Historia Da Educação Grupão

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INSTITUTO DE ENSINO TEOLGICO

RESUMO HISTRIA DA EDUCAO

Barrolndia Belmonte BA2013DAIANE OLIVEIRA SANTOSDARLENE NEVESGEIZA ROSAJOSENEI SIMOM APARECIDA SUZARTMIRIAN LOPESNARA LOPESNEUZA DIASTEREZA RAQUELZORIZNIA MATOS ANDRADE

Trabalho apresentado ao Instituto de Educao Superior do Brasil, sob a orientao do professor Cleriston Santos Oliveira, da disciplina de Educao Especial do curso de Licenciatura em Pedagogia.

Barrolndia Belmonte BA2013Em documentos escritos, que nos chegaram nas mais antigas civilizaes orientais, temos exemplos de que a educao Institucionalizada se iniciou com a especializao das funes sociais, no sentido da profissionalizao de atividades. Entre os habitantes da Sumria, entre assrios e babilnios, o aprendizado artesanal pela iniciao numa determinada profisso, como as de pedreiro, carreiro, ferreiro, etc., chegou a ser objeto de prescries legais. Ou melhor, de determinaes do governo real. Mas, ao mesmo tempo, essa diferenciao progressiva das funes sociais criava necessidades profissionais de outro tipo, talvez de aprendizagem mais refinadas, mais longa, mais difcil.Institucionalizava-se, assim, a educao e as primeiras teorias educacionais teriam que surgir por certo. Eram regras, conselhos, preceitos que deveriam orientar a ao educativa de pais e mestre. No velho Egito, cuja educao caracterstica por vrios autores.No que dizia respeito motivao do ensino, quase todas as mais antigas civilizaes orientais consagravam a punio fsica como de resultados certos. Os ouvidos de um rapaz- registra ainda certo papiro egpcio- esto em suas ndegas; ele ouve quando espancado.Na ndia, a educao Institucional era, e foi at h pouco tempo, um privilgio de casta. O ideal educativo do povo, ou melhor, dos brmanes- que, no dizer de A.Weber, estavam to prximos do cu quanto distantes da vida ordinria, quotidiana- era aprender e compreender os Vedas, praticar piedosas mortificaes, adquirir o conhecimento divino da f e da filosofia, tratar com venerao a seu pai natural e a seu pai espiritual.J os provrbios exaltam o poder educativo das punies: No apartes o castigo de teu filho: se o surrares com a frula, no morrer. Sacudirs a vara e o livrars e sua alma do inferno.Na china- a velha China dos mandarins- que s h um sculo comeou a mudar, nem essa sucesso de imprios era frequente. Da um sistema educacional estvel, consagrando por uma Ideologia educacional que se transmitia de gerao a gerao, atravs dos sbios textos que consubstanciavam a superestrutura moral da sociedade chinesa.Vrios fatores forma apontados para explicar este fato novo e prprio da antiguidade clssica. Ren Hubert declara que a pedagogia nasceu na Grcia ao mesmo tempo que a filosofia, ou melhor ainda, como um aspecto essencial da filosofia. Entre os pensadores da Grcia pr-socrtica, ela teria sido, de fato, ao mesmo tempo, uma especulao e uma educao ou Iniciao, o que se pode interpretar como aprendizagem prtica do pensar e especular filosoficamente. Com Scrates a educao se constitui em objeto da filosofia.Plato- na Repblica- dando corpo ou contedo a esses ideias, pretendeu estabelecer uma rgida hierarquia de classes sociais, de acordo com um sistema de mrito, baseado em possibilidades (aptides) Individuais em cujo cume estariam os homens sbios (ou filsofos). Em funo dessa estratificao social idealizada, que se organizaria todo um sistema educacional, destinado a formar tanto o sbio com os componentes das demais classes sociais.Aristteles, sem fugir queles ideais educacionais e ticos j contidos na filosofia socrtica, procurou ser mais realista em suas teorias pedaggicas, reconhecendo que, at certo ponto, a educao est sujeita poltica, de modo que cada espcie de estado ou nao teria seu tipo apropriado de educao, nesta distinguiu ele trs espcies: (a) educao do corpo, pela ginastica; (b) educao da afetividade, pelas artes e a prtica moral; (c) educao da razo, pelas cincias e a filosofia. O conhecimento de um vasto nmero de coisas necessrio, sem o que, o prazer das palavras vazio e ridculo. Por entre os conflitos e contradies que caracterizam o mundo romano, na poca da decadncia dos Csares, surgia, pouco a pouco, como uma esperana, o Cristianismo, religio de plebeus e escravos. As Constituies Apostlicas surgidas logo no quarto sculo da era crist, so disso uma prova, pois eram um manual de ensino e instruo destinado tanto ao clero quanto aos leigos.Durante todo o perodo medieval- aproximadamente mil anos- os padres e monges da Igreja seriam os nicos educadores da Europa. Escreveram manuais e pequenos tratados destinados s diferentes escolas, segundo uma pedagogia de meios fins bem definidos, sem maior variao de contedo e de forma.Era j uma espcie de recomendaes contrria aos ideais anteriores de desprezo ao corpo como processo de purificao do esprito, da maneira como o praticavam os anacoretas e ermites... Era tambm um prenncio da Renascena, ou a sua preparao cultural.Desde o sculo XIII, de uma lado, por influncia rabe, atravs da Espanha e pelo contato de Constantinopla com o Oriente prximo, onde se refugiara durante os sculos de obscurantismo medieval, e remanescncia da cultura greco-romana, e de outro lado, por fatores com o desenvolvimento das cidades europeias em que se concentravam o comrcio e o artesanato manufatureiro, o desenvolvimento dos estados nacionais, como progressivo crescimento do poder central dos reais em detrimento do que detinham os senhores feudais, as cruzadas e a intensificao das relaes entre os povos cristos e os no-cristos, profundas mudanas culturais comearam a operar-se na Europa, colimando, nos sculos XV e XVI, com a Renascena e o Humanismo, responsvel, em parte, pelo individualismo filosfico-cientifico de Bacon e Descarte e pela Reforma religiosa. Do ponto de vista das ideias educacionais, o humanismo comeou pelas realizaes concretas, entre as quais podemos citar as escolas de Vittorino da Feltre e Guarino de Verona, a primeira em Mntua (1423-1446) e a segunda em Ferrara (1429-1460). Ambas se destinavam nobreza e alta burguesia das redondezas, desenvolvendo os estudos dos clssicos latinos e da historia antiga, a pratica da boas maneiras, prprias da nobreza, de exerccio fsico, etc., e serviam como escolas preparatrias primeiro esboos das escolas secundarias para os estudos superiores. Ambas se preocuparam com a didtica e desenvolveram mtodos de ensino capazes de despertar maior interesses nos alunos, tornando-lhes as atividades mais amenas e agradveis.Franois Rabelais (1483-1553), que, como Erasmo, fora monge, tambm se pronunciou por um humanismo realista em suas obras Vida de Gargntua e Feitos Heroicos de Pantagruel, partindo do ponto de vista de que se pode obter dos clssicos reais valores de vida.Trata-se, pois, de uma educao prtica, no de cunho tcnico, mas sobretudo social e tico. O homem ideal de Montaigne o gentil-homem, o homem de corte. Quanto aos mtodos da educao, recomenda, menos os livros do que a participao, a companhia dos outros, a observao das coisas, para se obter essa sabedoria mediana que usa todos os mtodos sem abusar de nenhum.Os menos fatores que, de modo geral e impreciso, invocamos para explicar o humanismo renascentista, servem tambm para explicar a reforma religiosa, mais conhecida sob o nome de protestantismo, porque, sob certos aspectos, ela foi, tambm, uma renascena. Desde Wycliffe e John Huss, nos sculos XIII e XIV, vinha-se tentando um retorno pureza do cristianismo primitivo, que, dizia-se, fora deturpado durante a Idade Mdia.Uma reforma religiosa, de Independncia e quebra da unidade dessa Igreja, quando tal conflito se tornara mais intenso, seria um fator a ser aproveitado pelos Estados mais ansiosos de se libertarem, do domnio eclesistico e da interferncia deste negcio civis, interferncia essa qu era acompanhada de cobrana de dzimo e outras taxaes em favor da Igreja.Da, o recurso Bblia e aos primeiros escritos dos antigos padres, to praticado nas escolas protestantes de teologia. Lutero, logo depois de sua excomunho, em 1520, declarava que tudo quanto fosse contrrio razo, seria certamente, em maior grau, contrrio a Deus porque a razo seria a principal de todas as coisas, a melhor, algo divino.Os calvinismo que, efetivamente, iriam desenvolver em grande escala o ensino primrio e dar ao ensino universitrio o sentido da pesquisa e da investigao cientficas, tendo exercido grande influncia sobre vrios pases e, principalmente, sobre as colnias da Amrica do Norte.A historia tem sido, at nosso dias, uma atestante inevitvel de que as mudanas e reformas sociais no se operam sem lutas, sem contrarreaes que, at certo ponto, atenuam os efeitos revolucionrios ou reformantes, embora no os anulem. No final, as prprias foras agentes da contrarreao ajustam-se s novas situaes, adquirindo sentindo novo, isto , transformando-se a si prprias.Quem melhor consubstanciou esse aspecto da contrarreforma foram os padres jesutas. Incio de Loiola, nos meados do sculo XVI, ao fundar sua ordem religiosa, soube compreender que os fatores de mudanas que levaram contrarreforma protestante, no contradiziam fundamentalmente o principio de autoria e disciplina religiosa.Como objetivo supremo dos jesutas, aparecia, em primeiro plano, o combate as heresias protestantes, no mais pelos meios materiais da luta armada inquisitorial, mas pela pregao e o debate dos valores espirituais da Igreja.Com esses princpios e levando para o currculo escolar toda a cincia e as letras do tempo, com base num humanismo mais vivo do que o do comum das escolas, conseguiram criar os melhores colgios dos sculos XVII e XVIII.Ainda como consequncia do humanismo, que significava, sobretudo, um recurso s possibilidades humanas para a soluo dos problemas do homem e uma fuga ou recusa a procurar a soluo no milagre, isto , fora da natureza, a induo experimental iria afirma-se como o grande recurso do homem para, atravs da compreenso e do entendimento das relaes das coisas e das foras naturais, tentar dirigir a natureza em seu prprio beneficio.Se Montaigne, ctico dos homens de sua classe, vira nesse progresso, nessa transposio dos limites da experincia emprica, nos saltos da induo e no arrojo das novas generalizaes matemticas, algo que se adicionava ao seu ceticismo moral e individualista, Francis Bacon (1561-1626) disps-se a considerar todo referido processo com entusiasmo realista, vendo nele um meio de resolver o homem os problemas do homem.Diante disso no tardaria Wolfgang Ratke (1571-1635), a tentar a primeira formulao do que, em histria da educao, seria chamado de realismo sensorial e que se caracterizaria, sobretudo, pelo postulado de que o conhecimento das coisas concretas deveria preceder o estudo de palavras a respeito das coisas.Todos esses princpios seriam reformulado de modo sistemtico, servindo como germe de quase toda a teoria educacional dos sculos XVIII e XIX, por Johann Amos Komenski- ou Comnio, segundo a traduo latina do seu sobrenome autor da Didactca Magna; seriam universais em sua validade e suas consequncia, conforme o prprio Comnio pretendia.O estudo de Locke foi bsico no que diz respeito aos posteriores progressos da psicologia da inteligncia e do conhecimento. Sem esta contribuio de Locke, a Didaffica Magna de convnio talvez no tivesse tido a repercusso que alcanou, porque a obra de Locke, embora no diretamente relacionada com a pedagogia comeniana, que repousava na graduao do ensino, de acordo com a natureza da criana, completou-a e tornou-a vivel.Depois das Cruzadas, comeara na Europa a constituio do Estados nacionais e o fortalecimento progressivo do poder central dos reis, que tiveram como seus aliados, capazes de lhes financiar os exrcitos, os comerciantes e banqueiros burgueses das cidades, para os quais os desregramento absolutistas e aventureiros dos senhores feudais forma uma constante ameaa a regularidade dos negcios. Da uma terceira atitude que iria repercutir nos sculos seguintes e condicionar todo o pensamento pedaggico posterior, era admitir o realismo da natureza e da ordem natural, sem dela excluir o homem.J Thomas Hobbes (1588-1679) adotara esse ponto de vista e considerara o homem como um corpo, um objeto natural. Cada corpo no teria seno uma tendncia a auto conservao.Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi quem deu expresso mais viva ao naturalismo pedaggico e que, em Frana, mareou o fim da ilustrao, com sua filosofia natural do afeto.Como se pode perfeitamente ver pela teoria do Contrato Social, a concepo rousseauniana da sociedade erra associacionista, isto , construa-se base dos indivduos que se associavam.Menos polticos, menos filsofos e tericos do que Rousseau, mas dentro do mesmo pensamento naturalista, Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) voltou-se para o problema do ensino elementar como educao fundamental, destinada a todos os homens, tentando teoriz-la base de prtica e experimentao afetiva.Em Friedrich Froebel (1782-1852) vamos encontrar uma tentativa de dar ao naturalismo pedaggico, tal qual encontramos em Rousseau e Pestalozzi, um timbre religioso, para isso contribuindo, em parte, a teoria protestante e, em parte, o pan-espiritualismo para o qual descambara certo ramo da filosofia idealista depois de Leibnz e Espinosa.Mas, a partir desse ecletismo de princpios, Froebel constri toda uma teoria educacional que, em muitos dos seus aspectos, lembra as ideias educacionais de Dewey.As ideias de Froebel foram muito bem recebidas na Inglaterra e nos Estados Unidos onde os jardins da infncia tiveram grande desenvolvimento.Fo durante o sculo XVIII que a Alemanha deu os primeiros passos para a organizao de um sistema nacional da educao, capaz de atender s necessidades e exigncias coletivas de escolas.Frederico, o grande (1740-1786), pelo Regulamento Gerais das Escolas, datados de 1763, foi quem realmente fundou o sistema prussiano de ensino elementar, estabelecendo a frequncia obrigatria s escolas para crianas de cinco a treze anos. Alm disso, a lei-regulava a formao dos professore e sua remunerao. E, mais ainda, estabelecia mtodos, textos, regime disciplinar, etc. Lus XV levou, porm mais adiante o programa de educao, chegando a dar escola secundaria gratuita, mediante bolsas e subvenes, a cerca de 40.000 jovens, com a criao da Universidade de Dijon, elevou para 20 o nmero das universidades francesas. Criou ainda a Escola de Professores (1762), que foi a origem da Escola Normal Militar e o Pritaneau, espcie de escola preparatria de cadetes.Com se verifica, o sculo XVIII presenciou as primeiras medidas prussianas no sentido de uma organizao estatal da educao publica.Na segunda metade do sculo XVIII, s vsperas da Revoluo, os filsofos que se filiavam ao grande movimento enciclopedista no pareciam defender o principio de educao para todos.As massas camponesas no eram levadas em considerao. Assim, quando, em 1792 e 1793, a conveno resolveu organizar um sistema de escolas primarias, prescreveu sua criao em todas as localidades de 400 e 1500 habitantes, deixando inteiramente de lado os camponeses no aldeados.Napoleo criou, ainda, um sistema de escolas superiores, especializadas, com mais de vinte institutos tcnicos e profissionais. No reinado de Lus Filipe Guizot retomaria a tese do ensino elementares, com a inteno de o tornar universal, isto , para todos.Mas, a partir de 1890, a Frana retoma a linha centralizadora e estatal de Napoleo, atribudo ao Estado o direito e o dever de dar educao escolar ao povo, por ser este o principal meio de que pode dispor a Repblica para formar o cidado e realizar a democracia. Da a volta ao laicismo, a gratuidade do ensino primrio e sua compulsoriedade a partir de 1882.J em 1808 era criado em Departamento de Instituio Pblica, sob a direo de Von Humboldt, com a cooperao de Fichte e outros, os quais revolucionaram o sistema prussiano de escola elementares, no s em extenso, mas tambm em profundidade, introduzindo-lhes os mtodos pestalozzianos. Em 1817, esse Departamento foi elevado categoria de ministrio.Em 1834, as escolas de ensino secundrio foram unificadas e organizadas com uma finalidade prpria, deixando de ser simplesmente preparatrias para o ensino superior.A primeira universidade moderna, alem, data de 1694, e foi estabelecida em Halle com objetivo de reformar o ensino de teologia, direito, medicina e filosofia. No sculo XIX, o fato de maior importncia ocorrido neste setor foi a fundao, em 1810, da Universidade de Berlim, dedicada ao processo do conhecimento e que, na formao das elites intelectuais germnicas, tem exercido funo primordial.Entretanto, a Revoluo Francesa que, como a americana, encontrara na Inglaterra sua maior inimiga, por motivos econmicos e outros consequentes de politicas internacional, no deixou de influir sobre a vida inglesa, liberando ideolgica e efetivamente foras que lhe iriam modificar muitos aspectos da vida poltica e social.A existncia de escolas privadas ou escolas voluntrias no permitiu Inglaterra a experincia da escola universal, para todos, pois as gratuitas, populares, sustentadas com as taxas pagas pelos distritos, no eram frequentadas pela aristocracia e os burgueses ricos, como na Alemanha, criou-se um sistema dual de educao, em que as escolas pblicas eram destinadas s classes inferiores da sociedade, ao passo que as classes superiores sustentavam suas prprias escolas. Em 1837, o Estado de Massachusetts, sob a influncia de Horace Mann, secretrio (o primeiro) do Conselho de Educao, iniciou o movimento pela criao de um sistema estadual de educao pblica, de modo que lima srie de desorganizao e heterogneos sistemas de escolas de comunidade foi transformada em uma organizao, cujas bases e diretrizes eram fixadas pelo Estado.Entre as escolas elementares e as secundrias no havia, pois, soluo de continuidade de modo que os dez a doze anos de educao fundamental se realizavam, nos diferentes Estados, em ambas as escolas, conforme critrios de repartio do curso, que variava grandemente. No sculo XX surgiram vrios movimentos, experincias e teorias educacionais destinadas a renovar os mtodos da escola tradicional. Assim, a liderana dos conhecimentos pedaggicos do sculo XIX permitiu que se chegasse rio sculo XX a um conceito bem mais pragmtico da educao.A nova escola e a escola ativa. A chamada escola nova abarcou vrias corrente pedaggicas.Educao em liberdade. O ingls Alexandre S. Neill, em sua escola de Summerhill, ps em prtica a educao em liberdade.Educao socialista. S no sculo XX foi elaborada uma doutrina marxista para a educao.Na Unio Sovitica, aps a morte de Stalin, em 1953, as mudanas na poltica oficial afetaram diretamente a escola. Na China, desde a revoluo comunista at morte de Mao Zedong (Mao Ts-tung), em 1976, a educao teve como tnica a doutrina ideolgica em todos os campos e nveis, que ocupou, por lei, dez por cento de currculo escolar.Educao e tecnologia. Todas as correntes citadas abordaram, sob ngulo diversos, os problemas gerados pelo desenvolvimento tecnolgico no mbito da educao. No sculo XX, entre as organizaes internacionais existentes, destacaram-se duas: o Bureau Internacional dducation (Escritrio Internacional de Educao), em Genebra, e a Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO), fundada em 1946, voltada para a educao, cincia exatas e naturais, cincias sociais, atividades culturais, assistncia tcnica, intercambio de pessoas e informaes. A histria da educao no Brasil iniciou-se com a chegada dos padres jesutas em 1549. Visando programao da f, lanaram as bases que tem vasto sistema educacional, que se desenvolveu progressivamente com a expanso territorial da colnia. Na famlia patriarcal, a nica fora que se opunha ao educadora dos jesutas era a dos senhores de engenho, cuja autoridade se exercia no somente sobre os escravos como sobre suas esposas e filhos.No sistema de ensino dos Jesutas, ao curso de humanidade seguia-se o de artes (filosofia e cincia). Os cursos que preparavam para as profisses liberais s existiam na Europa, e os estudantes brasileiros procuravam geralmente a Universidade de Coimbra, famosa pelos cursos de cincias jurdicas e teolgicas, e que teve, pro isso, grande importncia na formao da elite cultural brasileira.Desde a expulso dos jesutas em 1759 at a transferncia da corte portuguesa para o Brasil, a educao da colnia passou por um perodo de desagregao e decadncia. A chegada do prncipe regente, D. Joo, modificou a politica educacional que o governo luso adotava em relao ao Brasil.Com a proclamao da independncia e a fundao do imprio em 1822, surgiram novas ideias pedaggicas.A descentralizao do ensino bsico (ato adicional de 1834), cuja organizao passou a ser responsabilidade das assembleias provinciais, teve como consequncia o extraordinrio desenvolvimento das escolas secundrias particulares, sobretudo nas capitais das provncias. O Colgio Pedro II, criado pelo governo federal em 1837, foi uma das mais importantes instituies de cultura geral fundadas durante o imprio.Com a proclamao da repblica, a poltica educacional no se modificou, pelo menos at a primeira guerra mundial.O movimento de reforma educacional desse perodo era apenas um aspecto do processo revolucionrio que se desencadeou todo o pas a partir 1924, eclodindo em 1930.A primeira universidade criada dentro do espirito da reforma Francisco Campos foi a de So Paulo, em 1934, contado com uma faculdade de filosofia, cincia e letras.A reforma Francisco Campos intensificou os debates em torno da poltica educacional do pas, delineando-se ento duas grandes correntes: a dos reformadores lutavam por uma crescente democratizao da escola chamada escola nova- e a da igreja, que combatia o laicismo das novas teorias pedaggicas. O ensino no Brasil era organizado em nveis: primrio, mdio e superior. Pela lei 5.692, o ensino de nvel primrio fundiu-se ao antigo ginsio e passou a constituir e ensino de 1 grau; o ensino mdio transformou-se em ensino de 2 grau.Em 28 de novembro de 1968 foi adotada a lei n 5.540, que fixou normas de organizao e funcionamento do ensino superior e sua articulao com a escola mdia, alm de outras providncias.A histria do Brasil no sculo XVI no pode ser desvinculada dos conhecimentos da Europa, j que a colonizao resultou da necessidade de expanso comercial da burguesia enriquecida com a Revoluo Comercial.A economia colonial se expande em torno de engenho de acar, e o grande proprietrio de terras recorre ao trabalho escravo, inicialmente dos ndios e, depois, dos negros africanos.Quando o primeiro governador Tom de Sousa chega ao Brasil em 1549 vem acompanhado por diversos jesutas encabeados por Manuel da Nbrega.Nesse perodo de 210 anos, ele promove uma ao macia na catequese dos ndios, educao dos filhos dos colonos, formao de novos sacerdotes e da elite intelectual, alm do controle da f e da moral dos habitantes da nova terra.Ao se deslocar da Bahia para o Sul, criam o Colgio de So Vicente, no litoral, depois transferindo para Piratininga, no planalto. A, em 1554 fundam o Colgio de So Paulo ento surgindo a cidade de mesmo nome. Os padres aprendem a lngua tupi-guarani e elaboram os textos usados para a catequese, ficando a cargo de Anchieta a organizao de uma gramtica tupi.Com o confinamento, as vezes os colonos conseguem captura tribos inteiras. Durante o sculo XVII, os bandeirantes realizam diversas expedies de apresamento e destroem muitos povoados, inclusive as dirigidas por jesutas espanhis.As primeiras escolas renem os filhos dos ndios e colonos, mas a tendncia da educao jesuta e separar os catequizados e os instrudos.Com este programa, os jesutas monopolizaram o ensino no Brasil, apoiados oficialmente pela coroa, que tambm os auxilia com generosas doaes de terras. O governo de Portugal sabe quanto a educao importante como meio de submisso e de domnio politico e, portanto, no intervm nos planos dos jesutas. Por mais que tenham sido admirveis a coragem, o empenho e a boa-f desse missionrios, hoje, luz dos estudos de antropologia, inevitvel admitir que iniciaram a desintegrao da cultura indgena.No sculo XVIII, a Europa enfrentava a crise do Antigo Regime. Ao absolutismo e ao mercantilismo se opem os ideais liberais, que culminariam com as revolues burguesas. Enquanto predomina a cultura canavieira, a estrutura social se baseia na classe dominante dos senhores de engenho, cujo poder se funda na propriedade de terra e na explorao agrcola por meio de trabalho escrevo.Pode-se questionar a validade do ensino dos jesutas na formao da cultura brasileira, mas indiscutvel que de inicio foi prejudicial o desmantelamento da estrutura educacional montada pela Companhia de Jesus.Indiretamente, o Brasil se beneficia disso, pois muitos de seus jovens vo para l complementar os estudos e, ao se embeberem das ideias de Locke, Rousseau, Voltaire, comeam a aspirar pela independncia da colnia. dentre eles saem os conjuradores brasileiros. grande o contraste entre Europa e o Brasil no sculo XVII. So muitas as transformaes no Velho Mundo: sociais (ascenso da burguesia), econmica (liberalismo) e politicas (revoluo que destituiu os reis absolutistas). Apesar delas, o Brasil continua com a sua aristocracia agrria escravista, a economia agro exportadora dependente e submetido politica colonial de opresso.Assim chegou ao Brasil, D. Joo VI determinou as primeiras medidas a respeito da educao, no sentido de criar escolas de nvel superior para atender as necessidades do momento; formar oficiais do exrcito e da marinha (para a defesa da Colnia), engenheiros militares, mdicos, e abrir cursos especiais de carter pragmtico.Mesmo no ensino superior, os curso, s vezes transformados em faculdades, permanecem como institutos isolados, sem que haja interesse na formao de universidades.A camada intermediria procura sobretudo os cursos de direito, no s para seguir a atividade jurdica, mas para ocupar funes administrativas e polticas ou dedicar-se ao jornalismo.Segundo Fernando de Azevedo, a educao teria de arrastar-se, atravs de todo o sculo XIX, inorganizada, anrquica, incessantemente desagregada. Entre o ensino primrio e o secundrio no h pontes ou articulaes: so dois mundos que se orientam, cada um na sua direo.No perodo de 1860 a 1890 a iniciativa particular se organiza, e so fundados importantes colgios, sobretudo catlicos, inclusive de jesutas, que retornam 80 anos aps sua expulso.A tendncia de criar escolas religiosas no Brasil do sculo XIX oposta a do resto do mundo, cuja laicizao se toma cada vez mais frequente. Entre ns predomina ainda a ideologia religiosa, sobretudo a catlica. O descaso pelo preparo do mestre faz sentido numa sociedade no comprometida com a prioridade educao elementar. Apesar disso, as escolas normais so implantadas aos poucos, sobretudo no final do sculo XIX.O ensino tcnico no perodo do imprio bastante incipiente. O governo se desinteressa pela educao popular e tambm pela formao tcnica e volta-se para as profisses liberais destinadas minoria privilegiada.So muitas as contradies sociais e politicas de um pas cuja economia consolida o modelo agrrio-comercial e faz as primeiras tentativas de industrializao. Debatem-se a os segmentos renovadores, que aspiram pelos ideais liberais e positivistas da burguesia europeia, e as foras retrgradas da tradio agrria escravocrata.Com a queda da monarquia em 1889; comea a Primeira Repblica, e pela constituio de 1891 insaturado o governo representativo, federal e presidencial. O federalismo d autonomia aos estados, criando distores com o crescimento desigual que favorece So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.Aps a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), comea a lenta mudana do modelo econmico agrrio exportador.A dcada de 20 frtil em movimentos de contestao. Sob a influencia das greves e da Revoluo Russa de 1917 fundado o Partido Comunista do Brasil em 1922, que teve breves perodos de atuao legal.As ideias liberais que agitam o mundo nos sculos XVIII e XIX, trazendo tona fecunda reflexo sobre educao, muito tardiamente chegam at ns. E geralmente transplantadas, sem a devida reflexo a respeito de nossas condies sociais, polticos e econmicas.Benjamin Constant, um dos ilustres professores da Escola Militar, embora inicialmente desinteressado de assuntos polticos, acaba envolvendo-se no movimento que culmina com a proclamao da Repblica.Alm do positivismo, no inicio da repblica alguns intelectuais sobre influncia do ecletismo reunio de diversas tendncias filosficas das quais retiram o que lhes interessa para interpretar a realidade e agir sobre ela. Antes mesmo que o iderio da escola nova fosse bem conhecido, diversos estados empreendem reformas pedaggicas caladas nas propostas daqueles que seriam os expoentes do movimento escola no vista na dcada seguinte. Foram as reformas de: Loureno Filho (Cear, 1923 Ansio Teixeira (Bahia, 1925), Francisco Campos e Mario Casassanta (Minas Gerais, 1927), Fernando de Azevedo (Distrito Federal, 1928) r Carneiro Leo (Pernambuco, 1928).Apesar do real avano, algumas crticas podem ser feitas ao total descaso pela educao fundamental.Como pudemos ver, a educao na Primeira Repblica sofre transformaes, muitas em decorrncia das necessidades da configurao social econmica.Como se no bastasse, a Constituio de 1937, refletindo as tendncias fascistas do Estado Novo, atenua o impacto de algumas conquistas, sobretudo as relacionadas com o dever do Estado como educador.Tambm as escolas tcnicas se multiplicam, e segundo Loureno Filho, se em 1933 havia 133 escolas de ensino tcnico industrial, em 1945 o nmero sobe para 1368, e o nmero de alunos, quase 15 mil em 1933, ultrapassa ento 65 mil.Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) comea a Segunda Repblica, tambm chamada Repblica Populista, e que se estende desde a deposio de Getlio em 1945 at o golpe militar de 1964. No tarda, ento, a viso econmica e cultura americana, e no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) as indstrias multinacionais (por exemplo, a automobilstica) entram definitivamente no Brasil.Depois de Juscelino, a tendncia populista se expressa na liderana de Jnio Quadros (1961), que renuncia no inicio do mandato.Na vigncia do Estado Novo (1937-1945), durante a ditadura de Vargas, o ministro Gustavo Capanema empreende outras reformas do ensino, regulamentadas por diversos decretos-leis assinados de 1942 a 1946 e denominados Leis Orgnicas do ensino.Em pleno processo de industrializao do pas, persiste a escola acadmica. Os cursos mantidos pelo sistema oficial no acompanham o ritmo do desenvolvimento tecnolgico da indstria em expanso.A reforma do ensino primrio s regulamentada aps o Estado Novo, em 1946, e institui diversas modificaes.A constituio de 1946 reflete o processo de redemocratizao do pas, aps a queda da ditadura de Vargas. Em oposio Constituio outorgada de 1937, os pioneiros da educao nova retomam a luta pelos valores j defendidos em 1934.O que esta sendo criado pelos catlicos , aparentemente, o velho tema republicano da laicidade do ensino. Dessa forma, representam as foras conservadoras, que defendem o ensino elitista.O instituto se prope tarefa de repensar a cultura brasileira autnoma, no-alienada, rompendo a tradio colonial de transplante cultural.Os isebianos, embora no fosse hostis ao capital estrangeiro, em nome do desenvolvimento nacional, recomendam a utilizao de critrios que no trouxessem prejuzos. De qualquer forma, conveniente analisar a contribuio isebiana no contexto histrico e econmico daquela poca, sem se esquecer do esforo tendo em vista a compreenso da cultura e da liberdade brasileira. Podemos dizer, sem risco de errar, que Paulo Freire um dos grandes pedagogos da atualidade, no s no Brasil, mas tambm no mundo. Mesmo que suas ideias e prticas tenham sofrido crticas as mais diversas, indispensvel considerar a fecunda contribuio que deu educao popular.Paulo Freire parte do principio de que vivemos em uma sociedade dividida em classes, na qual os privilgios de uns impedem a maioria de usufruir os bens produzidos. Se a vocao humana de ser mais s se concretiza pelo acesso aos bens culturais, ela negada na injustia, na explorao, na opresso, na violncia dos opressores, mas afirmada no anseio de liberdade, de justia, de luta dos oprimidos, pela recuperao de sua humanidade roubada.O movimento de liberao deve partir dos prprios oprimidos, cuja pedagogia ser aquela que tem de ser forjada com ele e no para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperao de sua humanidade.Coerente com o posicionamento filosfico, o mtodo no pode ser reduzido a mera tcnica de alfabetizao. Nem os educadores seriam os sabidos, que de antemo preparam o que deve ser impedido ao educando.Nesse espirito novo, os educadores superam a postura autoritria e, aberto ao dialogo, procuram ouvir o prprio povo.Em seguida so organizados os crculos de cultura, constitudo de grupos pequenos sob a coordenao de um animador, que tanto pode ser um professor ou um companheiro j alfabetizado.Ao lado do reconhecimento do seu trabalho, Paulo Freire tambm tem sofrido crticas, muitas vezes apaixonadas. recriminado pelos catlicos conservadores por usar categorias marxistas em seu discurso pedaggico.Considerando todas as crticas, pertinentes ou no, inegvel a contribuio de Paulo Freire, no apenas para a educao de adultos.Com o golpe militar de 1964, destrudo o estado de direito. Com as assembleias emudecidas, aps a dissoluo dos partidos polticos so criados outros dois, arena e MDB, evidentemente manipulados pelo pode centralizado. Este executivo forte governa apoiado em atos institucionais.A partir de 1978, os movimentos populares surgidos de diversos segmentos da sociedade civil cada vez mais passam a exigir a abertura poltica e o retorno ao estado de legalidade.O golpe militar de 1964 opta pelo aproveitamento do capital estrangeiro e liquida de vez o nacional-desenvolvimentismo.Os brasileiros perdem o poder de participao e crtica, e a ditadura se impe violenta. Uma sucesso de presidentes militares fortalece o executivo e fragilidade o legislativo.Diante do que estudamos entendemos que a disciplina Histria da Educao tem seus comeos, diferentemente do que poderia se supor, no campo da pedagogia, e no como uma especializao temtica da histria.A combinao do entendimento da infncia, na sua subjetividade biolgica e psicolgica, com a objetividade da sua formao moral foi, sem dvida, uma permanncia na Histria da Educao. Essa perspectiva diz respeito ao prprio projeto da organizao republicana, em que a questo da formao do novo homem, de perfil civilizado, pressuposto da modernidade pedaggica na qual a Educao e Trabalho emergem como sala de visita do novo regime.