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HELMINTOS
Gênero Schistosoma
S. hematobium (África, Oriente Médio).
S. japonicum (China, Japão, Ilhas Filipinas e Sudeste Asiático).
S. mekongi (Camboja).
S. Intercalatum (África Central).
S. mansoni (África, Antilhas e América do Sul): xistose, barriga d’água, mal-do-caramujo.
MORFOLOGIA
Macho:
• Cerca de 1 cm.
• Cor esbranquiçada.
• Coberto recoberto por projeções (tubérculos).
• Ventosa oral e ventosa ventral (acetábulo).
• Canal ginecóforo.
• 7 a 9 massas testiculares.
Fêmea:
• Cerca de 1,5 cm.
• Cor mais escura.
• Tegumento liso.
• Ventosa oral e acetábulo.
• Vulva, útero e ovário.
• Glândulas vitelogênicas e ceco.
Ovo:
• Oval.
• Epísculo voltado para trás.
• Ovo maduro: miracídio.
• Encontrado nas fezes.
Miracídio:
• Cilíndrico.
• Cílios (movimento no meio aquático).
• Terebratorium: glândulas adesivas e glândulas de penetração.
Cercária:
• Cauda bifurcada.
• Ventosa oral e acetábulo (fixação na pele do hospedeiro).
HABITAT
Sistema porta.
TRANSMISSÃO
Penetração ativa das cercárias na pele e mucosas (Pés e pernas).
Maior atividades entre as 10 e 16 horas (luz solar e calor intenso).
Focos peridomiciliares: valas de irrigação, açudes, pequenos córregos.
CICLO BIOLÓGICO
PATOGENIA
Cepa do parasito, carga parasitária (forma hepatoesplência e pulmonares) e , idade, estado nutricional e resposta imune do hospedeiro (dermatites e alterações hepáticas).
Cercária:
• Dermatite cercariana ou dermatite de nadador.
• Penetração na pele.
• “Comichão”, erupção urticariforme, edema, pequenas pápulas e dor.
• Reinfecções.
• Processo inflamatório.
Esquistossômulos:
• Pulmões (3 dias após a penetração das cercárias).
• Após 2 semanas (fígado e sistema porta intra-hepático).
• Linfadenia generalizada, febre, aumento do baço e sintomas pulmonares.
Vermes adultos:
• Vermes mortos (fígado).
• Espoliação do hospedeiro (2,5 mg de Fe por dia e 1/5 de seu peso seco em glicose.
Ovos:
• Elementos fundamentais da patogenia.
• Grande número de ovos.
• Hemorragias, edemas da submucosa e fenômenos degenerativos com ulcerações (reparadas).
• Fígado
• Reação inflamatória granulomatosa (antígenos do ovo).
• Formação de granuloma.
• Variações clínicas e complicações digestivas e circulatórias.
ESQUISTOSSOMOSE AGUDA
Fase pré-postural:
• Sintomatologia variada.
• 10-35 dias após a infecção.
• Assintomática ou mal-estar, com ou sem febre, tosse, dores musculares, desconforto abdominal e hepatite aguda (destruição de esquistossômulos).
Fase aguda:
• após 50 dias.
• Dura cerca de 120 dias.
• Disseminação de ovos (parede do intestino).
• Simula tuberculose (pulmão).
• Granulomas.
• Doença aguda, febril, sudorese, calafrios, emagrecimento, alergias, diarréia, disenteria, cólicas, hepatoesplenomegalia discreta, alterações discretas das funções hepáticas.
• Morte ou evolução lenta para esquistossomose crônica.
ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA
Alterações intestinais, hepatointestinais ou hepatoesplênicas.
Intestino:
• Diarréia mucosanguinolenta e dor abinominal.
• Fibrose, diminuição do peristaltismo e constipação.
• Maioria benigna, com granulomas.
• Diarréia mucosanguinolenta: passagem de vários ovos para a luz intestinal (hemorragias e edema).
Fígado:
• Início da oviposição e formação de granulomas.
• Início: aumentado e doloroso à apalpação.
• Fase adiantada: menor e fibroso.
• Obstrução dos ramos intra-hepáticos da veia porta: hipotensão portal (esplenomegalia, varizes, ascite)
Pulmão, insuficiência cardíaca, MO, pele, testículos, ovários, baço, pâncreas.
Lesões a distância: formação de imunocomplexos e desencadeamento de resposta inflamatória.
DIAGNÓSTICO
Fase da doença, origem e hábitos do paciente.
Diagnóstico direto: encontro de ovos nas fezes ou tecidos.
Ultra-sonografia: fase crônica.
Imunológicos: Intradermorreação (medida de pápula após 15 minutos.
PCR.
EPIDEMIOLOGIA
Relação com a presença de Biomphalaria glabrata (Rio Grande do Norte até Minas Gerais).
B. tenogophila: regiões do Rio de Janeiro, São Pulo, Santa Catarina e Minas Gerais (do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul).
Clima tropical (habitats aquáticos – criadouros de caramujos).
Temperatura e luminosidade (multiplicação de microalgas, eclosão do miracídio, penetração no molusco e no homem).
Contaminação de criadouros de caramujos com fezes (humanas) contendo ovos viáveis.
Roedores, marsupiais, carnívoros, primatas e bovinos.
Construção de esgotos domésticos que desembocam em criadouros (contaminação e multiplicação do fitoplâncton).
Chuva: efeitos variáveis.
Expansão da doença: migrações internas, presença de caramujos, ausência de infra-estrutura sanitária adequada, educação sanitária precária, disseminação de espécies susceptíveis de Biomphalaria.
Faixa etária jovem (5 e 20 anos): maior prevalência e cargas parasitárias altas.
TRATAMENTO
Oxamniquina e praziquantel.
PROFILAXIA
Tratamento da população: em larga escala ou seletivo (jovens).
Saneamento básico: rede de esgoto e tratamento de água.
Combate aos caramujos transmissores.
Produtos cercaricidas de uso tópico.