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Comemoramos um ano na rede. O História em Debate, tem cumprido seu papel de indagação e reflexão historiográfica , num exercício bastante instigante no processo de produção do conheci- mento... Pagina 10 JORNAL ON-LINE DE HISTÓRIA DA FAVA - ANO II—4ª EDIÇÃO—FEVEREIRO/JULHO DE 2010 EDITORIAL A proposta encampada pelos alunos de História, segue firme em seus propósitos. A veicula- ção das atividades acadêmicas por meio deste veículo e do canal de vídeos, conseguiu for- necer uma cara nova ao curso de História da FAVA. Pagina 2 PÁGINA 4 PÁGINA 4 PÁGINA 4 PÁGINA 4 PÁGINA 5 Projetos do Curso Projetos do Curso Projetos do Curso Projetos do Curso pagina pagina pagina pagina 12 12 12 12 Equip e: Al eciana, Gilberto e Mayr a

História em Debate 4 ª Edição

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Esta Edição contempla os trabalhos do quarto ano do curso de história da FAVA, alem dos alunos e professores convidados, contruibuindo e instigando a Pesquisa academica.

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Page 1: História em Debate 4 ª Edição

Comemoramos um ano na rede. O História em Debate, tem cumprido seu papel de indagação e reflexão historiográfica , num exercício bastante instigante no processo de produção do conheci-mento...

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JORNAL ON-LINE DE HISTÓRIA DA FAVA - ANO II—4ª EDIÇÃO—FEVEREIRO/JULHO DE 2010

EDITORIAL

A proposta encampada pelos alunos de História, segue firme em seus propósitos. A veicula-ção das atividades acadêmicas por meio deste veículo e do canal de vídeos, conseguiu for-necer uma cara nova ao curso de História da FAVA.

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PÁGINA 5

Projetos do CursoProjetos do CursoProjetos do CursoProjetos do Curso

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Equipe: Aleciana, Gilberto e Mayra

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ExpedienteExpedienteExpedienteExpediente

DIREÇÃO INSTITUCIONAL—Diretora Presidente: Dinorá Ferreira de Oliveira Fazio / Diretor Administrativo: Luiz Augusto Fazio / Diretor Acadêmico: Rodrigo Fazio / Diretor Acadêmico Adjunto: Niwton Drey D. dos Santos Conselho Edito-Conselho Edito-Conselho Edito-Conselho Edito-rialrialrialrial————Coordenação do Curso: Profª. Ms. Sandra Rodart Araújo / Proponentes do Projeto: Profª. Ms. Aleciana Vasconcelos Ortega, Gilberto Abreu de Oliveira e Mayra Cristina Amaral Machado / Revisão: Prof. Ms. Jacques Elias de Carvalho / Diagrama-ção: Gilberto Abreu de Oliveira / Agradecimentos: A Direção, Professores e alunos que se esforçaram para a realização deste Informativo Universitário. Os artigos aqui publicados são de responsabilidade de seus respectivos autores

PPPP Á G I N AÁ G I N AÁ G I N AÁ G I N A 2222 AAAA N ON ON ON O I I , EI I , EI I , EI I , E DDDD . 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4 JJJJ O R N A LO R N A LO R N A LO R N A L D ED ED ED E HHHH I S T Ó R I AI S T Ó R I AI S T Ó R I AI S T Ó R I A

Jornal On-line do Curso de História da FAVA Av. Presidente Dutra, 1500 —

Setor Universitário Cassilândia MS Tel. 3596-5538.

www.favams.com.br www.youtube.com.br/historiaemdebate http://issu.com.br/doc/historiaemdebate

Estudar História nos capacita a ter um entendimento da realidade social na qual estamos inseridos. A compreensão de conceitos histórico-culturais de um determinado momen-to histórico, auxilia os indivíduos a pensarem de forma críti-ca e reflexiva e a se posicionarem diante de determinados conflitos existentes na sociedade .

Posto isto, o projeto encampado pelos alunos de Histó-ria, segue firme em seus propósitos. A veiculação das atividades acadêmi-cas por meio deste veículo e do canal de vídeos, conseguiu fornecer uma nova cara ao curso de História da FAVA. Hoje é com grande satisfação que apresentamos mais uma edição do História em Debate.

Os estudos de História, vem sendo cada vez mais re-pensados tendo as ‘certezas abaladas’ ao longo do tempo, e como nos lembra Roger Chartier em um de seus artigos: “Abalada suas certezas mais bem-ancoradas, a história também se defrontou com vários desafios” (CHARTIER, 1994, p.5) , nesse caminho de dúvidas e incertezas é que o projeto cumpre seu papel, fundamental para consolidação de um curso que vise a prática docente e a iniciação a pesquisa.

Nessa edição contamos com a participação de alunos que instigados pelo universo da pesquisa, apoiaram o proje-to escrevendo, pensando e repensando o papel da História e da historiografia na vida acadêmica. Desta feita, os trabalhos visam contribuir no debate iniciado a um ano. Além dos iniciantes na pesquisa, e dos professores que colaboram

sempre com o projeto, os acadêmicos do 4º ano do curso, inspirados em Michel de Certeau, apresentam aqui seus res-pectivos temas de monografia a serem defendidos neste ano, com propostas bastante interessante. Isso mostra que nossos esforços não foram em vão.

Não devemos nos esquecer que em 2010, o Projeto com-pleta um ano na rede, e devemos isso aos esforços dos do-

centes e discentes envolvidos nesse processo de criação e divulgação desses trabalhos. O curso de História da FAVA já consolidado na cidade e na região tem como papel fundamental o fomento

a pesquisa e a produção de trabalhos que falem sobre o lugar que se inserem.

Tais reflexões buscam apresentar a comunidade um cur-so de História disposto a fazer um diálogo maior com o ‘lugar social’ a qual ele se insere, divulgando que esse é um curso de Licenciatura em História que produz bons trabalhos e que merecem toda legitimidade de um curso superior.

Assim, esperamos contar com mais alunos neste ano, com idéias, ajuda, sugestões que são mais que pertinentes uma vez que o processo de construção do saber é mediado pela troca de idéias e experiências, fator cada vez mais é notado no curso.

Abraços, boa leitura, e ate a próxima edição.

Gilberto Abreu de Oliveira

4º Ano de História

É com imensa alegria que recebemos mais uma edição do jornal História em Debate, fato este que nos deixa orgulhosos pela iniciativa e a dedicação de seus idealizadores.

Apesar de sua curta existência, este jornal já se transformou no principal meio de comunicação dos alunos do curso de História, onde a família acadêmica pode mostrar as vantagens e a paixão que o curso desperta em seus futuros historiadores, assim como expor opiniões e projetos desenvolvidos dentro e fora da faculdade.

A História é de extrema importância em nossas vidas, pois por meio dela podemos

traçar nossas ações no presente, bem como no futuro.

Na verdade, todos vivenciamos a história a partir do momento em que fazemos parte deste mundo, onde o presente coloca questões perti-nentes aos passado estudado. Sempre estaremos participando da história, seja em nossas famílias,

empresa ou cidade em que vivemos. Algumas pessoas se destacam em um momento histórico quando de atitudes e ações realizadas no dia - a – dia.

E é ai que entra a função do historiador. Ele estuda os fatos, os costumes e a vida destas

pessoas para depois retratar de forma clara e objetiva para que todos consigam entender os princípios e os porquês destes fatos terem ac-

ontecido.

Esperamos que todos tirem proveito desta ferramenta e que ela se torne útil para o aprimoramento de nossos con-hecimentos, não só dentro da história, mas de uma forma generalista e com

um bom desenvolvimento da leitura.

Rodrigo Fazio

Mestre em História pela UFU

Diretor Acadêmico da FAVA

UM ANO DE HISTÓRIA EM DEBATE:

IDÉIAS E PERSPECTIVAS

“A veiculação das atividades forne-“A veiculação das atividades forne-“A veiculação das atividades forne-“A veiculação das atividades forne-ceu uma nova cara ao curso “ceu uma nova cara ao curso “ceu uma nova cara ao curso “ceu uma nova cara ao curso “

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“Não compete ao poeta narrar exatamente o que aconteceu; mas sim o que poderia ter acontecido, o possível”

Aristóteles, Arte Poética

AAAA N ON ON ON O I I , EI I , EI I , EI I , E DDDD . 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4

A proposta de reunir nesta edição, os prospectos das monografias elaboradas pela turma do 4º ano de História, nasceu das discussões da disciplina Métodos e Técni-cas de Pesquisa em Histó-ria II . Os debates suscitados durante as aulas foram fun-damentais para a elaboração final dos trabalhos que ora se apresentam. Desta feita, é com grande satisfação que expomos os primeiros resul-tados destas pesquisas. Ain-da, é preciso realçar o empe-nho individual e coletivo da turma, que tomaram para si, a árdua tarefa da pesquisa. Em um tempo onde estas questões teóricas parecem não mais despertar paixões o que se vislumbra é um grupo afoito pelo saber histórico.

As paixões puderam ser experimentadas nos mais variados temas, como aque-les que optaram pela retoma-da do Regional no seu diálo-go com a História do Brasil, este debate pode ser visto no texto do. A memória da polí-tica do município de Itajá-GO será realçada pela aluna Jonimar Aparecida Borges, ao retomar as sucessões dos Prefeitos na cidade. A ques-tão local/regional pode ser apreendida, ainda, pelo tra-

balho da aluna Sandra Regi-na Mendes da Silva ao reto-marem a História de Cassil-ândia/MS por meio da sua mídia impressa: “O Jornal”, que dialoga com as reporta-gens políticas do periódico nos anos que coincidem com o Golpe de Estado Brasilei-ro, ou seja, os primeiros anos de funcionamento do jornal de 1980 a 1985. Em conso-nância com estas prerrogati-vas, podemos destacar o trabalho de Marly Martins Silva sobre os questiona-mentos em torno das propos-tas de divisão do Estado de Mato Groso .

A diversidade dos temas pode ser conferida pelo tra-balho da aluna Mariele Apa-recida Ferreira de Souza, que realiza um diálogo com o DIP (Departamento de Im-prensa e Propaganda) do Governo Vargas, o tema é proposto principalmente a partir das imagens produzi-das pelo órgão.

Destarte, os trabalhos que se ligam de uma forma mais direta às questões conceitu-ais da História Cultural se avolumaram nesta turma de 2010. Num primeiro plano, aqueles que dialogam o do-cumento fílmico para a pro-

dução da História podem ser conferidos nos prospectos dos alunos, Marcelo Silva Paulino de Oliveira, Devânia Aparecida Alves Romualdo . Retomado mais uma vez, o tema da Ditadura Militar , é comentado pelo aluno Mar-celo com o filme O ano que meus pais saíram de férias (2006) do diretor Cao Ham-burger. Já a aluna Devânia, retoma o binômio História e Ficção com o documentário Ônibus 174 (2002) dirigido por José Padilha. Ainda em consonância com os ditames da História Cultural, o traba-lho de Elaine Cristina de Souza apresenta contornos interessantes tomando o de-bate História e Literatura para discutir a temática da crise cafeeira, iniciada em 1930, a partir do livro Terra Vermelha. E é por tudo isso que continuamos firme na tarefa de despertar o gosto pela pesquisa! Acreditamos no amor pelo conhecimento, aqui, verificado na excelên-cia dos trabalhos divulgados. É mister lembrar que esta empreitada só foi possível pelo empenho dos Professo-res do Curso e pela disponi-bilidade e garra dos alunos de abraçarem seus temas e produzirem seus trabalhos.

Como nos lembra Roger Chartier, […] o trabalho de todo historiador está dividi-do entre duas exigências. A primeira, clássica e essenci-al, consiste em propor a inteligibilidade mais ade-quada possível de um objeto, de um corpus, de um proble-ma. É por essa razão que a identidade de cada historia-dor lhe é dada por seu tra-balho em um território parti-cular, que define sua compe-tência própria. (CHARTIER, 2002, p. 17/18)

Assim, o nosso território particular é o Curso de His-tória da FAVA e a identida-de do Curso é dada pela am-plitude dos textos que serão defendidos ao final desta Primavera! Desta feita, dese-jamos que as palavras histo-riográficas aqui contidas sejam de muito proveito para os amantes da História. Boa leitura!

Ms. Sandra

Rodart Araújo

Coordenado-ra do Curso de História da

FAVA

Realizou-se no dia 12 de Fevereiro, nas dependências da Faculdade Vale do Aporé, a Aula Inaugural promovida pelos cursos de História , tendo como proponente o Prof. Ms. Gilson Vedoin, que estruturou sua

aula, de uma forma bastante reflexiva, trabalhando com questões sobre a Fernão Lopes e a Nova Historia

Utilizando recursos discursivos que nos mostram a relação entre Fernão Lopes e os historiadores de um outro tempo, buscando sempre um debate reflexivo com os participantes da palestra, que contou com alunos do curso de História da FAVA. As palavras do professor foram mais que instigantes no sentido de pensar o papel da nova História

nas pesquisas historiográficas. Confira mais fotos na galeria do site da FAVA

POR UM DEBATE TEÓRICO METODOLÓGICO:

MONOGRAFIAS DO CURSO SE HISTÓRIA DA FAVA

PRIMAVERA DE 2010

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ENCONTRO REGIONAL DA ENCONTRO REGIONAL DA ENCONTRO REGIONAL DA ENCONTRO REGIONAL DA ANPUH de MS.ANPUH de MS.ANPUH de MS.ANPUH de MS. Neste ano de 2010, o evento realizado pela ANPUH

(Associação Nacional de História) de Mato Grosso do Sul, foi organizado pelo Curso de História da UFMS – Campus de Três Lagoas , e estruturado concomitantemente com o Sim-pósio Internacional de História, e com a XIII Semana de Histó-ria da UFMS/CPTL, com o tema: “As muitas (In) dependências “As muitas (In) dependências “As muitas (In) dependências “As muitas (In) dependências as Américas: dois séculos de História”.as Américas: dois séculos de História”.as Américas: dois séculos de História”.as Américas: dois séculos de História”.

O Curso de História da FAVA de Cassilândia foi repre-sentado pelos acadêmicos: Aline Rita de Cássia, Fagner Mes-sias, Messias Junior (3º Semestre); Daniela Gonzaga (1º Se-mestre); Junio Carlos Borges Dias, Vanildo Martins (3º Ano); Gilberto Abreu de Oliveira, Maria Divina de Lima, (4º Ano) contou ainda com a participação dos Graduados pela Institu-ição; Mayra Cristina Amaral Machado, Maxssuel e Neusa. Os Professores do curso: Sandra Rodart Araújo, Jacques Elias de Carvalho e Leonardo Brandão, também deram sua contribui-ção com as apresentações nos simpósios temáticos.

Realizado entre os dias 13 a 16 de julho, o evento congregou pesquisadores de das Instituições do estado que oferecem curso de história. Contou com dezenove minicur-sos, que buscaram realizar uma reflexão específica voltada para um saber crítico e politizado. Os participantes puderam trocar idéias e experiências do Alojamento aos Simpósios temáticos, este ultimo, teve a função de apresentar o que é produzido no Estado de Mato Grosso do Sul, referente ao conhecimento Histórico.

Fotos na galeria do site: www.favams.com.br

Videos: www.youtube.com.br/historiaemdebate

ALUNOS DE HISTÓRIA PARTICIPAM DE JORNA-

DA EM JALES No ano de 2009, a Faculdade Vale do Aporé, foi representada pela pro-fessora Aleciana Vasconcelos Orte-ga, que apresentou dois trabalhos

voltados para informática e educação, onde recebeu colocações de grande valia para seus projetos. O aluno Gilberto Abreu de Oliveira buscou problematizar a profissão de professor/historiador, discutindo a relação entre teoria e pratica como fun-damentais no processo de formação profissional dos estudantes de História, suscitando uma série de questões pela banca exami-nadora.

Neste ano, a Faculdade volta fortalecida. proposta temáti-ca do acadêmico para a Jornada neste ano referia-se ao cinema enquanto objeto de estudo para o Historiador, intitulada: A pes-A pes-A pes-A pes-quisa em História: o cinema como documento para o historia-quisa em História: o cinema como documento para o historia-quisa em História: o cinema como documento para o historia-quisa em História: o cinema como documento para o historia-dordordordor..Já Mayra Cristina Amaral Machado, recém formada pela FA-VA instigada pelo universo acadêmico, propôs uma análise de todo processo de construção e produção de um dos filmes mais polêmicos dos últimos anos:Estética e História: processo de pro-Estética e História: processo de pro-Estética e História: processo de pro-Estética e História: processo de pro-dução do filme Tropa de Elitedução do filme Tropa de Elitedução do filme Tropa de Elitedução do filme Tropa de Elite,. Não podemos esquecer-me do aluno Junio Carlos Borges Dias, do 3º ano de História que inspira-do pela Jornada, fez reflexões bastante interessantes e já come-çou a pensar em seu tema de pesquisa, uma vez que o momento em que ele se encontra é de duvidas e incertezas.

Confira o Vídeo no Youtube: História em Debate: na estra-História em Debate: na estra-História em Debate: na estra-História em Debate: na estra-da da da da

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Primeiro de Maio: Ao trabalhador...

Pediste-me algo: escreve sobre o trabalho, sim!

“o trabalho” aquele do primeiro de maio.

Se “vos desse falarei” peço permissão aos clássicos da poesia

brasileira, para então perscrutar: quem são esses?

Os chamados trabalhadores [...]

um herói? Sim! Um herói desses que levanta ao romper dá alva, e sai a labutar nos frascos do trabalho árduo, uma gota:

uma gota de aroma que sacie teu ser.

Se me deste a honradez de pronunciar singelas palavras a es-

ses tão nobres valentes; reservo-me chamá-los heróis.

Pois assim nomeia-se aos vencidos, que vencem dia após dia.

Eis que agora vos conclamo a falar, um mestre Vinicius de Mo-

raes:

“Era ele que erguia casas

Onde antes só havia chão.

Como um pássaro sem asas

Ele subia com as casas

Que lhe brotavam da mão.

Mas tudo desconhecia

De sua grande missão:

Não sabia, por exemplo

Que a casa de um homem é um templo

Um templo sem religião

Como tampouco sabia

Que a casa que ele fazia

Sendo a sua liberdade era sua escravidão[...]”

Trecho do Poema Operário em Construção de Vinicius de Moraes.

Vanildo Martins de Souza

3º Ano de História

DICAS DE LEITURA: MTPH: CERTEAU, M. A Escrita da História . Brasília: Ed. UNB, 2007.

História da Arte : FISCHER, E. A Necessidade da Arte . São Paulo: Cia das Letras, 2005.

História Contemporânea: HOBSBAWN, E.. A Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras, 2004.

História Regional: SILVA, M.A. (org.) República em Migalhas: História Regional e Local . São Paulo: Editora,.

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MURAL DE FOTOS

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A QUEDA DO CAFÉ: UMA ANÁLISE HISTÓRICA

Michel de Certeau lembra que em História, tudo começa com o gesto de separar de reunir de trans-formar em documentos.Assim nossa proposta é pensar em uma leitura crítica sobre a obra Terra Terra Terra Terra VermelhaVermelhaVermelhaVermelha, que aborda justamente os problemas gerados pela crise da lavoura cafeeira. Primeiro in-dício deste deslocamento não há trabalho que não tenha que utilizar de outra maneira os recursos conhecidos. Relatar os impactos sociais causados pela crise do café e também as conseqüências ne-gativas causadas pela economia e a reação de mui-tas famílias é uma das propostas deste trabalho.

Com as chegadas dos imigrantes para trabalhar na lavoura de café, muitos deles eram tratados pe-los senhores de café como escravos, mas com mui-ta dedicação em seus trabalhos alguns deles con-seguiram uma vida melhor ou até mesmo a com-prar suas próprias propriedades.

Também faz-se necessário um balanço referente a famosa crise do café, que faz parte da história de muitas famílias que sofreram suas conseqüências.

Com a safra de café sem comprador provocou a ruína das famílias cafeeiras que eram acostumadas com seus gastos abusivos que não poderiam mais tê-los, e muitos fazendeiros se suicidaram-se ao se verem na miséria.

Assim, a proposta deste trabalho é refletir sobre tais pressupostos como fundamentais no encami-nhamento de analises históricas sobre o assunto, a partir de fontes específicas, pensadas antes, a prio-ri, pois como nos lembra Michel de Certeau: O esta-belecimento das fontes solicita também, hoje, um gesto fundador, representado pela combinação de um lugar de um aparelho e de técnicas.

Elaine Cristina de Souza

Graduanda em História pela FAVA

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C O N C E I T O D E E T H O S

O ethos em Aristóteles faz parte, com o ‘’logos‘’ e o ‘’pathos’, da trilogia aristotélica dos meios de prova (Retórica I: 1356a), e é abordado de duas ma-neiras diferentes: por um lado designa as virtudes morais que garantem cre-dibilidade ao orador, tais qual a prudência, a virtude e a benevolência (Retórica II: 1378a). Por outro lado, comporta uma dimensão social, na medida em que o orador convence ao se exprimir de modo apropri-ado a seu caráter e a seu tipo social (Eggs, 1999:32).

A integração do termo ethos às ciências da lin-guagem encontra uma primeira representação na teoria polifônica da enun-ciação de Oswald Ducrot. Na pragmática, a noção de ethos é abordada como imagem. Segundo Ducrot (1987), o segredo do ora-dor ao estabelecer seu ethos, é atribuir a si mes-mo uma imagem favorá-

vel que seduza o ouvinte, e isso ele consegue com a fluência, a entonação, calorosa ou severa, a esco-lha das palavras e os argu-mentos. (Ducrot, 1987, p.188-189).

E T H O S E M A -N Á L I S E D O D I S -C U R S O

A elaboração da noção de ethos na analise do discurso é pesquisada nos trabalhos de Dominique Maingueneau (Genèse du Discours: 1984o). O enun-ciador deve legitimar seu dizer: em seu discurso, ele se atribui uma posição institucional e marca sua relação a um saber. No entanto, ele não se mani-festa somente como um papel e um estatuto, ele se deixa apreender também como uma voz e um cor-po.

Maingueneau (1984) relaciona a noção ethos à noção de tom; a noção de tom substitui com vanta-gens a noção de voz, à medida que remete tanto à escrita quanto à fala. “O tom se apóia sobre uma

dupla figura do enuncia-dor, a de um caráter e de uma corporalidade’’(1984:100).

O referido autor rela-ciona ethos à noção de estereótipos; essa reflexão considera a representação da imagem discursiva de si; ancorada em estereóti-pos, a construção de uma imagem de si se dá em relação a representações coletivas cristalizadas.

Maingueneau (1984) observa ainda o ethos prévio, que é a imagem que o auditório faz do locutor no momento que este toma a palavra. Se-gundo o autor, o locutor tenta consolidá-la, retificá-la, retrabalhá-la ou atenuá-la.

A t í t u l o d e c o n c l u s ã o , a p o n -t a m o s a s o b s e r v a -ç õ e s d e B a r t h e s s o b r e e t h o s. B a r -t h e s a r g u m e n t a q u e a s c a r a c t e r í s -t i c a s e s s e n c i a i s d o e t h o s e m q u a l -q u e r d i s c u r s o ,

s e j a e l e o r a l o u e s c r i t o , s ã o o s t r a ç o s d e c a r á t e r q u e o o r a d o r d e v e m o s t r a r a o a u d i -t ó r i o ( p o u c o i m -p o r t a s u a s i n c e r i -d a d e ) p a r a c a u s a r b o a i m p r e s s ã o ; s ã o o s a r e s q u e a s s u m e a o s e a -p r e s e n t a r . “ O o r a -d o r e n u n c i a u m a i n f o r m a ç ã o e a o m e s m o t e m p o d i z : e u s o u i s t o , e u n ã o s o u a q u i l o ’ ’ ( B a r t h e s a p u d M a i n g u e n e -a u , 2 0 0 4 p . 9 8 ) .

Objetivamos analisar no projeto de pesquisa, propagandas vinculadas à mídia televisiva brasileira; como exemplo do ethos presente no corpus do trabalho, apontamos a propaganda da cerveja Skoll, sobretudo a que retrata uma cena de casa-mento.

R1- Eu Antonio pro-meto ser... pera a-í ...preciso saber uma coisa antes....se ela pro-

mete ficar gostosa sem-pre...não é que...eu por exemplo, sou fiel a skoll, skoll é gostosa, não muda nunca...a mãe por exem-plo, ficou um bucho.

Antonio, o noivo, rompe aqui com o ethos prévio e com o ethos insti-tucional a que se refere Maingueneau. Assim como o estereótipo impu-tado ao noivo, pois a ima-gem prévia que se tem de um noivo é a de que ele repita o discurso em tom resignado e de obediência, uma vez que o gênero discursivo ‘’casamento’’ já está cristalizado e insti-tucionalizado. O noivo em questão assume um tom de desinteresse, tanto pelo casamento vinculado pela instituição da Igreja, quan-to pela noiva.

Maria de Lourdes Cerezer UEMS /UUC

.

Este O filme “O ano que meus pais saíram de férias” trata-se de busca representar uma da a historia recente do Brasil, que e no período militar, foi mar-cado por uma ditadura (um regime de governo que cerceia ou suprime as liber-dades individuais, um excesso de autori-dade) de tirania excessiva, a democracia já que não existia mais, neste período recente da historia brasileira, vigorava a censura, e ate os direitos mais simples do homem eram repreendidos, sendo este um momento muito cruel. Representando esse momento a parir de dois focos, a historia dois momentos opostos: primei-ro, situação o país passava por um trans-formação política muito radical e san-grenta, onde a repressão aos direitos hu-manos, que talvez foi a pior de todas, tirava o direito de expressar seus senti-mentos idealismo, ideais políticos e tantos outros, a ditadura militar imposta pelos militares através de um golpe mili-tar. O outro momento que o país passava, era a expectativa do futebol, mais uma vez campeão mundial, esses dois lados

eram muito importante para historia do começo dos anos setenta.

O filme em questão , gravado em 2006, tenta resgatar um pouco a historia recente brasileira, retratar problemas políticos e sociais da época. O diretor Cao Hamburger um estreante neste tipo de trabalho, pais só tinha feito um traba-lho que foi destinado ao publico infantil, fala desta vez por perspectiva diferente e com um estilo totalmente diferenciado. Trata-se de duas temas destinos, a repre-ensão e a paixão nacional pelo futebol.

Como sabemos O cinema ou qual-quer outra fonte áudio visual é uma exce-lente veículo com capacidade de retratar um momento histórico, pois como nos lembra Marc Ferro é:

Necessário aplicar esses métodos a cada substancia do filme (imagens, imagens sonoras, imagens não sonorizadas), às rela-ções entre os componentes dessas substancias; analisar no filme principalmente a narrativa, o cenário, o texto, as relações do filme com o que não é filme: o autor, a produção, o publi-co, a critica, o regime. Pode-se assim esperar

compre-ender não somente a obra como também a realidade que representa (FERRO, 1975, p.6)

As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pes-quisa histórica, do ponto de vista metodo-lógico, são vista pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadoras, mais seu estudo e paradoxal. Por outro lado, as fontes audiovisuais (cinema tele-visão e registros sonoros em geral)são consideradas por alguns, tradicionais e erroneamente testemunhos quase diretos e objetivos da historia, de alto poder ilus-trativo, sobretudo quando possuem um caráter estritamente documental.

REFERENCIAS:

FERRO, Marc. O Filme – uma contra-análise da sociedade? In.: NORA, Pierre (org). História: Novos Objetos. RJ: Fran-cisco Alves, 1975

Marcelo S. P. de Oliveira

Graduando em História

pela FAVA

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS: ENTRE O CINEMA E A HISTÓRIA

ETHOSETHOSETHOSETHOS EM EM EM EM ANÁLISE DO DISCURSOANÁLISE DO DISCURSOANÁLISE DO DISCURSOANÁLISE DO DISCURSO

Page 7: História em Debate 4 ª Edição

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Desde que Mato Grosso do

Sul foi criado, existe uma dis-cussão acerca da identidade do estado. Alguns políticos defen-dem a mudança do nome do estado para Estado do Pantanal, sob alegação de que a população sul mato-grossense não tem uma identidade cultural. Durante a administração de Zeca do PT, foi lançado um projeto que pro-punha a mudança de nome, mas acabou ficando adormecido. Meses atrás, reacenderam nova-mente as chamas da discussão pelo motivo de Cuiabá ter sido escolhido representante do Pan-tanal durante a Copa Mundial de 2014.

Os defensores desta mudança acreditam que se MS se chamas-se Estado do Pantanal, os diri-gentes da FIFA e da CBF não escolheriam MT, porque se essa fosse a escolha, não saberiam explicar ao mundo porque a capital sul mato-grossense não fora escolhida. Um dos defenso-res é o empresário e publicitário Roberto Duailibe, que acredita que o nome tem grande valor, vale bilhões. Para ele, o nome “Pantanal” tem grande força e o compara com marcas como Coca-Cola, Microsoft e Chevro-let. Segundo Duailibe, trata-se de “um nome que está crescen-do espontaneamente e está vin-do como grande criação históri-ca da atual geração”. Para os que discordam, como por exem-plo, o senador Delcídio do Ama-

ral e o historiador e filósofo Hildebrando Campestrini, nós fazemos parte da história, mas não somos donos dela.

O nome do estado pertence à história do povo sul mato-grossense e não à nossa geração. Não é um bem material do qual nos apropriamos e nos auto intitulamos donos. A mudança de nome não é unânime, as regi-ões do estado que não estão próximas do Pantanal são total-mente contra, pois favoreceria apenas uma parcela da popula-ção. Quando questionado sobre este fato, Duailibe foi categórico dizendo que esta questão de distância é falsa e fez compara-ções, “quem mora nas proximi-dades do Monte Everest, tem orgulho de estar próximo. Nos Andes é a mesma coisa.” Parla-mentares defendem que a popu-lação deve escolher se altera ou não o nome do estado através de um plebiscito, mas a fala de Duailibe expressa bem o senti-mento de quem defende a mu-dança, ou seja, eles pouco se importam com o pensamento da população. Porque na verdade os beneficiados seriam a classe dominante. Enfim, as problemá-ticas que cercam o assunto são muitas e já causaram reações diversas tanto na população quanto nos defensores e críticos. Zeca acredita que a mudança do nome serviria para definir a identidade cultural do estado e com isso desvincular de vez a

imagem de MT. De acordo com ele, MS daria um passo decisivo para promover a cultura e o turismo no estado. Apesar de Cuiabá ser a capital, a região sul do estado estava mais próxima de São Paulo e a exploração da erva mate, regularização das viagens ferroviárias, sistemati-zação da pecuária, desenvolvi-mento sócio-econômico de vilas e cidades, fizeram com que Campo Grande se tornasse um pólo de desenvolvimento. Base-ados nestes aspectos, a elite divisionista trabalhou muito para que Mato Grosso do Sul fosse criado e acreditavam que o futuro seria próspero.

Em verdade, nos primeiros anos da criação, o estado teve um considerável crescimento, chegando a dobrar, na década de 1970, a população da capital Campo Grande. Mas, o estado vizinho correu atrás do prejuízo e oferecendo terras extensas, de baixo custo e férteis, fez com que a população passasse a mi-grar para Mato Grosso. Mato Grosso do Sul, que na década de 1970, chegou a dobrar a popula-ção de Campo Grande, no últi-mo ano cresceu apenas 1,05%. Mas, se desde a criação de MS, o estado nunca teve sua imagem desvinculada de MT, porque somente agora resolveram colo-car a questão da mudança de nome em pauta? Os defensores da causa dizem que estão tentan-do resgatar a identidade cultural,

mas será mesmo que temos uma identidade a ser resgatada? É possível que a mudança de um nome defina a identidade de um local, de uma população? Os que são a favor da alteração do nome de MS, acreditam que a população, por vezes se sente diminuída quando alguém se confunde e troca o nome, argumentam, na falta de outras razões, que o estado pre-cisa deixar de ser um pedaço do outro. Mas por outro lado, quem é contra, diz que a culpa não é nossa e não podemos nos sentir diminuídos porque alguém se confundiu, não somos pedaço de nada, somos um estado e deve-mos nos assumir e defender. Temos que superar este senti-mento de inferioridade e ter orgulho do que e de quem so-mos. REFERÊNCIAS

www.midiamax.com

www.cassilandianews.com.br

AMARILHA, Carlos Magno Mieres. Os intelectuais e o poder: história, divi-sionismo e identidade em Mato Grosso do Sul. Dissertação para ob-tenção do título de mestre. UFGD - Dourados, 2006.

BITTAR, Marisa. Sonho e realidade: vinte e um anos da divisão de MT. Artigo com base em dissertação para obtenção do título de mestre.UCDB – Campo Grande, 1999. Marly Martins Silva

Graduanda em História pela FAVA

MATO GROSSO DO SUL OU ESTADO DO PANTANAL: UMA QUESTÃO HISTÓRICA

Michel de Certeau é inspirador a todos que buscam organizar seus trabalhos de conclusão de Curso. Nesta edição contemplamos vários trabalhos que ajudados pelas idéias de CERTEAU, visam a organização e a elaboração de Monografias de Final de Curso, fundamental para um curso de humanas.

Leia um trecho do texto A ESCRITA DA HISTÓRIA, bastante utilizado nas aulas de Métodos e Técnicas de Pesquisa em História:

Em história, tudo começa com o gesto de separar, de reunir, de transformar em "documentos" certos objetos distribuídos de outra maneira. Esta nova distribuição cultural é o primeiro trabalho. Na realidade, ela consiste em produzir tais documentos, pelo simples fato de recopiar, transcrever ou fotografar estes objetos mudando ao mesmo tempo o seu lugar e o seu estatuto. Este gesto consiste em "isolar" um corpo, como se faz em física, e em "desfigurar" as coisas para constituí-las como peças que preencham lacunas de um conjunto, proposto a

priori.

Consulte: CERTEAU, M. Operação Historiográfica. In. A Escrita da Historia.A Escrita da Historia.A Escrita da Historia.A Escrita da Historia. RJ: Forense Universi-tária, 2002, p. 81

Page 8: História em Debate 4 ª Edição

PPPP Á G I N AÁ G I N AÁ G I N AÁ G I N A 8888 AAAA N ON ON ON O I I , EI I , EI I , EI I , E DDDD . 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4. 0 0 4 JJJJ O R N A LO R N A LO R N A LO R N A L D ED ED ED E HHHH I S T Ó R I AI S T Ó R I AI S T Ó R I AI S T Ó R I A

“O Educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente reforçar a capacidade critica do educando”

Paulo Freire—Pedagogia da Autonomia

OOSS DESAFIOSDESAFIOS DOSDOS JORNALISTASJORNALISTAS

Q uem vê grandes emissoras televisivas, os apresentadores de telejornais, logo pensam que jornalista é uma profissão de luxo e de alta remuneração. Mas essa idéia é errônea, se está com o intuito de engajar na profissão com essa concepção, CUIDADO! Jor-

nalista não tem horário fixo – mas de acordo com a lei são 7 horas – não tem feriado e agora não tem diploma! Mas tem muito poder, não é por acaso que Motta (2002) diz que “Imprensa é poder.”

Esse poder que a imprensa tem foi explicitado em vários momentos do cenário político mundial, se fizermos um recorte histórico do Brasil veremos, por exemplo, na ditadura militar que o Presidente Médici disse uma célebre frase: "Sinto-me feliz todas as noites quan-do ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante após um dia de trabalho." Vale ressaltar que o governo Médici ficou conhecido pelas propagandas patriotas e estimulou a venda de televisão para as pessoas assistirem os telejornais.

Só que para o jornalista exercer esse poder, é necessário que seja um profissional antenado a tudo e a todos, afinal ele não vai poder – caso trabalhe em um jornal de pequeno porte, cobrir apenas política ou esporte, não é suficiente, por isso, é necessário ler de tudo um pouco, até mesmo os “lixos literários” para ter uma boa visão de mundo e para saber discenir o que é bom e o que é ruim.

Em uma conversa ou entrevista, como preferirem falar, com a professora de jornalismo da UFG, Ana Carolina Rocha Pessoa Temer, que trabalhou na Globo Minas e uma TV educativa, nessa situação ela foi ao Campus da Universidade em que eu faço parte do corpo discente, a UNEMAT, e me disse que nessa profissão não ficamos rico, mas dá para fazer um viagem internacional a cada ano. Portan-to, antes de escolher qualquer profissão é necessário ver como que é sua afinidade com a função que irá exercer.

Referencia:

MOTTA, Luiz G. Imprensa e poder. Brasília: Editora UnB, 2002

Deivison Michel de Almeida

Graduando em Comunicação Social – Jornalismo pela UNEMAT-MT

No que se refere as opiniões que estão estabelecidas, a ponderar quanto a importância de resgatar a cons-cientização da sociedade, toma como objeto de análi-se a história local e oral como viés de análises de uma determinada região.

É evidente que poderíamos dizer que para um trabalho técnico que nasce através de um história oral, onde enfoque fatos ao desenrolar dos tempos na verdade, a história é minuciosa. Daí a questão referente ao pensamento de Certeau (2002) onde, “em história, tudo começa com o gesto de separar, de reunir, de transformar em documentos”.

A pesquisa: A vida do pioneiro, A vida do pioneiro, A vida do pioneiro, A vida do pioneiro, instalação e fundação da cidade de Itajá instalação e fundação da cidade de Itajá instalação e fundação da cidade de Itajá instalação e fundação da cidade de Itajá –––– GOGOGOGO, foi pen-sada como resgate do passado para compreender melhor o presente, a partir de depoimentos e relatos de pessoas que vivenciaram os acontecimentos no decorrer dos tempos, assim como nos lembra Janaína Amado no livro Usos e Abusos da História Oral, “refletir sobre uma tipologia das testemunhas desloca o centro da discussão sobre as fontes orais” como fun-damentais no encaminhamento de pesquisa deste

gênero.

Em entrevistas as pessoas determinam um estilo de vida pautadas entre seus depoimentos ativos quanto a construção histórica sendo grandiosa, onde há inúme-ras possibilidades de acumulo de dados e a quantida-

des de informações que são obtidas per-meando essas seqüência de estudo em que o fato de recorrer a essas fontes histó-ricas, analisa a seleção das testemunhas em função da análise.

De fato, com a função da análise de todos os objetos reunidos com enfoque na ob-servação da idéia do passado e presente de uma família em questão, que ligam-se a história de Itajá-GO, que no decorrer do tempo a definidas responsabilidades mu-nicipais para com as atividades publicas.

A partir disso, é interessante ressaltar que, é importante resgatar a história, pois leva aos conheci-mentos de um público interessado no fato dos aconte-cimentos que colocam novas perspectivas para a inter-pretação das transformações vividas pela população Itajaensse e a socieda-de brasileira.

Jonimar Aparecida Borges

Graduanda em História pela FAVA

HISTÓRIA LOCAL E ORAL: PROPOSTAS DE PESQUISAS

Você Sabia que... Você Sabia que... Você Sabia que... Você Sabia que...

Já foi aprovado no Senado Federal o Projeto de Lei que visa a regulamentação da profissão de historiador? Acompanhe os processos via internet, no site do senado ou no site da Anpuh Nacional.

Page 9: História em Debate 4 ª Edição

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“A História Humana nao se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais” Ferreira Gullar

Em História tudo começa com o gesto de separar, de reunir e trans-formar em documentos, certos obje-

tos distribuídos de outra maneira”

Michel de Certeau

Quando se escolhe um tema, deve ser algo que se gosta mui-to, pois devemos reunir tudo que fala sobre o assunto, mes-mo que esteja em lugares e ordens diferentes, pois tudo que fala sobre o assunto nos interessa, este é o primeiro trabalho. O historiador tem um trabalho técnico, onde se pega todos os documentos oficiais, e os selecionam de acordo com o olhar, necessidade e ordem do assunto. Ao fazer esta seleção de documentos estamos ampa-rados a desenvolver o assunto, usando sempre a teoria, pois ela nos serve de auxílio no que se fala, vendo sempre qual historiador podemos usar como suporte no trabalho, onde “[...] O trabalho é criado por ações combinadas, que os recortam no universo do uso, que vão procurá-lo também fora das fronteiras do uso, e que os

destinam a um reemprego coe-rente [...]”

A partir da escolha dos docu-mentos, selecionamos o que mais nos ajudariam e combina-riam no desenvolvimento do trabalho de forma coerente. Neste caso, o tema trabalhado é o documentário “Ônibus 174”, a escolha por este tema parte do gosto por cinema e conse-qüentemente fatos relacionados a sociedade e a violência urba-na. O seqüestro do Ônibus 174, foi um triste episódio da histó-ria de violência do país, ocorri-do no Rio de Janeiro em 12 de junho de 2000; o Brasil inteiro parou diante da televisão para acompanhar um homem que se chamava Sandro Nascimento, que havia sido sobrevivente da antiga chacina da Candelária, que após uma tentativa de as-salto que acabou não aconte-cendo, mantém os passageiros de um ônibus reféns durante uma tarde. Esse fato acabou com o seqüestrador e uma das reféns mortos, onde se mostrou um grande despreparo policial.

O fato foi retratado no docu-mentário do diretor José Padi-lha, em 2002. Em 2008, foi retratado em forma de ficção em um filme do diretor Bruno Barreto. Os documentos sele-cionados, que irão ajudar, é o próprio documentário em DVD, sendo o documento central do trabalho, alem de artigos, criticas, entrevistas com pessoas envolvidas no fato real, documentos encontrados na internet. Livros e seguindo também a visão dos historiado-res sobre cinema.

O texto de Certeau, nos coloca a pensar na divisão de capítu-los dentro do tema, a fazer uma narrativa a partir dessa divisão: “é o vestígio dos atos que mo-difica uma ordem recebida e uma visão social”

A partir dos vestígios deixados pelos fatos, cria-se a divisão de capítulos de acordo com a visão social, e para uma melhor compreensão das questões propostas:

No primeiro momento tratare-mos a idéia da construção do

docu-mentário, o porque, como foi feito, usando a idéia de Real-idade/Ficção: um fato real trazido para a ficção, analisan-do onde é real, onde é ficção. Usando como referencia textos que falam sobre a construção de documentários, história-cinema, e história-ficção.

Num segundo momento, fare-mos uma análise dos persona-gens, sua origem, quem são os autores, fazendo relação desses personagens com a violência urbana, onde usaremos livros que tratam a violência urbana, entrevistas com familiares, bandidos, pessoas que viram o fato ocorrer, e vitimas que estavam no ônibus.

No ultimo capitulo, faremos uma seleção de críticas sobre o documentário, feitas por histo-riadores e pessoas que falam sobre o assunto.

Devânia Apare-cida Alves R.

Assis Graduanda em História pela

FAVA

Realidade e Ficção no Documentário 174: um Diálogo com as Fontes

No ano de 2010 o curso de História da FAVA, esta implantan-do novos projetos para os alunos, estes que serão realizados no de-correr do ano sob a supervisão da recém formada pela FAVA, profª.

Mayra Cristina do Amaral Machado.

No 1º Bimestre os alunos do 1º ano do curso foram responsáveis por problematizar e compreender o processo de Inconfidencia Minei-ra a partir de questões referentes a uma figura histórica deste proces-

so: Tiradentes;

No inicio do 2º Bimestre o 3º ano do curso buscou refletir sobre o dia 1º de maio dia do trabalhador e sua construção histórica.

Confira as fotos no site da Instituição.

PROJETOS DO CURSO 2010PROJETOS DO CURSO 2010

Page 10: História em Debate 4 ª Edição

UM ANO DE HISTÓRIA EM DEBATEUM ANO DE HISTÓRIA EM DEBATEUM ANO DE HISTÓRIA EM DEBATEUM ANO DE HISTÓRIA EM DEBATE

Para escre-ver um documento são necessárias várias fontes de pesquisas, que são muito impor-tantes para a sua pró-

pria legitimidade da historia. Para produ-zir uma historia con-siste numa coleção de documentos, como por exemplo: fotos, jornais, textos, mas também depen-de muito do mo-mento em qual se passa pelo processo de transformação, onde a partir daí surge fatos para construção de uma história.

Por meio de um simples de um mate-rial, pode-se escre-

ver dado que resultam em produto utilizado para escrever historia que surge também varias interpretações a partir que tal docu-mento é explorado.

Que na verdade são coleções de resultados passados e conclusões após o documento a ser estudado. Os resul-

tados de pesquisas passadas são utilitiza-dos para fazer uma nova pesquisa para interpretar ainda no presente, é como se fosse uma sombra entre e passado que são conseqüências do que vivemos hoje. Podemos ainda tirar conclusões de docu-mentos para ser utili-zado no presente au-mentar e tirar novas conclusões de fatos vividos naquele mo-mento que se passou.

São resultados de fon-tes de um produto para o reprodutor, através de um fato é estudado como centro pesquisa para novas idéias e fatos narrados que são responsáveis pela fabrica de historia tornando se um domí-nio para o historiador que leva a compreen-der a produção de uma escrita concluída pelos historiadores, utilizada como fonte de pesquisas e estuda-dos e arquivos para

serem explorados, tornando indispensá-vel para a produção que implica para o desenvolvimento a produção de tais do-cumentos para a histo-ria.

Para o historiador que busca entender é es-crever todas essas atividades do ser hu-mano que compreen-de como uma opera-ção historiográfica, que constrói todo fato sendo ele construído e narrado pelo produto de um trabalho árduo.

O historiador estuda o caminho e as varias interpretações, e vari-as linguagens que o momento esboça para pesquisas técnicas, que são fontes de campos que resultam de estuda fatos e che-gando a interpreta-ções de acordo com aquele que vivencia-mos que somos res-ponsáveis pela a histo-ria com próprias mãos tornado se causas e efeito, que a historia

esta ligada a socieda-de no geral.

São várias interpreta-ções, conclusões, criti-cas numa combinação da historia e de uma escrita.

Sendo assim, a propos-ta monográfica sobre o DIP, tem vários a-pontamentos de como o Getulio Vargas criou uma ideologia de uma imagem de ilusão. São vários documentos narrando esse fato, que ele usa a imagem para criar uma ima-gem bonita para a sociedade. Ao chegar a essa conclusão, vá-rios documentos fo-ram utilizados para essa fonte de pesqui-sa. Nele surgiram vá-rias interpretações através de escrita co-mo nos livros: Os Do-nos do Poder, Corone-lismo, Voto e Enxada, Sociedade Brasileira, Getulio a Castelo, O Populismo Brasileiro e vários outros. Através desses textos, docu-mentos, publicações,

foram feitas reuni si varias interpretações, utilizada para criar escrita para a historia.

Com isso, surgem idéi-as para novas escrita, depoimento para construir fatos através de fatos e interpreta-ções a uma nova ima-gem de um grupo que produz a historia e o historiador.

Que são resultados de uma obra, ou aconte-cimento vivido naque-le momento do dia a dia, o historiador é responsável pela a historia que a socieda-de conhece de obras publicadas pesquisa-dos por vários historia-dores tornando um arquivo de estudos pelo autor a obra estu-dada e pesquisada.

Mariele Ap. F. de Souza

Graduanda em História pela FAVA

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É com grande alegria que comemoramos um ano na rede. O história em debate, tem cumprido seu papel de indagação e refle-xão historiografica , num exercício bastante instigante no processo de ensino aprendi-zagem. Nesta edição lançamos um novo visual com a cor símbolo do curso.

Aproveitamos para salientar o papel da insituição neste momento, que desde o

inicio aprovou e apoio o projeto, em nome da equipe do projeto agradecemos a todos os professores, alunos, que de forma direta ou indireta auxiliaram nesse um ano, e esperamos que essa comemoração conti-nue suscitando os debates mais que neces-sários.

Gilberto Abreu de Oliveira—Graduando em

História pela FAVA / Proponente do projeto.

“O único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender”

Carl R. Rogers

IMAGENS, LEGITIMAÇÃO E PROPAGANDA NA ERA VARGAS

Page 11: História em Debate 4 ª Edição

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O período de redemo-cratização brasileiro, sobretudo a década de 1990, foi marcado por um progressivo aumento da violência e dos índices de criminalidade. Um estu-do, divulgado em 2008, pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), apre-senta um Mapa da Vio-lência dos Municípios Brasileiros afirmando que entre 1996 e 2006 mais de 500 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. O resultado obtido pelo estudo é impressionante, já que, a quantidade de assassinatos ocorridos no Brasil neste ano supera os índices percebidos em zonas de guerras.

Outra comprovação apontada pelo estudo foi que, apesar de ser um problema generalizado

que atinge praticamente todo o país, há uma con-centração da criminalida-de nos grandes centros urbanos. O Ministério das Cidades revela que o processo de urbanização brasileiro, foi marcado pela escassa articulação entre programas habita-cionais e a política de desenvolvimento urbano, que esteve sempre volta-da para os interesses dos médios e grandes empre-endedores, acentuando um processo de exclusão social, deixando à mar-gem a população de baixa renda, desencadeando, na década de 1990, um aden-samento de favelas e bairros periféricos. A negligência do Estado e a ineficiência de políticas de segurança pública fizeram com que a violên-cia e a criminalidade proliferassem nessas regi-

ões, transformando-as em pólos de tráfico de drogas dominados por traficantes fortemente armados.

À medida que a cri-minalidade crescia, au-mentava também, a visua-lidade e a exposição des-sas regiões perante a mí-dia. Assim, é imprescin-dível destacar que a difu-são, a partir da década de 1990, de telejornais sen-sacionalistas, que trans-formaram o quadro de caos urbano em que vive a sociedade brasileira, em espetáculo diário para ent reten imento das “massas”, contribuiu para instaurar o medo e a inse-gurança social, e fixar no imaginário coletivo o estereótipo da favela como centro de barbárie, criminalidade e violência. Em pesquisa do Instituto Vox Populi encomendada pela Revista Veja, em

2007, demonstra que 59% dos cidadãos brasileiros, consideram a violência como sendo o maior pro-blema nacional; números alarmantes, já que em 1997, em pesquisa seme-lhante, apenas 31% dos cidadãos, apontavam a criminalidade como sen-do a maior preocupação.

Frente a esse clima de instabilidade e inseguran-ça, a cinematografia bra-sileira, sempre marginali-zada frente à supremacia do c inema nor te-americano, encontrou na violência um norte temá-tico para suas produções. O efeito catártico percebi-do no espectador pela identificação nas repre-sentações cinematográfi-cas de uma realidade vivenciada empiricamen-te, de forma direta, ou através de denúncias

jornalísticas, transformou a violência na mola pro-pulsora para alavancar o cinema nacional, fazendo com que as favelas se tornasse a veia mais ex-posta da sociedade brasi-leira.

Assim podemos per-ceber que, como aconte-ceu no período ditatorial, a arte mais uma vez se apresenta como um ins-trumento de conscientiza-ção social, em que a práti-ca cinematográfica surge como meio para discus-são de graves problemas sociais colocando em pauta nossa perplexidade diante da violência e dos conflitos sociais. Fonte: Ministério das Cidades Raphael Alves dos

Santos 2º Semestre de História da FAVA

VVVVIOLÊNCIAIOLÊNCIAIOLÊNCIAIOLÊNCIA EEEE RRRREPRESENTAÇÕESEPRESENTAÇÕESEPRESENTAÇÕESEPRESENTAÇÕES CCCCINEMATOGRÁFICASINEMATOGRÁFICASINEMATOGRÁFICASINEMATOGRÁFICAS

INSCRIÇÕES DE TRABALHOS:INSCRIÇÕES DE TRABALHOS:INSCRIÇÕES DE TRABALHOS:INSCRIÇÕES DE TRABALHOS:

Enviar os Resumos e Trabalhos completos até dia 20 de outubro via email:

[email protected]

ALOJAMENTOS:ALOJAMENTOS:ALOJAMENTOS:ALOJAMENTOS:

Solicitação via email:

[email protected]

INFORMAÇÕES GERAIS:INFORMAÇÕES GERAIS:INFORMAÇÕES GERAIS:INFORMAÇÕES GERAIS:

[email protected]

www.favams.com.br/semana

O Evento contará com conferências, Grupos de Discussões, Mini-Cursos, Mesas-Redondas, Comunica-ções; Painéis; Exposição dos Vídeos “História em Deba-te”, estabelecendo assim um diálogo entre as Institui-ções envolvidas. As informações referentes à progra-mação estarão todas no site: www.favams.com.br, tais como: inscrições, alojamento, e-mails, telefones para contato e locais do evento.

Lembramos ainda que contamos com a colabo-ração dos universitários das demais Instituições que oferecem o Curso de História no Estado. O apoio dos docentes e alunos do curso da FAVA, demonstra que a “união faz a força”, e lembra a importância e relevân-cia deste momento na vida acadêmica dos estudantes. Assim, convidamos todos os Estudantes de História do Estado de Mato Grosso do Sul, para conhecerem nossa Instituição e prestigiar este, que será um marco tanto para os alunos da FAVA, como para o Movimento Estudantil do Estado.

Aguardamos a presença de todos.

Page 12: História em Debate 4 ª Edição

Numa rápida e sucinta análise do que CERTE-AU coloca em seu tex-to, podemos perceber ainda mais a importân-cia que o historiador tem para a sociedade. Reunir, documentos, objetos históricos e todo tipo de material que contribui para man-ter viva a história, faz com que aprendemos ainda mais a valorizar o nosso presente contem-plando o passado atra-vés dos registros histó-ricos. (Destaca-se as origens dos arquivos modernos entre os eru-ditos de lugares e as bibliotecas de práticas de cópias, de impres-são, de comunicação, de classificação e etc.).

O objeto da monografia que será enfocada sobre os 30 anos do Cassilân-dia Jornal, privilegian-do o período da ditadu-ra militar, mostra que várias técnicas da teoria de CERTEAU serão utilizadas para a elabo-ração do trabalho. A catalogação das infor-

mações já encadernadas nos dá uma visão de trabalho pela ótica de CERTEAU de coleção, pois serão analisados documentos minuciosa-mente organizado em ordem em seu respecti-vo período, estando os jornais organizados de maneira tal qual uma coleção em edições desde a década de 80 até o ano de 2008, e essa fonte de pesquisa trará pra nós a classifi-cação de apenas um período que será o do regime militar que trará como contribuição principal a analise des-de período onde a im-prensa não era livre e quase tudo era proibido, e neste contexto segun-do Pierre Chaunu a coleção instaura um lugar de recomeço, construindo uma “máquina gigantesca” a qual tornará possível uma outra história. E a escrita dessa nova his-tória a qual se refere Chaunu é pela reflexão intelectual do leitor, pois analisando o passa-

do é que valorizamos o nosso presente e cons-truímos nosso futuro. Um exemplo clássico disso é quem viveu e sofreu com as mazelas do período militar a-prendeu a valorizar a democracia e a liberda-de, e mesmo quem não viveu, mas leu e conhe-ceu a respeito também terá o mesmo sentimen-to de valorização, e essa contribuição o historia-dor dá a sociedade de maneira efetiva.

Neste contesto estudio-sos da matéria assim tem se posicionado:

Não se trata apenas de fazer falar estes “imensos setores ador-mecidos da documenta-ção” e dar voz a um silêncio, ou efetividade a um possível. Significa transformar alguma coisa, que tinha sua posição e seu papel em alguma outra coisa que funciona diretamente.

Um trabalho é “ cientí-fico” quando opera uma redistribuição do

espaço e consiste, pri-mordialmente, em se dar um lugar, pelo “estabelecimento das fontes” – quer dizer, por uma ação instaura-dora e por técnicas transformadoras.

J. Le Golf e P. Nora, Faire de l’historie, Gal-limard, 1974.

Em síntese o texto obje-to deste trabalho procu-ra demonstrar as técni-cas de pesquisas que devem ser utilizadas preservando as fontes e os documentos analisa-dos em seu tempo, a construção dos objetos de pesquisa, onde o trabalho será enfocado e o que pretende o his-toriador demonstrar com essa pesquisa. As técnicas antigas de pesquisas são pouco utilizadas com o adven-to de novas tecnologias, segundo CERTEAU, a utilização das técnicas atuais de informação leva o historiador a separar aquilo que, em seu trabalho, até hoje esteve ligado.

Como bem demonstra o texto, a transformação do arquivismo foi o ponto de partida e a condição de uma histó-ria nova, e por essa ótica percebe-se que a história sempre foi tratada com carinho por todos, a cultura de pre-servar a história, manter os registros da época facilitam aos historia-dores a realizarem o seu trabalho e com ele exer-citar o senso critico de quem o manuseia. A analise cientifica pro-porciona segundo o próprio texto, o poder de reconstituir o objeto pesquisado á partir dos “simulacros” ou “cenários” com isso o pesquisador ao ingres-sar nessa fantástica “máquina do tempo”, ele consegue manter viva a história.

Sandra R. M. da S. Queiroz Graduanda

em História

pela FAVA

30 Anos do Cassilândia Jornal