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Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia, .. no diagnóstico e no tratamento Roberto DischingerMiranda, Tatiana Caccese Perrotti, Vera Regina Bellinazzi, Thaísa Maria Nóbrega, Maysa SeabraCendoroglo,João Toniolo Neto Resumo rando o indivíduo com suas co-morbidadese expectativas. As modificações deestilo devida podemterótima aderência, A HAS em idosos está associada a um importante desde que bem orientadas, especiaitnente através de equipe aumento nos eventos cardiovasculares com conseqüente multidisciplinar. O usoda terapiafarmacológicacombinada diminuição da sobrevida e piora na qualidade de vida. (duas drogas no mesmocomprimido)é umanecessidade para Inúmerosestudos demonstraram osbenefícios do tratamento os idosos, melhorando a aderência e a eficácia anti-hiper- da HAS na população desta faixa etária, com redução tensiva e diminuindo os efeitos colaterais. Existem vários significativa dos eventos cardiovasculares e melhora na casos nãocontemplados nosgrandes ensaios, por exemploos qualidadede vida. Tanto o tratamento medicamentoso como idososfrágeis ou os muito idosos, em que o tratamento deve o não-farmacológico devemser empregados, sempreconside- ser feito com bom senso e de forma individualizada. Palavras-chaverIdoso; Hipertensão arterial; Tratamento anti-hipertensivo; Hipotensão ortostática. Recebido: 16/04/02 -Aceito: 22/06/02 -",. Rev Bras llipertens 9: 293-300, 2002 .;,{, ,., i.;; "..,," Introdução A OrganizaçãoMundial da Saúde portadores de hipertensão sistólical considera idoso, nos países em isolada (HSI). Com o aumento da expectativa de desenvolvimento, os indivíduos com A HAS é o mais importante fator de vida em todo o mundo observou-se 60 anos ou mais. As alterações risco cardiovascular modificável, es- uma maior incidência e prevalênciade próprias do envelhecimento tornam o tando associada a condições bastante certas doenças, particularmente as indivíduo mais propensoao desenvol- freqüentes em idosos, como doença doençascardiovasculares. No Brasil, vimentodeHAS, sendo esta aprincipal arterialcoronária(DAC),doençacere- as doenças cardiovasculares são res- doença crônica nessa população. brovascular (DCV), insuficiência car- ponsáveispor mais de 250.000 mortes Estudo epidemiológico com idosos díaca (IC), doença renalterminal, doen- por ano,a hipertensão arterial sistêmica residentes na cidade de São Paulo ça vascularperiférica, hipertrofia ven- (HAS) participa de quase metade encontrou prevalência de HAS de tricular esquerda (HVE) e disfunção delas. 62%, dos quais mais de 60% eram diastólica. Há aproximadamente uma Correspondência: Roberto Dischinger Miranda R. Pedro de Toledo, 399 CEP04039-031 -São Paulo, SP E-mail: [email protected] MirandaRD, Perrotti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS,Toniolo NetoJ Rev Bras Hipertens ~oI9(3): julho/setembro de2002

Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na ...bvsms.saude.gov.br/bvs/produtos/is_0103/IS23(1)013.pdf · pressão arterial sistólica ... devido à rigidez arterial Medida intra-arterial

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Hipertensão arterial no idoso:peculiaridades na fisiopatologia,

..

no diagnóstico e no tratamento

Roberto Dischinger Miranda, Tatiana Caccese Perrotti,Vera Regina Bellinazzi, Thaísa Maria Nóbrega, Maysa Seabra Cendoroglo, João Toniolo Neto

Resumo rando o indivíduo com suas co-morbidades e expectativas.As modificações de estilo de vida podem ter ótima aderência,

A HAS em idosos está associada a um importante desde que bem orientadas, especiaitnente através de equipeaumento nos eventos cardiovasculares com conseqüente multidisciplinar. O uso da terapia farmacológica combinadadiminuição da sobrevida e piora na qualidade de vida. (duas drogas no mesmo comprimido) é uma necessidade paraInúmeros estudos demonstraram os benefícios do tratamento os idosos, melhorando a aderência e a eficácia anti-hiper-da HAS na população desta faixa etária, com redução tensiva e diminuindo os efeitos colaterais. Existem váriossignificativa dos eventos cardiovasculares e melhora na casos não contemplados nos grandes ensaios, por exemplo osqualidade de vida. Tanto o tratamento medicamentoso como idosos frágeis ou os muito idosos, em que o tratamento deveo não-farmacológico devem ser empregados, sempreconside- ser feito com bom senso e de forma individualizada.

Palavras-chaverIdoso; Hipertensão arterial; Tratamento anti-hipertensivo; Hipotensão ortostática.

Recebido: 16/04/02 -Aceito: 22/06/02 -",. Rev Bras llipertens 9: 293-300, 2002.;,{, ,., i.;; "..,,"

Introdução A Organização Mundial da Saúde portadores de hipertensão sistólicalconsidera idoso, nos países em isolada (HSI).

Com o aumento da expectativa de desenvolvimento, os indivíduos com A HAS é o mais importante fator devida em todo o mundo observou-se 60 anos ou mais. As alterações risco cardiovascular modificável, es-uma maior incidência e prevalência de próprias do envelhecimento tornam o tando associada a condições bastantecertas doenças, particularmente as indivíduo mais propenso ao desenvol- freqüentes em idosos, como doençadoenças cardiovasculares. No Brasil, vimentodeHAS, sendo esta a principal arterialcoronária(DAC),doençacere-as doenças cardiovasculares são res- doença crônica nessa população. brovascular (DCV), insuficiência car-ponsáveis por mais de 250.000 mortes Estudo epidemiológico com idosos díaca (IC), doença renal terminal, doen-por ano, a hipertensão arterial sistêmica residentes na cidade de São Paulo ça vascular periférica, hipertrofia ven-(HAS) participa de quase metade encontrou prevalência de HAS de tricular esquerda (HVE) e disfunçãodelas. 62%, dos quais mais de 60% eram diastólica. Há aproximadamente uma

Correspondência:Roberto Dischinger MirandaR. Pedro de Toledo, 399CEP 04039-031 -São Paulo, SPE-mail: [email protected]

Miranda RD, Perrotti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS, Toniolo Neto J Rev Bras Hipertens ~oI9( 3): julho/setembro de 2002

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década existia dúvida se a elevação da e a função ventricular. Quando a maior da pressão sistólica. A impor-pressão arterial sistólica (P AS) ou complacência está diminuída, ocorre tância da reflexão da onda de pulsodiastólica (P AD), ou ambas, no idoso, uma maior variação de pressão para um sobre a pressão sistólica aumenta comdeveria ser tratada. Porém foi demons- mesmo volume ejetado. É o que acon- o envelhecimento, chegando a sertrado, por vários estudos, que o trata- tece com o enrijecimento aórtico que, responsável por mais de 20% da P ASmento anti-hipertensivo reduz o risco para um mesmo volume ejetado pelo centra15,6. A perda da onda reflexa nadessas complicações catastróficas. ventrículo esquerdo, ocorre uma varia- protodiástole faz com que a pressãoApesar disso, em outro estudo epide- ção maior da pressão arterial sistólica. diastólica permaneça igualou diminua.miológico na cidade de São Paulo, ape- A pressão de pulso, que é a dife-nas 10% dos idosos hipertensos esta- Alterações associadas ao rença entre a pressão arterial sistólica e .

vamcomsuapressãocontrolada,eem envelhecimento a diastólica aumenta. O aumento dacerca de 10% dos idosos o diagnóstico pressão de pulso já foi identificado comode HAS somente é feito após um Odiâmetroaórticoawnentaem 15% sendownimportantefatorderiscocardio-evento clínico decorrente da pressão a 35% dos 20 aos 80 anos de idade. vascular independente em idosos7.8.elevada por vários anos, tais como Histologicamenteocorreumadistorção Dessa forma, o endurecimento da .acidente vascular cerebral ( AV C) e da orientação larninar das fibras murais, aorta contribui muito para a ocorrênciainfarto agudo do miocárdio (IAM). fragmentação da elastina e aumento do da hipertensão sistólica isolada nos

conteúdodecolágeno,ocasionandourna idosos9. Até me.smo em indivíduos '

..diminuição da elasticidade do tecido altamente selecionados, sem doençaEnvelhecimento arterial conjuntivo, que somada à arteriosclerose cardiovascular, a pressão sistólica

A lt - d Opriedades determina um aumento da resistência tende a subir durante toda a vida, aos a eraçoes as pr 1 .fi' . da . dân . da di '1.1 e da aorta que ocorrem com vascu ar pen enca e Impe CIa passo que a pressão asto Ica aumenta

vascu ar s, 2 . fi 1 ' 60 -,.o envelhecimento, têm importante aorta .E~Iste orte corre aç~o ~n~e_o ate os 55- an?s e, entã~, seus ruveIs

apel na gênese e progressão da HAS. envelhecImento normal e a dimmUlçao lentamente declInam. ASSIm, o aumen-p da complacência aórtica, através de to da prevalência de HAS no idoso

F - d t vários parâmetros de medição. Idosos ocorre principalmente devido aoaumen-unçao normal a aor a .' 1d di . t d fr ..A . d HSI N 1 - com maIor ruve e con CIonamen o to a equencIa e .a popu açao

O fluxo de sanguenaaorta, vindo do fisico possuem menor intensidade de com 65 anos ou mais, quase 40% dosventrículo esquerdo, é pulsátil e intermi- enrijecimento aórtico. indivíduos têm HSI, e estes repre-tente, porém a liberação de sangue para sentam praticamente dois terços dea circulação periférica é contínua. A Conseqüências todos os idosos hipertensos.aorta necessita ter complacência para fisiopatológicas Disfun~ão.di~~tólica-O aumen-expandir-se durante a sístole ventricular, to da pressao sIstoltca eleva o estressearmazenando energia para se recolher Alterações do pulso e da pres- de parede do ventrículo esquerdodurante a diástole e impulsionando o são arterial-O envelhecimentoaórti- (VE), promovendo HVE. Acompa-sangue para a periferia'. A relação co, com enrijecimento da sua parede nhando a diminuição da complacênciaentre as variações de volume e de faz com que a velocidade da onda de aórtica, ocorre um enrijecimento ven-pressão é que define a complacência. pulso (VOP) aumente. Em um estudo tricular esquerdo, mesmo na ausência

A distensão aórtica na sístole pro- aVO P aumentou 134% do nascimento de hipertrofia' o. Uma redução significa- ,voca uma onda que se propaga pela até os 90 anos3, aumento maior que a tiva do relaxamento ventricular é causa Iaorta e seus ramos, que é chamada de variação de pressão no mesmo período. freqüente de IC em idosos, mesmo seonda de pulso. O pulso gerado nos O aumento da VOP é acompanhado eles estiverem com a função sistólicavasos periféricos é resultado desta onda também de um aumento da velocidade ventricular normal!'.de pulso e não um reflexo direto do fluxo da onda reflexa, que retoma da peri- Dissecção aórtica -É provávelsanguíneo. Ao chegar na periferia a feria para a circulação centra14. Nos que a degeneração da camada médiaonda bate e volta, formando a chamada indivíduos jovens a onda reflexa atinge esteja envolvida na dissecção da aorta.onda reflexa, que retoma à circulação aaortaascendentenoiníciodadiástole, A incidência de dissecção aórtica au-central, interferindonafisiologiaaórtica. aumentando a pressão diastólica inicial. menta com a idade e com hipertensão.

Fatores que alterem a complacência Nos idosos, a onda reflexa retoma à A prevenção das alterações aórticas,aórtica vão afetar estas propriedades e, aorta ascendente durante a sístole, diminuindo o estresse de parede (enri-por conseguinte, a circulação periférica contribuindo para uma elevação ainda j ecimento + hipertensão + dilatação),

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poderia contribuir para a prevenção da Tabela 1- Peculiaridades na medida da P A e diagnóstico da HAS no idoso

degeneração da camada média e da Peculiaridade Característica Como evitar erro

dissecção aórtica. Pseudo-hipertensão Medida falsamente elevada Manobra de Osler

devido à rigidez arterial Medida intra-arterial da P A

Diagnóstico Hipertensão do Medida elevada basicamente Medidas repetidas no

avental branco em serviços de saúde consultórioA maneira correta de medir a P A Medida domiciliar

e a üefinição e classificação da hiper- MAPA, MRP A

tensão arterial no idoso são as mesmas Hiato auscultatório Período silencioso entre a Inflar manguito 20-30 mmHg

que as utilizadas para os adultos. primeira e a terceira fases de acima da P AS, palpando pulsoPorém, ao se medir a pressão arterial Korotkoff radial para garantir que estáde um idoso, deve-se atentar para ouvindo o primeiro som de

algumas peculiaridades observadas Korotkoff

com maior freqüência entre os idosos Hipotensão Redução ~ 20mmHg naP AS Medir sempre a P A em duas

(Tabela 1). ortostática (HO) posiçõesEntre os novos métodos para a ava- HSI PAS>140 PAD<90 mH A od t Ofi t '

d10 - da -. 1 d -e m g penas I en I Icar a raves elaçao pressao artena estacam-se .'o ' Ocorre basIcamente entre os medIda correta e reconhecer

a MAPA (monitonzação ambulatorial I.d .osos seu nscodaPressão arterial ) e a MRPA (moni- MAPA ' t .- b I ' I da PA MRPA "- 'd ' I.-o' -o = morn onzaçao am u atona ; = morntonzaçao reSI enCIa da P A; Manobratonzaçao resldenclal da pressao artenal), de Osler = é positiva se a artéria radial permanece palpável mesmo após não estar mais pulsátil,que permitem o diagnóstico de hiper- porque o manguito está insuflado com pressão superior a rASo

tensão do avental branco, as avaliaçõesda eficácia terapêutica, da hipertensão Tabela 2 -Principais estudos clínicos de tratamento de HAS no idoso

arterial resistente e da suspeita de episó- Estudo Paciente; Intervenção Resultadosdios sintomáticos de hipotensão arterialoP o d talh b t ' MRC-Elderly 4.396 pacientes, Placebo ou Redução no risco de

ara maIores e es so re es es me-t d d .. lt de 65-74 anos, com hidoclorotiazida e A VC (25%) nos gruposO os recomen amos consu ar as

dir trio ' fi 12 PAS 1 60-209 e amilorida ou atenolol, de tratamento ativoe zes especI cas .Pesquisa de lesões em órgãos- PAD.< 115mmHg com alvo de PAS Redução no risco de

alvo -Os idosos, seja pelo tempo Segu1Illento de 150-160mmHg AVC(31%),deeventos

mais longo de HAS ou pela somação 5,8 anos cardiovasculares globaisde fatores de risco, possuem uma (35%) e coronarianosmaiorprevalênciadestaslesões,como: (44%) no grupo tratado

alterações no fundo do olho, insufi- com diuréticos

ciência renal, doença cerebrovascu- STOP- 1.627 pacientes, Placebo ou Redução no risco de

lar, HVE e aterosclerose periférica. Hypertension de 70-84 anos, com hidoclorotiazida e A VC (47%), de eventos

Dessa forma, a pesquisa das lesões P A ~ 180 x 90 ou amilorida ou atenolol cardiovasculares globais

em órgãos-alvo é fundamental para os P AD> 105 mmHg ou metoprolol ou (40%) e de mortalidade

hipertensos idosos. Seguimento de pindolol, com alvo de global (43%) nos grupos2,1 anos PA<160x95mmHg de tratamento ativo

Tratamento STOP- 6.614 pacientes, Tratamento convencional Não houve diferençaHypertension 2 de 70-84 anos, com (diuréticos e beta- na morbimortalidade

Com os ensaios clínicos de trata- PA~180x 105mmHg bloqueadores) ou IECA cardiovascular entre os 3

mento de HAS no idoso realizados na Seguimento de (enalapril ou lisinopril) grupos. Redução no risco

última década, tomou-se clara a neces- 2,2 anos ou antagonistas de cálcio de ICC (22%) e de IAM

sidadedocontrolepressóriconestapopu- (felodipina ou isradipina), (23%) no grupo tratado

lação como forma de redução do risco com alvo de comIECA vs.cardiovascular, seja em casos de hiper- P A < 160 x 95 mmHg bloqueador de cálciotensão sisto-diastólica ou hi p ertensão MRC-EI~erly: M~dical Researc~ Council Trial in lhe .Elderly; STO~-Hype:te~ion: Swedi~h Trial in

.,. .Old Patlents wIth Hypertenslon; STOP-Hypertenslon 2: Swedlsh Tnal m Old Patlents with

slstohca Isoladal3-16 (Tabelas 2 e 3). Hypertension 2,

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Tabela 3 -Principais estudos clínicos de tratamento de HSI no idoso A HAS é uma doença crônica, com

~do Pacientes Intervenção Resultados longo curso assintomático, sem con-

SHEP 4.736 pacientes, Placebo ou clortalidona, Redução no risco de A VC seqüência imediata da suspensão do?; 60 anos, com associando-se atenolol ou (36%), de eventos tratamento, que exige mudanças noPAS 160-21ge reserpina s/n, com alvo de cardiovasculares globais estilo de vida e uso diário de medica-PAD<90mmHg PAS< 160mmHgou (32%), de IAM (33%), mentos. Somam-se a isso a alta fre-Seguimento de diminuição de20 mmHg se de ICC (49%) e qüência de co-morbidades, a conse-

.4,5anos PASiniciall60-l79mmHg da massa de VE (-13% vs. 6%) qüente polifarmáciae o maior risco de

Syst- 4.695 pacientes, Placebo ou nitrendipina, Redução no risco de A VC interações medicamentosas e efeitosEur ?; 60 anos, com ~sociando:se.enalapril e/ou (42~) e de eventos adversos na população geriátrica.

P AS 160-219 e hIdroclorotlazIda s/n, com cardIovasculares Dessa forma os pacientes devem

PAD.<95mmHg alvodePA~< 150mmHg, globais (31%) ser educados e:n relação à doençaSeguImento de com reduçao de pelo menos

d t lt ' d O

2 20 mmH uran e as consu as me Icas e, sem-anos g , I .pre que possIve , em grupos com asSIS-Syst- 2.394 pacientes, Placebo ou nitrendipina, Redução no risco de A VC tA. It O fi o I N ., .

do o enCla mu lpro ISSlona. o ImClO o

China?; 60 anos, com assocIando-se captopnl e/ou (38%), de eventos o

d d podo .o ..tratamento e nos ajustes e ose e-sePAS 160-21ge hIdroclorotlazIdas/n,com cardIovasculares globaIs o A

PAD<95mmHg alvo dePAS < 150mmHg, (37%) e de mortalidade C?nsegulr me~or:ontrole e aderen-Seguimento de com redução de pelo menos total (39%) e cardiovascular Cla com a reallzaçao de retornos am-2 anos 20 mmHg (3CJO/o) bulatoriais freqüentes a cada 3 a 4

SHEP: Systolic Hypertension in lhe Elderly Program; Syst-Eur: Systollc Hypertension in Europe semanasl9.Trial; Syst-China: Systolic Hypertension in China Trial. A escolha do anti-hipertensivo deve

ser cuidadosa, atentando-se para o

número de tomadas diárias, interaçãoTodavia, restam ainda dúvidas em Aderência medicamentosa e especialmente para

alguns pacientes especiais pouco re- os outros problemas de saúde do idoso,presentados nos ensaios clínicos, A aderência ao tratamento anti- como cardiopatias, incontinência uri-

como aqueles coIírmais de 80 anos. hipertensivoconstituiumproblemafre- náriaehipotensàoortostática(Tabela4).Alguns estudos demonstraram bene- qüente também nesta faixa etária e Em um estudo realizado com idosos

ficios com o tratamento desta popu- provavelmente é o maior desafio que da comunidade em São Paulo, 80%

laçãol7, porém devemos aguardar o enfrentamoshojeparaoco~trolea~e- deles apresentavam pelo menos umaresultado de grandes ensaios como o quado, em larga escala, da hlpertensao. doença crônica e 10% apresentavam

Hypertension in lhe Very Elderlytria[l8. Nesses casos ainda prevalece Tabela 4 -Perfil de efeito dos anti-hi~ertensivos em outrasO bom senso. Uma vez que são neces- d~enças comuns no Idoso.sários praticamente 2 anos para surgi- Classe de droga Preferir em: EVItarem:

rem os beneficios do tratamento anti- Diuréticos tiazídicos ICC, osteoporose Incontinência urinária,

hipertensivo, deve-se instituí-Io apenas prostatismo, gotanos indivíduos com prognóstico de Betabloqueadores ICC, insuficiência Bradiarritmias,

viver mais que este período. Em idosos coronariana, taquiarritmias, broncoespasmo, insuficiênciacom lesões estabelecidas (por ~igrâ?ea,. t~emoressencial, arterial periférica grave

.-hIpertIreoIdIsmoexemplo, AVC), ou seja, estao em. .A'. ..pre enção secundária achamos que AntagonIstas dos InsuficIenCIa artenal ICC (exceto anlodIpmot v A

t. d .' t ° tu 'd o d canais de cálcio periférica, insuficiência e felodipino)a erapeu lca eveserms I I a,m e- .. t , tO.o coronanana sm orna Icapendentemente da Idade do pacIente,d d h o b od d IECA ICC, IAM ou A VC prévios, IRC severa, estenose da artéria

es e que aja so reVI a espera a "d 2 o N DM com nefropatla renal bIlateral

e anos ou maIS. os casos que otratamento anti-hipertensivo implicar Antag~nista~ ICC, DM com nefropatia IRC se~era, estenose da artéria

lh d . t ho da angIotensma 11 renal bIlateralme ora e sm ornas, como na lper-tensão associada a ICC deve ser Simpatoliticos... d . d d t ' t d I de ação central Hipotensão ortostáticamlCla O m epen en emen e e qua -quer outro fator. Alfabloqueadores Prostatismo Hipotensão ortostática.

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cinco ou mais. Em nossa experiência Tratamento medicamentoso edema de membros inferiores e au-

são as co-morbidades que geralmente mento do volume urinário.definem qual o melhor tratamento Nos grandes ensaios clínicos com lnibidores da ECA -Diminuemmedicamentos02o. ~do~os, a terapia med~camentosa foi eventos cardiovasculares, principalmen-

mstitulda naqueles pacIentes com P AS te em pacientes de alto risc028.29. IdososTratamento não- > 160 mmHg e PAD > 105 mmHg, portadores de insuficiência cardíaca ou

farmacológico -deve ser com a!vo de PAS < 150-160 mmHg ou disfunçãoventricularesquerdaassinto-

I. d? reduçaodepelomenos20mmHgePAD máticatêmindicaçãoabsolutadereceberr~a Iza o. <95nnnHg. Todavia, estudos realizados um inibidor da ECA em dose adequada.

Mudanças no estilo de vida devem e~ outras f~ix~s, etárias, prin- Eles mantêm sua eficácia nos idosos,ser estimuladas entre os idosos, com clpalment~ em mdl~lduos com outros apesar da diminuição fisiológicadareni-

aderência e beneficios satisfatórios fatores de nsco cardlovascular ou com nemia com o envelhecimento. Atenção

como demonstrou o Trial of Non~ les~o de órgão-al~o, têm demonstrado deve ser dada ao risco de hiperpotas-pharmacologic lnterventions in lhe maIores beneficlos com o controle semia,especialmenteseassociadoaum

Elderly (TONE)21. Neste estudo, 875 mais rigoroso da PA22~ V~le lembrar diurético poupador de potássio ou em

idosos hipertensos em monoterapia novamente.a alta prevalencla ~e ou~os pacientes com IRC. Tosse e alteração

foram randomizados para restrição na fator~s ~e ~sco nessa populaç~o, ale~ do paladar são eventos adversos queingesta de sódio e/ou redução de peso da p:~pna Idade avanç~da. Ass~, maIS podem limitar seu uso em idosos.

ernobesos, ou tratamento habitual. Após freque~tementeque~sJove~,osldosos Betabloqu~adores -Devem ser3 meses era tentada a retirada do anti- necessItam de terapIa medlcamentosa usados em todos os idosos portadoreshipertensivo. Em 29 meses de segui- associada à mu~ça no estilo de vida de insuficiência coronariana (princi-

mento, 44% dos pacientes do grupo de em,c~o~~e pressao normal alta e HAS palmente após infarto) ou insuficiência

redução de sódio e peso, 37% do grupo está~o 1 ,(!abela 5). .,. cardíaca, exceto nos casos com realde redução de peso e 34% do grupo de .DluretICO~ -, Os tlazldlc~S ~m contra-indicação (como no broncoes-redução de sódio não apresentaram baIxas doses sao farmaco~ de p~melra pasmo, insuficiência arterial periférica

hipertensão ou necessidade de escolhacomo~onoteraplanosl~osOS grave ou ICC descompensada). Nãoreintrodução de medicamento, contra sem ~o-mo~~ld~des. Nos pacIentes são indicados comomonoterapiainicial26% do grupo-controle (p < 0,001). com msuficlencla :enal e clearance em idosos sem co-morbidades, visto

Moderação na ingesta de sódio menor ~ue ,3? ml/mmuto deve-se optar que falharam em mostrar beneficios

(2,4 g/dia) e álcool (30 ml de etanol/dia pelos dlureti~OS de alça. ,. cardioprotetores nesta população.

para homens e a metade para Antagonl~tas do c~n~l d~.calcl~ Porém, em associação aos diuréticosmulheres), consumo de alimentos ricos ~ ~s.anta~oru,stas de calclo dl~~~PI- os resultados estão bem demonstra-

emPotássio ma gn ésio cálcio e fibras ndírucos sao farmacos seguros,Ja tive- dos3°. Os betabloqueadores menos

" b fi . d d 24-27 .,.e pobre em gorduras saturadas, ativi- ram,seus ene ICIOS oc~enta os .' lipossoluvels, como atenolol,metoprolol

dade física aeróbica regular, assim porem.se~ perfil de efeItos col~terals e bisoprolol, devem ser preferidos pelocomo perda de peso em obesos, são pode l.lmltar ~ uso em al~s Idosos menor risco de efeito colateral no sis-

objetivos possíveis de serem alcan- por ..plorar smtoma~ re~at~vam~nte tema nervoso central (depressão,çados nos idosos e podem não só frequentes, como obstipaçao mtestinal, sonolência, confusão, distúrbio do sono).

reduzir o uso de anti-hipertensivoscomo também melhorar o perfil dos ,. Tabela5-Estrati~caçãoderiscoetra~amentoinicialdaHA.Soutros fatores de risco cardiovascular Estágio (mmHg) Grupo de risco A Grupo de risco B Grupo de risco C

e a qualidade de vida dos pacientes. Normal-alta Modificações no Modificações no TerapiaApesar do conceito difundido de que 130-139/85-89 estilo de v~da estilo de vida medicamentosa

é muito difícil mudar hábitos de vida Estágio 1 Modificações no Modificações no Terapiamuito antigos, quando a abordagem é 140-159/90-99 estilo de vida estilo de vida medicamentosafeita com bom senso, criando altema- (até 12 meses) (até 6 meses)

tivas saudáveis, sem radicalismos, com Estágios 2 e 3 Terapia Terapia Terapiaesclarecimentos dos objetivos e resul- 160-179/100-109 medicamentosa medicamentosa medicamentosa

tados esperados, é possível obter boa ~ 180/.::: 1 ~ Oaderência assim como os resultados Grupo de ~sco A -sem fatores de risco, lesão de ?rgão-alvo.ou do.ença cardiovascular

, Grupo de nsco B -com pelo menos um fator de nsco, excluindo diabetesesperados. Grupo de risco C -com diabetes, lesão de órgão-alvo ou doença cardiovascular

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Antagonistas da angiotensina fi tensivos, praticamente sem aumentar do diabetes e da dislipidemia e do uso

-Entre as classes de anti-hipertensivos o custo. Achamos que a terapia combi- de antiagregantes plaquetários, de-

são os que apresentam menor risco de nada com doses baixas de dois ou vem-se investigar fontes emboligê-

efeitos colaterais. Estudos clínicos re- mais medicamentos reduz a P A de nicas cardíacas e carotídeas.

centes, que incluíram grande número forma mais eficaz com menos eventos A reabilitação multiprofissional

de idosos, demonstraram alguns bene- adversos que a monoterapia em doses merece destaque, devendo ser iniciada

ficios desta nova classe, como retardo altas. Muitas vezes um fármaco reduz ainda na fase aguda do A VC. Estudo

na progressão da lesão renal em dia- a incidência de determinado evento recente mostrou redução da recorrên-

béticos e redução de eventos CV em adverso do outro. Como exemplo cia de isquemia cerebral em pacientes

hipertensos com HVE31,32. Como podemos citar que os inibidores da comAITouA VC prévios, hipertensos

regra prática, podemos dizer que ECA reduzem o edema periférico dos ou não, que utilizaram perindopril asso-

devem ser usados em todos os casos antagonistas do cálcio e os efeitos ciado a indapamida35.

em que há indicação de um inibidorda metabólicos dos diuréticos. Hoje já

ECA, porém houve intolerância. existem diversas associações em uma Hipotensão ortostática e

Outros -.Os si~patolíticos têm mesma apresentação ga~ênica, com pós-prandial

seu uso restrIto em Idosos pelo alto custo menor que estes farmacos em

risco de efeitos colaterais. Os agentes separado e com melhor aderência. Devido à menor resposta dos

de ação central podem causar sono- baroceptores à hipotensão em idosos,

lência, déficit de memória, depressão O idoso com A VC estes estão mais propensos à hipo-

e alucinações, enquanto os de ação tensão ortostática e pós-prandial. Em

periférica apresentam alto risco de Os idosos constituem importante tomo de 20% dos idosos apresentam

hipotensão ortostática. Além disso, grupo de risco para complicações vas- HO e aproximadamente 30% dos ido-

em uma análise interina de um grande culares relacionadas a HAS, e 85% sos institucionalizados têm hipotensão

estudo, o alfabloqueador doxazosin dos A VCs ocorrem nesta população. após as refeições36.

apresentou um maior risco de insufi- O A VC ainda é uma das principais A HAS descompensada e deter-

ciência cardíaca que a hidroclorotia- causas de dependência funcional neste minados anti-hipertensivos podem pro-

zida33. Portanto; dJ;vem ser usados grupo, além de levar a complicações vocar ou piorar a HO. Medidas não-

em casos em que há contra-indicação relevantes, como incontinência urinária, farmacológicas devem ser orientadas

aos outros fármacos ou emhipertensos disfagia, depressão e dor crônica. A para HO (hidratação adequada, le-

severos, nos quais a associação das hipertensão arterial é o principal fator vantar-se lentamente, elevação da

outras classes não foi suficiente. Os de risco modificável para doença vas- cabeceira, uso de meias eláticas) e

medicamentos desta classe devem ser cular encefálica e seu tratamento reduz hi potensão pós -prandial (evitar

utilizados com cuidado, iniciando com marcadamente a incidência de eventos refeições copiosas, grande consumo

doses baixas e ajuste lento até a menor cerebrais, como foi demonstrado em de carboidratos e álcool e exercícios

dose eficaz ou maior dose tolerada. váriosestudoscomidosos(tabelas2e3). após as refeições), e muitas vezes

Terapia combinada -Nos grandes O tratamento anti-hipertensivo também apenas o controle adequado da pressão

ensaios de tratamento da hipertensão já demonstrou beneficio na prevenção arterial reverte a H037. Deve-se ainda

em idosos aproximadamente 60% dos de demência34. ter cuidado com o uso de certos medi-

pacientes necessitaram de terapia Nos pacientes com A VC prévio, camentos, como diuréticos (pelo risco

combinada. Os diuréticos podem me- além das medidas como cessação do de depleção de volume), simpatolíticos,

lhorar a eficácia dos outros anti-hiper- tabagismo, controle da hipertensão, nitratos e antidepressivos tricíclicos.

Miranda RD, Pen-otti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS, Toniolo Neto J Rev Bras Hipertens voI9(3): julho/setembro de 2002

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c ,,;"'1,;'1.

Abstract effective, and the best choice is based in the specific personwith bis or her comorbidities and expectations. The

Arte~ial hypertensi~n in t~e elderly: peculiarities nonpharmacologictherapymayhavegoodadherenceintheof physlopathology, dlagnostics, and treatment elderly, since the patientreceive good explanations, specially

Hypertensive elderly patients have a high risk of from a multidisciplinary team. Combined pharmacologiccardiovascular events and consequently worse quality oflife therapy (two drugs in the same pill) is a very good altemativeor survival. After many randomized studies, we now know to elderly people, and is associated with a better adherencethat antihipertensive medication can reduce the risk of and efficacy and less adverse events. There are many casescardiovascular events and improve the quality of life. that were not addressed in the trials, like the frail or the very

Pharmacologic and nonpharmacologic treatment are old. Thiscasesshouldbetreatedrationallyandindividualized.

Keywords: Elderly; Arterial hypertension; Anti-hipertensive treatment; Orthostatic hypotension.

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