heiner muller - hamlet máquina - blá

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    1/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    2/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    3/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    4/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    5/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    6/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    7/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    8/14

    O s v en to s se m [ ala e a t er ra em ba ix oAba fada com o a m orte a te 0 v io le n to t ro v ii oRasgar 0 a r. A ss im , d ep ois d a c alm ariaA v in ga m ;: a d e P ir ro r et om a 0 trabalho;E n un ca os m a rte lo s d os c ic /o pe s a ce rt ar amA a rm ad ura d e M a rte , fo rja da p ar a a e te rn id ad e,C om m aio r in sen sib ilid ade q ue a e spa da sa ngre nta d eP ir ro q ue a go ra c ai s ob re P ria mo .V e rg on ha s ob re t i, p ut a, F or tu na ! V os , t od os os deusesE m g ra nd e c on se lh o, e xp uls ai-a d o p od erA r re b et ai t od o s os raios e aro s d e su a ro daF azei c om q ue de sp en qu e c eu ab aixoAt e 0 inferno.M as quem , oh dorV iu a ra inha m um ificada -V a ga nd o a os p ra nt os d es ca lr aAm earando as cham as, na cabera , ondeEstava 0 d iadem a, um pano de ch ilo e c om o m a nt oA o red or d e su as m ag ra s ju ntas, e xa usta d a d or,U m le nr;:o l,a pa nh ad o n o a la rm e d o m ed o:Q u em v is se t er ia g ri ta do t ra ir ;: ii oM e rg ulh ad o a lin gu a n o v en en o, c on tr a F ortu na .M as se os p ro prlo s d eu se s tiv es se m v is toQ ua nd o e la v iu P ir ro p ra tic an do se u jo goRetalhando 0 corpo de seu m arido com a espada:A p rim eira e xp lo siio d e s eu g rito te riats e 0 m orta l n iio a tiv es se d eix ad o to ta lm en te im ov eOFeilo os o lh os a rd en te s d o ce u choraremE os d e u s e s s e nt ir em c om pa ix ii o.N iio a nte s d a u ltim a b ata lh a os mon um en to s s a ng r ar ii o.E m n en hu ma o utra en ce na r;:iio q ue c onh ec i 0 problem a da estru tura dotexto havia sido so lucionado: a virada da traged ia para a farsa ou satira

    {J1IIIIIII!

    1jI

    trag ica , com o Sch iller a cham ou , rem ete ao pensam en to de O disseui ns ub st it ui bi li da de d e F ilo ct ete s v iv o p ar a a u ti li za r;: ii o d el e motto, facom que um a nova especie suba ao pa lco , 0 a nim al p olitic o. S e Odepo is do funera l naciona l im provisado para a super-anna , um aniio deflagrada que tinha de se t desarm ada , busca sua ca ixa de td o s ba s ti d o re s e t ir a d e la 0 d up lo , a b on ec a d es mo nla ve l, q ue ir a s ubo h er oi (n iio d es mo nta ve l), e ie r ev ela 0 fu tu ro q ue v ia biliz a te cn ic aa d esc arta bilid ade d o sing ular. A q ue stiio , se a ca ixa de truques"a con te cim ento " a a pare ncia d e eleiriio,de q ue a p olitico tan to n ea ssim c om o 0 d is fa rc e d o a ca so e o or iq at or io p ar a 0 d es ti no a nt igquestiio do lugar do teatro no espaco de tem po entre m ateria l (Sr ep re s ent a r; :i io (Da rs te l lu ng ). A en cena r ;: ii o 0 d e fe n de c o nt ra 0 c an ib ali smintuir;:ao,contra 0 t er ro r d o c on ce it o, a m o rt e d a e xp er ie nc ia . 0 p ro je tod e S ve tla na Z we tk ow a ba ne 0 p ub li co p ar a 0 palco, 0 lu ga l d o e xilioa r e be n ta r; :i io d a p la te ia v a zi a e a m aq uin aria d o te atro , e le va d Ole s, pd isc o qira torio , d e u sa re se rva do a os a tore s, na o re pre se nta m ais np ap el, d estroc os d o na ufrag io d a p ro pria histo ria , q ue 0 te xto a rram ar congelado de sua m em oria . C om 0 n iilism o como ponto de fup o li ti ca c a pi ta li st a c ri st ii , e a h ora d o alo r. A ad ve rte ncia pa ra 0 o ut rfaz do rea l 0 m otiv o, d o m un do 0 pretexto. 0 teatro s o p o d e ra r ee n csua memoria do rea l se esq uec er d e se u p ub lic o. A c on trib uir;:a o dp ar a a em an ci pa r; :i io d o p ub li co e em an ci pa r- se d o p ub li co . A c on se qud ram a tu r gi ca d a s o lu r; :a o c e n ic a e 0 d es lo ca me nto d o p ro lo go p ar a 0d a p ec a, 0 e sp ac o liv re d o e sp ec ta do r, liv re p ara p en sa r e m o utra e vp elo o lh ar d o a ntag onista pa ra 0 a caso d e su a riv alid ad e, c on tra 0d a p er so na li za r; :a o d o d il em a , q ue tepousa n o e qu iv oc o d o i nd iv id ua lo p r ol og o q u es ti on a 0 circo: 0 esp irito da com edia den uncia a astur az ao c om o d is pa ra te . 0 c en tr o d a p ec a e 0 o lh o s il en ci os o d o f ur ac ii od ila ta r;:iio e v elo cid ad e s ao m ar ca da s p ela s d ua s v olta s d o d is co g iro d is co g ira le nta me nte p ara 0 d elirio d o jo ve m F ii e m se u la ud ato rioao suic idio de Ajax, ceqo para a queda do hero i do equilibrio de suah er oi ca s ob re 0 em pre en dim ento H EL EN A. (A lo uc ura d o g re go o fe"qu e a t aca 0 g ado , c om c uja ca rn e os in im ig os m u lti pl ic am s ua f or r;: ad

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    9/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    10/14

    Primeiro corpo,depois a palavrao tr ab alh o d o v ia ja nte d e m un do s D im ite r G ots ch eff

    - e em to da p arte, s eu to m de te atro , se u ru id o, se u es tilo c on tin ua ram an ece ram se mp re e stra nh os : fo rm al e e mo cio na l, d uro e a o rn esm oe x ce ss iv o , a rc ai co e s el va g em , d ramat ic amen te s ombr io e f ur io s o.S o n a v irada do m ilen io , D im iter G otsch eff o uso u reto rn ar a B

    cidade e ao s teatro s das p rim eiras ex periencias, h i o nde H ein erfalecido em 1995, estava presente em fo rm a de espectro . "CrVolksbiihne e num a utopia; po r isso , B erlim era urn lugar sagradom esm o te mp o, u rn tra um a."A re ap ro x im a ca o c us to u tem po e d es vio s. Em B erl im , G o ts ch eff tr a

    p a ra le lamen te n o Deu ts c he s T h ea te r e no Volksbiihne; o s d ois te atro sp rim eira e po ca c om B es so n. A s im ag en s d e se u tea tro s ao fo rte s e rim ag ens q ue desde 0 p ri me ir o in s ta nte , fa zem 0 e sp ec ta do r p er cein tu ir q ue a n oite n o teatro nao sera co mo de co stu me.F o rc a? S im . Me to d o, e st il o? Nao, " Eu n ao te nh o m eto da e na o me

    d isso . .. E m m im tudo vem do estom ago ... N os ensa ios nos gritam oscalam os; nos aproxim am os dos textos com ru idos - e 0 e nc on tr amco rpo . . . p r im e i r o 0 c orp o, d epo is a p ala vra . A te h oje , c om o d ire to r e uo q ue fa ze r c om os liv ro s d e d ire ciio ou c om os m odelos - para m imim po rta e 0p ro ce ss o . .. e u m t ip o d e p re gu ir a .. . a lg o s om b ri am e nt e b ale po r ta n to , p r o fundamen te bulgaro,"S ua" B ulg aria, "su a" S ofia, su a "p atria" ja n ao existe m ais. L og

    a queda do m uro m ais de urn m ilhao de bulgaros fugiram para 0 Ocatras do dinheiro e de em prego . Ho je po rem , a classe m edia e 0c ap ita lism o tam be rn la estao , " Niio e xis te m m ais v alo re s, e eu tambemsei lidar com isso , com toda a gordura que acum ulei na A lem anha".PO I em , e nqu an to i ss o , 0 fu tu ro da civ ilizacao esta sen do decidid

    algum outro lugar: quem sabe nos cam pos de refugiados africann as m argen s e p eriferias das m etro p oles, n as estep cs, deserto s e s- paisagens tao escassas e silencio sas co mo , as vezes, as encenacod ire to r G o ts ch ef f, e t al ve z p o r e ss a ra za o e le te nh a d es ej ad o mu it o tr ~n o B ra sil , e c om b ra si lc ir os .

    Certamente em nenhum a outra biografia teatral se espelha maisnitidam ente, a construcao e a queda do m uro de Berlim e, a divisao daA lem an ha, da E uro pa e do m un do em tem po s de g uerra-fria, co mo n a v idad o d ir et o r D im it er G o ts h ef f.U rn v iajan te en tre m un do s, en tre cu ltu ras, en tre O rien te e O ciden te.

    U rn tealro o nde a im pressao de estran heza e o nip resen te, co mo as an tigasi ns cr ic o es n a p e dr a.F o i em S o fia , a c ap it al d a B u lg ari a q ue c re sc eu D im ite r G o ts ch ef f, n as ci do

    n a c id ad ez in ha d e Perwoma i d o s uI d o p ais .N o in icio do s an os 1 96 0, p ou co an tes da co nstru cao do m uro , m udo u-se

    p ara B erlim e ali fo i in iciado n o teatro pelo su ico B enn o B esso n, alu no deB re ch t. E nc on tro u m ais ta rd e 0 d ire to r e p ro fes so r F ritz M a rq ua rd t, u rnso litario radical do teatro da R DA : "de a lgum a m aneira , B esson estavas em pr e p air an do , tu do p ar ec ia ta o fa cil - c om M a rq ua rd t a pr en di a c on he ce ro corpo e 0 q ue e le s iq nijic a p ar a 0 t ea tr o . "Po r f im , 0 e n con tr o c om 0 d ramat ur go H e in er MU l le r fo i f undamen ta l p a ra

    o p en sa men to d e G o ts ch eff e p ara 0 s eu e nt en dime nto d e t ea tro .C onhe ce u MU l le r no i ni ci o d o s a no s 1970 ; " se u s t ex to s a ti ng em d ir et am en te

    a s m in ha s e ntr an ha s" e fo i em 1983, depo is de ter reto rnado a B ulgaria eter co rn ecado a trab alh ar co mo direto r de teatro a su a en cen acao do tex to"Filo ctetes" em So fia, que cham ou a atencao de H einer M Uller que Iheen vio u um a carta q ue acab ou fican do fam osa: "C arta ao dire to r da estreial nil ga ra d e " Fil oc te te s" n o T ea tro D ram ati co d e S o fi a" ./\pos este fato o nde ele fico u co nhecido no m undo teatral, o s o rgao spl'lhliros b ulg aro s tam b ern c om eca ra rn a p re sta r a te nca o em G ots ch eff e e le1 1 1 1 . 1 ' , 1 ' lu i p ro ibido de trab alh ar. P or isso reto rn ou a A lem an ha - dessa v ez1 '" 1" 0 1 1 ' 11 11 1 ' u ri do nt al, e a o c he ga r la , 0 mu ro c aiu .

    t i ll l'l il lI'l i Il li ru uv id ad o e tr ab al ho u em t ea tro s d e mu ita s c id ad es a le rn as Mi c ha e l Lc ri tu d e teatto

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    11/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    12/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    13/14

  • 5/17/2018 heiner muller - hamlet mquina - bl

    14/14