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Imprensa interferiu no desfecho do caso eloá

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BrunofChagasSão Paulo - SP

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Tatuagem (Chico Buarque)Publicado em 28/02/2012 pelo(a) wiki

repórter Júlio Ferreira, Recife-PE

Guantanamera (Los Sabandeños)Publicado em 28/02/2012 pelo(a) wiki

repórter Júlio Ferreira, Recife-PE

O Artista (Trailer Legendado)Publicado em 28/02/2012 pelo(a) wiki

repórter Júlio Ferreira, Recife-PE

. - Foto: WEB

COTIDIANO

Imprensa interferiu no desfecho docaso Eloá1715 acessos - 8 comentários

Publicado em 03/11/2008 pelo(a) Wiki Repórter BrunofChagas, São Paulo - SP

Segundo especialistas, a atuação dos jornalistas minou a

autoridade policial e deixou o seqüestrador confiante.

A semana iniciada no dia 12 de outubro, dentro do contexto

"comum" de rotina vivida pela maioria da população,

poderia ser definida como atípica. Os bancos fechados por

conta de uma greve de funcionários. Um conflito entre duas

frentes policiais que teve repercussão internacional. "Police

vs Police", diziam jornais estrangeiros. O segundo turno das

eleições municipais estava em pleno desenrolar. Mas algo

acabou por chamar a atenção do País para uma outra

direção. Olhos se voltaram para Santo André, na Grande

São Paulo.

O caso protagonizado pelo jovem Lindemberg Fernandes Alves, 22, no cárcere privado da ex-

namorada deste e de três amigos dela, todos com 15 anos, teve repercussão nacional e serve como

ponto de análise tanto para a atuação policial durante a semana do seqüestro quanto para a

cobertura da imprensa, sendo que a última foi amplamente questionada e criticada por uma

suposta intervenção durante as negociações e uma campanha exaustiva estabelecida em torno do

prédio.

Durante o seqüestro, que durou cinco dias, três emissoras de televisão tiveram contato com

Lindemberg Alves por telefone. A primeira foi a Rede TV: na quarta-feira, dia 15, a jornalista e

apresentadora Sônia Abrão conversou com o jovem no programa de variedades A Tarde é Sua. A

apresentadora agiu entre o que seria uma entrevista e uma negociação. Posteriormente, Rede

Globo e Record também tiveram suas entrevistas via telefone. A assessoria da polícia militar

chegou a declarar que as entrevistas atrapalharam as negociações. Entrevistas estas que foram

duramente criticadas por diversos profissionais do ramo de comunicação.

O argumento para reprovação seria que os contatos e exposição exagerada da figura de Alves e do

caso deram ao seqüestrador uma sensação de controle da situação. Sônia Abrão argumentou em

seu programa que só fez seu trabalho e que os 20 anos que tem de carreira, grande parte dedicado

à área de variedades, ajudaram-na a levar a entrevista para o rumo certo, tendo inclusive

acalmando o seqüestrador.

O advogado Paulo Cremonesi, Diretor Geral da Escola de Advocacia Criminal da ACRIMESP

(Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), acredita que situações como o

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PRESS RELEASES

Entidades de defesa do consumidorexigem mais transparência da Anac e decompanhias aéreas

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do

Consumidor (Idec), o cliente não é bem atendido

pelas empresas aéreas e não está contente com

os cancelamentos de voos, com a venda de

passagens aereas acima do número de assentos

disponíveis, furtos ou extravio de bagagens e com a

falta de informações. LEIA MAIS

0 comentários

Publicado pelo Wiki Repórter

Notícias Aéreas

São Paulo - SP

Reporte abuso

contato da imprensa com Alves no decorrer do crime revelaram "um descontrole absoluto da

unidade policial (Gate, Grupo de Ações Táticas Especiais)". Segundo o advogado, apesar de

reprováveis as intervenções de veículos de comunicação não foram nenhuma infração. "Até que

ponto você pode culpar juridicamente a Sônia Abrão pelo que ela fez? Moralmente houve uma

irresponsabilidade tremenda, mas do ponto de vista jurídico jamais se poderá responsabilizá-la

por algum crime cometido", analisa, completando não houve apologia ao crime, algo passível de

punição pela Justiça.

Cremonesi aponta que conversas por telefone ao vivo com Lindemberg Alves durante o seqüestro

não deveriam ter sido permitidas pelo Gate, pois demonstraram uma incapacidade de ser o

condutor das negociações e que realmente concederam "poder" para o criminoso. "Numa situação

como essa, a polícia possui três premissas básicas: ter o controle absoluto da situação, agir com

um tempo determinado e desgastar o seqüestrador por todos os meios possíveis", diz. Ele

complementa que a "flexibilidade, se adotada em um primeiro momento, acaba com a linha

profissional de atuação".

Roberto Parentoni, advogado criminalista presidente do IDECRIM (Instituto de Direito e Ensino

Criminal) concorda com a falta de pulso do Gate na administração do caso. Crítico, Parentoni

afirma que de fato a intervenção de programas jornalísticos evidenciou descontrole no decorrer

do crime. "Quem conduziu o seqüestro não foi o Gate, foi a imprensa", afirma. Sobre a cobertura

realizada, Parentoni questiona se houve prioridade no que seria realmente relevante de ser

noticiado. "Que interesse público há em seqüestro?", indaga. Expõe sua opinião que se realmente

havia algo a ser divulgado, deveria ter sido feito após o desfecho do caso, de modo a não

prejudicar ou espetacularizar o caso.

Cinco dias de calvário

A situação passada pela namorada de Lindemberg Alves e a amiga desta é tida como o caso de

cárcere privado mais longo já registrado no Estado de São Paulo. Foram cerca de 100 horas de

impasse e cerco da polícia até o desfecho trágico. Segundo dados da polícia, o registro anterior a

ocorreu em março de 2007, quando um assaltante manteve por 56 horas reféns uma mãe e

seus três filhos em Campinas.

No dia 13 deste mês, Alves foi armado até a residência da ex-namorada tentar reatar a força um

conturbado namoro que durou três anos. No apartamento de um conjunto habitacional em bairro

violento de Santo André, a menina realizava um trabalho de escola com a amiga e mais dois

rapazes da mesma sala. Os garotos foram libertados no mesmo dia e a amiga da jovem após 33

horas, mas esta acabou voltando na quinta-feira para o cárcere como parte das negociações.

O seqüestro teve seu desfecho na sexta-feira (17). Após um suposto disparo realizado por Alves

dentro do apartamento, a polícia invadiu o local e rendeu o jovem, mas não antes de ele realizar

disparos contra as duas garotas. A ex-namorada de Alves levou um tiro na cabeça e outro na

virilha, tendo morte cerebral confirmada horas depois de ter sido socorrida. A amiga dela levou

um tiro no rosto, mas passou por cirurgia e já teve alta. Lindemberg Fernandes Alves responderá

por denúncias que envolvem homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio

duplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado e cárcere privado.

Matéria publicada originalmente no blog Imprensa Expressa

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