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I - APRESENTAÇÃO "Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis. Os profetas são aqueles que se molham de tal forma nas águas da cultura e da história de seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles, mais do que adivinham, realizam". Paulo Freire. A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental, amplamente empenhada em avançar na construção da qualidade do Ensino público, elaborou o Projeto Político Pedagógico, resultante das discussões realizadas pelos segmentos e instâncias colegiadas. Desta forma o presente documento foi elaborado com a comunidade escolar a partir de reflexões sobre a realidade, a função social da Escola, buscando possibilidades para os anseios desta comunidade. Portanto este documento é um caminho para a busca da prática pedagógica, comprometida com a formação humana, o qual tem como objetivos, a construção coletiva, a gestão democrática e o direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

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I - APRESENTAÇÃO

"Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar

sonhos possíveis. Os profetas são aqueles que se

molham de tal forma nas águas da cultura e da

história de seu povo, que conhecem o seu aqui e

o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã

que eles, mais do que adivinham, realizam".

Paulo Freire.

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental,

amplamente empenhada em avançar na construção da qualidade do Ensino público,

elaborou o Projeto Político Pedagógico, resultante das discussões realizadas pelos

segmentos e instâncias colegiadas.

Desta forma o presente documento foi elaborado com a comunidade escolar a

partir de reflexões sobre a realidade, a função social da Escola, buscando

possibilidades para os anseios desta comunidade.

Portanto este documento é um caminho para a busca da prática pedagógica,

comprometida com a formação humana, o qual tem como objetivos, a construção

coletiva, a gestão democrática e o direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

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II - INTRODUÇÃO

2.1Identificação da Escola

Estabelecimento: Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino

Fundamental

Endereço: Rua Semíramis de Barros Braga, nº 450.

CEP: 87.650-000

Município: Cruzeiro do Sul

Estado: Paraná

Telefone/Fax: ( 44) 3465-1449

E-mail: [email protected]

2.2 Caracterização Geral

2.2.1. Histórico

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental teve sua

história construída mediante o desenvolvimento econômico e social e o espírito

intrépido de alguns pioneiros que se preocupavam com a dignidade e a promoção

humana. Relembrando que o precursor da educação foi Alípio Gomes de Azevedo,

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construtor da primeira sala de aula em Cruzeiro do Sul. E com esse impulso, logo foi

edificada a primeira escola de madeira, denominada Escola Dr. Romário Martins,

localizada a rua com o mesmo nome. Mais tarde o Governador do Estado do Paraná,

Moisés Lupion em conformidade com os dispositivos legais do Decreto n 6.372 com

artigo único designou o funcionamento do Curso Normal Regional no período de 1956 a

1967. No decorrer dos anos houve a alteração do nome para Escola Normal Regional

“Emile Durkhein”. Quando o novo prédio de alvenaria foi concluído em 1968 na Rua

Semíramis de Barros Braga, recebeu o nome de Ginásio Estadual “Emile Durkhein”. De

acordo com a Resolução 2.255/80, foi reorganizado com o nome de Ginásio Estadual

“Emile Durkhein” – Ensino de 1º grau e em 1981, com a Resolução 2.762/81 e

conforme a Lei nº 7861, o Governador do Estado do Paraná (José Richa) autorizou a

alteração para Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino de 1º grau.

Atualmente se organiza de acordo com a Resolução nº 2.673/02 DOE de

23/08/02 como Ensino Fundamental.

No entanto é necessário lembrar que o nome do estabelecimento foi atribuído em

homenagem a Educadora Eurides Cavalcanti Tenório, primeira professora estadual

empossada pelo decreto nº 18.445 para lecionar no Grupo Escolar em 05/02/1957.

Atuou incansavelmente em prol da educação até ser beneficiada pela aposentadoria.

Uma alusão aos diretores que edificaram a escola desde o seu princípio histórico.

Maria Aparecida Galvão de Múzio (1957).

Laurel Rocha de Siqueira (1959)

Dorvalino Ferreira Garcia (1960)

Padre Antonio Ogara (1961 a 1967)

Orides Maia (1968 a 1969 / 1970 a 1977)

José Schincariol Neto (1971 a 1974)

Valdecir Reggiani (1976)

Ana Maria Mendes Gomes (1978)

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Waldemir Natal Marion (1978 a 1984)

Celito Rasvailer (1984)

Tereza Garcia Marion (1987 a 1989)

Waldemir Natal Marion (1989 a 1994)

Walter Gayardoni D´aloia (1994 a 2003)

Aparecido Claudecir Vismara.

Atualmente exerce a função gestora Walter Gayardoni D´aloia.

2.2.2. Organização do Espaço Físico

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório está estruturada em alvenaria,

numa área de 987,48 m2, com 6 salas aula, sendo 6 de 8,00 x 6,00 e 1 de 5,80 x 6,00,

em piso cerâmico, onde cada uma das salas possui: 2 ventiladores, quadro negro e

mesa do professor e média de 40 carteiras; 8 banheiros, sendo 4 para o atendimento

aos educandos , contendo 2 sanitários em cada um, 3 destinados aos funcionários; 1

sala para a equipe pedagógica; 1 sala de professores; 1 banheiro para deficientes, 1

sala extensiva ao trabalho docente; 1 biblioteca; 1 laboratório de ciências adaptado

para sala de aula ; salão nobre; cozinha equipada e refeitório, com depósito de

merenda, central de gás e lavanderia, quadra esportiva com cobertura e iluminação

com vestiários feminino e masculino.

Está localizada no centro da cidade, tendo como referenciais o Departamento

Municipal de Educação sito à Rua Semíramis de Barros Braga Nº 430, o Colégio

Estadual “Dr. Romário Martins” à Rua Vereador Jair de Carvalho Nº 613, murado com

2,30 metros de altura, disposto em uma área plana de 12.000 m2.

Tem como suporte para aprendizagem 01 aparelho de som com 02 caixas

acústicas, 7 TV multimídia, 1 em cada sala fixada na Rack, 03 vídeo cassete, 02

retroprojetores, 01 mimeógrafo a álcool, 01 fogão industrial, 01 freezer na cozinha e 2

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freezer para o programa leite das crianças, 02 geladeiras, 04 bebedouros, 01 televisão

21 polegadas, 03 DVDs, 01 máquina fotográfica digital, 08 estantes de aço com 07

prateleiras, 10 mesas para refeitório com 02 bancos cada, 04 botijões de gás normal e

2 botijões industriais, 01 batedeira semi industrial, 01 cortador de legumes, 03

microcomputadores Pentium e 03 impressoras dos quais 01 microcomputador e 01

impressora foram adquiridos em 2005 através de doação do Núcleo Regional de

Educação pelo Projeto de Educação Fiscal. Sala de material de Educação Física, sala

de Recursos, Data show, balança p/ pesagem de alunos e Estadiômetro, Laboratório de

Informática do Paraná Digital e Proinfo. A escola recebeu também diversos materiais

para a sala Recursos Multifuncionais I: Material dourado; tapete alfabético, memória de

numerais, quebra cabeça, dominó de animais e de frutas em libras, entre outros.

A Escola foi reformada externa e internamente, com a construção do refeitório,

contendo cozinha, depósito de merenda e banheiros, concluída em 2009.

Um acervo bibliográfico atualizado, atendendo as necessidades dos educandos

e comunidade com aproximadamente 1700 exemplares, entre eles contos, crônicas,

fábulas, folclore, paradidáticos, poesias, romances, novelas, teatros, revistas diversas,

e recebimento diário do jornal Folha de Londrina. Observando que não há profissional

específico para este atendimento.

Conta ainda com jogos matemáticos, tangrans, material dourado, mapas

geográficos, históricos e científicos com a necessidade de atualização, esqueleto

humano, torso de corpo humano, boneco fantoches.

Na organização do espaço escolar, é preciso também estar atento para:

- uma organização que favoreça o convívio entre as pessoas, que seja

flexível e conte com as condições suficientes para o desenvolvimento das atividades de

ensino e aprendizagem.

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- a qualidade dos recursos (ou seja, se esses recursos respondem às

necessidades do processo educativo e do envolvimento da comunidade e se estão

organizados, bem cuidados e bonitos).

2.2.3 Oferta de Cursos / Modalidades

A Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional ( LDBN ) dispõe que a

“educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando - lhe a

formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece- lhe meios para

progredir no trabalho e em estudos posteriores “ ( art. 22 ). e fornece o amparo legal

para que a escola se organiza de formas variadas, desde que sejam observadas as

normas curriculares e os demais dispositivos da legislação e que deverão constar

também do regimento escolar.

Em conformidade com a Lei que regulamenta o Sistema Educacional a Escola

Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental, oferta o ensino de 5ª a 8ª

séries e se organiza em séries anuais contando com 13 turmas nos períodos matutinos

e vespertinos, sendo que no período matutino funcionam 07 turmas, com início às 7:45

às 12:10 horas, assim distribuídas: 5ª série A com 31 alunos, 5ª série B com 27 alunos,

6ª série A com 27 alunos, 6ª série B com 31 alunos, 7ª série A com 29 alunos e 7ª série

B com 26 alunos, 8ª série A com 36 alunos. No período vespertino atende a 06 turmas,

com início às 12:45 até às 17:10 horas, distribuídas da seguinte forma: 5ª série C com

29 alunos, 5ª série D com 29 alunos, 6ª série C com 24 alunos, 6ª série D com 25

alunos, 7ª série c com 28 alunos e 8ª série B com 36 alunos. Totalizando 378 alunos no

Ensino Fundamental.

A carga horária do Ensino Regular está distribuída em aulas de 50 minutos com

intervalo de 15 minutos.

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A escola oferta também no período vespertino uma Sala de Recursos

Multifuncionais, com professora habilitada na área, atendendo a 08 alunos.

As turmas são compostas a partir da matrícula inicial, com até 35 alunos para as

5ªs séries e 40 alunos para as 6as, 7as e 8as séries.

2.2.4 Recursos Humanos

A Escola conta com um quadro de 37 profissionais que possibilitam o

desencadeamento de ações efetivas no universo escolar.

Para isso o quadro está disposto com:

Diretor: 01 pós-graduado pertencente ao Quadro Próprio do Magistério.

Secretária pertencente ao quadro de Agente Educacional II, tendo concluído na 2ª

turma do Profuncionário, concluindo o curso Superior.

Educadores: 22 dos quais 12 pertencem ao Quadro Próprio do Magistério e pós

graduados, 10 contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS).

Equipe Pedagógica: 02 pós-graduadas pertencentes ao Quadro Próprio do

Magistério.

Equipe Administrativa: 01 funcionário do Quadro Próprio do Poder Executivo

(QPPE), 04 funcionários Agente Educacional II, do Quadro de Funcionários da

Educação Básica.

Auxiliares de Serviços Gerais: 05 funcionários Agente Educacional I e 03

funcionários contratados pelo Paranaeducação.

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III - Objetivo Geral do Projeto Político Pedagógico

Cumprir a legislação vigente, abrangendo aspectos que funcionem como eixos

centrais, organizados a partir de uma concepção que inclua todas as necessidades e

inovações da Unidade Escolar e, de seus diversos públicos envolvidos – educando,

educador, funcionários, pais e/ou responsáveis e comunidade em geral; baseado no

trabalho a ser realizado em princípios de inclusão, solidariedade, respeito à diversidade

e valorização do potencial humano;

Organizar o trabalho pedagógico de forma a superar as práticas fragmentadas,

garantindo a aprendizagem de todos os educandos;

Assegurar a participação de todos os profissionais da educação, bem como de

toda a comunidade escolar, numa gestão democrática;

Objetivar a formação e aprendizagem, alicerçadas na participação da

comunidade escolar, civil e instâncias colegiadas, respeitando as diversidades no

sentido humano, econômico e social;

Organizar o trabalho pedagógico, de forma a propiciar ao educando

conhecimentos e princípios que contribuem para a formação da sua identidade e

cidadania, em uma perspectiva transformadora.

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IV. MARCO SITUACIONAL

4.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola

Notamos que em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade

depende, em parte, das características da escola, dos educadores, do ensino que os

educandos recebem, das condições de vida e características das famílias. Há uma

interdependência entre o processo educativo e o desenvolvimento social de um país. O

desenvolvimento social implica na qualidade de vida para a população,

independentemente do desenvolvimento econômico. O país pode ser uma grande

economia e não ser desenvolvido socialmente. Nesse caso, sua população não

desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado como saúde, moradia,

transporte, segurança, e é claro, educação.

Os desafios que a realidade social e educacional colocam à nação brasileira são

enormes: resolver a contradição estrutural que existe entre a declaração constitucional

dos direitos sociais (entre eles a educação) e a negação da prática desses; superar a

ideologia que associa pobreza cultural, fazendo uma causa e efeito da outra; recolocar-

se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao

conhecimento e não a qualquer tipo de conhecimento; recolocar a questão do trabalho

como atividade de produção/apropriação de conhecimento e não apenas como uma

mera operação mecânica, descartável pela implantação da automação; repensar,

enfim, a relação escola- trabalho de maneira a superar a dualidade saber/fazer e a

instrumentalização da escola em função dos interesses do capital. Por outro busca- se

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alternativas para superar esses obstáculos como a implantação de programas como:

Bolsa Escola/ Família; Cotas no Ensino Superior para educandos negros e para os que

apresentam necessidades especiais; Programa de erradicação do Analfabetismo

–“Brasil Alfabetizado”.

O Paraná foi um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo Governo

Federal, não esquecendo de frisar que ainda não há a superação dos preconceitos da

exclusão que aliena e concentra o poder; apresentando um cenário de diferenças,

principalmente econômicas e sociais. Objetivando a superação das dificuldades no

âmbito educacional o governo paranaense apresenta vários programas, como: Bolsa

Escola ou Bolsa Família, Paraná Digital, Escola Inclusiva, Projeto Escola Cidadã, Portal

Dia- a- Dia Educação, Paraná Alfabetizado, Programa de Mobilização para a Inclusão e

a Valorização da vida, entre outros.

O propósito de superação de problemas educacionais induziu a que os

municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1as a 4as séries e o Departamento de

Educação Municipal de Cruzeiro do Sul têm por objetivo levar a comunidade uma

educação de qualidade, mantida pela Prefeitura Municipal em parceria com as

Secretarias Estaduais e Federais incentivando e apoiando vários projetos e programas

que trazem benefícios, informações e esclarecimentos para a comunidade em geral,

tais como Programa Agrinho, PROERD, Seminário de Educação Inclusiva, PEJA - Fase

I e Cursos Técnicos - em parceria com o IESDE, atende também todas as crianças nas

áreas psicológicas e odontológicas, para maior incentivo aos familiares o município

fornece uniforme escolar para todos os educandos da rede municipal de ensino. O

município de Cruzeiro do Sul, conta com 3 escolas municipais sendo 2 de Educação

Infantil e 1 de Ensino Fundamental e Supletivo de Jovens e Adultos, totalizando 564

educandos, dos quais 80 , frequentam o Centro de Educação Infantil Anália Mendes

Tenório, 64, na Pré Escola Chapeuzinho Vermelho e 420 educandos na Escola

Municipal Professor Flávio Sarrão – Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries).

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Em âmbito estadual Cruzeiro do Sul conta com o Colégio Estadual Dr. Romário

Martins - Ensino Médio, atendendo a 167 educandos e com a Escola Estadual Eurides

Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental.

A Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental, atende 378

educandos de 5ª a 8ª séries do Ensino Regular. Com base na pesquisa realizada

através de questionários junto aos familiares dos educandos constatou-se que

aproximadamente 60% residem na zona urbana com média de 4 a 5 pessoas por

família, onde uma média de 33% tem salário inferior ao básico nacional e mais ou

menos 30% recebem até 2 salários mínimos. Quanto ao nível de escolaridade, a

maioria possui apenas o Ensino Fundamental incompleto. A população não é

participativa quando se refere a eventos culturais que visam a formação humana,

devido o baixo nível de escolaridade apresentado. Quanto a profissão dos pais, 40% é

composta de trabalhadores rurais, 25% na área de serviços gerais, e uma pequena

porcentagem de funcionários públicos. As principais referências de trabalho no

município é a Usina de Açúcar Santa Terezinha localizada no município vizinho e áreas

rurais locais. E ainda destaca-se entre as mães a profissão de doméstica, sem carteira

assinada, totalizando 54% entre as demais.

Observa-se que nossos educandos passam grande parte do seu dia sem

acompanhamento de algum responsável, ficando desta forma, muitas vezes pelas ruas

com grupos de crianças na mesma situação, deixando de frequentar regularmente as

aulas.

O cenário apresentado reforça o perfil de apatia e falta de perspectivas da família

e dos educandos em relação à educação, pois há a ausência de limites pré-

estabelecidos, a distância existente entre a escola e a família (falta de diálogo e

incentivo ao trabalho intelectual), devido à carga excessiva de trabalho dos pais,

desorientação da família na educação dos filhos e principalmente comodismo. Não

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esquecendo que o problema mais presente é a indisciplina advinda da falta de respeito

mútuo, e dos entraves enfrentados pela escola para tomar atitudes mais eficazes.

Pode- se destacar também outros entraves que impedem o efetivo

desenvolvimento das atividades no âmbito escolar, sendo que um dos mais

preocupantes é a defasagem na aprendizagem com que chegam os educandos nas 5as

séries, por não corresponderem com índices satisfatórios, tanto na expressão oral,

quanto na escrita e no conhecimento matemático. Isto ocorre devido a falta de

comprometimento dos educandos e da família em relação à importância do saber

sistematizado, bem como os métodos facilitadores que, na visão dos profissionais da

escola são estabelecidos com a finalidade de forçar a promoção, refletindo,

consequentemente nas séries posteriores, onde os educandos sempre apresentarão

dificuldades de aprendizagem.

Um outro problema que desestrutura o bom andamento das atividades

pedagógicas é a falta de pessoal que supra a ausência dos profissionais, que se

ausentam para cursos, eventos, reuniões, jogos escolares, seminários, etc. Pode- se

destacar também a falta de um porteiro que evite a afluência de adolescentes

desocupados no interior da escola, um inspetor de aluno que circule pelo pátio

garantindo a segurança e tranquilidade dos educandos, um atendente bibliotecário, sem

a necessidade do deslocamento de auxiliar administrativo para tal função.

Outro fator negativo refere -se ao papel assistencialista que a escola se obriga a

desempenhar (Programa “Leite das Crianças”, encaminhamento de educandos a

serviços de saúde) tirando profissionais de sua função específica para o atendimento.

Com referência aos recursos financeiros as cotas que a escola recebe, que por

sinal melhorou muito nos últimos anos é aplicada em materiais de limpeza, esportivos e

didáticos; cota Escola Cidadã destinada ao reforço da merenda; recebe também uma

quota anual, através do PDDE / Programa Dinheiro Direto na Escola para aquisição de

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materiais permanentes e de consumo, outro programa lançado recentemente que vem

ajudando muito na merenda escolar é o programa Compra Direta, diretamente do

produtor local, os problemas apresentados, contempla- se a participação dos

educandos, pais e comunidade nas atividades extraclasses, como concursos de dança,

desenhos, redações; gincanas sociais, esportivas e culturais; feira de saúde; palestras;

filmes; projetos de arte/música; oficina de monitoramento, e outras, visto que a escola

só poderá atuar como agente transformador a partir da inter-relação: escola / família /

comunidade no intuito de auxiliar os alunos em seu desenvolvimento, tanto cognitivo

como afetivo e social, buscando promover novas oportunidades de aprendizagem.

Atualmente nossa escola participa de projetos integradores como: Cidadania em

construção (dramatizações, encenações, palestras, simulações, passeatas, visitas

culturais, passeios, atividades recreativas, para estimular o exercício da cidadania),

Agenda 21 (contempla a importância na promoção do desenvolvimento sustentável e

intensifica a capacidade humana para abordar questões de meio ambiente e

desenvolvimento), Projeto “Vamos Fazer da Nossa Escola a Melhor do Mundo”(os

alunos desenvolvem atividades para a melhoria da sala de aula, escola e

comunidade),” Projeto Combatendo a Indisciplina através do resgate dos Valores

Humanos”, Plano Nacional de Educação Fiscal (conscientização fiscal com vistas a

despertar a sociedade para a importância da cidadania e do sentido participativo

próprios do regime democrático, Cultura Afro-Brasileira e Africana (contempla a

inserção da temática História e Cultura Afro-Brasileira amenizando preconceitos),

Programa Agrinho (visa à promoção social, através de temas transversais, em uma

perspectiva da interdisciplinaridade), Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas

Públicas, Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, estimular e promover o estudo

da matemática contribuindo para a melhoria da qualidade da educação básica), Uso da

tecnologia (reflete as tendências de comportamento e de interação social das

tecnologias, para não ficar em descompasso com o mundo das comunicações

modernas), Sala de Apoio à Aprendizagem - oportunizado aos alunos de 5ª série (utiliza

encaminhamentos metodológicos que atendem as necessidades de aprendizagem de

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cada educando, conduz processos de reversão das dificuldades apresentadas), Sala de

Recursos Multifuncionais I que destina-se a oferta do atendimento educacional

especializados ( AEE ) complementar a escolarização, (intervém como mediadora nos

recursos utilizados e atende as necessidades de cada educando, com vistas a

proporcionar o seu desenvolvimento global, valendo- se de profissional diferentemente

habilitado. A sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que

apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. São utilizadas metodologias diferenciadas para

os educandos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico

significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam de

apoio especializado complementar para obter sucesso na aprendizagem na classe

comum. Participação em Atividades envolvendo Temas como: prevenção de doenças,

gravidez precoce, preservação do meio ambiente, resgate de valores, valorização da

vida, valorização do estudo, drogas, etc, com posterior mostra de trabalhos realizados

pelos educandos, aberta a comunidade em geral, pois a instituição acredita que o

verdadeiro cidadão é agente de transformação do seu meio, atuando em ações

solidárias e cooperativas, sérias e transparentes.

É preciso destacar ainda outros pontos positivos da escola:

Dispomos de pátio amplo e acolhedor, com calçamento, árvores frutíferas,

palmeiras, pequena gruta para estimular a reflexão; salas de aula acortinadas e bem

arejadas com ventiladores de teto, TV multimídia, carteiras em bom estado, piso

reformado, mesa e cadeira para o professor; a biblioteca é ampla e organizada com

acervo atualizado e diversificado; mesas e bancos para atividades extraclasses,

refeitório com mesas e bancos, cozinha equipada e depósito de merenda.

Os profissionais têm a oportunidade de participar de vários eventos e formação

continuada ofertados pelo MEC, SEED e Escola, inclusive desde 2004 participam do

Seminário de Educação Inclusiva, proporcionado pelo MEC e sediado pelo município.

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Sentem- se mais seguros para exercerem suas funções, pois a maioria são efetivos e

há uma relação pessoal agradável e respeitosa.

Todas as ações desenvolvidas pela escola visam a uma educação de qualidade

capaz de formar cidadãos críticos, comprometidos com a transformação social.

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V. MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepções

5.1.1 Concepção de Sociedade

Se dizemos sociedade, já nisto insinuamos alguma forma de organização, isto é,

conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes e

que interagem entre si, constituindo uma comunidade.

A sociedade é composta pela multiplicidade de interação dos sujeitos dando

origem à ação social, que por sua vez caracteriza-se pelo conjunto de relações entre

pessoas e grupos através da comunicação, o que possibilita criar e acumular

conhecimentos, tradições e costumes historicamente produzidos.

Na sociedade moderna, o homem é um ser prático, que age no contexto da

trama das relações sociais desta sociedade.

Portanto, os interesses sociais admitem muitas gradações. Podem manifestar-se

em defesa das mais diversas categorias sociais e assumir formas conscientes e

políticas de organização.

5.1.2 Concepção de Mundo

Do ponto de vista humano, o mundo é um lugar habitado por seres humanos que

agem e interagem entre si e somam experiências.

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Hoje o mundo é traduzido até o horizonte de nossa percepção, até o universo do

nosso conhecimento. O mundo que nos é trazido pelos relatos, que assim conhecemos

e a partir do qual refletimos, é um mundo que nos chega editado, ou seja, ele é

redesenhado num trajeto que passa por centenas, às vezes, milhares de mediações.

Vivemos em constante conflito entre as gerações e caminhamos para um mundo

que requer enormemente o trabalho mental e criativo; vale pensar sobre a atual

condição humana, sobre o mundo em que estamos imersos, onde a realidade e o

virtual, o imaginário e a real se (con) fundem.

Não esquecendo de comentar sobre a globalização, que expande as

oportunidades para um progresso humano sem precedentes para alguns, mas reduz

essas oportunidades para outros, desgasta a segurança humana e fragmenta as

sociedades.

Neste sentido, são necessárias políticas chamadas de “proteção social” para

proteger e promover o desenvolvimento humano.

5.1.3 Concepção de Homem

Concebemos o homem como um ser que se constrói e chega a ser sujeito dessa

construção, na medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e se

compromete tomando consciência de sua historicidade.

Segundo Freire, “o homem é o sujeito do processo educativo e evidencia-se

numa tendência interacionista, já que a interação homem-mundo, sujeito-objeto é

imprescindível para seu pleno desenvolvimento.

O homem é um ser que possui raízes espaço-temporais, situado no e com o

mundo.

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Consequentemente, o homem é social, na medida em que vive e sobrevive

socialmente. Vive articulado com o conjunto dos seres humanos de gerações passadas,

presentes e futuras. Não se dá isoladamente. A sua prática é dimensionada por suas

relações com os outros.

Por último, é um ser histórico, uma vez que suas características não são fixas e

eternas, mas determinadas pelo tempo, que passa a ser constitutivo de si mesmo.

Em síntese, o homem é ativo, vive determinadas relações sociais de produção

num determinado momento do tempo. Como consequência disso, cada homem é

propriamente o conjunto das relações sociais que vive, de forma prática, social e

histórica.

5.1.4 Concepção de Educação

Entendemos Educação como uma atividade mediadora no seio da prática social,

entendida como um instrumento, meio ou via, através da qual o homem se torna

plenamente homem, apropriando-se da cultura, da produção humana historicamente

acumulada.

A Educação institui humanidade ao homem, é um processo que efetiva o

desenvolvimento das experiências humanas acumuladas de geração a geração para

adaptá-las à vida social, aprimorando a capacidade física, intelectual e moral.

Podemos entender Educação também como o estado de espírito, a disposição

interior de aprender, de descobrir, de relacionar, de construir. É uma dinâmica que deve

ser buscada e vivida durante toda a existência.

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Toda ação educativa, para ser válida, deve, necessariamente, ser precedida

tanto de uma reflexão sobre o homem concreto, a quem se quer ajudar para que se

eduque. O homem se torna, nesta abordagem, o sujeito da educação.

A educação do futuro deve ser mais democrática e menos excludente, com uma

pedagogia centrada no homem.

Resumindo, a Educação entendida como uma possibilidade de ação conjunta

para melhorar a sociedade em que se vive, não pode eximir-se de refletir sobre o papel

de empreender esforços para tudo que puder contribuir para melhorar o entendimento e

a aplicabilidade dos conceitos e reflexões possíveis a partir da ética

5.1.5 Concepção de Escola

Compreendemos a escola como uma instituição de essencial importância para

desenvolver diferentes modelos relacionais, habilidades, construir conhecimentos,

promover o exercício da cidadania e mudanças sociais, logo, escola é o espaço que

possibilita o desenvolvimento e o gosto pelas múltiplas dimensões do conhecimento,

ampliando a visão de mundo, através da socialização da cultura e humanização das

relações.

Neste contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o

aluno e a realidade, se preocupando com a formação de convicções, tornando os

alunos críticos e portadores de opiniões.

O primeiro desafio que a escola precisa enfrentar, é tornar-se um espaço de

criação e de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo articulador do

currículo. Precisamos conceber cultura como um conjunto de práticas significativas, que

se dão em meio a relações sociais, relações assimétricas, relações de poder, nas quais

se atribuem e compartilham significados e se formam identidades.

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Para tanto, a escola é o lugar em que todos devem ter as mesmas

oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes. É necessário, parar

de privilegiar determinadas qualidades para compreender o desenvolvimento humano,

é preciso considerar o espaço em que ele vive, a maneira como constrói significados e

práticas culturais.

5.1.6 Concepção de Conhecimento

O conhecimento é um ato produzido socialmente; é processo e construção que

se dá no encontro/confronto de saberes tornando-se núcleo do processo da

aprendizagem. Quando apropriado e construído coletivamente, não se consome, não

diminui, nem domina ninguém; torna-se vontade coletiva, solidária, compartilhamento

de poder onde todos se tornam dirigentes mesmo que não esteja claro todo o tempo

quem são os parceiros desse longo processo.

O conhecimento é inerente à atividade humana. A elaboração e o

desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientização, a

partir do mútuo condicionamento: pensamento e prática. Ele não acontece sem que

ocorra a fase da constatação, seguida da assimilação e retenção dos fatos. Durante o

período em que o educando frequenta a escola, ele se confronta com modelos que lhe

poderão ser úteis no decorrer de sua vida, e cabe à escola articular o conhecimento das

vivências pessoais, familiares e práticas comunitárias e sociais a novos conhecimentos,

transformando o saber popular em saber elaborado. Portanto, é a única realidade que

se multiplica quando é dividida.

5.1.7 Concepção de Ensino-Aprendizagem

Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando realiza com a gestão

facilitadora e orientadora do professor para atingir os objetivos propostos.

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O processo de ensino-aprendizagem desenvolve-se de forma presencial,

utilizando-se de diferentes espaços e recursos, compreendendo desde a organização

do ambiente educativo, motivação dos participantes, definição do plano de trabalho,

desenvolvimento das atividades de aprendizagem até a avaliação dos resultados e do

processo.

Numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade, o

conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o educador é

mais que o mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimento

de troca e de crescimento mútuo.

Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-

aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o professor ensina e aprende e,

de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é, permeado de

contradições e de mediações.

O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, com um movimento próprio de

idas e vindas, de construções sobre construções. Num processo educativo dialético

todos aprendem e todos ensinam, numa construção coletiva do conhecimento.

5.1.8 Concepção de Avaliação

Avaliar é investigar para intervir. A avaliação da aprendizagem é uma das

ferramentas capazes de atender e acompanhar individualmente os sujeitos, ajustando a

prática educativa às necessidades dos educandos, já que assim ela estaria atendendo

a ideia de educação enquanto bem comum e direito de todos.

O processo avaliativo deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino-

aprendizagem, bem como a proposta curricular; os resultados obtidos durante o período

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letivo em processo contínuo devem ser incorporados num todo do aproveitamento

escolar.

Em síntese, deverá levar em consideração as possibilidades de aprendizagem

do educando dar relevância ao espírito crítico e argumentativo, a capacidade de

decodificação da realidade.

5.1.9 Concepção de Currículo

O Currículo é a organização do conjunto das atividades nucleares da escola,

sendo indispensável ao desempenho de sua função.

O Currículo, na ação, diz respeito a saberes e competências, a representações,

valores, papéis, práticas, relações de poder, modos de participação e gestão.

É uma construção social e deve ser entendido como um processo que envolve

uma multiplicidade de relações em diversos âmbitos que vão da prescrição à ação, das

decisões administrativas às práticas pedagógicas. Compreende também os programas

que dispõem os conteúdos de cada componente e as indicações metodológicas para

seu desenvolvimento.

A organização curricular supõe toda a organização do trabalho pedagógica.

5.2 Princípios da Gestão Democrática

“É possível formar cidadãos autônomos numa

escola onde a autonomia não seja discutida, mas

intimamente vivenciada por seus diferentes

segmentos".

Sônia Couto.

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Como afirma o professor Moacir Gadotti em seu livro Pedagogia da práxis (São

Paulo, Cortez/IPF, 1995), “se é verdade que a Educação não pode fazer sozinha a

transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se

consolidará sem a educação”.

No mesmo sentido, não podemos pensar que a gestão democrática da escola

possa resolver todos os problemas de uma instituição de ensino ou da educação. No

entanto, sua implementação é, hoje, uma exigência da própria sociedade, que a vê

como um dos possíveis caminhos para a democratização do poder da escola e na

própria sociedade.

Partindo da concepção de que a Gestão Democrática da escola é uma exigência

de seu Projeto Político Pedagógico, é necessário que haja em primeiro lugar, uma

mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar, para isso é

necessário que se coloque em prática alguns princípios que a fundamente:

A autonomia somente existe na proporção em que ela acontece nas relações

sociais e por este caminho ela é construída tanto no plano individual, como no plano

coletivo ou institucional;

Não há ‘autonomia da escola’ sem ‘autonomia dos indivíduos’ que a compõem.

Ela é portanto o resultado da ação concreta dos indivíduos que a constituem, no uso

das suas margens de autonomia relativa.

A participação e gestão democrática não subsistem uma sem a outra. A

participação só acontece quando todos contribuem com igualdade de oportunidades de

algo que pertence a todos: a escola pública.

A liberdade de ambos somente existe quando ambos são livres ao mesmo

tempo, senão não há sentido para a liberdade, nem para a autonomia.

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Neste sentido, pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes

históricos, políticos e culturais em que se encontram as instituições educativas,

objetivando alcançar a cada dia mais autonomia. Quando falamos em autonomia,

estamos defendendo que a comunidade escolar tenha um grau de independência e

liberdade para coletivamente, pensar, discutir, planejar construir e executar o projeto de

educação ou de escola que a comunidade almeja, bem como estabelecer os processos

de participação no dia-a-dia da escola. A garantia de progressivos graus de autonomia

é fundamental para a efetivação dos processos de gestão democrática. A construção

da autonomia é processual e se articula ao esforço mais amplo de democratização da

escola.

Participação efetiva e gestão democrática são fundamentais para que a

autonomia escolar seja resultado da construção coletiva e democrática de projetos, na

instituição educativa, que venham a atender aos anseios da comunidade escolar.

A discussão da gestão escolar em uma perspectiva democrática, requer que se

destaquem alguns elementos: a descentralização do poder do gestor; a autonomia do

corpo docente e do quadro administrativo; a participação de alunos e comunidade na

construção coletiva e na definição dos objetivos da escola, bem como de suas

estratégias de ações, compromissos e competências, destacando-se ainda a garantia

da representatividade do conselho escolar e a posição de todos para construir uma

escola comprometida com a transformação social.

Todo desenvolvimento humano deve compreender o conjunto das autonomias

individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer a espécie

humana. No entanto, para que isso aconteça é necessário estabelecer uma relação

mútua entre a sociedade e os indivíduos pela democracia, contribuindo para a tomada

de consciência das vivências cotidianas.

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A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da

escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não apenas seus fiscalizadores ou meros

receptores dos serviços educacionais.

• Função dos Segmentos da Escola

DIRETOR: O papel do Diretor é, predominantemente, gestor e administrativo,

mas sempre com enfoque pedagógico, uma vez que se refere a uma instituição e a um

projeto educativo que existe em prol da educação. Mais do que um administrador que

cuida de orçamentos, calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola precisa ser

um educador, estar ligado ao cotidiano de sala de aula, conhecer os educandos,

educadores e pais. Deve incentivar iniciativas inovadoras, elaborar planos diários e de

longo prazo, visando a melhoria da escola, gerenciar os recursos financeiros e

humanos, assegurar a participação da comunidade na escola, identificar as

necessidades da instituição e busca de soluções e ainda ficar sempre atento a

execução do Projeto Político Pedagógico, se o mesmo caminha em direção à escola.

EQUIPE PEDAGÓGICA: A Equipe Pedagógica é responsável pela transposição

da teoria para a prática escolar, ajudar na elaboração da proposta pedagógica,

garantindo sua prática, orienta pedagogicamente pais/responsáveis, educandos,

educadores e demais funcionários da instituição; atua como mediador e assessor no

planejamento, acompanhamento, orientação, avaliação e controle dos processos

educacionais.

A imagem da equipe pedagógica provém de ações que se estabelecem com o

fim único de sensibilizar os educadores e educandos para assumirem sua postura.

EDUCADOR: O educador desempenha uma função central para a organização

das atividades de aprendizagem. Deve ter uma capacidade de empatia para saber o

que o educando sente e o que o educando precisa a cada momento. E tem de animá-lo

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a trabalhar, ajudá-lo a superar os obstáculos que encontra, guiá-lo no trabalho. O

educador põe o educando a trabalhar e orienta-o para tarefas e propostas que são

acessíveis. É preciso estimular os educandos a que se proponham a estudar um

determinado problema, mas é o educador que tem de direcionar a atividade por

caminhos que sejam viáveis, o que pode fazer graças à sua experiência.

FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS E DE APOIO:

A escola conta com agentes educacionais I e II, de modo que:

O Agente Educacional I têm como função a manutenção de infra-estrutura

escolar, preservação do meio ambiente, alimentação escolar e interação com o

educando.

O Agente Educacional II responde pela administração escolar e pela operação

de multimeios escolares.

Todos são educadores com função diferenciadas, mas com o mesmo objetivo “o

de educar”, contribuindo assim, para o sucesso da educação.

EDUCANDO: o educando é um agente social que leva para a escola uma série

de experiências acumuladas em casa, no trabalho, na igreja, etc. Essas experiências

tornam o aluno capaz de (re)elaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa

contraposição entre experiência do professor experiência do aluno que o conhecimento

se faz. Ser aluno hoje e ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece

quando o aluno debate, exige, questiona.

• Função das Instâncias Colegiadas

CONSELHO ESCOLAR: o Conselho Escolar é um colegiado constituído por

representantes de pais, professores, alunos e funcionários que exerce a interferência

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nas decisões e deliberações das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e

políticas da escola;

O Conselho Escolar é um órgão consultivo, deliberativo e de mobilização mais

importante do processo de gestão democrática na escola. Sua tarefa mais importante

será acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e, nela, o processo ensino-

aprendizagem. Assim, a função do Conselho Escolar deverá ser fundamentalmente

político-pedagógica. Política, na medida em que estabelece as transformações

desejáveis na prática educativa escolar. Pedagógica, pois indicará os mecanismos

necessários para que a transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira

atividade do Conselho Escolar será discutir e delimitar o tipo de educação a ser

desenvolvido na escola, para que se torne uma prática democrática comprometida com

a qualidade socialmente referenciada.

APMF: Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e similares, pessoa jurídica

de direito privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais do

estabelecimento não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, construída para

colaborar na implementação e execução da proposta pedagógica do Estabelecimento

de Ensino, visando a melhoria e qualidade da educação como um todo.

CONSELHO DE CLASSE: Faz parte do processo de gestão político pedagógico

por meio do seu eixo central que é a avaliação escolar.

É uma reunião onde Equipe Pedagógica, Direção, Professores e Alunos

discutem acerca da aprendizagem, seus desempenhos e avaliações. Mais do que saber

se o aluno será aprovado ou não, tem o objetivo de encontrar os pontos de dificuldades

tanto do aluno quanto da própria instituição de ensino, na figura dos professores e

organização escolar, buscando a reformulação das práticas escolares a partir das

reflexões realizadas.

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Sendo o Conselho de Classe uma instância integradora, pensar o seu papel

diante de uma nova lógica em que estejam presentes as atuais formas de organização

social e trabalho na escola, leva ao repensar de uma nova relação que deve ser

estabelecida entre os profissionais e o conteúdo a ser trabalhado.

GRÊMIO ESTUDANTIL: O Grêmio Estudantil foi criado como entidade

autônoma, independente da direção da escola, pela Lei nº 7.398/95 com finalidades

educacionais, culturais, desportivas e sociais. A atribuição dos educandos na

construção e consolidação da gestão democrática, além de ser um espaço de

discussão; é defensor do educando e promove a sua participação na política, na arte e

na cultura.

A Instituição está em momento preliminar para a elaboração do Grêmio

Estudantil, haja vista a importância desta representação escolar para que se objetive

um trabalho democrático alicerçado na vontade coletiva, na defesa de direitos e

interesses à melhoria da qualidade de ensino, no incentivo à promoção de atividades

educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais, sem fins lucrativos e que propicie

também um intercâmbio entre outras instituições.

A organização estudantil deve ser a instância onde se cultiva gradativamente o

interesse do educando para além da sala de aula.

• Formação continuada dos profissionais da educação

A LDB, em consonância com a demanda atual do trabalho, afirma que os

sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da educação,

assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e “período reservado a

estudos, planejamento e avaliação, incluindo na carga de trabalho".

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A Secretaria de Estado da Educação ao definir a proposta político-pedagógica

que norteará a condução do processo educacional do Estado propõe como uma de

suas metas a formação continuada dos profissionais da educação em cursos de

capacitação, grupos de estudos aos sábados, jornada pedagógica, seminários

congressos, estudos durante a semana pedagógica, entre outros.

Como está claro no Artigo 84 “o professor ou especialista da educação será

obrigado a freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou especialização profissional quando

convocados pela SEED”.

Para fins de subsidiar a formação de profissionais da educação a escola

contempla a possibilidade de aproveitar os dias de cursos de capacitação, semana

pedagógica, os momentos de hora-atividade, reuniões pedagógicas, conselho de classe

para estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvem a elaboração e

implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino.

Particularmente, nossa escola, para fins de capacitação profissional realizará

atividades que estejam em consonância com as necessidades apresentadas no

contexto escolar.

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VI. MARCO OPERACIONAL

6.1 Linhas de Ação

Que a Proposta Pedagógica da Escola seja instrumento de efetivação de ações

voltadas ao educando, através da elaboração de conteúdos específicos e condizentes

com as diferentes faixas etárias, interesses e realidades dos educandos.

Que a escola se utilize da construção da proposta pedagógica, para viabilizar

uma educação de qualidade, com o objetivo de formar cidadãos críticos e

comprometidos com a transformação social.

Que a aprendizagem seja efetivada através de procedimentos metodológicos

inovadores;

Que a prática de inclusão dos educandos com necessidades educativas

especiais e de toda diversidade: econômica, étnica, religiosa, seja efetivada.

Que o retorno dos alunos ausentes seja viabilizado através do Programa FICA.

Que a indisciplina seja amenizada com processo dialógico entre educandos e

profissionais da educação/família e outros segmentos sociais, através de projetos,

reuniões de pais e educadores com momentos de lazer: jogos, danças, esportes, teatro,

palestras envolvendo os temas: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural,

orientação sexual, trabalho e consumo, etc.

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Que os pais/responsáveis pelos educandos sejam conscientizados da

importância de sua participação na formação e resgate dos valores éticos e culturais,

da valorização do meio ambiente e da própria vida, que são essenciais para a formação

de cidadãos dignos.

Que os avanços tecnológicos e científicos na escola estejam conectados com a

aprendizagem do educando.

Que o resgate da ética, da solidariedade, da paz sejam reafirmados através de

projetos reflexivos e encontros interativos.

Que o compromisso ético e solidário possam estar presentes, promovendo um

clima acolhedor para todos.

Que o processo de capacitação de todos os profissionais da escola sejam

destaque como outras atividades que ocorrem no âmbito escolar, visando uma

formação de qualidade.

Que se promova reuniões de pais por série/turma para que juntos busquem

soluções para os problemas detectados.

Que haja a busca da participação de outros órgãos da comunidade que possam

ofertar atendimentos complementares (saúde, trabalho, associações, creches,

conselhos, igrejas e outros).

Que a escola promova a participação de voluntários que colaborem com o bom

desenvolvimento de trabalhos e relacionamentos envolvendo toda a comunidade

escolar.

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Que a avaliação seja compreendida pelo contexto escolar, como parte integrante

e fundamental no processo educativo, realizada através da inter-relação de

capacidades do educando, explorando seu potencial, avaliando e oportunizando uma

nova visão, revendo planos e corrigindo possíveis dificuldades aparentes no

aprendizado do educando.

Que os instrumentos de avaliação sejam o reflexo dos critérios estabelecidos, de

modo a obter dados da aprendizagem ocorrida de acordo com os níveis de

desenvolvimento cognitivo explicitados nos objetivos, a fim de reorientar o trabalho do

professor de modo a intervir no processo ensino-aprendizagem.

Que a avaliação seja contínua e contextual no sentido de ser permanente,

acompanhando o desenvolvimento do aluno através dos avanços, dificuldades e

possibilidades detectadas.

Que a avaliação seja investigativa e diagnóstica com a finalidade de levantar e

mapear dados para oferecer subsídios para os profissionais sobre a prática pedagógica

que realizam.

Que a avaliação seja sistemática e objetiva como orientadora do processo

educacional.

Que o processo de auto-avaliação da escola seja realizada para identificar os

aspectos que demandam esforços diferenciados e sistemáticos para a melhoria da

qualidade do ensino.

Que o acompanhamento dos educandos com o desempenho insatisfatório seja

realizado através de monitoramento visando a recuperação de estudos.

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Que os profissionais da escola elaborem programas de reuniões, palestras e

orientação para os pais visando suportes e acompanhamento escolar dos filhos.

Que os conselhos de classe sejam realizados com a presença de educandos e

instâncias colegiadas.

Que a escola busque junto a SEED recursos que solucionem os problemas

advindos pela falta de estrutura física, humana e econômica.

Que a escola busque soluções para a permanência do educando com dificuldade

de aprendizagem em sala de apoio e de recurso.

Que a escola contemple a possibilidade de aproveitar os dias de cursos de

capacitação, semana pedagógica, os momentos de hora-atividade, reuniões

pedagógicas, conselho de classe para estudos e reflexões a respeito de atividadesque

envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da

qualidade de ensino.

Que a utilização dos espaços físicos e materiais existentes contribuam para o

aprimoramento das ações políticas e pedagógicas, enfatizando o crescimento e a

coletividade do processo ensino-aprendizagem.

Que a escola busque melhorias no espaço físico, junto a comunidade escolar,

externa e mantenedora.

Que haja o envolvimento de todos os profissionais da escola no ato de

aprovação do Calendário Escolar, tendo como base o que determina a LDB 9394/96.

Que a escola efetive as matrículas dos educandos de acordo com as disposições

legais, assegurando-lhes o acesso e a permanência no espaço escolar.

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Que no processo de organização de turmas e distribuição de aulas se observe

as normas e diretrizes contidas na resolução 471/2005, considerando a carga horária

disponível na escola.

Que os registros do cotidiano escolar sejam documentados em Livro de registro

de classe, livros atas, a fim de garantir os direitos e deveres dos educandos e de todos

os profissionais da escola.

Que a escola viabilize aos pais ou responsáveis a comunicação dos resultados

da aprendizagem obtidos pelos educandos através de boletins e informativos impressos

pelo setor administrativo.

6.2 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico visa a constatação das

conquistas, e a construção de novos desafios. Para isso a avaliação precisa contemplar

toda a comunidade escolar e civil. Será avaliado anualmente, ou quando se fizer

necessário, partindo das concepções definidas pela escola. Conseqüentemente deve

ser o instrumento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem

perseguidos.

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ESCOLA ESTADUAL EURIDES CAVALCANTI

TENÓRIO – ENSINO FUNDAMENTAL

Projeto

Político

Pedagógico

Cruzeiro do Sul

2010

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Projeto

Político

Pedagógico:

é transcender em 

consonância

“Obra aberta: cada um coloca um pouco de si, a

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cada olhar um novo movimento”.