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#45GUIA PRÁTICO: 5 MELHORES FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA VOCÊ UTILIZAR NA EMPRESA
gestão para transformação
SETEMBRO 2019
03 Introdução
05 Análise SWOT
15 Ciclo PDCL
22 Key Performance Indicators (KPIs)
27 Matriz GUT
30 Diagrama de Ishikawa
37 Conclusão
40 Sobre a Sobre FNQ
INTRODUÇÃO
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As ferramentas de gestão são fundamentais para organizar o mundo de informações que está ao nosso redor. Com elas conseguimos orientações seguras sobre o que precisa ser feito para obter resultados específicos, como diagnósticos, decisões, planos, produtos e serviços.
Além disso, ao olhar as referências das organizações de classe mundial, identificamos quais técnicas devem ser priorizadas em virtude de sua relevância para o sucesso da empresa. Consequentemente, algumas ferramentas se tornam tendências ou são consideradas práticas do mais alto nível.
Neste e-book falaremos justamente sobre as melhores ferramentas de gestão, ou seja, aquelas práticas comprovadamente mais eficazes. Leia atentamente este conteúdo e procure entender a importância das técnicas não só para a direção da empresa, mas para os departamentos e as equipes. Prossiga!
ANÁLISE SWOT
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Em sua masterclass (2017), Garry Kasparov — um dos maiores, senão o maior enxadrista de todos os tempos — traz um interessante insight sobre pensamento estratégico: tática é fazer algo quando há algo a ser feito, enquanto estratégia é fazer algo quando não há nada a ser feito.
Resumidamente, precisamos de uma visão estratégica sobre o que é possível realizar no longo prazo. Só assim restringiremos o universo de opções disponíveis àquelas que são relevantes para o objetivo — só assim é possível ter realmente algo a fazer.
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A análise SWOT é o primeiro passo para desenvolver essa compreensão do caminho e do ponto de chegada. Seu objetivo é evidenciar as características internas e externas que merecem nossa consideração.
Não à toa, a ferramenta se aplica do nível individual — como na preparação de planos de carreira — até a mais alta gestão — como nos planejamentos estratégicos.
A sigla SWOT é uma referência aos critérios de análise, em Inglês. Assim, algumas pessoas preferem o nome traduzido para o Português, ou seja, matriz FOFA. Independentemente da sua escolha, os pontos são os seguintes.
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FORÇAS (STRENGTHS)
Quais são as vantagens internas? Quais são as condições, competências e características favoráveis? O que se produz, executa ou entrega com qualidade? O que funciona bem?
FRAQUEZAS (WEAKNESSES)
Quais são as desvantagens internas? Quais são as deficiências, ineficiências e condições desfavoráveis? O que definitivamente não funciona? Quais são os erros e as dificuldades?
OPORTUNIDADES (OPPORTUNITIES)
Quais são as vantagens externas? Quais são as demandas que podem ser supridas? Qual é o tamanho do mercado? O que pode facilitar o crescimento? Você tem linhas de crédito?
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AMEAÇAS (THREATS)
Quais são as desvantagens externas? O que se coloca no caminho da empresa? Há concorrentes? A legislação pode mudar? O país está em crise? As margens são baixas? Surgiu uma solução mais inovadora no mercado?
Note que, a partir da compreensão dos quatro pontos, saberemos o que podemos concretizar no longo prazo e, posteriormente, o que queremos. Trata-se da visão da empresa, que ao lado da missão e dos valores, guiará o planejamento estratégico.
Uma segunda vantagem é identificar deficiências no negócio, principalmente se a ordem interna está preparada para as oportunidades e ameaças do âmbito externo. Logo, podemos promover melhorias em processos, planos, departamentos e equipes.
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CICLO PDCL
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O ciclo PDCL consiste em um método estruturado para promover a melhoria contínua e realizar o controle da qualidade. A sigla representa um circuito de atividades que, uma vez realizado constantemente, torna a gestão mais eficiente em praticamente qualquer negócio.
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PLANEJAR (PLAN)
Estabelecer quais são os objetivos, as metas e as estratégias, bem como trabalhar um plano de ação para concretizar as diretrizes. Note que isso engloba desde algo muito específico, como gerir uma equipe, até os planejamentos organizacionais.
EXECUTAR (DO)
Tomar providências concretas como educar os colaboradores, delegar tarefas e reunir lideranças. Buscar a realização do que foi planejado.
CHECAR (CHECK)
Acompanhar o andamento das atividades, comparando resultados almejados e obtidos, inclusive comprovando o cumprimento de padrões.
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APRENDER (LEARN)
Identificar o que funciona e o que não funciona, fazer o balanço dos resultados e procurar entender as causas tanto para os pontos positivos quanto para os negativos, gerando conhecimento relevante para aprimorar o sistema.
Um aspecto importante é o papel do PDCL para melhorarmos os resultados. Perceba que as repetições do ciclo forçam os profissionais a sempre buscarem soluções, visando reduzir a lacuna entre o que era desejado e o que foi obtido.
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Além disso, a ferramenta impede que a gestão fique cega em relação às circunstâncias. Qualquer mudança relevante será acusada nas etapas de checagem e considerada no aprendizado. Trata-se de algo essencial em grandes empresas, porque muitas vezes elas são tão grandes que perdem a capacidade de enxergar o ecossistema e focam apenas em si mesmas.
Por fim, vale a pena exaltar a flexibilidade do ciclo. O direcionamento lógico para melhoria contínua pode ser a chave para criar projetos —especialmente novos produtos e serviços —, treinar equipes, elaborar planos estratégicos, estruturar processos e até mesmo gerir a própria carreira. É como se fosse a fórmula para subir degraus de eficiência em praticamente qualquer área em que haja gestão.
KEY PERFORMANCE INDICATORS (KPIS)
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Os KPIs são medições críticas para entendermos o desempenho dos processos, permitindo verificar se as práticas produziram resultados dentro, além ou aquém das expectativas.
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Imagine que, após uma campanha de marketing, espera-se um aumento nos cadastros de potenciais interessados no produto (leads). Logo, esse número se torna essencial para comprovar o sucesso da estratégia. Nesse sentido, os indicadores-chave de desempenho apresentam quatro funções ou vantagens:
1. desenhar o cenário;
2. permitir a comparação entre desempenho atual, histórico e projeções;
3. capturar variações de desempenho, especialmente após mudanças;
4. fundamentar decisões em bases objetivas.
Para tanto, eles se desdobram em índices ou taxas. No primeiro grupo estão os valores absolutos (número de vendas, por exemplo), e no segundo estão os relativos (percentual de oportunidades de vendas convertidas em negócio, ou seja, taxa de conversão, por exemplo).
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OUTCOMES
Já um segundo grupo permite a verificação do cumprimento de objetivos, fixando-se ao final de uma longa cadeia de drivers. A produtividade (outcome) é resultante, entre outros fatores, do clima organizacional, por exemplo.
A ideia é que drivers e outcomes formem sistemas de indicadores, frequentemente representados por um diagrama em formato de árvore. Isso acontece porque, a combinação desenha um quadro mais completo sobre o que está acontecendo em relação ao desempenho de processos, departamentos e equipes.
DRIVERS
Em meio aos indicadores-chave existem aqueles que capturam as causas de determinado acontecimento, normalmente com medições de processo intermediários. A satisfação do cliente é resultado, entre outros fatores, da capacitação das equipes (driver), por exemplo.
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No entanto, para escolher adequadamente os KPIs, os gestores devem atender a certos critérios para que as medições não se tornem irrelevantes. Boas práticas são as seguintes:
» alinhar os indicadores aos objetivos organizacionais;
» utilizá-los como metas;
» pensar a coerência das medições, evitando exigências contraditórias;
» procurar referências sobre os KPIs que já são utilizados em determinados segmentos;
» construir sistemas, e não apenas realizar medições isoladas.
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Para que você tenha um direcionamento quanto às medições e entenda a flexibilidade da ferramenta, veja alguns exemplos utilizados por setores críticos do negócio.
» Recursos humanos: rotatividade, turnover, retorno do investimento em capacitação, absenteísmo e clima organizacional.
» Marketing: leads, leads qualificados, custo de aquisição de cliente (CAC), alcance e engajamento de mídias sociais, vendas e taxa de conversão.
» Organizacionais: lucratividade, retorno do investimento, nível de endividamento, faturamento, custos fixos e custos variáveis.
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MATRIZ GUT
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Como nos demais casos, o próprio nome da ferramenta apresenta pistas relevantes sobre sua utilidade. A Matriz GUT é uma metodologia para estabelecer prioridades na resolução de problemas, com fundamento em critérios de gravidade, urgência e tendência.
Não por acaso, a aplicação ultrapassa o planejamento estratégico. Uma área em que é muito utilizada, por exemplo, é a logística. Se todas as entregas estão atrasadas, por onde começar? É o tipo de questão prática e operacional que a ferramenta pode responder.
Os critérios se aplicam a um sistema de listagem e classificação de problemas, permitindo a definição de uma estratégia de resolução. No exemplo dado, as entregas seriam classificadas quanto aos pontos abaixo.
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URGÊNCIA
Considerando o prazo para resolução, o quão urgente é o problema?
» Exige ação imediata.
» É urgente.
» Requer ação o mais rapidamente possível.
» É pouco urgente.
» Pode aguardar.
GRAVIDADE
Considerando o potencial de prejuízo, o quão grave é o problema?
» Extremamente grave.
» Muito grave.
» Grave.
» Pouco grave.
» Sem gravidade.
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A partir das respostas, os problemas são comparados de maneira quantitativa e qualitativa. No primeiro caso, avaliamos a pontuação obtida, somando ou multiplicando os resultados. No segundo (e mais importante), buscamos a compreensão do cenário. Um problema extremamente “grave”, “estável” e “que pode aguardar” pode dar espaço a algo “pouco grave” mas que “exige ação imediata”.
A questão central é que a decisão sobre o que priorizar prestará contas de todas as informações relevantes, deixando de ser mero resultado da intuição. Haverá um método tanto para decidir quanto para justificar a decisão objetivamente.
TENDÊNCIA
Considerando o potencial de evolução, qual é a tendência do problema?
» Piorar rapidamente.
» Piorar no curto prazo.
» Piorar no médio prazo.
» Piorar no longo prazo.
» É estável.
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DIAGRAMA DE ISHIKAWA
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A última ferramenta enfatiza um pouco mais a questão da gestão da qualidade, ou seja, de se atingir determinados padrões e expectativas. O diagrama, que leva o sobrenome de seu criador, Kaoru Ishikawa, visa estabelecer a relação de causa e efeito entre fatores de produção e um problema, permitindo identificar em que ponto se encontram as deficiências.
No desenho padrão, o problema é colocado à frente, como se fosse a cabeça de um peixe. Um pouco acima, marcamos três pontos: método, máquina e medida. Por fim, na parte inferior, colocamos outros três fatores: mão de obra, meio ambiente e material.
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MÉTODO
Diz respeito à maneira como os processos, produtos, serviços e projetos são realizados.
MÁQUINA
Considera a tecnologia empregada no processo, especialmente o maquinário do fluxo de produção.
MEDIDA
São as decisões tomadas que têm impacto sobre o processo, influenciando, portanto, o problema.
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MÃO DE OBRA
Corresponde à qualificação técnica, à prudência e ao engajamento dos coladores.
MATERIAL
Abrange as qualidades e os tipos de insumos consumidos pelo processo.
MEIO AMBIENTE
Inclui o contexto das atividades, ou seja, se há agentes prejudiciais, poeira, calor, poluição etc.
Vale ressaltar que o objetivo do diagrama é entender as relações de causa e efeito que conduzem a um problema sob uma perspectiva sistêmica.
Os 6Ms são fatores interdependentes e que, juntos, são responsáveis pelo resultado.
Em muitos casos, as causas não estarão restritas a um único ponto. Se a empresa tem problemas com doenças ocupacionais, por exemplo, é possível que isso seja fruto tanto da ausência de qualificação técnica para uso dos EPIs quanto da presença de agentes nocivos no ambiente.
Uma situação similar ocorre com a gestão da qualidade. O erro que gera a degradação do produto ou serviço pode estar escondido em um ou em vários dos fatores.
O que o diagrama de Ishikawa faz é direcionar os olhos dos profissionais para que se proceda a investigação.
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CONCLUSÃO
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Ao longo deste conteúdo, vimos diversas ferramentas de gestão que apresentam duas características bastante interessantes: flexibilidade e integrabilidade. As referências propostas são aplicáveis a praticamente todas as situações em que é necessário gerir, e nessa aplicação não são exclusivas, mas complementares.
Você pode entender o cenário com a matriz SWOT e, logo após, classificar os problemas com a matriz GUT, utilizar o diagrama de Ishikawa na fase de aprendizado do PDCL e, ao final de tudo, comprovar os resultados com bons KPIs. As combinações são das mais diversas.
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Com efeito, é importante destacar que um dos pilares do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é justamente promover essa integração. Não existe a ferramenta, mas opções com campos de atuação e utilidades distintas. O segredo é encontrar o conjunto mais adequado para cada contexto.
Sendo assim, busque maneiras de combinar as ferramentas e potencializar os resultados obtidos na gestão de empresas, em departamentos e equipes. Assim você será muito mais efetivo e promoverá melhorias relevantes em decisões, processos, produtos e serviços!
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A Fundação Nacional da Qualidade é um centro brasileiro de estudo e disseminação de inteligência em gestão. Criada em 1991, é uma instituição sem fins lucrativos e tem como objetivo principal propagar os Fundamentos da Excelência em Gestão para empresas de todos setores e portes.
O trabalho da FNQ é fundamentado no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), uma metodologia de avaliação, autoavaliação e reconhecimento das boas práticas de gestão, que está organizado em Fundamentos e Temas que definem uma base teórica e prática para a busca da excelência.
É dessa forma que a instituição preserva o engajamento na missão de acompanhar as transformações no mundo e incentivar o crescimento das empresas brasileiras.
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