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HIV,desejo de filhos e gravidez
Informações para mulheres soropositivas e interessados em geral
FrauenGesundheitsZentrum München
Quais os objetivos deste folheto? 3
Perguntas e mais perguntas... 4
Ficar grávida 6
Qual é a melhor altura para uma gravidez? 8 Que tipo de exames devo fazer? 9 O meu parceiro é soronegativo - como podemos gerar um filho sem risco? 10 O meu parceiro também é soropositivo - quais são os cuidados a ter? 13 Que devo fazer se não engravidar? 14
A gravidez 16
Como é que a gravidez pode afetar a minha saúde? 18 Os medicamentos que tenho de tomar podem prejudicar o meu filho? 19 Como posso proteger o meu filho contra o HIV? 20 Fui circunsisada. Isto pode afetar a gravidez ou o parto? 25
Depois do parto 26
Quando posso saber se o meu filho é saudável? 28 E se o meu filho for soropositivo? 29
Onde posso encontrar aconselhamento e apoio? 30
Conteúdo
2
Página
Para muitas pessoas é muito
importante ter uma família e filhos.
Ser soropositiva não altera
este desejo.
O presente folheto pretende acompa-
nhá-la se quiser realizar este desejo e
responder a algumas das suas perguntas.
Mesmo pessoas de quem gosta muito,
podem aqui encontrar informações, como
o seu parceiro, a sua família ou amigos.
Obviamente, o presente folheto não
substitui a consulta com a sua médica
ou o seu médico assistente e de serviços
de aconselhamento profissionais. Por isso,
encontrará no fim do folheto alguns
endereços de serviços, onde pode obter
aconselhamento e ajuda adicional.
Quais são osobjetivos
deste folheto?
3
Como posso engravidar sem colocar em
risco o meu parceiro? Qual é a melhor
altura para uma gravidez ? Posso cuidar
de um filho mesmo sendo soropositiva?
E será que quero fazer isso? Mesmo
quando o meu filho está doente? Quem
cuidará do meu filho se eu ficar doente
ou morrer? Posso contar com a minha
família e os meus amigos? Como é que
a gravidez e um filho irão mudar a
minha vida? Como lidar com a pressão
de ter de me decidir a favor ou contra
um filho?
E se não engravidar - será que há outras
perspetivas para a minha vida?
Perguntas e mais perguntas...
4
A maioria das mulheres soropositivas
que desejam um filho, colocam esta e
muitas mais perguntas, porque ser mãe
quando se é soropositiva, não é uma
decisão fácil. Por isso, é importante que
tome a sua decisão com tempo, sem se
deixar pressionar por ninguém.
Mesmo quando o seu desejo por um filho
afetará a sua família, o seu parceiro,
as suas amigas e os seus amigos:
Ter ou não ter um filho, será sempre
e unicamente a sua decisão pessoal.
Fale sobre as suas perguntas, esperanças
e preocupações com as pessoas em quem
confia e que não irão tentar a pressioná-la.
Poderá ser o seu parceiro, mas também
podem ser amigos ou familiares.
Também encontrará apoios diversos em
serviços de aconselhamento e de ajuda
a pessoas soropositivas e com AIDS.
Mulheres soropositivas que já têm filhos
podem lhe dar dicas e informações
importantes. Nos serviços de aconse-
lhamento e de ajuda poderá estabelecer
contatos com estas mães - mesmo de
outros países.
5
6
Ficar grávida no tratamento de HIV em grávidas podem
reduzir significativamente o risco de
infeção para o bebé.
Cooperar estreitamente e com plena
confiança com a sua médica ou seu
médico assistente, com os especialistas
de HIV, com a sua ou seu ginecologista
e mais tarde com os pediatras, contribuirá
tanto para a sua saúde como para a do
seu bebé.
Desta forma, mais de 98 % das grávidas
soropositivas conseguem ter filhos
saudáveis!
Mesmo assim, não se pode, infelizmente,
garantir que o seu bebé não seja infetado.
É soropositiva e se está perguntando
a si própria: “Será que posso ser mãe?”
A resposta é: Sim! Mesmo mulheres
soropositivas podem engravidar e
ter filhos saudáveis.
A medicina registou grandes progressos
nestes últimos anos. Na maioria das
cidades alemãs de maior densidade
populacional há clínicas de ginecologia,
especializadas na gravidez de mulheres
soropositivas.
As médicas e os médicos alemães já são
muito experientes no acompanhamento
de grávidas soropositivas. Com os seus
conhecimentos e métodos avançados
7
A melhor altura para uma gravidez é
quando se sentir saudável, a carga viral
for baixa e a contagem de CD4 for alta.
As células CD4 indicam quando o seu
sistema imunitário está em bom estado.
O risco de infeção para o bebé é maior
se padecer de uma infeção genital, se
já sofre de AIDS, se a carga viral for alta
e a contagem de CD4 for baixa.
Se ainda não toma medicamentos contra
HIV, talvez deva pensar em engravidar
antes de necessitar de tratamento.
Se já estiver a ser medicada:
Mesmo estando medicada contra HIV,
pode engravidar.
Qual é a melhor altura para
uma gravidez?
8
Portanto, não interrompa o seu trata-
mento por iniciativa própria quando
quiser engravidar. Terá de esclarecer
com o seu especialista de HIV, se e
durante quanto tempo poderá inter-
romper a sua terapia durante a gravidez.
Em todo o caso é importante:
Que os médicos especialistas de HIV e
a sua ou o seu ginecologista conheçam
todo o historial clínico da sua doença e
os valores laboratoriais atuais. Assim,
podem ajudar você na decisão e junta-
mente com você definir o melhor trata-
mento possível. Isto inclui também
medicação que não irá prejudicar
o seu bebé por nascer.
Que tipo de exames
especiais devo fazer?
Quando quiser ficar grávida, deve
falar com a sua médica ou o seu
médico assistente para saber quais
os exames a fazer adicionalmente
aos seus exames regulares de HIV
Por exemplo, determinadas infeções
devem estar totalmente tratadas antes
de engravidar para permitir que o seu
bebé se desenvolva corretamente no
seu ventre. Doenças sexualmente trans-
missíveis não tratadas enfraquecem o
seu sistema imunitário e podem aumen-
tar o risco da transmissão do HIV para
o seu bebé.
9
O meu parceiro é soronegativo - como podemos gerar um filho sem risco?
Métodos de engravidar sem risco
de infeção para ele:
Se ambos são férteis, o melhor é optar
pela chamada “auto-inseminação”.
Esta deve ser realizada nos seus dias
mais férteis, portanto, na altura da
ovulação, ou seja, aproximadamente
no meio do ciclo.
Por vezes, mulheres soropositivas sofrem
de distúrbios menstruais, como por
exemplo, menstruações irregulares ou
muito prolongadas. Quando achar que
qualquer coisa não esteja bem, fale com
a sua ou o seu ginecologista. Pode ter
necessidade de suplementos hormonais
para engravidar.
Se durante a gravidez tiver de tomar
pela primeira vez medicamentos contra
HIV, será necessário fazer um teste de
resistência. Este teste determina se o
vírus no seu sangue é imune a certos
remédios. Em seguida são selecciona-
dos os medicamentos mais eficazes.
10
A sua ou o seu ginecologista podem
ajudar você a determinar com precisão
o dia da ovulação.
Auto-inseminação significa a intro-
dução pela sua mão do esperma do
seu companheiro na sua vagina.
Existem diversos métodos para tal:
Primeiro precisa do esperma do
seu companheiro. Pode retirá-lo da
camisinha após relações sexuais
normais. No entanto, a camisinha
deve ser livre de espermicida.
Ou o seu companheiro ejacula num
recipiente esterilizado, por exemplo,
num copo previamente fervido.
Em seguida pode colher o esperma
com uma seringa - sem agulha! -
e introduzi-la na sua vagina.
Também pode vazar o esperma para
dentro de um diafragma ou de uma
capa cervical que depois coloca na
sua vagina.
11
Recomendamos que faça a primeira
auto-inseminação três dias antes da
ovulação e uma segunda o mais tardar
no dia da ovulação. Fazer mais tentativas
não adianta nada. Nem todos os casais
conseguem gerar um filho usando este
método. Tanto você como o seu parceiro
vão ter que ter alguma paciência, porque
normalmente são necessárias várias
tentativas até que se engravide.
Mesmo se demorar algum tempo:
É importante que ambos sejam o
mais relaxado possível. Não hesite
em pedir conselhos.
Se se atrasar dois a três dias na mens-
truação, pode fazer um teste de gravidez,
ou em casa ou no consultório da sua
ou do seu ginecologista.
12
13
O meu parceiro também é
soropositivo - quais os
cuidados a ter?
Mesmo homens soropositivos podem
ser pai de filhos saudáveis. Algumas
mulheres engravidam por terem relações
sexuais não protegidas com o seu parceiro.
No entanto, para proteger a sua saúde,
recomendamos que deixe de usar a
camisinha apenas no período da ovulação,
porque, se ambos forem soropositivos,
podem infetar-se mutuamente com
estirpes diferentes de HIV, embora tal
não seja frequente acontecer. Ao ter
relações sexuais não protegidas pode
ainda ser infetada por outras doenças
sexualmente transmissíveis.
Estas podem enfraquecer o seu sistema
imunitário e causar graves problemas
de saúde tanto para você como para
o seu filho.
Quer o seu parceiro seja soro-
positivo quer soronegativo, não
esqueça: Se ficar grávida, tanto você
como o seu parceiro devem ter a
certeza que não têm doenças sexual-
mente transmissíveis ou tratá-las
devidamente. Fale com a sua ou o
seu ginecologista e com os especia-
listas de HIV.
Se tentou durante alguns meses engravidar
sem sucesso, pense, juntamente com o
seu parceiro, se ambos não deviam fazer
um exame de fertilidade.
Stress, alimentação deficiente, infeções,
fumar, beber e certos medicamentos
podem enfraquecer a fertilidade, tanto
do homem como da mulher. Por isso, é
importante que ambos façam o exame.
Por vezes, um pouco de relaxamento e
um vida mais saudável são suficientes
para melhorar a fertilidade. Outras vezes
podem ser necessário de tomar hormonas
durante algum tempo. Se as causas da
infertilidade forem mais complicadas,
Que devo fazer se não
engravidar?
Problemas de fertilidade são frequentes,
tanto para mulheres como para homens,
independentemente do HIV.
14
necessita talvez de uma reprodução
ajudada para engravidar. Os trata-
mentos para tal podem ser demorados,
angustiantes e mesmo muito caros.
No caso mais simples - a inseminação -
a médico ou o médico injeta o esperma,
na altura da ovulação, através de um
fino tubo flexível para dentro do útero.
Outros métodos recorrem à fertilização
fora do ventre materno. Para o efeito, os
óvulos da mulher são coletados e inse-
minados no laboratório com os esperma-
tozóides do homem. Os óvulos fecundados
são em seguida transferidos para o útero.
Quase sempre são necessárias várias
tentativas antes de ocorrer uma gravidez
e por vezes, mesmo assim, não se
consegue. Muitas vezes, as Caixas de
Previdência não assumem os custos
de tais tratamentos. Neste caso e
dependendo do tratamento, os casais
têm de suportar os custos que podem
ir a vários milhares de Euros.
Entretanto existem já na Alemanha e
noutros países europeus, médicas e
médicos que realizam a inseminação
artificial mesmo para mulheres soro-
positivas. Mais informações encontrará
no fim do folheto. Não deixe de se
aconselhar de forma completa e
sem pressas.
15
16
Durante a sua gravidez pode proteger a
sua saúde e a do seu filho.
É, por isso, importante que durante a
gestação vá regularmente a todas as
consultas - ao seu especialista de HIV e
também à sua ou ao seu ginecologista.
Você própria pode fazer muito por si
e pelo seu bebé: Muito movimento,
sobretudo ao ar livre, é bom. Frutas e
legumes frescos garantem suficientes
vitaminas e nutrientes.
Cigarros, álcool e outras drogas apenas
prejudicam você e o seu bebé - o melhor
é renunciar totalmente a eles durante a
gestação. Fale com a sua médica ou o seu
médico, se tiver dificuldades em largar.
E: Se proteja também durante a
gravidez contra doenças sexualmente
transmissíveis usando camisinha.
Gravidez
17
A gravidez pode afetar
a minha saúde?
Se - exceptuando a infeção por HIV
- estiver saudável e o seu sistema
imunitário forte, a gravidez não terá
provavelmente qualquer impacto
negativo na sua saúde.
Um ligeiro enfraquecimento do sistema
imunitário da mulher durante a gravidez
é uma reação normal. O seu corpo
poderá estar mais sensível a infeções.
Se estas forem detetados atempada-
mente, podem ser sempre tratadas
com sucesso.
A seguir ao parto, os valores do sistema
imunitário voltam, em regra, aos níveis em
que se encontravam antes da gravidez.
18
Os medicamentos que
tenho de tomar podem
prejudicar o meu filho?
A maioria dos medicamentos que vai
ter de tomar durante a gravidez contra
HIV, não prejudicam o seu bebé.
Quanto mais saudável estiver, tanto
melhor será também para o seu bebé.
Ainda não se sabe muito sobre os efeitos
secundários e os riscos dos medicamentos
antiretrovíricos sobre os nasciturnos.
Sobretudo, no que se refere a possíveis
danos a longo prazo. Nos ensaios com
animais, alguns medicamentos causaram
malformações. Outros indicaram efeitos
secundários nos recém-nascidos, os quais,
no entanto, não perduraram. Felizmente
existe uma série de medicamentos usa-
dos há muitos anos que não prejudicam
os bebés.
As suas médicas e médicos assistentes
conhecem os medicamentos que são
melhores para você e o seu bebé.
Em caso algum deixe de tomar os
seus medicamentos. Doutra forma,
o vírus pode criar resistências e mais
tarde alguns dos medicamentos
perdem a sua eficácia.
Infeções que ocorrem durante a sua
gravidez podem, quase sempre, ser
tratadas com medicamentos que não
são prejudiciais para o nasciturno.
19
Como posso proteger
o meu filho contra
o vírus HIV?
O HIV pode ser transmitido da mãe para
o filho. Durante a gravidez, durante o
parto e através da amamentação.
Sem medidas de proteção, o risco de
uma transmissão é de 20% na Alemanha.
Os quatro passos seguintes permitem
reduzir o risco de infeção do bebé
para menos de 2%:
Usando remédios que reduzem a
carga viral
Planificando o parto e recorrendo
à cesariana
Submetendo o recém-nascido a um
tratamento antiretrorviral
Renunciando à amamentação
1
2
3
4
20
1. Reduzir a carga viral
A carga viral indica o volume de HIV no
sangue. Remédios contra HIV - a chamada
terapia de coquetail - reduzam esta carga
viral. Quando a carga viral for tão baixa
que a quantidade de vírus no sangue é
indetetável, o risco de transmissão da
infeção para o bebé é muito diminuta.
Nem todas as mulheres soropositivas
tomam remédios contra HIV. No entanto,
mesmo quando se sente saudável e a
carga viral é baixa, ainda pode transmitir
o HIV ao seu bebé. Por isso se recomenda
a todas as mulheres seropositivas que
tomem os medicamentos pelo menos a
partir da 32a semana de gestação.
Se já iniciou um tratamento antes da sua
gravidez, deve falar com o seu especia-
lista de HIV para saber se pode ou não
interromper o tratamento durante os
primeiros três meses da gravidez. Por
vezes, isto é possível, mas depende do
seu estado de saúde e da estabilidade
do seu sistema imunitário. Obviamente,
os seus médicos irão monitorizar o
sistema imunitário durante uma eventual
interrupção do tratamento.
Se está a tomar medicamentos contra
HIV, deve seguir escrupulosamente as
indicações. Doutra forma podem surgir
estirpes de HIV resistentes, que podem
ficam imunes a certos medicamentos.
Se o tratamento tiver efeitos secundários,
fale com a sua médico ou o seu médico.
21
2. Parto planificado e cesariana
Na Alemanha o parto vaginal por parte
de mulheres soropositivas é muito raro.
As clínicas ginecológicas aqui são
extremamente cautelosas e normal-
mente recomendem que as grávidas
soropositivas optem pela cesariana.
No caso de grávidas soropositivas, esta
é realizada, em regra, antes da mulher
entrar em trabalho de parto.
Isto será aproximadamente na 38a
semana. Este procedimento reduz o
risco de infeção do bebé pelo HIV.
Se calhar preferiria um parto natural ou
talvez tenha medo de uma cesariana.
Partilhe os seus desejos ou os seus medos
com a sua ou o seu ginecologista.
Talvez a sua família ou amigos perguntem
porque o bebé não vai nascer por parto
“natural”. Na Alemanha, muitas mães têm
o seu filho mediante parto por cesariana,
porque, independentemente do vírus HIV
há muitas outras razões para o parto por
cesariana, por exemplo, quando o bebé não
está corretamente posicionado no útero.
Um parto por cesariana raramente ultra-
passa os 40 minutos. Você está acordada,
mas não sente dores e pode, de imediato,
ficar com o bebé nos seus braços.
É muito raro haver problemas para mãe
ou filho durante o parto por cesariana.
22
3. Tratamento profilático do bebé
Depois do parto, o seu bebé será tratado
durante duas a quatro semanas com
medicamentos contra HIV.
Este procedimento reduz ainda mais
o risco de infeção do bebé pelo HIV.
Normalmente pode levar o seu bebé
poucos dias depois para casa e lhe dar
os medicamentos em casa. Mas deve
seguir escrupulosamente as indicações.
Os medicamentos só serão eficazes
se os der ao seu filho exatamente
conforme indicado. Felizmente, estes
medicamentos são quase sempre
bem tolerados.
4. Renunciar à amamentação
O HIV também se encontra no leite
materno, pelo que pode ser transmitido
durante a amamentação. Além disso,
os mamilos podem ficar feridos durante
a amamentação e começar a sangrar.
Assim, o vírus pode entrar no leite
através do sangue. É, portanto, muito
importante que alimente o seu bebé
com biberão e renuncie à amamentação.
Em todo o mundo, muitos bebés são
infetados com HIV pela mãe, porque
são amamentados. Infelizmente, nem
todos os países oferecem tão boas
condições para alimentar um bebé
como a Alemanha.
23
Talvez lhe custe muito renunciar à
amamentação, uma vez que se espera
da mulher que amamente o seu bebé.
Ou alguém lhe pergunta em tom de
crítica porque você não amamenta.
Mas há tantas razões – procure
aconselhamento
nos serviços de
ajuda ou de outras
mães soropositivas
- para encontrar as
respostas que
possa dar.
Mesmo não amamentando o seu bebé,
você lhe pode dar tudo de que ele ou
ela precisa: Amor, cuidados e segurança.
Dedique o seu amor e seu tempo ao
seu filho quando o alimentar, quando
cantar e brincar com ele, ao dar banho
ou dando-lhe massagens especiais.
Isto fortalecerá a ligação entre você e
o seu filho.
24
Fui circunsidada. Isto
pode afetar a gravidez
ou o parto?
Algumas mulheres foram circunsidadas
em criança ou na adolescência. Nesta
operação, o clítoris e/ou os pequenos
e grandes lábios são parcial ou total-
mente cortados. Em função da extensão,
esta mutilação dos genitais pode causar
sérios problemas nas relações sexuais,
durante a gravidez e durante o parto.
Especialmente no caso de mulheres
soropositivas infibuladas, um parto
por via vaginal aumenta o risco da
transmissão do HIV para o bebé.
Um parto por cesariana é mais seguro,
tanto para você como para o seu bebé.
Ajuda e aconselhamento encontrará
num centro de apoio para mutilação
genital feminina.
25
26
O período a seguir ao parto do seu
filho pode ser excitante e, por vezes,
angustiante. Provavelmente estará
muito preocupada em saber se a
infeção do HIV foi transmitida ao
seu bebé.
Nesta altura vai precisar de todo o
apoio do seu parceiro, da sua família
ou de amigas e amigos chegados. Se
necessário, se dirija aos centros de
aconselhamento.
É ainda muito importante que trate
previamente de encontrar um pediatra
especializado em infeção por vírus
HIV em crianças.
Depois do parto
27
Quando posso
saber se o meu filho
é saudável?
Até 18 meses após o parto há anti-
corpos HIV da mãe no sangue do filho.
Neste caso, um teste dará um resultado
positivo, o que, no entanto, não quer
dizer que o seu filho está infetado.
Hoje em dia, os bebés são examinados
imediatamente após o parto e mais
algumas vezes até atingirem o sexto
mês de vida, sendo os métodos de
teste extremamente fiáveis.
28
O mais tardar
seis meses
depois do
parto, você
saberá com
uma certeza
muito grande
se o seu filho
é saudável.
A certeza
absoluta trará um teste aos
anticorpos HIV a realizar aos
18 meses de idade.
Os medicamentos que devem ser tomados
regularmente, as muitas consultas e
exames médicos podem ter um grande
impacto psicológico sobre pais e filhos.
E ninguém lhe poderá dizer se ou quando
o seu filho pode adoecer.
Ter um filho portador do vírus HIV não
é fácil e você vai precisar de todo o apoio
da sua família e dos seus amigos.
Aproveite todas as
opções de aconselha-
mento e de ajuda que
houver. Muitas vezes
ajuda falar com outras
mães que se encontram
na mesma situação.
29
E se o meu filho for
soropositivo?
A maioria das crianças soropositivas
conseguem, hoje em dia, viver muitos
anos com boa saúde. As opções
terapêuticas melhoraram enormemente,
tanto para adultos como para crianças.
Mesmo crianças podem sofrer efeitos
secundários dos medicamentos contra
HIV. Por isso, é necessário que a sua
pediatra ou o seu pediatra acompanhe
de perto o desenvolvimento do seu filho.
Aproveite a ajuda de centros de aconselha-
mento profissionais, tanto para você
como para o seu parceiro ou os seus
filhos. Procure ajuda em questões
financeiras e jurídicas, como por
exemplo, o seu seguro de doença
ou apoios financeiros antes, durante
e depois da gravidez.
A infeção pelo vírus HIV é frequente-
mente um assunto de família e pode
afetar de forma mais diversa as pessoas
que lhe são chegadas. Haverá alturas
em que necessita do apoio de familiares
e de amigas ou amigos para conseguir
enfrentar não só todas as tarefas como
também eventuais depressões e medos.
Onde posso encontrar aconselhamento e ajuda?
30
Organizações que oferecem ajuda e
aconselhamento existem em muitas
cidades. Na maioria dos centros de
apoio se vai sentindo como que em
família. Alguns centros de apoio de
AIDS também fornecem contatos a
grupos de mulheres e homens oriundos
de diversos países.
Se se sentir insegura ou recear discrimi-
nação, faça o primeiro contato pelo tele-
fone. Esta possibilidade é oferecida por
muitas organizações e centros de apoio.
Onde posso encontrar aconselhamento e ajuda?
Aproveite as muitas possibilidades! Do anexo
consta uma série de moradas de apoio.
31
Informações sobre HIV e AIDS,
moradas de serviços de
aconselhamento para AIDS
e outros assuntos.
Deutsche AIDS-Hilfe e.V.
(Organização de Prevenção e de Assistência a AIDS)
Dieffenbachstr. 33
10967 Berlin
Tel.: 030 - 69 00 87-0
E-mail: [email protected]
www.aidshilfe.de
Bundeszentrale für
gesundheitliche Aufklärung
(Direção Federal de Educação Sanitária)
Tel.: 01805 - 55 54 44
www.aidsberatung.de
www.gib-aids-keine-chance/beratung/fremdsprachig
Bundesarbeitsgemeinschaft
„Kinder im Umfeld von HIV/AIDS“
(Grupo de Trabalho Federal “Crianças
e HIV/AIDS”)
c/o Hildesheimer AIDS-Hilfe e.V.
Bernwardstr. 3
31134 Hildesheim
Tel.: 05121 - 13 31 27
E-mail: [email protected]
www.hildesheimer-aids-hilfe.de
Informações para mulheres
oriundas do estrangeiro
Afrikaherz – Educação sanitária para
mulheres africanas
Petersburger Str. 92
10247 Berlin
Tel.: 030 - 422 47 06
E-mail: [email protected]
32
Xochicuicatl e.V.
(Associação de Mulheres da América Latina)
Winsstr. 58
10405 Berlin
Tel: 030 - 278 63 29
E-mail: [email protected]
www.xochicuicatl.de
Informações sobre HIV/AIDS
para pessoas oriundas do
continente africano
Light of Africa NRW e.V.
Oelschlägerstraße 59, 47798 Krefeld
Tel.: 02151 - 360 04 44
E-mail: [email protected]
www.loa-nrw.org
Netzwerk „Afro-Leben“
Tel.: 0160 - 95013326
E-mail: [email protected]
G.R.A.F. - gGmbH
(Associação pelos Direitos da Mulher
Africana)
c/o Praxiszentrum Kaiserdamm
Kaiserdamm 24
14057 Berlin
Tel: 030 - 301 139 40
E-mail: [email protected]
www.graf-berlin.de
TAMPEP
Transnational AIDS/STD Prevention Among
Migrant Prostitutes in Europe
(Prevenção de AIDS entre prostitutas
e imigrantes)
Project Amnesty for Women
Städtegruppe Hamburg e.V.
Große Bergstr. 231
22767 Hamburg
Tel.: +49 (0)40 - 38 47 53
E-mail: [email protected]
33
(I)NTACT e.V.
Internationale Aktion gegen die Beschneidung
von Mädchen und Frauen e.V.
(Ação internacional contra a mutilação
genital de meninas e mulheres)
Johannisstr. 4, 66111 Saarbrücken
Tel.: 0681 - 324 00
E-mail: [email protected]
www.intact-ev.de
Para ler
“Positively pregnant” – “Enceinte positive”
– “Grávida e soropositiva”
Folheto da Deutsche AIDS-Hilfe e.V para mulheres
soropositivas grávidas oriundas do continente
africano. Disponível em inglês, francês e português.
Endereços de consultórios e
clínicas especializados em
grávidas seropositivas
Arbeitsgemeinschaft für HIV in Gynäkologie
und Geburtshilfe
(Grupo de Trabalho para HIV em ginecologia
e assistência ao parto)
c/o Dr. Andrea Gingelmaier
Ludwig-Maximilian-Universität,
1. Frauenklinik Innenstadt
Maistraße 11, 80337 München
E-mail: [email protected]
Aconselhamento e apoio a
mulheres com mutilação genital
Terre des Femmes e.V.
Konrad-Adenauer-Str. 40, 72072 Tübingen
Tel.: 07071 - 79 73-11
E-mail: [email protected]
www.frauenrechte.de
34
Impresso
Editora: FrauenGesundheitsZentrum e.V. Nymphenburger Str. 38/Rgb. 80335 München Tel. 089 - 129 11 95 Fax 089 - 129 84 18 E-mail [email protected] www.fgz-muc.deTexto: Ulrike Sonnenberg-Schwan, MünchenRedação: Harriet Langanke, KölnConsultadoria: Dr. med. Andrea Gingelmaier, München Rosaline Mbayo, Berlin Dr. med. Solange Nzimegne-Gölz, Berlin Carmen Valdivia, Berlin Traduções: LS Language Services GmbH, München Gráfico: art.design Brigitta Kerber, AugsburgFotografia: Photocase (S.1,3,6,12,16,19,20,25,26,30), BilderBox.com, Corel Stock Photo, Photodisc
Nota: A presente brochura foi redigida de acordo
com as informações disponíveis em Outubro de
2006. Mesmo assim não é possível excluir erros.
A medicina regista avanços rápidos. Tente de se
manter a par lendo publicações atuais e conver-
sando com a sua médica, seu médico ou sua
conselheira e seu conselheiro.
Conta para donativos:
FrauenGesundheitsZentrum e.V.
Postbank München
Código bancario (BLZ): 700 100 80
Conta: 200 211 802
Agradecemos o apoio dado a este folheto:
35
FrauenGesundheitsZentrum München (Ed.)
Nymphenburger Str. 38/Rgb. · 80335 München · Telefone 089 -129 11 95 · Fax 089 -129 84 18 · E-Mail [email protected] · www.fgz-muc.de