CAUCE, Revista de Filología y su Didáctica, nB 13, 1990, pp. 203-218

HACIA EL COMENTARIO DE TEXTO COMO ESTRATEGIACOMUNICATIVA: PROYECCIÓN DOCENTE

JESÚS MANUEL CORRIENTE CORDERO *Universidad de Sevilla

RESUMEN

Se ofrece con este trabajo una incursión en diversos aspectos - tanto de la inserción teórica

een la comunicación literaria, como de la práctica en sf- que parece imprescindible tener en

cuenta para la operación del Comentario de Textos escolar. Asimismo, se formula, para abordar-

lo de una manera más unificadora y totalizante, un planteamiento metodológico en forma abier-

ta, sobre la base de ensayos experimentales. Esta propuesta se inscribe dentro de un enfoque

netamente comunicativo y receptivo de la obra literaria.

PALABRAS CLAVE

Análisis textual, modelos abiertos, Teoría de la Recepción; comunicación literaria.

ABSTRACT

This work offers an introduction in some aspects that seem to be essential for trie Text

Commentary at school regarding both to its insertion in literary comunication and its own practi-

se. We present an open metodologic planning in order to get an more unifying view of the practi-

se itself.

KEY WORDS

Textual analysis. open models, receptional Theory, literary communication.

* Agregado de Instituto de Bachillerato. Miembro del Grupo de investigación "Lingüística y Literatura apli-cadas a la enseñanza" y Colaborador Honorario del Departamento de Didáctica de la Lengua y la Literatura yFilologías integradas.

203

R E S U M E

D a n s c e t rava i l n o n s p r é s e n t o n s s o u s d i ve rs a s p e c t s u n e é t u d e d e l ' inser t ion t h é o r i q u e d a n s

la c o m m u n i c a t i o n l i t téra i re a ins i q u e d e la p r a t i q u e e l l e m ê m e , c e qu i n o n s pa ra î t i n d i s p e n s a b l e

p o u r le c o m m e n t a i r e s c o l a i r e . E g a l e m e n t , n o u s f o r m u l o n s p o u r l ' a p p r o c h e r d ' u n e f a ç o n p l u s

c o m p l è t e , u n e x p o s é m é t h o d o l o g i q u e b a s é s u r d e s e s s a i s e x p é r i m e n t a u x . C e t t e r e c h e r c h e

s ' i nsè re d a n s u n e a p p r o c h e n e t t e m e n t c o m m o n i c a t i v e e t r é c e p t i v e d e l 'oeuvre l i t t 'e ra i re .

M O T S C L E S

A n a l y s e t ex tue l l e , m o d è l e s o u v e r t e s , T h é o r i e d e la R é c e p t i o n , c o m m u n i c a t i o n l i t té ra i re .

I N T R O D U C C I Ó N

J o r g e U r ru t i a r e c o g e la s i g u i e n t e c o n v e r s a c i ó n e n t r e u n p r o f e s o r f r a n c é s y s u a l u m n o d e

o c h o a ñ o s :

- ¿ S a b e s q u i é n e r a C a r l o m a g n o ?

- E s u n h o m b r e . . . c o n b i g o t e .

- ¿ L o h a s v i s t o ?

- E s t á e n m i l ibro d e h is to r ia .

-Él n o e s t á e n el l ibro d e h i s to r ia ; es u n a i m a g e n . ¿ C r e e s q u e él e s t á v e r d a d e r a m e n ­

te e n el l ibro d e h i s to r i a?

- E s t á c o n s u e s p a d a , d e t r á s d e él e s t á t o d o l leno d e m u e r t o s , hay un b u e n s e ñ o r a

c a b a l l o .

- E n t u l ibro d e h is to r ia , ¿ e s t á C a r l o m a g n o o s u i m a g e n ?

- E s C a r l o m a g n o .

- ¿ N o es s u re t ra to?

- E s su re t ra to . . . e s é l .

- C a r l o m a g n o h a m u e r t o , no e s t á e n tu l ibro.

-S i e s t á ' .

S i r v a n e s t a s l í neas in i c ia les p a r a t e n e r p r e s e n t e a l go q u e e n o c a s i o n e s , po r m u y s a b i d o q u e

s e a , e s f u e n t e d e c o n f u s i ó n : q u e la i m a g e n ana l í t i ca d e la c o s a n o e s la cosa, y q u e n a d i e p u e d e

p r e t e n d e r la i den t i f i cac ión d e a m b a s , p o r p e r f e c t a q u e la m e n c i o n a d a i m a g e n s e a . P a r t i e n d o d e

e s o , las p r e s e n t e s l í neas n o s o n , p u e s , m á s q u e u n a i n c u r s i ó n e n a s p e c t o s - tan to d e la i n s e r c i ó n

t e ó r i c a en la c o m u n i c a c i ó n l i te rar ia , c o m o d e l ap rác t i ca en sí- q u e p a r e c e i m p r e s c i n d i b l e t e n e r

en c u e n t a p a r a la o p e r a c i ó n de l C o m e n t a r i o d e T e x t o s esco la r . A s i m i s m o , s e f o r m u l a , p a r a abor -

1. URRUTIA, Jorge: Sistemas de Comunicación. Sevilla, Alfar, 1990.

2 0 4

d a r l o d e u n a m a n e r a m á s u n i f l c a d o r a y t o t a l i z a n t e , u n p l a n t e a m i e n t o m e t o d o l ó g i c o e n f o r m a

a b i e r t a . E l m o d e l o f u e c o n c e b i d o y e n s a y a d o p o r q u i e n es to e s c r i b e e n las c l a s e s d e L i t e ra tu ra

d e S e g u n d o d e Bach i l l e ra to q u e impa r t i ó e n el Ins t i tu to d e B a c h i l l e r a t o " Is id ro d e A r c e n e g u i y

C a r m o n a " d e M a r c h e n a (Sev i l l a ) 2 . C i e r t a m e n t e , e s t a p r o p u e s t a s e i nsc r i be d e n t r o d e u n e n f o q u e

n e t a m e n t e c o m u n i c a t i v o y r e c e p t i v o d e la o b r a l i terar ia . S i n negar , po r s u p u e s t o , s u h i s t o r i c i d a d ,

r esu l t a i n s o s t e n i b l e d e s d e e s t a p e r s p e c t i v a reduc i r l o t o d o a un e s c l a r e c i m i e n t o n o y a h i s tó r i co ,

s i n o p u r a m e n t e b i og ra f í s t i co : p o r m u y e s c l a r e c e d o r e s q u e s e a n e s o s d a t o s (¿ lo s o n s i e m p r e ? ) ,

t r as s u c o n o c i m i e n t o s i g u e v i r g e n el c a m p o d e la e x p e r i e n c i a e s t é t i c a de l t e x t o , la c u a l d i s t a d e

l im i ta rse a se r s o l a m e n t e u n a p u r a b i o g r a f í a e n c l a v e .

N o e s t a r á , q u i z á , d e m á s r e c o r d a r g r o s s o m o d o q u e :

a) e n la t e o r í a d e la R e c e p c i ó n L i te ra r ia ( f u n d a m e n t a l m e n t e e n la o r i e n t a c i ó n h e r m e ­

néu t i ca ) s e p l a n t e a c o m o l uga r m u y i m p o r t a n t e d e la e x p e r i e n c i a e s t é t i c a e l enfrentamiento (dia­

léctico) del "Horizonte de Expectativa" (Jauss3) inicial del lector con la nueva obra. Es te h o r i z o n ­

te v i e n e c o m p u e s t o p o r v a r i a d o s m a t e r i a l e s p r o c e d e n t e s d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a a n t e r i o r ( e n

es te s e n t i d o , t é r m i n o p r ó x i m o a lo q u e L y o t a r d d e n o m i n a r á " E n c i c l o p e d i a " 4 E s t a n u e v a o b r a , p r e ­

c i s a m e n t e e n r a z ó n d e s u n o v e d a d , c o n t r a d i c e u n a pa r te v a r i a b l e 5 d e los p l a n t e a m i e n t o s d e l y a

c i t a d o h o r i z o n t e , e n f r e n t a m i e n t o c u y o resu l t ado se i n c o r p o r a a u n n u e v o h o r i z o n t e d e e x p e c t a t i ­

v a , f ru to de l m e n c i o n a d o e n f r e n t a m i e n t o .

b ) e l c o n c e p t o d e p lu r i s ign i f i ca t i v idad d e la o b r a l i te rar ia ( s o s t e n i d o e n n u m e r o s a s

t eo r ías d e la L i t e ra tu ra , c o n m á s o m e n o s res t r i cc ión) e s t á e n la b a s e de l f e n ó m e n o de l n o a g o ­

t a m i e n t o d e la o b r a e n s u p r i m e r a l ec tu ra , b i en e n t e n d i d o q u e e s t e c o n c e p t o t a m p o c o i m p l i c a

u n a a n a r q u í a e n t a l e s i n t e r p r e t a c i o n e s .

D e la u n i ó n d e e s t o s d o s e l e m e n t o s c a b e a v e n t u r a r q u e el c o n o c i m i e n t o d e u n a m a y o r o

m e n o r pa r t e d e los m e c a n i s m o s d e f u n c i o n a m i e n t o d e l t e x t o es té t i co n o h a d e e m p o b r e c e r s u c e ­

s i v a s e x p e r i e n c i a s d e l m i s m o .

2. El mencionado curso presenta, a efectos de este ensayo, las ventajas inherentes a la coincidencia de: a) Una cierta madurez evolutiva en los alumnos -recién superado o a punto de superarse el "estadio de las operaciones formales" (Piaget); b) La separación metodológica de la asignatura "Lengua Española", lo que permite otorgar un papel preponderante a la competencia estética receptiva, sin ir al cincuenta por ciento con las facultades de análisis lingüístico y similares; c) La obligatoriedad de la asignatura para todo el alumnado, lo que reúne una muestra muy diversa en cuanto a intereses y aptitudes concretas de los alumnos.

En la próxima entrega, si cuenta con el placetóe\ Consejo de Redacción, suministraré una detallada lista de ejemplos y de puestas en práctica del sistema.

3. JAUSS, H.R.: Experiencia estética y Hermenéutica Literaria. Madrid, Taurus, 1986.

4. LYOTARD, J.F.: La condiciónposmoderna. Madrid, Cátedra, 1984.

5. Sería imposible que fuera la totalidad, porque ello nos conduciría a la obra ininteligible. La obra, pues, se mueve en un campo de inteligibilidad que va desde la total comprensión y nula novedad a la total incom-presión y absoluta novedad. Cfr. MOLES, A.: Théorie de l'information et perception esthétique.

2 0 5

L a c o n c l u s i ó n m á s e v i d e n t e d e e s t e p l a n t e a m i e n t o e s q u e n o c a b e c u l p a r a l C o m e n t a r i o d e

T e x t o s p e r s e d e p r o v o c a r e l d e s i n t e r é s o la d e c p e c i ó n d e l a l u m n o por e l t e x t o . L a v i e j a m e t á f o r a

d e la d i s e c c i ó n d e la m a r i p o s a e s v á l i d a p a r a la P o é t i c a de l X I X . H o y d e b e r í a m o s hab la r , me jo r ,

d e u n a e c o g r a f í a o u n a t o m o g r a f í a : n o p o d e m o s c r e e r q u e los reg is t ros r e s u l t a n t e s son e l cue r ­

p o a n a l i z a d o , p e r o sí n o s h a c e n c o m p r e n d e r c ó m o v i v e e s e c u e r p o . E n r e a l i d a d , e s t a c u e s t i ó n

resu l t a p a r e c i d í s i m a a la de l n i ño q u e s e e n c o n t r a b a a C a r l o m a g n o e n s u l ib ro . E l t a l e n t o de l

f i s i ó l ogo h a b r á d e in terven i r , d e la m i s m a m a n e r a q u e e l d e l p ro feso r , e n la i n t r o d u c c i ó n d e los

r e s u l t a d o s de l aná l i s i s e n u n m o d e l o g l o b a l d e c o m p r e s i ó n d e lo a n a l i z a d o . D e h e c h o , lo q u e sí

p o d r í a m o s d e d u c i r e s q u e u n a c o r r e c t a e j e c u c i ó n d e u n a o p e r a c i ó n d e aná l i s i s e i n t e r p r e t a c i ó n

t ex tua l p u e d e c o n v e r t i r s e y a d e s d e los p r i m e r o s m o m e n t o s de l a p r e n d i z a j e d e la L i t e ra tu ra e n el

a d o l e s c e n t e e n u n c a m i n o p a r a la exp l i c i t ac i ón - ya s a b e m o s q u e i n c o m p l e t a y p o b r e , y q u i z á s

e q u i v o c a d a ( ¿ ? ) , p e r o v i n c u l a n t e - d e l a e x p e r i e n c i a e s t é t i c a .

H a b r í a q u e d e j a r c l a ro , e n p r i nc ip io , q u e e l t é r m i n o " C o m e n t a r i o d e t e x t o s l i t e ra r ios " e n g l o b a

r e a l i d a d e s d i s t i n tas c o n u n a c i e r t a b a s e c o m ú n , e l a n t e d i c h o p r o c e s o d e aná l i s i s e i n t e r p r e t a c i ó n

t e x t u a l . R a z o n e s d e índo le c o m e r c i a l , c o m o p r o f e s o r e s d e r e c o n o c i d o p res t i g i o e n la Teo r ía d e la

L i t e r a t u r a h a n e x p u e s t o 6 , n o s o n a j e n a s a l a a m p l i a c i ó n d e n i ve l a c a d é m i c o d e m é t o d o s d e

C o m e n t a r i o d e Tex to . Es el c a s o t í p i co d e m é t o d o s p e n s a d o s p a r a e l Bach i l l e ra to q u e t r a t an d e

d a r s e c o m o a d e c u a d o s p a r a la U n i v e r s i d a d , o v i c e v e r s a . I nc l uso s e d e s c a r g a la r e s p o n s a b i l i d a d

e n el lector , a l ped i r l e q u e h a g a las s a l v e d a d e s o a d i c i o n e s n e c e s a r i a s . Y s u e l e ocur r i r e n m o d e ­

los d e e s c a s a o p t a t i v i d a d , e n los q u e la o p e r a c i ó n se c e n t r a e n el s e g u i m i e n t o d e un i t inerar io

m u y c o n c r e t o . Es p o c o lóg i co p r e t e n d e r q u e u n a s u c e s i ó n c o n c r e t a d e p a s o s v a a d a r b u e n

r e s u l t a d o d e la m i s m a f o r m a e n un a l u m n o d e 7 Q d e E .G .B . q u e c o m e n t a un c a p í t u l o d e Platero

y yo q u e e n u n e s t u d i a n t e d e 5 2 d e F i l o l o g í a q u e lo a n a l i z a p a r a l a s c l a s e s d e " L i t e r a t u r a

E s p a ñ o l a C o n t e m p o r á n e a " . I n c l u s o e s e m i s m o un i ve rs i t a r i o e n n i n g ú n m o d o v a a p o d e r ap l i ca r

e l m i s m o m é t o d o , p a s o a p a s o , p a r a e l c o m e n t a r i o d e u n a se r ran i l l a d e S a n t i l l a n a y "C i t a t r i s te

d e C h a r l o t " d e A lbe r t i . L o s e s q u e m a s c e r r a d o s d e c o m e n t a r i o resu l t an i n c a p a c e s d e c r e c e r y n o

p e r m i t e n e n t e n d e r a l a l u m n o p o r q u é a los c r í t i cos " les s a l e n b i e n " s u s aná l i s i s y é l no l o g r a

a l canza r , e n mu l t i t ud d e c a s o s , la a c e p t a b i l i d a d esco la r .

Po r t o d o lo d i c h o h a s t a a h o r a , e n el d e s a r r o l l o d e la m e t o d o l o g í a , y e n s u e x p o s i c i ó n d e los

t e x t o s , d e b e r í a q u e d a r c l a r a p a r a t o d o p r o f e s o r la s e p a r a c i ó n m e t o d o l ó g i c a q u e d e b e ex is t i r

e n t r e t r es n i ve les p r e v i o s a la c o n s t r u c c i ó n d e u n a i n t e r p r e t a c i ó n g l o b a l de l t e x t o e n c l a s e :

a) lo q u e e l p r o f e s o r d e b e h a b e r a n a l i z a d o p a r a s u c o n o c i m i e n t o pa r t i cu la r c o m o p r e f i g u r a ­

c i ó n d e lo q u e e x p l i c a , o s e a , f i j ac ión d e o r g a n i z a d o r e s p r e v i o s d e las e x p l i c a c i o n e s e i ns t rucc io ­

n e s n e c e s a r i a s , i m p o r t a n c i a re la t i va d e los e l e m e n t o s , e i nc l uso o r d e n y c a r a c t e r í s t i c a s c o n c r e ­

t o s d e las s u c e s i v a s o p e r a c i o n e s , c o m o p u e d e n se r la e l e c c i ó n d e la t e r m i n o l o g í a y e l m a y o r o

m e n o r é n f a s i s e n los d i v e r s o s a s p e c t o s . E n r e s u m i d a s c u e n t a s , un b a g a j e q u e le p e r m i t a ir

6. Jorge Urrutia en el curso "Los estudios literarios", organizado por el Departamento de Lingüística General y Teoría de la Literatura de la Universidad de Granada en Abril de 1989.

206

e n c a m i n a n d o a los a l u m n o s h a c i a e l d e s c u b r i m i e n t o de l t e x t o p e r m i t i e n d o e n lo p o s i b l e q u e s u s

c o n o c i m i e n t o s , r u d i m e n t a r i o s , l es b a s t e n e n b u e n a m e d i d a p a r a u n a i n t e r p r e t a c i ó n b á s i c a

c o r r e c t a .

b) los e l e m e n t o s d e aná l i s i s q u e h a d e ut i l i zar e n las c o m u n i c a c i o n e s d e " e x p e r i e n c i a g l o b a l

d e l t e x t o ' " a s u s a l u m n o s , e s dec i r , a q u e l l o s e l e m e n t o s q u e el p r o f e s o r u t i l i za rá e n l a m o t i v a c i ó n ,

o los f e n ó m e n o s q u e , a u n q u e y a t r a t a d o s p o r la Teo r í a y Cr í t i ca l i t e ra r ias , s o n e x c e s i v a m e n t e

c o m p l e j o s p a r a los a l u m n o s y c o n v i e n e p l a n t e a r l e s c o m o c u e s t i o n e s i m p r e s i v a s (as í , la b a s e

c o m ú n resu l t an te d e un aná l i s i s c o m p o n e n c i a l d e s e m e n a s ) 8 .

c ) l os a s p e c t o s d e aná l i s i s d e q u e d e b e h a c e r c o n s c i e n t e s a s u s a l u m n o s .

L o s p á r r a f o s q u e s i g u e n a c o n t i n u a c i ó n e s t a b l e c e n las l í neas m a e s t r a s d e u n p o s i b l e d e s a ­

rro l lo d e e s t a t e r c e r a c u e s t i ó n , q u e es l ó g i c a m e n t e e n la q u e d e b e i n te rven i r e l c o m e n t a r i o d e

t ex tos esco la r . U n a s e g u n d a pa r te a b o r d a r á j u s t i f i c a c i o n e s , c o n e x i o n e s e s t r u c t u r a d o r a s y a p o ­

y o s n e c e s a r i o s p a r a e l d e s a r r o l l o de l m é t o d o .

7. Que esta instancia de comunicación es necesaria ya lo expuse en mi intevención: "Hacia una enseñan­za integrada de los fenómenos estéticos: aportaciones sobre literatura", dentro del III Simposio Internacional de la Asociación Andaluza de Semiótica:

i.

"Acerquémonos al texto artístico. Al haber establecido que sólo nos es posible comprender habiendo comprendido anteriormente, tenemos al sujeto ante un círculo de comprensiones, un "horizonte interno litera­rio de expectativa" cuya "existencia al margen de la experiencia lectora", dirá Vázquez Medel al analizar este concepto de Jauss, "es tan sólo una virtualidad". La única posibilidad fuera de un relativismo paralizante con­siste en la asunción de un a priori comprensivo, desde el que sea posible acceder al interior de ese circulo o más bien espiral de sucesivas comprensiones y reformulaciones de la instancia intermediaria. Como modelo valorativo hacia ese fin podremos considerar al canon, siguiendo, como hasta ahora, a Vázquez Medel en su razonamiento.

Establecido que es necesaria la existencia de un canon que el lector reelabora, cabe plantearse qué posi­bilidades tenemos de propiciar la adquisición de ese canon inicial, junto con sus propias reglas de expansión, en el conjunto de los neolectores (entendiendo siempre la lectura aquí como la operación dé semiosis estética literaria receptiva.

Da la impresión, en muchas ocasiones (y recojo aquí el parecer del Dr. D. Antonio Chicharro Chamoro en su lección del Curso La enseñanza de los Textos Literarios impartido a principios de este año en esta misma Universidad), de que la labor docente más habitual es presentar textos estéticos con un valor dado a priori desde la instancia dotada de canon interpretante -el profesor-. Esta actitud, superada cualquier fiebre aplicato-ria de marbetes de "democrático", sí que pudiera presentar el inconveniente de que el "salto en el vacío hacia el canon" -inevitable, por otra parte- se alarga especialmente. Asimismo, es innegable que choca con una desoladora realidad: el discurso literario no es el hoy día dominante en la cultura de masas y su estética, y menos entre la juvenil, lo que aumenta el número de barreras interpuestas.'La insistencia, la buena voluntad y el entusiasmo personal contagiado es lo que ayudan a superar estas dificultades. Piénsese si no, cómo ha podido atribuírsele ente el alumnado la etiqueta de "fácil" a un poeta como Antonio Mahcado, con el que la lec­tura frivola acaba en un desvaído paisajista".

8. A modo de ejemplo rápido, conseideremos el análisis del soneto XXIII garcilasiano. El análisis compo­nencial está en la base del comentario del aspecto léxico en la interpretación de Stanton, con la posterior interpretación vertebradora. Ningún profesor, sin embargo, va a explicar a sus alumnos de cursos elementales las coincidencias y oposiciones de semas que ahí se dan. Pero sí que se ha explicado este soneto, en abun­dantes ocasiones, como el enfrentamiento entre "el mundo de la rosa" y "el mundo de la azucena". Cfr. STAN­TON, E. F.: "En tanto que de rosa y azucena..." en RICO, F., dir.: Historia y crítica de la Literatura Española, tomo II, Barcelona, Crítica, 1980.

2 0 7

M E T O D O L O G Í A P A R A L A E N S E Ñ A N Z A D E L C O M E N T A R I O D E T E X T O S .

Planteamiento Inicial

Para e l d e s a r r o l l o d e l m é t o d o d e C o m e n t a r i o q u e e s t a m o s p l a n t e a n d o , s e s u g i e r e p r i m e r o

un l eve r e p a s o d e los p l a n t e a m i e n t o s g e n e r a l e s s o b r e la o b r a l i te rar ia q u e d e b e n h a b e r s i d o v i s ­

t o s a p r i nc ip io d e c u r s o , s e g ú n l os p r o g r a m a s h o y v i g e n t e s . R e s u l t a e s e n c i a l , d e s d e l u e g o , e l

c o n c e p t o d e l i te ra tu ra c o m o o p e r a c i ó n c o m u n i c a t i v a p a r a u n d e s a r r o l l o c o h e r e n t e , y, p o r t a n t o ,

e l d e l ec tu ra c o m o u n a o p e r a c i ó n d e s e m i o s i s e s t é t i c a r e c e p t i v a ' . E n e s t e clima de descubri­

miento de estrategias p o d r e m o s i n t r o d u c i r n o s c o n e l u s o d e a c t i v i d a d e s d e m o t i v a c i ó n .

E s t a s p u e d e n re fe r i rse a la b ú s q u e d a d e p e r t i n e n c i a s ' 0 e n e l p r o p i o d o m i n i o c o m u n i c a t i v o d e

la c l a s e . D e t e r m i n a d o s g e s t o s , m o v i m i e n t o s , u s o s , i n d u m e n t a r i a s o c o m p o r t a m i e n t o s e n g e n e ­

ra l , q u e f u e r a de l a u l a n o a p o r t a n i n f o r m a c i ó n n i n g u n a , s e c o n v i e r t e n e n e l e m e n t o s e s e n c i a l e s

d e la r e l ac ión i n t e r p e r s o n a l e n c l a s e . C o n s c i e n c i a r e n e s t o , q u e p u e d e e x t e n d e r s e a l e n g u a j e s

c o m o la m o d a ( ¿ a c a s o n o e x i s t e n p r e n d a s "ob l i ga to r i as " p a r a iden t i f i ca r a las l l a m a d a s " t r i bus

u r b a n a s " , q u e n a d a q u i e r e n dec i r a i s l a d a s e n o t r a s i n d u m e n t a r i a s ? ) a los a l u m n o s s u p o n e u n

p r i m e r p a s o e n e l desa r ro l l o d e s u s e n s i b i l i d a d p a r a c o n los s i g n o s , e s dec i r , p o r i m p l i c a c i ó n , s u

c a p a c i d a d d e c o m e n t a r i o .

E n e s a l í nea , p o d r í a n resu l ta r m u y a p r o v e c h a b l e s c i e r t a s p a r t e s d e los d e n o m i n a d o s " ta l le ­

res l i t e ra r ios " d e los p r o f e s o r e s R I N C Ó N y S Á N C H E Z E N C I S O " , c u y o c a r á c t e r m o t i v a d o r c u a n ­

d o s o n c o r r e c t a m e n t e a p l i c a d o s e s i n n e g a b l e . N o p o d e m o s , s in e m b a r g o , c o m p a r t i r e n m o d o

a l g u n o las p r e t e n s i o n e s d e c o n s t r u c c i ó n d e o b r a s c o m p l e t a s c o m o la p u e r t a p a r a la c o m p r e n ­

s i ón d e t e x t o s l i te rar ios , y a q u e " la s u p l a n t a c i ó n de l p a p e l d e l au to r e n los " ta l le res l i t e ra r ios " s ó l o

n o s c o n d u c e n u e v a m e n t e a la n e c e s i d a d d e adqu i r i r un c a n o n d e s d e a p r l o r i s m o s i d é n t i c a m e n t e

l e j a n o s , p u e s t o q u e la d i f e r e n c i a en t re a p r e c i a r d e t e r m i n a d o c o m p o n e n t e p o r la c o n t e m p l a c i ó n o

e l e n s a y o n o v a a a l te ra r e l h e c h o d e l a r e c e p c i ó n . S e ñ a l a d o s po r G l o r i a G a r c í a R i v e r a , e n s u

Tes is D o c t o r a l r e c i e n t e m e n t e l e í d a e n S e v i l l a , s u s b e n e f i c i o s c o m o i n s t a n c i a m o t i v a d o r a , e l la

m i s m a d a c u e n t a de l riesgo q u e s u p o n e la a p o l o g í a de l e s p o n t a n e í s m o q u e a p o r t a n . Tan to e l l a

9. Cfr. V Á Z Q U E Z MEDEL , M.A.: "La semiosis en los textos l i terarios" en Discurso, n 5 1 , Sevi l la , Asociación Andaluza de Semiótica, 1987.

10. La centralidad del fenómeno de la pertinencia es tal en la teoría y crítica literarias desde el estructura-lísmo que en algunos autores supone el centro de la comunicación estética: así, Jean Cohén en Estructura del lenguaje poético, Madrid, Gredos, 1970, establece que la pertinencia está presenta tanto en la frase poética como en la prosaica, aunque en distinto mundo (el connotativo y el denotat ivo, entendidos de un modo amplio), frente a la absurda, que carece de pertinencia alguna. La conclusión más evidente es que la pertinen­cia acaba por convertirse en el principio unificador del sentido poético más apto, sobre todo en un contexto didáctico, en el que el docente se enfrenta a alumnos que buscan explicaciones globales y carecen del sufi­ciente manejo del recurso a la tradición. Cfr. VÁZQUEZ MEDEL, M.A.: Historia y Crítica de la reflexión estilísti­ca. Sevilla, Alfar, 1987.

11. RINCÓN, Francisco y Juan SÁNCHEZ ENCISO: El alfar de poesía, Barcelona, Teide, 1986.

2 0 8

c o m o E l e n a B a r r o s o ' 2 , e n r e s u m i d a s c u e n t a s , a d v i e r t e n d e l os a r r i e s g a d o d e q u e o l v i d e n el

c a r á c t e r d e m o d e l i z a c i ó n s e c u n d a r i a d e la L i t e ra tu ra " ' 3 .

A s i m i s m o , y a m o d o d e e j e m p l o , las a c t i v i d a d e s p l a n t e a d a s p a r a a b o r d a r e l p r o b l e m a de l

s i m b o l i s m o f ó n i c o resu l t an d i f í c i lmen te s o s t e n i b l e s t r as los p l a n t e a m i e n t o s d e B o u s o ñ o 1 4 s o b r e e l

t e m a . Y si n o f u e r e e l lo su f i c i en te , r e c o r d a r e m o s el t a n t r a í d o y l l evado p r o b l e m a de l co lo r d e las

v o c a l e s , q u e o f rec i ó t a n h e r m o s o s c o m o d i s c o r d a n t e s p o e m a s e n la l i t e ra tu ra f i n i secu la r ' 5 . L o

q u e s í c o n s i d e r a m o s m u y fac t i b le es la p rác t i ca c o n d e t e r m i n a d a s e s t r a t e g i a s d e fác i l c o n s t r u c ­

c i ó n , p a r a p r o f u n d i z a r e n el m e c a n i s m o d e s u m i c r o e s t r u c t u r a , n u n c a e n el i n t e n t o d e t r ans fo r ­

m a r l a s en p r o d u c t o s e s t é t i c o s " t e r m i n a d o s " . As í , y a m o d o d e e j e m p l o , p r o p o n d r í a m o s inv i tar a

los a l u m n o s a la f o r m a c i ó n d e s i n e s t e s i a s q u e les a y u d e n a e s t a b l e c e r v í n c u l o s en t re r e a l i d a d e s

h e t e r o g é n e a s , d e m o d o q u e a v a n c e n f ren te a l a p a r e n t e a b s u r d o d e la i n t e r c o n e x i ó n e n t r e rea l i ­

d a d e s d e d i f e ren te c a m p o s e n s o r i a l .

Primera aproximación

L o s f e n ó m e n o s y f i gu ras p l a n t e a d o s a lo l a rgo d e e s t a s l í neas d e b e n h a b e r s i d o y a c o n o c i ­

d o s t e ó r i c a m e n t e y r e c o n o c i d o s a i s l a d a m e n t e e n t e x t o s l i te rar ios , c o n el e x c l u s i v o f in d e q u e ni

a l u m n o ni p r o f e s o r v a y a n a " p e r d e r s e " en la p u r a i den t i f i cac ión d e los m i s m o s . L a m i s i ó n de l

C o m e n t a r i o no es m á s q u e la d e c o n s i d e r a r su i n te r re lac ión c o m o el f ac to r d i n a m i z a n t e y es t ruc -

t u r a d o r d e la c o m p r e n s i ó n de l t ex to .

A ) L e c t u r a

L a p r i m e r a o p e r a c i ó n d e b e se r la d e la l ec tu ra p r i m e r a , s o b r e c u y a s c a r a c t e r í s t i c a s y a s e h a

h a b l a d o h a s t a la s o c i e d a d (ac la rac ión d e t é r m i n o s c o n el d i cc i ona r i o , e n t o n a c i ó n c o r r e c t a p o r

o t ro l a d o . . . ) . U n a v a r i a n t e d e i m p o r t a n c i a es la q u e p l a n t e a I sabe l P A R A Í S O ' 6 a l r e c o r d a r n o s la

n e c e s i d a d d e u n a l e c t u r a e s t é t i c a , n e t a m e n t e d i f e r e n c i a d a d e la n e c e s a r i a , y c o m p l e m e n t a r i a ,

l ec tu ra l i tera l . E l ú n i c o p r o b l e m a e s q u e n u e s t r a a u t o r a n o v u e l v e a a c o r d a r s e d e e l la e n t o d o el

m é t o d o . I n f i n i t amen te m á s c o h e r e n t e resu l ta el p l a n t e a m i e n t o d e B O U S O Ñ O c u a n d o n o s m u e s ­

t ra la l ec tu ra de l t e x t o l i terar io e n sí c o m o el d e s c u b r i m i e n t o d e la n e g a c i ó n d e s u l i te ra l idad y la

n e c e s i d a d d e r e e l a b o r a c i ó n d e n u e s t r a c o m p r e n s i ó n p a r a t ra ta r d e a p r o x i m a r n o s a é l " . Es un

p u n t o es te d e e n o r m e i m p o r t a n c i a , p o r q u e el r e c o n o c i m i e n t o d e la no - l i t e ra l i dad de l t e x t o a n t e e l

12. BARROSO VILLAR, M a Elena: "Sobre una obligada reformulación de los fundamentos de la enseñan­za de la literatura en los niveles iniciales" en Cauce, n s 11, Sevilla, Departamento de Didáctica de la Lengua y la Literatura y Filologías integradas, 1988.

13. CORRIENTE, cit.

14. BOUSOÑO, Carlos: Teoría de la Expresión Poética. Madrid, Gredos, 1976.

15. Cfr. PAULUS, La función simbólica y el lenguaje, Barcelona, Herder, y URRUTIA, cit.

16. PARAÍSO, Isabel: El Comentario de textos poético. Gijón, Júcar, 1988.

17. Vid. su comentario en AMORÓS, Andrés, coord.: El Comentario de textos. Madrid, Castalia, 1973. La estúpida incompresión a la que ha sido sometida su obra ha hecho descubrir, en muchos casos tarde, la enor­me actualidad y perspicacia de sus planteamientos.

2 0 9

q u e n o s e n c o n t r a m o s es e l p r i m e r p a s o e n el c a m i n o h a c i a la c o m p r e n s i ó n e s t é t i c a . T e ó r i c o s d e

la R e c e p c i ó n d e la r e v e l a n c i a d e Ise r ' 8 c e n t r a n la p e r c e p c i ó n e s t é t i c a e n la c o n f r o n t a c i ó n d e l lec­

to r c o n un t e x t o q u e le h a c e c a m b i a r c o n t i n u a m e n t e d e e x p e c t a t i v a . P r e c i s a m e n t e po r e s t o e s

p o r lo q u e n o s p a r e c e d e la m á x i m a i m p o r t a n c i a l levar lo m á s pos ib l e a la p r á c t i c a e l c o n c e p t o

d e la s e m i o s i s r ecep t i va l i te rar ia c o m o un p r o c e s o e s e n c i a l m e n t e c o m u n i c a t i v o e i n te rac t i vo , e s

dec i r , c o m o un j u e g o en el q u e el lec tor v a a o b t e n e r r e s u l t a d o s s e g ú n el h o r i z o n t e d e e x p e c t a t i ­

v a q u e p o s e a 1 9 , ho r i zon te de l q u e , i n s i s t imos , f o r m a pa r te de l b a g a j e d e c o n o c i m i e n t o s y e l u s o

q u e d e e l l os s e a c a p a z d e h a c e r a l e n f r e n t a r s e c o n e l t ex to .

B ) A n á l i s i s

P a r a a b o r d a r e s t a f a s e , c o n v i e n e c o m e n z a r p o r e l t r a b a j o d e g r u p o . L a r a z ó n resu l t a e v i d e n ­

te : d a d o q u e p o s e e n u n i n s t r u m e n t o m e t o d o l ó g i c o t o d a v í a d é b i l , c o n g r a n d i f i cu l t ad y m u c h o t ra ­

ba jo v a n a p o d e r p e n e t r a r e n c u a l q u i e r d e los a s p e c t o s po r s e p a r a d o , e n u n a t a r e a q u e les p a r e ­

c e , e n s u c o m i e n z o , cas i f a r a ó n i c a . C o n el t r aba jo e n c l a s e p o r g r u p o s , o c u p a d o c a d a g r u p o e n

u n o d e los a s p e c t o s de l t ex to , los e s t a m o s i n d u c i e n d o a u n a v i s i ón m i c r o s c ó p i c a d e las u n i d a d e s

de l t e x t o . A s i m i s m o , los a l u m n o s v a n a p o d e r p r o f u n d i z a r m á s e n los d i s t i n tos n i ve l es d e a n á l i ­

s is . El t r a b a j o d e d is t in tos a s p e c t o s , r o t a n d o s e g ú n c o m e n t a r i o s , h a r á q u e el g r u p o al c o m p l e t o

r e p a s e los c o n o c i m i e n t o s q u e v a n e c e s i t a n d o y s e m u e s t r e n en t re sí r a s g o s c u y a t o t a l i d a d n o

h a b r í a d e s c u b i e r t o n i n g u n o d e s u s c o m p o n e n t e s s o l o . O b v i a m e n t e , r esu l t a i m p o r t a n t í s i m o e s t a ­

b l ece r u n a c o r r e c t a d i n á m i c a d e t r aba jo q u e p e r m i t a q u e e n la c l a s e d e t o d o s los g r u p o s r o t e n

c o n f r e c u e n c i a s u t i po d e t a r e a y q u e d e n t r o d e c a d a g r u p o t o d o s los c o m p o n e n t e s t r a b a j e n .

E s t a " e x h a u s t i v i d a d " (a los a l u m n o s les p u e d e p a r e c e r as í s u t a r e a , y n o es m a l o q u e p i e r d a n el

c o m p l e j o d e i n fe r i o r i dad f r e n t e a l t ex to ) r esu l t a rá u n a e x p e r i e n c i a g ra t i f i can te p o r la f ac i l i dad d e

u n a n á l i s i s p r o f u n d o a u n c o n u n i n s t r u m e n t o r u d i m e n t a r i o . C o n e s t o , e l p r o f e s o r a d o p t a e n

b u e n a m e d i d a u n p a p e l d e a n i m a d o r a l d e s c u b r i m i e n t o de l m e c a n i s m o de l t e x t o p o r p a r t e de l

a l u m n o , s in q u e e l lo s ign i f i que un e s p o n t a n e í s m o es té r i l . S u p a p e l e s ir p l a n t e a n d o p r o b l e m a s o

a p o r t a n d o p i s tas e l e m e n t a l e s a los d i s t i n tos g r u p o s .

Es n e c e s a r i o p l a n t e a r l e s q u e el c o m e n t a r i o es u n a o p e r a c i ó n d e d e s m o n t a j e - r e c o n o c i m i e n ­

t o - m o n t a j e , p o r lo q u e d e b e r á n t e n d e r a la p o s t e r i o r c o n s t r u c c i ó n d e u n t o d o . E s c u r i o s o q u e

n u m e r o s o s m é t o d o s d e c o m e n t a r i o , en t re e l los e l y a c i t a d o d e P A R A Í S O , q u e s e p r e s e n t a c o m o

un i ve rs i t a r i o (¿y "un i ve rsa l "? ) , t o m a n p a r a la r e d a c c i ó n u n e s q u e m a r íg ido d e o r g a n i z a c i ó n d e

los n i v e l e s , s o r t e a n d o c o m o s e p u e d e las i n t e r r e l a c i o n e s e n t r e los d i s t i n t os f e n ó m e n o s . Es to

m i s m o , s in e m b a r g o , es lo único que no se hace en los comentarios de crítica e interpretación

literarias de prestigio q u e se i m p r i m e n o se e x p l i c a n : se pa r te d e los m á s p e r e g r i n o s e j e s ( u n

18. ISER, W.: El acto de leer. Madrid, Taurus, 1987.

19. En este punto del razonamiento, una vez reconocida la naturaleza de la Literatura como medio, sería posible integrarla en un modelo ecológico que acogiera a todos los medios de comunicación. La consecuencia metodológica y didáctica de la práctica de esta perspectiva sería la ruptura de la separación escuela-vida en cuanto a objeto de estudio.

2 1 0

c a s o d e ¡n te r tex tua l i dad , un m o d o d e c o n s t r u c c i ó n d e la es t ro fa , e t c . ) , p o r q u e resu l t an se r u n a

i m p o r t a n t e c l a v e i n te rp re ta t i va de l t ex to . Y si no f u e r a és te a r g u m e n t o su f i c i en te , ¿ p o r q u é c a d a

p r e c e p t i s t a p l a n t e a un o r d e n s i e m p r e d is t in to al d e los d e m á s ?

N i n g u n o a p o r t a n i n g u n a r a z ó n , y s í t e n e m o s la c o n t r a r i a e n c o m e n t a r i o s c o m o l os d e

D á m a s o A l o n s o y o t r o s pa r t i da r i os d e la Es t i l í s t i ca p a r a d e m o s t r a r la s o l i d a r i d a d e n t r e los d i s t i n ­

tos p l a n o s d e la o b r a , s o l i d a r i d a d e v i d e n t e de manera distinta s e g ú n la o b r a . El ún i co a r g u m e n t o

p o s i b l e e s q u e e s t a s i m u l t a n e i d a d d e p l a n o s p u e s t o s e n r e l a c i ó n p r o v o c a r í a d e s c o n c i e r t o e n e l

a l u m n o . P e r o d i c h o i n c o n v e n i e n t e n o e s ta l si h a c e m o s e v i d e n t e c o m o t é c n i c a d e t r aba jo p a r a

los a l u m n o s las f a s e s q u e a n t e r i o r m e n t e h e m o s m e n c i o n a d o d e d e s m o n t a j e - r e c o n o c i m i e n t o -

m o n t a j e .

P a r a rea l i za r es te m o d e l o ana l í t i co q u e p r o p o n e m o s , p u e d e n d i s t r i bu i r se las f i chas q u e m á s

a b a j o d e s c r i b i m o s y q u e solamente suponen un recordatorio de elementos que deben tener en

cuenta en su análisis. E l l os m i s m o c o m e n z a r á n a m o s t r a r s u e x t r a ñ e z a - lo h i c i e ron d u r a n t e la

e x p e r i e n c i a de l m é t o d o , n o s in s u p o c o d e i n o f e n s i v a r i va l i dad - c u a n d o v e a n q u e u n f e n ó m e n o lo

t r a t an d o s g r u p o s d i s t i n tos , o q u e e l los , e n s u s c o n c l u s i o n e s , c o m i e n z a n a i n v a d i r s e m u t u a m e n ­

te s u s t e r r e n o s . Es m u y fác i l , a h o r a , h a c e r l e s e v i d e n t e s las mú l t i p l es p r o y e c c i o n e s d e un c a m b i o

e n un p l a n o d e la o b r a .

A s i m i s m o , c o n el f in d e ir i n t e g r a n d o los a s p e c t o s y la c o m p r e n s i ó n d e la o b r a , h a b r á q u e

r e m a r c a r la i m p e r i o s a n e c e s i d a d d e e m p e z a r y t e r m i n a r c o n la l ec tu ra , t r a t a n d o a lo la rgo d e e l la

d e ir c o n s i d e r a n d o las a p o r t a c i o n e s e f e c t u a d a s d u r a n t e el aná l i s i s .

L a s f i c h a s , q u e n o s n e g a m o s a n u m e r a r c o n el f in d e m a r c a r m á s s u c a r á c t e r d e o p t a t i v i d a d ,

s e r í a n las q u e a p a r e c e n e n las f i g . 1 y 2 . I nc l uyen n u m e r o s o s í t e m s a los q u e h a y q u e a tende r ,

c o n m o h e m o s h e m o s ¡do d i c i e n d o , e n la m e d i d a en q u e el t e x t o los e x i g e , y a s e a por r a z o n e s d e

g é n e r o , é p o c a , e tc . C i e r t a m e n t e p u e d e se r p o c o g ra t i f i can te a l a l u m n o (¿o p r o f e s o r ? ) " c a z a d o r

d e f i gu ras " , p o r q u e v a a fa l la r m u c h o s b l a n c o s . L a s f i c h a s n o s o n m á s q u e un a p o y o p a r a la

e x p l o r a c i ó n de l t e x t o y la p r o p i a m a r c h a de l m é t o d o e n c a m i n a p o c o a p o c o e n d i r e c c i o n e s m á s

i n t e r e s a n t e s .

2 1 1

f i g u r a 1

20. Vid. URRUTIA, J. : Semió(p)tica. Valencia, Instituto Shakespeare, 1987.

2 1 2

•: L O C A L I Z A C I Ó N

- t e m p o r a l e n la h i s to r ia

-en la s o c i e d a d : r e l a c i o n e s a u t o r - p ú b l i c o

-d i ve rsas i n t e r p r e t a c i o n e s de l t e x t o a lo la rgo d e la h i s to r ia

-en la t e n d e n c i a l i terar ia

-en la t r a y e c t o r i a de l a u t o r

- e n la t r ad i c i ón

•: S E M Á N T I C A D E L T E X T O

- t e m a

- t óp i cos y s u b t e m a s

- a r g u m e n t o

- m o v i m i e n t o c l imá t i co

- m o v i m i e n t o l inea l , c o n c é n t r i c o , pa ra le l í s t i co , in m e d i a r e s . . .

- las r e i t e rac i ones c o m o o r g a n i z a d o r e s de l t e m a

- d e n o t a c i ó n y c o n n o t a c i ó n , c a s o s c o n c r e t o s e n los q u e e s t a b l e c e n r e l a c i o n e s

en el s e n o de l t e x t o

- i s i top ías y c a m p o s s e m á n t i c o s ( d o m i n i o s s e n s o r i a l e s , e tc . )

- t r opos ( m e t á f o r a , m e t o n i m i a , s i n é c d o q u e , s í m b o l o , s i n e s t e s i a , a l ego r í a )

- s ím i les

- s i n o n i m i a s , h o m o n i m i a s , a n t i n o m i a s , p o l i s e m i a s

- l i to te , an t í t es i s , p a r a d o j a s , p r o p o p o p e y a s

- a n á f o r a s , a n a d i p l i s í s y e p a n a d i p l o s i s c o m o f e n ó m e n o s c o n e f e c t o s

s e m á n t i c o s

•: P R A G M Á T I C A C O M U N I C A T I V A

- r e p r e s e n t a c i ó n y p e c u l i a r i d a d e s c o n c o m i t a n t e s : Tex to i n f o r m a n t e 2 0 , t i p o d e

e s c e n a r i o , m o v i m i e n t o s y g e s t o s , e t c . .

- r e lac ión de l a u t o r c o n los p e r s o n a j e s : g r a d o s d e o m n i s c e n c i a ; h o m o y h e t e r o -

d i é g e s i s

- g é n e r o y s u b g é n e r o : e s t r a t e g i a c o m u n i c a t i v a

- e x c l a m a c i o n e s e i n t e r r o g a c i o n e s re tó r i cas

- l l a m a d a s d i v e r s a s al l ec to r

f i g u r a 2

•: N I V E L F O N É T I C O - F O N O L Ó G I C O

- t ipo d e v e r s o y e s t r u c t u r a : e l r i tmo

-es t ro fa

- a l t e r a c i o n e s y o n o m a t o p e y a s

- p a r o n o m a s i a (en t a n t o q u e f e n ó m e n o c o n c o n s e c u e n c i a s s e m á n t i c a s )

- p a l a b r a s - r i m a e in ic ia les d e v e r s o

- p u n t u a c i ó n y l ong i t ud d e p e r í o d o , c o m o f e n ó m e n o f ó n i c o

•: N I V E L M O R F O S I N T Á C T I C O

- p e r í o d o la rgo o co r t o

- p r o p o r c i ó n o f r e c u e n c i a d e las d i s t i n tas c a t e g o r í a s s i n t á c t i c a s

- a s í n d e t o n , p o l i s í n d e t o n

- h i p é r b a t o n

- p a r a l e l i s m o

2 1 3

C ) C o m p a r a c i ó n

E n e s t e m o m e n t o la t a r e a d e s u p e r p o n e r los r e s u l t a d o s d e los d i s t i n tos aná l i s i s p a r c i a l e s .

D e e l lo d e b e n d e r i v a r s e d i s t i n tas c o n c o m i t a n c i a s q u e s o n las q u e p u e d e n o r i en ta r la p e r t i n e n c i a ,

p a r a e l f u n c i o n a m i e n t o i n t e r n o de l t e x t o , d e c a d a u n o d e los d i s t i n t os h a l l a z g o s 2 ' . A s i m i s m o ,

d e b e r á o b s e r v a r s e q u e las c o n c l u s i o n e s pa rc i a l es d e los d i s t i n tos a p a r t a d o s t i e n d e n a c o m p l e ­

m e n t a r s e y a c l a r a r s e m u t u a m e n t e . F i n a l m e n t e , la c o n f r o n t a c i ó n c o n la l ec tu ra s e r á e l p a s o f i na l

p a r a c o n f i r m a r y a u n a h i p ó t e s i s s o b r e e l t e x t o , u n a c o n c l u s i ó n q u e resu l t e s e r la c l a v e d e la

o r g a n i z a c i ó n d e n u e s t r a e x p l i c a c i ó n de l t e x t o , q u e e n l a c e t o d o lo ha l l ado r e l e v a n t e e n n u e s t r o

aná l i s i s .

D) R e d a c c i ó n

Es a h o r a c u a n d o n e c e s i t a m o s conve r t i r n u e s t r a p e r c e p c i ó n i n tens i f i cada de l t e x t o (es te e r a

el ob j e t i vo de l aná l i s i s ) en u n a a r g u m e n t a c i ó n c o h e r e n t e . A h o r a p a r t i r e m o s d e u n o d e los p u n t o s

t r a t a d o s , e l c o n s i d e r a b l e c o m o e s e n c i a l e n e l t e x t o , c u y a s r e l a c i o n e s c o n lo d e m á s i r e m o s e x p o -

n i n d o . A fa l ta d e u n a d e c i s i ó n p r o p i a d e l c o m e n t a r i s t a , s o b r e t o d o e n los n i ve l es in i c ia les , c o m o

a p o y o e n los p r i m e r o s m o m e n t o s p u e d e v a l e r la o p c i ó n po r la c u e s t i ó n de l t e m a y la e s t r u c t u r a

a r g u m e n t a l .

E s t a n o s v i e n e a b o n a d a por la e x p r e s a d a i d e a de l c o m e n t a r i o c o m o e je rc i c io d e c o m p r e n ­

s i ó n . P r e c i s a m e n t e los a d o l e s c e n t e s , a la d o c e n c i a d e los c u a l e s s e d i r ig ió a l m e n o s la p r i m e r a

e x p e r i e n c i a p rác t i ca d e lo p l a n t e a d o e n es te e s t u d i o , s e e n c u e n t r a n e n u n a é p o c a d e i n c o r p o r a ­

c i ón d e n u e v a s e x p e r i e n c i a s e n la q u e les r esu l t a m u c h o m á s i m p o r t a n t e e l c o n t e n i d o q u e la

e x p r e s i ó n . El c o m e n t a r i o d e t e x t o , d e s d e l u e g o , n o p u e d e ser, c o m o a c t i v i d a d esco la r , un e je rc i ­

c io d e e r u d i c i ó n , s i n o d e a p r o p i a c i ó n d e u n t e x t o y d e s u s c ó d i g o s , q u e d e b e n p a s a r a se r i n te ­

g r a d o s e n un ho r i zon te d e e x p e c t a t i v a , p a r a pe rm i t i r l e a f ron ta r t e x t o s l i te rar ios y c o n s i d e r a r l o s ,

d e f o r m a c o n s c i e n t e , u n a f o r m a d e c o m u n i c a c i ó n ¡n te rpe rsona l .

D e s c e n d a m o s al c a s o q u e s e n o s o c u p a . Si b i en es pos ib l e redac ta r e s c r i t o s d e f o r m a e f i c a z

e n g r u p o , ta l a c t i v i d a d e n c l a s e s a m p l i a s e s m u y d i f íc i l . P o r t an to , p r o p o n e m o s q u e c a d a a l u m n o

e l a b o r e e l c o m e n t a r i o a par t i r d e lo ha l l ado y d i s c u t i d o e n c l a s e , a u n q u e s in per ju i c io d e q u e t o d o

p r o f e s o r q u e s e e n c u e n t r e en c o n d i c i o n e s d e m a n e j a r c o n g r a n e f i cac ia d i n á m i c a s g r u p a l e s d e

p u e s t a e n c o m ú n l leve a d e l a n t e e s t a f a s e e n la p r o p i a c l a s e . V ig í l ese , no o b s t a n t e , la c a p t a c i ó n

g l o b a l d e c a d a u n o d e los a l u m n o s .

Segunda aproximación

L o s a l u m n o s d e b e n ir a b a n d o n a n d o p a u l a t i n a m e n t e e l t r aba jo e n g r u p o , y e l a b o r a r las d i s t i n ­

t a s f a s e s d e f o r m a ind i v idua l . N o q u e r e m o s c o n e s t o d e c i r q u e s e d e s c a r t e c o m o úti l de l e n f o q u e

2 1 . La aportación de Samuel R. Levin en Estructuras lingüísticas en poesía, Madrid, Cátedra, con el esta­blecimiento de los couplings o emparejamientos, supuso la profundización de la búsqueda de dichas concomi­tancias en todos los niveles lingüísticos del texto.

2 1 4

co lec t i vo , s i n o q u e s e a n c a p a c e s d e c o m p a t i b i l i z a r e l t r aba jo e n a m b o s . H a y q u e e f e c t u a r e s t o

d e f o r m a d e lo m á s l en ta p o s i b l e , c o n el f in d e ev i ta r q u e c o n s i d e r e e s t a d i v i s i ón c o m o u n t r a b a j o

inút i l , y d e c i d a cub r i r l o s i g u i e n d o m i m é t i c a m e n t e un o r d e n l inea l .

J U S T I F I C A C I Ó N D E L O S R A S G O S A N A L I Z A D O S

A p o r t a m o s a h o r a , d e f o r m a e s q u e m á t i c a , a l g u n a s d e las r a z o n e s y s e n t i d o d e n u e s t r a se lec ­

c i ó n d e a l g u n o s d e l o s r a s g o s q u e s e ñ a l a m o s c o m o d e s t a c a b l e s p a r a l o s n i v e l e s d e l

Bach i l l e ra to . E n o c a s i o n e s a p a r e c e r á n e j e m p l o s c o m o los q u e p o d r í a n a d u c i r s e p a r a q u e los

a l u m n o s a p r e c i a s e n la i m p o r t a n c i a d e u n o d e t e r m i n a d o e n un t e x t o c o n c r e t o .

• LOCALIZACIÓN

- t e m p o r a l e n l a h i s t o r i a : d e s d e a q u í e s d e s d e d o n d e , p o r e j e m p l o , p u e d e e x p l i c a r s e la

o r g a n i z a c i ó n i d e o l ó g i c a d e un Peribáñez o Alcalde de Zalamea, o q u e D o n J u a n M a n u e l cas t i ­

g u e el t i po d e a v a r i c i a d e los b u r g u e s e s y no la d e los n o b l e s .

- e n l a s o c i e d a d : r e l a c i o n e s a u t o r - p ú b l i c o : L a p o s t u r a d e m a l t i d i s m o d e un G o y t i s o l o o u n

Ju l i án R í o s , e x p r e s a d a a t r a v é s d e la p r o f u n d a d i f i cu l t ad d e s u s e s c r i t u r a s . L a ac t i t ud a c o m o d a t i ­

c i a d e L o p e o la su t i l i dad c e r v a n t i n a e n los j u e g o s d e p a l a b r a s d e El Quijote.

- d i v e r s a s i n t e r p r e t a c i o n e s d e l t e x t o a l o l a r g o d e la h i s t o r i a : h i s t o r i a d e las d i v e r s a s

i n t e r p r e t a c i o n e s de l Q u i j o t e .

- e n l a t e n d e n c i a l i t e r a r i a : L a s p r i n c e s a s m o d e r n i s t a s c a r e c e n d e r a z ó n si n o e s p o r rad ica l

o p o s i c i ó n al r e a l i s m o i m p e r a n t e h a s t a e n t o n c e s y f r e n t e a u n a s o c i e d a d m u y c o n c r e t a .

- e n l a t r a y e c t o r i a d e l a u t o r : L a s o b r a s d e é p o c a s d i s t i n tas e n u n a u t o r v a n a p o r t a n d o u n a

p r o g r e s i v a d e p u r a c i ó n e n s u t é c n i c a .

- e n l a t r a d i c i ó n : Es u n a s p e c t o e s e n c i a l . N o s p e r m i t i r á e l u c i d a r los s i g n i f i c a d o s y s e n t i d o s ,

s o b r e t o d o e n lo a t a ñ e n t e a s í m b o l o s y m e t á f o r a s , p a r a ev i ta r p e r d e r e l h i lo i n te rp re ta t i vo e n un

i m p r e s i o n i s m o a n a r q u i z a n t e .

• SEMÁNTICA DEL TEXTO

i

E n t o d o es te a p a r t a d o p o d r á n s e g u i r s e d o s d i r e c c i o n e s , ana l í t i ca o s in té t i ca . A m b a s d i s t a n

d e se r u n í v o c a s , p u e s se c o m p o n e n e n rea l i dad d e " idas y v e n i d a s " , p a r a p lan tear , c o n f i r m a r o

n e g a r h i pó tes i s . N o ex i s t e e n r ea l i dad u n a m e j o r q u e o t r a ( a m b a s , e n s e n t i d o p u r o , s o n i n c o m ­

p le tas ) , y e l u s o d e u n a u o t r a d e b e r á es ta r su je to a l t i po d e c a p a c i d a d d e t r a b a j o i n te lec tua l de l

a l u m n o c o n c r e t o . S e r í a b u e n o q u e c a d a u n o p r o b a s e h a s t a d a r c o n la q u e m á s s e a d a p t e a su

e s t r u c t u r a d e p e n s a m i e n t o .

2 1 5

- t e m a , t ó p i c o s y s u b t e m a s , a r g u m e n t o : C o n s t i t u y e n e l p i la r f u n d a m e n t a l d e e s t r u c t u r a c i ó n

c o m p r e n s i v a de l t ex to . L e s pe rm i t i r á ap rec ia r , a d e m á s , la i m p o r t a n c i a de l t e x t o c o m o p r o d u c t o

cu l t u ra l .

E n los c o m e n t a r i o s d e los a l u m n o s es f r e c u e n t e c o m p r o b a r q u e e f e c t ú a n u n a c o m p r e n s i ó n

e n t r a m o s c o r t o s , g e n e r a l m e n t e a d y a c e n t e s a las s u b e s t r u c t u r a s m é t r i c a s , q u e s i m p l e m e n t e

s u m a n . B a s t e c o m o e j e m p l o d e es to , q u e p u d i e r a p r o c e d e r d e la a t e n c i ó n p r o d i g a d a s ó l o a las

p a l a b r a s d e c o n t e n i d o léx ico la i n t e r p r e t a c i ó n q u e u s u a l m e n t e h a e n c o n t r a d o e n t r e m i s a l u m n o s

d e l s o n e t o d e G ó n g o r a " L a d u l c e b o c a q u e a g u s t a r c o n v i d a . . . " : 1) inv i ta a p r o b a r ; 2) a v i s o d e

p e l i g r o ; 3 ) c o n s e j o . ¿ P r o c e d e e s t o q u i z á d e n u e s t r o s e ñ a l a r l e s s ó l o lo m á s r e l e v a n t e d e c a d a

u n i d a d ? E n c u a l q u i e r c a s o , r e s u l t a r í a i m p o r t a n t e n o d e s c u i d a r la a t e n c i ó n a l os e l e m e n t o s

n e x u a l e s .

- l a s r e i t e r a c i o n e s c o m o o r g a n i z a d o r e s d e l t e m a : s u p o n e n u n e l e m e n t o e s t r u c t u r a n t e

d e a l t í s i m a o b j e t i v i d a d a la h o r a d e v e r t e b r a r p a r t e s d e u n t ex to . O t r a c o s a s e r á s u i n te rp re ta ­

c i ó n , q u e p o d r á se r a c e r t a d a o n o , y p a r a la q u e t e n e m o s los c o n o c i m i e n t o s d e la t r a d i c i ó n y d e

la c r í t i ca .

- i s o t o p í a s y c a m p o s s e m á n t i c o s ( d o m i n i o s s e n s o r i a l e s , e t c . ) : V a l g a lo d i c h o e n el apa r ­

t a d o an ter io r .

- d e n o t a c i ó n y c o n n o t a c i ó n , c a s o s c o n c r e t o s e n l o s q u e e s t a b l e c e n r e l a c i o n e s e n e l

s e n o d e l t e x t o : La i m p o r t a n c i a d e lo c o n n o t a t i v o en el t ex to l i terar io q u e d a f u e r a d e t o d a d u d a ,

y a q u e e s e y n o o t ro es s u s e n t i d o . N o o b s t a n t e , h a y t é r m i n o s e n lo q u e es to s e m a r c a m u y e s p e ­

c i a l m e n t e , y en e l los h a d e a p o y a r s e el c o m e n t a r i s t a p a r a s e ñ a l a r lo c o n n o t a t i v o de l res to de l

t ex to . Cfr. B O U S O Ñ O 2 2 p a r a s u r e n d i m i e n t o e n la c o m p r e n s i ó n d e la i r rac iona l i dad d e lo p o é t i c o .

- t r o p o s ( m e t á f o r a , m e t o n i m i a , s i n é c d o q u e , s í m b o l o , s i n e s t e s i a , a l e g o r í a ) : h a b r á q u e

p res ta r a t e n c i ó n a los q u e s o n u n a c o n s t a n t e e n e l a u t o r o e n la t r a d i c i ó n , p a r a ob je t i va r e n lo

p o s i b l e e l aná l i s i s .

- a n á f o r a s , a n a d i p l o s i s y e p a n a d i p l o s i s c o m o f e n ó m e n o s c o n e f e c t o s s e m á n t i c o s :

H a b r á q u e t e n e r e n c u e n t a s u s f u e r t e s c o n e x i o n e s e n el p l a n o d e lo f ó n i c o y lo s e m á n t i c o .

• PRAGMÁTICA COMUNICATIVA

- r e p r e s e n t a b i l i d a d y p e c u l i a r i d a d e s c o n c o m i t a n t e s : T e x t o i n f o r m a n t e , t i p o d e e s c e n a ­

r i o , m o v i m i e n t o s y g e s t o s , e t c . : s in n e c e s i d a d d e u n a l a r d e d e t é c n i c a , p u e d e d a r s e pe r f ec ­

t a m e n t e c u e n t a d e r a s g o s f u n d a m e n t a l e s d e la p u e s t a e n e s c e n a , s i n o l v i da r q u e los p r o b l e m a s

d e r e p r e s e n t a b i l i d a d , p o r e j e m p l o e n la C e l e s t i n a , h a n c o n d i c i o n a d o f u e r t e m e n t e s u e n t e n d i ­

m i e n t o .

22. En AMORÓS, cit. págs. 307 a 310: plantea los valores de la connotación como índices de procedi­mientos de irracionalismo poético.

216

- r e l a c i ó n d e l a u t o r c o n l o s p e r s o n a j e s : g r a d o s d e o m n i s c i e n c i a ; h o m o y h e t e r o d i é g e -

s i s : e s t á n e n c l a r a re l ac ión e s t a s c u e s t i o n e s c o n las d e l b i o g r a f i s m o , v e r o s i m i l i t u d , p o r e j e m p l o .

A q u í c a b e t e n e r e n c u e n t a e l t e m a d e los d i s t i n tos t i pos d e r e a l i s m o , c o m o la n o v e l a d e tes i s o la

b e h a v i o r i s t a , q u e s u p o n e n s i e m p r e un e s c o l l o p a r a e l a l u m n a d o . El o t r o c o m p l e m e n t o d e las

c i t a d a s c u e s t i o n e s n o s v e n d r í a d a d o por la a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d a c o n n o t a c i ó n .

- G é n e r o y s u b g é n e r o : e s t r a t e g i a c o m u n i c a t i v a : t o d o s los a s p e c t o s d e la o b r a v i e n e n

s u b o r d i n a d o s a e s t a c u e s t i ó n , p u e s s u s c o n v e n c i o n e s s o n las q u e o t o r g a n o d e n i e g a n p e r t i n e n ­

c ia a c u a l q u i e r r a s g o t r a t a d o . E s o e s lo q u e e x p l i c a q u e las o b r a s q u e t r a n s f o r m a n p r o f u n d a m e n ­

te las p a u t a s g e n é r i c a s s e a n m á s d i f í c i l m e n t e e n t e n d i b l e s , e s t a n d o c o m o e s t á n e s c r i t a s c o n

r e c u r s o s cas i s i e m p r e c o n o c i d o s .

A s i m i s m o , h a b r á q u e h a c e r c o n s c i e n t e a l a l u m n a d o d e q u e n o n o s e n c o n t r a m o s a n t e c a s i ­

l las c e r r a d a s , y c o n s i d e r a r e l g é n e r o c o m o p r e d o m i n i o d e u n c o n j u n t o d e c o n v e n c i o n e s q u e n o

e x c l u y e la p r e s e n c i a d e o t r a s . S i n o , d i f í c i lmen te p o d r e m o s exp l icar , p o r e j e m p l o , la p r e s e n c i a d e

p a s a j e s l í r icos e n o b r a s e s e n c i a l m e n t e na r ra t i vas , e t c .

- e x c l a m a c i o n e s e i n t e r r o g a c i o n e s r e t ó r i c a s y l l a m a d a s d i v e r s a s a l l e c t o r 2 3 : a ú n s i e n d o

u n r e c u r s o m u y p r i m a r i o , n o d e m a s i a d a s v e c e s s e le p r e s t a la d e b i d a a t e n c i ó n , c u a n d o s o n la

p r i nc ipa l p i s ta p a r a e l c á l c u l o d e u n p o s i b l e lec to r imp l í c i to .

• NIVEL FONÉTICO-FONOLÓGICO

- t i p o d e v e r s o y e s t r u c t u r a : e l r i t m o : n o h a r á fa l ta r e c o r d a r la n e c e s i d a d d e q u e los a l u m ­

n o s c o n o z c a n y a p r e c i e n a l g u n a s d e las e s t r u c t u r a s v e r s a l e s y r í tm i cas e s e n c i a l e s , q u e c o n d i ­

c i o n a n la a t e n c i ó n d e l recep to r .

- e s t r o f a : Y a n o s r e f e r i m o s a s u i n n e g a b l e p o d e r es t ruc tu rado r , a l t ra ta r e l a s p e c t o a r g u m e n -

ta l , y d e s u s c o n c o m i t a n t e s pe l i g ros .

- p a l a b r a s - r i m a e i n i c i a l e s d e v e r s o : t res l u g a r e s a p a r e c e n p r i v i l eg i ados p a r a la c o l o c a c i ó n

d e p a l a b r a s e n el v e r b o . P o r o r d e n d e i m p o r t a n c i a n o s a p a r e c e n : e l f i n a l , e l c o m i e n z o y los

a c e n t o s f u n d a m e n t a l e s ( 6 a s í l a b a e n el e n d e c a s í l a b o c o m ú n , 4 a y 8 a e n e l sá f i co ) . Es e s t e e l

p r inc ip io q u e g o b i e r n a la e x i s t e n c i a d e la l l a m a d a " r i m a l éx i ca " 2 4 .

- p u n t u a c i ó n y l o n g i t u d d e p e r í o d o , c o m o f e n ó m e n o f ó n i c o : d e d i f e r e n t e c o n s i d e r a c i ó n

e n v e r s o o e n p r o s a , e s d e v i ta l i m p o r t a n c i a s u p r o y e c c i ó n a la s i n tax i s .

23. Obviamente, la relación autor-lector va infinitamente más allá de los puntos reseñados en este aparta­do. El enfoque de la cuestión que hemos ido dando a lo largo de este estudio no puede reducirse a marcar este punto, sino que ha de ser un principio conformante de toda la labor. No obstante, lo que este ítem concre­to sugiere es una aproximación de este complejo fenómeno al nivel de los alumnos, con la detección de algún rasgo formal fácilmente accesible.

24. Véase una explicación, un tanto insuficiente, del fenómeno, en DIEZ BORQUE, J.M. , Metodología para el comentario de textos. Madrid, Playor.

2 1 7

: NIVEL MORFOSINTÁCTICO

- p r o p o r c i ó n o f r e c u e n c i a d e l a s d i s t i n t a s c a t e g o r í a s s i n t á c t i c a s : R e s u l t a a b s u r d o b a s a r

el e s t u d i o d e e s t o e n lo p u r a m e n t e e s t a d í s t i c o , po r lo a n t e r i o r m e n t e e x p r e s a d o d e las p e r t i n e n ­

c i as q u e i m p o n e la l óg i ca i n t e r n a de l p o e m a . C o m o fac to r d e c o r r e c c i ó n h a y q u e inc lu i r la impo r ­

t a n c i a re la t i va e n el p o e m a d e c a d a t é r m i n o q u e s e c o m p u t a .

- a s í n d e t o n , p o l i s í n d e t o n : D e i n n e g a b l e s c o n e x i o n e s c o n el r i tmo d e la a c c i ó n a r g u m e n t a l

de l p o e m a .

- h i p é r b a t o n : s u s c o n e x i o n e s c o n el a s p e c t o f ó n i c o o s e m á n t i c o (por c o n f r o n t a c i ó n c o n el

o r d e n lóg ico ) s u e l e n se r d e g r a n r e n d i m i e n t o e n g r a n d e s p o e m a s .

- p a r a l e l i s m o : s u p o n e un e l e m e n t o d e re i t e rac ión q u e h a d e t e n e r s e e n c u e n t a e n e l n ive l

s e m á n t i c o .

2 1 8