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Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Conservar a biodiversidade significa proteger a as
formas de vida que se manifestam em toda
biosfera.
Objetivos da Biologia da Conservação:
1. Investigar impactos humanos em espécies,
comunidades e ecossistemas;
2. Desenvolver estratégias práticas para prevenir a
perda de biodiversidade.
Essas ações envolvem interferências diretas nas
atividades humanas, especialmente nas formas
como extraímos e exploramos os recursos naturais e
como devolvemos os resíduos ao meio ambiente.
Conservação da biosfera requer a imposição de
restrições ao desenvolvimento das atividades
produtivas, à exploração do solo, à construção de
infraestrutura e ao regime de uso da propriedade
privada e pública.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Crise Global da Biodiversidade
Extinção das espécies devido a vários fatores...
Estamos frente a mais um evento de “extinção em
massa”?
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Medidas usuais de Diversidade
Riqueza número de espécies encontradas em um
determinado ambiente.
Equitabilidade uniformidade da distribuição do
número total de indivíduos entre as espécies.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Cenário A Cenário B
Ameaças à Diversidade Biológica
1. Sobrexploração de espécies com valor econômico;
2. Destruição e fragmentação de hábitats;
3. Introdução de espécies exóticas;
4. Poluição ambiental;
5. Crescimento populacional;
6. Mudanças climáticas
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
1. Sobrexploração de espécies com valor econômico
Necessidade de pesquisas de avaliação dos estoques e
de estratégias para o manejo das espécies.
Problemas sociais populações tradicionais
dependem de algumas dessas espécies.
Ex.: Atum, baleias, sardinha, caranguejos, lagosta,
elefantes.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
2. Destruição e fragmentação de hábitats
Consequência do aumento da pressão humana
sobre os ambientes naturais para o uso direto e
indireto dos recursos ambientais.
Ações que provocam a destruição dos hábitats:
Avanço das fronteiras agrícola e pecuária
Mineração
Obras e infraestrutura
Expansão de áreas urbanas
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Diversidade Biológica
2. Destruição e fragmentação de hábitats
A destruição de hábitats leva à fragmentação
ambiental, com efeitos diversos conforme o grupo de
organismos considerado.
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Diversidade Biológica
2. Destruição e fragmentação de hábitats
A fragmentação dos ambientes cria “ilhas
funcionais”.
Os ambientes tem capacidades distintas de resistir e
retornar a sua condição original frente às alterações
promovidas pelo homem resiliência.
Uma das consequências da fragmentaçãoambiental é o “Efeito de borda” quando há uma
descontinuidade na matriz da paisagem.
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Diversidade Biológica
2. Destruição e fragmentação de hábitats
Consequências:
Diminuição do tamanho das populações
Diminuição de espaços disponíveis para as espécies
Conflitos entre o homem e espécies silvestres
Atropelamento de animais
Transmissão de doenças ao homem e aos demaisanimais
Morte indiscriminada de espécies.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Efeito de Borda modificações na estrutura dascomunidades, influenciando fatores bióticos eabióticos que regulam o sistema.
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Diversidade Biológica
Cenário A Cenário B
Cenário A: 64ha
Cenário B: 34,8ha
Perda de 29,2ha
Efeito de Borda alteração na estrutura, na
composição e/ou na abundância relativa de
espécies na parte marginal de um fragmento.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Tal efeito seria mais
intenso em fragmentos
pequenos e isolados.
Aplicação da teoria
de Biogeografia de
Ilhas
Necessidade de conectividade entre os
ecossistemas.
Estrutural
Quando o organismo usa somente áreas de hábitat
contínuos e/ou conectados (fisicamente) por corredores,
por exemplo.
Funcional
Quando o organismo tem a capacidade de cruzar a
matriz (capacidade de deslocamento da espécie).
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Diversidade Biológica
3. Introdução de espécies exóticas
São espécies que são introduzidas fora do seu
ambiente natural e ocasionam problemas às
espécies nativas.
A “contaminação biológica” consiste na entrada de
uma espécie, proposital ou acidentalmente, em um
local fora de sua área original de ocorrência.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
3. Introdução de espécies exóticas
Pode ocorrer por meio do escape de áreas de
cultivo/criação, do transporte de produtos naturais,
da água de lastro de grandes navios cargueiros, etc.
Espécies exóticas afetam as espécies nativas:
Como predadoras
Como competidoras (espaço, alimento)
Como parasitas
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Diversidade Biológica
3. Introdução de espécies exóticas
Fatores que favorecem à invasão de espécies exóticas:
1. Ambientes isolados e com baixa densidade das espécies
nativas são mais sensíveis às invasões;
2. Espécies exóticas beneficiam-se de espécies com o
mesmo nicho no ambiente;
3. Similaridade ambiental entre o local original de
ocorrência da espécie exótica e do sítio invadido;
4. Espécies de ambientes antropizados são mais eficientes
na colonização de novos sítios;
5. Sem predador nativo.
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Diversidade Biológica
3. Introdução de espécies exóticas
Exemplos de espécies exóticas:
Coelhos do Hawai – controle de plantas
Pardal e Pomba no novo mundo – ornamental
Sapo-cururu no Hawai – controle biológico
Araçá no Hawaí – ornamental e frutífera
Tucunaré no Panamá – piscicultura
Javali no Uruguai – criação para carne
Tilápia no Brasil – piscicultura
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4. Poluição Ambiental
O despejo de substâncias estranhas no ambiente pode
afetar a biodiversidade em diversos níveis, desde espécies
mais susceptíveis até ecossistemas inteiros.
Os efeitos podem ser diretos ou cumulativos, com
resultados perceptíveis, em geral, após algum tempo da
emissão.
Consequências variam conforme o tipo de substância
e a capacidade de degradação e absorção do meio.
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Diversidade Biológica
4. Poluição Ambiental
São exemplos mais comuns de eventos recentes depoluição:
Chuva ácida em zonas industriais;
Derramamento de substâncias químicas;
Depósito de lixo urbano, agrícola, industrial, nuclear;
Uso indevido de agroquímicos;
Efluentes domésticos e industriais.
As consequências sobre a biodiversidade de cada umdesses tipos variam com a forma de contaminação e coma susceptibilidade da espécie e do ambiente.
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6. Mudanças Climáticas
Processo atualmente em debate – causas ainda
geram polêmica. Questiona-se o papel do homem
nesse processo ou se é mais um ciclo natural de
aquecimento da Terra.
Existem várias evidências do aumento da
quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera
desde a Revolução Industrial, acentuando o
acúmulo de calor ao redor da Terra.
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6. Mudanças Climáticas
São gases com efeito estufa: Dióxido de carbono
(CO2), metano (CH4), gases de nitrogênio,
clorofluorcarbonos (CFC), ozônio (O3), etc..
O aquecimento global foi o tema central do Tratadode Kyoto (1997) na Conferência das Partes (COP)
propôs metas de redução de emissões de gases
estufa e formas de minimizar as consequências do
processo para a vida do homem no planeta.
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Risco de extinção
Espécies em extinção diferentes níveis de ameaçaque uma espécie está sujeita.
A espécie requer atenção para não entrar para ascategorias de maior risco.
1. Extinta – sem indivíduos existente.
2. Extinta na natureza – apenas em cativeiro, em cultivoou naturalizadas fora da área de ocorrência originalda espécie.
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3. Criticamente ameaçada/perigo – risco extremamente
alto de extinção na natureza.
4. Em perigo – alto risco de extinção na natureza.
5. Vulnerável – risco crescente de extinção na natureza.
6. Quase ameaçada – com risco de tornar-se ameaçada
em um futuro próximo caso as fontes de pressão não
cessem.
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
7. Preocupação mínima – risco mais baixo, algumas
vezes considerada como não ameaçada.
8. Dados deficientes – não existe informação suficiente
sobre a espécie que permita avaliar o risco de
extinção.
9. Não avaliada – espécie ainda não avaliada frente aos
critérios empregados.
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Espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinção:
Biologia da Conservação e
Diversidade Biológica
Invertebrados:
112 vulneráveis
59 em perigo
33 criticamente em perigo
3 extintos
Vertebrados:
218 vulneráveis
104 em perigo
92 criticamente em perigo
2 extintos na natureza
3 extintos
419 207>
Espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção:
A maior parte das espécies ameaçadas de extinção
está na Mata Atlântica (60%).
Do total de 627 espécies ameaçadas, 380 ocorrem
nesse bioma, sendo o Cerrado o segundo em número
de espécies ameaçadas (112).
Uma em cada quatro espécies ameaçadas da Mata
Atlântica endêmica.
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Diversidade Biológica
Espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção:
Em 15 anos o número de espécies ameaçadas triplicou.
5 espécies estão extintas ou extintas da natureza.
Vertebrados correspondem a 67% do total de espéciesameaçadas.
Aves e peixes correspondem a 50% do total de espéciesameaçadas.
Insetos têm pouco mais de 15% do total.
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Diversidade Biológica
Espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção:
Mamíferos têm a maior parcela de espéciesameaçadas – cerca de 10% das espécies brasileirasestão na lista.
79% das espécies na atual lista não estava presentes nalista anterior.
Mata Atlântica + Caatinga 22% de espéciescriticamente ameaçadas
Pantanal + Cerrado maiores proporções de espéciesna categoria vulnerável.
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Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção:
Grande deficiência de dados para afirmar qual acategoria que pertence.
“Plantas raras no Brasil (2009)” 2.291 espécies deplantas, muitas quase extintas na natureza.
472 angiospermas, 2 gimnospermas, 21 pteridófitas e 14briófitas reflete o estado de conhecimento sobre osdiferentes grupos de plantas no Brasil e as espécies maisameaçadas pela atividade do homem.
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