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Revista Pensar Gestão e Administração, v.6, n.1, jul. 2017
Identidade e Gênero Nas Organizações: Os Desafios das Mulheres
IdentityandGenderInsideCorporations: The ChallengesofWomen
Aleciano Marcos dos Reis¹ Bárbara Danielle dos Santos²
Luciana A.PerazzoCarreiro Letícia Corrêa Magalhães Ferreira 1
RESUMO: A presença da mulher no mercado de trabalho é um tema que vem ganhando força na atualidade. As mulheres deixaram o perfil imposto pela sociedade de que nasceram para serem donas de casa para assumirem cargos dentro das organizações, porém se depararam com uma cultura machista, também de fruto cultural, e acabaram sofrendo diversos tipos de dificuldades e preconceitos dentro dessas organizações. A todo tempo são subestimadas pela sua capacidade intelectual de assumirem cargos de liderança, esses que são predominantemente ocupados por homens, têm remunerações inferiores e além de tudo ainda sofrem diversos tipos de assédios, que entre o mais comum, é o assédio moral.
Palavras-chave: Mulher. Organização. Preconceito. Assédio Moral. Sexismo.
Abstract:Woman’sjobmarketpresenceis a topicthatisgaining momentum nowadays. Woman’s are leaving a profile imposedbythesociety, whichdeterminedthattheywereborntobehousewives, in ordertotakepositionsinsidetheorganizations, howevertheyencounter a sexistculture, alsoofcultural roots, in a regardthattheyendupsufferingmanytypesofdifficultiesandprejudicesinsidetheseorganizations. At all times they are underestimatedbytheirintellectualcapacityto assume leadershippositions, that are predominantlyoccupiedbymen, havelowerwagesand, moreover, still sufferfrommanytypesofharassment, whichthemost common ispsychologicalharassment.
Key Words: Women. Corporations. Prejudice. Sexual Harassment.Sexism.
1Mestre em administração pela FNH, professora nos cursos de Administração e Gestão de RH
da Faculdade Promove de Belo Horizonte, Brasil (2017)
Revista Pensar Gestão e Administração, v.6, n.1, jul. 2017
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¹ Graduando em Administração pela Faculdade Promove de Belo Horizonte, Brasil (2017) [email protected] ² Graduanda em Administração pela Faculdade Promove de Belo Horizonte, Brasil (2017) [email protected] ³ Graduanda em Administração pela Faculdade Promove de Belo Horizonte, Brasil (2017) [email protected]
1 INTRODUÇÃO
A inserção da mulher no mercado de trabalho vem, ao longo do tempo,
desmistificando a ideia de sexo frágil, dependente, covarde e com pouca
intelectualidade, cconceitos esses que são formados por base da educação
cultural. Sendo assim, é necessário e significativo um aprofundamento na
pesquisa nesse assunto que ainda é muito frequente dentro das pequenas e
grandes organizações.
Neste artigo, buscou-se compreender o olhar da mulher diante dos
desafios e dificuldades enfrentadas no exercício da função de advogada em um
determinado escritório de advocacia em Belo Horizonte, onde essa profissão,
historicamente sempre foi predominantemente exercida por homens. Porém, o
número de mulheres exercendo essa função vem aumentando cada vez mais,
enfrentando várias lutas contra o preconceito e igualdade de gênero.
Com foco no empoderamento e igualdade de gênero, busca-se cada dia
mais identificar quais as dificuldades do ingresso das mulheres no mercado de
trabalho, focando nos fatores que levam à desvalorização dessas mulheres, em
relação ao sexo masculino e como encarar esses desafios cotidianos nessa
árdua busca por igualdade.
A problemática gira em torno do questionamento: No mercado de trabalho
atual brasileiro quais as principais dificuldades ainda enfrentadas pelas
mulheres para a igualdade de gêneros?
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Esse artigo tem como objetivo geral identificar no mercado de trabalho
brasileiro quais as principais dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres,
para a igualdade dos gêneros, nas organizações.
Especificamente, objetiva-se
● Conhecer quais as principais dificuldades que a mulher enfrenta dentro da organização.
● Analisar os fatores que levam á desvalorização da mulher no mercado
de trabalho.
● Observar o envolvimento da mulher no mercado de trabalho.
A escolha do tema inserção da mulher no mercado de trabalho se
justifica pela necessidade de ampliar os conhecimentos do tema abordado.
Considerando o crescimento da mulher no mercado de trabalho
nesses últimos anos, a mulher ainda é considerada, o “sexo frágil” e a partir
dessa ideia mostra que ainda há uma grande dificuldade em inseri-la no
mercado de trabalho e acabar com o “machismo” dentro das empresas.
As mulheres enfrentam uma diferenciação nas oportunidades no
mercado de trabalho, quando comparadas às dadas aos homens. Essa
diferença, que é traduzida em discriminação, faz com que a produtividade do
grupo feminino seja inferior ao do grupo masculino. Barros, Ramos e Santos
(1995) apud in Baptista (2000) afirmam que o grupo social discriminado irá
produzir abaixo do nível ótimo, o que fará com que os recursos da organização
sejam subutilizados. Com base nessa afirmativa, este trabalho se justifica -
academicamente - por levantar referenciais visando corroborar a visão dos
autores citados, além de servir como referência para futuros trabalhos de
mesmo tema ou que façam menção a ele.
2. A MULHER DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
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Por décadas as mulheres foram consideradas submissas e não dignas de
conviver em sociedade. Durante toda a história da população brasileira, as
mulheres são retratadas como donas de casa. Ressalta-se que no período
colonial a escravidão era algo comum, sendo em sua maioria mulheres negras
trazidas de países africanos. As mulheres traficadas eram obrigadas a trabalhar
para os brancos, sendo humilhadas, e, muitas vezes sendo estupradas por
seus “donos”. Apesar da pobreza na sociedade da época, a mulher branca não
era considerada escrava, não enquanto era “pura e casta” de acordo com os
costumes da igreja medieval.
O grande início da inserção da mulher no mercado de trabalho aconteceu
de fato com as Ia e IIa Guerras Mundiais. Com os homens nas frentes de
batalha, as indústrias utilizaram a mão de obra disponível – mulheres e
crianças. Enquanto os homens lutavam, as mulheres fabricavam as armas, as
munições, e tantos outros insumos que abasteciam não somente a guerra, mas
a economia em geral. Com o fim das guerras, muitos homens não voltaram, ou
mesmo os que voltaram estavam incapacitados para assumir suas antigas
funções no mercado. E coube então à mulher assumir o papel antes ocupado
por eles (TONANI, 2011).
E esta participação da mulher no mercado trabalho não parou mais de
crescer e se solidificar. Castells (1999) aponta que “trabalho, família e
mercados de trabalho passaram por profundas transformações neste último
quarto de século em virtude da incorporação das mulheres no mercado de
trabalho remunerado”.
Loden (1988) afirma que não há dúvidas de que as mulheres continuam a
cada dia mais obter sucesso por derrubar e desconstruir velhas barreiras para
chegar ao patamar desejado em suas carreiras, e cada dia mais encorajadas e
dispostos a enfrentar e assumir riscos no meio profissional, comercial e perante
toda sociedade. Pode-se notar que, acompanhar ativamente os avanços
tecnológicos é conquista relativamente recente das mulheres e garantir que a
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conquista do mérito pelo seu esforço, ser independente e ainda ter sua
competência reconhecida é motivo de orgulho para a maioria delas e é um
processo que deve ser contínuo a cada dia. E que apesar de tudo, as mulheres
têm muito que comemorar, pois abriram muitos caminhos e conquistaram
destaques no âmbito competitivo dos negócios, e provaram que podem sim,
trabalhar fora de casa conquistando seu próprio dinheiro e independência,
podendo se orgulhar de suas lutas e esforços.
2.1 Gênero e poder
Ao falar de sexo e gênero é fundamental definir corretamente esses
conceitos, já que são confundidos com frequência. De acordo com Díaz (1999)
sexo refere-se às diferenças biológicas entre homem e mulher, seus aparelhos
reprodutores, suas funções diferenciadas decorrentes de seus hormônios.
Gênero refere-se às relações sociais desiguais de poder entre homens e
mulheres que são o resultado de uma construção social do papel do homem e
da mulher a partir das diferenças sexuais. (DOMINGUES;LUZ e QUERINO
2012).
O campo de estudos de gênero consolidou-se no Brasil no final da década
de 70, concomitantemente ao fortalecimento do movimento feminista no país. A
incorporação da perspectiva de gênero por políticas públicas é, no entanto, um
tema ainda hoje pouco explorado. O conceito de gênero foi incorporado pelo
feminismo e pela produção acadêmica sobre mulheres nos anos 70 e, desde
então, tem sido interpretado de formas distintas por diferentes correntes do
feminismo, conforme versa Farah (2004). Segundo Carvalho (1998), o uso
ainda hoje mais frequente do conceito é o proposto pelo feminismo da
diferença. Este rejeitou pressupostos do feminismo da igualdade, que afirmava
que a única diferença efetivamente existente entre homens e mulheres são
biológico-sexuais, e que as demais diferenças observáveis são culturais,
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derivadas de relações de opressão e, portanto, devem ser eliminadas para dar
lugar a relações entre seres ‘iguais’.
Farah (2004, p.2) afirma que:
O conceito de gênero, ao enfatizar as relações sociais entre os sexos, permite a apreensão de desigualdades entre homens e mulheres, que envolvem como um de seus componentes centrais desigualdades de poder. Nas sociedades ocidentais, marcada também por outros ‘sistemas de desigualdade’, como apontada pela abordagem pós-estruturalista, é possível constatar, no entanto, que o padrão dominante nas identidades de gênero de adultos envolve uma situação de subordinação e de dominação das mulheres, tanto na esfera pública como na privada.
Segundo Costa (1998), quando se fala de gênero, se fala de poder. A
relação entre o masculino e feminino são diferentes, mantendo a mulher
subjugada ao homem.
Ainda hoje, pese todas as transformações ocorridas na condição feminina,
muitas mulheres não podem decidir sobre suas vidas, não se constituem
enquanto sujeitos, não exercem o poder e, principalmente, não acumulam este
poder, mas o reproduzem, não para elas mesmas, mas para aqueles que de
fato controlam o poder. As pequenas parcelas de poder ou os pequenos
poderes que lhes tocam e que lhes permitem romper, em alguns momentos ou
circunstâncias, a supremacia masculina, são poderes tremendamente
desiguais. (COSTA, 1998).
2.2 A mulher e o feminismo no mercado de trabalho
Cresce exponencialmente o número de mulheres em postos diretivos nas
empresas. Segundo o jornal “Valor Econômico” (2015), no mundo, as mulheres
ocupam hoje 24% dos cargos de liderança, entre presidentes, vice-presidentes
e diretorias, um aumento de três pontos percentuais comparado a 2012. O
Brasil acompanha a estatística, com 23% de mulheres em cargos de alta
gestão. Curiosamente, essa ascensão se dá em vários países como; China,
Tailândia, Alemanha e Itália de maneira semelhante, “como se houvesse um
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silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no sentido da inclusão
qualificada no mundo do trabalho”, diz Probst (2003 p.1).
“Pouco a pouco as mulheres vão ampliando seu espaço na economia
nacional. O fenômeno ainda é lento, mas constante e progressivo. A mulher
deixou de ser apenas uma parte da família para se tornar o comandante dela
em algumas situações. Por isso, esse ingresso no mercado é uma vitória. O
processo é lento, mas sólido.
As mulheres sofrem mais do que os homens com o estresse de uma
carreira, pois a maioria, além da rotina árdua do trabalho, são donas de casa,
mãe de família, do lar. As mulheres dedicam-se tanto ao trabalho quanto o
homem e, quando voltam para casa, instintivamente dedicam-se com a mesma
intensidade ao trabalho doméstico. Embora alguns homens ajudem em casa,
não chegam nem perto da energia que a mulher tende a dar.”
(PROBST, 2003).
Em relação às mudanças na estrutura ocupacional do país da época, essa
constituíam-se da formação do movimento negro, do movimento de mulheres e
de outros movimentos sociais que exigiam igualdade no país. Hasenbalg e
Valle (1984) afirmam que as mulheres não só tendem a conseguir uma melhor
distribuição na estrutura ocupacional, como também abandonam os setores de
atividade que absorvem a força de trabalho mais qualificada e pior remunerada,
para ingressar em proporções crescentes na indústria e nos serviços
modernos. As tendências observadas permitem sugerir, de maneira provisória,
a possibilidade de uma diferenciação dos mercados de trabalho para as
mulheres: enquanto as mulheres oriundas das classes populares, com baixos
níveis de escolaridade, tendem a concentrar-se na prestação de serviços e nos
empregos ligados à produção na indústria, as mulheres de classe média,
dotadas de níveis mais elevados de educação formal, dirigem-se para os
serviços de produção e de consumo coletivo (CARNEIRO, 2003).
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Com o expressivo crescimento de mulheres no mercado de trabalho,
dados revelam que o nível de emprego com carteira assinada para as mulheres
cresceu 5,93% (IBGE, 2004) em relação ao ano anterior. Observando os dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística percebe-se que a relação dos
salários entre homens e mulheres passou para 85,97%,e que a diferença
salarial é menor comparada ao salário masculino. Mesmo na constante luta
para absorver conhecimento profissional e específico a mulher continuará
recebendo salário inferior em relação ao homem e executando a mesma
função. Nos últimos anos, tem-se verificado uma tendência de que, apesar da
maior escolaridade e avanço da inserção feminina no mercado de trabalho, as
mulheres recebem um rendimento em média 30% inferior ao do homem.
2.3 Assédio moral nas organizações
“Nas organizações a violência e o assédio nascem do encontro entre a
inveja do poder e a perversidade. No mundo do trabalho, nas universidades e
nas instituições em geral, as práticas de assédio são muito mais estereotipadas
que na esfera privada e são também onde essas práticas têm sido mais ... por
suas vítimas”. (FREITAS, 2000, p.6 a 15).
O processo de assédio moral no trabalho traz sérios prejuízos para o
indivíduo, para a organização e para a sociedade. Os indivíduos acometidos
pelo assédio moral, ao se sentirem ameaçados, deixam de levar uma vida
normal e veem prejudicado todo o contexto de sua vida pessoal. Há casos em
que eles se sentem esmagados e perdem inteiramente a disposição e a paixão
pela vida. A destruição da identidade do indivíduo nos processos de assédio
moral no trabalho se dá rapidamente. Entretanto, a recuperação da autoestima
e a consequente recuperação desse indivíduo para o convívio na sociedade e
no ambiente de trabalho pode levar anos. (FILHO, Antônio, 2008)
Barreto (2003) define assédio moral ou violência moral no trabalho como a
exposição de trabalhadores a situações constrangedoras e humilhantes durante
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as suas atividades dentro da organização, que é caracterizado como atitude
desumana e violenta nas relações de trabalho.
3 METODOLOGIA
Metodologia da pesquisa é a parte que define como, onde e de que
forma a pesquisa é realizada, bem como os métodos utilizados para a busca de
informações para a execução dos objetivos determinados.
De acordo com Vergara (2000) a taxionomia de tipos de pesquisa varia
de acordo com os critérios utilizados. Para a classificação da pesquisa, a autora
tomou como base a relação de dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto
aos meios, conforme informações contidas nos quadros 1 e 2.
Quadro 1 – Critérios relacionados aos fins da pesquisa.
Tipo de pesquisa Conceito
Descritiva Expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno, pode também estabelecer variáveis e definir sua natureza.
Explicativa A investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível.
Metodológica É o estudo que se refere a instrumentos de captação ou manipulação da realidade
Aplicada E fundamentada na necessidade de resolver problemas concretos mais imediatos ou não, tem, portanto finalidade prática.
Fonte: (VERGARA, 2000, p.47)
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Quanto aos fins a pesquisa é descritiva e tem como objetivo apresentar
as principais características da população pesquisada, como opinião e
preferências. A pesquisa descritiva expõe características de determinada
população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer
correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de
explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação
(VERGARA 2000).
Quadro 2 – Critérios relacionados aos meios da pesquisa
Tipo de pesquisa Conceito
Pesquisa de campo É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um
fenômeno ou que dispõe de elemento para explicá-lo.
Tipos de pesquisa Conceito
Pesquisa bibliográfica É o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais redes eletrônicas, isto é material acessível ao público em geral.
Participante A pesquisa participante não se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigação, fazendo com que a fronteira pesquisador/pesquisado.
Estudo de caso É o estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, que pode ser uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, uma comunidade ou mesmo um país.
Fonte: (VERGARA, 2000, p.47-48)
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Quanto aos meios foram utilizadas pesquisa bibliográfica e de campo. Para
coleta de dados foi desenvolvido e aplicado um roteiro de entrevista para o
chefe do setor com intuito de comparação de dados.
Segundo Marconi e Lakatos (2006), para a realização da coleta de dados
existem vários procedimentos que podem variar de acordo com o tipo de
investigação, conforme informações contidas no Quadro 3.
Quadro 3 – Técnicas de pesquisa mais utilizadas
Técnica de pesquisa Conceito
Entrevista Identificar quem deve ser entrevistado; elaborar um plano para a entrevista; elaborar as questões previamente; realizar um pré-teste para correção de possíveis erros; diante do entrevistado estabeleça uma relação amigável;
procure ser objetivo e anote tudo na hora (não confie na memória).
Questionário Importante instrumento de coleta de dados; a linguagem deve ser a mais simples e direta possível; deve conter: carta de explicação (proposta da pesquisa); itens de identificação, itens sobre as questões.
Fonte: (MARCONI e LAKATOS, 2006)
Segundo Appolinário (2011, p.150), ‘’a pesquisa quantitativa é a
modalidade em que as variáveis predeterminadas são mensuradas e expressas
numericamente, e os resultados também são analisados com o uso
preponderante de métodos quantitativos’’. A pesquisa quantitativa geralmente
envolve a obtenção de um conjunto extenso de informações que, após serem
coletadas mediante a utilização de formulários e questionários (entre outros
instrumentos) necessitam de análise estatístico.
Godoy (1995), diz que a abordagem qualitativa, enquanto exercício de
pesquisa, não se apresenta como uma proposta rigidamente estruturada, ela
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permite que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a propor
trabalhos que explorem novos enfoques. E. Neves (1996), complementa que
análise qualitativa não busca enumerar ou medir eventos e geralmente não
expressa instrumento estatístico para análise de dados. Portanto a pesquisa
quanto a sua técnica é qualitativa e quantitativa.
Quanto aos objetivos foi empregado um tipo de estudo pretende descrever
os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). Por sua
vez Gil (2008) diz que descrever as características de determinadas
populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de
técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a
observação sistemática.
O estudo utilizado ‘’a pesquisa de campo’’, procede à observação de fatose
fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentesaos
mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com basenuma
fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicaro
problema pesquisado.
O questionário consiste de um conjunto de questões para serem
respondidas por questionados. Em função de sua flexibilidade, ‘’o instrumento
mais comum para coletar dados primários. Precisam ser cuidadosamente
desenvolvidos, testados e corrigidos antes de serem administrados em larga
escala’’ (KOTLER, 1998, p. 121).
Segundo Gil (2010), o termo “universo” refere-se ao conjunto definido de
elementos que apresentam determinadas características e a partir desse
universo, pode-se extrair uma amostragem para a elaboração da pesquisa; por
“amostragem” entende-se o subconjunto do universo pelo qual pode - se
estabelecer ou estimar as características do universo, objeto de pesquisa.
Sabendo disso, o universo desta pesquisa foi formado por 37 mulheres que
trabalham em uma empresa de Assessoria Jurídica em Belo Horizonte. O
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propósito inicial em se utilizar a empresa supracitada, originou-se pelo interesse
do grupo em obter dados mais lineares para este estudo.
Universo e amostra trata-se de definir toda a população e a amostra.
Entende-se aqui que população não o número de habitantes de um local, como
é largamente conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas,
produtos, pessoas, por exemplo) que possui a característica que será objeto de
estudo. Amostra é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum
critério de representatividade (VERGARA, 2000, p.51).
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Em questionário ao setor jurídico de uma empresa de Assessoria
Jurídica em Belo Horizonte, pode-se notar que 52,6% das mulheres
questionadas em relação à faixa etária, estão entre 20 e 29 anos, 75,7%
apresentam formação acadêmica em direito.
Analisou-se que entre 100% das respondentes, 61,8 % são solteiras,
número superior a 50% das mulheres contratadas, 38,2 % são casadas e
78,9% não têm filhos.
Em análise, quanto aos termos econômicos, 57,9% das mulheres
questionadas na empresa supracitada, entendem que os seus salários são
inferiores em relação aos salários dos homens que ocupam o mesmo cargo.
Em termos de gênero, a principal dificuldade que a mulher enfrenta em
uma organização é a discriminação em relação à capacidade de desenvolver
certas atividades na empresa. Das questionadas 78,4% votaram neste quesito,
onde reafirmam que os homens desenvolvem a maioria das atividades na
empresa e poucas são repassadas para as mulheres.
Conforme Gráfico 1 abaixo, sobre assédio moral, 73% das
respondentes sofrem ou sofreram assédio moral por parte dos colegas do
gênero masculino da organização.
Gráfico 1 - Assédio Moral
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Fonte: Autores do artigo
Com essa análise identificou-se que 100% das respondentes sofreram assédio
moral na organização.
Com 65,8% das respondentes, foi constatado que a principal
dificuldade em termos de inserção no mercado que a mulher enfrenta em uma
organização são os paradigmas de uma cultura social e empresarial machista,
onde as mulheres são vistas como seres inferiores aos homens dentro de uma
organização.
Quanto aos dados coletados é possível analisar que 81,6% das
questionadas, enfrentam um grande problema e preconceito por serem
profissionais/mulheres, donas de casa, as quais, precisam esporadicamente
faltar ao trabalho por motivo de gravidez, cuidar do filho, ou para dar atenção à
família, pois recebem críticas verbais, olhares discriminadores e outra forma de
preconceito.
Esse ato é confirmado, onde 75% das respondentes afirmam receber
preconceitos variados e 22,2% verificam que estes preconceitos vêm através
de salários diferenciados, os quais são menores que os dos homens, e 69,4%
acreditam que ainda sofrem preconceito pela comparação da capacidade
intelectual em relação aos homens.
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O gráfico abaixo mostra que 66,7% das mulheres questionadas
acreditam que as mulheres são desvalorizadas nas organizações devido as
faltas de condições para se capacitar profissionalmente por ter mais
responsabilidades no lar comparadas ao homem.
Gráfico 2 - Inserção/valorização da mulher na organização.
Fonte: Autores do artigo
Observa-se que 69,9% das questionadas acreditam que a mulher ainda
sofre o preconceito pela ideia de que a mulher não saber chefiar uma
organização, principalmente ambientes predominantemente masculinos e
52,8% acreditam que a cultura social taxa a mulher como fechada, tradicional,
enraizada, que intima a mulher a cuidar somente do lar cuidar da casa, do
marido e dos filhos.
Além de todas as dificuldades enfrentadas 97,2% das mulheres
questionadas, ou seja, a maioria delas acreditam que a mulher deve ocupar o
cargo e ter o salário para o qual é qualificada, assim como o homem, sem que
haja distinção de sexo dentro da organização e 100% acreditam e lutam para
que a relação entre homem e mulher deva ser de forma igualitária e para essa
busca contínua para vencer esses desafios. 55,6% das mulheres questionadas
buscam se especializar e sempre agregando conhecimentos
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Apesar de todas as dificuldades apresentadas, 80,6% das
questionadas acreditam que a mulher tem suas particularidades e
potencialidades e pode estudar, se qualificar e apresentar resultados gerenciais
melhores do que os dos homens, prova disso, é que 55,6% delas atuam com
sua grande intuição, sensibilidade de promover ideias e enxergar potencial de
crescimento, principalmente humano.
4 CONCLUSÃO
É notável o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho, porém
ainda existem algumas barreiras e paradigmas a serem quebrados. Perceber –
se que paradigmas sobre cultura social vêm sendo quebrados nos últimos
anos, buscando mudar valores de uma sociedade machista que taxava a
mulher como dona de casa.
Nos últimos anos, pode-se notar o aumento dos movimentos feministas pelo
mundo em busca de igualdade de gênero. Com esses movimentos, um
aumento muito significativo na inserção das mulheres dentro das organizações,
tanto no setor público como no privado.
A evolução das mulheres no mercado de trabalho fez com que as
características tradicionais fossem se alterando, passando-se a ocuparem
postos de trabalho tidos somente como cargos ocupados por homens. Porém,
esse crescimento da presença da mulher no mercado de trabalho ainda esbarra
em paradigmas sociais, e sua inserção no mercado de trabalho e sua
capacidade de se manter no mercado é um diferente.
A pesquisa apontou que as organizações ainda têm muita resistência em
dar cargos de liderança para as mulheres, por acreditar que a capacidade
intelectual da mulher é inferior ao do homem, e também tem a questão da
diferença de salários entre homens de mulheres, que apesar de exercerem a
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mesma função, ainda recebem salários inferiores pelo fato de serem mulheres.
Ainda nesse contexto, pode-se notar que as mulheres dentro das organizações,
sofrem algum tipo de assédio por parte de seus colegas de trabalho. Mesmo
com o resultado apontado no questionário, o supervisor entrevistado, contradiz
o que foi dito pelas questionadas, informando que nunca houve caso de
assédio no setor que supervisiona e que a relação entre colegas do sexo
masculinos são bem reservadas e de respeito mútuo.
Essa pesquisa é um passo dado para mostrar as dificuldades enfrentadas
pelas mulheres tanto na sociedade quanto pelo âmbito organizacional, que
ainda merece uma linha de estudos mais minuciosa, que encoraja as mulheres
a cada dia mais se qualificarem e buscarem apoio para que não vivam mais
presas em um paradigma de uma cultura social dominada por inúmeros
preconceitos e para que não haja retrocesso em toda luta por igualdade de
direitos e que essa causa seja abraçada não somente por mulheres, mas sim
por toda sociedade.
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS MULHERES DA EMPRESA
ANALISADA
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OBJETIVO1:IDENTIFICARQUAISASPRINCIPAISDIFICULDADESQUEAMULH
ER ENFRENTA DENTRO DA ORGANIZAÇÃO.
1) Qual a principal dificuldade (em termos econômicos) que a mulher
enfrenta em uma organização?
( ) Desigualdade salarial, se comparado o seu salário ao dos homens.
( ) Salários baixos, se comparada a outra função exercida pelas demais mulheres na empresa.
( ) Salários relativamente baixos, se comparada uma empresa a outra, do mesmo ramo.
2) Qual a principal dificuldade (em termos de gênero) que a mulher
enfrenta em uma organização?
( ) Preconceito em relação ao seu gênero (feminino).
( ) Discriminação em relação ao desenvolvimento de certas atividades na empresa.
( ) Dificuldade de inserção na empresa por ser mulher.
3) Qual a principal dificuldade (em termos de assédio) que a mulher
enfrenta em uma organização?
( ) Assédio corriqueiro por parte do patrão.
( ) Assédio corriqueiro por parte dos demais funcionários (homens) da organização.
( ) Ameaça de rescisão do contrato caso não ceda às ameaças do patrão.
4) Qual a principal dificuldade (em termos de inserção no mercado)
que a mulher enfrenta em uma organização?
( ) Falta de um número de vagas maior para mulheres nas organizações.
( ) Salários não atrativos ou desvalorização do trabalho da mulher.
( ) Ausência ou incompletude de formação para certos cargos na organização.
5) Qual a principal dificuldade (em termos de conciliação do trabalho
com a vida cotidiana) que a mulher enfrenta em uma organização?
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( ) Dificuldade de adaptar os horários de trabalho na organização com horários das atividades da casa.
( ) Dificuldade de adaptação aos horários da organização por necessitar de transporte.
( ) Necessidade de faltar ao trabalho por doenças (ou outros problemas) dos filhos ou familiares.
OBJETIVO2:ANALISAROSFATORESQUELEVAMÀDESVALORIZAÇÃODA
MULHER NO MERCADO DE TRABALHO.
1) Quais os principais fatores que levam à desvalorização da mulher no
mercado de trabalho?
( ) Ausência de vagas.
( ) Salários pouco atrativos.
( ) Preconceitos variados.
2) Quais os principais aspectos que mostram a marginalização da mulher
numa organização?
( ) Tarefas mal remuneradas, exercidas por mulheres.
( ) Cargos pouco atrativos.
( ) Necessidade da jornada dupla de trabalho (em casa e na organização).
3) Qual a opção que apresenta elementos que
impedem a inserção/valorização da mulher numa organização?
( ) Gravidez precoce, que impede a conclusão dos estudos.
( ) Ausência de cursos técnicos ou acadêmicos que se adaptem ao tempo da mulher.
( ) Ausência de cursos técnicos ou acadêmicos que se adaptem às condições financeiras da mulher.
4) Qual alternativa mostra fortemente a subestimação da mulher no
mercado de trabalho?
( ) A cultura machista , onde a mulher ainda é rotulada como uma pessoa do sexo frágil.
( ) A mulher deve se subordinar sempre aos homens.
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( ) A ideia de que a mulher não sabe chefiar uma organização, principalmente ambientes predominantementes masculinos.
5) Por que a mulher é representada como ‘dona do lar’, a qual, não tem
tempo para fazer parte de uma organização?
( ) A sociedade machista.
( ) Cultura fechada, tradicional, enraizada, que intima a mulher a cuidar
somente do lar, cuidar da casa, do marido e dos filhos.
( ) A Cultura de que a mulher não pode ter um emprego ou grau de estudo superior ao do homem.
OBJETIVO3:OBSERVAROENVOLVIMENTODAMULHERNOMERCADODE
TRABALHO.
1) De que forma é/ou deve ser o envolvimento da mulher no mercado de
trabalho?
( ) A mulher deve ser ativa, ocupar altos cargos e ter altos salários.
( ) A mulher deve ser passiva, pois altos cargos e salários devem ser restrito aos homens.
( ) A mulher deve ocupar o cargo e ter o salário para o qual é qualificada, assim como o homem, sem que haja distinção de sexo e salário dentro da organização.
2) Como deve ser a relação entre homem e mulher numa organização?
( ) De inferioridade do homem em relação à mulher.
( ) De superioridade da mulher em relação ao homem.
( ) De igualdade e respeito entre ambos os sexos.
3) Que comportamento as mulheres adotam para vencer o mercado de
trabalho?
( ) Buscando conhecimentos contínuos e atuais.
( ) Aplicação de métodos de gestão diferenciados.
( ) Superação, aceitando desafios, mesmo mau remunerados, os quais, os homens não aceitariam.
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4) Em quais elementos/e ou pessoas a mulher deve se inspirar para lutar
por seus direitos no mercado de trabalho?
( ) Exemplos de outras mulheres que ocupam altos cargos e salários em grandes empresas.
( ) Exemplo de mulheres que se destacam na política.
( ) Com a ideia de que a mulher tem suas particularidades e potencialidades e pode estudar, se qualificar e apresentar resultados gerenciais melhores do que os dos homens.
5) Como a presença da mulher agrega positivamente o mercado de
trabalho?
( )Alto nível de responsabilidade com horários e o comprometimento com a organização.
( ) Com sua grande intuição, sensibilidade de promover ideias e enxergar potencial de crescimento, principalmente humano.
( ) Impondo sua sabedoria com humildade, evitando confrontos.
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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO APLICADO AO GESTOR DA EMPRESA
ANALISADA
1. Profissão
2. Tempo de trabalho na área?
3. Qual o número de funcionários do sexo feminino e masculino?
4. Como você considera o nível de relacionamento entre funcionários do
sexo masculino e feminino?
5. Em sua opinião os funcionários do sexo masculino procuram sobressair
diante o sexo feminino?
6. Já ouviu falar sobre assédio moral no trabalho qual sua opinião a
respeito?
7. A empresa tem normas políticas traçadas para gerir casos que envolvem
assédio moral? quais?
8. Você já teve que administrar situações que envolvem assédio moral?
9. Qual atitude foi tomada?
10.O que você acha que é possível para evitarmos o assédio moral?