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GUIA BÁSICO DE UTILIZAÇÃO DO GLOBAL MAPPER INTRODUÇÃO O software Global Mapper possui ferramentas de grande utilidade para os estudos de aproveitamento hidrétricos. Com ele pode-se determinar através do uso de imagens de satélite os melhores locais para os arranjos dos aproveitamentos através da geração de curvas de nível e da possibilidade do uso de formatos que possuem dados dos locais, como a localização das sedes municipais, limites dos municípios, áreas de preservação, parques, terras indígenas, etc. Neste Guia Básico de Utilização do Global Mapper é mostrado como se utilizam as ferramentas básicas de edição, geração de curvas de nível e utilização de formatos. TRAÇANDO O RIO Como no Google Earth a projeção padrão é a Geográfica e o datum é o WGS-84 vamos utilizá-lo também como configuração padrão do Global Mapper. Haverá momentos em que a projeção poderá ser alterada, conforme a necessidade. Sabendo-se a localização do rio para o estudo devem-se traçar no Google Earth as suas duas margens. Para isso clica-se no botão “Adicionar Caminho”, coloca-se o nome do rio e a qual margem pertence o traçado. Deve-se deixar a janela para adicionar caminho sempre aberta quando se estiver traçando/editando o rio. Na figura 1 é mostrado a janela do Google Earth do caminho traçado. Figura 1 – Janela para adicionar caminho (margem do rio) no Google Earth.

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GUIA BÁSICO DE UTILIZAÇÃO DO GLOBAL MAPPER

INTRODUÇÃO

O software Global Mapper possui ferramentas de grande utilidade para os estudos de aproveitamento hidrétricos.

Com ele pode-se determinar através do uso de imagens de satélite os melhores locais para os arranjos dos aproveitamentos através da geração de curvas de nível e da possibilidade do uso de formatos que possuem dados dos locais, como a localização das sedes municipais, limites dos municípios, áreas de preservação, parques, terras indígenas, etc.

Neste Guia Básico de Utilização do Global Mapper é mostrado como se utilizam as ferramentas básicas de edição, geração de curvas de nível e utilização de formatos.

TRAÇANDO O RIO

Como no Google Earth a projeção padrão é a Geográfica e o datum é o WGS-84 vamos utilizá-lo também como configuração padrão do Global Mapper. Haverá momentos em que a projeção poderá ser alterada, conforme a necessidade.

Sabendo-se a localização do rio para o estudo devem-se traçar no Google Earth as suas duas margens. Para isso clica-se no botão “Adicionar Caminho”, coloca-se o nome do rio e a qual margem pertence o traçado. Deve-se deixar a janela para adicionar caminho sempre aberta quando se estiver traçando/editando o rio. Na figura 1 é mostrado a janela do Google Earth do caminho traçado.

Figura 1 – Janela para adicionar caminho (margem do rio) no Google Earth.

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Pode-se fazer o traçado clicando-se no local desejado (adicionando pontos) ou arrastando-se o mouse (com o arraste do mouse há uma adição muito superior de pontos no traçado do rio, este método é bom quando se deseja uma melhor precisão do traçado em pequenas escalas, mas ele é potencialmente perigoso quando se deseja traçar um rio de grande distância e numa maior escala, pois vai aumentar muito o tempo para fazer o traçado e também vai aumentar o tamanho do arquivo em que esta trabalhando e poderá torná-lo inoperante), para desfazer um trecho entre pontos basta clicar com o botão direito do mouse. Após finalizar o trecho clica-se em OK. Para voltar a traçar um trecho já fechado, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o nome do caminho que se encontra na barra lateral do Google Earth chamada Lugares, e depois clicar em Propriedades, assim clica-se no ponto do traçado em que se deseja continuar o caminho. No Google Earth faz-se necessário a indicação das pontes e as interferências identificáveis pelas imagens. Para isso deve-se clicar no botão “Adicionar Marcador”.

Na barra lateral – Lugares deve-se criar uma pasta com o nome do rio para que todos os caminhos e marcadores criados, ou seja, dados pertinentes ao estudo sejam colocados dentro da pasta criada. Posteriormente para salvar uma pasta criada deve-se clicar com o botão direito do mouse sobre a pasta e depois clicar em “Salvar Lugar Como”, lembrando-se de salvar o arquivo na extensão “.kml” que será facilmente aberta pelo Global Mapper.

Para se identificar facilmente a qual imagem de satélite o rio pertence e que será utilizada no Global Mapper, deve-se com as coordenadas da localização do rio identificar a nomenclatura das folhas na escala de 1:250.000 e que abrangem, aproximadamente, a bacia do rio.

Primeiramente deve-se definir numa escala menor a nomenclatura básica da folha a que pertence a área de estudo, na escala de 1:1.000.000, como mostra a figura 2. Posteriormente utilizando-se das figura 3 e 4, deve-se determinar a nomenclatura da folha a que pertence a área de estudo na escala de 1:250.000, pois será a mesma nomenclatura utilizada para se identificar as imagens de satélite disponíveis.

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Figura 2 – Mapeamento topográfico com as nomenclaturas das folhas na esc. 1:1.000.000

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Figura 3 – Diagrama para se identificar a nomenclatura das folhas em diversas escalas.

Para o rio estudado da figura 4 tem-se que a nomenclatura da folha será SD.23-V-A

Corpo d’água

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Figura 4 – Nomenclatura da folha especifica para o rio em estudo na esc. 1:250.000

INICIANDO O GLOBAL MAPPER

Primeiramente, já definida a nomenclatura da folha na escala de 1:250.000 deve-se adquirir as imagens de satélite disponíveis para download através do site Brasil em Relevo da Embrapa, http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/ .

No Link “Dados para Download” é possível baixar todas as imagens GEOTIFF na escala de 1:250.000 do território brasileiro e que estão organizados por estados. A figura 5 mostra a janela do site e o local para download.

Figura 5 – Site Brasil em Relevo da Embrapa com imagens de satélite disponíveis

De posse de todas as imagens que abrangem a bacia do rio em estudo abrem-se estes arquivos no Global Mapper.

Com o traçado das margens esquerda e direita do rio feitas no Google Earth abrem-se os arquivos com a extensão .kml no Global Mapper.

Deste ponto pode-se editar linhas e áreas que servirão de guia para se gerar as curvas de nível de certos pontos previamente determinados.

Usando-se as teclas de atalho “Alt+D” pode-se entrar no modo edição do Global Mapper, observe que no ponteiro do mouse aparece a indicação “Edit”. Clicando-se com o botão direito

Link para download

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do mouse pode-se selecionar o tipo de linha que se deseja criar e também o ponteiro do mouse muda para o tipo de linha desejada.

Neste caso iremos desenhar uma área para posterior geração da restituição como mostra a figura 6.

Figura 6 – Gerando a área como guia da restituição.

Para finalizar o desenho da área clica-se com o botão direito do mouse ao final do traçado e automaticamente abre-se uma janela para que se coloque o nome da área desenhada como mostra a figura 7.

Caso seja necessário, no campo “Feature Type” pode selecionar o tipo de área que foi criada ou criar um novo tipo de área. No campo “Feature Styles” pode definir a espessura e a cor da linha criada. No campo “Feture Attributes” é mostrado o perímetro e a área da região criada. Nos botões da parte inferior da janela podem-se criar, editar e excluir atributos pré-existentes e outros criados.

Depois de terminado todos os ajustes clica-se em OK e a área acaba de ser criada.

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Figura 7 – Janela para configuração da área criada

Para se colocar as medidas do perímetro e da área em unidade métricas deve-se clicar no botão “Configuration” na barra de ferramentas. Na aba “General” deve-se colocar “Square meters” em “Área Measure Units”. No campo “Distance Measure Units” deve-se colocar “Metric (m/km)”. A figura 8 mostra este processo.

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Figura 8 – Janela de configuração das unidades de medida.

GERANDO AS CURVAS DE NÍVEL

Com a área gerada deve-se selecioná-la de forma que ela fica inteiramente hachurada. Depois clica-se no menu “File” e em “Generate Contours”, na janela que se abre “Contour Generation Options” colocar a descrição conforme a figura 9. Note que a descrição das curvas é colocada conforme o intervalo de metros utilizado.

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Figura 9 – Janela para gerar as curvas de nível na área hachurada.

Na aba “Contour Bonds” deve-se selecionar o item “Crop to Selected Área Feature(s)” para que apenas sejam geradas as curvas de nível na área que foi selecionada. Pode-se também de forma rápida e quando não foi criada a área como guia da restituição, criar um quadro clicando-se no botão “Draw a Box...”, nesta mesma aba “Contour Bonds”, para que a restituição seja gerada apenas dentro deste. Mesmo assim, se ainda não for estipulado nenhuma das duas formas, clicando-se em OK na janela “Contour Generation Options” serão geradas as curvas em todas as imagens abertas no programa. Cuidado, pois este processo, às vezes, torna-se muito lento e poderá haver o travamento da máquina.

Pronto, agora são geradas as curvas de nível na área de interesse como mostra a figura 10. Estas curvas possuem um layer característico e também já possuem as cotas correspondentes.

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Figura 10 – Curvas de nível geradas com o auxilio da área criada.

Clicando-se no botão “Open Control Center” abre-se a janela “Overlay Control Center” onde se podem observar os layer abertos e/ou criados durante a execução do programa, clicando-se sobre estes layers pode-se habilitar o desabilitar as visualizações destes. Clicando-se com o botão direito do mouse sobre os layers pode-se modificar suas características, como espessuras, cores, posições, etc. A figura 11 mostra a janela aberta com os respectivos layers criados.

Figura 11 – Janela para habilitar/desabilitar/alterar layers abertos e/ou gerados.

Faz-se necessário a utilização de formatos prontos com informações sobre a área de estudo.Dentre estas informações pode-se citar: as áreas de preservação ambiental, áreas de parque, terras indígenas e postos indígenas, limites político-administrativos, sedes municipais, povoados e vilas, rodovias, etc.

Estes formatos possuem a extensão .shp. Para a aquisição destes formatos pode-se acessar o site http://hidroweb.ana.gov.br/ onde encontra-se disponível os dados das bacias do território brasileiro. Na página do Hidroweb deve-se acessar o link Mapas Baixar Bacias e fazer o