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1 A unidade de tempo que os historiadores usam é o século, que corresponde a 100 anos. Essa unidade de tempo escreve-se em numeração romana. Se o ano termina em dois zeros, o número das centenas indica o século. Se o ano não terminar em zeros, acrescenta-se uma unidade ao número das centenas 1000 Século X 1143 (11+1) - Século XII 1500 Século XV 1385 (13+1) - Século XIV 2000 Século XX 2006 (20+1) - Século XXI Os acontecimentos podem se representados numa linha de tempo, a que se dá o nome de Friso cronológico. Os primeiros Homens surgiram em África e espalhou-se pelo resto do Mundo.

História de Portugal1

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1

A unidade de tempo que os historiadores usam é o século, que

corresponde a 100 anos.

Essa unidade de tempo escreve-se em numeração romana.

Se o ano termina em dois

zeros, o número das centenas

indica o século.

Se o ano não terminar em

zeros, acrescenta-se uma

unidade ao número das

centenas

1000 – Século X 1143 – (11+1) - Século XII

1500 – Século XV 1385 –(13+1) - Século XIV

2000 – Século XX 2006 –(20+1) - Século XXI

Os acontecimentos podem se representados numa linha de tempo, a que se dá

o nome de Friso cronológico.

Os primeiros Homens surgiram em África e espalhou-se pelo resto do Mundo.

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2,5 milhões de anos

Homo habilis - Produz instrumentos;

Caça, pesca, recolhe frutos, arranca raízes para se alimentar.

200 000 anos

Homo erectus – Fabrica instrumentos em pedra;

- Tem uma linguagem falada;

- Sabe produzir fogo, usando para se proteger

dos animais e cozinhar os alimentos.

40 000 anos

Homo sapiens – Vive em cavernas;

- Fabrica instrumentos

- Enterra os seus mortos

10 000 anos

Homo sapiens sapiens- Fabrica instrumentos mais complicados

que usa para caçar e para tratar as peles dos animais, que usa

para fabricar vestuário.

Page 3: História de Portugal1

3

A Península Ibérica é habitada, há muitos milhares de anos.

Os seus primeiros habitantes eram nómadas, porque se tinham de

deslocar de um local para outro à procura de alimentos e de melhor clima.

Estes povos dedicavam-se à recolha de raízes e de frutos silvestres.

Eram por isso povos recolectores, que viviam do que a Natureza lhes dava.

Mais tarde, há cerca de 5000 anos, estes povos começaram a fixar-se em

várias regiões formando povoações (tornam-se sedentários) e dedicam-se à

agricultura e à criação de animais. Já conheciam e usavam a roda e fabricavam

utensílios de forma mais elaborada do que os nómadas, como cestos, tecidos

de linho e de lã e objectos em barro.

Page 4: História de Portugal1

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Os Iberos, os Celtas, os Celtiberos e os Lusitanos

Os Iberos, vindos do Norte de África, foram o primeiro povo a habitar a

Península Ibérica.

Mais tarde surgiram os Celtas, povo guerreiro e agricultor vindo do centro da

Europa. Estes dois povos deram origem aos Celtiberos.

Entre as tribos celtiberas destacam-se os Lusitanos.

Os Lusitanos viviam na região entre os rios Douro e Tejo e são antepassados

dos Portugueses.

Muitas vezes, os Celtiberos andavam em guerra entre si e, para melhor se

defenderem, construíam as suas povoações no cimo dos montes, rodeados de

muralhas. Essas povoações chamavam-se castros.

Page 5: História de Portugal1

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Os Iberos, os Celtas, os Celtiberos na Península Ibérica

Fenícios, Gregos e Cartagineses

Mil anos antes do nascimento de Cristo, chegaram outros povos à Península,

vindos do Mar Mediterrâneo. Eram povos muito evoluídos, que navegavam no

Mediterrâneo atraídos pelas riquezas da Península Ibérica e pela possibilidade

de fazerem comércio.

Estes povos foram os Fenícios (século VIII a. C), depois os Gregos e os

Cartagineses(século VI a. C.) e mais tarde os Romanos.

Ensinaram os povos que viviam na Península Ibérica a:

- A exploração mineira;

- A conservação do peixe com sal;

- A produção do vinho;

- A produção do azeite;

- A escrita alfabética.

- A utilização da moeda.

Estes povos levavam da Península Ibérica:

- Prata;

- Cobre;

- Estanho.

Ofereciam em troca:

- Objectos de cerâmica;

- Objectos de vidro;

- Tecidos;

- Adornos;…

Page 6: História de Portugal1

6

Os Romanos

Os Romanos vinham de Roma e queriam conquistar toda a Península

Ibérica, mas os povos que aí se encontravam resistiram, sobretudo os

Lusitanos, comandados por Viriato.

Os Romanos eram um povo muito

avançado e trouxeram alguns dos seus

costumes para a Península Ibérica, como

por exemplo:

. Desenvolveram indústrias de

tecelagem e as olarias e exploraram as

minas e as pedreiras;

. Desenvolveram as culturas do trigo,

da vinha e da oliveira;

. Construíram cidades e locais de

comércio;

. Introduziram a moeda;

. Construíram estradas e pontes;

. Introduziram o Latim e mais tarde a religião cristã;

Page 7: História de Portugal1

7

Vestígios da presença romana na Península Ibérica

Os Romanos chegaram à Península Ibérica no século III a.C., contudo só

conseguiram dominar toda a Península após dois séculos de lutas.

a.C. d. C.

Séc. III Séc. II Séc. I

Nascimento

de

Cristo

Séc. I Séc. II Séc. III Séc. IV Séc.V Séc. VI Séc. VII Séc.VIII

Chegada

dos

Romanos

Romanos

dominam

Chegada

dos

Bárbaros:

Alanos;

Vândalos;

Suevos;

Visigodos.

Chegada

Dos

Muçulmanos

Page 8: História de Portugal1

8

A presença dos Romanos na Península Ibérica durou oito séculos.

Tendo os habitantes da Península Ibérica adoptado a sua cultura (língua,

costumes, religião, moeda, arte, …). A isso dá-se o nome de romanização.

Os Suevos, os Alanos, os Vândalos e os Visigodos

No século V, o Império Romano foi invadido por vários povos que vinham

do Norte da Europa.

Os romanos chamaram a estes povos Bárbaros, por não falarem o latim.

Destes povos (Suevos, Alanos, Vândalos e Visigodos), os Visigodos

foram o povo que mais se destacou na Península Ibérica, mas como eram menos

evoluídos que as populações romanizadas, adoptaram a cultura romana e

acabaram por se tornar cristãos.

Page 9: História de Portugal1

9

Os Muçulmanos

Os Muçulmanos não conseguiram conquistar toda a Península.

Os Cristãos refugiaram-se no norte montanhoso, nas Astúrias. Foi a partir

dessa região que, no ano de 718, os Cristãos começaram a reconquista para sul.

Após a primeira vitória sobre os Muçulmanos, formaram-se os reinos de leão,

de Castela, de Navarra e de Aragão.

Page 10: História de Portugal1

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Durante a Reconquista Cristã, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, foi

auxiliado por cruzados franceses nas lutas contra os mouros, entre os quais D.

Henrique de Borgonha.

D. Afonso VI, recompensou D. Henrique de Borgonha dando-lhe o Condado

Portucalense e a sua filha D. Teresa, em casamento.

Guimarães era a capital desse condado, D. Afonso Henriques filho de D.

Henrique nasceu aí.

Mas D. Henrique tinha que obedecer a D. Afonso VI, rei de Leão e Castela.

Page 11: História de Portugal1

11

O conde D. Henrique desejou tornar o Condado Portucalense

independente. Lutou contra os Muçulmanos para alargar o território e contra

D. Afonso VI para tornar o Condado Portucalense independente. Mas morreu,

em 1112, sem o conseguir.

D. Teresa, assumiu o governo do Condado Portucalense, pois D. Afonso

Henriques, seu filho era muito novo, tinha apenas 4 anos de idade.

Durante alguns anos, D. Teresa lutou para tornar o Condado independente do

reino de Leão, mas aconselhada por um fidalgo da Galiza, Fernando Peres de

Trava deixou de lutar por realizar o sonho, de seu marido D. Henrique.

Alguns nobres Portucalenses não gostaram desta decisão de D. Teresa e

apoiaram D. Afonso Henriques, que aos 14 anos se armou cavaleiro, e entrou

em guerra com os exércitos de sua mãe.

Em 24 de Junho de 1128, D. Afonso Henriques vence a sua mãe na

batalha de S. Mamede e assume o governo do Condado Portucalense.

Os seus principais objectivos eram:

Tornar o Condado Portucalense independente;

Alargar para sul o território do Condado, conquistando terras aos

Muçulmanos.

Em 1143, no Afonso VI, rei de Leão, foi obrigado a assinar com D. Afonso

Henriques o Tratado de Zamora, que concedia a independência ao Condado.

Nascia, assim o Reino de Portugal e D. Afonso Henriques tornava-se o primeiro

rei de Portugal.

Page 12: História de Portugal1

12

Mas D. Afonso Henriques só foi reconhecido rei, pelo Papa, em 1179

pela Bula Papal “Manifestis Probatum”.

Page 13: História de Portugal1

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Durante as lutas para conquistar terras ao Muçulmanos D. Afonso Henriques

foi ajudado por cruzados, nobres, monges guerreiros e homens do povo.

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14

Só em 1249, no reinado de D. Afonso III, a reconquista cristã chegou ao

fim no território português, com a conquista do Algarve.

D. Afonso III passou a intitular-se “Rei de Portugal e dos Algarves”.

Território herdado por D. Afonso Henriques

Território conquistado até à morte de D. Afonso Henriques (1185)

Território conquistado no reinado de D. Sancho I

Território conquistado no reinado de D. Sancho II

No reinado de D. Afonso III os muçulmanos foram expulsos tendo-

-se conquistado todo o Algarve em 1249.

Em 1297, foi assinado o Tratado de Alcanises, entre D. Dinis e o

rei de Leão e Castela, D. Fernando.

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Como se vivia no séc. XIII

Os habitantes do reino de Portugal estavam divididos em três

classes sociais:

- O clero;

- A nobreza;

- A burguesia;

- O povo.

O rei é o mais rico e o mais poderoso do reino.

Pode convocar Cortes., ou seja, uma reunião de todos os

nobres e os membros do clero para o aconselharem.

Pode fazer as leis e fazer a justiça.

Muitas vezes o rei, como recompensa, distribuía terras

pelos nobres e pelo clero.

O clero orienta as populações na religião,

dedicam-se ao ensino e ajudam os peregrinos, os

pobres e os doentes. Estão divididos em:

- Clero secular (padres e bispos) que está

mais próximo das populações;

- Clero regular (monges e freiras), vivem

em mosteiros ou conventos e são donos de terras

– os coutos.

A nobreza tem muitos privilégios. São donos de

grandes propriedades, não pagam impostos e vivem em

castelos ou paços. Em tempos de guerra, tem de

combater ao lado do rei.

Os homens da nobreza praticam equitação, caçam e

entram em torneios, para treinarem para os combates.

As mulheres tomam conta da casa, bordam ou

passeiam.

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16

O povo trabalha a terra dos grandes senhores,

seis dias por semana, paga impostos e para se

divertirem tem as romarias, as procissões ou algumas

festas nobres importantes.

Viviam em casas muito pobres, com o chão de

terra batida.

A sua alimentação também era pobre: pão feito

dos cereais que os nobres não queriam ou de

castanhas, que comiam com toucinho, cebolas e alhos.

Pagavam impostos e rendas aos nobres ou aos

conventos cujas terras trabalhavam.

A burguesia dedica-se ao comércio. Enriquecem

com as viagens que realizam e adquirem novos

conhecimentos.

As terras do rei chamavam-se – Reguengos

As terras do clero chamavam-se – Coutos

As terras dos nobres chamavam-se - Senhorios

E existiam, ainda os Concelhos, que eram

povoações, vilas ou aldeias, a quem o rei, ou um

senhor da nobreza concedia uma carta de foral.

Carta de foral era um documento que estabelecia os direitos e os

deveres dos habitantes de cada Concelho.

Os habitantes do Concelho frequentavam as feiras para vender ou

trocar os seus produtos, comprar aqueles que precisavam, mas também para

se divertirem.

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Durante o reinado de D. Dinis houve pestes e epidemias que

dificultaram o desenvolvimento de Portugal.

A D. Dinis sucedeu D. Afonso IV, seu filho.

A FORMAÇÃO DE PORTUGAL Conhecer a importância de D. Dinis no desenvolvimento de Portugal.

Casou com D. Isabel de Aragão, mais tarde chamada Rainha Santa Isabel pelos

milagres que fez (O Milagre das Rosas). Está sepultado no Convento de Santa

Clara em Coimbra.

D. Dinis foi um hábil administrador e tudo fez para engrandecer o país. Fundou vários castelos e povoações.

PPrrootteeggeeuu ::

• a agricultura

• o comércio

• indústria

• marinha

• a instrução (as letras)

AGRICULTURA

• Mandou plantar os pinhais de Leiria e Azambuja.

• Mandou plantar vinhas e pomares.

AS LETRAS

• Fundou a Universidade de Coimbra.

• Nos documentos passou a usar-se a língua portuguesa em vez do latim.

Em 1297, D. Dinis assinou o Tratado de Alcanises com o rei de Leão e

Castela, D. Fernando, fixando definitivamente a fronteira entre os dois países.

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D. Afonso IV

Durante o seu reinado a Peste Negra matou um terço

da população portuguesa. Os campos foram abandonados por

falta de quem neles trabalhasse o que provocou uma grande

falta de alimentos.

A D. Afonso IV sucedeu D. Pedro

D. Pedro

A D. Pedro sucedeu D. Fernando, seu filho.

D. Fernando

Durante o reinado de D. Fernando a crise económica tornou-

se muito grave.

D. Fernando tentou resolver a crise publicando a “Lei das

Sesmarias”.

A “Lei das Sesmarias” dizia que:

1º- Os donos que não cultivassem as suas terras perdiam o

direito a elas.

2º- Os mendigos eram obrigados a abandonar as cidades e a trabalharem nos

campos.

3º Diziam quanto tinham de ganhar os trabalhadores rurais.

Quando D. Fernando morreu, surgiu em Portugal, outra grave crise:

A sua única filha, D. Beatriz, tinha casado com o rei de Castela.

Logo que o rei de Castela soube que o pai de D. Beatriz, sua esposa, tinha

morrido, ordenou a D. Leonor Teles, viúva de D. Fernando, que aclamasse D.

Beatriz rainha de Portugal.

D. Leonor Teles, aconselhada por João Fernandes Andeiro, mandou

aclamar D. Beatriz rainha de Portugal.

Só a nobreza concordou com esta decisão.

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A burguesia e o povo revoltaram-se contra esta decisão.

Em 6 de Dezembro de 1383, um grupo de burgueses e de pessoas do

povo decidiu matar o conde Andeiro.

Quem foi escolhido para o fazer foi o Mestre de Avis.

Ao matar o conde de Andeiro no palácio, o Mestre de Avis (D. João) foi

aclamado pelo povo como “Regedor e Defensor do Reino”.

D. Leonor Teles pediu ajuda ao rei de Castela. Este invadiu Portugal,

começando por Santarém, e mais tarde chegando a Lisboa, onde montou um

cerco.

Um outro exército castelhano entrou pelo Alentejo, mas foi vencido na

batalha dos Atoleiros pelos exércitos comandados por D. Nuno Álvares

Pereira.

O cerco à cidade de Lisboa durou 4 meses.

O aparecimento da peste fez com que os castelhanos levantassem cerco

e partissem.

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20

Em 1385, nas Cortes de Coimbra,

perante a presenças dos representes dos

concelhos do reino o Mestre de Avis é

aclamado rei de Portugal.

O rei de Castela não aceitou esta

decisão e invadiu novamente Portugal.

Em 14 de Agosto de 1385 o exército

português venceu o exército castelhano na

Batalha de Aljubarrota.

Na Batalha de Aljubarrota foi utilizada a

Táctica do Quadrado.

D. Nuno aproveitou pequenas elevações do terreno, onde colocou arqueiros e

besteiros. Mandou cavar fossos (chamados covas-de-lobo) disfarçados com

folhas, para que os cavaleiros castelhanos lá caíssem.

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Depois, dispôs as suas forças em três alas, sendo que uma delas (maior)

ficava de reserva à retaguarda, comandada por D. João Mestre de Avis.

À frente uma grande linha de soldados comandada pelo Condestável (D.

Nuno) enfrentava de frente os castelhanos, dando-lhes a sensação de

que estavam em vantagem.

A ala esquerda era a célebre ala dos namorados, que enfrentou

bravamente os castelhanos, e a ala direita era conhecida por ala da madressilva, que, enquanto a primeira lutava, fazia chover flechas sobre

o exército inimigo.

Quando os cavaleiros exército castelhano viram avançar os soldados

portugueses a pé, recolheram um pouco as suas lanças, julgando que não

seria necessário um esforço assim tão grande para os derrotar.

Apesar das derrotas sofridas, os Castelhanos não desistiram das suas

pretensões ao reino de Portugal.

Para melhor se defender, D. João I celebrou um tratado de amizade com

Inglaterra.

Mais tarde, D. João I casa com D. Filipa de Lencastre, membro da família real

inglesa e têm três filhos:

. O infante D. Pedro.

. O Infante D. Duarte, futuro rei.

. O infante D. Henrique, o Navegador.

Em 1411, foi assinado o Tratado de Segóvia, que estabelecia a paz entre

Portugal e Castela.

As guerras com Castela, a peste negra e os maus resultados na agricultura

deixaram Portugal na miséria.

É a vez de Portugal partir à procura de um mundo desconhecido através do

Oceano Atlântico.

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22

O primeiro passo da expansão portuguesa foi a conquista de Ceuta, no Norte

de África, em 1415.

D. João I, os três infantes e D. Nuno Álvares Pereira partem à conquista de

Ceuta com 200 embarcações, pois Ceuta era um importante centro comercial,

por onde passavam as rotas do ouro e das especiarias.

Ceuta é conquistada mas os Mouros desviaram as rotas do ouro, das

especiarias e da seda para outros locais.

D. João e seus filhos pensaram, então que a melhor solução para dominar as

rotas do ouro, das especiarias e da seda seria descobrir os locais de onde

vinham esses produtos.

O infante D. Henrique, filho de D. João I organizou e planeou as viagens

marítimas a esses lugares.

Para isso, reuniu à sua volta cartógrafos, geógrafos e marinheiros.

Desenharam-se mapas e cartas de marear, utilizaram-se novos instrumentos

de orientação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante e a balestilha.

Page 23: História de Portugal1

23

A caravela tinha velas

triangular, era capaz de

navegar com qualquer tipo

de vento e de vencer mais

facilmente a forças das

correntes.

A partir do início XVI , a

nau começou a ser usada nas

viagens à Índia , pois era

maior mais resistente e

podia transportar

mercadorias, pessoas,

mantimentos e armas.

Usaram-se novas técnicas de construção par aperfeiçoar as barcas, as

caravelas, e as naus.

Page 24: História de Portugal1

24

Durante os reinados de D. João I, D. Duarte e de D. Afonso V. o Infante

D. Henrique levou os navegadores portugueses até à Serra Leoa.

A 13 de Novembro de 1460 morre o Infante D. Henrique. O rei Afonso V

entrega a responsabilidade dos Descobrimentos a Fernão Gomes.

Mais tarde, no reinado de D. João II, Bartolomeu Dias inicia na viagem que o

conduziria até ao Cabo das Tormentas, depois chamado Cabo da Boa

Esperança.

A descoberta e a passagem deste cabo, no sul do continente africano, vinha

provar que era possível chegar à Índia, de onde vinham as especiarias, por

mar.

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Data Feito marítimo Navegadores

1419-1420 Ilhas de Porto Santo e da

Madeira

João Gonçalves Zarco e

Tristão Vaz Teixeira

1427 Arquipélago dos Açores Diogo Silves

1434 Passagem do cabo Bojador Gil Eanes

1460 Serra Leoa Pedro Sintra

1487 Passagem do cabo da Boa

Esperança Bartolomeu Dias

Page 26: História de Portugal1

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Qual a razão por que todas as classes sociais apoiavam a

Expansão Marítima?

D.

Manuel, sucede a D. João II e apoia o projecto de chegar à Índia.

Nomeia Vasco da Gama para comandar uma armada que, saindo de Lisboa

em Junho de 1497, chegou a Calecut, na Índia, em Maio de 1498.

Esta armada era constituída por quatro naus: a S. Gabriel, a S. Rafael, a

Bérrio e uma outra que transportava os alimentos.

Page 27: História de Portugal1

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Os portugueses foram bem recebidos pela população local.

Mas, depois, os muçulmanos com medo de perderem o comércio das

especiarias, criaram problemas a Portugal.

Em 1500, partiu uma nova armada para a Índia, comandada por Pedro

Álvares Cabral.

A missão dessa armada era garantir que Portugal continuaria a dominar o

comércio com a Índia.

Durante a viagem, houve um ligeiro desvio para Ocidente e os

Portugueses chegaram ao Brasil.

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A vida em Portugal no século XVI

As especiarias e as sedas vindas da Índia, o ouro, o marfim, os escravos vindos

do continente africano e os produtos chegados do Brasil como o pau-brasil, o

tabaco, o cacau, o algodão, o ouro, a prata e os diamantes fizeram de Portugal

um dos países mais ricos e importantes da Europa.

Na corte portuguesa viviam nobres, artistas e poetas.

Os nobres e alguns burgueses viviam luxuosamente.

O povo vivia miseravelmente. A chegada de escravos fez aumentar o

desemprego.

Houve maus anos agrícolas, fome e doenças.

O rei mandou construir alguns monumentos – em estilo manuelino – onde se

podem ver cordas, cruzes, esferas armilares, etc.

- Torre de Belém;

- Mosteiro dos Jerónimos;

- As capelas imperfeitas do Mosteiro da Batalha;

- Janelas do Convento de Cristo em Tomar.

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29

Após a morte de D. Manuel I sobe ao trono D. João III, a quem sucede

seu neto, o príncipe D. Sebastião, com apenas três anos.

Quem assume o governo de Portugal é a sua avó Dª Catarina e depois o cardeal

D. Henrique seu tio.

Em 1568, D. Sebastião, com apenas 14 anos passou a governar Portugal,

numa altura em que havia grandes problemas no reino:

Os piratas atacavam, roubavam e afundavam as naus

portuguesas.

Os Franceses, Ingleses e Holandeses ocuparam terras

portuguesas na Ásia, na África e na América.

Os Muçulmanos atacaram os portugueses no Oriente e

recuperaram o comércio das especiarias.

A peste negra provocou milhares de mortos.

Em 1578, D. Sebastião organizou uma viagem a Marrocos (Norte de

Africa). O rei e muitos dos 17000 homens que o acompanhavam morreram ou

ficaram prisioneiros na Batalha de Alcácer-Quibir.

Após a morte de D. Sebastião, o cardeal D. Henrique volta a governar

Portugal.

Após a morte do cardeal D. Henrique, e não havendo sucessores

apareceram vários candidatos ao trono entre eles o rei de Espanha, que

acabou aclamado rei de Portugal com o nome de Filipe I.

Assim durante 60 anos (1580 – 1640), Portugal e Espanha estiveram

unidos e governados pelos mesmos reis.

Portugal perdeu a independência.

Page 30: História de Portugal1

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Filipe I Filipe II Filipe III

Os Portugueses estavam cada vez mais descontentes com o governo dos

espanhóis: eram obrigados a combater nos exércitos de Espanha, pagavam

impostos elevados, perdiam cada vez mais territórios em África, na Ásia e na

América para os holandeses, franceses e ingleses, que eram inimigos dos

espanhóis.

No dia 1 de Dezembro de 1640, os portugueses revoltaram-se,

prenderam a representante do rei de Espanha em Portugal e expulsaram os

espanhóis.

Passados alguns dia, D. João, duque de Bragança, foi aclamado rei de

Portugal, com o nome de D. João IV.

Deu-se início à 4ª e última Dinastia – Dinastia de Bragança.

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Viva a Liberdade! Viva D. João IV!

1ª Dinastia – Dinastia Afonsina

2ª Dinastia – Dinastia de Avis

3ª Dinastia – Dinastia Filipina

4ª Dinastia – dinastia de Bragança.

Durante o reinado de D.JoãoV, os produtos que vinham do Brasil

contribuíram para a riqueza do próprio rei, da nobreza e do Clero.

O povo vivia com grandes dificuldades e muitos portugueses emigraram

para o Brasil à procura de melhores condições de vida.

D. João V mandou construir muitos monumentos:

- O Convento de Mafra;

- O Aqueduto das Águas Livres em Lisboa;

- A Biblioteca da Universidade de Coimbra;…

Após a morte de D. João V subiu ao trono D. José.

Portugal vivia uma grande crise devido aos seguintes factores:

- Do Brasil vinha cada vez menos ouro;

- A agricultura era fraca;

- Não havia indústria;

- Terramoto de 1755 que destruiu parte da cidade de Lisboa.

Page 32: História de Portugal1

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Então o ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo,

conhecido por Marquês de Pombal para além de mandar reconstruir a cidade

de Lisboa, criou escolas, fomentou a construção de fábricas e proibiu a

escravatura.

Após a morte de D. José, sobe ao trono D. Maria I e Marquês de Pombal

é demitido.

Durante o reinado de D. Maria Napoleão Bonaparte mandou invadir

Portugal.

As invasões Francesas Em Novembro de 1807, as tropas francesas

comandadas por Junot entram em Portugal por

Castelo Branco.

A família real, os membros da Corte muito

nobres, fugiu para o Brasil.

As tropas francesas espalharam-se pelo

território português, incendiaram as povoações,

roubaram, destruíram culturas e mataram os

habitantes das povoações por onde passavam.

A Inglaterra, nossa velha aliada mandou para

Portugal um exército com cerca de 9000 homens e

as tropas de Napoleão foram derrotadas na Batalha

do Vimeiro.

Napoleão enviou um segundo exército

comandado pelo marechal Soult, em Março de 1809.

Page 33: História de Portugal1

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Estas tropas foram novamente derrotadas.

Napoleão não desistiu, em Junho de 1810 iniciou

a 3ª invasão, comandada por Massena.

Este exército caminha na direcção de Lisboa

mas ao chegar às fortificações de Torres Vedras são

derrotados e regressam a França.

As tropas portuguesas preparam-se para defenderem o forte e

impedir o avanço das tropas francesas.

Page 34: História de Portugal1

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Os canhões tinham que ser carregados com pólvora.

Page 35: História de Portugal1

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Um soldado inglês vigia os campos em redor do forte.

No acampamento todos aproveitam para descansar.

Os franceses poderão atacar durante a noite.

Page 36: História de Portugal1

36

Da monarquia à república

Nos finais do século XIX, durante o reinado de D. Carlos, a situação

económica portuguesa era muito grave e a população estava cada vez mais

descontente.

Surgiu, então, o Partido Republicano, que era contra a existência de uma

monarquia.

Este partido foi crescendo e ganhando cada vez mais adeptos.

Em 31 de Janeiro de 1891, rebentou, no Porto, uma revolução republicana

que não foi bem sucedida. Aqueles que nela participaram foram severamente

castigados.

Anos mais tarde, a 1 de Fevereiro de 1908, D. Carlos regressava

acompanhado pela família. À chegada, a carruagem foi atacada e, neste

atentado, morreram D. Carlos e o príncipe Luís Filipe.

D. Manuel, o filho mais novo de D. Carlos, foi proclamado rei, mas

governou apenas durante dois anos.

A 4 de Outubro de 1910 Machado dos Santos comandou um grupo de

republicanos civis numa revolução, enquanto que, no rio Tejo, se encontravam

barcos de guerra.

5 de Outubro de 1910 - Proclamação da República

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No dia seguinte, a República foi proclamada e os membros do governo

foram escolhidos entre os revolucionários, cujo presidente era o Dr. Teófilo

Braga.

Após a publicação da Constituição da República Portuguesa (1911), foi

eleito o primeiro Presidente da República – o Dr. Manuel de Arriaga.

Monarquia é uma forma de governo em que o chefe é o rei. O poder

passa de pais para filhos.

República é chefiada pelo Presidente da República e este é eleito pelo

voto dos cidadãos eleitores.

Os símbolos da Republica passam a ser a nova Bandeira e o Hino Nacional

Bandeira e Hino Nacional

Diferença entre Monarquia e República

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A Ditadura Os primeiros anos do regime republicano foram muito instáveis:

- Sucederam-se vários governos;

- Portugal participou na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918);

-As populações tinham grandes dificuldades económicas.

O general Gomes da Costa iniciou a Revolução Nacional (28 de Maio de

1926), para pôr fim aos problemas sociais que afectavam o nosso país.

Estabeleceu-se uma Ditadura Militar, ou seja, um governo que não

aceitava os partidos políticos.

Para que a situação do país melhorasse, o Presidente da República, que

era o General Carmona, nomeou António de Oliveira Salazar para Ministro das

Finanças e que mais tarde viria a ser Chefe do Governo.

Oliveira Salazar impôs regras muito duras para

controlar as despesas do país.

Em 1933 faz-se uma nova Constituição e instaura-

se um novo regime – o Estado Novo – que impõe uma

política autoritária e repressiva (ditadura), sem respeito

pelas liberdades dos cidadãos. Foi imposta a censura à

imprensa e criada a polícia política (PIDE).

Nas colónias portuguesas começaram a surgir movimentos armados de

libertação (Angola, Guiné e Moçambique). Salazar mandou as nossas tropas

para África, iniciando a Guerra do Ultramar (1961 – 1974), que vitimou muitos

soldados portugueses.

Em 1974, um grupo de militares planeou um golpe militar.

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Era o MFA (Movimento das Forças Armadas).

No dia 24 de Abril de 1974 pelas 22h55m, começou a transmissão pela

rádio, da canção de Paulo de Carvalho, “E depois do adeus”.

A revolução tinha começado. Passada meia hora, ouviu-se “Grândola Vila

Morena”, de Zeca Afonso.

O capitão Salgueiro Maia cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro, Marcelo Caetano, aceitou render-se.

Os militares de Abril conseguiram derrubar a ditadura, apoiados por uma

multidão com cravos vermelhos nas mãos.

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A 25 de Abril de 1974 instaurou-se a democracia em

Portugal.

Um ano depois e pela primeira vez, realizaram-se eleições livres, nas

quais todos os cidadãos portugueses puderam exprimir as suas opiniões

políticas e eleger os seus governantes.

Hoje, existem os seguintes órgãos de soberania:

- Presidente da República;

- Assembleia da República;

- Governo;

- Tribunais.

A Assembleia é constituída por deputados de diferentes partidos, que

debatem questões de interesse nacional.

Os feriados nacionais

Existem acontecimentos muito importantes para o nosso país, que

normalmente

Comemoramos, sendo esse dia feriado nacional. Os feriados podem

celebrar factos Históricos ou religiosos que todos devemos recordar.

1 de Janeiro Dia de Ano Novo

25 de Abril Dia da Liberdade

1 de Maio Dia do Trabalhador

10 de Junho Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas

15 de Agosto Dia da Assunção de Nossa Senhora

5 de Outubro Dia da Implantação da República

1 de Novembro Dia de Todos os Santos

1 de Dezembro Dia da Restauração da Independência

8 de Dezembro Dia da Imaculada Conceição

25 de Dezembro Dia do Nascimento de Jesus Cristo