Hpn-2013

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  • HIDRULICA E PNEUMTICA

  • Hidrulica e Pneumtica

    FATEC-OSASCO

    2

    Automao Hidrulica e Pneumtica

    FATEC-OS, 2013

    Trabalho organizado a partir de contedos extrados da Intranet.

    Equipe responsvel

    Coordenao

    Ronaldo Ruas

    Ronaldo Willians Reis

    Organizao

    Joaquim Mikio Shimura

    Capa

    FATEC-OS

    do curso de Formao de Supervisores de Primeira Linha do SENAI-SP.

    Todos os direitos reservados. Proibida a reproduo total ou parcial, por qualquer

    meio ou processo. A violao dos direitos autorais punvel como crime com pena de

    priso e multa, e indenizaes diversas (Cdigo Penal Leis N 5.988 e 6.895).

    FATEC Faculdade de Tecnologia de Osasco

    Fatec Osasco Prefeito Hirant Sanazar

    Rua Pedro Rissato, 30 Vila dos Remdios

    Osasco SP

    CEP 06296-220

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    3

    Sumrio

    Fundamentos da mecnica dos fluidos 5

    Fluidos hidrulicos 19

    Bombas hidrulicas 35

    Cilindros e motores hidrulicos 53

    Vlvulas hidrulicas 65

    Compressores 103

    Redes de distribuio de ar comprimido 115

    Preparao do ar 125

    Cilindros e motores pneumticos 131

    Vlvulas pneumticas 141

    Comandos sequenciais pneumticos 171

    Simbologia 189

    Bibliografia 201

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    Fundamentos da mecnica dos fluidos

    O ramo da Cincia que estuda o comportamento dos fluidos em repouso chama-se

    fluidosttica; e hidrosttica o estudo especfico de fluidos lquidos em repouso.

    A presso fora distribuda por rea. Pois bem, os lquidos tambm exercem presso.

    Suponha um recipiente contendo um lquido em equilbrio. As foras de presso

    exercidas pelo fluido sobre a parede so normais a ela. Se assim no fosse, o lquido

    estaria escorrendo ao longo da parede, o que negaria a hiptese de equilbrio.

    Princpio de Pascal

    "A presso exercida num ponto de um lquido confinado e esttico se transmite com

    igual intensidade em todas as direes."

    Assim sendo, ao se aplicar uma fora F sobre uma superfcie A de um lquido, cria-se

    uma presso P que ser a mesma em todos os pontos do lquido.

    Nesta primeira anlise estamos desprezando o peso do lquido.

    P = h x x g

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    Presso

    Um corpo, ao ser apoiado sobre um plano horizontal, ter o seu peso distribudo

    uniformemente ao longo da superfcie de contato.

    A fora em cada unidade de rea recebe o nome de presso e calculada pela formula:

    p =A

    F onde:

    p = presso

    F = fora

    A = rea

    Unidades de presso nos sistemas

    Internacional Pa (Pascal)

    Tcnico kgf/cm2 ou kp/cm2 (quilograma-fora por centmetro quadrado)

    Ingls lbf/pol2 (libra por polegada quadrada)

    psi (pound per square inch)

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    Aplicao do princpio de Pascal

    Uma aplicao do princpio de Pascal a prensa hidrulica, que permite multiplicar a

    fora aplicada.

    Funcionamento de uma prensa hidrulica.

    Aplicando a fora F1 perpendicularmente ao mbolo de rea A1, surgir a presso p1:

    p1 = 1

    1

    A

    F De acordo com o princpio de Pascal, essa presso ser transmitida

    integralmente ao mbolo de rea A2, que ficar sujeito fora F2.

    2

    22

    A

    Fp Como a presso p a mesma, conclui-se que: p1 = p2

    sendo 1

    11

    A

    Fp e

    2

    22

    A

    Fp Temos:

    Neste exemplo, os mbolos tm

    sees de reas A1 e A2, sendo

    A2 > A1.

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    1

    1

    A

    F

    2

    2

    A

    F logo:

    2

    1

    A

    A

    F

    F

    2

    1

    Como A2 maior que A1, isto implica que F2 seja maior do que F1.

    A2 > A1 F2 > F1

    Outra relao importante mostrada na figura abaixo. Os deslocamentos S1 e S2 dos

    mbolos, indica que o volume de lquido deslocado de um lado igual ao volume de

    lquido deslocado do outro lado.

    Comparando as expresses anteriores obtemos:

    2

    1

    A

    A

    F

    F

    2

    1 =

    1

    2

    S

    S e da:

    2

    1

    F

    F

    1

    2

    S

    S

    F1 x S1 = F2 x S2 de onde conclumos que:

    O trabalho realizado por F1 igual ao trabalho realizado por F2.

    Isto : V1 = V2 Assim:

    A1 . S1 = A2 . S2 logo:

    1

    2

    2

    1

    S

    S

    A

    A

    1 2

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    Presso atmosfrica

    As camadas de ar exercem um peso sobre a superfcie da terra. A atmosfera exerce

    sobre ns uma fora equivalente ao seu peso e ela atua em todos os sentidos e direes

    com a mesma intensidade.

    A presso atmosfrica varia de acordo com a altitude, pois em grandes alturas, a massa

    de ar menor do que ao nvel do mar.

    Altitude (m) Presso (mbar) Presso atmosfrica absoluta

    0 1013 1013 mbar

    500 955 1013 hpascal

    1000 899 760 Torr

    2000 795 1,033 kgf/cm2

    5000 540 14,7 psi

    8000 356

    Visto que a altitude e as condies do tempo tambm alteram a presso atmosfrica,

    adota-se uma presso de referncia que presso atmosfrica absoluta ao nvel do

    mar.

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    Presso absoluta e presso manomtrica

    A presso absoluta soma da presso atmosfrica com a presso manomtrica.

    Quando representamos a presso absoluta, acrescentamos o smbolo (a) aps a

    unidade, por exemplo 50 psi (a).

    Unidades, grandezas e smbolos

    O sistema adotado pela maioria dos pases o sistema internacional de unidade

    simbolizado pela sigla SI, mas tambm so utilizados outros sistemas. Para a rea de

    tecnologia de automatizao so importantes as seguintes unidades:

    Unidades bsicas

    Grandeza Smbolo Unidade (abreviao)

    Comprimento , s metro (m)

    Massa m quilograma (kg)

    Tempo t segundo (s)

    Temperatura

    grau Celsius ( C)

    Kelvin (K)

    Unidades derivadas

    Grandeza Smbolo Unidade(abreviao)

    Fora F newton (N) 1 N = 1 kg. m.s-2

    Presso p pascal (Pa) 1 Pa = 1 N/m2

    bar 1bar = 10N/cm2 = 105 Pa

    Trabalho joule (J) 1J = 1N.m

    Potncia P watt (W) 1W = 1N.m.s-1

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    11

    Fora

    toda causa capaz de modificar o estado de movimento ou causar deformao. uma

    grandeza vetorial e para ser perfeitamente caracterizada devemos conhecer sua

    intensidade, direo e sentido.

    Unidades de fora nos sistemas

    Internacional (SI) .................... N (Newton)

    Tcnico ................................... kgf ou kp (quilograma-fora)

    Ingls ...................................... lbf (libra-fora)

    Peso

    Peso de um corpo a fora de atrao gravitacional que a terra exerce nos corpos.

    Sendo m a massa do corpo e g a acelerao da gravidade da Terra, a intensidade do

    peso dada pela frmula: P= m.g .

    Em aplicaes tcnicas e na resoluo de problemas comum arredondar o valor da

    acelerao da gravidade (g) para 10 m/s2.

    Velocidade

    a relao entre o espao percorrido por um corpo e o correspondente tempo gasto.

    v =t

    s onde: v = velocidade

    s = espao

    t = tempo

    A acelerao da gravidade (g) independe

    da natureza dos corpos, varia de lugar

    para lugar de acordo com a altitude, mas

    seu valor mdio no sistema internacional

    9,81 m/s2 (metros por segundo ao

    quadrado).

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    Unidades de velocidade nos sistemas

    Internacional: m/s (metro por segundo)

    m/min (metro por minuto)

    cm/s (centmetro por segundo)

    Ingls: ft/s (p por segundo)

    pol/s (polegada por segundo)

    A fora e a velocidade so os parmetros mais importantes no dimensionamento de

    mquinas. Uma furadeira, por exemplo, dimensionada em funo da fora necessria

    para furar o material, e pela velocidade de corte, ou seja a velocidade da broca.

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    Velocidade de um atuador

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    Vazo

    A vazo representa o volume deslocado de um fluido numa unidade de tempo.

    Q =t

    V onde:

    Q = vazo (l/min)

    V = volume de fluido deslocado (l)

    t = tempo (min)

    Em tubulaes, a vazo do fluido depende da velocidade e da seo transversal do tubo.

    Assim

    Q = v. A onde:

    Q = vazo

    v = velocidade (dm/min)

    A = rea da seo transversal do tubo (dm2)

    Unidades de vazo nos sistemas:

    internacional (SI) l/min (litro por minuto)

    m3/min (metro cbico por minuto)

    m3/h (metro cbico por hora )

    sistema Ingls pcm (p cbico por minuto ) [1p = 304,8mm]

    cfm (cubic feet per minute) [1pcm = 28,32 l/min]

    Como estas condies variam em funo da altitude, umidade relativa e temperatura, so

    definidas condies padro de medidas, sendo que as mais usadas so:

    Nm3/h (normal metro cbico por hora) definido a presso 1,033 kg/cm2, temperatura

    de 0 C e umidade relativa 0%;

    SCFM (standart cubic feet per minute) definida a presso de 14,7 lb/pol2 (psi) ,

    temperatura de 60 F e umidade relativa de 0%.

    Velocidade do leo na tubulao:

    A velocidade com que o fluido passa pela tubulao um fator importante no sistema

    hidrulico, considerando-se o atrito que a velocidade acarreta.

    Geralmente, as faixas de velocidade recomendadas para o fluido hidrulico so:

    Linhas de suco de bombas: 0,6 a 1,2m/s

    Linhas de presso do circuito hidrulico: 2 a 6m/s

    Linhas de retorno para o reservatrio: 3 a 5m/s

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    importante destacar que:

    a) A velocidade do fluido atravs de um tubo varia inversamente ao quadrado do

    seu dimetro interno;

    b). O atrito do fluido, dentro da tubulao, proporcional a sua velocidade.

    Normalmente, se o fluxo for turbulento, o atrito varia em funo do quadrado da

    velocidade.

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    Tabela Nomogrfica

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    17

    Temperatura

    As partculas constituintes dos corpos esto constantemente em movimento, sendo

    dotadas de uma energia de movimento ou energia de agitao. A esta energia de

    agitao das partculas chamamos de energia trmica do corpo.

    Quanto maior a temperatura, mais agitadas ficam as partculas do corpo.

    Quando dois corpos em temperatura diferentes so postos em contato, espontaneamente

    h transferncia de energia trmica (calor) do corpo mais quente para o mais frio at ser

    atingido o equilbrio trmico.

    Algumas grandezas, como o comprimento, volume, resistncia eltrica, variam de acordo

    com a temperatura, so as grandezas termomtricas.

    Escalas termomtricas

    Existem vrias escalas termomtricas.

    Para se estabelecer uma correspondncia entre estas escalas estabelecemos pontos de

    referncia denominados pontos fixos, tais que:

    1 ponto fixo = temperatura do gelo fundente, sob presso normal (1 atm);

    2 ponto fixo = temperatura do vapor de gua em ebulio, sob presso normal.

    Para converso de escalas, usamos a seguinte relao:

    5

    273K

    4

    R

    9

    32F

    5

    C ooo

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    19

    Fluidos hidrulicos

    O cuidado na escolha do fluido hidrulico para uma mquina ter efeito importante

    no desempenho dessa mquina e na vida dos componentes hidrulicos.

    A formulao e aplicao dos fluidos hidrulicos constituem uma cincia cujo

    estudo ultrapassa a finalidade desta unidade.

    Aqui, encontraremos os fatores bsicos envolvidos na escolha de um fluido e sua

    prpria utilidade.

    Um fluido definido como qualquer lquido ou gs. Entretanto, o termo fluido, no

    uso geral em Hidrulica, refere-se ao lquido utilizado como meio de transmitir

    energia.

    Nesta unidade, fluido significar o fluido hidrulico, seja um leo de petrleo

    especialmente composto ou um fluido especial, prova de fogo, que pode ser um

    composto sinttico.

    As funes do fluido

    O fluido hidrulico tem quatro funes primrias:

    Transmitir energia;

    Lubrificar peas mveis;

    Vedar folgas entre essas peas;

    Resfriar ou dissipar o calor.

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    O fluido lubrifica as partes mveis e a circulao resfria o sistema.

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    22

    Fluxo em paralelo

    Uma caracterstica peculiar a todos os lquidos o fato de que eles procuram sempre

    o caminho que oferece menor resistncia.

    Assim sendo, quando houver duas vias de fluxo, ligadas em paralelo, cada qual com

    uma resistncia diferente, a presso aumenta o suficiente para exercer o menor

    esforo, fazendo com que o fluxo procure sempre o caminho mais fcil.

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    23

    Fluxo em srie

    Quando as resistncias ao fluxo estiverem montadas na mesma linha de passagem do

    fluxo, ou seja, em srie, as presses exigidas para cada uma delas so somadas

    sucessivamente. A presso em um determinado ponto da instalao equivale, portanto,

    somatria de todas as restries localizadas a sua frente, uma aps a outra.

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    24

    Restrio e presso

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    25

    Tipos de fluidos hidrulicos industriais

    leos minerais.

    Derivados do petrleo so os mais utilizados em sistemas hidrulicos. Alm de

    apresentarem um custo mais baixo, se comparados a fluidos especiais produzidos em

    laboratrios, os leos minerais so compatveis com a maioria dos materiais

    empregados nos sistemas. Suas propriedades lubrificantes so excelentes e a faixa de

    temperatura para sua aplicao bastante ampla.

    Fluidos sintticos.

    So compostos qumicos que podem trabalhar acima dos limites dos leos minerais,

    satisfazendo plenamente todas as necessidades dos sistemas hidrulicos. Os fluidos

    sintticos mais comumente empregados so: teres complexos, silicatos, silicones.

    Fluidos resistentes ao fogo

    Em mquinas e equipamentos hidrulicos sujeitos a ambientes expostos a altas

    temperaturas como, por exemplo, em locais de fundio, tratamento trmico ou que

    apresente riscos de combusto, so utilizados fluidos incombustveis, isto ,

    resistentes ao fogo.

    Viscosidade relativa (SUS - Seconds Universal Saybolt):

    A viscosidade relativa determinada cronometrando-se o tempo em segundos, 60ml de

    leo que leva para escoar por um orifcio capilar, de 1,75mm de dimetro por

    12,25mm de comprimento, a uma temperatura constante de 100F (37,5C).

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    26

    Viscosidade Cinemtica(mm/s)

    Determina a velocidade com que um corpo afunda em um lquido sob a influncia da

    gravidade. O padro ISO-VG e a DIN-51524 estipula uma viscosidade mxima e mnima

    do leo hidrulico a 40C.

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    27

    IV ndice de Viscosidade

    Reservatrio de leo

    Os reservatrios so projetados para comportar todo o fluido do sistema hidrulico e

    mais uma reserva, mantendo o leo limpo e temperaturas de trabalho apropriadas. Funes do reservatrio

    Num sistema hidrulico industrial, o reservatrio de leo tem 4 funes principais:

    acondicionar todo o fluido hidrulico utilizado pelo sistema;

    separar as bolhas de ar presentes no leo;

    reter os contaminantes slidos contidos no leo;

    dissipar o calor gerado pelo sistema.

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    28

    Caractersticas de construo

    Os reservatrios hidrulicos so construdos com placas de ao soldadas e dispostas

    de forma a manter o fundo do tanque acima do nvel do solo.

    Seu interior pintado com tinta especial, a base de epoxi, para reduzir a ferrugem que

    possa resultar da condensao de umidade.

    O reservatrio projetado de forma a facilitar a manuteno. O fundo do tanque deve

    ser ligeiramente inclinado, com um plugue para drenagem posicionado na regio mais

    baixa, de modo a permitir o escoamento do leo nos procedimentos de troca do fluido.

    Reservatrios de mdio e grande porte devem possuir tampas laterais vedadas, de

    fcil remoo, que permitam o acesso ao interior do tanque, tanto para limpeza como

    para eventuais procedimentos de manuteno.

    O visor de nvel deve ser posicionado no reservatrio, em local de fcil visualizao, de

    forma a permitir a verificao diria do volume de leo contido no interior do tanque

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    29

    O bocal de reabastecimento de leo deve possuir uma tela filtrante, de malha 200,

    para evitar a contaminao do fluido por substncias slidas durante o processo de

    enchimento do tanque.

    Outra parte integrante do reservatrio de leo, de suma importncia no cumprimento

    de suas funes, a chicana

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    30

    Dimensionamento do reservatrio

    Em regra geral, um reservatrio deve ser suficientemente grande para conter, em

    volume, de duas a trs vezes a quantidade de leo que a bomba envia para o sistema

    hidrulico.

    Vtanq = Q x 2 ou 3

    Vtanq = Volume do reservatrio em litros

    Q = Vazo da bomba em l/min

    Condutores hidrulicos

    Os condutores hidrulicos englobam os diversos tipos de tubulaes e conexes,

    disponveis no mercado, empregados para transportar a energia hidrulica da bomba

    at os atuadores, passando pelos elementos de comando e controle. Em sistemas

    hidrulicos recomenda-se a utilizao de tubos de ao sem costura, livres de escamas,

    sujeira ou ferrugem em seu interior.

    Alm de transportar o leo, os condutores tm por finalidade, absorver vibraes e

    facilitar a dissipao do calor, gerados pelos componentes hidrulicos sob presso.

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    31

    Existem quatro tipos principais de condutores hidrulicos:

    Canos de ao roscados;

    Tubos de ao sem costura;

    Mangueiras flexveis;

    Blocos de montagem (manifold).

    Canos de ao roscados

    Os canos de ao roscados, com costura, foram os primeiros condutores a serem

    utilizados em sistemas hidrulicos industriais. Como no podem ser curvados,

    devido costura longitudinal, utilizam vrios tipos de conexes roscadas e tambm,

    como forma de unio e fixao aos componentes do sistema hidrulico.

    Tubos de ao sem costura

    Os tubos de ao sem costura oferecem inmeras vantagens, comparados aos canos

    roscados:

    Suportam presses mais elevadas que as permitidas nos canos roscados;

    Reduzem a turbulncia do fluxo hidrulico, pois permitem a construo de curvas

    suaves na tubulao;

    Podem ser curvados a frio, em qualquer direo, reduzindo o nmero de

    conexes do circuito e, consequentemente, diminuindo o nmero de pontos

    sujeitos a vazamento;

    Podem ser montados e desmontados frequentemente, sem apresentarem

    problemas de vedao, agilizando os procedimentos de manuteno.

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    32

    Mangueiras flexveis

    A utilizao de mangueiras flexveis recomendada quando as linhas hidrulicas esto

    sujeitas a movimentos, causados principalmente por cabeotes mveis de mquinas

    operatrizes. Alm disso, as mangueiras tm a capacidade de absorver vibraes

    geradas pela operao do sistema hidrulico sob presso.

    O bom senso, acima de tudo, uma ferramenta importante na deciso do modo como

    a mangueira dever ser instalada, garantindo o perfeito funcionamento do sistema.

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    33

    Terminais prensados

    Terminais roscados

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    34

    Blocos de montagem (manifold)

    Permitem a interligao dos componentes do sistema hidrulico sem a utilizao de

    canos, tubos ou mangueiras externas, reduzindo ao mnimo os pontos do circuito

    sujeitos a vazamentos.

    importante destacar que, apesar dos blocos de montagem apresentarem as

    vantagens de facilitar a montagem e a manuteno, alm de reduzir os espaos e as

    conexes sujeitas a vazamentos, oferecem as seguintes desvantagens se comparados

    tubulao convencional:

    aumentam a turbulncia do leo e a perda de carga, provocadas pelos cantos

    vivos das furaes internas que, geralmente, formam ngulos bruscos de 90

    graus;

    aumentam a temperatura do sistema hidrulico, podendo causar falhas de

    funcionamento em alguns de seus componentes;

    so mais pesados do que uma instalao convencional, montada a partir de

    canos roscados ou de tubos de ao sem costura.

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    35

    Bombas hidrulicas

    As bombas so utilizadas, nos circuitos hidrulicos, para converter energia mecnica em

    energia hidrulica.

    A ao mecnica cria um vcuo parcial na entrada da bomba, o que permite que a

    presso atmosfrica force o fluido do tanque, atravs da linha de suco, a penetrar na

    bomba. A bomba passar o fluido para a abertura de descarga, forando-o atravs do

    sistema hidrulico.

    As bombas so classificadas, basicamente, em dois tipos:

    hidrodinmicas e

    hidrostticas.

    As bombas hidrulicas so classificadas como positivas (fluxo pulsante) e no-positivas

    (fluxo contnuo).

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    36

    Bombas hidrodinmicas

    So bombas de deslocamento no-positivo, usadas para transferir fluidos e cuja nica

    resistncia a criada pelo peso do fluido e pelo atrito.

    Essas bombas no so usadas em sistemas hidrulicos, porque seu poder de

    deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistncia e tambm porque

    possvel bloquear-se completamente seu prtico de sada em pleno regime de

    funcionamento da bomba.

    Bombas hidrostticas

    So bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada quantidade de

    fluido a cada rotao ou ciclo.

    As bombas hidrostticas produzem fluxos de forma pulsativa, porm sem variao de

    presso no sistema.

    Especificao de bombas

    As bombas so, geralmente, especificadas pela capacidade de presso mxima de

    operao e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada rotao

    por minuto.

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    Deslocamento

    Deslocamento o volume de lquido transferido durante uma rotao e equivalente ao

    volume de uma cmara multiplicado pelo nmero de cmaras que passam pelo prtico

    de sada da bomba, durante uma rotao da mesma.

    Eficincia volumtrica

    Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu deslocamento

    em cada ciclo ou revoluo.

    Eficincia volumtrica = 100% x terico todeslocamen

    real todeslocamen

    Se uma bomba a 70kgf/cm2 de presso deve deslocar, teoricamente, 40 litros de fluido

    por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua eficincia volumtrica, nessa

    presso, de 90%, como se observa aplicando-os valores na frmula:

    Eficincia = 100% x l/min 40

    l/min 36=90%

    De acordo com o tipo de elemento que produz a transferncia do fluido, as bombas

    rotativas podem ser de engrenagem, de palhetas ou de pistes.

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    Bombas de engrenagem

    As bombas de engrenagem contm rodas dentadas, sendo uma motriz, acionada pela

    rvore, a qual impulsiona a outra, permitindo um jogo axial e radial to reduzido que,

    praticamente, alcanada uma vedao prova de leo.

    No decorrer do movimento rotativo, os vos entre os dentes so liberados medida que

    os dentes se desengrenam. O fluido provindo do reservatrio chega a esses vos e

    conduzido do lado da suco para o lado da presso.

    No lado da presso, os dentes tornam a se engrenar e o fluido expulso dos vos dos

    dentes; a engrenagem impede o refluxo do leo para a cmara de suco.

    Caractersticas das bombas de engrenagem

    As bombas de engrenagem so de deslocamento fixo. Podem deslocar desde pequenos

    at grandes volumes. Por serem do tipo no-balanceado, so geralmente unidades de

    baixa presso. Porm, existem bombas de engrenagem que atingem at 200kgf/cm2 de

    presso. Com o desgaste, o vazamento interno aumenta. Entretanto, as unidades so

    razoavelmente durveis e toleram a sujeira mais do que outros tipos. Uma bomba de

    engrenagem, com muitas cmaras de bombeamento, gera frequncias altas e, portanto,

    tende a fazer mais barulho.

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    Na mesma categoria de bombas de engrenagem, inclui-se a bomba do rotor de lbulo,

    que opera no mesmo princpio que a bomba de engrenagem do tipo externo, porm

    proporciona um deslocamento maior.

    Nas bombas de engrenagem com dentes internos, as cmaras de bombeamento so

    formadas entre os dentes das rodas. Uma vedao, em forma de meia-lua crescente,

    montada entre as rodas dentadas e localizada no espao entre as aberturas de entrada

    e de sada, onde a folga entre os dentes das rodas mxima.

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    A bomba tipo gerotor opera da mesma maneira que a bomba de engrenagem do tipo

    interno. O rotor girado por uma fonte externa (motor eltrico, motor diesel, etc.) e

    movimenta um rotor externo; formam-se, ento, cmaras de bombeamento entre os

    lbulos do rotor.

    Bombas de palhetas

    As bombas de palhetas possuem um rotor com ranhuras, acoplado rvore de

    acionamento, que gira dentro de um anel circular, excntrico a ele, localizado no

    interior da carcaa da bomba. Em alguns casos, o anel de alojamento do rotor possui a

    forma elptica.

    Quando o rotor gira, a fora centrfuga gerada pelo movimento de rotao faz com que

    as palhetas, posicionadas no interior das ranhuras do rotor, se expandam e se apoiem

    na superfcie interna do anel.

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    Bomba de palhetas com compensador de presso

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    Outro tipo de bomba de palhetas encontrada no mercado possui, como caracterstica

    de construo, um anel em forma de elipse substituindo o tradicional anel circular.

    So as chamadas bombas de palhetas hidraulicamente balanceadas.

    O anel elptico permite que a bomba de palhetas tenha, internamente, duas regies de

    bombeamento em um mesmo ciclo de giro, como mostra a figura a seguir.

    Bomba de palhetas hidraulicamente balanceada

    Dentro da bomba de palhetas hidraulicamente balanceada, o prtico de entrada se

    divide em dois para alimentar dois conjuntos de bombeamento, separados num ngulo

    de 180 graus, formados pelo anel elptico.

    Consequentemente, h duas sadas, uma para cada um dos conjuntos de

    bombeamento, tambm separadas a 180 graus, as quais se juntam em um nico

    prtico de sada, dentro da prpria bomba.

    Quando a presso aumenta no prtico de sada da bomba, devido a uma resistncia

    maior ao fluxo do leo, as cargas radiais geradas no eixo e nos rolamentos da bomba,

    agindo uma contra a outra, se anulam por estarem dispostas a 180 graus.

    Essa caracterstica de construo e de funcionamento permite que as bombas

    hidraulicamente balanceadas suportem presses bem mais elevadas que as no

    balanceadas.

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    43

    Corte de uma bomba de palhetas hidraulicamente balanceada

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    Bombas de pistes

    Todas as bombas de pistes operam baseadas no princpio de que, se um pisto produz

    um movimento de vaivm dentro de um tubo, puxar o fluido num sentido e o expelir

    no sentido contrrio.

    A figura mostra o funcionamento de um macaco hidrulico.

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    45

    Os dois tipos bsicos so o radial e o axial, sendo que ambos apresentam modelos de

    deslocamentos fixo ou varivel. Uma bomba de tipo radial tem os pistes dispostos

    radialmente num conjunto, ao passo que, nas unidades de tipo axial, os pistes esto

    em paralelo entre si bem como ao eixo do conjunto rotativo. Existem duas verses para

    este ltimo tipo: em linha com placa inclinada e angular.

    Bombas de pistes radiais

    Neste tipo de bomba, o conjunto gira em um piv estacionrio por dentro de um anel ou

    rotor. Conforme vai girando, a fora centrfuga faz com que os pistes sigam o contorno

    do anel, que excntrico em relao ao bloco de cilindros. Quando os pistes comeam

    o movimento alternado dentro de seus furos, os prticos localizados no piv permitem

    que os pistes puxem o fluido do prtico de entrada quando estes se movem para fora e

    descarregam o fluido no prtico de sada quando os pistes so forados pelo contorno

    do anel, em direo ao piv.

    O deslocamento de fluido depende do tamanho e do nmero de pistes no conjunto,

    bem como do curso dos mesmos. Existem modelos em que o deslocamento de fluido

    pode variar, modificando-se o anel para aumentar ou diminuir o curso dos pistes.

    Existem, ainda, controles externos para esse fim.

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    Bombas de pistes em linha com placa inclinada

    Neste tipo de bomba, axial, o conjunto de cilindros e o eixo esto na mesma linha e os

    pistes se movimentam em paralelo ao eixo de acionamento. Um eixo gira o conjunto de

    cilindros. Os pistes so ajustados nos furos e conectados, atravs de sapatas, a um

    anel inclinado.

    Movimentos

    Quando o conjunto gira, as sapatas sequem a inclinao do anel, causando um

    movimento recproco dos pistes nos seus furos. Os prticos esto localizados de

    maneira que a linha de suco se situe onde os pistes comeam a recuar e a abertura

    de sada onde os pistes comeam a ser forados para dentro dos furos do conjunto. A

    inclinao da placa causa ao pisto um movimento alternativo.

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    Deslocamento

    Nessas bombas, o deslocamento de fluido tambm determinado pelo tamanho e

    quantidade de pistes, bem como de seus cursos; a funo da placa inclinada

    controlar o curso dos pistes.

    Nos modelos com deslocamento varivel, a placa est instalada num suporte mvel.

    Movimentando esse suporte, o ngulo da placa varia para aumentar ou diminuir o curso

    dos pistes.

    O suporte pode ser posicionado manualmente, por servocontrole, por compensador de

    presso ou qualquer outro meio de controle. O ngulo mximo nas unidades mostradas

    limitado a 17,5 graus.

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    Operao de compensador

    O controle consiste em uma vlvula compensadora balanceada entre a presso do

    sistema e a fora de uma mola, num pisto controlado pela vlvula que movimenta o

    suporte e uma mola para o retorno desse suporte.

    Se no houver presso no sistema, a mola segura o suporte na inclinao mxima.

    Conforme a presso do sistema vai aumentando, a mola age na extremidade do carretel

    da vlvula.

    Quando essa presso for suficiente para vencer a fora da mola que segura o carretel,

    este se desloca e permite que o leo entre no pisto (o qual movimentado pela

    presso do leo), diminuindo o deslocamento do fluido da bomba.

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    Se a presso do sistema for menor que a fora da mola, o carretel ser forado a voltar,

    o leo do pisto se descarrega na carcaa da bomba e uma mola empurra o suporte

    para o ngulo maior.

    Assim, o compensador regula o volume do leo necessrio para manter ter uma

    predeterminada presso.

    Evita-se, assim, uma perda de excesso de energia que, normalmente, ocorre atravs da

    vlvula de segurana no volume total da bomba, durante as operaes de travamento

    do cilindro.