40
IV Simpósio de Psicologia Hospitalar do Centro-Oeste Mineiro O PSICÓLOGO DE PLANTÃO: UMA ESCUTA

HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO. Parte 2 da exposição no IV Simpósio de Psicologia Hospitalar do Centro-Oeste Mineiro (Hospital São João de Deus - Divinópolis - MG), ocorrido em junho de 2013.

Citation preview

Page 1: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

IV Simpósio de Psicologia Hospitalar do Centro-Oeste Mineiro

O PSICÓLOGO DE PLANTÃO:

UMA ESCUTA

Page 2: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Clínica da escuta à Cínica do sujeito

Alexandre Simões

TEMA:

Page 3: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

“Cabe a cada analista reinventar a psicanálise... Cabe a cada analista reinventar a maneira de manter

viva a psicanálise” (Lacan, 1978)

Page 4: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

O inconsciente depende da escuta

Page 5: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

ONTEM

Page 6: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

sintoma

perspectiva da formação de

compromisso => dimensão do interpretável

comporta um modus operandi da

Psicanálise mais difundido

perspectiva da satisfação

substitutiva => o que não é

interpretável no sintoma ?

conduz a nos perguntar sobre o

lugar do analista na contemporaneidade

Page 7: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

EM

Jacques Lacan

Page 8: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

sintoma

perspectiva do sintoma como

mensagem => dimensão do interpretável

comporta um modus operandi da

Psicanálise mais difundido

perspectiva do sintoma como

significação dada ao Outro => Outro

do sujeito -> objeto

conduz a nos perguntar sobre o lugar do analista

na contemporaneidad

e

Page 9: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

3 hipóteses

não-redução da clínica que se faz no hospital a algo

menor

clínica no hospital síncrona ao lugar

do analista na contemporaneidad

e

nesta clínica, o que está em jogo é uma

operação sobre o gozo

Page 10: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

GOZO

sintoma

trânsito entre os discursos

significante

não-oposição simplificadora entre gozo e significante

substância da qual se fala na

análise

substância que escorre do discurso

Page 11: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

fragmento clínico

Localização do gozo

Page 12: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Para se localizar o gozo, na clínica analítica, devemos estar atentos para não confundi-lo

com sua significação cotidiana

júbilo

Page 13: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Sendo assim,

façamos algumas localizações

mais precisas

Page 14: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Gozo : tende mais para aquilo que se tem do

que para quilo que se sente

ou seja, o gozo não é uma fruição

Page 15: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Ainda que tenha uma relação com algo que nos faz rir

origem do gozo -> GAUDERE (ter satisfação, alegrar-se, desfrutar)

-> GAUDIUM (alegria; daí vem o termo ‘gozado’)

Page 16: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Nesta acepção, podemos localizar a boa provocação de Lacan sobre o gozo, em seu Seminário XVII:

o gozo é aquilo que começa na cosquinha e termina na fogueira

Page 17: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Gozo : tende mais para aquilo que se tem do

que para quilo que se sente

por isso, o gozo sempre passa fundamentalmente pelo

CORPO

Page 18: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

De qual maneira ?

o gozo só pode ser abordado a partir de sua perda, de sua marca fugidia: há uma

erosão de gozo produzida no corpo ... uma boçoroca

Page 19: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Assinatura do gozo em um sonho

Uma paciente histérica, com traços ansiogênicos marcantes, me fala sobre um sonho recorrente (que data, no mínimo da época de sua graduação; ela se formou há pouco mais de 5 anos):

ela sente que tem algo dentro de sua boca, que preenche toda a

boca: chiclete, macarrão, catarro... Ela começa a tirar, com agilidade,

aquilo que está dentro de sua boca. À medida em que vai saindo,

em grande volume, vai tudo se embolando em sua mão. É muita

coisa...

Page 20: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

É um sonho de angústia. A paciente acorda aflita do sonho e com alívio por ter despertado. Outras vezes, vai se lembrar de que teve o

sonho, ao longo do dia, e a sensação é desagradável.

Associações: giram ao redor do que deve ou precisa sair de sua boca. A paciente diz que agora ela fala mais do que antes, etc. Ou seja: é aí

que se localiza o sujeito.

Page 21: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

trata-se de um sonho não exatamente sobre a palavra, mas sobre o silêncio, sobre

isto que você, desesperadamente, não suporta... falar muito para não se

encontrar com o silêncio.

Minha intervenção:

Page 22: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Clínica da escuta à Cínica do sujeito

PELA INTERSEÇÃO COM A HIPÓTESE ACERCA DA OPERAÇÃO SOBRE O GOZO, VALE PERGUNTAR:

CONSIDERANDO-SE:

Page 23: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

de quem é o corpo ?

a que é dado um corpo ?

que pode um corpo ?

Page 24: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

Considerações práticas

Intervenções pontuais/ Fatias de análise / Manejo do tempo na análise

Page 25: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

F I MObrigado pela atenção!

Acesso a este conteúdo:

www.alexandresimoes.com.br

ALEXANDRE SIMÕES

® Todos os direitos de autor reservados.

Page 26: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 27: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 28: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO

• “... O sujeito sobre quem operamos em psicanálise só pode ser o sujeito da ciência...” (Lacan, 1966)

• “Por nossa posição de sujeito, sempre somos responsáveis” (Lacan, 1966)

Page 29: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 30: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 31: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 32: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 33: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 34: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 35: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 36: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 37: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 38: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 39: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO
Page 40: HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS (parte 2): CLÍNICA DA ESCUTA À CLÍNICA DO SUJEITO