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Iconografia de

iconografia para Goiana

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Page 1: iconografia para Goiana

Iconografia de

Page 2: iconografia para Goiana

R E C I F E , 2 0 1 6

CoordenaçãoProfa Dra Ana Maria de Andrade

Profa Dra Virginia Cavalcanti

Msc. Tibério Tabosa

PesquisadoresProfa Dra Germannya D'Garcia

Erimar Cordeiro

Carolina Reis

Danyelle Marques

Vinicius Botelho

Mariana Melo

Felipe Rodrigues

E X P E D I E N T E I N S T I T U C I O N A L

Associação Nordestina da Agricultura e Pecuária - ANAPBanco do Brasil S/A - BBBanco do Nordeste do Brasil - BNBCaixa Econômica Federal - CAIXAFederação da Agricultura do Estado de Pernambuco - FAEPEFederação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Pernambuco - FACEPFederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco - FECOMERCIOFederação das Indústrias do Estado do Estado de Pernambuco - FIEPEInstituto Euvaldo Lodi – Núcleo Regional de Pernambuco – IELServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAESecretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco - SEMPETQServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Pernambuco- SENAC/PEServiço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Pernambuco- SENAI/PEServiço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Pernambuco- SENAR/PEFundação Universidade de Pernambuco – UPE

Presidente Josias Silva de Albuquerque

Diretor-SuperintendenteJosé Oswaldo de Barros Lima Ramos

Diretora-TécnicaAna Cláudia Dias Rocha

Diretora Administrativo-FinanceiraAdriana Côrte Real Kruppa

Unidade de Atendimento Coletivo- Projeto - Turismo, Artesanato e Economia Criativa

Comitê de Editoração Sebrae Pernambuco Eduardo Jorge de Carvalho Maciel

Janete Evangelista Lopes

Fábio Lucas Pimentel de Oliveira

Angela Miki Saito

Carla Andréa Almeida

Jussara Siqueira Leite

Roberta de Melo Aguiar Correia

Vinicius Botelho

Mariana Melo

Felipe Rodrigues

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFelipe Rodrigues

Revisão de TextoLuiz Emanuel Melo

FotografiasFelipe Rodrigues ( acervo O Imaginário)

Encontros de Caboclinhos, Goiana-PE. Costa Neto (Secult PE) pg.XX

Cortejo das Pretinhas do Congo, Goiana-PE. Isabella Valle (Secult PE)

Carmélio Fofoquinha

laboratório de design o imaginário da ufpeconselho deliberativo | pernambuco 2015-2018

Page 3: iconografia para Goiana

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A G R A D E C I M E N T O S

A realização do catálogo é fruto da contribuição de um grande número de pessoas,

dentre elas destacamos:

micheli barreto, ítalo césar, josé fr ancisco bel a sco e jones

c arlos de albuquerque ferre ir a pelo apoio durante todo o processo de

pesquisa em campo; joão bôsco r abello l ins , n ilson soares barbosa ,

maria de jesus santana e josé antônio da s ilva ( zé poeta ) pelas

revelações das vivencias e imagens poéticas da cidade; pedro gonç alves, pe -

dro junior, c armelo rodrigues, edson s ilva , cr ist ian s ilva , rosa

dos santos, edvaldo r amos da s ilva (mestre val) , r afael a r ibe iro

celest ino, sérgio r ic ardo (serginho da burr a) , ednaldo mart ins ,

gabriel bat ista junior, elma césar de petr ibu e manuel l aurenti -

no da s ilva que compartilharam suas artes e experiências cotidianas no município.

Page 4: iconografia para Goiana

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A P R E S E N T A Ç Ã O

Marcada pela presença de grandes engenhos, que por muitos anos movimentou a

economia da região com a produção de cana de açúcar, a história de Goiana está

refletida na arquitetura e nos monumentos que cercam a cidade. Hoje, este cenário

é compartilhado por novos investimentos que ganharam espaço no local, gerando

oportunidade e renda. A cidade respira desenvolvimento, mas sem deixar de lado a

cultura que é tema importante para este povo.

A identificação local, assinalada por igrejas, etnias, engenhos, gastronomia, artesana-

to e manifestações culturais, está retratada neste trabalho realizado pelo Sebrae em

Pernambuco com a intenção de valorizar a força e a referência de Goiana. Um lugar

único e singular, de mulheres guerreiras, que carregam o título de Heroínas de Teju-

cupapo, após lutarem pela expulsão dos holandeses.

Por meio desta iconografia, o artesanato, turismo, comércio e serviço podem eternizar

a história da cidade e agregar valor e significado aos produtos. O Sebrae se orgulha

de poder contribuir para o desenvolvimento e crescimento dos pequenos negócios

da região, fortalecendo o empreendedorismo e valorizando o que a cidade tem de

melhor: a sua tradição, história e cultura.

Josias Albuquerque Presidente do Sebrae em Pernambuco

Page 5: iconografia para Goiana

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01 GOIANA: UM BREVE RESUMO 11

02 O PROJETO 15

2.1 OBJETIVO E METODOLOGIA 15

2.2 A LINGUAGEM 17

03 A ICONOGRAFIA 19

3.1 PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO 21

3.1.1 IGREJAS 21

3.1.2 SÍTIO URBANO 35

3.1.3 MONUMENTOS 47

3.2 AMBIENTE NATURAL 59

3.3 MANIFESTAÇÕES CULTURAIS 73

04 SUGESTÕES DE APLICAÇÕES 89

05 CONSIDERAÇÕES FINAIS 97

06 BIBLIOGRAFIA 98

Sumário

Page 6: iconografia para Goiana

1110

H abitada por índios caetés e tabaja-

ras, foi em 1534 que chegaram os

primeiros colonizadores. Com sig-

nificativa população de origem africana, foi

palco de um intenso movimento abolicio-

nista. Goiana no período colonial foi capi-

tal da Capitania de Itamaracá e mais tarde

uma das cidades mais importantes da Ca-

pitania de Pernambuco. Sua importância

histórica e social tem origem na cultura ca-

navieira, na sua localização como polo co-

mercial e na existência de um porto fluvial

com canal construído para pequenas e mé-

dias embarcações, a cerca de nove quilô-

metros da costa, possibilitando um intenso

fluxo de mercadorias e intercâmbio de pes-

soas e conhecimentos.

No setor industrial é um tradicional

produtor de cimento e de papel e celu-

lose e atualmente é o município no Norte

Metropolitano do Estado de Pernambuco

que vem recebendo maiores investimen-

Goiana : um breve resumo

tos, particularmente nos Polos Automotivo,

Farmoquímico, de Hemoderivados e de Bio-

tecnologia e na produção de Vidros Planos.

Nas produções tradicionais, o município é o

maior produtor no Estado de pesca e o se-

gundo de cana-de-açúcar e coco.

Goiana possui um rico acervo históri-

co e cultural além de um ambiente natural

caracterizado pela diversidade e multipli-

cidade de ecossistemas. Desde 1938 tem

nove patrimônios históricos tombados pelo

iphan – Instituto do Patrimônio Histórico

e Artístico Nacional e atualmente tem mais

dois tombamentos patrimoniais em proces-

so final de regulamentação. Seu litoral tem

doze quilômetros de extensão e são ricas

e peculiares as manifestações culturais em

função das ancestralidades europeia, africa-

na e indígena que se apresentam transmu-

tadas e integradas de forma única e singular

no município. A existência do acervo de pa-

trimônios histórico, cultural e ambiental ca-

...

Como aqueles sinos de Manuel Bandeira,

sino do Bonfim, sino de Belém, sino da Paixão,

Batem na minha alma, quando estou sozinho,

pelas tardes frias, esses longos sinos...

Sinos de Goiana, que recordação!

...

Sinos de Goiana / Adelmar Tavares

Page 7: iconografia para Goiana

1312

talisa e valoriza a identidade do município

e suas expressões nas visões e percepções

de sua gente.

A exuberância natural, a riqueza da his-

tória e da cultura em Goiana enchem de or-

gulho os nativos, provocam e sensibilizam

os visitantes. A arquitetura de suas igrejas

e casarios ainda fazem lembrar os cenários

de prestigio e poder que a prosperidade

açucareira patrocinou.

As lembranças das antigas dimensões

territoriais, da separação da Capitania de

Itamaracá e das disputas para alcançar a

posição da condição de vila, da resistência

O município de Goiana está localizado na Mata Norte de Pernambuco

com divisa para o Estado da Paraíba. Com uma população estimada de

80 mil habitantes e área de 502 mil Km², está a 65 km de Recife e 63 Km

de João Pessoa. Em 2010, segundo dados do ibge, Goiana apresentava

um pib de R$ 734 Milhões e um idh de 0,692 acima da média encontrada

nos estados de Pernambuco (0,673) e Paraíba (0,658).

heróica à invasão dos holandeses, da es-

cola para formação de padres carmelitas,

pioneira nas américas, das resistência in-

dígena e quilombola aos poderes domi-

nantes, fazem parte das narrativas e ainda

estão presentes no imaginário goianense.

As manifestações culturais, o legado ar-

quitetônico e a atitude altiva da população

em relação ao futuro dão as pistas da força

dessa memória.

Page 8: iconografia para Goiana

1514

O Projeto

N o processo da criação de uma

iconografia, a transformação da

imagem em ícone requer um trata-

mento de síntese gráfica a partir da obser-

vação de seus aspectos mais expressivos

e definidores. Os ícones aplicados em cam-

panhas para divulgação na sinalização de

espaços e na inspiração para conteúdos

de produtos e serviços, dentre tantos ou-

tros usos, irão contribuir para comunicar de

forma harmoniosa e consistente o municí-

pio, incorporando valores subjetivos e intan-

gíveis, característicos da economia criativa

fortalecendo o seu desenvolvimento.

A escolha da abordagem para a cons-

trução da iconografia está baseada no ca-

minho da interpretação de Panofsky que

além do campo artístico, leva em consi-

deração as “vivências cotidianas”. (apud

Bohnsack, 2007).

As pistas para reconhecimento das

imagens, está ancorada na recorrência, ou

seja na sua repetição no cotidiano; na preg-

nância ou aderências que se reverberam na

perpetuação em diversos suportes e na cir-

cularidade, ou seja, na sua capacidade de

transitar em diversos ambientes: artístico,

mercadológico, lúdico entre outros. (Icono-

grafia Alagoana, 2001)

Para uma aproximação com a realida-

de foi realizada uma pesquisa explorató-

ria com base em bibliografias, pesquisas e

documentos relacionados ao município. A

síntese do material pesquisado gerou um

painel imagético organizado de acordo com

as seguintes categorias: igrejas, gastromo-

nia, etnias, engenhos, marcos geográficos,

artesanato, sítio urbano, manifestações cul-

turais, monumentos e turismo.

Para iniciar o diálogo com a comunida-

de local foi realizada reunião com: artistas,

artesãos, professores, gestores municipais,

produtores culturais, comerciantes, histo-

riadores, fotógrafos, guias e operadores

O B J E T I V O S & M E TO D O LO G I A

Uma iconografia para Goiana atende a necessidade de apresentar

o município por meio de ícones que representem referências

sociais, culturais, ambientais, históricas e ao mesmo tempo revelem

potenciais e desafios inerentes ao período de transformações,

principalmente econômicas, em que se encontra o município hoje.

Page 9: iconografia para Goiana

1716

turísticos com o objetivo de esclarecer o

significado de um projeto de inconografia,

sua abragência, bem como a importância

do engajamento da comunidade no suces-

so dos resultados.

Numa segunda ocasião, com os mes-

mos participantes, foi apresentada a me-

todologia e reforçada a importância da

participação local. Divididos em pequenos

grupos e com o suporte do painel imagético

cada indivíduo foi estimulado a falar a res-

peito das imagens apresentadas e das suas

importâncias, contribuindo para validação

e ou complementação do material. As dis-

cussões consolidaram as escolhas dos gru-

pos e apontaram a necessidade de novas

pesquisas.

Com base na incidência das respos-

tas foi possível reconhecer as mais recor-

rentes. O resultado consolidado suscitou

novas investigações, realizadas por meio

de pesquisa bibliográfica, visitas de cam-

po, entrevistas com especialistas e atores

representativos do ambiente cultural além

de registros de imagens das zonas rural e

urbana.

Em paralelo e com as imagens selecio-

nados foram realizadas as sínteses gráficas

para a geração dos ícones.

Uma primeira apresentação junto aos

técnicos e representantes do sebr ae e

Prefeitura de Goiana teve como objetivo

avaliar os ícones, e algumas aplicações. As

contribuições foram incorporadas e ajusta-

das para apresentação a comunidade em

Goiana e validação final.

D efinir uma linguagem única para

representação dos ícones é fun-

damental para reforçar o reconheci-

mento e a comunicação de todo o conjunto.

A linguagem foi influenciada principal-

mente pela arquitetura das igrejas, tomando

partido das vistas frontais, cujos desenhos

e contornos definidos reforçam o apelo ge-

ométrico e bidimensional. O uso de linhas

com diferentes espessuras permite ex-

pressar, no plano bidimensional, volume e

profundidade.

A L I N G UAG E M Cada ícone foi elaborado a partir de

múltiplas imagens de uma mesma referên-

cia. Um único grid (grade de construção)

serviu de suporte para reforçar a linguagem

e a geometria das representações.

A composição da paleta toma como

referência as cores encontradas na loca-

lidade, nos artefatos e nas imagens pes-

quisadas. Cada categoria tem sua paleta

cromática. As tonalidades das cores foram

ajustadas para que todas as paletas tives-

sem uma mesma linguagem estética.

Page 10: iconografia para Goiana

1918

A InconografiaA iconografia foi definida a partir da organização dos ícones

em três grandes categorias que representam o patrimônio

arquitetônico (ambiente construido), o ambiente natural

(patrimônio natural) e as manifestações culturais (as produções

culturais material e imaterial).

Ícones e textos fazem referências a história oral da localidade

contada durante a pesquisa de campo.

01 PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO

1.1. IGREJAS

1.2. SÍTIO URBANO

1.3. MONUMENTOS

02 AMBIENTE NATURAL

03 MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

Page 11: iconografia para Goiana

2120

...

Oh! Que torres bonitas,

Das igrejas distantes

Da minha terra querida.

Torres do Amparo,

Do Convento do Carmo,

Riscando o espaço

Como o dedo de Deus.

Igreja da Soledade,

Igreja do Rosário,

Onde os sinos dobram.

Igreja da Matriz,

São Sebastião.

E o Poço do Rei,

Igreja da Conceição.

...

Evocação a Goiana / Alcides Rodrigues de Sena

Patrimônio Arquitetônico

I G R E J A S

Page 12: iconografia para Goiana

2322

Conjunto Carmelita

O Convento e Igreja de Santo Alberto, a Igreja da

Ordem Terceira do Carmo e o Cruzeiro são conhe-

cidos como conjunto carmelita e foram tombados

pelo IPHAN dede 1938. A primeira construção em

taipa data de 1666, criada a pedido de Frei Alber-

to do Espírito Santo para superar as distâncias

entre o convento existente em Olinda e a Paraí-

ba. Em 1672 deu-se inicio a construção do novo

convento e igreja em pedra e cal com o apoio de

André Vital de Negreiros. A participação política

de Goiana e a importância da Igreja apontam o

convento como local de conflitos que incorreram

em perdas, inclusive de documentação, fato ob-

servado por D.Pedro II quando visitou o conven-

to em 1859.

A Igreja da Ordem Terceira do Carmo foi

construída por irmãos da ordem, em 1753 no es-

tilo barroco.

O Cruzeiro, posicionado no centro da pra-

ça, apresenta na sua estrutura traços da arquite-

tura chinesa e características do barroco no seu

conjunto. Um túnel faz a ligação do Cruzeiro com

a Igreja. Os moradores mais antigos de Goiana

contam que sob o Cruzeiro existem riquezas dei-

xadas pelos religiosos quando fugiram dos ho-

landeses e que segundo a lenda, um túnel faz a

ligação do Cruzeiro com a Igreja.

Page 13: iconografia para Goiana

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C O N V E N TO D E S A N TO A L B E R TO

Conjunto Carmelita

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I G R E JA DA O R D E M T E R C E I R A D O C A R M O

Conjunto Carmelita

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C R U Z E I R O D O C A R M O

Conjunto Carmelita

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Page 16: iconografia para Goiana

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Igreja de São LourençoA igreja de São Lourenço Mártir está situada na po-

voação de São Lourenço, no distrito de Tejucupapo.

Construída no final do século XVI (1555) pelos jesu-

ítas, a igreja é uma das mais antigas de Pernambu-

co e guarda intactas a simplicidade e austeridade

de suas linhas construtivas originais. Foi tombada

pelo IPHAN em 1938 e pelo Estado em 1994.

Nas celebrações em homenagem ao Santo, os

devotos depositam na frente da Igreja gravetos, tra-

zidos em procissão – o carrego da lenha – que são

queimados para lembrar a morte de São Lourenço.

A população de São Lourenço é reminiscente do

quilombo da mata de Catucá e, afirmam os mais an-

tigos, tem forte relação com Malunguinho, reconhe-

cido líder guerreiro e cultuado como entidade pelos

seguidores da Jurema .

Í C O N E C O LO R I D O

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Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos

Em Goiana, a forma de agrupamento de algumas

irmandades religiosas são identificadas em função

da coloração da pele, como é o caso das Igrejas

da Nossa Senhora do Rosário dos Homens Bran-

cos, dos Homens Pretos e a dos Homens Pardos

são exemplos encontrados no centro do município

de Goiana.

A Paróquia de Nossa Senhora do Rosários do

Homens Brancos foi fundada em 1584 pelo Frei An-

tônio Barreiros quando da sua visita à Capitania de

Itamaracá, naquela época freguesia de Goiana. As

transformações provocadas por sua importância

e prestigio ao longo dos anos conferiu o título de

Igreja Matriz, tombada desde 1938 pelo IPHAN e re-

conhecida pelos goianenses como referência entre

as igrejas barrocas da cidade.

I C O N E C O LO R I D O

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Patrimônio Arquitetônico

S Í T I O U R B A N O

Page 19: iconografia para Goiana

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Vila OperáriaA Companhia Industrial de Fiação e Tecidos de

Goyanna foi inaugurada em 1894, iniciativa de em-

preendedores católicos locais. Inspirados na encí-

clica Rerum Novarum, como parte das indicações

da doutrina social da igreja do Papa Leão XIII em

1891, os empresários imprimiram uma visão de ca-

pitalismo solidário ao negócio.

Como um dos resultados foi construída uma

Vila Operária, constituída de diferentes tipos de

residências padronizadas destinadas a adminis-

tradores e operários. Inspirada no Art Déco, a cons-

trução aconteceu entre as décadas de 1930 e 1940.

A partir de 1950, em função do declínio do negó-

cio, a empresa foi sendo desativada e em 1975

fechou definitivamente. A Vila Operária está loca-

lizada na antiga Rua da Baixinha, hoje Avenida Nu-

nes Machado.

R E S I D Ê N C I A S

F A C H A D A D A F Á B R I C A

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Page 20: iconografia para Goiana

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Guindaste do Rio Goiana

O canal construído na calha do rio Capibaribe Mirim

deu origem, no final do século XIX, ao Porto de

Goiana, desaguadouro natural das riquezas produ-

zidas nos engenhos e fazendas, sendo foco da ati-

vidade econômica de diversos municípios da Zona

da Mata de Pernambuco.

Desse Porto, desativado em 1937, resta um dos

seus equipamentos de movimentação, um guin-

daste que foi instalado em 1920 pela Companhia

Industrial Fiação e Tecidos de Goyanna, que dele

se utilizava para o desembarque de madeira para

uso em construções e instalações bem como lenha

para alimentação de suas fornalhas.

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Page 21: iconografia para Goiana

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Farol de Santa HelenaAuxílio visual de extrema importância para quem

navega na região, o Farol de Santa Helena, tam-

bém conhecido como Farol de Ponta de Pedras, foi

inaugurado em 1918. Do seu alto é possível avis-

tar todo o distrito de Ponta de Pedras e o Oceano

Atlântico.

Com estrutura de cor branca em armação me-

tálica revestida com placas e encimada por varan-

da circular, o Farol continua em funcionamento,

com alcance luminoso e geográfico de 18 milhas.

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Page 22: iconografia para Goiana

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Cine-teatro PolytheamaEm 1914, Goiana ganhava o seu cinema, localiza-

do na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca (co-

nhecida como Rua Direita), com o nome de “Cine

Nacar”. Ao longo do tempo foi reformado como

“Cine Rex” e finalmente como Cine-teatro Polythe-

ama. Após mais de 60 anos de apresentações, fe-

chou suas portas na década de 80 .

Por iniciativa da Fundação do Patrimônio Histó-

rico de Pernambuco o Cine-teatro Polytheama pas-

sou por nova reforma e foi reinaugurado em 26 de

março de 2010, dispondo a partir de então capa-

cidade para 220 lugares. O prédio centenário faz

parte da rede de equipamentos da Fundarpe, que

disponibiliza o espaço para a realização de apre-

sentações de espetáculos cênicos, atividades cine-

clubistas e eventos para os habitantes de Goiana e

de toda região.

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Page 23: iconografia para Goiana

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Casa das Sete JanelasContam os goianenses a história que, no sécu-

lo XIX, Doutor Ludovico Correia de Oliveira cons-

truiu um casarão com sete janelas voltadas para a

Praça do Carmo. A casa foi arquitetada para que

suas sete filhas pudessem ficar cada uma em sua

janela, para serem vistas por possíveis pretenden-

tes que passassem pela praça após as missas e

espetáculos.

Com o passar do tempo, o Doutor Ludovico

teve mais uma filha. As irmãs mais velhas não dei-

xavam a caçula aparecer nas janelas e não era pos-

sível fazer uma nova janela, já que todo o terreno

havia sido utilizado para construir o casarão.

A filha caçula, mesmo sem aparecer nas jane-

las, teve sua mão pedida em casamento por um

pretendente que a observava durante as missas.

Anos e anos passaram e as filhas que se debru-

çavam nas sete janelas não conseguiam preten-

dentes. As sete irmãs apesar de rogarem a Nossa

Senhora do Carmo pela graça de um casamento,

faleceram solteiras.

Embora o relato não corresponda a realidade,

ainda sobre o casarão se avisa: “a mulher solteira

que tocar nas setes janelas , não casa. A mulher ca-

sada que tocar separa".

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Page 24: iconografia para Goiana

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Patrimônio Arquitetônico

M O N U M E N T O S

Page 25: iconografia para Goiana

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Obelisco e o Monumento a Maria Camarão

O obelisco representa a resistência dos goianen-

se, especialmente das mulheres, quando os holan-

deses, em 1648, já fragilizados pelas lutas com os

portugueses, invadiram Tejucupapo em busca de

alimentos. A participação feminina na expulsão dos

holandeses liderada por Maria Camarão, Maria Qui-

téria, Maria Clara e Maria Joaquina foi decisiva em

função da pouca quantidade de homens e armas

durante o ataque e lhes rendeu o título de Heroínas

de Tejucupapo..

Hoje a bravura dessas mulheres é lembrada

com a peça teatral “A Bravura das Heroínas” en-

cenada anualmente, sempre no último domingo de

abril, com a participação de cerca de 320 pessoas

da comunidade.

Page 26: iconografia para Goiana

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Obelisco de Tejucupapo

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Monumento à Maria Camarão

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I C O N E C O LO R I D O

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Page 28: iconografia para Goiana

5554

Portas de RomaConhecido pelos goianenses como o marco zero

da cidade, o Monumento Portas de Roma, também

chamado de monumento Japumim, foi assentado

em 1970 pelo interventor Hélio Albuquerque nas

terras do Engenho Japumim – indicado como pos-

sível local de nascimento do povoado de Goiana.

O marco de arquitetura estilo grego é compos-

to pelo que restou de duas colunas sem capitel,

oriundas de uma antiga construção local, coloca-

das em paralelo sobre uma base quadrangular de

cimento, unidas por uma corrente. Sua inauguração

aconteceu durante as comemorações dos quatro-

centos anos de fundação da cidade de Goiana.

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PAT R I M Ô N I O A R Q U I T E TÔ N I C O

R E P R E S E N TAÇ ÃO G R Á F I C A P E L A I N T E N S I DA D E D E O C O R R Ê N C I A DA S TO N A L I DA D E S .

Paleta de Cores

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Manguezais há na minha fértil terra,

Nas margens dos rios, na beira do mar,

Onde o guaiamum mora, o uçá se entrerra

E o hábil pescador de mão os vai pegar,

Manguezais / Josué Antônio Fonseca Sena

Ambiente Natural

Page 31: iconografia para Goiana

6160

Caranguejo e GuaiamumO mar e os rios que banham as terras do município

de Goiana são ambientes ricos em fauna e flora.

Destacam-se, entre outros, guaiamuns e carangue-

jos apreciados na gastronomia. O tradicional res-

taurante Buraco da Gia oferece variadas opções

de frutos de mar e chama a atenção dos visitantes

com demonstrações curiosas de guaiamuns na ma-

nipulação de copos de bebidas.

C A R A N G U E J O

G U A I A M U M

B U R A C O D A G I A

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MariscoUnha de velho, sururu, gatapu e mexilhão são

exemplos da diversidade encontrada nas margens

de rios, mangues e praias de Goiana. Os maris-

cos são apreciados na culinária, valorizando a gas-

tronomia local e suas conchas são utilizadas no

artesanato.

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Cana-de-açúcarO verde dos plantios de cana dá o tom à paisagem

de Goiana. Grandes áreas cobertas de cana emol-

duram as estradas que fazem chegar ao município,

lembrando a sua importância no passado e o seu

papel na economia do presente.

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AparauáLocalizada no Km 20 da PE-49 (Estrada para Ponta

de Pedras), nas terras do Engenho Massaranduba

do Norte, Aparauá Ecoaventura é um dos pontos

turísticos de Goiana mais elogiados por turistas e

moradores da região. A reserva possui cerca de 40

hectares de Mata Atlântica, com seis nascentes de

águas naturais em área preservada. Dedicada ao

turismo desde 2004, Aparauá oferece aos seus vi-

sitantes, atividades de educação ambiental e de-

senvolve trabalhos voltados para turismo e lazer.

PA L E TA D E C O R E S

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Covos de PescaA pesca artesanal, tradição dos índios, mantida por

pescadores ao longo do tempo, estimulou o sur-

gimento de aglomerados de palhoças nas praias

e deram lugar a vilarejos como Atapuz, Carne de

Vaca e Ponta de Pedras que ainda hoje mantêm a

prática da pesca artesanal.

Covos de pesca são armadilhas feitas com fi-

bra de cana brava pelos pescadores para captura

de peixes e lagostas.

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Paleta de CoresR E P R E S E N TAÇ ÃO G R Á F I C A P E L A I N T E N S I DA D E D E O C O R R Ê N C I A DA S TO N A L I DA D E S .

Page 37: iconografia para Goiana

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...

Pra serem sempre lembrados

Com respeito e com carinho

Réplica de índios criaram

Seu ornamento e utensílios

Cem anos já se passaram.

E exaltando os nossos índios

Honra da nossa cidade:

Goiana dos Caboclinhos.

Guerreiros, bravos, valentes.

Lança, flecha, machadinha,

Sangue nas veias bem quente

Do invasor nunca fugiu

Herdamos suas sementes

Somente o néscio não viu

Por isso ganhamos prenda:

Goiana dos Caboclinhos.

Goiana dos Caboclinhos / José Antonio da Silva

ManifestaçõesCulturais

Page 38: iconografia para Goiana

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A dança dos caboclinhos representa as lendas e

glórias dos antepassados indígenas. O desfile é

composto por homens e mulheres trajando coca-

res, saias, adereços no braço, tornozelos e colares

com plumas e penas de avestruz e pavão. O ritmo é

intenso e marcado pelo som do estalido provocado

pelas preacas, encontro da flecha com o arco. São

duas filas fazendo evoluções, baixando e levan-

tando com agilidade, ao mesmo tempo rodopian-

do e apoiando nos calcanhares e nas pontas do

pés. Os personagens do caboclinho são: cacique,

mãe da tribo, pajé, matruá, capitão, tenente, porta

estandarte, perós (as crianças), caboclo de baque,

cordão de caboclos e cordão de caboclas. Os ins-

trumentos musicais são pífano, caracaxás, tarol e

surdo. A forte coreografia dos caboclos e o colori-

do do conjunto dão a singularidade ao grupo.

Caboclinhos

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BurrasElas anunciam a folia em Goiana, em qualquer época

do ano, do carnaval ao ciclo natalino. Têm origem no

cavalo marinho, folguedo popular da época do natal,

mas em Goiana possui vida própria em todos os fes-

tejos da cidade. Rebolados, rodopios e correria com a

criançada marcam a brincadeira.

Confeccionada com balaio de cipó e a carcaça

da cabeça de um burro ou jegue pintada de diver-

sas cores, tem muita receptividade entre os jovens

de Goiana.

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Page 40: iconografia para Goiana

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Procissão de São PedroÉ uma procissão fluvial, que sai da Igreja de Santa-

na, Praia de Carne de Vaca, adentrando pelos rios

da Bacia do Rio Goiana, até chegar ao antigo Porto

da cidade. O Cortejo realizado em homenagem ao

padroeiro da cidade de Goiana, São Pedro, ocorre

todos os anos no dia 29 de Junho. Os fiéis acom-

panham as imagens sacras de São Pedro e Bom

Jesus dos Navegantes pelas principais ruas da ci-

dade e seguem também pelas águas do rio Goiana.

A procissão é acompanhada pelo som de marchas,

executadas pelas bandas Curica e Saboeira em di-

reção à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos

Homens Pretos para realização de missa.

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Anjo CangaceiroÉ a peça emblemática do ceramista e provocador

contumaz Zé do Carmo, ou José do Carmo Souza,

nascido em Goiana em 1933 e considerado Patri-

mônio Cultural Vivo de Pernambuco desde 2002.

Zé do Carmo foi iniciado na cerâmica ainda

na infância conduzido por sua mãe fazendo brin-

quedos para vender na feira. Filho de ceramista e

católica fervorosa que almejava ver o filho padre,

desde muito cedo teve contato com o imaginário

artístico religioso. Aos doze anos teve seu ingres-

so ao seminário negado, mas atuou como sacris-

tão na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos

Homens Pretos.

Foi nesse momento que começou a fazer an-

jos “com cara de gente e não de santos” questio-

nando “Por que numa igreja dedicada aos negros

as imagens dos anjos tinham rostos de gente euro-

peia?”, apesar da reprovação materna.

Em 1980, quando da visita do Papa João Pau-

lo II ao Recife, a Igreja encomendou um trio de za-

bumba formado de anjos. À essa encomenda ele

acrescentou, livremente, um anjo cangaceiro com

1,50 metro de altura, como um Lampião, que não

foi acolhido.

Esta peça cheia de simbolismo, representati-

va da expressão artística de Zé do Carmo, perma-

nece em exposição para os visitantes no ateliê do

artista.

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Pretinhas do CongoÉ uma manifestação do sincretismo religioso, pre-

sente apenas no município, praticada por descen-

dente de escravos que como no maracatu louvam

com suas toadas o rei e a rainha da nação, bem

como a Nossa Senhora do Rosário e aos Pretos Ve-

lhos da Jurema, ramificação da umbanda com tra-

ços indígenas.

O ritmo das canções é a congada, surgida nas

senzalas, uma forma ancestral do samba atual, que

é tocada com instrumentos de percussão. Há dois

grupos de Pretinhas do Congo em atividade, um no

distrito de Carne de Vaca, fundado em 1930 e outro

na área periférica urbana do município, no Baldo do

Rio, fundado em 1936.

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Artesanato em Cana-bravaGoiana foi habitada pelos índios Caetés e Taba-

jaras que usavam palhas e cascas de cana-brava

para trançar armadilhas de pesca e cestos para ar-

mazenar ou transportar mantimentos. O trançado

é uma tradição que permanece viva na praia de

Ponta de Pedras e a cana-brava ainda é encontra-

da com facilidade na região. A rusticidade e rapidez

de brotação da planta, conferem a sustentabilidade

da produção de habilidosos artesãos da localidade.

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Paleta de CoresR E P R E S E N TAÇ ÃO G R Á F I C A P E L A I N T E N S I DA D E D E O C O R R Ê N C I A DA S TO N A L I DA D E S .

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Sugestões de AplicaçõesAs aplicações sugeridas exemplificam as possibilidades de uso

dos ícones em diferentes suportes para atender necessidades

diversas.

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Aplicações em Porcelana

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Aplicações em Sinalização

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Aplicações em Tecido

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Considerações FinaisA iconografia apresenta um conjunto de ícones que

fazerm referência a uma seleção de patrimônios,

manifestações culturais e ambientes naturais. No entanto

o método e a linguagem gráfica produzidos possibilitam

a ampliação do desenvolvimento de novos ícones e a

inclusão de novas categorias.

A potencialidade de aplicação dos ícones contempla

segmentos como:artesanato, comércio, serviço

e turismo, dentre outros. Além disso favorece o

empreendedorismo e a geração de emprego e renda no

município.

Page 50: iconografia para Goiana

9998

BOHNSACK Ralf. A interpretação de imagens e o método documentário. Sociolo-gia, Porto alegre, ano 9, junho/dezembro,2007.

CONDEPE/FIDEM. Norte Metropolitano e Goiana; oportunidades e desafios para o desenvolvimento regional sustentável. Recife: CONDEPE/FIDEM: Agência esta-dual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2013.

CONDEPE/FIDEM. Norte Metropolitano e Goiana: caracterização e mapeamento de atrativos históricos,culturais e ambientais. Recife: CONDEPE/FIDEM: Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, 2014.

FARFA, Luiz. Goiana para quem te ama. São Paulo: LMF/Serviços e Negócios, 2015.

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Iconografia Alagoana. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística de Alagoas- SEDEC , Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Em-presas de Alagoas- SEBRAE/AL. Maceió: GRAFMARQUES, 2011.

Jornal do Comercio. Entre raízes e asas: Zé do Carmo. Caderno Pernambuco Vivo. Recife, JC, 23 de outubro de 2013.

MARTINS, Flávia; LUZ, Rogério; BELCHIOR, Pedro. Nova fase da lua: escultores populares de Pernambuco. Recife: Caleidoscópio, 2012.

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SILVA, Leonardo Dantas. Pernambuco Preservado: histórico dos bens tombados no Estado de Pernambuco. Recife: L. Dantas Silva, 2002.

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TAVARES, Adelmar. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1953.

Page 51: iconografia para Goiana