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CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO. Parte 2 da exposição no IV Simpósio de Psicologia Hospitalar do Centro-Oeste Mineiro (Hospital São João de Deus - Divinópolis - MG), ocorrido em junho de 2013.
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IV Simpósio de Psicologia Hospitalar do Centro-Oeste Mineiro
O PSICÓLOGO DE PLANTÃO:
UMA ESCUTA
Clínica da escuta à Cínica do sujeito
Alexandre Simões
TEMA:
“Cabe a cada analista reinventar a psicanálise... Cabe a cada analista reinventar a maneira de manter
viva a psicanálise” (Lacan, 1978)
O inconsciente depende da escuta
ONTEM
sintoma
perspectiva da formação de
compromisso => dimensão do interpretável
comporta um modus operandi da
Psicanálise mais difundido
perspectiva da satisfação
substitutiva => o que não é
interpretável no sintoma ?
conduz a nos perguntar sobre o
lugar do analista na contemporaneidade
EM
Jacques Lacan
sintoma
perspectiva do sintoma como
mensagem => dimensão do interpretável
comporta um modus operandi da
Psicanálise mais difundido
perspectiva do sintoma como
significação dada ao Outro => Outro
do sujeito -> objeto
conduz a nos perguntar sobre o lugar do analista
na contemporaneidad
e
3 hipóteses
não-redução da clínica que se faz no hospital a algo
menor
clínica no hospital síncrona ao lugar
do analista na contemporaneidad
e
nesta clínica, o que está em jogo é uma
operação sobre o gozo
GOZO
sintoma
trânsito entre os discursos
significante
não-oposição simplificadora entre gozo e significante
substância da qual se fala na
análise
substância que escorre do discurso
fragmento clínico
Localização do gozo
Para se localizar o gozo, na clínica analítica, devemos estar atentos para não confundi-lo
com sua significação cotidiana
júbilo
Sendo assim,
façamos algumas localizações
mais precisas
Gozo : tende mais para aquilo que se tem do
que para quilo que se sente
ou seja, o gozo não é uma fruição
Ainda que tenha uma relação com algo que nos faz rir
origem do gozo -> GAUDERE (ter satisfação, alegrar-se, desfrutar)
-> GAUDIUM (alegria; daí vem o termo ‘gozado’)
Nesta acepção, podemos localizar a boa provocação de Lacan sobre o gozo, em seu Seminário XVII:
o gozo é aquilo que começa na cosquinha e termina na fogueira
Gozo : tende mais para aquilo que se tem do
que para quilo que se sente
por isso, o gozo sempre passa fundamentalmente pelo
CORPO
De qual maneira ?
o gozo só pode ser abordado a partir de sua perda, de sua marca fugidia: há uma
erosão de gozo produzida no corpo ... uma boçoroca
Assinatura do gozo em um sonho
Uma paciente histérica, com traços ansiogênicos marcantes, me fala sobre um sonho recorrente (que data, no mínimo da época de sua graduação; ela se formou há pouco mais de 5 anos):
ela sente que tem algo dentro de sua boca, que preenche toda a
boca: chiclete, macarrão, catarro... Ela começa a tirar, com agilidade,
aquilo que está dentro de sua boca. À medida em que vai saindo,
em grande volume, vai tudo se embolando em sua mão. É muita
coisa...
É um sonho de angústia. A paciente acorda aflita do sonho e com alívio por ter despertado. Outras vezes, vai se lembrar de que teve o
sonho, ao longo do dia, e a sensação é desagradável.
Associações: giram ao redor do que deve ou precisa sair de sua boca. A paciente diz que agora ela fala mais do que antes, etc. Ou seja: é aí
que se localiza o sujeito.
trata-se de um sonho não exatamente sobre a palavra, mas sobre o silêncio, sobre
isto que você, desesperadamente, não suporta... falar muito para não se
encontrar com o silêncio.
Minha intervenção:
Clínica da escuta à Cínica do sujeito
PELA INTERSEÇÃO COM A HIPÓTESE ACERCA DA OPERAÇÃO SOBRE O GOZO, VALE PERGUNTAR:
CONSIDERANDO-SE:
de quem é o corpo ?
a que é dado um corpo ?
que pode um corpo ?
Considerações práticas
Intervenções pontuais/ Fatias de análise / Manejo do tempo na análise
F I MObrigado pela atenção!
Acesso a este conteúdo:
www.alexandresimoes.com.br
ALEXANDRE SIMÕES
® Todos os direitos de autor reservados.
• “... O sujeito sobre quem operamos em psicanálise só pode ser o sujeito da ciência...” (Lacan, 1966)
• “Por nossa posição de sujeito, sempre somos responsáveis” (Lacan, 1966)