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Novas tecnologias vestíveis no mercado tecnológico. Interação humano computador.Trabalho entregue à disciplina de IHC - IFMG - Formiga
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Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Interface Humano-Computador
Trabalho prático 1 Roger Santos Ferreira (0002782)
Google Glass: a principal novidade na área de tecnologias vestíveis.
Mesmo que ainda longe de ser o produto “maravilhoso” como demonstrado em suas
propagandas de marketing, é fato que o Google Glass abriu caminho para uma mudança de
paradigma na área de dispositivos vestíveis (wearable), tendência atual da tecnologia.
O site TechTudo, especializado em tecnologia no Brasil, o define como um acessório em
forma de óculos que possibilita a interação dos usuários com diversos conteúdos em realidade
aumentada. Também chamado de Project Glass, o eletrônico é capaz de tirar fotos a partir de
comandos de voz, enviar mensagens instantâneas e realizar videoconferências. Teve um início
de mercado como testes no ano de 2014, com preços na faixa de US$ 1,5 mil, porém não teve
a aceitação esperada pela gigante do mercado.
Devido ao seu alto valor,
mercado consumidor restrito
(basicamente empresarial) e
pouco interesse em
desenvolvedores de criar novas
aplicações para este seleto
nicho de mercado, seu estrelato
foi, de certa forma, reduzido,
causando assim o reinício do
projeto pela Google no fim de
2014, mas dessa vez sem
envolver os beta-testers.
Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Interface Humano-Computador
Trabalho prático 1 Roger Santos Ferreira (0002782)
Seu funcionamento se
baseia principalmente no uso de um
mini projetor, o qual projeta a imagem
polarizada em um prisma, que por
sua vez o redireciona ao olho,
criando assim uma camada visual
sobre a realidade, que, segundo a
Google, é translúcida, permitindo
assim a visão através de tal camada e impedindo o bloqueio da visão. O equipamento é projetado
para uma distância aproximada de 2,4 cm entre o Glass e a retina, tornando-se assim um grande
desafio o customização do equipamento para pessoas que já utilizam óculos. Segundo a Google,
a distância maior não oferece uma mesma experiência de uso e, ainda, sua produção
diversificada se torna muito cara, portanto inviável. Existe a possiblidade de ajuste, não perfeito
ainda para estes casos, bastando para isso dobrar a haste móvel do porjetor.
Segundo o canal do YouTube “EuTestei”, um canal que traz informação e ajuda a quem
precisa comprar seu próximo produto tecnológico, as seguintes características se destacam no
Google Glass:
PRÓS CONTRAS
DESIGN
É bonito. É um trambolho (ainda é meio estranho andar na rua com um desses).
Design inovador e moderno. Um dos lados pesa mais que o outro.
Flexível (se adapta bem a todos os tipos de cabeça).
Não tem o apoio atrás das orelhas, fazendo com que seja constante a necessidade de se ajustar ele no rosto, afinal, ele pesa mais de um dos lados.
Variadas cores (branco, cinza, preto, dentre outras) para a armação e lentes (transparentes e escuras).
Parece que as cores das lentes não têm agradado tanto (dizem ser bizarras para quem não é surfista).
Não pode ser pendurado na blusa como um óculos comum.
Possui:
Botão de energia (demonstra utilização da bateria).
A bateria é bem desajeitada para pessoas de cabelo curto ou carecas, afinal é um trambolho de uma caixa atrás da orelha direita.
Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Interface Humano-Computador
Trabalho prático 1 Roger Santos Ferreira (0002782)
Conexão micro USB (igual às encontradas em celulares atuais).
I indicador de funcionamento.
Botão para captura de fotos e vídeo.
Microfone, para comandos de voz para o Glass (como a SIRI do IPhone)
Baterias na parte de trás da orelha direita.
Botão BCT (Bone Conductivy Transducer), um auto falante que conduz o áudio pelo crânio.
Câmera de 5MP para fotos e vídeo.
Não é à prova d’água.
A tela, ao contrário do que se pensa, não é de vidro, é plástico (onde está o glass?).
Causa cansaço visual rapidamente.
Como o som via BCT não é tão realista ou alto, existem fones externos que podem ser comprados e ligados a ele.
HARDWARE E PROCESSAMENTO
Chipset OMAP 4430 ARM Cortex-A9. Isso tudo ao lado da têmpora do usuário esquenta muito e, por variadas vezes causa algumas instabilidades e travamentos. Às vezes uma mensagem solicitando o resfriamento do equipamento é mostrada.
Seu hardware não é tão avançado, afinal pode ser utilizado em conjunto com um outro dispositivo móvel conectado via Bluetooth (espelhado ou screencast).
A tela projetada se aproxima da sensação de uma tela de 25 polegadas.
A navegação utilizando o swype, olhos e um dispositivo conectado é uma bagunça, se mostrando bastante confusa às vezes.
CPU dual-core 1GHz.
Memória RAM 2GB.
WiFi 802,11 b/g.
Bluetooth.
Acelerômetro.
Giroscópio.
Magnetômetro.
Sensor de luz ambiente.
Sensor de proximidade.
Toque óptico (reconhece piscar de olhos e movimentos com os olhos).
TouchPad (a lateral externa aceita movimentos swype para várias direções e às vezes até mesmo com vários dedos, como zoom).
Os comandos de voz são bem reconhecidos. Somente aceita comandos pré-definidos em inglês.
APLICATIVOS
Loja de aplicativos: Glassware Gallery (oficial), site do Glass (oficial), site glassappsource.com
São poucos os desenvolvedores compromissados com o projeto, ainda, em nível mundial.
Variedades de aplicações já existentes (somente a ponta do iceberg):
Software que mostra constelações, planetas, etc. quando se olha para o céu.
Interpreta e mostra closed captions para falas (aplicação especialmente para surdos).
Receitas de cozinha.
Aprender idiomas com o Duolingo.
Guardar imagens no Evernote.
Checar compromissos no calendário.
Fazer pesquisas na internet.
Tocar músicas, ver vídeos.
Montar mapas mentais.
Funcionalidades GPS.
Lê e interpreta códigos de barras.
Tradução instantânea de placas e cartazes.
Dentre milhares de outras mais...
Algumas liberdades de desenvolvimento e uso dessa tecnologia podem chegar a ser assustadoras, como é o caso do software Stalker, que permite que se trace um perfil completo de uma determinada pessoa, enquanto se conversa com ela.
Para jogos, ainda é bem limitado, devido às restrições de hardware citadas acima.
Curso de Bacharelado em Ciência da Computação Disciplina: Interface Humano-Computador
Trabalho prático 1 Roger Santos Ferreira (0002782)
BATERIAS E ARMAZENAMENTO
570mAh, permitindo aproximadamente de 3 a 6 horas.
Esquenta muito ao carregar e só o faz com o Glass ligado.
Leva aproximadamente 3 horas para recarregar.
Não dura o necessário para um equipamento que provavelmente seria usado durante o dia (aprox. 15 horas).
16GB de espaço interno
Em suma, o Google Glass tem um design bem aceitável para aquilo o que se propõe a
fazer (que é muita coisa), redefinindo as funções úteis no dia-a-dia, trazendo novidades aos
montes, com ótimo reconhecimento de voz (em inglês) e câmera de excelente qualidade. Por
outro lado, ele esquenta muito, travando e causando lentidão em vários momentos, com bateria
de duração média menor que seis horas.
Que fique claro, o Glass não é um substituo para os smartphones atuais e, muito menos,
para os computadores. Simplesmente é um dispositivo com pouca atividade para as mão, ativado
por voz, nem sempre disponível que acopla uma câmera e a internet à sua cabeça, causando às
vezes a estranha sensação de ouvir vozes, segundo a CarInsuranceQuotes.com.
Uma importante questão que ainda aflige os potenciais usuários do Glass é a segurança.
Não só a segurança de ser roubado, o que de fato é gritante, afinal andar com um desses no
rosto (US$ 1500.00) é complicado, mas sim pela questão dos estímulos visuais, dos quais nossa
sociedade ainda depende. Em outras palavras, um campo de visão desobstruído ainda é um
fator preocupante para a adoção em larga escala dessa tão inovadora interface entre humanos
e máquinas, daqui em diante denominada simplesmente como HUD – Head’s Up Display, ou
seja, telas que ficam à frente do rosto, muito conhecida em filmes como “O Predator” e “Homem
de Ferro”.
O Glass não é exclusivo e apenas alavancou um mercado potencial que é tendência no
momento: a tecnologia vestível. Exemplos como um equipamento similar apresentado pela
empresa Baidu, chamado Baidu Eye, uma espécie de Glass chinês, demonstram toda a
variedade de novidades quem vêm por aí. No caso deste último, não existe o HUD, afinal a Baidu
considerou prejudicial e cansativo tal experimento, colocando em seu modelo apenas a interação
usando-se um smartphone.
Está prometido para que até o final de 2015, o projeto Glass seja reapresentado ao
mundo, porém desta vez seu trabalho está sendo realizado a portas fechadas, de acordo com
decisão da gigante, Google. Ficamos à espera para ver o que vem por aí.