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Juliana Rodrigues Pereira
HEMEROTECA DA BIBLIOTECA RAFFAELLO BERTI DA ESCOLA DE
ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS:
PROPOSTA PARA A CRIAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS REFERENCIAL
Belo Horizonte
Faculdade de Educação da UFMG
2016
Juliana Rodrigues Pereira
HEMEROTECA DA BIBLIOTECA RAFFAELLO BERTI DA ESCOLA DE
ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS:
PROPOSTA PARA A CRIAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS REFERENCIAL
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Gestão de Instituições Federais de Educação Superior da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão de Instituições Federais de Educação Superior.
Orientador: Reinaldo Trindade Proença
Belo Horizonte
Faculdade de Educação da UFMG
2016
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Monografia intitulada “Hemeroteca da Biblioteca Raffaello Berti da Escola de
Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais: proposta para a criação
de uma base de dados referencial” de autoria da aluna Juliana Rodrigues Pereira,
defendida junto ao Programa de Gestão das Instituições Federais de Ensino
Superior, Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais,
aprovada pela banca examinadora, constituída pelos professores:
Avaliador
Avaliador
Belo Horizonte, 2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que me concedeu a determinação para lutar sempre, com
coragem e alegria de viver e a todas as bênçãos recebidas.
Agradeço à minha amada mãe, meu anjo protetor, amiga e companheira de todos os
momentos.
À querida Didi pelo seu apoio e incentivo constantes.
Ao Reinaldo Trindade Proença, a atenção dispensada na orientação desse trabalho.
Aos meus colegas da Biblioteca da Escola de Arquitetura, à Márcia Meireles de
Melo Diniz, à Moema Brandão da Silva, à Jane Rodrigues Guirado, pelo apoio,
ensinamentos e auxílio tão valiosos. Em especial , agradeço ao Marco Antônio
Lorena Queiroz pelo apoio, conhecimentos, dedicação, desprendimento, gentileza
e amizade, que foram fundamentais na execução desse trabalho.
Aos amigos, amigas e às minhas famílias de Itabirito e Belo Horizonte pelo apoio
mesmo à distância.
RESUMO
O objetivo do projeto visa disponibilizar, de forma ágil os recortes existentes na
Hemeroteca da Escola de Arquitetura, facilitando o seu acesso através da criação de
uma base de dados referencial. Para a criação da base de dados referencial foram
consultadas a hemeroteca da Biblioteca Nacional, a BNDigital, e as seguintes bases
de dados referenciais: o programa gerenciador de bibliotecas Pergamum, da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, a PUC – Paraná, desenvolvido pela
própria instituição e utilizado por outras diversas no país; e a base referencial Peri
(de artigos e anais de congresso), da Escola de Ciência da Informação da
Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG). Foram avaliados , com o intuito
de propiciar uma eficiente recuperação da informação, a utilização de instrumentos e
conhecimentos biblioteconômicos. Estudou-se o vocabulário controlado, a análise de
assunto, as linguagens documentárias, como as linguagens de indexação (lista
termos autorizados como cabeçalhos de assuntos ou tesauros). Igualmente, foi
observada a necessidade de utilização do formato MARC, o qual foi desenvolvido
para registros bibliográficos no meio automático, cujo preenchimento de planilhas
para entrada de dados possibilitaria o intercâmbio de dados entre diversas
instituições, impedindo a repetição de trabalho. Foi proposta a utilização dos aportes
de caráter quantitativo e qualitativo para o desenvolvimento do trabalho. Concluiu-se
que a implantação de uma base de dados referencial possibilitará ao usuário
encontrar a informação demandada e ter uma visão completa dos assuntos que a
hemeroteca possui e, por conseguinte, alcançar uma maximização do seu potencial
de uso, enquanto fonte de informação, além de permitir também uma resposta mais
completa e precisa das suas necessidades de informação.
Palavras-chave: Hemeroteca. Base de dados referencial. Recuperação da
informação. Fonte de informação.
ABSTRACT
The objective of the project aims to provide fast way the records of the newspaper
and magazine library collection that are in the School of Architecture facilitating their
access by creating a reference database. To create the reference database were
observed newspaper digital library of Biblioteca Nacional (Brazil's National Library),
the BNDigital, and the following reference databases: Pergamum Library Manager
program of the Pontifical Catholic University of Paraná, PUC – Paraná, developed by
the institution itself and used by several other in the country; and Peri reference base
(articles and conference proceedings), of the School of Information Science at the
Federal University of Minas Gerais (ECI/UFMG). The use of tools and knowledge
librarianship were examined with the aim of providing efficient information retrieval. It
was studied the controlled vocabulary , the subject analysis , the documentary
languages, such as indexing languages (list terms allowed as subject headings or
thesaurus) . Also, it was observed the possibility of using MARC Format which was
developed for bibliographic records automatically whose filling in spreadsheets for
data entry, would enable the exchange of data between various institutions,
preventing the repetition of work. It was proposed the use of quantitative and
qualitative contributions to the development of the work. It was concluded that the
deployment of a referential database, will allow the user to find the demanded
information and to have a full view of the subjects that records of the newspaper and
magazine library collection has and thereby improve its potential of use as a source
of information and allows also a more complete and accurate response their
information needs.
Keywords: Records of the newspaper and magazine library collection. Reference
database. Information retrieval. Source of information.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BN Biblioteca Nacional
BNDigital Biblioteca Nacional Digital
EA/UFMG Escola de Arquitetura da UFMG
ECI/UFMG Escola de Ciência da Informação da UFMG
PUC – Minas Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
TICs Tecnologias da informação e Comunicação
MARC Machine Readable Cataloging Record
LISTA DE FIGURAS
1 Percurso da extração de termos .................................................................. 19
2 Visão da hemeroteca ................................................................................... 24
3 Visão das pastas .......................................................................................... 26
4 Organização de assuntos ............................................................................ 27
5 Tela de pesquisa da BNDigital ..................................................................... 31
6 Resultado da articulação de busca da tela de pesquisa da BNDigital ........ 32
7 Resultado da articulação de busca da tela de pesquisa da BNDigital (com subpastas) ..........................................................................................
32
8 Resultado final da articulação de pesquisa da BNDigital ............................ 33
9 Tela de pesquisa do Pergamum .................................................................. 35
10 Resultado da articulação da tela de pesquisa do Pergamum ...................... 36
11 Dados e localização do recorte no Pergamum ............................................ 36
12 Tela da base de dados Peri: Pesquisa simples ........................................... 37
13 Tela da base de dados Peri: Pesquisa guiada ............................................ 37
14 Tela da base de dados Peri: Dicionário de termos ...................................... 38
15 Visualização do registro completo e comando para impressão ................... 39
16 Registro completo e com link para o artigo .................................................. 39
17 Artigo para download ou impressão ............................................................ 40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................... 9
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................ 12
2.1 Hemeroteca .............................................................................. 12
2.2 Bases de dados ....................................................................... 13
2.2.1 Base de dados referencial ...................................................... 14
2.3 Linguagem documentária ....................................................... 16
2.3.1 Análise de assunto .................................................................. 16
2.3.2 Vocabulário controlado .......................................................... 19
2.3.2.1 Listas de cabeçalhos de assuntos ........................................ 20
2.3.2.2 Tesauros .................................................................................. 21
2.4 Formato MARC ........................................................................ 22
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA HEMEROTECA DA EA ............... 24
4 METODOLOGIA ....................................................................... 29
5 RESULTADOS.......................................................................... 30
5.1 Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional .......................... 30
5.2 Hemeroteca da Biblioteca da PUC – Minas .......................... 33
5.3 PERI - base de dados da Biblioteca da Escola de Ciência
da Informação ..........................................................................
37
6 CRONOGRAMA........................................................................ 42
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................... 43
REFERÊNCIAS ......................................................................... 45
APÊNDICE – Plano de ação para a implantação da base
de dados referencial .....................................................
49
9
1 INTRODUÇÃO
A Biblioteca Raffaello Berti, da Escola de Arquitetura da UFMG (EA/UFMG) foi
criada em 1949, tendo como base uma pequena coleção organizada pelo Diretório
Acadêmico desde 1947. Atualmente, possui um acervo significativo de livros,
periódicos nacionais e internacionais, materiais especiais como: mapas, diapositivos
(slides), Cd’s, fitas de vídeos e hemeroteca (recortes de jornais e revistas). O acervo
especializado foi desenvolvido no decorrer dos anos através de aquisições e
doações de instituições e pessoas envolvidas com a área, classificada como
biblioteca de referência na área de Arquitetura e Urbanismo no Brasil.
Este trabalho propõe a organização e recuperação da informação do acervo da
Hemeroteca da EA/UFMG, com o objetivo de desenvolver uma base de dados
referencial em formato on line dos documentos existentes, garantindo uma
recuperação eficaz do material considerado especial e não convencional nas
bibliotecas brasileiras.
A motivação para trabalhar com o tema “hemeroteca” deve-se à experiência
profissional no setor de Referência da Biblioteca da EA/UFMG, que permitiu
vislumbrar a importância dos materiais existentes, que contribuem de forma
relevante para suprir as lacunas existentes. Para isso, torna-se fundamental, pensar
em formas que facilitem à recuperação da informação utilizando os recursos
oferecidos pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
A criação da hemeroteca teve como objetivo suprir as carências informacionais de
assuntos específicos, que não existiam no acervo convencional, concomitantemente,
permitir a atualização dos assuntos divulgados em veículos de comunicação
periódica como jornais e revistas. Dessa forma, houve um crescimento significativo
do material, que passa a exigir uma busca minuciosa e exaustiva, porque a forma de
recuperação da informação existente se limita às palavras-chave pré-definidas e
pouco atualizadas.
10
Atualmente, a hemeroteca possui um acervo significativo, com interesse especial
para a área de Arquitetura, Urbanismo e recentemente, Design. Os documentos
encontram-se organizados em pastas suspensas por grandes áreas temáticas e
acondicionados em arquivos de aço. Devido a dificuldade na consulta e acesso aos
artigos, uma vez que a organização é estritamente manual e não há como realizar, a
contento, articulações de pesquisa para localização da informação, propõe-se a
implantação de uma base de dados para que permita uma adequada articulação de
forma de procurar o assunto, possibilitando um acesso mais facilitado à informação
assim como o conhecimento mais completo das informações contidas nessa
importante fonte. A base de dados seria referencial, já que a digitalização dos
arquivos de recortes, desrespeitaria a Lei 9.610 de direitos autorais, o que impede
a digitalização e disponibilização dos recortes em rede. Todavia, não há nenhuma
dúvida que mesmo sendo implantada uma base referencial, esta atenderia muito
bem ao objetivo de possibilitar um acesso pleno a grande parte das informações
contidas na hemeroteca, bem como a sua localização de forma mais facilitada.
A proposta visa utilizar o recurso tecnológico para a hemeroteca, permitindo o
acesso mais rápido e preciso à informação, em total consonância com as facilidades
propiciadas pela tecnologia nos tempos atuais. Como forma de dinamizar o
processo e proporcionar a recuperação eficiente do acervo da hemeroteca, propõe-
se a automatização do acervo utilizando software específico, definição de planilhas
para entrada de dados no formato MARC, estabelecimento de vocabulário
controlado ou natural para facilitar a recuperação, possibilitando assim a criação de
uma base de dados referencial que permitirá a maximização de uso do acervo de
recortes.
Os desdobramentos da proposta encontram-se distribuídos da seguinte forma: a
Introdução, que fornece uma visão geral do trabalho. Na sequência, os objetivos da
pesquisa e os procedimentos metodológicos adotados para o seu desenvolvimento.
A seguir, apresentam-se a Biblioteca da Escola de Arquitetura da UFMG –
focalizam-se o histórico da Biblioteca da EA/UFMG e a hemeroteca em termos
conceituais e da sua situação.
11
Como objetivo geral, espera-se desenvolver uma base de dados referencial
eletrônica para facilitar a recuperação da informação dos documentos existentes na
Hemeroteca da Biblioteca da Escola de Arquitetura da UFMG. Quanto aos objetivos
específicos, almeja-se o estabelecimento de diretrizes para a seleção e tratamento
dos documentos da hemeroteca; a identificação do software a ser utilizado;
especificação dos campos do formato MARC, que são fundamentais para a
recuperação da informação (o formato MARC é utilizado através de campos
padronizados, que permite o intercâmbio de dados bibliográficos) , análise e
definição da utilização de linguagem natural ou cabeçalhos controlados e escolha
de quais os instrumentos necessários para o trabalho, estabelecimento da
classificação e hierarquia para o acondicionamento dos documentos impressos e
acondicionados nas pastas.
12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos subtópicos a seguir, serão tratados como objetos de discussão e à luz da visão
de alguns autores, os temas hemeroteca, linguagem documentária, análise de
assunto, vocabulário controlado, listas de cabeçalhos de assuntos, tesauros e
formato MARC, assim como o conceito de bases de dados e base de dados
referencial. Todos esses elementos são de suma importância para que a base de
dados escolhida funcione a contento, sobretudo no quesito recuperação de
informação.
2.1 Hemeroteca
Para elucidar o conceito, são citadas algumas definições. O dicionário online de
Português Michaellis apresenta uma definição objetiva: “Lugar onde se arquivam
jornais e outras publicações periódicas”. Já o site da Infoescola trás uma definição
mais completa, inclusive citando as bibliotecas, em consonância com o que foi
apontado logo acima.
A palavra Hemeroteca tem origem no vocabulário grego. No caso, os vocábulos, heméra que tem o significado de dia, somado à théke, que significa “coleção” ou “depósito” criam a palavra hemeroteca, ou seja, um conjunto organizado ou coleção de periódicos (revistas/jornais). Muitas vezes, encontramos hemerotecas dentro de bibliotecas. Geralmente são seções dedicadas à conservação, organização e consulta de materiais temáticos como revistas, jornais, folhetins, suplementos, anuários e etc.) (ARAÚJO, c2006 – 2015).
Outras definições de hemeroteca são apresentadas a seguir, como complemento às
já citadas. A primeira diz que: “O termo hemeroteca origina-se do grego heméra que
significa “dia” e théke que significa depósito ou caixa” (BUONOCORE, 1976, p.243
apud AZEVEDO NETTO et al., 2014, p.76). A segunda definição amplia o conceito
ao afirmar que: “[...] defini-se hemeroteca como um acervo composto de clipping de
jornais e revistas de uma determinada temática [...] [e] proporciona a recuperação
futura do que foi publicado no passado ” (BUSE, 2008 apud AZEVEDO NETTO et
al., 2014, p.76).
Diante dos conceitos expostos sobre o que é hemeroteca, fica claro a sua relevância
enquanto fonte de informação e o porquê da proposta de seu desenvolvimento e
implementação. As palavras de Azevedo Netto et al. confirmam a já
reiterada/mencionada importância: “As hemerotecas constituem-se em lugar de
13
preservação da informação”. Seguem os autores dizendo: “Estes espaços auxiliam o
pesquisador na busca de informações específicas e o cidadão comum na busca de
informações que contribuam para o resgate da história” (2014, p.82).
2.2 Bases de dados
Para Cunha (2001) e Rowley (1994) apud Guirado1 (2015, p. 35) base de dados “[...]
refere-se a uma coleção de registros similares entre si que apresenta algum tipo de
relações”. Alguns autores tratam banco de dados como sinônimo de base de dados,
porém, na visão deles, são conceitos diferentes: “[...]as interligações das diversas
bases constituem em um sistema de recuperação de informações denominada
banco de dados. (apud GUIRADO2, 2015, p. 35).
Silva, Ramos e Noronha (2006) apud Guirado3 (2015, p. 3) “[...] mencionam que,
apesar do termo base de dados esteja associada ao formato eletrônico, sua origem
partiu das bibliotecas em razão do controle bibliográfico que é realizado em seus
acervos”. Sendo assim, os catálogos das bibliotecas exemplificam as primeiras
bases de dados por permitirem o acesso à informação. A evolução da tecnologia e
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) propiciam a infraestrutura
tecnológica básica para o desenvolvimento dos bancos de dados.
1 CUNHA, M. B. D. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet
de Lemos, 2001 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora. 2 CUNHA, M. B. D. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2001 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora. 3SILVA, M.S.; RAMOS, L.M.V.C.; NORONHA, D.P. Base de dados. In: POBLACION, D.A.; WITTER,
G.P.; SILVA, J.F.M. (Org). Comunicação e produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara; 2006. cap. 10, p. 261-286 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora.
14
2.2.1 Base de dados referencial
Com o intuito de melhor atender aos usuários, sobretudo, o usuário moderno e em
consonância com o momento atual das inovações tecnológicas, a Biblioteca
EAUFMG planejou a criação de uma base de dados referencial da hemeroteca. O
objetivo deste estudo é planejar a criação de uma base de dados referencial que
propicie aos usuários a disponibilização de forma ágil dos recortes existentes na
Hemeroteca da Escola de Arquitetura, facilitando o seu acesso, além de
disponibilizar ao usuário outra opção de fonte de informação diferenciada, seja
quanto à tipologia, no caso reportagens extraídas de jornais, ou à abrangência, já
que a cobertura tem caráter diversificado (reportagens com valor histórico e temas
da atualidade). Ou seja, a simples identificação dos artigos contidos nas pastas da
hemeroteca permitirá uma busca mais ágil, mais rápida dos assuntos, assegurando
uma recuperação mais eficaz desse material bibliográfico considerado especial, não
convencional nas bibliotecas brasileiras e de grande valia para os usuários.
Para que a hemeroteca possibilite um melhor aproveitamento por parte do usuário
sobre o seu conteúdo e, inversamente, que o seu conteúdo seja melhor aproveitado
pelos consulentes, a implantação de uma base de dados pode ser apontada como a
melhor solução para que este objetivo seja alcançado.
Embora o acesso a hemeroteca da Biblioteca da Escola de Arquitetura seja manual,
uma organização já existe, condição sine qua non para que a base disponibilize a
informação a contento: “[...] é necessário que a informação seja organizada de forma
adequada, com a finalidade de beneficiar a comunidade a qual pertence (SILVA;
RAMOS, NORONHA, 2006, p. 263 apud GUIRADO4, 2015, p. 35). Seguem os
autores, corroborando com tal pensamento, para que uma base de dados possa ser
utilizada com grande êxito pelos usuários:
4 SILVA, M.S.; RAMOS, L.M.V.C.; NORONHA, D.P. Base de dados. In: POBLACION, D.A.; WITTER,
G.P.; SILVA, J.F.M. (Org). Comunicação e produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara; 2006. cap. 10, p. 261-286 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora.
15
[...] a existência das bases de dados está intimamente relacionada à necessidade da existência do controle, da disseminação e visibilidade do conhecimento produzido nos mais diferentes âmbitos: temático, geográfico e institucional (apud GUIRADO
5, 2015, p. 35).
Diante do exposto, fica cada vez mais claro que não é pura e simplesmente a
automatização da hemeroteca que proporcionará um melhor acesso a informação
desejada, e como já citado, também o oposto: que a hemeroteca possibilite ser
melhor explorada em todo o seu potencial de informação. Além da aplicação da
tecnologia, deverão ser observados a aplicação de instrumentos e conhecimentos à
luz da Biblioteconomia como igualmente a finalidade de uma base de dados: “[...]
cada base de dados define seus critérios com relação à inclusão dos títulos, de
acordo com, os objetivos a que se propõe, do público alvo a que pretende alcançar e
áreas de interesse que contemplam” (ROWLEY, 1994 apud GUIRADO6, 2015, p.
36).
Uma vez organizada a hemeroteca e partindo de diretrizes da unidade da
informação e a aplicação dos conhecimentos e instrumentos da Biblioteconomia
(como, por exemplo, utilização de vocabulário controlado e lista de cabeçalhos de
assuntos), certamente, a base de dados conseguirá desempenhar de maneira
desejável a sua finalidade: “Esse controle tem como pressuposto o domínio sobre os
suportes que registram o conhecimento e como objetivos a identificação, a
localização e a obtenção do documento” (SILVA; RAMOS, NORONHA, 2006, p. 263
apud GUIRADO7, 2015, p. 35).
5SILVA, M.S.; RAMOS, L.M.V.C.; NORONHA, D.P. Base de dados. In: POBLACION, D.A.; WITTER,
G.P.; SILVA, J.F.M. (Org). Comunicação e produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara; 2006. cap. 10, p. 261-286 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora. 6 ROWLEY, J. E. Informatica para bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 1994 apud GUIRADO,
Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora. 7 SILVA, M.S.; RAMOS, L.M.V.C.; NORONHA, D.P. Base de dados. In: POBLACION, D.A.; WITTER,
G.P.; SILVA, J.F.M. (Org). Comunicação e produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara; 2006. cap. 10, p. 261-286 apud GUIRADO, Jane Rodrigues. Produção científica da área das Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indexada nas bases de dados Web of Science e SCOPUS (2007 – 2012). 2015. 213 f. Dissertação
16
2.3 Linguagem documentária
Como é de conhecimento geral, as tecnologias, principalmente a Tecnologia de
Informação (TI), foram incorporadas pelas bibliotecas nas suas atividades, entre
elas, a principal, a de atendimento aos usuários. “[...] com a introdução da
informação em suportes eletrônicos no acervo das [...] unidades de informação e de
tecnologias para acessá-la, abriu-se a possibilidade de consultas a bases de dados
on-line (MORIGI; PAVAN, 2004, p. 120). E como o atendimento do usuário assim
como a sua satisfação estão entre os principais objetivos a serem alcançados pela
biblioteca, a automatização da hemeroteca, indica ser a solução para os problemas
de recuperação.
Todavia, a automatização por si só da hemeroteca será insuficiente para solucionar
o problema da localização da informação, de uma reportagem conter mais de dois
assuntos, o que poderá acarretar a perda de informações importantes para o
consulente, além de proporcionar ao usuário múltiplas formas na hora da articulação
da pesquisa para se chegar ao que se deseja.
Para que isso seja alcançado é essencial a utilização de conhecimentos e
instrumentos da Biblioteconomia como a análise de assuntos (indexação),
vocabulário controlado ( listas de cabeçalhos de assunto e tesauros).
2.3.1 Análise de assunto
Se na indexação8, uma das atividades do Tratamento da Informação, fossem
usados somente termos da linguagem natural, em pouquíssimo tempo seria
(Mestrado em Ciência da Informação) - Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. Arquivo cedido pela autora.
8 Para Gardin (1981) apud Silva e Mojita (2004, p. 136),”[...] Indexação é vista como uma operação
de representação documentária com a finalidade pragmática de Recuperação da Informação”. Já Esteban Navarro (1999) apud Silva e Mojita (2004, p. 137 – 138), afirma que: “A Indexação consiste em um processo a identificar e descrever ou caracterizar o conteúdo informativo de um documento mediante a seleção das matérias sobre as quais versa (indexação sintética) ou dos conceitos presentes (indexação analítica) para sua expressão da língua natural e sua expressão em índice, com o objetivo de permitir posterior recuperação dos documentos pertencentes a uma coleção documental ou conjunto de referências documentais como resposta a uma demanda acerca do tipo de informação que este contém.
17
impossível conseguir recuperar as informações e, tampouco, informações
relevantes para o usuário. Por isso, que as linguagens documentárias são
fundamentais para o êxito de uma recuperação da informação a contento:
Linguagens documentárias (LDs) são sistemas de signos que visam a uniformização do uso da linguagem de especialidade, proporcionando uma representação padronizada do conteúdo informacional, bem como uma recuperação da informação mais pertinente. Por esse motivo, as linguagens documentárias são instrumentos fundamentais na atividade de indexação da informação (SALES, 2007, p. 96).
Segue o autor dizendo que:
Dentre os diversos tipos de linguagens documentárias, pode-se citar os cabeçalhos de assunto, os glossários, os dicionários, os vocabulários controlados, os sistemas de classificação decimal, as taxonomias, os tesauros e as ontologias(SALES, 2007, p. 96).
As linguagens documentárias atuam como mediadoras entre a informação e o
usuário, sendo fundamentais para que possam ser transmitidas, compreendidas por
este último. Em consonância com tal pensamento, Ginez de Lara, (2004, p. 231)
apud Vieira (2012, p. 32) diz que:
A denominação linguagem documentária, além de referir-se ao conjunto dos diferentes tipos de instrumentos especializados no tratamento da informação bibliográfica (sistemas de classificação enciclopédicos ou facetados e tesauros), designa, de modo mais amplo e completo, a linguagem especialmente construída para organizar e facilitar o acesso e a transferência da informação.
Todavia, para que o controle dos termos possibilite uma indexação conveniente e,
por conseguinte, uma eficiente recuperação da informação, é imprescindível que
haja uma criteriosa análise de assunto, uma das etapas da indexação que é
fundamental para a localização de conceitos que sejam efetivamente importantes
para os usuários e os intentos que norteiam a incorporação. Como exemplifica a
figura 01.
Sobre isso, Fujita diz:
A análise de assunto é a etapa mais importante do trabalho do indexador. Tem como objetivo identificar e selecionar os conceitos que representam a essência de um documento. O processo de identificação de conceitos envolve certo grau de complexidade por exigir do indexador o uso de metodologia adequada para garantir bons resultados na recuperação [...] (2003, p.85).
18
Porém, o exame de um documento e a extração de seus conceitos traz consigo uma
grande quantidade de subjetividade, incluindo valores pessoais e, evidentemente, a
a formação do profissional. Para que não haja interferência (se é que isto é
possível!) na análise de assunto realizada pelo indexador, existem algumas
recomendações cuja finalidade é amainar a visão pessoal do profissional acerca de
determinados assuntos. A respeito disso, Fujita afirma que
[...] pela análise de literatura, a identificação de conceitos depende da tematicidade do texto e está atrelada à leitura do indexador e às suas concepções de análise de assunto adquiridas pela sua formação, objetivos e políticas de indexação (2003, p. 85).
19
Figura 1 - Percurso da extração de termos
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
2.3.2 Vocabulário controlado
Como já mencionado, o vocabulário livre não é a forma mais adequada para se
organizar e proporcionar uma eficaz recuperação da informação. Sobre tal qual
questão, Cintra et al. (2002, p. 34-35) apud Medeiros, R.; Melo, E. S. F.;
Nascimento, M. S. (2008, p. 9 - 10) afirmam que as linguagens documentárias são:
20
[...] construídas para a indexação, armazenamento e recuperação da informação e correspondem a sistemas de símbolos destinados a “traduzir” os conteúdos dos documentos. [...] Sua função comunicativa, entretanto é restrita a contextos documentários , ou seja, as LDs [Linguagens
Documentárias] devem tornar possível a comunicação usuário-sistema.
Para que haja um controle dos termos utilizados para que seja possível que a
articulação da busca realizada pelo usuário, normalmente através de vocabulário
não controlado, possa remeter a informação desejada, é necessária a utilização de
instrumentos, que são do tipo alfabético e também alfabético-numérico, que façam a
“tradução” da linguagem natural9 para a linguagem controlada (a já citada
indexação): o vocabulário controlado que são as listas de cabeçalhos de assunto,
os tesauros e os esquemas de classificação bibliográfica - a Classificação Decimal
de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU) - que se expressam
pelo tratamento temático da informação. Todavia, em um primeiro momento, não
serão tratadas a CDD e a CDU, pois, a princípio, não seriam necessárias a utilização
de um sistema de classificação bibliográfica na organização da hemeroteca da
Biblioteca EAUFMG por não achar que se aplicam a proposta a ser desenvolvida.
2.3.2.1 Listas de cabeçalhos de assuntos
As listas de cabeçalhos de assunto são indicações, denotações de termos para a
designar assuntos com a forma de cabeçalhos já estruturados (fazem parte às
linguagens de indexação pré- coordenadas, por combinar ou coordenar os termos
no momento da indexação). É uma forma de controle dos termos e de “tradução“ da
linguagem natural utilizada pela maioria dos usuários. As listas foram pensadas,
sobretudo, como um instrumento cujo objetivo principal seria uniformizar a
indexação.
Sobre as listas de cabeçalhos de assunto, Novellino afirma que:
foram construídas para instrumentalizar a indexação de assuntos de documentos, [...] para compor o catálogo alfabético de assuntos. Elas foram projetadas para bibliotecas de acervos gerais e compreendiam o conhecimento como um universo fragmentável em disciplinas (1996, p.36).
9 Ferreira (2011, p. 2) apud Vieira (2012, p. 32) diz que “LN [Linguagem natural] analisa os dados da
experiência segundo padrões que dependem da tradição cultural e do momento social do povo que a fala. Assim, podemos dizer que cada LN é, a rigor, uma análise da sociedade, do homem participante de um grupo e de sua cultura. FERREIRA, Syrlei Maria. Linguagens de indexação III. Formiga: UNIFOR, 2011. Apostila. Não publicado.
21
No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) é responsável pela elaboração da lista
de cabeçalhos de assunto, lista esta oferecida as bibliotecas conveniadas a Rede
Bibliodata/CALCO. Este produto destina-se, primordialmente, a estabelecer regras
que norteiem a coerência de critérios na elaboração de uma linguagem de
indexação pré-coordenada, que teve como base a Subject Headings da Library of
Congress levando em consideração as características próprias do nosso idioma.
(VIEIRA, 2012).
O catálogo de assunto é formado pelo conjunto dos cabeçalhos de assunto
ordenados alfabeticamente, onde são encontradas as referências para os itens
catalogados (TORRES; ALMEIDA, 2015).
2.3.2.2 Tesauros
Outra linguagem documentária, também muito usual no tratamento de
documentos, é o tesauro. Assim como a lista de cabeçalhos de assunto, visam
“traduzir” termos do vocabulário controlado livre, reconhecendo-os numa lista de
termos uniformizada, e visando também a recuperação da informação. A respeito
disso, Novellino (1996, p. 40) afirma que: “O Tesauro, foi idealizado como
instrumento facilitador da comunicação dentro do sistema, padronizando as
linguagens de indexação e de recuperação, a partir da terminologia da área
representada”.
Talvez, a principal diferença, em termos conceituais do tesauro em relação a lista
de cabeçalho de assunto seja a questão deste ser desenvolvido para uma área
específica do conhecimento, inclusive contando com a participação de
especialistas. Sobre tal questão, Torres e Almeida (2015) dizem que:
O vocabulário selecionado para a construção de tesauros é criado a partir de um conjunto restrito de palavras e frases, em linguagem natural, extraído das fontes do domínio.[...]. O conhecimento na área de domínio do tesauro deve permitir definir precisamente se determinado termo deve ou não fazer parte do vocabulário controlado. Os domínios são definidos através da especificação de critérios para a seleção de termos, como a garantia literária, a garantia do usuário e a garantia estrutural. A garantia literária se refere ao princípio de que o vocabulário controlado deve ser um
22
produto da literatura que pretende representar. A garantia do usuário se refere à capacidade dos termos selecionados para um tesauro de estarem de acordo com os termos utilizados pelos usuários na recuperação da informação.
A preocupação com a criação de um instrumento de representação da informação
voltado para a recuperação, e, conseqüentemente, para demonstrar ao usuário a
estrutura da linguagem de representação deu origem aos tesauros (NOVELLINO,
1996, p.39).
São instrumentos utilizados em sistemas documentários prescrevendo as formas
de entrada e de busca a serem utilizadas pelo indexador ou pelo usuário
(TORRES; ALMEIDA, 2015).
2.4 Formato MARC
Na catalogação, uma das atividades que está entre as mais importantes realizadas
pelo bibliotecário, é a responsável pelo controle de termos, a representação e, às
vezes, a transcrição de um documento, além é claro da recuperação da informação.
Começou a ser incrementada nos anos 60 do século XX, há quase 60 anos, pelo
surgimento do projeto Machine Readable Cataloging Record (MARC) ou, em
português, Catalogação Legível por Máquina. Mey (1995) apud Silva e Baptista
(2013, p. 2) diz “[...] [MARC] [é] uma maneira de codificar um registro bibliográfico de
forma que um computador possa interpretá-lo”. Começava a acontecer, então, a
transformação da catalogação e surgia o conceito de catalogação em rede e
cooperativa:
“[...] a catalogação transformou as fichas catalográficas manuscritas e impressas em registros legíveis por máquina, numa trajetória que evoluiu dos catálogos impressos para os catálogos em linha até as redes de catalogação cooperativa” (MACHADO; HELDE; COUTO, 2007 apud SILVA; BAPTISTA, 2013, p. 2).
O formato MARC 21 é o resultado da evolução do LC10 MARC. Iniciou-se quando a
Biblioteca do Congresso norte-americano começou a utilizar computadores, ainda na
década de 60, o que exigiu o desenvolvimento de um formato para registros
10
Library of Congress: a Biblioteca do Congresso Americano.
23
bibliográficos no meio automático. A respeito disso, Rodrigues e Teixeira afirmam
que:
[...] o formato MARC, que utiliza um sistema de números, letras e símbolos dentro do registro bibliográfico para indicar diferentes tipos de informação. [...] tornou-se o padrão utilizado pela maioria dos softwares de biblioteca no mundo (2010, p. 48).
Dentre as mais importantes razões para a utilização do padrão MARC, uma delas é
a que torna possível realizar a troca de dados entre diversas instituições, evitando a
repetição de trabalho e, por conseguinte, possibilitando economia de tempo.
Ademais, também propicia que, quando ocorrer uma substituição de um programa
gerenciador de bibliotecas por outro, não haja perda de dados, algo bastante
recorrente na migração de dados de um sistema automatizado para outro.
Em linhas gerais, o registro MARC
[...] é composto por três elementos: estrutura, indicação do conteúdo e
conteúdo propriamente dito. A estrutura do registro é uma implementação
dos padrões internacionais ANSI Z39.2 e ISO 2709. As indicações de
conteúdo são códigos e convenções estabelecidos para identificar e
caracterizar os dados dentro do registro e permitir sua
manipulação.Os conteúdos dos dados que compõe um registro MARC
geralmente são definidos por padrões externos ao formato, como:
International Standard Bibliographic Description (ISBD), Anglo-American
Cataloguing Rules (AACR2), Library of Congress Subject Headings (LCSH)
ou outros códigos usados pela instituição criadora do registro.
O formato MARC 21 para dados bibliográficos inclui informação sobre
material textual impresso ou manuscrito, arquivo de computador, mapas,
música, recurso contínuo, material visual e material misto; os dados
bibliográficos normalmente incluem título, nome, assunto, nota, dado de
publicação e descrição física (MARANHÃO; MENDONÇA, 2015, grifo do
autor).
Com a definição de planilhas para entrada de dados no formato MARC, os
instrumentos biblioteconômicos assim como a aplicação dos conhecimentos da área,
tornam-se imensas as possibilidades de se realizar uma ótima escolha, no caso de
um programa já existente, ou o desenvolvimento de uma base referencial de
excelência para a hemeroteca da Biblioteca EAUFMG, sobretudo na apresentação
do seu conteúdo informacional e na qualidade da recuperação da informação.
24
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA HEMEROTECA DA EA
Figura 2 – Visão da hemeroteca
Fonte: Arquivo particular da autora, 2015.
Criada em 1949, a Biblioteca da Escola de Arquitetura da UFMG possui um acervo
específico nas áreas de Arquitetura e Urbanismo e Design. A biblioteca é um ponto
de referência estadual em sua área. É de livre acesso, atende à comunidade em
geral e o usuário pode contar com o auxílio de um bibliotecário de referência para
orientá-lo sobre os recursos informacionais e serviços oferecidos pela biblioteca.
Entre os usuários da biblioteca, encontram-se professores, alunos e funcionários da
Escola e os demais usuários de outras unidades da UFMG e usuários externos.
A Biblioteca EA/UFMG está subordinada administrativamente à Diretoria da Escola
de Arquitetura/UFMG o que favorece nas tomadas de decisões relativas às questões
de pessoal, financeiras, infraestrutura e outras, uma vez que a Diretoria encontra-se
inserida no contexto da escola.
Tecnicamente, a Biblioteca está subordinada à Diretoria do Sistema de Bibliotecas
da UFMG, a responsável pela padronização das atividades, serviços e produtos das
25
bibliotecas do sistema. A Biblioteca EA conta com um regulamento próprio que dá as
diretrizes para sua atuação junto à comunidade.
O seu acervo apresenta os seguintes assuntos principais e correlatos: Arquitetura,
Urbanismo, Artes, Engenharia hidráulica, sanitária, Construção, Civil, Design,
Literatura, Geografia, História Antiga entre outros.
Como toda biblioteca universitária, seu acervo possui além de livros e periódicos,
bases de dados de acesso local e on line, outros materiais especiais como mapas,
slides e recortes de jornais. Estes últimos, dentre todos os materiais especiais, são
os que apresentam maior número de consultas.
Em termos de quantidade, possui:
50103 livros;
aproximadamente 40000 periódicos;
em torno de 2500 mapas;
aproximadamente 2900 slides;
241 fitas VHS;
em torno de 800 CDs e DVDs.
No setor de Referência da Biblioteca, são exercidas as atividades de atendimento a
usuários internos e externos a UFMG. São realizadas orientações ao uso do acervo
através da base de dados Pergamum do Sistema de Bibliotecas da UFMG
(SBUFMG) e em outras fontes como o Portal de Periódicos da CAPES, mapas,
periódicos impressos entre outros, assim como os demais serviços como
empréstimo, COMUT e pesquisa bibliográfica e hemeroteca. É no Serviço de
Referência, atividade que visa satisfazer à necessidade de informação do usuário,
que está situada a hemeroteca. Ressalta-se a sua importância, por suprir as
lacunas do acervo da biblioteca, complementando informações que o usuário não
encontra nas tradicionais fontes de informação.
26
Atualmente, a hemeroteca conta com aproximadamente setecentas e vinte (720)
pastas suspensas cobrindo vários assuntos relacionados com as áreas de
Arquitetura, Urbanismo e Design (FIGURA 2).
Figura 3 – Visão das pastas
Fonte: Arquivo particular da autora , 2015.
As pastas estão organizadas em ordem alfabética de assunto. O assunto é
identificado com uma placa sobre a pasta que fica na posição horizontal na gaveta.
As figuras 3 e 4 ilustram a organização das pastas. Os recortes estão relacionados
em uma folha tamanho ofício ou A4, em ordem numérica crescente e por títulos de
reportagem ou artigo, colada dentro da pasta e com o assunto e referência da fonte
da reportagem (jornal/revista, caderno, página e data) discriminados na parte
superior da folha, além do número de ordenação sequencial que foi atribuído a ela.
O número de recortes (reportagens, artigos etc.) varia muito conforme o assunto: há
assuntos que ocupam duas ou mais pastas, em torno de 30 recortes, assim como
existem pastas com três ou quatro recortes (a escassez de alguns assuntos podem
indicar a dificuldade de encontrá-los, mesmo nas fontes tradicionais, sobretudo livros
e periódicos).
27
Como alguns assuntos cresceram em demasia, foram divididos por tipologia. Por
exemplo, o assunto bairro. Anteriormente, eram poucas pastas com tal assunto, mas
como aumentaram exponencialmente as reportagens separadas, criou-se uma
subordinação: Bairro – Alto Barroca; Bairro – Barreiro; Bairro – Castelo etc. O
assunto é bairro subdividido pelo nome do bairro, sempre em ordem alfabética.
Figura 4 – Organização de assuntos
Fonte: Arquivo particular da autora , 2015.
A recuperação da informação nessas pastas é realizada manualmente, percorrendo
cada artigo selecionado. Portanto, essa recuperação torna-se ineficaz, uma vez que,
demanda muito tempo do usuário para localizar a informação de seu interesse.
Não é utilizado nenhum instrumento biblioteconômico como lista de cabeçalhos ou
tesauros. Há uma listagem com todos os assuntos relacionados. A tarefa de
determinação de assuntos ou mesmo a inclusão de assuntos nas pastas já
existentes é bastante complicada. Apesar de se manter um padrão, como o
vocabulário utilizado é livre, muitas vezes é difícil a decisão de onde se armazenar a
reportagem já que não há um controle total sobre os termos. Uma informação pode
estar guardada em uma determinada pasta onde o usuário jamais poderia imaginar.
28
Se a subjetividade pode interferir até na recuperação da informação automatizada (o
que não impede que seja localizada), dirá então em um sistema de busca que
depende exclusivamente do usuário, o que pode acarretar que ele não encontre a
informação.
29
4 METODOLOGIA
Este projeto identificou a necessidade de recorrer aos aportes quantitativo e
qualitativo, de forma a identificar o número total de recortes de jornais e revistas a
serem tratados, paralelamente, compreender, definir e analisar as questões com
enfoque qualitativo, que referem-se ao desenvolvimento da base de dados
referencial para uma hemeroteca.
Para o desenvolvimento do projeto, realizou-se um levantamento bibliográfico
relativo à temática da Hemeroteca, conceituação e características. Acrescenta-se
ainda, os aspectos relacionados ao tratamento técnico de documentos especiais e
instrumentos utilizados para a indexação de assuntos, bem como a definição de
campos MARC para a construção da base de dados referencial.
Na fase exploratória do desenvolvimento deste projeto foram realizadas visitas aos
sites de hemerotecas digitais/virtuais como a Biblioteca Digital (BNDigital) da
Biblioteca Nacional, entre outras hemerotecas relevantes. Na mesma perspectiva
algumas bases referenciais foram identificadas, como por exemplo, a Base Peri, da
Biblioteca da Escola de Ciência da Informação da UFMG (ECI/UFMG) e da
hemeroteca da Pontifícia Universidade Católica, PUC – Minas.
Dessa forma, foram considerados os pontos negativos e positivos de cada base de
dados visitada, para que estes possam pautar o desenvolvimento de uma base de
dados referencial, que seja eficaz para a Biblioteca da Escola de Arquitetura da
Universidade Federal de Minas Gerais (EAUFMG).
Para o desenvolvimento da base de dados referencial para a hemeroteca, foi
realizada uma pesquisa exploratória de algumas bases de dados já existentes; as
escolhidas foram: Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, Hemeroteca da
Biblioteca da PUC-Minas, PERI – Base de dados da Biblioteca da Escola de Ciência
da Informação.
30
5 RESULTADOS
Este capítulo destina-se a apresentação dos resultados da pesquisa que será
descrita de acordo com sua realização. A pesquisa foi realizada através da
observação dos sites das hemerotecas da Biblioteca Nacional, da Biblioteca da PUC
- Minas e da PERI – Base de dados da Biblioteca da Escola de Ciência da
Informação, que é uma base de dados referencial. Ao mesmo tempo em que
ocorreram as visitas aos sites, foi possível analisar os campos existentes nessas
bases os quais serão fundamentais para a construção da base de dados referencial
da Biblioteca da Escola de Arquitetura.
5.1 Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
A Biblioteca Nacional (BN), a maior do Brasil e umas das maiores sul-americanas,
possui também uma das maiores hemerotecas do Brasil, Biblioteca Nacional Digital
(BNDigital), com mais de 1.500.000 documentos e de livre acesso.
A Hemeroteca Digital Brasileira, produto da Fundação Biblioteca Nacional, oferece
aos usuários portal de periódicos nacionais que possibilita uma vasta consulta, pela
internet, ao seu acervo de periódicos – jornais, revistas, anuários, boletins etc. – e
de publicações seriadas. Possibilita para pesquisadores em qualquer localização no
mundo, acesso inteiramente livre e sem qualquer ônus, em títulos que incluem os
primeiros jornais criados no país, ou que não circulam mais na forma impressa, caso
recente do Jornal do Brasil.
Os documentos que são disponibilizados pela BNDigital, são apenas os que são de
domínio público ou com a devida autorização do titular do direito autoral.
É possível realizar a consulta, que é plena e avançada, de qualquer aparelho que
esteja conectado a Internet. A busca por palavras ocorre nos conhecidos campos:
título, período, edição, local de publicação e palavra(s), onde este último só é
permitida a sua realização devido à utilização da tecnologia de Reconhecimento
Ótico de Caracteres (Optical Character Recognition – OCR), o qual possibilita aos
usuários maior alcance na pesquisa textual em periódicos. Uma outra vantagem do
31
portal é que pode-se imprimir em casa as páginas desejadas, não havendo a
necessidade estar in loco para fazê-lo.
Apesar da possibilidade de se articular a procura pelos vários campos, inclusive o de
palavras, que é um campo livre, o resultado da pesquisa é apresentado de uma
forma um pouco confusa (FIGURAS 5 e 6):
Figura 5 – Tela de pesquisa da BNDigital
Fonte: BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL BRASIL, c2015
Deve-se clicar no título de um dos documentos retornados na pesquisa, mas tal
ação não é de fácil entendimento (FIGURA 5).
32
Figura 6 – Resultado da articulação de busca da tela de pesquisa da BNDigital
Fonte: BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL BRASIL, c2015
Na tela seguinte que se abre, ainda não aparece o documento, mas a explicação
dada é que se deve clicar em outra(s) pasta(s):
Figura 7 – Resultado da articulação da tela de pesquisa da BNDigital (com subpastas)
Fonte: BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL BRASIL, c2015
E após clicar em uma pasta e na subpasta, finalmente é apresentado o documento
(algumas vezes, o documento aparece ao se clicar o título que foi apresentado após
a pesquisa) como na figura 08 a seguir:
33
Figura 8 – Resultado final da articulação de pesquisa da BNDigital
Fonte: BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL BRASIL, c2015
A procura se apresenta um pouco confusa e o resultado deixa um pouco a desejar,
sendo exibido pouca revocação e também pouca precisão.
5. 2 Hemeroteca da Biblioteca da PUC – Minas
Criada em 1963, a Biblioteca da PUC – Minas é mantenedora de um dos melhores
acervos do estado, fazendo parte de projetos nacionais de serviços e redes de
bibliotecas.
Como a informatização, a Biblioteca passou por uma série progressiva de
transformações que possibilitaram que questões que eram tratadas isoladas
evoluíssem para um sistema único:
[...] contempla desde a formação do acervo até o empréstimo, possibilitando aos seus usuários o acesso da própria residência, via Internet, para consultas, reservas de livros, identificação e pesquisa sobre o acervo disponível.” (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, [199-]).
E entre a implementação e o desenvolvimento de novos serviços, foi realizada a
automação da biblioteca. Ao contrário da BNDigital que disponibiliza os próprios
34
documentos com a informação, desde que sejam de domínio público ou com a
permissão do detentor dos direitos autorais, A Biblioteca da PUC – Minas tem uma
base referencial que mostra aos usuários em que recortes, estão as informações
desejadas, visto que é possível extrair mais informações de um só documento
através das referências cruzadas.
A PUC – Minas não desenvolveu ou adquiriu um software específico para
desenvolver a base de dados referencial. Lá é utilizado o programa gerenciador de
bibliotecas Pergamum11 que contempla todas as atividades do setor. E o próprio
programa gerenciador permite que se trabalhe com os arquivos de recortes. Com
isso, basta apenas, mediante as políticas internas da biblioteca, definir a melhor
forma de realizar o tratamento adequado da informação.
Quanto a forma de se articular a pesquisa, o programa oferece as possibilidades de
se procurar através dos campos título, autor, assunto e livre, além de permitir a
busca em mais de uma biblioteca e especificamente no tipo de material desejado, no
caso recorte, como estão denominados os arquivos referentes na base. Lembrando
que, no caso, o Pergamum funciona como uma base de dados referencial e não
disponibiliza o documento on line como faz a BNDigital.
11 O PERGAMUM - Sistema Integrado de Bibliotecas - é um sistema informatizado de gerenciamento de dados, direcionado aos diversos tipos de Centros de Informação. Foi desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O Sistema contempla as principais funções de uma Biblioteca, funcionando de forma integrada, com o objetivo de facilitar a gestão dos centros de informação, melhorando a rotina diária com os seus usuários (PERGAMUM, c2000 – 2015).
35
Figura 9 – Tela de pesquisa do Pergamum
Fonte: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, [199-].
A forma de procura é muito fácil, dependendo da habilidade e conhecimento do
assunto por parte do consulente (o que aliás vale para qualquer programa ou base
de dados) e se consegue ter como resposta a solicitação, resultados mais atinentes
(aboutness) sobre o assunto, ou se o usuário preferir, uma lista com um número
maior de resultados onde ele pode verificar as informações dos documentos e sua
pertinência para os seus propósitos. Assim, é possível obter uma baixa revocação
com uma alta precisão como também uma alta revocação com uma baixa precisão
(FIGURAS 9, 10 e 11).
36
Figura 10 – Resultado da articulação da tela de pesquisa do Pergamum
Fonte: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, [199-].
Figura 11 – Dados e localização do recorte no Pergamum
Fonte: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, [199-].
37
5.3 PERI - base de dados da Biblioteca da Escola de Ciência da Informação
Trata-se de uma base de dados referencial que indica artigos de periódicos
técnico–científicos e trabalhos apresentados em congressos, seminários e eventos;
em algumas situações, também disponibiliza documentos:
Fonte de informação reconhecida nacionalmente, foi criada em 1987. Contém referências de artigos de periódicos e trabalhos pulbicados em anais de eventos técnico-científicos, refletindo principalmente a literatura nacional nas áreas de Biblioteconomia, Ciência da Informação, Arquivologia, Museologia e outras interdisciplinares. Cobre documentos impressos, existentes no acervo da Biblioteca Professora Etelvina Lima e também os disponibilizados através da Internet, apresentando resumos e/ou texto completo (BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2007).
A forma de busca pode ser através de uma pesquisa simples colocando quaisquer
palavras, ou pode ser através da pesquisa guiada, que permite fazer a combinação
em três campos de pesquisa com os seguintes termos: autor, título, periódico,
descritor, [procurar] pelo resumo e o termo - não usar -.
Figura 12 – Tela da base de dados Peri: Pesquisa simples
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
Figura 13 – Tela da base de dados Peri: Pesquisa guiada
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
38
É possível também utilizar os caracteres especiais '$' (truncamento), '+' (ou) e '*'
(e) entre os termos de busca. E como última forma de procura, existe o campo
dicionário de termos, onde deve entrar com o termo inicial para a apresentação do
dicionário ou escolher o caractere inicial do termo; em ambos será apresentada uma
lista de termos.
Figura 14 – Tela da base de dados Peri: Dicionário de termos
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
Ao se digitar o assunto que se deseja no campo Expressão de busca e se clicar em
pesquisar, serão representados registros como reposta a solicitação articulada. Para
se visualizar o registro completo que poderá conter outras informações como
descritor(es), resumo e numero de chamada, conforme o tipo de material, deve-se
clicar na opção completo. A base Peri permite imprimir o artigo, caso esteja
disponível para tal, bastando clicar no endereço eletrônico que o remeterá ao artigo;
possibilita também a impressão do resultado da articulação de busca, algo muito útil
para levantamentos bibliográficos. (FIGURAS 12, 13 e 14)
39
Figura 15 – Visualização do registro completo e comando para impressão
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
Figura 16 – Registro completo e com link para o artigo
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
40
Figura 17 – Artigo para download ou impressão
Fonte: BIBLIOTECA PROFESSORA ETELVINA LIMA, c2000-2016.
A articulação para buscar os documento é muito fácil, e a possibilidade de utilização
de uma lista de termos também é muito interessante para o usuário. Normalmente,
costuma-se obter uma baixa revocação com uma alta precisão e, caso consulente
queira, deliberadamente, aumentar o leque de possibilidades, pode-se ter uma alta
revocação e com uma alta precisão. (FIGURAS 15, 16 e 17)
Uma outra vantagem da base Peri é que ela foi desenvolvida no software livre
Micro-ISIS, o qual é distribuído de forma gratuita pela Unesco tanto para instituições
sem fins lucrativos assim como empresas.
O Micro-ISIS é ainda muito utilizado e serve como uma ferramenta de apoio
bastante intelegível e de imensa flexibilidade para o gerenciamento de bases de
dados bibliográficas.
41
Segundo Miki:
Pode-se dizer que o Micro-ISIS possui quatro componentes funcionais principais: - Definição de bases de dados contendo os elementos de dados requeridos pelo usuário; - Manutenção de arquivos, que inclui a preparação de dados, a entrada dos mesmos no sistema, a alteração/retirada de registros e a atualização dos arquivos de busca; - Recuperação de registros utilizando operadores lógicos; -Mecanismos de classificação e impressão, permitindo a produção de catálogos, índices e outros tipos de saídas impressas (p. 4, 1989).
Ainda sobre o Micro-ISIS, sobretudo, suas vantagens, o autor segue dizendo que: “A
recuperação de informações no Micro-ISIS é muito versátil, pois o mesmo oferece a
capacidade integral para efetuar buscas [...], aliadas a operadores de proximidade,
qualificadores de campo e truncamento” (p. 4, 1989).
Porém, ainda que não seja um programa de grande complexidade, seria necessário
o apoio do setor de informática para a construção e desenvolvimento de uma base
de dados, no caso, referencial. Há também o problema de restrição do tamanho do
acervo da biblioteca com o sua imensa quantidade de informações.
Entretanto, não podemos nos esquecer das suas limitações. Devido às características do equipamento em que se opera, não é viável utilizar o Micro-ISIS para armazenar e gerenciar, de forma centralizada, o acervo de uma média ou grande biblioteca, pois o volume de informações é imenso!! (MIKI, p. 13, 1989).
42
6 CRONOGRAMA
Cronograma do processo de implantação da base de dados referencial
Atividades (O quê?) Onde? Como? Quem? Período de 12 meses (Quando?)
Ordenação dos recortes dentro das pastas Biblioteca Ordenação numérica por ordem crescente
Bolsistas/ Funcionários
Organização das pastas dentro dos arquivos Biblioteca Organização por ordem alfabética
do título da Pasta Bolsistas/
Funcionários Leitura e seleção das reportagens ou artigos Biblioteca Através de leitura técnica Bibliotecários
Escolha da linguagem documentária para utilização
do vocabulário controlado Biblioteca Optando por lista de cabeçalhos de
assuntos ou tesauros. Bibliotecários
Análise de assunto Biblioteca Extração dos termos que
representam o documento Bibliotecários
Indexação dos termos retirados das linguagens
documentárias (lista de cabeçalhos de assuntos ou tesauro)
Biblioteca Listagem por ordem alfabética dos termos
Bibliotecários
Armazenamento dos arquivos de recortes Biblioteca Acondicionar os recortes nas
pastas Bibliotecários
Arquivamento dos termos para futura alimentação
da base de dados referencial Biblioteca Gravar no disco rígido , pen drive
ou HD Externo Bibliotecários
Escolha da base de dados referencial após a
análise das que foram consultadas. Biblioteca Análise dos pontos positivos e
negativos. Bibliotecários
Implantação da base de dados referencial Biblioteca Com o auxílio do Setor de
Informática Bibliotecários
Alimentação da base de dados referencial com os
termos do vocabulário controlado Biblioteca Inserção nos campos específicos
dos termos retirados da análise de assunto
Bolsistas/ Funcionários
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
43
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro do universo das variadas fontes de informação, foi demonstrado que a
hemeroteca – os arquivos de recortes – se constituem em uma relevante fonte de
informação. No caso da Biblioteca da EAUFMG, além de uma importante fonte,
mostra-se também ser complementar aos assuntos que compõem o acervo,
especificamente, os da área de design, entre outros, cujas fontes tradicionais não os
contemplam a contento,
Apesar de sua grande importância, e mesmo com uma organização relativamente
simples (em termos de acesso ao local físico onde está a informação), organização
esta por pastas, onde um assunto de uma pasta pode conter subdivisões, estendo-
se a outras pastas; organização alfabética de assuntos das pastas e listagem das
reportagens ou artigos em ordem numérica presente nas pastas, tal arranjo não
permite que o usuário consiga alcançar a informação tão facilmente, e muito menos
possibilita este tenha conhecimento do que efetivamente existe sobre o assunto na
hemeroteca, de uma forma mais global.
Para que o consulente da hemeroteca possa conseguir, não apenas acessar a
informação desejada como também ter uma visão completa dos assuntos que
possui, e por conseguinte, atingir uma maximização do seu potencial de uso,
enquanto manancial de informação, além de permitir também uma resposta mais
completa e precisa das suas necessidades de informação, será proposta a criação
de uma base de dados referencial para a hemeroteca da Biblioteca EAUFMG.
E para que a base de dados referencial alcance o seu intento, foram observadas
uma importante hemeroteca brasileira, a BNDigital da Biblioteca Nacional, além de
bases referenciais de duas entre as mais relevantes instituições de ensino superior
brasileiras: o programa gerenciador de bibliotecas Pergamum da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, a PUC – Paraná, desenvolvido pela própria
instituição e utilizado por outras diversas no país; e a base referencial Peri da Escola
de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG)
44
Foram observados os softwares utilizados, as características das bases, os pontos
positivos e negativos de cada uma delas, como facilidade no manuseio, respostas
as articulações de pesquisa elaboradas pelos usuários e a revocação retornada por
elas.
Outro elemento importante que deverá ser estudado para permitir uma eficiente
recuperação da informação, será a utilização de instrumentos e conhecimentos
biblioteconômicos. Será fundamental a correta e adequada utilização de ferramentas
que propiciem o uso de vocabulário controlado, as linguagens documentárias, como
as linguagens de indexação (lista termos autorizados como cabeçalhos de assuntos
ou tesauros). Também, de suma importância, será a utilização do formato MARC, o
qual foi desenvolvido para registros bibliográficos no meio automático, onde ,através
do preenchimento de planilhas para entrada de dados, possibilitará o intercâmbio
de dados entre diversas instituições, evitando a repetição de trabalho e o
desperdício de tempo.
Com base, nessas informações, será possível definir a escolha ou o
desenvolvimento de uma base que seja a mais adequada, de acordo com a missão
da instituição, sua política de informação e, sobretudo, proporcionar ao usuário que
este alcance a informação desejada, visto que a base, com suas referências
cruzadas, permitirão que a hemeroteca tenha seu potencial de informação
maximizado.
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REFERÊNCIAS
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APÊNDICE – Plano de ação para a implantação da base de dados referencial
Ordenação dos recortes dentro da pasta.
Organização das pastas dentro dos arquivos.
Leitura e seleção das reportagens ou artigos.
Escolha da linguagem documentária para utilização do vocabulário
controlado
Análise de assunto
Indexação dos termos retirados das linguagens documentárias (lista de
cabeçalhos de assuntos ou tesauro)
Armazenamento dos arquivos de recortes
Arquivamento dos termos para futura alimentação da base de dados
referencial
Escolha da base de dados referencial após a análise das que foram
consultadas..
Implantação da base de dados referencial.
Alimentação da base de dados referencial com os termos do vocabulário
controlado