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IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO MODELAGEM ECONÔMICA Weslem Rodrigues Faria Junho de 2016

IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

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IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

MODELAGEM ECONÔMICA

Weslem Rodrigues Faria

Junho de 2016

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Esse material objetiva a capacitação acerca das metodologias empregadas no projeto “Opções de mitigação de emissões de GEE em setores-chaves do

Brasil”. Portanto, seu conteúdo não expressa resultados do projeto.

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Objetivo

O objetivo deste treinamento é apresentar a estratégia de modelagemempregada no projeto, e a mensuração dos impactos econômicos decorrente daadoção dos cenários integrados de baixo carbono. Os resultados foram obtidos apartir de uma integração de modelos econômicos. Um modelo macro dinâmico(DSGE) foi empregado para fornecer a trajetória das variáveis macroeconômicasao longo do tempo. Um modelo EGC (EFES) foi utilizado para traduzir osresultados macroeconômicos em informações setoriais consistentes.

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Índice

Estratégia de elaboração de cenários econômicos de longo prazo: interaçãomacroeconômica e setorial

Cenário macroeconômico: condições de contorno (Modelo DSGE)

Cenário setorial

Simulação de impactos econômicos dos cenários integrados de baixo carbono

Conclusões

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Estratégia de elaboração de cenários econômicos delongo prazo: interação macroeconômica e setorial

Apresenta a estratégia de integração entre os modelos econômicos (DSGE e EGC), que foi utilizada para a obtenção de projeções de PIB setorial, que

foram consideradas na construção dos cenários setoriais de baixo carbono.

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Escopo

• A construção de cenáriosmacroeconômicos e multissetoriaisexprime, em termos quantitativos,uma perspectiva articulada entre astendências da economia e umavisão de futuro.

• Objetiva-se delinear o CenárioTendencial de longo prazo para aeconomia brasileira e seus setorestendo como produto final a geraçãode projeções de variáveiseconômicas, baseadas em hipótesessobre:• o comportamento de agregados

macroeconômicos (DSGE)• mudanças tecnológicas e de

preferências• projeções demográficas• alterações no cenário internacional.

• O Cenário Tendencial caracterizauma situação provável para aeconomia brasileira no futuro,dadas as restrições sob as quaisopera e as suposições feitas sobrealguns de seus aspectos estruturaisfundamentais• Deve ser entendido como uma

situação para a qual caminhará aeconomia do País, na hipótese de queos fatores e políticas presentes nessepassado recente continuem a exerceralguma influência no período deprojeção.

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Escopo

Dentro da estratégia deimplementação do modelo,podemos definir, esquematicamente,os vários estágios de simulação paraa obtenção das projeções doscenários econômicos consistentes,considerando a integração dos váriosmódulos. A utilização do modeloEFES em simulações de projeçãopossibilita a produção de resultadosestruturais e macroeconômicossobre a evolução da economiabrasileira no período de estudo(2010-2050).

O modelo DSGE fornece ao EFES ocenário macroeconômico dereferência. Ao mesmo tempo,adicionamos as simulações domodelo EFES um conjunto demudanças tecnológicas e depreferencias.Além destas, utilizou-se estudossobre perspectivas de mercadosexternos e de crescimento do restodo mundo, nos blocos de “ProjeçõesEstruturais” e “ProjeçõesEconométricas”. A figura tambémindica que o modelo parte da matrizde insumo-produto de 2010.

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Matrizes de insumo-produto

estimadas: 2010

Projeções estruturais de Cenários de mudanças tecnológicas

especialistas e de preferências

Simulações anualizadas

com EFES

Projeções macroeconômicas do

Modelo DSGE

Projeções econométricas

Projeções das variáveis Matrizes de insumo-produto

endógenas: 2015-2050 estimadas: 2015-2050

Estratégia para Geração de Cenários Econômicos (integração dos módulos ou modelos)

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Escopo

• Cenário de linha de base: 2010-2050• São apresentadas projeções para 56 setores da economia brasileira e 110

produtos (Modelo EFES)

Modelo DSGE

CenárioTendencial

- Mudanças tecnológicase de preferências

- Projeções demográficas- Alterações no mercado

internacional

ModeloEFES

Resultadossetoriais

1) Inflação; 2) Taxa de câmbio; 3) Gastos do governo; 4) Investimento; 5) Exportações;

6) Consumo privado; 7) Produtividade

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Integração entre o modelo DSGE e omodelo EFES

• As projeções macroeconômicas do modelo DSGE foram utilizadas como variáveis desimulação no modelo EFES.

Inflação

Taxa de câmbio

Gastos do governo

Investimento

Exportações

Consumo

Produtividade

Variáveisexógenas

MODELO EFES

MODELO DSGE

Projeções

Integração

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Variáveis no modelo EGC

Modelos EGC admitem dois tipos de variáveis:

- Variáveis endógenas

- Variáveis exógenas

As variáveis endógenas são determinadas pelo modelo e as variáveis exógenas sãoescolhidas de acordo com o problema analisado

Como existem mais variáveis do que equações, um número de variáveis exógenasdado pela diferença entre o número de variáveis endógenas e número deequações deve ser estabelecido

Tais variáveis funcionam como “variáveis de política”

Na implementação do modelo a definição de quais variáveis serão endógenas equais serão exógenas chama-se fechamento

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Fechamento do modelo

Cada equação explica uma variável

Há mais variáveis do equações

Variáveis endógenas: explicadas pelo modelo

Variáveis exógenas: escolhidas pelo pesquisador

Fechamento: escolha das variáveis exógenas

Existem muitas possibilidades de fechamentos

Uma forma de construir um fechamento:

(a) Encontre as variáveis que cada equação explica (endógenas)

(b) Outras variáveis não explicadas pelas equações serão exógenas

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Horizonte temporal do fechamento

São dois os tipos de fechamentos:

- Curto prazo:

• Mudanças nos preços são transmitidas na economia e ocorremsubstituições induzidas por essas mudanças

• Não há mudança nas decisões de investimento que afetemfortemente o tamanho do estoque de capital dos setoresprodutivos (novos equipamentos e plantas necessitam de tempopara serem produzidos e instalados)

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Causalidade no fechamento de curto prazo

Consumo InvestimentoConsumo do

governo

Salário real

Estoque de

capital

Mudança

tecnológica

Taxa de

retorno

do capital

Balança

comercial

Emprego

PIB = +++

Endógenas

Exógenas

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Causalidade no fechamento de longo prazo

Balança

comercial

Emprego

Taxa de

retorno do

capital

Mudança

tecnológica

Estoque

de capital

Salário real

PIB = ++

Endógenas

Exógenas

Investimento

Mesmo

comportamento para

famílias e governo

Investimento

setorial segue o capital

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Diferentes fechamentos

Muitos fechamentos podem ser utilizados para diferentes objetivos

Não existe um único fechamento ou fechamento correto

Deve haver no mínimo uma variável exógena medida em unidadesmonetárias doméstica

Normalmente apenas uma é utilizada chamada de numerário

• Normalmente é a taxa de câmbio

• Serve para garantir a propriedade do equilíbrio walrasiano epreços relativos

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Cenário macroeconômico: condições decontorno

Apresenta as hipóteses e os principais resultados do cenário econômico elaborado para o projeto

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Componentes modelagem no DSGE

• DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO BRASILEIRO E O CONCEITO DE PRODUTIVIDADE

• JURO NEUTRO

• REBALANCEAMENTO MUNDIAL E CHINA NA PRÓXIMA DÉCADA

• HIPÓTESES PARA CONSTRUÇÃO DO CENÁRIO BÁSICO• Economia dos EUA

• Choques Monetários e de Risco

• Choque de Produtividade

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Modelo DSGE: Fluxograma para Construção de Cenários Macroeconômicos

-->>---------------------------------------------------------------------------

Choques

Monetários e de

Risco

-->>--

--->>----------------Economia Mundial

e dos EUA-->>-------

-->>-- Resultados -->>--

-->>-----Choques de

Produtividade-->>--

--->>----------------

Marco Institucional

(Dist. Tributária e

Convergência)

-->>-------

---------------------------<<<-------------------------------------------Sustent. Externa ? -----------------<<<--------------------

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Determinantes da produtividade

• Capital humano, o qual é medido através do nível educacional médio;

• Aspectos institucionais que afetam a alocação de recursos da economia, e a qualidadedas práticas econômicas. Para mensurar a qualidade destes aspectos institucionais,utiliza-se um coeficiente de convergência condicional

• O papel deste coeficiente nos modelos de desenvolvimento é exatamente o decapturar a parte que ainda não é explicável pela teoria. Este resíduo, obtido peladiferença entre o que é observado nos dados e o que é medido através da teoria,revela o nosso grau de desconhecimento sobre o desenvolvimento econômico

• Incentivos e obstáculos (tributários e de logística) ao acúmulo de capital produtivo – osquais são determinados pela carga tributária e investimento público

• A carga tributária reduz a lucratividade de projetos produtivos, e assim daacumulação de capital. Os investimentos públicos têm efeito oposto: melhorias nainfraestrutura facilitam as outras atividades econômicas, e assim criam incentivospara uma maior acumulação de capital produtivo.

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Construção de Cenários Macroeconômicos

• Ligação entre as diferentesconjecturas e resultados, duranteprocesso iterativo de construção deum cenário macroeconômico.

• Em uma etapa final, examina-se aplausibilidade do endividamentoexterno implícito nos resultadosobtidos.

• A chamada “vulnerabilidadeexterna” tem sido um dosempecilhos mais importantes aocrescimento econômico brasileiro, oque é capturado pela modelagemDSGE por meio de projeções para osaldo do balanço de pagamentosem transações correntes e para aevolução do passivo externo líquido.

• Caso o endividamento externo sejaconsiderado exagerado, apontandopara uma “inconsistência dashipóteses”, estas são revistas e ocenário modificado.

• Através de iterações repetidas desseprocedimento, obtém-se umconjunto de hipóteses consistentes,associadas à projeção adequadapara o cenário macroeconômico.

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Estrutura do modelo de equilíbrio geral dinâmico e estocástico

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Cenário básico

• Nova rodada domodelo DSGE com aincorporação de novasinformações

- Revisão das contasnacionais

• Nova rodada do modelo EGC a partir do cenário base revisado

– Inserido modulo de emissões e preço/custo/imposto de carbono

– Dados de emissões da TCN e modelagem integrada (modelos MESSAGE e OTIMIZAGRO)

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Cenário básico: algumas das premissas (hipóteses quealimentam o modelo DSGE)• Superávit primário em torno de

2% do PIB em 2015 seguido deaumentos subsequentes até 2017.

• Meta de inflação de 4,5% ao ano.- Com os grandes reajustes nos preços

administrados (energia, transporte eágua) em 2015, a inflação permaneceráelevada no curto prazo

• Consequentemente, os jurosprimários terão de ser elevados aum patamar próximo de 13%,causando uma maior retração daatividade.- No longo prazo, juros se estabilizamem torno de 7,7% a.a. (nominal) e 4,6%a.a. (real)

• Desvalorização cambial entre 2014-2015 permite que o ajuste da balança comercial seja suficiente para que o déficit de conta corrente não atinja um patamar muito elevado

• O resto do mundo continuará a financiar o déficit externo brasileiro sem que haja alguma ruptura

• Câmbio real sofre pequeno ajuste no tempo, retornando a sua média histórica de longo prazo, ajustada pela produtividade

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Considerando as premissas, o modelo obtém osseguintes resultados (síntese)...

• PIB cresce 2,2% a.a de 2015 a 2050

• Investimento atinge 20% PIB em 2050

• Consumo das famílias cresce próximo ao PIB, mantendo61% do PIB no cenário

• Consumo do governo estável em 22% PIB

• Inflação em torno da média de 5,5% a.a.

• Juros reais estáveis a uma taxa média de 5,3%

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Crescimento do PIB (% ano)

Taxa de Investimento (% PIB)

1,52% a.a. de 2015-202,22% a.a. de 2015-50

21,8% do PIB de 2015-2021,6% do PIB de 2015-50

Cenário básico

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Cenário básico

Transações Correntes (% PIB)

-3,6% do PIB de 2015-20-2,5% do PIB de 2021-50

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Cenário básico: algumas alterações

Taxa média % de crescimento anual real, por quinquênio 2010-2050

Taxa média % de crescimento anual, 2010-2050

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Cenário setorial

Apresenta as hipóteses adicionais ao cenário macroeconômico e os resultados do módulo de projeções setoriais do EFES

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Projeções setoriais com o EFES

• Modelo EGC EFES possui módulo dinâmico de projeçõessetoriais

• Projeta resultados setoriais a partir de trajetóriamacroeconômicas (cenários tendenciais)

• Projeções setoriais são consistentes com as condições decontorno da economia brasileira

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2,2%Quadro síntese

Quadro 3. Características do Cenário Tendencial

Dimensão Indicador Baseline Cenário

Tendencial

Observações

operacionais

Crescimento

Médio prazo PIB (crescimento

médio anual)

2010-2035

PIB (crescimento

médio anual)

2008-2013 2,6%

2,5% Modelo DSGE + SCN

(IPEADATA)

x0gdpexp (T)

Longo prazo PIB (crescimento

médio anual)

2010-2050

PIB (crescimento

médio anual)

1995-2013 2,9%

2,3% Modelo DSGE + SCN

(IPEADATA)

x0gdpexp (T)

Desempenho

econômico

PIB em 2050

(USD bilhões)

PIB em 2013

(USD bilhões)

2.205

8.490 Modelo DSGE

Desenvolvimento

humano

Renda PIB per capita em

2050 (USD mil)

PIB per capita em

2013 (USD mil)

11,2

37,5 Modelo DSGE + IBGE

Educação Média de anos de

estudos em 2050

Média de anos de

estudos em 2010

7,9

10,5 Micro-simulação

a1lab (F)

Qualidade da

educação

N/A N/A 1,00 Fator de deslocamento da

trajetória de a1lab

calculado a partir das

trajetórias de PIB/PTF

Saúde Esperança de vida

ao nascer (2050)

Esperança de vida

ao nascer (2010)

73,9

80,7 IBGE

IDH Ranking IDH

2050 em 2012

Ranking IDH 2012

85 (0,730)

21 (0,892)

Finlândia em

2012

data.undp.org

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Quadro sínteseDimensão Indicador Baseline Cenário Tendencial Observações operacionais

Inserção

internacional

Modelo DSGE + SCN

x4tot, x0cif_c (F)

Qualificada

Participação de

produtos de

alta/média

intensidade

tecnológica na pauta

de exportação 2050

Participação de

produtos de

alta/média

intensidade

tecnológica na pauta

de exportação 2010

18,0%

23,7% Produtos MIP: 60-70; 78-86

Tendencial N/A N/A

Efeito “tamanho de

mercado” moderado

(2%)

Deslocamentos tendenciais das curvas de

demanda por bens exportados pelo Brasil

incluindo efeito “tamanho de mercado” f4q

(F)

Progresso técnicoCrescimento médio

anual da PTF

Crescimento médio

anual da PTF

Modelo DSGE

a1prim (F)

Estudo setorial

a1prim (F)

Estudo setorial

a1prim (F)

Estudo setorial

a1prim (F)

Indústria de

transformação

Fator de deslocamento da trajetória de

a1prim calculado a partir das trajetórias de

PTF do setor secundário, mantendo-se os

diferenciais dentro da indústria de

transformação a1prim (F)

Setor terciário 2010-2050 N/A 0,8%

2010-2050 por setor N/A

Estudo da trajetória

recente da PTF na

indústria de

transformação (2000-

2006, por subsetor)

Setor primário 2010-2050 N/A 3,5%

Setor secundário 2010-2050 N/A 1,8%

Global (X+M)/PIB em 2050(X+M)/PIB em 2013

27,6%17,2%

Total 2010-2050 1995-2013 1,1% 1,0%

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Dimensão Indicador Baseline Cenário Tendencial Observações operacionais

Setor público

Carga tributária Em % do PIB de 2050 Em % do PIB de 2013 37,6% 50,0% Modelo DSGE

Modelo DSGE + SCN

f5dom (F)

Investimentos Investimentos públicos em % do PIB de 2050Investimentos públicos em % do PIB

de 2012 2,2%2,4% Modelo DSGE + SCN

Modelo DSGE + SCN

x2tot_i (F)

Micro-simulação

a3_s (F)

Demografia

População População em 2050 População em 2010 195.497.797 226.347.688 IBGE

IBGE

q (F)

Jovens % de pessoas em idade escolar em 2050% de pessoas no grupo etário 5-19

anos em 2010 26,2%14,9% IBGE

Idosos % de pessoas acima de 65 anos em 2050% de pessoas acima de 65 anos em

2010 6,8%22,6% IBGE

Mobilidade socialMudança na composição da cesta de consumo

das famíliasN/A N/A

Crescimento Crescimento médio anual da população 2010-

2050

Crescimento médio anual da

população 2000-2010 1,20%0,37%

Gastos públicos Gastos do governo em % do PIB de 2050Gastos do governo em % do PIB de

2013 21,6%25,4%

Capacidade de

investimentoTaxa de investimento (FBCF/PIB) em 2050

Taxa de investimento (FBCF/PIB) em

2013 18,4%18,4%

Quadro síntese

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Dimensão Indicador BaselineCenário

TendencialObservações operacionais

Energia

IntensidadeAplicar alterações após iterações com

o modelo da COPPE

Energética a1_s (F)

Pré-salProdução de petróleo e gás natural

(Mbbl/dia) em 2030

Produção total de petróleo e gás

natural (Mbbl/dia) em dez/2012

2.584

4.878 Mbbl/dia Pico de produção (2030) – p50, b30

Redução das margens de transporte (-

1%,)

a1mar (F)

Estrutura produtiva

Soma das participações acumuladas

decrescentes [(m+1)/2; m]

[55,5; 110]

Qualidade

Participação de produtos de

alta/média intensidade tecnológica

em 2050

Participação de produtos de

alta/média intensidade tecnológica

em 2010 12,1%

13,3% Produtos MIP: 60-70; 78-86

Densidade e

conectividade

Industrialização

Participação da indústria de

transformação na estrutura produtiva

(% do PIB) em 2050

Participação da indústria de

transformação na estrutura produtiva

(% do PIB) em 2009 16,65%

15,03%

MudançaEstudo com projeções das matrizes

dos EUA (BEA)

tecnológica a1_s (F)

Projeções da MIP com o modelo

EFES

N/A N/AConvergência

moderada

Diversificação Índice de diversificação em 2050Índice de diversificação em 2009

89,491,8

Multiplicador médio de produção

(insumo-produto) em 2050

Multiplicador médio de produção

(insumo-produto) em 2009 1,8791,718

Crescimento médio anual 2012-2050Crescimento médio anual 1990-2012

0,14%0%

TransportesParticipação do setor no PIB em

2050

Participação do setor no PIB em

2009 4,80%3,82%

Quadro síntese

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Modificação da participação setorialno valor da produção 2010-2050

Resultados - Resumo cenário setorial 2010-50

2010 2050 2010-2050

Agropecuária 5,6% 4,7% -0,9%

Extrativa 1,9% 3,0% 1,2%

Indústria 19,8% 18,2% -1,6%

Construção 5,9% 5,5% -0,4%

Serviços 66,8% 68,6% 1,8%

Agregado setorialParticipação no Valor Adicionado

-2,0%

-1,5%

-1,0%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

Agropecuária Extrativa Indústria Construção Serviços

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Setores mais dinâmicos (var.% média PIB setorial 2010-2050)

Setor Média

Educação mercantil 4,89

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico 4,64

Outros equipamentos de transporte 4,38

Petróleo e gás natural 4,13

Serviços domésticos 3,80

Saúde mercantil 3,67

Automóveis, camionetas e utilitários 3,44

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3,21

Caminhões e ônibus 3,05

Peças e acessórios para veículos automotores 2,69

Intermediação financeira e seguros 2,68

Material eletrônico e equipamentos de comunicações 2,56

Serviços de alojamento e alimentação 2,53

Serviços de informação 2,52

Produtos farmacêuticos 2,39

Perfumaria, higiene e limpeza 2,33

Saúde pública 2,30

Educação pública 2,26

Administração pública e seguridade social 2,26

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos 2,20

Outros da indústria extrativa 2,15

Produtos químicos 2,14

Produtos e preparados químicos diversos 2,02

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos 2,02

Construção 1,95

Eletrodomésticos 1,95

Cimento 1,94

Fabricação de aço e derivados 1,89

Jornais, revistas, discos 1,87

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 1,83

Pecuária e pesca 1,80

Minério de ferro 1,79

Serviços de manutenção e reparação 1,75

Comércio 1,72

Serviços prestados às empresas 1,72

Refino de petróleo e coque 1,65

Transporte, armazenagem e correio 1,63

Agricultura, silvicultura, exploração florestal 1,60

Alimentos e Bebidas 1,60

Artigos de borracha e plástico 1,60

Outros produtos de minerais não-metálicos 1,60

Serviços prestados às famílias e associativas 1,59

Celulose e produtos de papel 1,55

Máquinas para escritório e equipamentos de informática 1,52

Artefatos de couro e calçados 1,46

Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 1,42

Defensivos agrícolas 1,30

Álcool 1,27

Fabricação de resina e elastômeros 1,19

Têxteis 1,19

Metalurgia de metais não-ferrosos 1,15

Serviços imobiliários e aluguel 1,08

Produtos do fumo 1,02

Artigos do vestuário e acessórios 0,04

Móveis e produtos das indústrias diversas -0,31

Produtos de madeira - exclusive móveis -0,42

Page 37: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Simulação de impactos econômicos doscenários integrados de baixo carbono

Apresenta o modelo EFES, e os impactos dos cenários integrados de baixo carbono oriundos dos modelos MESSAGE e OTIMIZAGRO

Page 38: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

EFES: abordagem de Johansen em modelos EGC (tradição australiana e ramificação brasileira)

Johansen (1960)

ORANI

(Dixon et al.,

1982)

MONASH-MRF

(Peter et al., 1996)

TERM

(Horridge et al., 2005)

EFES

(Haddad e

Domingues, 2001)

SPARTA

(Domingues, 2002)

B-MARIA

(Haddad, 1999)

PAPA

(Guilhoto, 1995)

ORANI-G

(Horridge, 2000)

MONASH

(Adams et al,

1994)

ORANI-G-BR

(Ferreira et al.,

2005) TERM-BR(Ferreira, 2006)

IMAGEM-B

(Domingues et al, 2009)

(Domingues el al, 2010)

BRIDGE

(Magalhães, 2013)

Be-Green

REGIA

(Carvalho, 2014)

Page 39: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

EFES: abordagem de Johansen em modelos EGC (tradição australiana e ramificação brasileira)

Descrição geral Conjuntos de equações do modelo:

aplicação da teoria microeconômica (minimização de custo, maximização de utilidade)

mercados competitivos

uso de funções de produção e funções de utilidade hierarquizadas

uso de dados de insumo-produto

Representação na forma de variação percentual

escolha de variáveis exógenas e flexibilidade de aplicações

Page 40: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Núcleo da base de dados do modelo EFES

Produtores Investidores Famílias Exportações Governo Estoques

Dimensões i i f 1 1 1

Fluxos Básicos c x s V1BAS V2BAS V3BAS V4BAS V5BAS V6BAS

Margens c x s x m V1MAR V2MAR V3MAR V4MAR V5MAR n/a

Impostos c x s x t V1TAX V2TAX V3TAX V4TAX V5TAX n/a

Trabalho o V1LAB

Imposto sobre

Trabalho1 VLTAX

c = 120 t = 3 f = 10 s = 2

Capital 1 V1CAP i = 60 o=14 m = 2

Terra 1 V1LND

Impostos sobre

a Produção1 V1PTX

Outros Custos 1 V1OCT

Matriz de

Produção

Tarifas de

Importação

Dimensão i 1

c MAKE V0TAR

Agentes

Page 41: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Aplicação do Modelo EFES• Construção de um cenário de referência para o período 2010-

2050• E, nesse estágio, o cenário econômico decorrente da adoção de

faixas de custo de carbono oriundos dos modelos MESSAGE eOTIMIZAGRO

Page 42: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Aplicação do Modelo EFES

2008 2035 2050

SCC – sem CC

CCC – com CC

Diferença percentual“na ponta”

Page 43: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Simulação de custo de carbono no cenário base

• Adaptações no modelo EFES• Módulo de custo de carbono e emissões

• Dados de emissões atualizados com base na Terceira Comunicação Nacional (TCN)

• Faixas de custo de carbono que poderiam ser simuladas: • US$/tCO2eq: 0 (valor nulo), 10, 25, 50 e 100

• Incidem sobre emissões de todos os setores

• Resultados macro e setoriais• Cenário Base

• Cinco cenários de valor de carbono: 0 (nulo), 10, 25, 50 e 100 dólares por tonelada de CO2eq, ora traduzidos em impactos em R$ (reais)

• Desvio em relação ao cenário de linha de base (interpretação e análise)

Page 44: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

)(xMD

2MS

(emissões) x

*x

*p

*2x

*1x

MS Poupança marginal agregada da poluição

MS1 Poupança marginal da poluição para a firma 1

MS2 Poupança marginal da poluição para a firma 2

MD Dano marginal agregado

Poluição eficiente total

Imposto de Pigou

Emissões firma 1 com imposto

Emissões firma 2 com imposto

*1x

*2x

*p

*x

1MS

)(xMS

Princípio da equidade: no controle de emissões de vários poluidores cuja poluição causa danos da mesma forma, princípio requer que o custo marginal de controle seja equalizado entre poluidores de forma a atingir uma redução de emissões ao menor CUSTO SOCIAL possível. Obtido com o imposto de Pigou.

Imposto de Pigou: dois poluidores

Page 45: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Custo de carbono no EFES• Modelos EGC usualmente tratam

emissões separando-as por uso deprodutos (combustíveis) e atividadeprodutiva (e.g. pecuária)

• Emissões no modelo podem serassociadas ao uso de combustíveis ouao nível de atividade do setor.

• Na base de dados do EFES asemissões foram associadas aatividade dos setores, pois oimpacto no custo é indiferente àincidência na atividade ou uso deinsumos emissores de GEE(combustíveis).

• Dados da TCN, e resultadosintegrados do projeto.

• Modelo permite imputar custos decarbono setoriais ou homogêneos.

– Transformação destes custos emvalores monetários querepresentam custos de produção.Maiores emissões, associadas amenor VBP, representa custosetorial maior

• Custo de carbono representaaumento no custo de produçãosetorial e aumento de preços, comqueda de demanda.

– Efeito negativo de redução deatividade (custo de carbono)

– Efeito positivo: fatores maisbaratos, com diminuição decustos para os que emitempouco

Page 46: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Custos de carbono• EFES trata o preço do carbono como um custo setor-especifico sobre as

emissões de CO2eq

• Para transformá-lo em um custo setorial, calcula-se:C = S . E . I, onde

C = Custo de Carbono

S = valor específico (em R$/tCO2eq)

E = quantidade de emissões (tCO2) e

I = indexador de preços usado para preservar a homogeneidade nominal do sistema e valor real

• O custo em taxa % (V) é equivalente a:C = (V . P . Q)/100, onde

V = alíquota ad valorem do custo de carbono

P = o preço básico por unidade de produto

Q = a quantidade de produto do usuário u a ser taxado.

Page 47: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

• Para cada tipo de usuário, umcusto específico sobre emissõespode ser traduzido em uma taxaad valorem da seguinte forma:

V = (S x E x I x 100)/ (P x Q), onde

(E . I)/ (P .Q), pode ser definida como aintensidade de emissão por nível deatividade produtiva por reais

• O impacto setorial direto docusto de carbono depende decaracterísticas técnicas(emissões) e da importânciarelativa desses custo no setor(em relação a seu VBP)

• Impacto indireto em toda aeconomia via cadeias produtivas(insumos mais caros)

Coeficiente de Emissões setoriais(tCO2eq/mil R$)

Custos de carbono

Page 48: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Coeficiente de Emissões setoriais(tCO2eq/ mil R$)

Custo setorial de carbono para $20/tCO2eq(em % do VBP setorial)

Custos de carbono

Page 49: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Custos de carbono

• A emissão de atividade modelada como diretamenteproporcional ao crescimento do setor.

• Não há no modelo inovações tecnológicas endógenas, que,por exemplo, permitam menos CO2 por atividade ao longo docenário.

• Setores reduzem emissões pela redução da atividade(produção), se o impacto no seu mercado for negativo.

• Setores aumentam emissões pela elevação da atividade(produção), se o impacto no seu mercado for positivo(deslocamento de fatores).

Page 50: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

4,82

4,70

4,36

4,11

3,73

3,64

3,41

3,21

3,03

2,67

2,69

2,52

2,57

2,52

2,42

2,28

2,26

2,23

2,23

2,19

2,12

2,16

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00

Educação mercantil

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico

Outros equipamentos de transporte

Petróleo e gás natural

Serviços domésticos

Saúde mercantil

Automóveis, camionetas e utilitários

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos

Caminhões e ônibus

Peças e acessórios para veículos automotores

Intermediação financeira e seguros

Material eletrônico e equipamentos de comunicações

Serviços de alojamento e alimentação

Serviços de informação

Produtos farmacêuticos

Perfumaria, higiene e limpeza

Saúde pública

Educação pública

Administração pública e seguridade social

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos

Outros da indústria extrativa

Produtos químicos

Base+Custo Carbono (US$ 0) Base

Cenário base + custo carbono nulo: crescimento setorial

Var. % média a.a. do VA setorial 2010-2050

Setores com crescimentoacima da média noperíodo

Page 51: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

2,03

2,00

1,92

1,93

1,91

1,89

1,85

1,80

1,80

1,77

1,79

1,67

1,71

1,33

1,59

1,71

1,62

1,59

1,57

1,57

1,30

1,47

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50

Produtos e preparados químicos diversos

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos

Construção

Eletrodomésticos

Cimento

Fabricação de aço e derivados

Jornais, revistas, discos

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

Pecuária e pesca

Minério de ferro

Serviços de manutenção e reparação

Comércio

Serviços prestados às empresas

Refino de petróleo e coque

Transporte, armazenagem e correio

Agricultura, silvicultura, exploração florestal

Alimentos e Bebidas

Artigos de borracha e plástico

Outros produtos de minerais não-metálicos

Serviços prestados às famílias e associativas

Celulose e produtos de papel

Máquinas para escritório e equipamentos de informática

Base+Custo Carbono (US$ 0) Base

Var. % média a.a. do VA setorial 2010-2050

Setores com crescimentoabaixo da média noperíodo

Cenário base + custo carbono nulo: crescimento setorial

Page 52: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Custos de carbono: simulações

• Incidência a partir de 2015 (segundo quinquênio do cenário)

• Faixas (US$/tCO2eq)

– 10, 25, 50 e 100

Convertido em R$ e atualizado monetariamente em cada período (valor real do custo ao longo do cenário)

• Variáveis macro endógenas : consumo das famílias, investimento, exportações e importações

• Variáveis macro exógenos (fixos em relação ao cenário base): consumo do governo

• Resposta setorial: capital, trabalho e insumos– Em geral, negativo: perda em

relação ao cenário base– Mas alguns setores podem

ganhar: deslocamento de fatores, menores emissões, menor coeficiente de emissões

Page 53: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Impactos econômicosDesvio % a.a. dos indicadores macroeconômicos com custo de carbono

Custo de carbono tem impacto crescente na economia: custo 10x maior tem impacto 20x maior (no PIB)

Page 54: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

4,38

5,87

3,97

2,32

3,38

3,22

2,72

2,95

2,65

1,66

2,46

2,62

2,64

2,28

2,72

2,23

2,07

2,04

2,04

1,64

1,49

1,56

0,00 2,00 4,00 6,00

Educação mercantil

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico

Outros equipamentos de transporte

Petróleo e gás natural

Serviços domésticos

Saúde mercantil

Automóveis, camionetas e utilitários

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos

Caminhões e ônibus

Peças e acessórios para veículos automotores

Intermediação financeira e seguros

Material eletrônico e equipamentos de comunicações

Serviços de alojamento e alimentação

Serviços de informação

Produtos farmacêuticos

Perfumaria, higiene e limpeza

Saúde pública

Educação pública

Administração pública e seguridade social

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos

Outros da indústria extrativa

Produtos químicos

Base+Custo Carbono (US$ 100) Base+Custo Carbono (US$ 50) Base+Custo Carbono (US$ 0) Base

Cenário base + custos de carbono: crescimento setorial

Var. % média a.a. do VA setorial 2010-2050

Setores com crescimentoacima da média no base tem em geral perda de atividade econômica com o custo de carbono

Page 55: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

2,07

1,20

1,65

1,27

1,30

0,41

1,62

1,41

1,60

0,01

1,37

1,33

1,65

1,12

0,95

1,85

1,45

1,20

0,78

1,25

1,00

1,51

0,00 0,60 1,20 1,80 2,40

Produtos e preparados químicos diversos

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos

Construção

Eletrodomésticos

Cimento

Fabricação de aço e derivados

Jornais, revistas, discos

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

Pecuária e pesca

Minério de ferro

Serviços de manutenção e reparação

Comércio

Serviços prestados às empresas

Refino de petróleo e coque

Transporte, armazenagem e correio

Agricultura, silvicultura, exploração florestal

Alimentos e Bebidas

Artigos de borracha e plástico

Outros produtos de minerais não-metálicos

Serviços prestados às famílias e associativas

Celulose e produtos de papel

Máquinas para escritório e equipamentos de informática

Base+Custo Carbono (US$ 100) Base+Custo Carbono (US$ 50) Base+Custo Carbono (US$ 0) Base

Cenário base + custos de carbono: crescimento setorial

Var. % média a.a. do VA setorial 2010-2050

Setores com crescimentoabaixo da média nobase também tem perdas de crescimento, em geral

Page 56: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Cenário base + custos de carbono: crescimento setorial

40000

45000

50000

55000

60000

65000

70000

75000

80000

85000

90000

2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

Fabricação de aço e derivados (VA em R$ milhões)

Base Base+Custo Carbono (US$ 0) Base+Custo Carbono (US$ 50) Base+Custo Carbono (US$ 100)

Page 57: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Desvio % VA setorial 2010-2050

Custos de carbono: crescimento setorial

-0,314

-0,313

-0,252

-0,219

-0,213

-0,170

-0,130

-0,120

-0,108

-0,103

-0,101

-0,097

-0,096

-0,095

-0,093

-0,084

-0,082

-0,079

-0,077

-0,059

-0,054

-0,052

-0,051

-0,045

-0,35 -0,30 -0,25 -0,20 -0,15 -0,10 -0,05 0,00

Refino de petróleo e coque

Serviços imobiliários e aluguel

Celulose e produtos de papel

Produtos de madeira - exclusive móveis

Minério de ferro

Fabricação de aço e derivados

Petróleo e gás natural

Móveis e produtos das indústrias diversas

Outros produtos de minerais não-metálicos

Outros da indústria extrativa

Serviços domésticos

Cimento

Peças e acessórios para veículos automotores

Educação mercantil

Transporte, armazenagem e correio

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção…

Metalurgia de metais não-ferrosos

Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

Automóveis, camionetas e utilitários

Eletrodomésticos

Comércio

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

Produtos de metal - exclusive máquinas e…

Outros equipamentos de transporte

Perda de crescimento em relação ao Cenário Base - var % a.a. 2010-2050

Custo Carbono (US$ 10/ton)

-1,82

-1,79

-1,76

-1,48

-1,30

-1,03

-0,99

-0,82

-0,82

-0,72

-0,68

-0,68

-0,66

-0,64

-0,64

-0,58

-0,56

-0,54

-0,53

-0,51

-0,45

-0,44

-0,42

-0,42

-2,00 -1,80 -1,60 -1,40 -1,20 -1,00 -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00

Petróleo e gás natural

Minério de ferro

Serviços imobiliários e aluguel

Fabricação de aço e derivados

Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

Peças e acessórios para veículos automotores

Metalurgia de metais não-ferrosos

Outros produtos de minerais não-metálicos

Máquinas e equipamentos, inclusive manutenção…

Automóveis, camionetas e utilitários

Transporte, armazenagem e correio

Eletrodomésticos

Outros da indústria extrativa

Móveis e produtos das indústrias diversas

Cimento

Produtos químicos

Produtos de metal - exclusive máquinas e…

Celulose e produtos de papel

Refino de petróleo e coque

Educação mercantil

Saúde mercantil

Artigos do vestuário e acessórios

Serviços domésticos

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

Perda de crescimento em relação ao Cenário Base - var % a.a. 2010-2050

Custo Carbono (US$ 100/ton)

Page 58: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Desvio % VA setorial 2010-2050

Custos de carbono: crescimento setorial

0,000

0,004

0,010

0,014

0,022

0,024

0,038

0,039

0,059

0,080

0,083

0,126

0,140

0,156

0,202

-0,05 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25

Serviços de informação

Pecuária e pesca

Intermediação financeira e seguros

Produtos e preparados químicos diversos

Fabricação de resina e elastômeros

Têxteis

Alimentos e Bebidas

Álcool

Serviços de manutenção e reparação

Serviços de alojamento e alimentação

Produtos farmacêuticos

Defensivos agrícolas

Produtos do fumo

Agricultura, silvicultura, exploração florestal

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medidae óptico

Ganho de crescimento em relação ao Cenário Base - var % a.a. 2010-2050

Custo Carbono (US$ 10/ton)

0,05

0,06

0,11

0,15

0,25

0,26

0,32

0,32

1,23

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

Produtos e preparados químicos diversos

Material eletrônico e equipamentos decomunicações

Serviços de alojamento e alimentação

Álcool

Agricultura, silvicultura, exploração florestal

Defensivos agrícolas

Produtos do fumo

Produtos farmacêuticos

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medidae óptico

Ganho de crescimento em relação ao Cenário Base - var % a.a. 2010-2050

Custo Carbono (US$ 100/ton)

Page 59: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Conclusões

Page 60: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Custos de carbono: principais perdas econômicas (comparado ao cenário base)

• Os impactos acumulados em termos de redução do PIB sãoprojetados em R$ 131,6 bilhões até 2030, e R$ 100,8 bilhõesaté 2050 no caso do custo nulo de carbono.

• No caso do custo de carbono de US$100/ton, as perdasacumuladas em termos de redução do PIB são projetadas emR$ 441,9 bilhões até 2030 e R$ 1.554,4 bilhões até 2050.– É importante destacar que não foram avaliados efeitos decorrentes da

adoção de mecanismos de mercado, que serão objeto de análise doprojeto PMR-Banco Mundial, do Ministério da Fazenda. Essa análise,certamente, levará à conclusão de que os impactos negativos poderiamser minimizados, e pontualmente poderiam até mesmo trazer ganhoseconômicos em setores da economia.

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Custos de carbono: principais perdas econômicas (comparado ao cenário base)

• Custo nulo de carbono:– Considerando o horizonte de tempo até 2030 os setores que mais

perdem nível de atividade são Refino de petróleo e coque (-0,66% a.a.)e Produtos de madeira (-0,54% a.a.)

– Considerando o horizonte de tempo até 2050 os setores que maisperdem são Refino de petróleo e coque (-0,32% a.a.) e Papel e celulose(-0,24% a.a.)

• Custo de carbono de US$100/ton :– Considerando o horizonte de tempo até 2030 os setores que mais

perdem nível de atividade são Petróleo e gás natural (-1,87% a.a.) eMinério de ferro (-1,51% a.a.)

– Considerando o horizonte de tempo até 2050 os mesmos setores doperíodo anterior são os mais negativamente impactados (Petróleo egás natural: -1,82% a.a.; Minério de ferro : -1,79% a.a.)

Page 62: IMPACTOS E OPORTUNIDADES PARA UMA ECONOMIA ......consumo do governo • Resposta setorial: capital, trabalho e insumos –Em geral, negativo: perda em relação ao cenário base –Mas

Atividades futuras: Implementação de novocenário econômico

• Cenários baseados em projeções macroeconômicas de maio/2015.

– Fase de implementação de novos cenários baseados em projeçõesmacroeconômicas de abril/2016.

• Ajustes necessários com relação às premissas para a previsão datrajetória das variáveis macroeconômicas dada a conjunturaeconômica do país (efeitos da crise)

• Exemplos:

– Política Fiscal e Monetária• Superávit primário

• Dívida pública

• Estrutura tributária (investimento e produtividade)

• Taxa de juros e inflação (custos)

– Setor externo• Preço das commodities

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OBRIGADO

[email protected]