água fria

1,0 L Ácido Clorídrico 200 Bé Acrescenta-se: 10,0 L Água e gelo até a temperatura

de 10-120 C. Adiciona-se:

0,4 Kg Nitrito de Sódio Repouso 30 minutos, sob agitação. Neutraliza-se com: 0,68 Kg Acetato de Sódio.

Devido ao tempo de reação muito breve, não se produzem produtos securi­dários, obtendo-se soluções diazo trans­parentes ou ligeiramente opacos. A for­mação de gases nitrosos não se observa, visto que o ácido nitroso formado é con­sumido imediatamente.

O tempo breve de reação permite tam­bém suprimir o gelo (sempre que a tem­peratura da água utilizada rião superar os 200 C).

Também comparativamente podemos notar as vantagens das Bases na forma I íquida em relação a forma pó no que concerne a facilidade de dissolução, como demonstramos abaixo:

Líquida

Sobre 1 Kg de Base, adiciona-se 10,0 L Água fria. 1,2 L Ácido Corídrico 200 Bé e em seguida 0,3 Kg Nitrito de Sódio temperatura 200 C repouso 5 minutos. Neutralizar com: 0,6 Kg Acetato de Sódio.

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Outro fator importante é que os ba­nhos de desenvolvimento são livres de metais pesados, circunstância que adqui­re cada vez mais relevância devido ao critério ecológico da eliminação de águas residuais.

5. CAMPOS DE APLICAÇÃO

As possibilidades de aplicação dos ti­pos líquidos de Naphtol AS e Bases sóli ­das, compreendem o tingimento e estam­pagem sobre:

Algodão Viscose Linho Juta Rami Seda natural.

Na prática se produzem os seguintes artigos:

Fios para coser e bordar Fios para tecidos em cores (listrado e xadrez) Malha para artigos esportivos e passeio Veludos Roupas profissionais Tecidos para marquises, toldos e barracas Fios de urdume para artigos denin, etc.

6. PROCESSOS DE TINGIMENTO

6.1 . Esgotamento Os Naphtóis e Bases I íquidas apresen­

tam-se com vantagens para os tingimentos nos diversos processos tradicionais por es­gotamento, devido ao fato de tornar seu uso mais rápido e rentável. Esses proces­sos são amplamente conhecidos. Entre eles temos:

Tingimentos sobre tecidos em Jigger. Tingimentos de malha em barca. Tingimentos de meadas em armário. Tingimentos de fio em aparelho de bobina cruzada.

Acreditamos ser de maior interesse deter-nos agora com mais detalhes, nos tingimentos onde tivemos os maiores avanços, no que diz respeito à tinturaria de Naphtóis.

Inicialmente daremos uma visão geral sobre o processo contínuo com secagem intermediária e processo pad-jigger, de uso comum. Após, passaremos à exposi ­ção do mais recente desenvolvimento na área de processos contínuos, que é o denominado "Processo Úmido sobre Úmido".

6.2. Processo por Impregnação O desenvolvimento dos Naphtóis e

Bases líquidas, se presta sobremaneira para os processos por impregnação, visto que tornam possível uma maior agilidade e facilidade na preparação dos banhos.

Como é de conhecimento ·geral, para os processos por impregnação, prestam-se

QUfMICA TeXTlL

ESQUEMA DO PROCESSO

1 foulard 2 hotfiue 3 rolo de esfriamento

2 3 4

de preferência Naphtóis de baixa à média substantividade, porém em alguns casos, em condições especiais, pode-se também utilizar Naphtóis de substantividades mé­dia até alta, como veremos logo adiante.

Os processos mais usuais, são :

1) Pad-Jigger 2) Contínuo com secagem intermediária

(processo convencional). 3) Úmido sobre úmido.

A. Sem i-contínuo, úmido sobre úmido. B. Contínuo, úmido sobre úmido. C. Contínuo, úmido sobre úmido - para

fios de urdume, em máquinas de índigo.

6.2.1. Processo Pad-Jigger

a) Com secagem intermediária Consiste numa impregnação com pos­terior secagem em aparelhos tipo Hot-Flue, Rama, Secadeira de cilin­dros, etc, e seqüente desenvolvimento por esgotamento em aparelho Jigger.

b) Sem secagem intermediária Consiste no mesmo método anterior, substituindo-se a secagem por um en­rolamento e repouso durante cerca de 60 minutos, sob rotação contínua, sofrendo em seguida uma lavagem intermediária com sal e soda cáustica. Este procedimento (enrolamento e repouso) se faz necessário para me­lhor uniformização do início ao fim do rolo de material naphtolado, e per­mitindo, no caso de grandes metra­gens, total segurança na obtenção de resultados homogêneos nos diversos jiggers, em que a partida será des­membrada para o desenvolvimento.

c) Sem secagem intermediária (para Naphtóis mais substantivos) Consiste na utilização de álcool etílico no banho de impregnação, com a fi­nalidade de permitir a utilização de Naphtóis de média até alta substanti­vidade. A impregnação neste caso é feita à temperatura de 600 C, seguin­do-se o enrolamento, lavagem inter-

5

4 foulard de 3 rolos 5 máquina de levar em largo com

8 compartimentos

mediária e desenvolvimento, confor­me anteriormente descrito.

6.2.2. Processo Contínuo com Secagem Intermediária

(Processo Convencional) Trata-se de um processo convencional

amplamente utilizado, o qual necessita de uma instalação composta de um foulard para impregnação do Naphtol, seguido de um equipamento de secagem e posterior desenvolvimento da Base. Este último pode ser feito em outro foulard ou mesmo nas primeiras caixas da máquina de lavar (com seqüente pas­sagem aérea), sendo posteriormente la­vado e ensaboado como de costume.

6.2.3. Processo por Impregnação Úmido sobre Úmido

Estes são os processos recentemente desenvolvidos, em virtude de diversas indústrias têxteis não possuirem equipa­mentos para secagem e, também pelo fato de certos artigos, tais como: felpudo, malhas pesadas, etc, necessitarem de uma quantidade de caloria alta para secar . Isto foi possível, entre outras coisas, com a utilização de determinados tipos de Naphtol, que dispensam adição de maio­res quantidades de soda cáustica e possi­bilitam a impregnação !)m temperaturas inferiores (no caso do tingimento contí­nuo) e, em se tratando de processo semi­-contínuo, através de adaptações . do maquinário:

A seguir trataremos das vantagens des­se processo.

a) Processo semi-cont/nuo Este processo presta-se inicialmente à indústrias têxteis que disponham ape­nas de um foulard de impregnação. Consiste em se naphtolar o material cru ou purgado e alvejado, em apare­lhos tipo barca, jet ou overflow, po­dendo o restante do banho de naphto­lagem ser aproveitado para a partida seguinte. Para isso, é necessário somen­te calcular o esforço sobre os litros perdidos de banho da partida anterior, segundo as seguintes fórmulas:

17

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Cálculo de reforço de Naphtol

g/kg Naphtol fixo X peso do material + I de perda de banho X,g/l conc. final Kg de Naphtol

1000 (para a conversão em Kg)

Cálculo de reforço da soda cáustica

mlll de conc. inicial X I de perda de banho = I de soda cáustica 380Bé.

1000 (para conversão em Kg)

Cálculo de reforço do colóide protetor

gll de conc. inicial X I de perda de banho perdido

1000 (para conversão em Kg) Kg de colóide protetor.

NApHTOLAGEM BARCA -+ I EXTRATOR 1-- DESENVOLVIMENTO

FOULARD

A operação de reforço pode ser repeti­da por 3 vezes, continuamente, sem a perda do padrão de solidez. Extrai -se o excesso de Naphtol do ma­terial naphtolado através de dois rolos expremedores (extrator) e, de forma contínua, desenvolve-se no foulard da Base. Deposita-se Q material num car­rinho, em fraldas, onde permanece em repouso durante 30 minutos e, em seguida, procede-se a lavagem.

Diversos itens devemos salientar a res­peito desse processo:

a) No caso em que o breve repouso no jotabox não seja suficiente para o resfriamento do material, temos como opção, como mostra o esquema, a pos­sibilidade de utilizar um redutor de banho no foulard da Base, que servirá também como recipiente de gelo.

Exempl,o: peso do material = 1000 Kg pick-up de naphtolagem = 70% = 700 litros. pick-up do desenvolvimento = 100% = 1000 litros. ' Base necessária dissolvida em 1000 litros.

Neste caso, trabalha-se com o chassis cheio, procedendo a entrada de ba­nho usado, proporcional ao volume total de banho calculado, para o de­senvolvimento de todo o material naphtolado (no caso do exemplo acima, seriam 1000 litros). Exemplo: ' peso do material : 1000 Kg gim linear = 2500m. velocidade = 25m/minuto. pick-up de naphtolagem = 70% = = 700 litros. pick-up no desenvolvimento = 100% = 1000 litros. diferença de absorção = 300 litros. Kg/min = 10. 100% pick-up (Base)/min= 10 litros . entrada de banho novo/min = 10 litros. sa ída de banho usado/min = 7 litros. tempo total de tingimento = 100 minutos.

b) Processo cont/nuo b) Outro detalhe importante é a manu­

tenção de um pick-up diferencial de cerca de 30% no m/nimó, consideran­do como o menor pick-up da naphto­lagem.

Este é o método que temos aplicado até o presente momento, com suces­so em artigos de difícil ' absorção, proporcionando um tingimento per­feito e uniforme.

18

Este processo destina-se à indústria que dispõe de 2 foulards em linha, entre os quais se adapta uma caixa jota. O material cru ou purgado e alve­jado é naphtoiado a temperatura de 60-700 C, a seguir depositado no jotabox, permitindo um breve resfria­mento do material e dispersão do banho de naphtolado sobre a fibra e, finalmente, é desenvolvido continua­mente no foulard da Base, como mos­tra o esquema abaixo:

Operacionalmente, pode-se proceder de duas maneiras:

I - Método: consiste em diluir a quanti­dade necessária de Base para o de­senvolvimento, no volume total de banho.

II - Método : calcula-se a Base necessária para o desenvolvimento, diluindo-a sobre o volumec'orrespondente ao pick-up diferencial.

Exemplo: peso do material = 1000 Kg pick-up de naphtolagem == 70% = = 700 litros. pick-up do desenvolvimento = 100% = 1000 litros.

/D, /0. /

sejrpentia"' / / / / \\ Redutor do 8'" / Y Banho e de-

I \ pósito de gelo. /

-o=-=ç~\ /r...J ~\ //'Ov--\~/ j

/ '---) /

Lavagem

\ I / , 'o' "') ....... :I.

,~. " 0 1 \

Banho Naphtol J-box Base 650 C resfriamento (desenvol-

do naphtolado vimento)

QUfMICA T!:XTlL

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diferença total de absorção = 300 litros. Base necessária dissolvida em 300 litros.

Neste caso, trabalha-se com o banho de desenvorvimento bem baixo e, com a ajuda de uma bomba dosado­ra mantém-se o volume uniforme.

A seguir apresentamos dados compara­tivos entre NAPHTÓIS/BASES Li'QUI­DAS nos processos de :

a) Esgotamento; b) Tingimento contínuo.

Exemplo :

Cor .. .... .

Combinação .

Vermelho Vivo

Naphtol AS-CA líquido Base de Vermelho Sol. KB líquido

20 g/kg fixados Concentração =

Metragem .. Gramatura . Peso Total. .

20.000 metros = 200 gim linear = 4.000 kg

NAPHTÓIS E BASES LIQUIDAS

NAPHTÓIS E BASES LIQUIDAS

Exemplo: A - Processo Esgotamento

Peso do material . . . . . .. 4000 kg Banho ... . .. .. . .... . 1 : 10 Kg/Partida . .... . . .... 200 kg Volume de Banho total. .. 40.000 litros

I - Naphtolagem:

11 g/I Naphtol AS-CA liq.. = 440 kg 20 g/I Sal .. . ... .... . . = 800 kg 2 g/I Colóide Protetor. . . = 80 kg 6 mi/I Soda Cáustica

380 Bé . . ... . .. . .. . = 240 litros

II - Tratamento Intermediário

A - Turbinar B - Lavagem .. ..... . .

30 g/I Sal . .... ... . 1 ml/I ·Soda Cáustica

380 Bé .. . . . ... .

III - Desenvolvimento

3,2 g/I Base de Vermelho Sol. KB líq .. .. .

30,0 g/I Sal. .. .... .. . . 10,0 g/I Acetato de Sódio .

1200 kg

40 li t ros

128 kg 1200 kg 400 kg

Desenvolvimento

Volume

1,2 mi/I Ácido Acético 60%. . . . . . . . . . . . 481

1 ,O g/I Dispersante . . . . . 40 kg

NAPHTÓIS E BASES LIQUIDAS

Exemplo: B- Processo Contínuo

I - Naphtolagem:

Peso de material . . .... . 4000 kg Pick-up . . . . . . . . . . . . . 70% Volume . . .. .. ... .. .. 2800 litros

Velocidade ........ . .. 25 m/min 94 g/I Naphtol AS-CA

líquido . . . . . . . . . = 263,3 kg 10 mi/I Soda Cáustica

380 Bé ......... = 28,0 litros 2 g/I Colóide Protetor . . . = 5,6 kg

II - Desenvolvimento

Pick-up . . . . . . . . . . . .. 100% Volume . . . . . . . . . . . . . 4000 litros

16 g/I Base de Vermelho Sol. KB 'I íquido . . . = 64 kg

1 g/I Dispersante . . . . . . = 4 kg 3 m/I Ácido Acético 60% = 12 litros

40.000 I 4.000 I Comparação: Esgotamento /Contínuo Base de Vermo Sol. KB I íq . 128 kg 64 kg

, Naphtolagem A B Esgotamento Contínuo

Volume 40.000 I 2.800 I

Naphtol AS-CA I íq. 440 kg 263,2 kg

Sal 800 kg -

Colóide Protetor 80 kg 5,6 kg

Soda Cáustica 380 Bé 240 kg 28 kg

Tratamento Intermediário

Turb inar X -

Lavagem : Sal 1.200 kg Soda Cáustica 40 I -

Sal 1.200 kg

Acetato de Sódio 400 kg

Ácido Acético 60% 481

Dispersante 40 kg

NAPI-fTÓIS E BASES LIQUIDAS

Comparação: Esgotamento / Contínuo

A

Esgotamento

N<? de Partidas 20

Velocidade de Tingimento -

Tempo Gasto por Partida 4h

Tempo Total Gasto 80 h

--

121

4 kg

B

Contínuo

-

25 m/min

-14 h

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para indústrias e técnicos em beneficiamentos químicos têxteis.

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c) Tingimentos sólidos de fios de urdume de algodão em máquinas de tingir (ndigo usando corantes Naphtol AS O desenvolvimento desta possibilidade de trabalho é algo muito recente e visa atender à necessidade de algumas in­dústrias que, dispondo do equipamen­to para tingir fios de urdume, não te­nham aparelhos para tingir fios de algodão pelo processo de esgotamento.

Nestas circunstâncias sucede que as vezes por i mposição dos artigos de moda ou de solidez é necessário tingir-se fios de urdume com classes de corantes que não o (ndigo.

Costumeiramente isto é feito em aparelhos por esgotamento em bobinas cruzadas, depois' urdidos para serem en­gomados.

É claro que sendo possível tingir e en­gomar, numa operação contín'ua se ganha­ria em vários aspectos, tais como:

maior produção maior versatilidade do equipamento menor custo operacional de energia e de produtos.

A aplicação deste processo em máqui­nas de tingir fios de urdume, se torna viável a partir de pequenas alterações no maquinário, tais como:

instalação de chuveiros sobre as caixas - redutores de banho nas caixas.

Quanto ao processo de aplicação, utili­zamos um conceito anterior exposto que é a utilização ,de álcool etílico no banho de naphtolagem, o que nos permite dimi­nuir a quantidade de soda cáustica neces­sária, permite trabalhos com Naphtóis de maior substantividade e em temperaturas mais baixas. Nos quadros ao lado temos uma comparação entre o processo de es­gotamento e o processo contínuo úmido sobre úmido, para tingimentos sólidos de fios de urdume com corantes Naphtol SA líquido.

Quantidade de metros: 5000 mts. Quantidade de peso 1800 kgs.

Pelo acima exposto verifica-se que enquanto se necessita tingir 9 partidas de fio em bobina cruzada o que gastaria cer­ca de 54 horas de processo, no processo contínuo se gastaria para a mesma produ­ção 4 horas e 10 minutos.

Deve-se relembrar que no processo contínuo o fio sai engomado enquanto no processo por esgotamento ter-se-ia ainda que executar esta operação.

Esquema do Processo

1. Rolos de urdume 2. Caixa de umectação - passagem

direta * 3. Caixa de Naphtolagem 4. Passagem aérea 5. Caixa de Naphtolagem 6. Passagem aérea

20

N9 de partidas

Tempo gasto por partida

Velocidade

Tempo Total Processamento

Naphtol AS-CA I íq.

Sal

Soda Cáustica 380 Bé

Formaldeído 30%

Colóide Protetor

Álcool Etílico

Base de Vermo SÓl. 3G L I íq.

Dispersante pi Base

Ácido Acético Glacial

7. Caixa de desenvolvimento 8. Passagem aérea 9. Caixa de desenvolvimento

10. Passagem aérea 11. Caixa com água quente - 700 C ** 12. Passagem de ar 13. Caixa com água quente - 700 C 14. Secagem 15. Engomagem 16. Secagem 17. Enrolamento.

7. CONCLUSÃO

Por tudo que foi exposto, pode-se facilmente concluir que, apesar da tin­turaria com corantes Naphtóis ser algo conhecido a quase um século e por muito tempo ter permanecido estagnada, no que diz respeito a novos métodos viáveis de fabricação e produção, este ramo de co­rantes experimentou no último decênio uma acentuada evolução tecnológica.

Esta evolução, como quase sempre acontece, deveu-se a necessidade cada vez maior das indústrias têxteis operar produ­tos e processos baratos, seguros e rápidos .

Em relação ao nosso país, pode-se somar ainda a estes fatores, a necessidade de versatilizar os maquinários disponíveis, como também diminuir ao máximo o consumo de energia e a necessidade de investi mentos.

Kg

Kg

L

L

Kg

L

Kg

Kg

L

Esgotamento Contínuo

9 1

6h -

- 20m/min

54 h 4h 10min

Esgotamento Contínuo

198 108

1.260 -

126 12,96

39,6 -

54 5,4

- 54

84 46

36 3,24

36 1,62

Nos aspectos mencionados, para finali­zar, podemos destacar que os produtos Naphtol AS e Bases Sólidas líquidas, em conjunto com os processos úmido sobre úmido, permitiriam, entre outros avanços, um aumento de:

Segurança : eliminação de risco de resí­duos e conseqüente melhoria da soli­dez a fricção .

Economia: eliminação da maioria dos casos de gelo, dispersantes e menor tempo de preparação das soluções.

Possibilidades: maior flexibilidade de aplicação.

Ecologia: minimização da formação de gases e eliminação de sais de metais das águas residuais.

Por fim, deve-se mencionar que as pos­sibilidades técnicas de aplicação que oferecem estes produtos, todavia, não se esgotaram, motivo pelo qual vale a pena ocupar-se com maior intensidade dos co­rantes Naphtol AS.

BIBLIOGRAFIA

1. Colar Index.

2. C.T.H. n9s 263 - 265 - 270 - 305 -310 - 312 - 321-322.

3. Diserens, L . - The Chemical Technology of Dyeing and Printing -1948 - Reinhold Publishing Corporation, USA.

4. Folhetos especiais da Hoechst n9s 2; 601; 43' - 527 - ~89 - 301 .

QUIMICA TÊXTIL

Page 23: INDÚSTRIA TÊXTIL · 2020. 10. 25. · em Relação ao Teste de Pilling • Definição de Defeitos em Tecidos Convencionais • Definição de Defeitos em Tecidos de Malha • Avaliação

NORMAS DE TESTES ,

PARA LABORATORIOS , A

QUIMICOS TEXTEIS

SANDOZ S.A.

TESTE DE COLUNA D'ÁGUA Norma DIN 53.886

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O controle de um tecido referente ao seu comportamento frente a uma coluna d 'água faz sentido em geral apenas para tecidos ou lonas para barracas, toldos, coo

. berturas para caminhões, etc., bem como para fazendas foulonadas para exército . Os materiais a serem protegidos por tais tecidos devem ficar secos, mesmo que se forme um poço de água na lona. O res­pectivo controle para esta propriedade do material têxtil é feito mediante o teste de coluna d'água. O tecido é preso num aro, o qual está em conexão com uma coluna d'água. A pressão é aumentada devagar e constantemente até que ocorra a penetração da água pelo tecido esticado. A leitura é feíta imediatamente após o surgimento das primeiras três gotas.

2. PREPARAÇÃO DO MATERIAL

As provas são cortadas em forma cir­cular com aproximadamente 17 cm de diâmetro . A distribuição deve ser escolhi­da de tal modo que sejam levadas em con­sideração diversas faixas de urdume e trama do tecido. A fim de garantir um estado de dilatação determinado e cons­tante, os tecidos a serem testados devem ser cI imatizados durante pelo menos 12 horas.

3. CONDiÇÕES PARA TESTE

Climatização : 12 a 24 horas a 200C/ 65% de umidade relativa; (em clima tropical : 230C/50% de umidade relativa).

Área testada: 100 cm 2 •

Au mento da pressão: a) para prova en­tre O e 10 cm de coluna d'água: 2cm/min; b) para provas entre 11 e 50 cm de coluna d'água: 10 cm/min o

Água: Água comum, temperatura aprox. 200C.

Leitura: I mediatamente após o surgi­mento das primeiras gotas. Gotas surgidas na beirada, bem como em pontos falhos do tecido não devem ser consideradas.

Número de provas: 5 (quando há pouco material: no mínimo 3).

OUfMICA TeXTiL

4. RESULTADO

Calcular a média das provas isoladas e relatar o resultado em centímetros. Va­lores quebrados de centímetros deverão ser arredondados.

4.1. Relatório Resultado em . . . cm coluna d'água. Média de . .. provas. Temperatura d'água ... 0C. Data da execução dos testes.

RECUPERAÇÃO DO AMARROTAMENTO DE TECIDOS:

MÉTODO DE RECUPERAÇÃO DO ÂNGULO EM ESTADO SECO

Norma: AATCC Test Method 66-1968

1. FINALIDADES

1.1 . O presente método serve para a de­terminação da recuperação do amarrota­mento de tecidos. A sua aplicação esten­de-se a tecidos de quaisquer fibras ou mis­turas de fibras.

2. DEFINiÇÃO

2.1. Recuperação do amarrotamento sig­nifica a capacidade do tecido de se livrar ou recuperar deformações em forma de rugas ou pregas.

3. PRINCIPIO

3.1. Uma amostra do tecido a ser testado é dobrada e prensada sob condições de tempo e peso controladas; em seguida é suspensa em um instrumento de teste para um período controlado de recupe­ração, após o qual é medido o grau do ân­gulo de recuperação.

4. APLICAÇÃO E IMPORTÂNCIA

4.1. Ainda que a precisão do presente método em sí é baixa (sob condições en­tre· laboratórios), este pode ser absoluta­mente suficiente sob condições internas em laboratório. O método é usado lar­gamente para finalidades de controle de qualidade de produção e para pesquisa.

4.2 . Devido ao fato que os diversos parâ­metros, os quais determinam a recupera­ção do amarrotamento, variam largamen-

te no uso atual, não é possível selecionar prescrições isoladas com boa correlação com o uso cotidiano.

4.3. Parâmetros que devem ser controla­dos no teste são : umidade relativa, tem­peratu ra, compressão aplicada (peso), duração da compressão e tempo de re­cuperação.

Para os três últimos fatores, o presente teste especifica valores arbitrários, basea­dos no compromisso entre as condições freqüentemente encontradas em serviço e a direção rápida do teste. Duas condi­ções, temperatura e umidade relativa, são especificadas, como sendo representa­tivas para experiências normais.

Para finalidades especiais, a escolha de outras condições de temperatura e umi­dade pode ser desejável.

5. APARELHOS E ACESSÓRIOS

5.1. Aparelho de teste para recuperação do amarrotamento ("Wrinkle Recovery Tester") e acessórios (vide desenhos anexos).

5.1.1 . Disco e transferidor, montados coaxialmente em um suporte vertical, permitindo o deslocamento livre sobre um eixo horizontal. O centro do disco está marcado com um ponto preto e o suporte tem uma .Iinha guia traçada deste centro, verticalmente até a base. O disco é provido com uma escala auxiliar com ponto central "zero" que indica no trans­feridor o ângulo da amostra têxtil presa na presilha. No aparelho também está in­cluída uma escala (A - B - C - D - E -F - G) para permitir um ajuste que com­pensa a espessura do tecido. No entanto quando não for especificamente exigido executar os testes com · uma determinada compensação de ângulo, dever-se-á sem­pre trabalhar na posição A (ou seja, sem compensação).

5.1.2. O disco possue um suporte com mola para a fixação da presilha metálica que prende por sua vez a amostra têxtil.

5.2. Pres'ilha metálica, consistente de duas lâminas de 16 mm de largura, porém de comprimentos diferentes e rebitadas em um dos lados. A distância entre as duas extremidades livres é de 23 mm. A lâmi­na superior, mais curta,deve ter a espes­sura de 0.16 ± 0.01 mm. Exatamente 18 mm distante da extremidade livre da lâmina superior, há uma linha traçada paralelamente à extremidade.

5.3. Presilha de plástico transparente, consistente de 2 lâminas de comprimento igual (aproximadá'mente 95 mm) e de aproximadamente 20 mm de largura . As duas lâminas são fixadas em uma das ex­tremidades. Fixada sobre a exúê'midade livre da lâmina superior, há uma "plata­forma" retangular de 23 mm de compri-

25

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mento e da mesma largura da própria lâmina.

5.4. Peso de 500 g de um tamanho con­veniente, para ser colocado sobre a plata­forma da presilha de plástico, a fim de conferir uma pressão uniforme sobre toda a área da plataforma.

5.5. Câmara ou ambiente com ar condi­cionado que permite alterar as condições das normalmente usadas para testes físi ­cos de materiais têxteis e cujo tamanho seja apropriado para a manipulação das amostras e do aparelho.

6. AMOSTRAS PARA TESTE

6.1 . As amostras devem ser tiradas de retalhos de tecidos isentos de amarrota­mentos ou rugas.

6.2. Cortar 12 provas de 15 x 40 mm, sendo 6 com urdume e 6 com a trama no sentido longitudinal.

6.3. Identificar os dois lados das provas e marcar, a fim de dobrar três provas no lado direito e três no lado esquerdo, in­dependentemente se a amostra tem um lado direito e um lado avesso definido ou não.

6.4. As provas do urdume devem ser tira­, das de três partes diferentes de urdume.

As provas da trama, se for possível, devem ser tiradas de bobinas diferentes.

Se não houver ordem contrária, as provas deverão ser recortadas 'a uma dis­tância não mais perto da ourela ou da ponta do que 1/10 da largura total do tecido.

6.5. Evitar manipulação desnecessária das provas. Recomenda·se o uso de facas para balancim para o recorte das provas, bem como pinças para sua manipulação.

7. CLIMATIZAÇÃO

7.1. A cI i mati zação das provas deve ser realizada a 65% de umidade relativa e 21 ± 10C durante 24 horas no mínimo, antes do teste. As provas devem ser deita­das sobre ,uma superfície rasa, evitando qualquer amarrotamento.

Períodos de climatização mais curtos são permitidos, desde que seja garantido que haja um perfeito equil íbrio da umidade.

7.2. Para determinações sob condições de alta umidade, a climatização deve ser feita a 90 ± 2% de umidade relativa e 35 ± 10 C, durante 24 horas no mínimo, antes do teste.

8. PROCESSAMENTO

8.1 . Se não houver exigências específicas, os testes deverão ser feitos sob condições climáticas padrão para testes físicos de material têxtil.

26

8.2. Colocar a prova têxtil na presilha metálica mediante pinça (entre as 2 lâ­minas), de maneira que uma extremidade confira com a marcação de 18 mm. Me­dante pinça, a parte livre da prova é do­brada para trás da marca de 18 mm da lâmina mais curta, segurando a ponta da prova daí com a unha do dedão da mão que segura a presilha metálica. Deve-se tomar muito cuidado para que a prova não sofra um amarrotamento indevido.

8.3. Segurar a presi lha de plástico com uma mão, abrindo as duas tiras. Intro­duzi ~ a presilha metálica com a prova têxtil da forma que o material dobrado fique exatamente embaixo da plataforma da presilha de plástico, com o lado rebi­tado do lado de fora e com as lâminas paralelamente à presilha plástica. Coloque o canto exterior da tira superior de plás· tico em contato firme com a prova têxtil (não aperte demasiadamente, mas o sufi­ciente para prender a prova).

A linha guia na lâmina superior mais curta, a extremidade exposta da prova têxtil e a extremidade da plataforma devem estar perfeitamente alinhadas. Este procedimento deverá formar uma prega com aproximadamente 1/16 polegada (1,5 mm) de distância da lâmina metálica superior.

8.4. Colocar a combinação de presilhas sobre uma mesa absolutamente plana e horizontal, com a plataforma para cima e colocar suavemente um peso de 500 g sobre a plataforma. Tirar o peso após 5 minutos ± 5 segundos. Pegar a combi­nação de presilhas pelo lado do plástico com a mão direita e introduzir a parte da presilha metálica exposta no suporte com mola do aparelho (plataforma para baixo). Com o dedo indicador, a presilha de plástico é aberta e ·esta é retirada ra­pidamente. Deve-se tomar cuidado que a extremidade da prova têxtil não seja friccionada ou rolada. Por f im alinha-se a presilha metálica.

8.5. A prega deve coincidir perfeitamente com o ponto central do disco e a parte livre da prova têxtil deve coincidir com a linha guia vertical do aparelho. Deve-se tomar cuidado de não tocar a parte livre da amostra têxtil e nem soprá-Ia e a presi­lha metálica não deve ser empurrada ao encontro do disco, a fim de evitar que a parte têxtil o toque.

Todas essas manipulações deverão ser executadas o mais rápido possível.

8.6. A fim de eliminar efeitos de gravita­ção, a parte livre da prova têxtil deve ser mantida em perfeito alinhamento com a linha-guia do aparelho durante todos os 5 minutos de recuperação. Quando um controle rigoroso for exigido, o ajuste com a linha-guia deve ser .feito de 15 em 15 segundos durante o 1<? minuto e uma vez por minuto depois. Um procedimento

racional que permite a execução de diver­sas provas simultaneamente é recomen­dado conforme item 12.3.

8.7. Exatamente 5 minutos ± 5 segundos após a retirada do peso (ou seja, 10 minu­tos após ter colocado o peso), o último ajuste com a linha-guia é feito. Simulta­neamente toma-se nota do valor de ângu­lo indicado no transferidor mais perto por intermédio da escala auxiliar (vide tam­bém 12.4. e 12.5.).

9. CÁLCULO

9.1. Caloule a recuperação média em graus para cada grupo de três amostras, ou seja, urdimento dobrado frente contra frente , urdimento dobrado avesso contra avesso, trama dobrada frente contra fren­te e trama dobrada avesso contra avesso.

9.2. Em caso de a diferença ,entre frente contra frente e avesso contra avesso não ultrapassar 150 , serão apenas calcu ladas a.s médias para urdume e trama separada­mente. Em caso de uma diferença supe­rior a 150 , as 4 médias serão apresentadas separadamente.

10. RELATÓRIO

10.1. Denomine o teste de acordo com a norma, isto é, "Método de Teste AA TCC-66".

1 0.2. Relate a média dos ângulos de re­cuperação da trama e do urdume (ou se necessário, as médias separadas do urdu­me lado direito, lado esquerdo, trama lado direito, lado esquerdo).

10.3. Em caso de ter usado dois ambien­tes de umidade diferentes, ou seja umida­de relativa normal e alta, as médias deve­rão ser relatadas separadamente.

11. PRECISÃO

11 .1. Resultados de controle "entre labo­ratórios" tem demonstrado diferenças apreciáveis.

11.2. Usando 3 provas para cada grupo, como descrito no presente método, as discrepâncias de urdume ou trama médias oscilam entre 1 e 1400 de ângulo. Uma discrepância de abaixo de 400 é conside­rada satisfatória.

i 1.3. Se a precisão "laboratório interno," é satisfatória, diferentes laboratórios acharão as mesmas relações entre um grupo de tecido, mesmo se os valores "entre laboratórios" demonstrem discre­pâncias. Conseqüentemente, o presente método é apto para tomar decisões de confiança sobre a qualidade de diversos tecidos.

O método, no entanto, não pode ser recomendado para a sincronização de testes.

QUIÍVIICA T~XTIL

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12. OBSERVAÇÕES

12.1. Aparelhos podem ser obtidos por intermédio da: T.J . Edwards Inc., 25 William Street, Jamaica Plain, Boston, Mass. 02130 - U.SA

12.2. As presilhas de plástico tem uma certa tendência a ficarem onduladas, com o decorrer do tempo, resultando em dis· tribuição desuniforme do peso sobre a amostra e podendo afetar o resultado do teste. Presilhas onduladas devem, portan­to, ser descartadas.

12.3. Procedimento prático - Recomen· da-se testes mÚltiplos com 6 aparelhos, 6 pesos, 12 presilhas de plástico, 18 pre· silhas de metal e um marcador de tempo.

Seis testes são feitos simultaneamente em intervalos de 7 minutos. ·

12.3.1. Após o preparo de 6 provas têx­teis na combinação de presilhas, o primei­ro ciclo é começado, colocando os 6 pe' sos dentro de 2 segundos. Exatamente após 5 minutos, as presilhas são aliviadas na mesma ordem. Em seguida, as provas são fixadas no aparelho o mais rápido possível (4 segundos para cada prova). ajustados conforme prescrição, sempre na mesma ordem, de maneira que o tempo de recuperação também é idêntico para todas as provas.

12.3.2. A única diferença consta no tem­po na presilha de plástico sem peso, entre os períodos de enrugamento e aliviamen­to que se estende a 20 segundos entre a 1 <;1 e a 6<;1 prova. Achou-se que essa diver­gência não causa efeito negativo sobre os resultados, sendo quea força da presilha de plástico aplicada sobre a prega (sem peso) não é significante. De outro lado, a prega não está livre para a recuperação, enquanto a prova têxtil está presa na pre­silha de plástico.

12.3.3. Cada jogo de seis provas segue o anterior em exatamente 7 minutos, sendo o teste começado pela aplicação; do peso em 0.7 -14-etc .. . minutos. A operação contínua, de acordo com esta técnica

. resulta em 51 leituras por hora.

12.4. A maioria das provas não oferece problemas no alinhamento da parte livre com a linha guia do aparelho. No entan­to duas irregularidades podem surgir: Uma torção sobre o eixo longitudinal ou uma curvatura de uma extremidade à outra.

Em caso da torção, o alinhamento é feito na base da média entre os 2 ângulos que resultam da torção. Em caso da curvatura, o alinhamento é feito de acor­do com a parte mais próxima à prega.

12.5. Sugerimos que todas as medições çlevem ser feitas com o transferidor em posição A, isto é, com a linha 0 -1800 em posição horizontal. No entanto, um ajus-

aufMICA TExTIL

SCHEMATIC DIAGRAM OF MONSANTO WRINKLE RECOVERV TESTE R

Lâmina superior L 1.8cm~ mais curta hoE:(j) ::E]í ---, L Lâr:nina inferior

~ - mais curta

Linha paralel a a extremidade livre!

item 5.2 .: Presilha de metal

r-2 .3cm~

It=:=: =========~~r3t-~ I Plataforma

Presilha de pl ástico

"'-;;lE"w~oç-~r----- t ransferidor

Suporte com mola p/pre­si I ha metá I i ca -rr-;.-;----,:,,,,

~..n--;,----- ponto zero

r:::'r-i.----disco transparente

~,-c.v------:~~--- suporte c/mola

Amostra --Ti-T---.:r.:..----.:..

Linha guia vertical ~-T';"";'-- Dispositivo ajuste da espessura do material têxtil.

APARELHO DE TESTE PARA RECUPERAÇÃO DO AMARROTAMENTO.

te pode ser feito em virtude da espessura do material têxtil, por intermédio 'da es­cala A-G , embora esta correção foi adiada desnecessariamente na maioria dos casos.

RECUPERAÇÃO DO AMARROTAMENTO DE TECIDOS: MÉTODO DE RECUPERAÇÃO DO

. ÂNGULO EM ESTADO MOLHADO Método AATCC 66-1968 - modificado

conforme Waanov/Sandoz

1. OBSE RV AÇÕES

1.1 . O presente método serve para a de­terminação da recuperação do amarrota-

mento de tecidos em estado molhado. A aplicação estende-se a tecidos de qua is­quer fibras ou misturas de fibras. O teste é particularmente interessante para a ava­liação de tecidos com acabamentos "Wash and Wear" ("Lave e Use"), "No Iron" ("não passe a ferro"). "Easy care" ("Manutenção facilitada"). etc .. . 1.2. O presente método baseia-se em prin­cípio no método AATCC 66-1968 (ou seja, "Método Monsanto"), sendo porém devidamente modificado.

2. MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS

2.1. Amostras - Devem ser do tamanho 15 xl0 mm elO x 30 mm (12 provas).

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L

2.2. Umectação Uma climatização (item 7.1. - MP. BR. 81) é supérfluo. As provas são umectadas em uma solução de: 0.5 g/I RESOLlN N, em água destilada à temperatura ambiente du rante 15 minu­tos. Em seguida t irar e encostar os 2 lados contra papel filtro , a fim de tirar o exces­so de água. Usar pinça para a manipulação.

2.3. O teste é feito em ambiente climati­zado, ou seja, 20 ± 20 C e 65 ± 3%, umi­dade ou respectivamente, 23 ± 20 C e 50 ± 3% umidade relativa.

2.4. Processamento - Conforme item '8 -MP. BR. 81, com as seguintes alterações: A prova é dobrada de maneira que a prega coincida com a linha traçada na lâmina inferior da presilha metálica, resultando em um comprimento da parte livre da prova de 10 mm (compare item 8.2. -MP . BR. 81).

2.5. A medição da recuperação é feita da mesma forma como descrito nos itens 8.4 a 8 .7.

O aparelho, porém, deve ser colocado em posição horizontal.

Conseqüentemente, não haverá neces­sidade de observar o alinhamento e seu constante ajuste da parte livre da prova têxtil com a linha guia do aparelho, a não ser após 5 minutos a fim de efetuar a leitura do ângulo .

DETERMINAÇÃO DA REPELÊNCIA À ÁGUA: "SPRAY TEST"

Norma AATCC Test Method 22-1071

1. OBJETIVO E APLICAÇÃO

1.1. O presente método é aplicável para qualquer tecido de material têxtil, com ou sem acabamento repelente à água (impermeabilizante). M'ede-se a resistência do tecido contra a umectação pela água. O método é apropriado para avaliar o efeito repelente à água de acabamentos impermeabilizantes, aplicados em tecidos particularmente planos. A mobilidade do aparelho, bem como a simplicidade e rapi­dez da medição, tornam este método especialmente interessante para controle de produção, na fábrica . O método, no entanto, não revela nenhum dado sobre a provável resistência contra a penetração da chuva no tecido, sendo que o presente método não mede a penetração ' da água através do tecido.

1.2 .. 0s resultados obtidos pelo presente método de provas depende em primeiro lugar da resistência contra a umectação ou repelência à água das fibras e fios do tecido e não da estrutura do mesmo.

2. DEFINiÇÃO

2.1. Repelência à água (ramo têxtil) -A aptidão da fibra têxtil, fio ou tecido de resistência contra a umectação.

28

3. PRINCIPIO

3.1. Água chuviscada contra a superfície . esticada da amostra em teste, sob condi­

ções controladas, produz uma amostra mais ou menos umectada, cujo tamanho de umectação depende da repelência rela­tiva do tecido. A avaliação é feita compa­rando-se a amostra mais ou menos umec­tada com desenhos padrões.

4. APARELHO E MATERIAIS

4.1. Aparelho "Spray Tester AATCC" (vide item 8.1 .).

4.2 . Copo becker com marcação de 250 mi ou proveta.

4.3. Água destilada.

5. AMOSTRA PARA TESTE

5.1. Usa-se uma amostra de 7 x 7" (cerca de 18 x 18 cm). A amostra deverá ser acl i­matizada a 20 ± 20 C e 65 ± 3% de umida­de relativa durante 4 horas no mínimo antes do teste.

6. PROCEDIMENTO

6.1. A amostra acondicionada em clima, conforme indicado, é presa firmemente no aro de metal de 6" (152 mm 0) e com o centro da amostra aproximadamente no centro do aro . A amostra deve apresentar uma superfície lisa e isenta de dobras. O aro é colocado no suporte do aparelho. No caso de gabardine, piquês ou outras estruturas com ripas ou listras em relevo, a amostra deve ser fixada de tal forma que as ripas fiquem em posição diagonal

ao fluxo de água sobre a superfície do tecido.

6.2. Coloca-se 250 mi de água destilada, temperatura de 27 ± 10 C de uma vez no funil do aparelho, permitindo que a amos­tra seja submetida a uma chuva artificial durante aproximadamente 25 a 30 segun­dos. I mediatamente após o período de chuva, o 'aro é removido do suporte e se­gurando-o num lado, bate-se com o lado oposto ' do aro uma vez levemente contra um objeto duro. Em segu ida, segura-se o aro no lado onde foi batido e bate-se mais uma vez, desta vez no lado oposto contra um objeto duro.

7. AVALIAÇÃO

7.1 . Após ter batido, a amostra mais ou menos molhada é comparada com os desenhos padrões, conforme desenho n9 1. A nota deve ser atribuída de acordo com o padrão mais próximo a amostra submetida a chuva. Notas intermediárias não devem ser atribu ídas. Em caso de se tratar de tecido muito ralo ou aberto, qualquer penetração de água através do tecido é desprezada.

8. OBSERVAÇÃO

O aparelho AATCC "Spray Tester" completo (vide desenho 2) poderá ser ad­quirido pelo AATCC, P.O. Box 12215, Research Triangle Park, N .C. 27709, U.S.A. Também poderão ser adquiridos do AATCC unidades para Spray Test, consistente de chuveiro, aro e desenho padrão para avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO PARA "SPR~Y TEST"

100 90 80

~ 70 50 O

Nota Avalição

100 Repelência total da água, nenhuma gota grudada. Tecido perm anece seco em ambos os lados.

90 Gotas grudam espaçadamente ou algumas gotas molham levemente apenas a superfície*do tecido.

80 Umectação nítida da superfície*nos pontos de chuviscagem. 70 Umectação parcial de maiores áreas da superfície": 50 Umectação praticamente total da superfície":

O Umectaçao e penetração total de toda a área, em ambos os lados.

*) O lado debaixo do tecido permanece seco .

QUfMICA T~XTIL

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FUNIL DE LABORATÓRIO, DE VIDRO OU PLÁSTICO 6"

Desenho 2A - Detalhes do AA TCC Spry Tester.

r Revestimento de borracha para aro do suporte.

Tubo de borracha r/) 3/8", compr. 2".

----;-!- Chuveiro de alumínio, 19 furos, r/) 0,035".

r-~r- Amostra de tecido (7x7").

8-

Aro de metal p/esticar tecido (r/) 6 " ).

Suporte de metal

·1 o

= .010 ~.

12 furos, r/) 0,034 ± 0,002"

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.3d]" 0.0. : t .': disto 27/32" = .010 . 6 furos, r/) 0,034 ± 0,002" disto 25/64"

r

1 furo, CD 0,034 ± 0,002" , . . no centro.

Desenho 3. - Chuveiro p/ Spray Texter

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE AGENTES FIXADORES PARA

CORANTES DIRETOS PARA MELHORIA DA SOLIDEZ À ÁGUA

E SOLIDEZ À LAVAGEM

1. MATERIAL TINTO PARA TESTE

Tecido de algodão (cetim) merceriza· do, alvejado, tingido com: 3% Azul Mari· nho Solar B L 250% - enxaguado - seco.

2. TRATAMENTO POSTERIOR' COM AGENTE FIXADOR

P/ sol. à água 0,125 - 0,25 - 0,5 -1 % - Prod. a ser testado. P/ sol. à lavagem 0,25 - 0,5 - 1 -2% - 4% - Prod. a ser testado . Tratamento durante 30 minutos de frio até 700 C, ou conforme prescrição do fabricante do produto. Enxaguar a frio. Secar 90/11 OOC.

QUfMICA TjOXTIL

3. SOLIDEZ

3.1. Solidez à água - Teste rigoroso -Conforme ' Normas DIN 54006 ou ISO, parte 22/R 105, vide MP. BR. 57. Testes de solidez em comparação com uma prova não fixada.

3.2. Solidez à lavagem a 600 C ("Lava­gem 3") - Conforme Norma DIN 54010 ou ISO, vide MP. BR. 42. Testes de soli· dez em comparação com uma prova não fixada.

TESTE PARA GRAU DE FIXAÇÃO DE ACABAMENTO COM

RESINAS PRÉ·CONDENSADAS Método Azul Pyrazol 2F / Ácido Pícrico

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

° presente método destina·se para a . determinação do grau de condensação de materiais texteis (geralmente tecidos) aca· bados com resinas pré-condensadas (do tipo reactante ou não). É possível verifi ­car por intermédio do teste se as condi-

ções aplicadas de condensação (tempo/ temperatura) foram suficientes ou não para a fixação da resina. ° teste no entan­to não revela condições excessivas de condensação.

Substrato: Fibras celulósicas puras ou em mistura com fibras sintéticas.

2. TESTE

Preparar uma solução de: 1 g/I Azul Pyrazol 2F 100% e 1 g/I Ácido Pícrico.

Ajustar o pH para 8,0 a 8,5 (com aprox. 1 g/I soda barrilha anidra).

Tratar o retalho a ser testado * (tecido branco) á relação de banho de 1: 1 00 durante 30 minutos a 250 C.

Enxaguar bem com água fria, espremer, secar ao ar livre ou na estufa a 600 C no máximo.

.• Em caso de diversas provas, recomenda-se tra­tar cada retalho em banho separado.

3. AVALIAÇÃO

3.1 . A fim de facilitar a avaliação, reco­menda-se tratar além das provas conforme item 2:

3.1 .1. Um retalho sem resinagem, mesmo material têxtil, como as provas (referên­cia: grau de fixação zero).

3.1.2. Um retalho com resinagem idêntica às provas, no entanto com condensação excessiva (refe rência: grau de fixação ' 100%).

3.2. A avaliação do grau de fixação é feita visualmente, comparando-se às provas a serem avaliadas com as provas conforme itens 3.1.1. e 3.1.2.

Um tecido tal qual, sem resinagem (ou seja, grau de fixação de resina = zero) apresenta um azul médio de intensidade forte.

De acordo com a quantidade de resina fixada crescente, a intensidade do azul di­minui e a tonalidade desloca-se levemente para mais esverdeada.

Obs.: Subentende·se que a intensidade da coloração nãó somente depende das con· dições de condensação, como também da concentração do banho de resinagem, pick-up de aplicação e material têxtil.

Conseqüentemente deverão ser avalia­das entre sí · apenas provas com receitas idênticas (divergentes apenas em tempo e temperatura de secagem e/ou condensa­ção), sobre o mesmo material.

.DETERMINAÇÃO DO GRAU DE CONDENSAÇÃO DE ACABAMENTOS

COM RESINAS REATIVAS

1. MÉTODO

Amostras brancas dos tecidos acabados com resinas reativas, bem como uma

29

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amostra do mesmo tecido sem acabamen­to, são tratadas num banho com:

1 g/I Reagente Resitest e 1 g/I Ácido Pícrico.

Valor pH ajustado para pH 8,0 a 8,5 com carbonato de sódio anidro (aprox. 1 g/I) .

Relação de banho: 1:100. Temperatura: 250 C. Tempo de tratamento: 30 minutos sob agitação.

Enxaguar bem com água fria - espre­mer ou centrifugar e secar a 600 C no máximo.

2. AVALIAÇÃO

A avaliação é feita baseada na colora­ção (intensidade e tonalidade) das amos­tras tratadas:

Material tal qual (sem resina), repre­sentando grau "O" de condensação: Coloração azul intenso de tonalidade média.

Material com resinagem: Com aumento da quantidade de resina fixada no ma­terial, ou seja, conforme aumento do grau de condensação, a intensidade da cor azul diminue e a tonalidade deslo­ca-se de azul médio para azul esver­deado.

3. OBSERVAÇÕES:

A fim de poder comparar as provas com o grau "100% condensado", re­comenda-se condensar uma das provas acabadas sob condições exageradas (sobre-condensação não é acusado pelo teste) .

Escala padrão - Uma avaliação mais aprimorada consegue-se em compara- ' ção com uma escala de acabamentos como p. ex.: 100 - 80 - 60% da quan­tidade original de resina, condensando essas provas sob condições exageradas e representando dessa maneira padrõ,es de cor para 100' - 80 - 60% de grau de condensação.

DETERMINAÇÃO DA HIDROFILlDADE DE MATERIAIS TEXTEIS PLANOS (ALTURA DE

ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE)

O teste abaixo baseia-se na Norma SNV 198.581. Ambos os métodos

descritos abaixo prestam-se especialmente para a ilustração do

efeito de hidrofilidade

1. MÉTODO COM SOLUÇÃO DE CORANTE

1.1. Preparação do material têxtil - O material (tecido ou malha) é cortado em

30

tiras de 2,5 cm de largura e 20 cm de comprimento. Em caso de tecido, deve-se avaliar o sentido longitudinal (urdume) separadamente do sentido transversal (trama). Tratando-se de tecido de fibra única, os testes são feitos eventualmente apenas em sentido do urdume.

Em caso de avaliar o efeito hidrófilo alcançado por processos de lavagem, purga e/ou alvejamento recomenda-se pre­parar uma escala de provas (p. ex . concen­trações crescentes de detergente) incluin­do-se uma tira do mesmo material, no en­tanto sem o tratamento a ser avaliado, para fins comparativos. As tiras são mon­tadas paralelamente, fixando-as com uma extremidade em régua ou cartolina. Ainda marca-se uma distância de 5 mm da extre­midade , inferior, p. ex . mediante marca com caneta esferográfica.

Aclimatizar durante 12 horas, no mínimo.

1.2. Solução de absorção - Prepara-se uma solução aquosa com 3 g/I Azul Tur­quesa Solar GLL 160% ou 5 g/I Rubinol Solar 3LB 100% em água destilada . Tem­peratura ambiente.

1.3. Execução do teste - As tiras são co­locadas sobre uma bandeja rasa, de tal modo que as pontas inferiores fiquem submersas até a marca (5 mm da extremi­dade). Após exatamente 5 minutos (usar cronômetro) retiram-se as tirás e seca-se entre papel filtro. Em seguida são passa­das a ferro.

1.4. Avaliação - Mede-se a altura média em mm entre a altura do nível d'água até a divisa de absorção visibilizada pela cor da solução absorvida.

Determina-se a relação de eficiência em função de uma escala de concentra­ção (p. ex.: diversas concentrações de

,agentes tenso-ati vos na purga) em siste­ma ' logarítmico e das respectivas alturas médias de absorção, em sistema linear.

A determinação pode ser feita por in­terpolação gráfica ou pelo cálculo de

, ajuste de curvas de correlação semi-Ioga­rítmica.

2. MI:TODO COM ÁGUA DESTILADA SEM CORANTE

Procede-se da forma descrita sob (tem 1, no entanto, com as seguintes altera­ções:

2.1. Preparação do material textil - As tiras são riscadas no meio mediante um lápis de tinta, no sentido longitudinal (p.ex. Lápis CARAN d'Ache N'? 1022 "Encre Bleu").

2.2. Solução de absorção - Usa-se água destilada (sem adição de corante) . A altu­

,ra de absorção nesse caso é visibilisada pe­lo desbotamento da linha de lápis de tin­ta.

LEMBRETE PARA O LABORATÚRIO: PROVAS DE HIDROFILlDADE

A fim de obter a máxima hidrofilida­de de materiais texteis de algodão e suas misturas com fibras sintéticas, os seguin­tes pontos deverão ser observados no tra- ' tamento posterior, após a purga e/ou alve­jamento:

O primeiro enxaguamento deverá ser realizado com água fervente, sendo que o tecido não deve ter tempo de esfriar entre purga e enxaguamento. Evitar a neutralização dos álcalis pro­venientes da purga com ácidos. Após o enxaguamento rigoroso, o ma­terial deverá ser seco a temperaturas não acima de 700 C. As amostras a serem submetidas ao tes­te de hidrofilidade não deverão ser pas­sadas a ferro.

IDENTIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE PERÚXIDO DE HIDROGÊNIO RESIDUAL NO MAT. TÊXTIL

Teste conforme: peróxido-chemie GMBH, Hoellriegelskreuth/Kleinewefers

1. PREPARAÇÃO DO REAGENTE

100 mi de cloreto de titânio, TiCI 4 (técnico) são adicionados lentamente, gota por gota e sob agitação a 200 mi de ácido clorídrico COrlC. Devido à hidrólise do TiCI 4, ocorre um desenvolvimento acentuado de gás de HCI, bem como, rea­ção exotérmica (aquecimento forte do conteúdo do balão). Com isso deve-se-ia trabalhar com um misturador magnético e não com um agitador normal. Em 2C? lugar deve-se observar uma adição lenta (gota por gota) do TiCI 4.

Após a adição completa do TiCI 4, o conteúdo do balão é aquecido até à fer­vura . Permanecer à ebulição durante 1 minuto e adicionar em seguida 800 mi de ácido clorídrico diluído (mistura de 2 partes HCI conc. + 1 parte de água).

Deixar esfriar a solução até à tempe­ratura ambiente.

2. REAÇÃO

A solução assim preparada está pronta para o uso. A adição desse reagente às so­luções aquosas que contém peróxido de hidrogênio, provoca uma colocação laran­ja-avermelhada intensa , Essa reação é de alta sensibilidade.

Obs.: - Tetracloreto de titânio depende da autorização do Ministério da Guerra. ~ Como ' substituto poder-se-ia usar

Papel iodeto/potássio, ami,do ~ colo­ração azul na presença de H2 O2 (NaCIO,

'nitrato, etc. - isto é, reage com todos os oxidantes), no entanto, esse método não qualifica o H2 O2 .

QUIMICA T~XTIL

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IDENTIFICAÇÃO DE FERRO SOBRE MATERIAL TEXTIL, COM

FERROCIANETO DE POTÁSSIO.

1. PRINCIPIO/FINALIDADE

Método qualitativo que permite a iden­tificação de ferro em substratos texteis (freqüentemente encontrado, p.ex. em al­godão), por intermédio de uma reação de coloração simples, em solução aquosa.

2. REAGENTES NECESSÁRIOS

Ferrocianeto de potássio p.a.,

Fe(CN)6 +3H2 0

Ácido clorídrico 2 normal Álcool etílico, quimicamente puro.

3. PROCEDIMENTO

Pesar 10% de ferrocianeto de potássio, calculado sobre a quantidade da amos­tra textil a ser analisada. Dissolver o ferrocianeto de potássio em aprox. 100 mi de ácido clorídrico 2N. Adicionar 50 mi de álcool etílico (ser­ve como agente umectante/penetrante). Colocar a amostra textil na solução prepara·da deixando-a em repouso, agi­tando-se de vez em quando, durante 5 a 10 minutos à temperatura ambiente.

Enxaguar com água destilada e avaliar .. Em caso de ilustração: secar a tempera­tura não muito alta (não passar a ferro a fim de evitar avaliações errôneas) .

4. AVALIAÇÃO

Na presença de ferro, obtém-se uma coloração azul até azul esverdeada, cuja intensidade varia de acordo com o grau de contaminação com ferro: azul inten­so = teor de ferro, esverdeado claro = bai­xo teor de ferro.

DETERMINAÇÃO DO PODERDE UMECTAÇÃO DE AGENTES

TENSO-ATI VOS

Baseado na norma DI N 53901

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os métodos abaixo discriminados são válidos para agentes umectantes usados em banhos neutros, alcalinos ou ácidos. Agentes de umectação para banhos for­temente alcal inos (para mercerização/ caustificação), bem como produtos cuja solução não é transparente (p.ex. produ­tos que contenham solventes orgânicos, sabões de benzina, etc.) não poderão ser testados conforme os métodos abaixo.

Subentende-se que qualquer controle de umectação deverá ser realizado em

comparação com um produto padrão ou de referência, devido ao substrato, isto é, tecido de algodão crú, o qual poderá dar interferência sobre os valores de umecta­ção, devido a divergências na proveniên­cia do algodão, torção/título do fio, den­sidade e estrutura do tecido, eventuais tratamentos prévios, como chamuscagem, etc.

2. MÉTODOS

2.1. Método âncora - Este método pa­drão demonstra uma boa reprodutivida­de, contanto que seja executado por pes­soal experiente, apresentando porém a desvantagem de que as provas precisam ser tocadas com os dedos antes e após o teste de umectação.

2.1.1. Equipamentos Vidros Becker: conteúdo: 1 litro; altura 14 cm; diâmetro: 10 cm. Âncora de imersão: Comprimento 14 cm, extremidade superior curvada, de manei­ra que a âncora possa ser fixada no copo Becker. No orifício da âncora é colocado uma li­nha de 3 cm de comprimento. Na extre­midade da linha fixa-se um ganchinho, por exemplo: 1 grampo como os normal­mente usados em grampeadores (por exemplo: Orfex n9 80).

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Cronômetro.

2.1.2. Tecido - Tecido de algodão crú com fio retorcido, urdume sem engoma­gem, cortado em discos de aprox. 10 cm2

(35 mm de diâmetro). Os discos deverão ser armazenados permanentemente em dessecador com silicagel, até imediata­mente antes de seu uso (no mínimo 24 h antes de começar o teste).

2.2. Método com pinças de imersão -Este método tem a vantagem que as pro­vas não precisam ser tocadas com os de­dos sendo isso invetável no método ânco­ra para a fixação e remoção das provas. O presente método portanto é principal­mente apropriado para a medição em so­luções umectantes agressivas, isto é, áci­das ou alcalinas.

2.2.1 . Equipamentos Vidros Becker: conforme ítem 2.1.1. Pinça de imersão: vide desenho n~ 3 no anexo "Rondellen-Halter fuer NEME Apparat". Suspensão: A pinça de imersão deverá ser suspensa durante a medição, devido ao fato que a mesma serve como presilha de suporte para os discos de tecidos após a sua imersão na solução umectante, até o momento em que os discos afun­dam. Para a execução de grandes séries de medições de umectação, foi constru ído em Basiléia um aparelho de chapas de pve, o qual permite a execução simultâ-

CORANTES FIXADORES

.nea de 6 medições de umectação. Obtém­se uma leve vibração das pinças de imer­são por intermédio de um vibrador fixa­do ao aparelho (motor elétrico com ex­cêntrico), facilitando dessa maneira a re­moção das pequenas bôlhas de ar que fre­qüentemente grudam no tecido.

Cronômetro.

. 2.2 . 2~ Tecido - Vide ítem 2.1.2.

2.3. Condições para teste - Em ambos os métodos mede-se tempo de umectação (tempo de imersão), a partir do momen­to da introdução das provas na solução umectante, até o momento em que a pro­va toque o fundo do copo. A medição é feita por intermédio de um cronômetro. Geralmente devem ser feitas 5 medições isoladas.

2.3.1. Poder de umectação em banho neutro - Em água destilada a (20) - 40 - (60)Oe.

2.3.2. Poder de umectação em banho al­calino - Em soda cáustica de 20 Bé, à 400 e.

A lixívia de 20 Bé é preparada, dissol­vendo-se 12 g de soda cáustica fundida ou em escamas e completando-se com água destilada para 1 litro, ou dilundo-se 30 mi de soda cáustica de 360 Bé com água destilada para 1 litro.

2.3.3. Poder de umectação em banho áci­do - Em ácido sulfúrico de 40 Be (ácido de carbonizaç,ão).a 200 e.

O ácido de carbonização é preparado acrescentando cautelosamente 46 g ou respectivamente 25 mi de ácido sulfúrico concentrado (d = 1.84) a aproximada­mente 500 mi de água destilada fria.

Após o arrefecimento da solução até 200 e dilui-se c/água destilada até comple­tar 1 litro. 2.4. Concentração dos agentes tens'o-ati­vos - As concentrações deverão ser esco­lhidas de maneira que sejam obtidos tem­pos de umectação entre 10 e 100 sego Os degraus de concentrações sempre deverão ser escolhidos em passos logarítmicos (quantidades dobradas e degrau para de­grau), devido ao fato que os tempos de umectação resultem numa correl.ação li­near, como função da concentração na transformação log/ Iog. Geralmente são necessárias qwantidades de agentes tenso­ativos de : 0.25 - 0.5 - 1.0 - 2.0 - 4.0 g/ I a fim de alcançar a faixa acima men­cionada.

A adição de agente umectante é feita em forma de uma solução de 10% em água destilada. Procede-se de maneira que se começa com a concentração mais bai­xa, em seguida adiciona-se por pipeta a di­ferença para a concentração próxima mais alta, etc . .. : 0.25 g/I + 0.25 g/ I + 0.5 g/ I + 1.0 g/I = 2.0 g/ I.

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Para cada concentração são efetuadas 5 medições isoladas, desde que os tempos de umectação estejam dentro da faixa in­dicada de 10 - 100 sego

2.5. Avaliação - Das 5 medições isoladas calcula-se o valor médio geométrico. Em caso de tempos de umectação curtos, as quais não tem muita dispersão, também poderá ser usado o valor médio aritméti­co. Os valores médios são transferidos pa­ra papellog/log:

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Abcissa = concentração em gll Ordenada tempos de umectação em segundos

Se for possível recomenda-se calcular a reta de regressão e o coeficiente de cor­relação.

A avaliação é feita graficamente ou pe­la determinação calculatória daquelas concentrações, das quais resultam tempos de umectação idênticas.

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Em caso de produtos com característi­cas de umectação divergentes, ou seja on­de as retas de umectação não percorrem paralelamente uma a outra, a avaliação é feita com 15 sego e com 40 segundos. Nes­te caso deverá mencionar no protocolo ambas as relações de eficiência:

Tempo de umectação 15 seg.: 100 P pro­duto de referência x P produto em teste Tempo de umectação 40 seg.: 100 P pro­duto de referência y P produto em teste.

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100 partes Sandozin N ;330 partes Sandopan DTC

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I I I I I I I I I I

I I I I I I I · I I I

( I I

Proposta de admissão para Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis

Nome .. . . : . .... . . . ....... . ................ .. ... . ... . ............................. .. .

Data nascimento .. . ... ' ............ Local .... . ......... . ... Nacionalidade . . . . .. . ........... .

Residência ...... . .. . .............. . .... . . ' . ..................... . ...... CEP ........... .

Bairro-Estado .. . ............... .. ...... .. .... ' ......... .. ............ Fone .. ........... .

Trabalho a'tual . . ... . .... . ........ . .... .. ... . .... . .... .... .. . ....... . ......... . ........ .

Endereço . ... ... .. . ... . ..... . .... -........ . ... . ... . ...... CEP ...... . .. . . Fone ........... .

Cargo que exerce . . ............. . ..... . . . .. .. .......... . . . ...... .. ..... Tempo . ......... .

(Assinale com um X o endereço para correspondência)

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Título ................. . .. . .. Escola ............ . . ' .... .. .... Data •••••••••• 0 ' 0 •••••• •• • • •

Título ........... . . . . . ....... Escola . ..... .. .... . .... .. .. -... Data .. . .... . ............ . . .

Tempo de atividade na Qu ímica Têxtil . . .. . . . ........ , ... . ....... . .. . .... .. . . . . . . . . .... . ... .

Registro Profissional C. R. E .A. n9 . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . .......... . . C. R .0. n9 ........... . .... .

EMPREGOS ANTERIORES

Empresa . . .... .. ........ . ...... . ..... . . . ... Cargo ..... .. .. . . . ... . Tempo ..... ' .......... .

Empresa .... . ........................ . .. . .. . Cargo .... . . . ... . ..... Tempo . . .. .. ......... .

SOCIOS PROPONENTES

Nome ....... . .............. . .. . .. . . . . . .... Assinatura ........... . . . ................... .

Nome . . ... .. .... .. ... . .......... .. ... . . ' ... Assinatura .. ..... . ........ . ..... . ~ ......... .

Data ... . .......... . . . . . ....... . . .. ...... . .

assinatura

PARA USO EXCLUSIVODA DIRETORIA NACIONAL

Admitido em .. .. . .. ... . ......... .. .......... Como Sócio .. . . .... . . . .................... .

Aprovado ................. . .......................... , ...... .. ... . .................. . Presidente

Aprovado

19 Secretário

Obs.: Preencher completamente à máquina ou com letra de forma.

- A ABOCT não cobra taxa de inscrição para novos associados.

. '

- Anuidade = Cr$ 3.300,00, pagáveis em três parcelas mensais, mediante recebimento do carnet.

ENVIAR PARA

ABOCT - Caixa Postal 21 .215 - São Paulo - Capital.

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--

"-

ACABAMENTOS TEXTEIS COM BAIXO TEOR OU ISENTOS DE FORMOL-LIVRE

CIBA-GEIGY QU(MICA S.A.

INTRODUÇÃO:

Recentemente, instituições governa­mentais de vários pa íses têm usado mui­tas oportunidades para combater o teor do formol de vários produtos qu ímicos, com bases em determinações legais de concentrações máximas, recomendadas para tais produtos.

Baseando-se na experiência de muitos anos, pode-se dizer .que com toda proba­bilidade, o formaldeldo, nas concentra­ções usadas no acabamento têxtil, não é perigoso mas, como observado com ou­tras substâncias, deverão existir algumas pessoas com alergia ao formol, e o seu contato direto com tecidos acabados po­de causar irritações da pele. Entretanto, se considerarmos o consumo mundial de resinas N-Metilol (aprox. 130~000 tons por ano), apenas uma fração estatistica­mente não estimável de pessoas, como trabalhadores em processamento têxtil ou consumidores de artigos têxteis acabados, deve ser alérgica ao formol.

Grupo 2 - menos que 300 ppm Camisas Blusas Camisetas Pijamas

Grupo 3 - Isento de formol Calças

- Roupas íntimas - Meias, etc .

NbT A: Existe ainda uma especificação de O ppm de formol apenas para artigos usados por crianças até à idade de dois anos. Para todos os artigos usados próximos à pele, como calças, roupas de na­tação, etc, são ·tolerados com um teor de formol livre até 75 ppm.

RECOMENDAÇÕES PARA ACABAMENTOS COM POUCO OU

ISENTO DE FORMOl-LlVRE

Em principio, devemos diferenciar aca­bamentos com teor limitado de formol, dos acabamentos livres de formol. Estes últimos podem ser obtidos com a aplica­ção dos sistemas com elastômeros de sili­cone.

Para os acabamentos EASY-CARE e EASY-IRON, nós recomendamos o traba­lho com resinas de dimetil-di-hidroxi-eti-

siderável melhoria na retenção ao cloro, e produz adicionalmente um toque extre­mamente macio, em comparação com a variante não eterificada.

O II C

/"'" R-0-H 2 C-N N-CH 2 -O-R

I I CH CH

I I O-R O-R

Fig_ 1

Entretanto, devido a esta modificação, esta resina, reage mais lentamente, neces­sitando de uma compensação na acidez potencial de catalisador, ou através de uma elevação na temperatura de polime­rização. Os melhores resultados de cura são obtidos pela aplicação de cloreto de magnésio (30% da quantidade da resina), eventualmente em combinação com 0,5 gll de Fluorborato de sódio, em conjunto com 1-2 mlll ácido acétido 60%.

A resina, pode ser aplicada sobre arti­gos brancos e tintos; não há redução na solidez à luz e, com base em standards europeus, a retenção de cloro pode ser considerada excelente. Em vista da consi­derável diminuição no odor do formol, é este tipo de resina, a indicação principal para aplicações criticas, em particular du­rante a foulardagem, durante as operações de secagem e polimerização e, por fim, durante a confecção.

A figura abaixo exemplifica os efeitos desta resina em uma popeline 100% CO, comparada com processos standards con­vencionais:

CRITÉRIOS A SEREM OBSERVADOS NO ACABAMENTO

A concentração-limite de formol livre, dada (como referência) como causa de irritações da pele, foi avaliada em 750 ppm por diversos estudos técnicos. Entre­tanto, recentes análises dermatológicas demonstram claramente que, caso ocorra alguma irritação, esta é causada pelo con­tato com formaldeído livre mais alto que 1 000 ppm (Método AATCC 112--1972).

leno-uréia eterificadas. Independentemente da constituição

O primeiro país a elaborar uma Legis­lação controlando o teor de formo I livre de artigos de consumo foi o Japão. O go­verno japonês introduziu uma lei em ou­tubro de 1973, determinando limites de formol livre para grupos específicos de artigos: Grupo I - menos que 1 000 ppm

Roupas externas para mu­lheres, homens e crianças Sobretudos, casacos Pullovers Roupas escolarés

ou 1M ICA TÊXTI L

Esta resina, além de apresentar baixo . qu ímica da resina aplicada, é muito im­teor de formol, resulta também numa con- portante serem observadas as melhores

MATERIAL: 100% CO - Popeline de 130 g/m2

Recuperação Accelerator Formol livre

Monsanto (ppm) RECEITA de dobras 3 mino 5 x 90°C após 3m

seco úmido 3000 giros · direto estoque

Sem tratamento 68 73 4,8 1,0 - -

80 g/I Knittex FA Conc. 117 128 9,6 4,1 90 110

80 gll Knittex GM Conc. 126 121 16,5 4,3 610" 1190

Fig.2

39

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condições possíveis para o acabamento. Se há necessidade de artigos com reduzi· do teor de formol, são de importância os seguintes critérios:

- Uniformidade de pH - acidez do banho - boa ventilação na secagem e na poli -

merização - favorecimento da reticulação dos

compostos N-metilol no substrato.

Através de comparações entre diferen­tes métodos de aplicação, verificamos que os processos de trabalho com piCk-ups reduzidos são mais indicados para obten­ção de menores teores de formol livre. As maiores concentrações de formol e, em conseqüência, os mais intensos de· senvolvimentos de odor durante a estoca· gem, resultam dos acabamentos pelo mé­todo de foulardagem úmido em úmido.

TEOR DE CH 2 O LIVRE EM FUNÇÃO DO MÉTODO DE APLICAÇÃO

Método de Formol Livre Teor de Aplicação (ppm) Nitrogénio (%)

Foulard : seco/úmido 650 0,42 úmido/úmido 1830 0,39

MA-Triatex 470 0,41

Fig.3

Estas diferenças ocorrem porque, no método Triatex (baixo pick-upl, obtém-se uma excelente distribuição dos produtos no tecido, enquanto que no processo fou­lard úmido/úmido, uma grande parte do banho do . acabamento permanece na su­perfície do tecido, causando o desenvolvi­mento do indesejável odor durante a es­tocagem.

A temperatura de secagem é de menor importância, mas deve-se dar uma atenção especial ao fato de que os artigos devem ser secos até uma determinada umidade residual, e também à ventilação adequa­da da rama.

Com base em estudos atuais, os se­guintes pontos devem ser observados :

1 - Os acabamentos devem ser feitos so­bre tecidos neutros a levemente áci­dos.

2 - É recomendável um aumento de aci­dez nos banhos de aplicação.

3 - Deve-se fazer todo o esforço para obter-se a melhor distribuição possí­vel dos produtos nos artigos.

4 - A secagem dos artigos deve ser feita a temperaturas entre 11 O-130°C, com cuidados especiais com a ventilação das máquinas.

5 - Deve-se considerar como obrigatória a ret iculação dos compostos N-meti-101 em temperaturas de 155-160°C.

6 - Em geral, devem ser aplicadas apenas as resinas estáveis à hidrólise durante estocagem.

MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA REDUÇÃO DO TEOR DE FORMOl

NO SUBSTRATO

Embora alguns métodos possam apre­sentar sucesso apenas parcial, podemos recomendar as seguintes alternativas :

a) - Adição de receptores de formol ao banho de acabamen~: A adição de uréia ou, mais recomen­dável, de etileno-uréia, é uma alter­nativa bastante conhecida. Entretan­to, a fim de se obter uma redução perceptível de formol, as quantida­des comumente usadas deverão ser consideravelmente aumentadas. Com relação ao substrato, deve-se dar absoluta preferência à etileno-uréia, pois este receptor resulta numa me­lhor inibição de formol, além de me­lhor resistência às temperaturas e resistência à hidrólise. Mas, devido à alteração de grau de metilolização da

Neste ano de 1984, a PLASTOFLEX comemora seu jubileu de prata, e agradece à indústria têxtil brasileira por seu apoio, e pela preferência com os quais a brindou ao longo de todos estes anos.

* EMULSÕES FOTOGRÁFICAS PARA A FABRICAÇÃO DE QUADROS PLANOS

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ALTERAÇÃO DO TEOR DE FORMOl LIVRE NO SUBSTRATO:

AVALIAÇÃO EM FUNÇÃO DO MÉTODO APLICADO

TEOR DE FORMOl LIVRE NO TECIDO, COM VÁRIAS RESINAS SINTÉTICAS, COM VIRTUALMENTE

CONSTANTE GRAU DE RETICULAÇÃO

CH~O - ppm

1200

1100

1000

900

800

700

600

500

400.

300

200

100

Resina aplicada = KNITTEX CM Cone. Material = Popeline 100% CO

2 __ ----.. ~.! .. 3 ------- ",------- . ------ ./

.'" . " .'" .'"

.... .... ." ....

.'" .",.,.",., .... -4

..... --__ __ - - - :::_---==--:.- - -- -5 =. : __ 11._-: .. :: !,-.... -,:-..:x- "-1C_ x-)(- x - - -6

O ~----T-----~----~~----~------~----imediato 4 8 12

semana semanas semanas semanas

3000

I 2000

1000

750

500

250

o ~

• sem adições

com etileno-uréia no banho

pulverizado ou pós-tratado com lavagem e aplicação de etileno­uréia úmido/úmido.

1 - Sem qualquer adição 2 - Pós- Lavado a 60° C 1 = Uréia-formol 6 = Glioxal-mono-ureína + Melamina-for-3 - Com adição de etileno-uréia 4 - Pulverizado com etileno-uréia 5 - Pós-foulardado com etileno-uréia 6 -'-- Pós-Lavado a 60° C, com aplicação

úmido/úmido do etileno-uréia.

Fig. 4

resina, é inevitável um pequeno de­créscimo nos ângulos de recuperação a seco e úmido. Adicionalmente, de­ve-se também considerar que a reten­ção de cloro será aumentada, pelo uso destes receptores de formol. No caso particular da etileno-uréia, ocorre uma pequena influência na so­lidez à luz dos corantes diretos, rea­tivos e de alguns corantes à tina. Todos estes fatores são válidos inde­pendente do método de aplicação (foulard, spray, etc.) . Deve-se mencionar também que a uti ­lização de receptores de formol eli­minam a separação do formol duran­te o processo de seçagem, mas apenas por um período lirt,itado. Dependen­do das condições de estocagem, o formol emanará após poucos dias de estocagem e poderá até mesmo exce­der os teores normais determinados.

b) - Pós-lavagem dos artigos polimeri­zados: Esta alternativa não apenas efetua uma remoção quantitativa do formol livre, como também remove os resí­duos não convertidos das resinas e catalisadores. Dependendo do trata­mento posterior, podem ser obtidos resultados excelentes de formol livre imediatamente após o processo. Não se deve, todavia, excluir a possibili­dade de um leve desenvolvimento progressivo posterior. Dependendo da

QUfMICA TÊXTIL

2 = Melamina-formol moi eterificadas 3 =· Glioxal-mono-ureína 7 = Glioxal-mono-ureína eterificada 4 = Propileno-uréia 8 = Resinas amino-plásticas 5 == Glioxal-mono-ureína +

Melamina-formol

Fig.5

constituição da resina reativa ou se­mi-reativa, a emanação do formol li­vre no material pode ser considerável após curtos períodos de estocagem. Após o processo de lavagem, nós recomendaríamos uma foulardagem posterior com:

10-20 g/I - uréia + 10-20 g/I - etileno-uréia

c) - Foulardagem posterior com inibidores de formol: . Em muitos casos, a pós-lavagem pode não ser a garantia de bons resultados. Como isto também pode ser um fa­tor de custos adicionais, os artigos polimerizados podem receber uma pós-foulardagem com inibidores de formol. Em muitos casos podem tam­bém ser adicionados amaciantes, adi­tivos para toques, produtos para me­lhoria de costurabilidade, etc. Esta alternativa propicia excelentes resul­tados, no que diZ ,:éspeito à estabili­dade à estocagem. Neste caso, o ti­po de resina e as condições de estoca­gem são de pouca importância. Recomendamos as seguintes receitas:

a) 15 g/I - Emulsão polietileno 30 g/I - Emulsão silicone

15-30 g/I - Etileno-uréia

b) 30 g/I - Elastômero de silicone 6 g/I - Reticulante

1,5 g/I - Catalizador 15-30 g/I - Etileno-uréia

d) - Uso de sprays (Pulverização) Ao usarmos este método, devemos observar que o material seja seco até uma umidade residual de 0% para se­rem pulverizados 10% sobre o algo­dão ou 14% para celulose regenera­da. O material deve ter sua umidade condicionada, para que não Haja ne­cessidade de secagem adicional. A concentração da solução de spray depende da constituição da resina aplicada. Para aplicações de resinas de carbamida recomendamos o em­prego de 50 g/I de etileno-uréia em combinação com 50 g/I de uréia. Para resinas reativas, a adição de 10-30 g/I de etileno-uréia e 10-30 g/I de uréia deverão dar bons resultados. Com respeito a estas opções de redu­ção do formol livre, seria conveniente observar-se os gráficos acima.

SUMÁRIO:

As informações contidas neste artigo representam o conhecimento técnico atual, de nosso ponto de vista. Deve ser enfati­zado que os fabricantes de resinas vem desen­volvendo muitos esforços, não só para me­lhorar os produtos já existentes; mas prin­cipalmente para desenvolver novos produ­tos, os quais virão por fim apresentar uma solução ideal, para os problemas existen­tes com os acabamentos com baixo teor e formol.

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TINGIMENTO E BENEFICIAMENTO DAS MALHAS CIRCULARES POLIÉSTER/FIBRAS ,

CELULOSICAS

RHODIAS.A.

INTRODUÇÃO

As malhas circulares em PES/CO ou CV nas misturas 50/50% ou 67/33%, são utilizadas para a confecção de vestidos, camisas polo e camisetas esportivas e/ou lazer.

Esta informação técnica trata do be­neficiamento das malhas obtidas a partir de fios em crú.

/I - PROCESSOS

Conforme o tipo de maqumarlo dis­ponível, o beneficiamento pode ser feito através de . dois diferentes processos: (vide quadro abaixo):

3. em máquina de lavar ao largo sem ten­são,quando o tingimento é feito em malha aberta.

Ex.: Máquina "Rotomat" da Kleinewe­fers Máquina a tambor aspirante de Ar­tos; Arioli etc. Máquina a dobras suspensas da Mez­zera Máquina com dispositivo vibrador da Max Goller Máquina "Trict-Wash" da Javaetex.

OBS.: É possível combinar o tratamento alcalino com o alvejamento do CO com Água Oxigenada (5 a 10 mi/I a 130 vol).

1 - Com Pré-Fixação Parágrafo 2 - Com Pós-Fixação

Preparação antes do tingimento III Preparação antes do tingimento Abertura e pré-fixação IV Alvejamento ou tingimento V-VI Alvejamento ou tingiménto Tratamento Anti -pilling VII Tratamento Anti-pilling Amaciamento (salvo p/fundo de VIII Amaciamento (salvo p/fundo de estampa) estampa) Dimensionamento em rama IX -IV Abertura e pós-fixação (rama

ou calandragem

1/1- PREPARAÇÃO DA MALHA DO TINGIMENTO

Geralmente trata-se as malhas em um

ou pós-fixação em tubular (calandra)

Isto não é recomendável em caso de uma pré-fixação que causaria um forte amare­lamento do COo

banho alcalino à fervura e evitando o con- IV - TRATAMENTOS TÉ RMICOS tato do ar. Ex.: 3 - 5 mi/I Soda cáustica 360 Bé

0,3-0,5 mi/I de um molhante e de­tergente resistente em banho alcali­no 0,5 g/I de um sequestrante Temperatura 90-950 C. Tempo 45-60 mino Enxaguar e neutralizar.

O maquinário pode ser: 1. barca de molinete 2. aparelho tipo Jet ou Overflow, quando

é tingido em seguida

42

Conforme a ~presentação exigida pela confecção (malha aberta ou em tubular), utilizam-se dois tipos de maquinário:

I V.1. Malhas abertas Neste caso as malhas são tratadas em

rama de termofixação normal para malhas estreitas e de preferência com "colchão de ar" ou de esteira, para as malhas lar­gas a fim de obter o mesmo peso no cen­tro como n'as laterais.

O tempo de fixação deverá ser de 20 a 30" à temperatura de:

21 OOC em caso de pré.-fixação 1800 C em caso de pós-fixação. ~ neste tratamento que são definidas

(ou fixadas) as dimensões do artigo acaba­do.

IV.2. Malhas beneficiadas em tubular Para o tratamento térmico em tubular

existem três tipos de maquinário:

I V.2.1 . As ramas ou calandras de fixação horizontais equipadas de guias nas quais se introduz as malhas; neste caso as con­dições de tratamento são iguais às das ma­lhas abertas. Ex.: Máquina "Combi Therm" da 00-

misse (Fr) Máquina "Jet-Jet" da Tube-Tex (USA) Máquina da Erick Kiefer (R FA) Máquina da Monti (lt) .

Devido ao risco de irregularidade de temperatura (e consequentemente de afi­nidade) ao contato das guias, faz com que estas máquinas sejam usadas somente para o "pós-fixação':.

I V.2.2. Calandras verticais equipadas com uma rama aquecida para a fixação. Estas tem um tempo de tratamento muito limi­tado (normalmente de ± 10 segundos), que se tenta compensar com uma eleva­ção de temperatura do ar, compatível com a solidez e sublimação dos Gorantes, pois deverão ser utilizados na "pós-fixa­ção". Ex. : Heliot (F r), Weiss (RFA), Arbach

(RFA).

I V.2.3. Calandras verticais com cilindros de contato com feltro, dando aderência (similar as máquinas transferI. Também esta máquina é limitada devido ao tempo de contato curto e a limitação na elevação da temperatura, que além de perigo de sublimação dos corantes, gera lustro e achatamento na superfície de contato e uma dobra lateral. Uma nova variante desta máquina permite a fixação após abertura da malha, evitando a for­mação de dobra lateral. Fabricante: Sauer (Br).

V - AL VEJAMENTO

Vários procedimentos podem ser utili­zados para "alvejar as misturas do PES/CO dependendo: 1) do maquinário dispon ível (barcas aber­

tas ou aparelhos à pressão) 2) do grau de branco desejado 3) da qualidade do algodão

No quadro a seguir resumimos os pro­cessos principais com comentários a res­peità:

QUfMICA TÊXTIL

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PROCESSOS

a) Alvejamento com clorito de sódio e alvejamento ótico do PESo

b) Alvejamento com Água Oxigenada e alvejamento ótico do COo

c) Enxague e neutralização.

a) Alvejamento com clorito de sódio e alvejamento ótico simultâneo do PES e do CO e depois neutraliza­ção no mesmo banho.

b) Enxague.

a) Alvejamento ótico do PESo b) Alvejamento com Hipoclorito de

sódio. c) Purga alcalina oxidante e alveja­

mento ótico do COo d) Enxague e neutralização.

(Exclusivamente para CO alvejado com purga alcalina oxidante). a) Alvejamento ótico do PES e depois

do CO no mesmo banho após es­friamento a 80-850 C.

b) Enxague.

Observações

COMENTÁRIOS

É o método que fornece o me­lhor branco, porque o clorito é o único produto que alveja o PESo Ademais o alvejamento do CO com Água Oxigenada serve como tratamento anticloro e limpa o CO do azurante plastosolúvel que o sujou.

Este processo fornece também um branco muito bom e mais ra­pidamente que o anterior. Toda­via, a escolha do alvejante ótico do CO é restrita aos estáveis em banho de clorito de sódio.

Este método fornece um grau de branco sem utilizar o clorito de sódio. Elimina bem os piolhos do algo­dão.

Este processo é o mais rápido e fornece um branco médio (bom para fundo de estamp·a). Os pio­lhos do CO deverão ser elimina­dos na purga.

seja efeitos mesclas (tingindo as duas fibras em cores diferentes ou manten­do uma em branco) .

1) O alvejamento com clorito de sódio é o alvejamento mais eficiente para eli ­minar os piolhos do COo Processo V.1. e V.2.

2) Em caso de fixação antes do tingimen­to é recomendável " alvejar o CO após fixação para evitar o amarelamento causado pela temperatura do tratamen­to térmico do PESo

Esta última opção apresenta o risco de evidenciar uma eventual não uniformi­dade da mistura.

3) O alvejamento ótico do PES pode ser feito :

seja em alta temperatura, solução mais conveniente. seja sem pressão eTT1 presença de um "carrier". Maiores informações na nossa técnica referente ao "Alveja­mento do PES", que indica inclu­sive os "carriers" e os alvejantes óti­cos estáveis em banho de clorito de sódio.

4) Os métodos V.3. e V.4., são utilizados quando não se dispõe de uma instala­ção apropriada para o uso do clorito de sódio, que é tóxico e corrosivo .

VI - TINGIMENTO

As misturas PES/CO 67/33% e 50/50% permitem obter: - seja tonalidades unidas (tingindo as

duas fibras na mesma cor) .

aUIMICA TÉÔXTIL

V1.1 . Escolha dos corantes

PES - corantes plastosolúveis de boa so­lidez à luz sublimação.

PROCESSOS

Corantes Reativos A) 1 banho 2 tempos

1) Tingimento do PES e após res-friamento à temperatura apro-priada, adição dos produtos e dos corantes reativos para o tin-gimento do COo

2) Ensaboamento. 3) Enxague.

B) 2 banhos 1) Tingimento do PESo 2) Limpeza redutiva. 3) Tingimento do COo 4) Ensaboamento. 5) Enxague.

CO - corantes diretos ou diretos trata­dos apresenta limitações impor­tantes na solidez a úmido. Nós recomendamos corantes: - reativos - a tina e para algumas tonalidades escu­ras-ao enxofre.

V1.2. Maquinário de Tingimento

VI2.1. Processo com pós-fixação (tipo CO) As malhas são mantidas em tubular e o maquinário poderá ser do tipo:

barca a molinete com aquecimento indireto jet ou overflow.

Estes últimos devem ser preferidos por­que:

permitem uma menor relação de ba­nho oferecem menor risco de quebraduras oferecem menor tensão longitudinal oferecem melhor penetração do coran­te.

VI.2.2. Processo com pré-fixação (tipo sintéticos)

Ao maquinário indicado para o proces­so tipo CO, podemos adicionar o autocla­ve para rolos, quando a mercadoria é aberta e pré-fixada.

Em geral este tipo de maquinário for­nece uma malha menos volumosa que a obtida em corda nas barcas, jet ou over­flow.

V1.3. Processo de tingimento

VI.3.1. Tingimento de um só componente

Proceder como para o caso de tingi­mento de malhas em PES ou em CO pu­ros.

VI.3.2. Tingimento dos dois componentes

Entre os numerosos processos possí­veis, nós abordamos em seguida os mais utilizados:

COMENTÁRIOS

Processo rápido, reservado as cores cla-ras, porque não inclue a limpeza redu-tiva do PESo

"Processo recomendado para as cores escuras no PESo

43

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Processos

C) 1 banho 2 tempos 1) Tingimento do to com coran­

tes reativos e após neutraliza­ção do banho, adição de coran­tes plastosolúveis e tingimento do PESo

2) Ensaboamento. 3) Enxague.

Corantes à tina D) 2 banhos

1) Tingimento do PESo 2) Tingimento do CO em banho

redutivo. 3) Enxague. 4) Oxidação. 5) Ensaboamento. 6) Enxague.

E) 1 banho 1) Tingimento do PES e pigmenta-

ção do COo 2) Redução dos corantes à tina. 3) Enxague. 4) Oxidação. 5) Ensaboamento. 6) Enxâgue.

Corantes ao Enxofre F) 2 banhos

1) Tingimento do PES 2) Tingimento do CO em meio re-

dutor com corantes ao enxofre. 3) Enxague. 4) Oxidação. 5) Enxague' ou tratamento de soli­

dificação.

VII - Tratamento Anti-Pilling

No caso de malhas destinadas à confec­ção de . artigos muito e?<igentes, será re­comendável um tratamento anti-pilling.

O tratamento mais eficaz consiste em uma chamuscagem com uma chama cada face do tecido e que tenha todos os role-

Comentários

Processo rápido porém mais proble­mático que A), pois: - torna difícil a reprodução das to­

nalidades. - risco de aglomeração dos corantes

plastosolúveis, devido à grande quantidade de eletrol itos no banho.

- necessidade de escolher corantes reativos resistentes à hidrolises em banho ácido .

A limpeza redutiva do PES é realiza­da junto com o tingimento do COo

Processo mais rápido e simples que o precedente. É conveniente usar as mis­turas de corantes dispersos e à tina vendidas pelos fabricantes . Infelizmente para as misturas 50% PES e 50% CO, essas misturas preparadas são ainda pouco usadas.

O maior interesse para os corantes ao enxofre é devido ao baixo custo. Toda­via, as tonalidades obtidas são pouco vivas e sua solidez a lavagem a 600 é li­mitada nas cores escuras.

tes transportadores acionados para permi­tir o minimo de tensão e impedir o enro­lamento das beiradas e curvamento da malha, gerando irregularidade no trata­mento.

A chamuscagem causa um toque áspe­ro, portanto é recomendável lavar as pe­ças após este tratamento e amaciá-Ias.

A lavagem será feita em barca por 30 min a 400 C, com 1 g/I de um produto não iônico.

VII I - Amaciamento

Os tratamentos de amaciamento apli­cados após tingimento, têm a finalida­de essencial de evitar, na confecção, o problema do corte das mal hás na costu­ra.

Ademais, o amaciamento permite re­duzir o prob lema da deformação ao uso (bolsas). me.lhorando o deslizamento dos fios um sobre o outro.

A aplicação do produto pode ser fei-ta : - seja no caso de malhas abertas por

foulardagem antes do dimensionamÉm­to na rama. Emprega-se normalmente produtos ca­

tiônicos na quantia de 0,3 a 0,5% de pro­duto comercial depositado no material.

Observações Não amaciar as malhas preparadas pa­ra estampa, para evitar o risco de es­corrimento da pasta de estampa na vaporização. Sobre material tinto em cor escura e destinado à pós-fixação, alguns ama­ciantes podem provocar· uma redução da solidez ao esfregamento dos coran­tes plastosolúveis em PES (fenômeno de termo-migração). Existem, todavia, alguns amaciantes que dão muito pouco este problem·a, que desaparece após a primeira lavagem.

I X - Caladragem

Esta operação encerra o beneficiamen­to das malhas tubulares tratadas confor­me o processo em tubular tipo "CO".

O mesmo consiste em uma passagem em calandra vaporizadora para alisar e endireitar a'malha e vistoriar as peças.

É recomendável evitar estiramentos em longo como em largo, para manter uma estabilidade à lavagem satisfatória.

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