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Freguesia de Arões Freguesia de Cepelos Freguesia de Codal Freguesia de Junqueira Freguesia de Macieira de Cambra Freguesia de Rôge Freguesia de São Pedro de Castelões Freguesia de Vila Chã Freguesia de Vila Cova de Perrinho Arões Apontamento Histórico e Geográfico: A freguesia de Arões localiza-se no extremo sudeste do concelho de Vale de Cambra, nas encostas da serra da Gralheira, a 25 Km da sede do Concelho. Ocupa uma área de 3978 ha fazendo fronteira com Arouca, Sever do Vouga, S. Pedro do Sul e Oliveira de Frades. Arões é a maior freguesia do concelho, no entanto tem uma densidade populacional muito reduzida. Pela situação geográfica e pelos vestígios encontrados, pensa-se que terá sido um castro lusitano, na sua origem. Lugares e povoados: Os principais lugares e povoados desta freguesia em plena serra da Freita são: Agualva, Campo d'Arca, Casal Velide, Carvalhal do Chão, Chão de Carvalho, Cercal, Côvo, Ervedoso, Felgueira, Lomba, Mouta Velha, Paraduça, Salgueira, Souto Mau, Moções, Quinta da Perrinha, Cabrum, Arões e Macieiras. Actividades Principais: A população dedica-se essencialmente à agricultura e à pecuária - (milho, centeio, frutos, vinho e produtos hortícolas). No entanto regista-se já uma indústria crescente de tipo unifamiliar nos sectores da carpintaria, serralharia, tipografia e tecelagem do linho. A aposta desta comunidade vai ainda para os produtos típicos desta região já com qualidade comprovada, nomeadamente o queijo feito com o leite de gado arouquês, o artesanato em linho e trabalhos em ferro. Festas e Romarias: Festa em Honra de S. Domingos - 1º Domingo de Agosto ( Lugar de Campo d'Arca) Festa em Honra de Nossa Senhora de Fátima - 2º Domingo de Agosto ( Lugar de Casal Velide) Festa em Honra de Nossa Senhora da Vitória - Domingo da Ascensão ( Lugar de Ervedoso) Festa em Honra do Espírito Santo - Domingo de Pentecostes ( Lugar de Paraduça)

História Freguesias de Vale de Cambra

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• Festa em Honra de S. Simão -28 de Outubro ( Igreja Paroquial - Lugar de Arões) Lugares e povoados: Os principais lugares e povoados desta freguesia em plena serra da Freita são: Agualva, Campo d'Arca, Casal Velide, Carvalhal do Chão, Chão de Carvalho, Cercal, Côvo, Ervedoso, Felgueira, Lomba, Mouta Velha, Paraduça, Salgueira, Souto Mau, Moções, Quinta da Perrinha, Cabrum, Arões e Macieiras. Festas e Romarias: Apontamento Histórico e Geográfico: Actividades Principais: Cabrum)

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Page 1: História Freguesias de Vale de Cambra

Freguesia de Arões

Freguesia de Cepelos

Freguesia de Codal

Freguesia de Junqueira

Freguesia de Macieira de Cambra

Freguesia de Rôge

Freguesia de São Pedro de Castelões

Freguesia de Vila Chã

Freguesia de Vila Cova de Perrinho

 

Arões

  

Apontamento Histórico e Geográfico:

A freguesia de Arões localiza-se no extremo sudeste do concelho de Vale   de Cambra, nas encostas da serra da Gralheira, a 25 Km da sede do Concelho. Ocupa uma área de 3978 ha fazendo fronteira com Arouca, Sever do Vouga, S. Pedro do Sul e Oliveira de Frades.Arões é a maior freguesia do concelho, no entanto tem uma densidade populacional muito reduzida.Pela situação geográfica e pelos vestígios encontrados, pensa-se que terá sido um castro lusitano, na sua origem.

Lugares e povoados:  Os principais lugares e povoados desta freguesia em plena serra da Freita são: Agualva, Campo d'Arca, Casal Velide, Carvalhal do Chão, Chão de Carvalho, Cercal, Côvo, Ervedoso, Felgueira, Lomba, Mouta Velha, Paraduça, Salgueira, Souto Mau, Moções, Quinta da Perrinha, Cabrum, Arões e Macieiras.

Actividades Principais: A população dedica-se essencialmente à agricultura e à pecuária - (milho, centeio, frutos, vinho e produtos hortícolas). No entanto regista-se já uma indústria crescente de tipo unifamiliar nos sectores da carpintaria, serralharia, tipografia e tecelagem do linho. A aposta desta comunidade vai ainda para os produtos típicos desta região já com qualidade comprovada, nomeadamente o queijo feito com o leite de gado arouquês, o artesanato em linho e trabalhos em ferro. 

Festas e Romarias: Festa em Honra de S. Domingos - 1º Domingo de Agosto ( Lugar de Campo d'Arca)

  Festa em Honra de Nossa Senhora de Fátima - 2º Domingo de Agosto ( Lugar de Casal Velide)

  Festa em Honra de Nossa Senhora da Vitória - Domingo da Ascensão ( Lugar de Ervedoso)

  Festa em Honra do Espírito Santo - Domingo de Pentecostes ( Lugar de Paraduça)

  Festa em Honra de S. Simão -28 de Outubro ( Igreja Paroquial - Lugar de Arões)

  Festa em Honra de S. Tiago da Livração- 27 de Julho (festeja-se no Domingo seguinte a esta data quando não coincide com o Domingo)

( Lugar de Felgueira)

  Festa em Honra da Nossa Senhora dos Milagres - Domingo da Santíssima Trindade ( Lugar da Lomba) 

 

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Festa em Honra de S. Barnabé - 11 de Junho (festeja-se no Domingo mais próximo de 11 de Junho) ( Lugar de Souto Mau)

  Festa em Honra de Sto. António - 13 de Junho (geralmente festeja-se no Domingo posterior, devido às festas municipais da sede do concelho)

( Lugar de Cabrum) 

Festa em honra do Sagrado Coração de Jesus - 6 de Junho (Igreja Paroquial- Lugar de Arões) 

 

Atracções turísticas: Nesta belíssima paisagem destacam-se:

  Aldeia da Lomba (aldeia típica)

  Açudes naturais do rio Teixeira

  Espigueiros

  Linhas da capela e o pelourinho em Paraduça

  Igreja Matriz (decoração barroca)

  Anta do Cercal ( Situada na divisória do concelho de Vale de Cambra com Sever do Vouga)

   

 

 

 Freguesia de Cepelos Breve apontamento Histórico e Geográfico: Cepelos fica situada na margem esquerda do Rio Caima, no alto de Cavião, entre a serra da Freita e os limites da serra do Arestal.Ocupa uma área de 1927 ha e situa-se a 13km da sede do concelho.Segundo a lenda, a passagem dos Romanos por esta freguesia deixou vestígios tais como o Outeiro dos Riscos, a Calçada Romana, que fazem parte do património desta freguesia.O primeiro documento escrito data de 922 e diz respeito à doação da igreja de Cepelos ao mosteiro Beneditino de Castromire, por Ordonho II e seus fidalgos. Pertenceu aos condes da Feira e mais tarde à casa do Infantado, sendo uma das freguesias mencionadas no foral Manuelino de 1514. Em 1895, com a suspensão do concelho de Macieira de Cambra passou a pertencer ao concelho de Oliveira de Azeméis. Em 1898 quando o concelho de Cambra foi restaurado, Cepelos voltou á sua posse. 

Festas da Freguesia: S. João Baptista, padroeiro da freguesia - no Domingo posterior a 24 de Junho, quando esta data não coincide com o Domingo

Sº. António, em Merlães - 13 de Junho

  Sª. dos Remédios em Irijó - último Domingo de Junho

  Sª. do Amparo, em Cepelos de Baixo - segundo Domingo de Setembro

  Espírito Santo, em Gatão - Domingo de Pentecostes

  Sª. da Ouvida, em Viadal - último Domingo de Pascoela

 

Locais de Interesse: 

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Igreja Matriz

  Casa da Tulha

 

A Casa da Tulha está localizada no lugar de Cepelos. Situa-se a aproximadamente 7Km dos Paços do concelho, sendo o acesso rodoviário principal efectuado através da EN 227, com desvio ao quilómetro 19.

A casa apresenta um brasão de construção granítica, "(...) formado por uma cruz trabalhada em pedra assente sobre a tiara pontifical esculpida em relevo e tendo por moldura na base duas chaves cruzadas, dos lados duas colunas de forma cilíndrica com vários ornatos, rematados por um artístico florão no seu vértice (...) - Tavares RussoAs opiniões diferem quanto à data de construção deste edifício. De acordo com Tavares Russo, in Monografia de Vale de Cambra, a casa é datada de 1796. Martins Ferreira, in Vale de Cambra e o Santuário da Nossa Senhora da Saúde, refere a data de construção da casa como 1764. No entanto, à direita da casa encontra-se um portal de "dintel cornija e remate com fogaréus e cruz medial". Este portal parece ter sido ali colocado posteriormente á construção da casa e independente desta (diz-se ser idêntico aos do Convento de Sta. Mafalda em Arouca e proveniente deste), segundo Nogueira Gonçalves in Inventário Artístico de Portugal , e datado de 1760. Sendo assim, a casa seria datada do período anterior a 1760. No portal pode ver-se uma inscrição não muito legível, com o ano de 1730 ou 1735. A casa teria então sido construída antes desta altura, e portanto um exemplar da primeira metade do séc. XVIII. 

Em termos arquitectónicos, a casa da Tulha pode ser descrita como uma casa rústica, com paredes de granito ( aproximadamente com 70 cm de largura), pavimento em soalho de madeira, com excepção dos compartimentos destinados à adega e afins. No tecto predomina o forro em placas de aglomerado, apresentando na parte central do salão um rico pormenor de forma octagonal em madeira de carvalho antigo, sendo este o único elemento construtivo em relativo bom estado de conservação. A cobertura é constituída por vigas de madeira onde assentam as telhas de barro. O programa de habitação encontra-se distribuído por dois pisos, ao nível da cave está localizada a adega e respectivo lagar. O r/c é constituído por um amplo salão que neste momento está subdividido em sala e dois compartimentos, separados por divisórias improvisadas com mobiliário do proprietário utente.

Exteriormente, e ainda ao nível do r/c existe um alpendre que permite o acesso à habitação e a uma despensa de reduzidas dimensões, que pela solução construtiva foi edificada posteriormente. Na entrada deste alpendre localiza-se o já referido portal. Chama-se ainda a atenção para o facto do edifício  não possuir instalações sanitárias bem como carecer de instalações próprias para uma cozinha.

Em compartimento contíguo á casa da Tulha, no nível intermédio ao da cave e r/c, encontra-se uma prensa antiga, um dos poucos exemplares, senão o único, existente no concelho.

Consta que esta casa foi tulha ou celeiro, onde eram recolhidos e guardados os foros das terras da freguesia que eram foreiras do Convento da Rainha Santa Mafalda de Arouca.

Ponte de Cavalos 

Outeiro dos Riscos 

Parque da Sª. da Ouvida

 

Povoados e casais:  Cepelos, Casal, Gatão, Irijó, Merlães, Paçô, Tabaçó, Viadal, Vilar e Póvoa dos Chões. 

Principais actividades: Sector primário (agricultura e pecuária - criação de gado bovino, ovino, caprino, em estábulos e regime de pastorícia). A acção dos jovens agricultores tem sido de grande valia no desenvolvimento e modernização desta actividade. A industria de carpintaria está também em franco crescimento, gerando desenvolvimento e emprego a esta população. 

Freguesia de Codal

 

Breve Apontamento Histórico e Geográfico

Segundo os documentos, esta povoação é anterior á nacionalidade, existiria já no tempo dos Suevos.Tal como as restantes freguesias do Concelho esteve ligada aos condes da Feira.Aparece também no Foral Manuelino doado a Macieira de Cambra, e tal como as restantes freguesias do Concelho passou a pertencer ao concelho de Oliveira de Azeméis com a supressão do concelho de Macieira de Cambra. Actualmente pertence ao concelho de Vale de Cambra, situando-se no extremo Oeste deste concelho, a 3 Km da sede concelhia.Codal é a freguesia mais pequena do concelho de Vale de Cambra, com um território de 214 ha, no entanto é a mais densamente povoada. Este facto prende-se com a actividade predominante desta população, a indústria.

Povoações e casais

Agras, Armental, Arrifaninha, Codal, Estrada, Fundo da Aldeia, Jardim, Ladeira, Pedreira, Paúl, Portela e Souto.

Actividades Principais

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A indústria ocupa a maior parte da população activa. As indústrias transformadoras de madeira, metalomecânica, electrónica e de plásticos, formam um dos maiores núcleos industriais do concelho, sendo um dos grandes polos à escala nacional nestes sectores. 

Existe uma agricultura de subsistência (produção de vinho verde).

Património Artistico e Cultural

Casa brasonada do Paúl 

Casa das Agras 

Casa dos Negrais

Igreja matriz (rica em arte sacra e altares em talha dourada)

Festas e Romarias 

Festa de Nossa Senhora da Graça - último Domingo de Maio 

Festa de S. Tiago Apóstolo, Padroeiro da freguesia - último Domingo de Julho 

Freguesia de JunqueiraBreve apontamento histórico da freguesia:

S. Miguel de Arcanjo de Junqueira, situa-se a 15 Km da sede do concelho e o seu território de 1.717 ha estende-se pelas ramificações da serra da Gralheira, no centro - sul da concelho de Vale de Cambra. A freguesia esteve adstrita ao concelho de Oliveira de Azeméis até 1908, altura em que retornou ao recém restaurado concelho de Macieira de Cambra. No que diz respeito à situação demográfica de Junqueira, constata-se que segundo os dados do INE, em 1981, a população era de 1516. Em 1991 a população totalizava 1466 residentes. Actualmente e contrariando a tendência de diminuição da população anteriormente referida, a freguesia conta com 1620 residentes. Segundo os dados estatísticos de 1991, observa-se um acentuado envelhecimento da população, com comprovam os seguintes dados : - 0 aos 14 anos – 308 indivíduos; Dos 15 aos 24 anos – 246; dos 25 aos 64 anos – 656 e superior a 65 anos – 256. Através da análise da vida económica local, constata-se que o sector primário desempenha ainda nos nossos dias, uma função importante, uma vez que este sector sócio laboral absorve actualmente cerca de trezentas pessoas e tem recebido provenientes de iniciativas de jovens agricultores, os quais têm investido preferencialmente na área da pecuária. O sector secundário o seu peso económico é relativamente diminuto,  sendo a indústria da construção civil, a principal actividade geradora de emprego. No que concerne ao sector terciário, a sua presença restringe-se a uma oferta comercial escassa e pouco diversificada.  Tendo ainda como referência os dados estatísticos fornecidos pelos Censos 1991, é relevante referir que a freguesia de Junqueira possuía uma taxa de actividade de 40,7% e uma taxa de desemprego na ordem dos 4%. No entender da autarquia, o fenómeno do desemprego continua ainda nos dias de hoje a afectar a população local incidindo especialmente nas camadas mais jovens. No que diz respeito ao problema da acessibilidades e meios de transporte, a freguesia de Junqueira é servida pela EN 227 e por uma estrada municipal, por carreiras de transportes públicos que se efectuam diariamente e ainda por uma praça de táxis.

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Ao nível da educação, a população estudantil da freguesia de Junqueira é servida por um parque escolar composto por um estabelecimento de ensino pré - escolar e por quatro escolas do ensino básico do primeiro ciclo. Os alunos que se encontram nos outros níveis escolares, frequentam os estabelecimentos de ensino sediados, em Vale de Cambra. Na esfera da saúde, as estruturas presentes em Junqueira e adequadas à prestação de cuidados de existência médica, consistem numa extensão do Centro de Saúde e numa farmácia.

Principais povoações:   Agros, Aido de Baixo, Aido do Meio, Cabanes, Chã, Calvela, Carvalhal, Couços, Currais, Falcão, Fojo, Fontes Casas, Folhense, Igreja, Junqueira de Baixo, Junqueira de Cima, Linhares, Pontemieiro, Póvoa, Portelada, Torgueira, Vila Cova.  

 

  Património Cultural Edificado 

Igreja Antiga, de estilo Gótico, da qual resta a fachada principal e a torre, encimada por um campanário. 

Igreja Matriz, de traça moderna, que foi edificada em meados do século XX. 

Capela do Arestal ; 

Pontes de Pontemieiro e de Junqueira de Baixo ; 

Moinhos de água tradicionais ; 

Serra do Arestal ; 

Montes do Castro, onde ainda hoje se podem observar alguns vestígios remotos de ocupação  pré-romana ; 

Aldeias típicas da Calvela, Vila Cova, Junqueira de Baixo e Chã ;

 

Festas e Romarias da Freguesia 

13 de Junho – Santo António, Sagrado Coração de Jesus e Corpo de Deus; 25 de Julho – São Tiago 10 de Agosto – São Lourenço 8 de Setembro – Nossa Sr.ª do Bom Sucesso 29 de Setembro – São Miguel 8 de Dezembro –Nossa Sr.ª da Conceição 3º Domingo de Agosto – Nossa Sr. ª de Febres

 

Aspectos com especial interesse

Paisagens verdes (grandes espaços serranos) Paisagens rurais Aldeias em vales Casas em pedra trabalhada (Falcão e Calvela) Capela de Santiago (Serra do Arestal) Igreja Matriz Igreja Antiga

 

Gastronomia Em termos gastronómicos a freguesia é conhecida pela boa vitela assada em forno de lenha, pelo cozido à portuguesa e pelo vinho verde.

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Artesanato Ao nível do artesanato podemos referenciar os artigos de tecelagem, bordados e a arte de carpintaria.

Freguesia de RôgeSituação Geográfica Rôge está localizada na província da Beira Litoral, Distrito de Aveiro e Concelho de Vale de Cambra. Sendo uma das nove freguesias do Concelho, situa-se na zona da terras altas do mesmo, na margem direita do Rio Caima, na faldas da serra da Freita a uma altitude de 800 m (Serra de Trebilhadouro). Zona de relevos acentuados que se vão suavizando já próximo da sede de freguesia onde o terreno apresenta menos declives, dista da sede do concelho 4 km. Área e Limites Situada no extremo Nordeste do Concelho, tem uma área aproximada de 17 kms e uma população residente de 2000 habitantes. A densidade populacional da freguesia é de 114 habitantes/ km2. Limitada a Norte por Macieira de Cambra e Chave (Arouca), a sul por Cepelos e S. Pedro de Castelões; a Leste por S. Miguel de Urrô e Albergaria da Serra (Concelho de Arouca) e a Oeste por Macieira de Cambra. A freguesia tem como principais povoações: Casal D’Arão, Santa Cruz – lado nascente, Vila Nova , Paço de Mato, Carvalheda, Função, Fuste, Sandiães, Rôge, propriamente dito, com lugares de Soutelo, Pêdre, Taíjas, Grela, Fôjo, Cancelo, Presa do Monte, Marmoeiral, Videira e Moreira. O lugar de Trebilhadouro com cerca de dez casas, algumas em ruínas encontra-se desabitado.   Hidrografia Integrada na Região Hidrográfica nº 7 - Mondego e Vouga, é atravessada pelo rio Caima que nasce na Serra da Freita na zona da Frecha da Mizarela e desagoa no Vouga. Classificado como afluente de 1º ordem, o Caima que corre apertado entre duas vertentes até Rôge, tem nesta freguesia os afluentes Ribeira de Fuste ou Ribeira de Sandiães e a Ribeira de Paço de Mato ou Rio Caimó.   Barragem Duarte Pacheco Construída no Rio Caima no lugar do Castelo, entre 1936 e 1942, a Barragem do Castelo oficialmente designada de Barragem Duarte Pacheco, em homenagem ao Engº que a projectou, tinha como fim aumentar a rentabilidade agrícola dos campos  de Burgães e intensificar a Indústria de Lacticínios, pela criação de prados permanentes. A barragem é constituída por um albufeira que permite o armazenamento de 330 000 m3 de água de rega a utilizar no tempo da estiagem e por um dique de alvenaria com 24m de altura para queda livre das águas, bem como um dique misto de suporte às águas da albufeira. Para comemorar tão grandiosa obra e também em memória do seu projectista colocaram, no enrocamento lateral da Barragem um padrão construído por um fuste da coluna de granito polido. A Barragem destaca-se também como património ambiental, dado seu enquadramento paisagístico que a torna uma óptima área de lazer num estreito convívio com a natureza.   Relevo e Vegetação Zona de relevo escarpado de pendentes ligeiramente acentuadas. Os seus terrenos em socalcos formam as jeiras que em degrau formam os campos de cultivo. As suas terras são essencialmente constituídas por granitos e xistos. Parte das suas terras, estão na área sujeita a regime florestal, onde predomina o pinheiro bravo e o eucalipto. Junto às linhas de água ainda se encontram freixos e amieiros e um pouco por toda a parte aparece o castanheiro e o carvalho, abundantes em tempos idos e que deixaram marcas na toponímia em lugares como Carvalheda e Soutêlo.

 

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Vias de Comunicação O acesso à freguesia é feito pela EM 550, que serve a maior parte dos lugares da freguesia, incluindo a sede, e a EN 227, que serve os lugares de Casal D’Arão, Nova e Santa Cruz. A freguesia tem uma rede viária envelhecida, de traçados sinuosos e estreitos, isto porque sendo a maioria dos lugares mal servidos, com acessos difíceis e morosos ou então insuficientes, pois a maioria dos arruamentos internos dos aglomerados são em pedra – as calçadas estreitas e sem possibilidade de alargamento.Actualmente está em fase de adjudicação a rectificação e beneficiação da EM 550.

  Actividades Económicas É uma freguesia essencialmente rural, característica que ainda hoje mantém, dado ser a agricultura e a pecuária a principal actividade económica à qual se associa a riqueza florestal. Quanto ao grau de dependência da família agrícola em relação ao rendimento da exploração em Rôge, apenas 64% dependem exclusivamente da mesma. Constatamos também que a maioria das famílias (65,5%) não depende apenas do rendimento da exploração agrícola, concluindo-se que a actividade agrícola é desempenhada essencialmente a tempo parcial, dedicando-se uma parte da população agrícola à actividade industrial, fora da freguesia. Indústria As indústrias existentes na freguesia são muito reduzidas. Destaca-se a única indústria de pirotecnia existente no concelho e outras ao nível da carpintaria e serralharia. Para além destas, existe ainda uma padaria e pastelaria. Comércio A actividade comercial é praticamente inexistente, encontrando-se todavia um ou outro estabelecimento comercial mais ou menos provido de tudo o que é necessário para o dia a dia das populações. Artesanato À semelhança do que acontece com as restantes freguesias do Concelho, o artesanato típico da freguesia foi desaparecendo do quotidiano familiar devido às mudanças de usos e costumes da população local, embora ainda existam alguns moinhos de milho accionados pelas águas dos rios e ribeiros, para o fabrico de pão de milho, alambiques para a produção de água ardente bagaceira e lagares para produção de vinho, que é ainda um rendimento familiar. História A primeira referência escrita acerca da freguesia encontra-se num documento medieval, anterior à fundação da nacionalidade, numa doação do ano de 924, onde surge "Vila" de Soutêlo. Esta doação é feita a uma igreja de S. Martinho e Mosteiro fundado no Século V, pelo abade DONAÑI e pela devota Létula, responsáveis também por esta doação ao citado mosteiro que teria existido no território de Cambra. Sendo este o dote da doação, esta não se faria fora de qualquer das "Vilas" doadas situadas em território portucalense, o qual nesta altura já atingia Coimbra. Provavelmente constituída como paróquia rural nos inícios da nacionalidade encontramos referências à igreja de Rôge no Rol das igrejas do padroado Régio do Bispado de Coimbra, com data de 1229, mas com uma indicação que reporta ao ano de 1209 (reinado de D. Sancho I) onde aparece mencionada a igreja Sanctus Salvator de Regy. Culto e Assistência Espiritualmente em tempos muito remotos, Rôge tal como as restantes Terras de Cambra, estava incorporada nos domínios da Diocese de Mérida, sendo depois incluído no património dos Bispos de Coimbra, uma das mais antigas Sés Episcopais de Portugal, criada muito antes da fundação da nossa monarquia e inicialmente sufraganea da Metropolita Mérida. Do Arcediago do Vouga, segundo documentação do Século XIV, mais tarde transitou para o Bispado de Aveiro onde se manteve até 1882, quando por extinção deste Bispado transitou juntamente com outras freguesias do Concelho de Cambra para a Diocese do Porto, onde ainda se encontra. O Arcediago do Vouga pertencia à Diocese de Coimbra. A distribuição das freguesias por grupos tem variado no decorrer dos tempos, a partir do Séc. XII. Estavam reunidas em Arcediagos sendo que ainda no Séc. XIII as freguesias da parte do Bispado de Coimbra vindas para o Bispado do Porto constituíam o Arcediago do Vouga. Entre 1774 e 1882 passou a freguesia ao Distrito Eclesiástico de Cambra, na recém-criada Diocese de Aveiro, sendo depois a freguesia incluída na comarca Eclesiástica de Arouca, criada em 1882, pelo Cardeal D. Américo e que incluía as freguesias que transitaram da Diocese de Aveiro para a do Porto. A Comarca de Arouca, por sua vez estava subdividida em quatro distritos eclesiásticos também designados vigararias de vara, constituindo o distrito nº3 Macieira de Cambra, à qual pertence Rôge. Actualmente faz parte da vigararia do Concelho de Cambra e Carregosa.

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A festa anual da freguesia celebrada na igreja Matriz é actualmente dedicada a Santa Isabel e a S. Sebastião, realizando-se no 1º Domingo de Julho. Sobre as origens destes festejos não se sabe ao certo porquê ou quando se iniciaram. Contudo o seu orago é S. Salvador cujo significado é a transfiguração de Cristo no Monte Tabor na Galileia e que aparece narrada na bíblia por S. Lucas e S. Mateus. Capelas Quanto às capelas existentes na freguesia temos: A Capela de Santa Ana, com festa no último Domingo de Julho. A Capela de Nossa Senhora do Desterro, em Função, cuja festa se realiza no Domingo e Segunda Feira de Pentecostes. Conhecida anteriormente como Nossa Senhora do Destino a ela é dedicada uma das maiores Romarias do Concelho. No alto do monte desta freguesia, alveja a formosa capela de Nossa Senhora do Desterro, à qual se faz todos os anos uma brilhante festa, e concorridíssima Romaria. O panorama que se goza do alto desta ermida é vasto e encantador. A Capela de Nossa Senhora da Luz em Paço de Mato, com festa na Segunda-feira de Páscoa. Mais uma vertente de culto Mariano, a padroeira de Paço de Mato é assim invocada porque deu ao mundo o Verbo feito homem. A Capela de Santa Helena da Cruz, em Santa Cruz, tem a sua festa em Julho. É liturgicamente administrada por Rôge e Macieira de Cambra. A existência de uma Capela em Santa Cruz á muito antiga sendo referenciada nos Sécs. XII e XIII. A Capela de Nossa Senhora da Conceição, anexa à Casa do Paço, é uma Capela privada, não aberta ao culto, tem como orago a Nossa Senhora da Conceição. Igreja de Rôge A Igreja colocada isoladamente num escarpado socalco, a dominar o Rio Caima, sempre despertou as atenções, tanto pela posição como pelo seu portal de colunas retorcidas, pelo recortado da empena e sua torre, onde pináculos helicoidais mostram originalidade, como também pelo alto cruzeiro que se levanta em frente, suportado por crianças – atlantes e de fuste inteiramente lavrado. De traça barroca a Igreja de S. Salvador é uma construção de tipo regional datada do Sec. XVIII, que apresenta extraordinariamente riqueza de ordenamentos na frontaria, as quais de inspiração joanina, "denunciam um arquitecto não vulgar e artífices que sabiam servir-se do cinzel no trabalho de cantaria."   Cruzeiro de Rôge

Na freguesia de Rôge e ao que tudo indica, o mais antigo cruzeiro é o que se ergue no adro da Igreja Matriz, classificado como imóvel público pelo Decreto nº 37366 de 5/04/1949 e situado no adro frente à igreja, é uma artística peça de arte com cerca de 14 m de altura. Assente sobre plataforma de quatro degraus oitavados, a base quadrangular é sustentada por quatro esculturas de " crianças atelantes", desnudas e só com um laço ondulante. A coluna cujo capitel em estilo Coríntio é ricamente trabalhado com motivos florais, crianças, losangos, e outros, remata em esfera sobre a qual se ergue uma cruz de terminações florais. O único documento e mais antigo que fala do cruzeiro de Rôge é uma provisão, enviada ao Rei pelo então Reverendo Pároco João Gomes de Abreu que data de 09 de Maio de 1758 e que diz: "No Adro de Rôge tem um cruzeiro de pedra lavrada com bastante miudeza, que é dos mais primorosos que onde encontrar em toda a Província ou em todo o Reino."   Filhos Ilustres Nesta freguesia, no passado, tiveram lugar de destaque:

O Reverendo Belchior Teixeira Louseiro, Prior da igreja de Rôge, a quem está associada a fundação da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário na Igreja Matriz, bem como a demarcação das terras pertencentes à freguesia por ordem do Rei D. João V (Livro do Tombo 1716) 

Dr. João Soares Tavares, chanceler da Relação do Rio de Janeiro. 

(Provisão enviada ao Rei pelo Pároco João Gomes de Abreu, 1758). 

Luís Soares de Pina, nascido em Rôge, filho de pai incógnito, serralheiro de profissão, e de mãe chamada Joana. Em 1872 foi um dos fundadores da Fraternidade Operária juntamente com José Fontana, Antero de Quental e Josef Delerne, cuja finalidade era a propaganda Socialista, recebendo instruções da Internacional Operário e Sindicalista. Participou no golpe operário de 31 de Janeiro de 1898 e foi proposto várias vezes pelo círculo do Porto, tendo obtido nas eleições de 28 de Agosto de 1910 as últimas do Regime Monárquico, 195 sufrágios. 

Adriano e António de Oliveira Maurício, irmãos, naturais de Sandiães desta freguesia. Grandes industriais de pirotecnia no Brasil, concretamente no Rio de Janeiro para onde emigraram, a eles se deve a construção da Escola de Sandiães e melhoramentos na igreja de Rôge, concretamente o relógio da igreja e o guarda-vento, entre outras obras oferecidas por António de Almeida Maurício.

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  António Joaquim Borges Ferreira, da Casa de Pêdre, que foi Administrador do Concelho de Cambra nos anos quarenta, entre 1943 a 1945.

 

O Castro do Castelo A cultura castreja representa essencialmente uma ocupação por todo o Noroeste da Península Ibérica, durante a idade do ferro ( Séc. XIII a I A.C) caracterizando-se por povoados fortificados nos altos dos montes ou em locais estratégicos. Em Rôge temos o Castro do Castelo situado no cimo do monte com o mesmo nome. Junto à barragem Duarte Pacheco e que aparece citado por João de Almeida na sua obra ( Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses. Pg. 93) 

Castelo de Rôge No cimo do monte denominado Castelo, cota de 430m, que se levanta a 250m a cavaleiro da margem direita do Rio Caima, situado a 250m a sul da povoação de Rôge e a 5,5km a su-sudeste de Vale de Cambra existem ainda vestígios de uma antiga fortaleza. A avaliar pela sua situação e pelo valor militar da posição, e também pela natureza dos vestígios, trata-se de um Castro Luso- Romano. Por esta Fortaleza passava a estrada Romana vinda de Idabriga ( Castelo de S. Gião) para Arouca, da qual ainda existem restos de calçadas. Este Castro é também mencionado por António Manuel S.P SILVA ( Proto- História e Romanização de Entre- Douro e Vouga Litoral - elementos para uma avaliação critica, Porto, 1994, pag. 59) onde se lê: Castelo de Sandiães, Vale de CAMBRA, Rôge, Sandiães, Castelo (Barragem do Caima) 

Pontes A necessidade de atravessar o Rio Caima e seus afluentes, que serpenteiam poe entre campos de milho e vinhedos, desde sempre se fez sentir, levando à construção de várias pontes, algumas muito antigas e das quais destacamos: A Ponte de Castelo, localizada num sítio escarpada junto da albufeira da Barrragem Duarte Pacheco, liga Rôge à freguesia de Cepelos, destacando-se pela Berbedã. É formada por um pequeno arco de grossa cantaria e enchimento de alvenaria, com pavimento em cavalete e guardas de lages postas ao alto. Ponte de Pisão situada num apertado elo do Rio, entre fragas, acima do antigo Pisão do Linho, liga Sandiães a Cepelos de Baixo. Formada por um arco semicircular, sem guardas, a pedra foi tratada apenas na face da curva. Recentemente foi-lhe construído um parapeito. Ponte de Fuste – localizada na Ribeira de Sandiães, no lugar de Fuste, é uma pequena ponte em pedra de um só arco sem guardas. Ponte de Paço de Mato – Apoiada num arco de pedra semicircular sobre o Rio Caima, fica situada no fundo do lugar, ligando-o a Viadal- Cepelos. A seu lado um velho moinho completa a bucólica paisagem. 

Dinamização Do Rio Caima 

(Paço de Mato)A ADRIMAG – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado nas Serras de Montemuro, Arada e Gralheira – através do LEADER II, disponibilizou o montante de 1.530.900$00, para um total de investimento de 2.430. 000$00. para a limpeza do Rio Caima no lugar de Paço de Mato, criando-se assim uma área de lazer, onde a população de Paço de Mato e lugares limítrofes podem no Verão apreciar as boas merendas e refrescarem-se nas águas límpidas do Rio Caima. A Junta de Freguesia teve o bom gosto de mandar instalar no local mesas e bancos para os merendeiros, e o arvoredo à volta proporciona boas sombras, na área do Parque ali construído.

 

Fontanários Motivo de arte popular os fontanários existem um pouco espalhados por todos os lugares. Desde a fonte de Nossa Senhora da Esperança, em pedra trabalhada, apresenta na fachada um painel de azulejos com a figura de Nossa Senhora da Esperança datada de 1949, a outros exemplares mais antigos alguns de inegável valor como a Fonte da Moreira, um belíssimo exemplar, com espaldar decorado e remate redondo datada de 1754. A fonte do paço, também com espaldar

decorado e remate redondo datada de 1754. Próximo da igreja Paroquial a Fonte do Passal é outro exemplo de uma fonte em pedra também provavelmente do Séc. XVIII, cujo trabalho de cantaria é digno de nota. Em Fuste a fonte do Albeque em pedra de forma triangular com bica, datada de 1840. Em Paço de Mato a fonte em granito datada de 1815, abastece actualmente o lavadouro público

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Freguesia de Macieira de CambraHistória

A vila de Macieira de Cambra é, sem dúvida, de origem muito antiga, perdendo-se essas suas origens em tempos imemoriais.

Recuar a fundação da freguesia até à pré-história é possível, muito embora não se possa datar com segurança os vestígios de ocupação humana, desses tempos tão remotos.

Referências a achados ou monumentos pré-históricos atestam o povoamento destas terras. Sendo, do ponto de vista administrativo, a freguesia mais antiga, aparece mencionada em vários documentos medievais, tendo dado origem ao topónimo do concelho.

A primeira referência escrita acerca da freguesia encontra-se num documento de doação anterior à fundação da nacionalidade no qual, no ano de 992, Ordonho II de Leão e Castela dá estas terras ao Bispo D. Gomado do Mosteiro de Crestuma.

Pertencendo ao Julgado Medieval de Cambra, é mencionada nas Inquirições de D. Dinis onde se refere que na paróquia de Santa Maria de Macieira havia, no lugar deste nome, a "quintã" e paço de Afonso Pais, estendendo-se a honra a cinco casais; no lugar de Tagim, havia a "quintã" de Gonçalo Dias; no de Mulhudos, havia outra "quintã" que honrava toda a aldeia, compreendendo sete casais do mosteiro de Pedroso e no de Padastros existiam cinco casais de mosteiros, sendo estes com toda a aldeia uma honra. 

Orago

O seu orago é Nossa Senhora da Natividade, tendo sido ao longo dos tempos Macieira referenciada na toponimia como "Sancta Maria de Maceneyra que est in Calambria" (ano de 1179, RM, Pedroso p. 96; ADA XIV. 76), ou "Sancta Maria de Maceeira de Calambria" (ano de 1345 ADA XIV. 76).

A Igreja de Santa Maria de Macieira é obra muito antiga surgindo mencionada no reinado de D. Dinis, em 1320 (Rol. A, cfr. HI 11.670) onde se pode ler "Ecclesiam de maceeira".

Património histórico e monumental

Atribuição do Foral 

Talvez lhe tenha sido concedido foral nos inícios da nacionalidade, no tempo de D. Sancho I, já que no foral de D. Manuel I, concedido séculos mais tarde, a 10 de Fevereiro de 1514 às Terras de Cambra, se fazem referências ao maço 5 dos forais antigos. Tornando-se assim, sede do concelho.

Pelourinho, Casa da Câmara, Igreja Matriz, Coreto e Jardim Público

O Pelourinho que lhe está associado é motivo de orgulho, em particular, de todos os "Macicambrenses". Ainda hoje é visível na Praça da República o Pelourinho, símbolo do poder municipal e da administração da justiça. Foi classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto - Lei 23122 de 11 de Outubro de 1933

A Praça da República com o Pelourinho, a antiga casa da Câmara, Igreja Matriz, Coreto e Jardim público e as casas que a rodeiam é o conjunto arquitectónico mais histórico da freguesia - é o centro cívico de Macieira de Cambra por excelência. 

A ponte Velha de Padrastos

A ponte Velha de Padrastos é um imóvel a visitar pelo seu interesse histórico e arquitectónico. Provavelmente são os restos de uma estrada secundária romana que passaria por este local.

 

 Cruzeiro setecentista

O cruzeiro setecentista, recentemente restaurado, no Calvário é uma obra digna de ser apreciada.

 

Festas Setembrinas

No que se refere a festividades as Festas Setembrinas que se realizam no primeiro Domingo de Setembro em honra do

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Senhor do Calvário e no dia 8 deste mesmo mês, em honra da Nossa Senhora da Natividade, tem nestes dias fixos a sua maior expressão. Neste período, intercalam-se ou prolongam-se outros dias de festa. São as festividades com maior tradição no concelho, já referenciadas nas Memórias Paroquiais de 1758. São o "ex-libris" do povo de Macieira de Cambra. 

As Terras de Cambra e sua integração nas Terras de Santa Maria

Quando as terras de Cambra foram doadas a Fernão Pereira, pai de Rui de Pereira, 1.º Conde da Feira, ficou pois Macieira a pertencer ao senhorio dos condes da Feira. D. João I confirmou a posse das terras de Cambra por carta dada em 29 de Fevereiro de 1428. A este propósito veja-se o que Humberto Baquero Moreno, escreve na sua obra " A Batalha de Alfarrobeira, vol. II, pp. 913-915. Incluídas desta forma, durante séculos, nas chamadas "Terras de Santa Maria", nelas permaneceu até á extinção da Família dos Pereiras, que se extinguiu por morte de D. Fernando Forjaz Pereira Pimentel de Meneses e Silva, 8.º Conde da Feira. Sem sucessão legítima, por carta dada em Lisboa a 10 de Fevereiro de 1708, passaram a maior parte dos bens, entre os quais as terras de Cambra, para a Casa do Infantado, onde permaneceram até à sua extinção em 1834, com o advento do liberalismo.O governo do concelho e a constituição da Câmara em 1689

"A Villa de Cambra de que he Donatário o Conde da Feyra tem dous juízes ordinr.os do Cível, Crime, e Sizas, três Vereadores, e hum procurador, que se fazem por eleição em que prezide o Ouvidor da Villa da Feyra, e os confirma o Donatario ; por ele se chamão. Tem mais dous Tabalioens do p. ço judicial, e nottas, hum escrivão da Camr.a, hum juiz dos orfãos e hum escrivão delles, que o he juntam.te da almotasaria, e hum alcayde, todos pello d.o Donatr.o e por ele se chamão. O escrivão das Sizas, he por S. Mag.de. (...) - A Provedoria de Esgueira, vol. XXIV, Arquivo do Distrito de Aveiro, pp.76-77

Mudanças políticas da sede do concelho

He esta freg.ª Cabeça do Concelho, chamado o Concelho de Cambra, que comprehende nove freguezias, q.e são: Aroens, Junqueyra, Cepellos, Roge, Macieyra Villa Cova, Codal, V.ª Cham, Castelãos. Destas freguezias, elugares dirão os seus Parochos os vezinhos q.e tem.- Memórias Paroquiais de 1758.

As muitas mudanças políticas do séc. XIX e XX reflectem-se também no concelho de Macieira de Cambra que, na época moderna foi criado pelo Decreto de 16 de Maio de 1832. Veio a sofrer várias alterações. Assim, após a reformulação de 1832, é extinto em 1836 e novamente criado em 1840.

Em 1867, a 10 de Dezembro é outra vez extinto e anexado a Oliveira de Azeméis. Volta a ser emancipado e, uma vez mais, anexado a Oliveira de Azeméis, em 21 de Novembro de 1895, para em 1898 pelo Decreto de 13 de Dezembro voltar a adquirir autonomia, até à criação do concelho de Vale de Cambra, pelo Decreto 12976 de 31 de Dezembro de 1926, que transferiu a sede do concelho para o lugar da Gandra, na freguesia de Vila Chã. Desta forma, extingue-se o concelho de Macieira de Cambra dando lugar ao concelho de Vale de Cambra.

A 20 de Maio de 1993 pelo Decreto - Lei n.º 40/93 publicado a 2 de Julho, Macieira de Cambra foi de novo elevada a vila, retomando o seu "velho estatuto" que lhe confere por direito o titulo de vila histórica e que leva a que, a história do concelho de Vale de Cambra passe obrigatoriamente por Macieira de Cambra, uma vez que foi durante séculos, a sede do concelho.

Património Paisagístico

Macieira de Cambra é  uma localidade com um valioso passado histórico aliado a paisagens de rara beleza.Terra ancestral, habitada por gente afável, o seu rico e vasto património, e as belezas paisagísticas tornam-na uma freguesia com óptimas condições para o turismo.

"Velha Macieira de Cambra, sempre jovem"

"Quem de automóvel ou camioneta se detenha, um dia, na velha praça de Macieira de Cambra e por ela avalie da linda terra da saúde, tecerá errado juízo. Macieira de Cambra é como essas vetustas mansões e fachada medíocre, que possuem um parque esplendoroso nas traseiras. Um parque semi portão heráldico, um deslumbrante álbum de paisagens sem frontespício.

É preciso irradiar da antiga praça, é preciso deambular por estradas e caminhos, para se surpreender a inefável beleza, ora discreta, ora imponente, desta sortílega região.

O adro oferece a primeira gentileza aos olhos. Lombas e vales, colinas e regaços abrem-se perante nós, tudo verde e azul de manhã, todas as cores do arco-íris às horas crepusculares".

(Ferreira de Castro)

Localização geográfica e povoações

 A vila de Macieira de Cambra, situada a 2 Km da sede do concelho, no encaixe dos montes Trancoso e Porto Novo, é atravessada pelo Rio Caima, Rio Vigues e vários córregos, sendo servida pelas estradas nacionais 227 e 224.Limitada a norte por Vila Chã, Vila Cova de Perrinho e Chave; a sul por Rôge e S. Pedro de Castelões; a este por Rôge e a oeste por S. Pedro de Castelões e Vila Chã, dela fazem parte as povoações de: Algeriz; Amarelas; Areal; Barracão; Borbolga; Borralhal; Búzio; Cabanelas; Cancelo; Carvalha; Costa Anelha; Denouros; Doubens; Farrapa; Furna; Gainde; Leira do Rio; Lourosa; Macieira-à-Velha; Malhundes; Miracambra; Outeiro; Outeiro do Rei; Padrastos; Paredes; Passos; Paúl; Penedos; Perrinho; Pintalhos; Porto Novo; Póvoa; Praça; Quintã; Ramilos; Relvas; Regadas; Salgueirinhos; Santa Cruz; Santo Aleixo; Tagim; Vale Grande; Valgalhardo; Vide; Vilarinho e Vinha de Pé. O centro urbano da freguesia é composto pelas Avenida Miguel Bombarda, Rua do Souto, Praça da República e Praça Ana Horvath de Almeida, situando-se nesta zona o edificio da Junta de Freguesia, O Museu Municipal, a Igreja Paroquial, Posto Médico, Pelourinho, Coreto e principais Jardins. Aqui encontram-se os principais serviços públicos e comércios. Com uma população residente aproximada de 6500 habitantes, nesta freguesia encontram-se representados os três sectores económicos.

Actividades predominantes

A agricultura pratica-se um pouco por toda a freguesia com produções variadas como milho, centeio, produtos hortícolas, batata e o vinho verde que à semelhança de todo o concelho é a cultura mais importante.

As condições naturais da freguesia, um clima ameno, um solo fértil e a abundância de água, tudo tem tido influência na agricultura local e, ainda que grande parte das explorações agrícolas sejam trabalhadas numa base familiar, pelo seu carácter acentuadamente minifúndico e pelo destino de grande parte da produção, que é de auto-consumo, não deixa mesmo assim a agricultura de ocupar uma boa percentagem da população. Contudo, deve referir-se que, a maior parte dos agricultores pratica esta actividade em regime extra-laboral, facto que não a torna menos importante pois complementa o rendimento familiar.

Por seu lado, a pecuária faz-se em regime de pastorícia, nos sítios mais altos e em estábulos.

Nos montes ainda se pratica a caça à perdiz, coelho bravo, lebre e raposa.Com maior incidência na metalomecânica e indústria de madeiras, os empreendimentos industriais, factores importantes para a criação de riqueza e progresso da região, têm-se dispersado um pouco por toda a freguesia.

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Quanto ao comércio existente, são vários os estabelecimentos comercias que servem esta vila. 

Centros de Apoio

Em termos sociais a Fundação Luiz Bernardo de Almeida muito tem contribuído para o desenvolvimento da comunidade local. Com as valências de Lar, Apoio Domiciliário, Centro de Dia, possui ainda em funcionamento um Gabinete de Apoio à Família e Comunidade. No âmbito deste Gabinete são prestados os mais diversos apoios às famílias e é efectuado o acompanhamento às mais 95 famílias beneficiárias do Rendimento Mínimo Garantido.

Freguesia de São Pedro de CastelõesBreve apontamento Histórico e Geográfico:

 Rodeada pelas serras da Chã, Pedregais, Senhora da Saúde, Coto, Felgueira, Barbeito e Escaiba, a vila de S. Pedro de Castelões fica situada no extremo sudoeste do município. é banhada pelos rios Caima, vigues, Cabras e Moscoso e ainda por alguns regatos e ribeiros. Tem limites com Vila Chã e macieira de Cambraa Norte; Rôge, Cepelos e Junqueira a Este; Sever do Vouga a Sul ( Silva Escura e Dornelas) e a Oeste por Oliveira de Azeméis (Palmaz e Ossela).Segundo os censos de 1991, S. Pedro de Castelões  tinha uma população de 7389 habitantes.O seu orago S. Pedro.S. Pedro de Castelões é a freguesia com maior densidade populacional, albergando cerca de um terço do total dos habitantes do município.Castelões tem uma origem muito remota, testemunhada pelos  vestígios de um castro, pelos achados arqueológicos do período do Bronze, passando pelo próprio topónimo Castelões. Da presença árabe restou apenas a lenda de Nossa Senhora do Castro, que adiante resumiremos.Presume-se que a sua fundação como unidade administrativa seja anterior à formação da nacionalidade e

que o primitivo nome tenha sido Castelão, homem rico e nobre. Actualmente, diz-se Castelões, que significa freguesia de ricos e nobres.O primeiro documento escrito que refere a povoação data de 995. Os seguintes datam de 1019, 1072, 1097 e 1098 e referem-se a transacções de terras. A freguesia aparece mencionada nas Inquirições de D. Afonso II, em 1258, onde se refere que na "Vila de Castelaos" a coroa possuía dois casais de que se dava a quinta e meias direituras e que, dos restantes casais, apenas o do mosteiro de S. Cristovão de Lafões estava sujeito ao serviço militar e fazia o mais foro.Nas Inquirições de D.Dinis, em 1290, menciona o lugar de S. Pedro de Castelões como honra dos filhos de Martins Pais; o lugar de Burgaâes do Mosteiro de Cucujães; os lugares de Cartim e Espinhel da Ordem do Hospital; o lugar de Mosteirô do Mosteiro de Paço de Sousa e o lugar de Macinhata era honra com paço de D. Froilhe. Referia-se ainda que no lugar de Baçar havia duas quintãs, honras com seus paços, uma do cavaleiro Afonso Pais e outra dos filhos de Pero Afonso.Uma grande parte das terras eram foreiras, pagando foros ao convento de S. Bento, no Porto, ao convento de Arouca e a algumas individualidades particulares.Incluída no foral concedido por D. Manuel I à vila de Macieira de Cambra, em 10 de Fevereiro de 1514, Castelões pertenceu ainda à Ordem de Cristo, depois aos condes da Feira e pela extinção desta família, passou para a casa do Infantado, até ao seu fim, no séc. XIX.Foi um concelho com juíz ordinário e comarca sujeita à justiça da Feira. S. Pedro de Castelões pertenceu ao concelho de Macieira de Cambra, criado em 1832 e ao de Oliveira de Azeméis quando o primeiro foi anexado ao segundo, passando depois para o concelho de Vale de Cambra criado em 1926, data da sua criação.Com um considerável valor agrícola, histórico e cultural, foi elevada à  categoria de Vila em 20 de Maio de 1993. Nesta data passou a designar-se S. Pedro de Castelões, em vez de apenas Castelões. O Brasão, a Bandeira e o selo da freguesia foram também apresentados nesta altura. A descrição do Brasão é a seguinte: escudo verde, duas chaves de ouro passadas em aspa, atadas por um torçal de cor vermelha, com um pé de zinco, faixetas ondadas de prata e azul; flanquedo de negro, carregados os flancos  de um ramo com  duas folhas e um ouriço de castanhas, tudo em ouro. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com a legenda a negro "Vila de S. Pedro de Castelões".A Bandeira é esquartelada de verde  e amarelo, cordão e borlas de ouro e verde, haste e lança de ouro.O selo è circular, com peças as eças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda "Junta de Freguesia de S. Pedro de Castelões". 

Como já foi escrito, a situação privilegiada, de onde ressalta a abundância de água e consequente fertilidade das terras, faz desta freguesia de S. Pedro de Castelões um dos locais com mais testemunhos de um povoamento remoto.Desse passado longínquo, há a destacar a lenda de Nossa Senhora do Castro das Baralhadas, relativa às disputas entre cristãos e muçulmanos, numa época anterior à Nacionalidade.Refere a lenda que os mouros, invejosos da devoção dos habitantes locais para com a imagem de uma santa, decidiram inundar esse local de culto, construindo, para o efeito, um açude. Só que essa obra de engenharia nunca chegaria a ser concluída, em virtude da constante resistência da população local. De resto, é devido a este estado de conflito, considerado uma permanente baralhada, que o sítio passou a ser conhecido pelo nome de "Baralhas." O facto é que a imagem da santa nunca foi afectada e logo que a ocupação muçulmana foi desbaratada, a população destruiu o açude e passou a realizar uma romaria em honra de Nossa Senhora do Crasto, todos os últimos domingos de Agosto, saíndo a procissão da vila de S. Pedro de Castelões.Neste mesmo local, diz a tradição que um tal António "Sapateiro", ao pretender construir um muro que teimava em cair, decidiu fazer uma escavação mais profunda para o alicerçar. Foi nessa altura que deparou com um conjunto de braceletes em ouro enterrado nas proximidades do Crasto de Ossela. Dese conjunto, apenas restam dois exemplares, conhecidos como as "manilhas das Baralhas", que estão depositadas no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia de Lisboa, testemunhando assim o dinamismo da ourivesaria local nesta fase da cultura castreja. 

A Igreja de S. Pedro de Castelões existia já no século XI. Quanto à sua estrutura deve datar da reconstrução feita em finais do século XVII, tendo sido modificada posteriormente. A sua fachada, revestida de azulejos figurativos modernos, é do tipo tradicional. a capela-mor foi ampliada e modificada no século XIX, resultando daí a existência de duas sacristias, sendo a da direita antiga e a da esquerda actual." Curiosa por ser uma igreja de três naves, arcadas baixas e com um arco-cruzeiro todo em talha dourada, dos inícios do século XVIII, cujo conjunto é digno de nota, dado apresentar uma envolvência do arco-cruzeiro com o retábulo da nave do Evangelho, o que leva à fusão dos altares colaterais com o dito arco-cruzeiro, formando um só conjunto de grande originalidade. O seu interior é bastante rico em estatuária, exemplo disso é a imagem de Nossa Senhora do Rosário, de finais do século XVIII. Uma das peças com maior relevo histórico é a inscrição tumular que se encontra por cima da porta travessa direita. Esta inscrição identifica um dos padroeiros da igreja  que foi Francisco Tavares, cuja representação genealógica está nos Morgados de Pigeiros e diz o seguinte: Capp(e)lla Institv(i)da por Fran(cis)co Tavar(e)s do Ramalhal 1545 hoje dos Morg(a)dos de Pigeiros.Realça-se também o altar da Senhora do Carmo, do século XVIII e um orgão tubular estilo D. João V, construido entre 1896 e 1898".Outro monumento importante é a capela de Nossa Senhora da Saúde, situada no alto da Serra do Arestal, a mais de 700 metros de altura. Esta é a sucessora do pequeno nicho existente no lugar de Gestoso, com as imagens de Nossa Senhora e Santo António. Aqui realiza-se uma das romarias mais concorridas da região, nos dias 13, 14 e 15 de Agosto. Milhares de romeiros deslocam-se anualmente a Gestoso, a venerar a Senhora e a cumprir as suas promessas. É conhecida a particular devoção das gentes da beira-mar desde Ovar, Estarreja, Murtosa, etc.A primitiva ermida, refernciada já em 1753. era uma ermida simples, com um altar-mor e uma pequena sacristia, destacando-se na frontaria, em granito, um campanário. O actual Santuário foi construído em 1929 e 1935, aproveitando-se apenas o altar-mor de talha dourada em forma de conchas, datado da segunda metade do século XVII, e a sacristia. A torre fronteira mede 28 metros e a iluminação interior é feita através de onze janelas. O cruzeiro calvário está separado do santuário por três avenidas, onde se podem ver as estátuas dos 4 evangelistas em colunatas, assim como as de Cristo-Rei, da Virgem, da Fé, Esperança, Caridade e S. Miguel.No lugar da Coelhosa existe a capela de S.Gonçalo, inaugurada em 1898 e totalmente renovada em 1900. Tem planta constituída por um corpo e

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santuário, ficando a torre sineira à esquerda. Na frontaria vemos dois nichos com as esculturas de S. Sebastião e Santa Ana.No seu interior encontramos o pequeno retábulo em madeira, da antiga capela, datada do século XVII. A festa da família está imortalizada num pequeno monumento constituído por pedestal com a imagem da Imaculada Conceição.

Locais de Interesse:

Santuário Mariano (Gestoso - alto da Sra da Saúde) e o parque verde

 

Ponte dos coronados (apoiada sobre o rio Caima) 

Paisagens ribeirinhas 

Igreja matriz (rica em talha dourada/estilo barroco)

Restantes capelas 

Várias casas solarengas 

Praia Fluvial com polidesportivo em Burgães

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Estádio Municipal das Dairas 

Complexo Desportivo das Dairas

- Piscinas Municipais

- Pavilhão Desportivo 

Principais povoados e casais:

Aguincheira, Barbeito, Amial, Areal, Areias, Baçar, Baralhas, Burgães, Bouça de Aguincheira, Bouça de Cartim, Casais, Cabeço, Cavião de Baixo, Cavião de Cima, Cimo da Aldeia, Coelhosa, Corgas, Costa, Cova, Covo, Decide, Dois, Dairas, Entre-Pontes, Felgueira, Figueiras, Folgorosa, Formiga, Fundo da Aldeia, Gandarinhas, Gestoso, Granja, Guigermas, Janardo, Landeira, Lomba, Lombela, Igreja, Macinhata, Marco, Mártir, Matinho, Moinho do Bicho, Malhô, Moscoso, Mosteirô, Mourio, Mouta, Outeiro, Paredes, Pinheiro Manso, Quinta da Ucha, Quintã, Queiró, Rabaceira, Ribeira, Ribeiro, Souto, Talhadouro, Vale do Lobo e Várzea.

Principais actividades:

Apicultura, pecuária (gado bovino, ovino e suíno) e a agricultura (milho, centeio, aveia, vinho verde, fruta, produtos hortícolas e castanhas) são as actividades principais.A caça é outra das actividades existentes: Coelho, perdiz e lebre. A par com a agricultura, as indústria de lacticínios, metalurgia, latoaria, serralharia, o abate de aves, a construção civil e a serração de madeira são também importantes fontes de receita na economia desta população.

Gastronomia:

Nesta região pode-se apreciar o bom vinho verde, o bom queijo, os rojões com batatas alouradas, a boroa de farinha de milho e as castanhas.

 

Festas e Romarias:

Festa em Honra de S. Pedro - 29 de Junho (quando não coincide com o Domingo, realiza-se no Domingo posterior a esta data. 

Festa em Honra de Nossa Senhora da Saúde da Serra - 13, 14 e 15 de Agosto 

Festa em Honra de Nossa Senhora das Necessidades -1º Domingo de Agosto 

Festa em Honra de Nossa Senhora da Piedade - 3º Domingo de Agosto 

Festa em Honra de S. Gonçalo - 10 de Janeiro 

Festa em Honra do Mártir S. Sebastião - 20 de Janeiro

 

 Santa Casa da Misericórdia

A Instituição:

A Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra foi fundada em 1952 e encontra-se registada no livro 2 das Irmandades da Misericórdia, sob o nº 7/86. A instituição constituída por tempo ilimitado, tem a sua sede no Lugar de Coelhosa, freguesia de S. Pedro de Castelões.Tem por objectivo a satisfação de "carências sociais e praticar actos de culto católico, de harmonia com o seu espírito tradicional, informado pelos princípios da doutrina e moral cristãs".

Breve Historial:

Durante os primeiros anos da sua existência a Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra empenhou-se em adquirir um terreno e elaborar o projecto de um Hospital. Preparava-se para iniciar as obras quando surgiu o 25 de Abril, pelo que não chegou a concretizar-se a construção conforme previsto.De imediato, iniciaram-se planos para desenvolver respostas ns áreas da infância e Idosos.Em 1983 entrou em funcionamento a Creche e Jardim de Infância, em Coelhosa, S. Pedro de Castelões.Em 1988, mediante protocolo com o Ministério da Justiça e o Ministério do Emprego e Segurança Social, foi construído um Centro de Acolhimento de menores de ambos os sexos, até aos seis anos de idade. Em 1990 iniciou a construção de um Lar de Idosos e Centro de Dia.Em 1993 procedeu à abertura de um ATL, situado na freguesia de Macieira de Cambra. 

Freguesia de Vila Chã

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Apontamento Histórico e Geográfico:

Vila Chã é a freguesia sede do concelho de Vale de Cambra.Ocupa um território de 686 ha, com os seguintes limites: Norte - Carregosa e Vila Cova de Perrinho, Sul - Castelões, Oeste - Ossela e a Este - Macieira de Cambra.

Esta freguesia estava também incluída no foral Manuelino concedido a Macieira de Cambra. Fez parte do concelho de Oliveira de Azeméis, pela supressão do concelho de Maceira de Cambra, e voltou a pertencer-lhe a 13 de Janeiro de 1898. Com a extinção do Concelho de Macieira de Cambra 1926, passou a ser sede do concelho de Vale de Cambra."...com o alvorecer de 1927, a sede concelhia passaria para o lugar da Gandra, fulcro da freguesia que «ocupa a parte norte de Vale de Cambra verdadeira terra chã, onde se reúnem várias linhas de água: rio Vigues, rio Trancoso, ribeiro de Cães, ribeiro de Pelamos...». 

Actividades Principais:

Vila Chã é por excelência o núcleo urbano do concelho de Vale de Cambra. Assim sendo, a agricultura sector principal de outros tempos, deu lugar à industria e ao comércio.A indústria, actividade predominante, ocupa grande percentagem da população activa, sendo a taxa de desemprego bastante baixa nesta região. O destaque vai para as indústrias metalomecânica, lacticínios, madeiras e embalagens metálicas.O sector terciário é outro sector importante, concentrando-se em Vila Chã praticamente todos os serviços públicos e privados necessários à vida das populações deste concelho, nomeadamente: Câmara Municipal, Centro de Saúde, o Hospital, Repartição de Finanças, as Conservatórias do Registo Civil e Predial, o Tribunal, os Correios, os Bancos, assim como um grande número de estabelecimentos comerciais diversificados.

Festas da Freguesia:

Sto. António - 9 a 13 de Junho 

S.Brás e Sra. Candeias - 1º Domingo de Fevereiro 

Sra. das Dores - 19 de Setembro

 

Património Artístico e Cultural:

Igreja Matriz 

Santuário de Sto. António 

Capela de N. Sra. das Dores 

Casa de Refojos

 

Povoados e casais: 

 

Vila Chã, Boucinha, Cancela, Corredoura, Revesa, Gandra, Leiras, Lordelo, Moradal, Moinho Verde, Picão, Pedreira, Portela, Refojos, Relva, Regadas e Teamonde. 

Freguesia de Vila Cova do PerrinhoBreve apontamento histórico da freguesia:

A freguesia de Vila Cova de Perrinho é muito antiga. Prova dessa antiguidade são os achados arqueológicos descobertos nos terrenos desta freguesia.Segundo o Padre D. Domingos de Pinho Brandão, os achados do monte crasto, no ano de 1959, são datados do final da Idade do Bronze. Esses achados constam das seguintes peças: machado de alvado; dois cinzéis; um machado de

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latão de face plana; um machado de latão de dupla canelura; fragmento de uma pulseira; um colar; um vaso de cerâmica; diversas mós oblongas.No século XII surge mencionado o monte "porrino" num documento de troca entre Gonçalo Soares e D. condessa no ano de 1101. O povoamento muito antigo esta freguesia deverá datar do seculo XVI ou XVII. Foi honra, isto é, terra com previlégios e isenta de certas imposições Régias do senhorio dos condes da Feira, segundo o cadastro de 1527, ao tempo de D. João III. Em 1708 pertencia a freguesia de Rôge, depois à de Carregosa e ainda à de Codal. Em 06/08/1940 torna-se independente.Pertenceu à comarca de Arouca, Oliveira de Azeméis e actualmente pertence à de Vale de Cambra.Também pertenceu ao concelho de Macieira de Cambra e ao de Oliveira de Azeméis. Na actualidade é freguesia do concelho de Vale de Cambra.

Festas da freguesia:

Padroeiro: S. João Baptista -  dia 24 de Junho

Locais de Interesse:

Paisagens rurais 

Vestígios da cultura castreja 

Devesa e zona do Pisão (moinhos - cultura do linho) 

Igreja Matriz (altares em talha) 

Igreja Matriz - Igreja de S. João Baptista, datada dos começos do Século XVIII. possui pilastras nos ângulos, alargando-se para a direita de forma a abranger o corpo do campanário, de uma só ventana, rematada por pináculos e cruz. de composição habitual: corpo, santuário e sacristia. Por cima da empena da porta principal, abre-se um pequeno óculo circular e de esbarro. No seu interior, podemos ver o retábulo principal, datado do primeiro terço do século XVIII, época joanina, com vão do trono introduzido por molduramento oval, tendo em cada lado duas colunas torcisa e enros. Foi limpa e restaurada em 1959/1960. Encontra-se em obras de reparação e beneficiação tendo em vista recuperar a sua traça antiga; 

Cruzeiro 

Decorado com rosetas sobre plataforma de dois degraus, ergue-se no terreno em frente da igreja; cruzeiro da primeira metade do século XVIII. Grande cruz, de braços iguais e secção quadrada. Tem as faces ornamentadas de forma a parecerem almofadadas.

Parque natural Pisão dos Lagos que inclui um engenho do linho, parque de merendas e moinhos.

 

 

 

 

Centros de apoio:

A freguesia de Vila Cova de Perrinho tem um Centro Cívico, que serve de apoio a todas as colectividades, jardim de infância e telescola. Tem ainda um centro social e um parque desportivo, com campo de futebol de 11.

 

Actividade predominante:

Agricultura, pequena e média indústria de calçado e metalomecânica

Povoados: 

Fundo d'Aldeia 

Meio do Lugar 

Cimo do Lugar 

Pena 

Rio 

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Rossio 

Viso da Mó 

Aido