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Daniel De Sousa Maia Joicy Siqueira Suellen de Sousa Moreira Suellen Karina Gomes de Lima Victor de Sousa Costa Guerra Civil Espanhola OSASCO 2011

Guerra Civil Espanhola

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Daniel De Sousa Maia

Joicy Siqueira

Suellen de Sousa Moreira

Suellen Karina Gomes de Lima

Victor de Sousa Costa

Guerra Civil Espanhola

OSASCO 2011

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Sumário

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3

Antecedentes à Guerra ........................................................................................................................... 4

A UGT (União Geral dos Trabalhadores) ................................................................................................. 6

Confederação Nacional do Trabalhado (CNT) ......................................................................................... 7

Falange Espanhola Tradicionalista .......................................................................................................... 9

Brigadas Internacionais ......................................................................................................................... 10

A Frente Popular ................................................................................................................................... 11

A Guerra Civil ......................................................................................................................................... 12

Conclusão .............................................................................................................................................. 14

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INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo nos proporcionar conhecimentos sobre a guer-

ra civil espanhola. Para compreendermos o assunto desenvolvemos o trabalho em

seis etapas, sendo elas: Antecedentes à Guerra; União Geral dos Trabalhadores

(UGT); Confederação Nacional do Trabalho (CNT); Frente Popular; Guerra Civil;

Brigadas Internacionais e Falange Espanhola Tradicionalista.

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Antecedentes à Guerra

No início da década de 30 a Espanha ainda era regida por um regime monárqui-

co, dos 24 milhões de habitantes, mais da metade era analfabeta. Cerca de um ter-

ço da população se servia do latifúndio para sobreviver, enquanto a minoria vendia

a sua força de trabalho e era submetida à exploração de um pequeno grupo domi-

nante.

O maior problema espanhol se encontrava no campo, que utilizava o proletariado

agrícola que por sua vez, vendia a força de trabalho a um preço muito baixo. Esse

proletariado tinha um histórico de revoltas e insurreições que mais tarde se trans-

formaria em ações de massa mais efetivas.

Sofrendo reflexos do capitalismo, a Espanha se tornou um país dependente de

investimentos estrangeiros. A indústria se desenvolvia num processo muito tímido, e

a localização das fábricas em bairros pobres constituiu um ponto de lutas trabalhis-

tas, como greves em vários setores industriais.

Com o consentimento real, a ditadura militar impunha dura repressão à popula-

ção, enquanto crescia o movimento popular de orientação, sobretudo anarquista e

socialista. Em 1872 Movimento Operário Espanhol criou, segundo as ideias de Giu-

seppe Fanelli, a Federação Anarquista, que reuniu 45 mil membros. No ano seguin-

te organizaram em levantes camponeses na Andaluzia.

A neutralidade espanhola quanto a Primeira Guerra lhe garantiu considerável

avanço econômico, que se limitou apenas aos banqueiros. O rápido crescimento

industrial da época favoreceu a burguesia, que se opunha com hostilidade à aristo-

cracia latifundiária e ao poder real. Este crescimento também aumentou a força de

um proletariado jovem que recebera notícias da revolução de 1917 na Rússia. Após

a revolução russa om comitê de trabalhadores preparou uma greve que também

deveria ser um levante. O movimento se efetivou, mas foi duramente sufocado.

Cerca de setenta trabalhadores morreram pelas Forças Armadas.

Em 1917 iniciou-se a ditadura, tendo Miguel Primo de Rivera como ditador. Com

o temor pela república, o rei sustentou o regime até 1923.

Os sindicatos sofreram com a estatização e a elite intelectual com a repressão.

Em 1929 ocorreu o colapso da bolsa de valores de Nova Iorque. Com todos os pro-

blemas causados pela crise, fracassa a experiência autoritária de Primo de Rivera,

e o capital industrial impõe uma nova forma de governo: a República. Caiu em 1931

a monarquia de Afonso XIII.

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Apesar de proclamada, a República não sanou os problemas dos operários e dos

camponeses. Greves e revoltas eram cada vez mais frequentes, o que levava o go-

verno a agir de forma enérgica, quase sempre desproporcional. No terceiro ano da

República, uma recém-formada coligação de direita. A Confederação Espanhola

dos Direitos Autônomos (CEDA), integrada principalmente por católicos monarquis-

tas e republicanos, consegue entrar no governo. Com Gil Robles, então Ministro de

Guerra, e Calvo Sotelo, fundador da coligação, iniciava-se o processo de revoga-

ção das conquistas republicanas. As lutas armadas recomeçam e os focos da revo-

lução são massacrados por uma legião militar sob as ordens de um general de no-

me Francisco Franco. Neste contexto, surge a Falange Espanhola, fundada por Jo-

sé Antônio Primo de Rivera, filho do ex-ditador Primo de Rivera.

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A UGT (União Geral dos Trabalhadores)

A UGT foi fundada por Pablo Iglesias em Barcelona a 12 de Agosto de 1988,

coincidindo com a celebração da Exposição Universal de Barcelona de 1888, que

empregara milheiros de pessoas em tarefas de construção, trabalhando em duras

condições.

A UGT nasceu em íntima com o socialismo marxista apesar do seu apoliticismo

estatuário.

No período da I Guerra Mundial a Confederação Nacional do Trabalho (CNT) e

os comunistas foram interrompidos bruscamente com o advento da ditadura de

Primo de Rivera, quando a CNT se opôs ao golpe de estado, sendo, portanto proi-

bida pela ditadura, enquanto a UGT mostrava uma atitude de maior passividade

que lhe permitiu continuar funcionando. Durante a época da II Republica a crescen-

te influência da UGT, foi aproveitada para apoiar a greve revolucionária, a qual ter-

minou numa insurreição armada contra o Governo Republicano, a revolução de

1934, posterior Guerra Civil durante a qual provocaram a saída de Largo Caballero

da Secretaria Geral em 1937. Após o exílio derivado da vitória franquista, as ativi-

dades da central passaram à clandestinidade durante a ditadura, e ao seu ressur-

gimento no quadro da transição democrática, com Comissões Operárias (CCOO),

constituindo – se como as greves gerais de 1988, 1992, 1994 e 2002, atingidos

também a segunda posição como central sindical em número de delegados.

A UGT define – se como “uma instituição eminentemente de trabalhadores, or-

ganizados por grupos afins de ofícios e profissões liberais que, continuar em sólida

conexão, respeita a mais ampla liberdade de pensamento e tática dos seus compo-

nentes”. Desde a sua legalização como organização sindical em 1977, UGT está

estruturada como uma organização de caráter confederal, integrada por uniões ter-

ritoriais, federações e uniões estatais.

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Confederação Nacional do Trabalhado (CNT)

Fundada em 1910, a CNT usava das greves e das guerrilhas como suas princi-

pais ferramentas. A recusa aos acordos trabalhistas tornava os seus movimentos

muito violentos.

Segundo Hans Enzenberger (1987), a CNT não possuía contribuintes, e jamais

acumulou reservas de qualquer espécie, o número de membros ultrapassava um

milhão. Era desprovida também de aparelho burocrático. Seus líderes vivam do

próprio trabalho, o que implica numa liderança mais aproximada das massas, e livre

do controlo do governo.

Contudo, o grande número de associados dificultava as ações clandestinas do

CNT, o que levou a associação a fundar em 1927, a FAI (Federação Anarquista Ibé-

rica), um sólido grupo de revolucionários profissionais com o objetivo de realizar, em

nome da CNT, o “trabalho sujo”.

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A Frente Popular era formada por partidos republicanos de esquerda, socialistas

e comunistas. Integravam – na, entre outras organizações, o Partido Socialista

Operário Espanhol (PSOE), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Partido

Comunista da Espanha (PCE), o Partido Operário de Unificação Marxista (POUM),

além dos partidos republicanos Izquierda Republicana (IR) de Manuel Azaña e a

União Republicana (UR).

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Falange Espanhola Tradicionalista

Criada com ideais fascistas foi um partido reconhecido durante a ditadura militar

de Francisco Franco na Espanha. Fundada por José Antônio Primo de Rivera (filho

do ex-ditador Primo de Rivera) em 1933. A falange aliou-se as forças nacionalistas

de Franco durante a guerra civil espanhola, que depôs o governo republicano de

cunho socialista. Franco assumiu o controle do partido em 1937.

As Greves e revoltas eram cada vez mais frequentes, por conta da ineficiência da

república em sanar os problemas dos operários, o que levou o governo a agir de

forma enérgica. No terceiro ano da República, a Confederação Espanhola dos Direi-

tas Autônomas (CEDA), integrada principalmente por católicos monarquistas e repu-

blicanos, conseguiu entrar no governo. Com Gil Robles, Ministro de Guerra, e Calvo

Sotelo, fundador da coligação, teve inicio o processo de revogação das conquistas

republicanas. As lutas armadas recomeçaram e os focos da revolução foram massa-

crados por uma legião militar sob as ordens de Francisco Franco. Neste contexto,

surge a Falange Espanhola.

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Brigadas Internacionais

Foi um conjunto de unidades militares composto por voluntários estrangeiros que

durante a guerra civil espanhola lutaram do lado da republica. Combateram em Es-

panha 40 mil Brigadas, vieram voluntários de todas as partes do mundo entre os

quais houve portugueses e brasileiros. As brigadas perderam cerca de 10.000 vo-

luntários em combates.

O forte componente ideológico da guerra civil, atraía um enorme aspecto de gen-

te, tão variada (em aspectos de vida, nacionalidade e política). Com o envio do cor-

po expedicionário italiano e alemão, surge na Internacional comunista, em 1936, a

ideia foi criar uma unidade onde os estrangeiros pudessem se alistar e lutar na de-

fesa da republica, então assim ficou oficialmente autorizada a criação de uma uni-

dade de Brigada Internacionais. O enquadramento legal das brigadas era feito pelo

decreto do Ministro da Guerra Indalecio Prieto, na Gaceta de Madrid. Os voluntários

eram encaminhados por varias instituições, até Paris, onde eram processados mais

inicialmente e depois enviados por via terrestre para Perpignan e Barcelona, e tam-

bém tinha os voluntários para fazerem a parte marítima.

O serviço dos voluntários era tanto para controlar fugas de informações militares,

que até criaram um serviço de correio em Albacete, que era uma direção central

responsável pela censura das cartas enviadas e recebidas. O serviço da justiça cri-

ou três prisões próprias e dois campos de reeducação, para controlar e reprimir não

só eventuais agentes infiltrados, mas também os próprios brigadistas. As ações

disciplinares, muitas vezes arbitrárias, com execuções sumaria, foram um dos as-

pectos mais negros da historia das brigadas. As primeiras brigadas internacionais

firam integradas no Exército republicano com a numeração que ia da XI à XV briga-

da.

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A Frente Popular

As esquerdas, obedecendo a uma determinação do COMINTERN (a Internacional

Comunista controlada pela URSS), resolveram unir-se aos democratas e liberais

radicais num Fronte Popular para ascender ao poder por meio de eleições. As es-

querdas espanholas estavam divididas em diversos partidos e organizações, entre

as quais:

PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol)

PCE (Partido Comunista Espanhol)

UGT (União Geral dos Trabalhadores)

CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores)

FAI (Federação Anarquista Ibérica)

Elas aliaram-se com os Republicanos (Ação republicana e Esquerda republicana)

e mais alguns partidos autonomistas (Esquerda catalã, os galegos e o Partido Naci-

onal Basco). Essa coligação venceu as eleições de fevereiro de 1936, dominando

60% das Cortes (O parlamento espanhol), derrotando a Frente Nacional, composta

pelos direitistas.

A Direita por sua vez estava dividida agrupada na CEDA (Confederação das Direi-

tas autônomas), no partido agrário, nos monarquistas e tradicionalistas (carlistas) e

finalmente pelos fascistas da Falange espanhola (liderados por José Antônio).

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A Guerra Civil

A guerra civil espanhola (1936-1939) foi o acontecimento mais traumático que

ocorreu antes da 2° guerra mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos

militares e ideológicos que marcaram no século xx.

De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas as

classes e instituições tradicionais da Espanha (o exército, a Igreja e o Latifúndio) e

de outro a frente popular que formava o Governo Republicano, representado os sin-

dicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.

Para a direita espanhola tratava-se de uma cruzada para livrar o país da influência

comunista e da franca- maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional,

autoritária e católica. Para tanto era preciso esmagar a republica, que havia sido

proclamada em 1931, com a queda da monarquia.

Para as esquerdas era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia

conquistado a Itália em 1922, a Alemanha em 1933 e a Áustria em 1934.

Segundo as decisões da Internacional comunista, de 1935, elas deveriam aproxi-

mar-se dos partidos democráticos de classe media e formarem uma frente popular

para enfrentar a maré de vitorias nazifascistas. Desta forma, socialistas comunistas

(estalinistas e trokistas) anarquistas e democratas liberais deveriam unir-se para

chegar e inverter a tendência mundial favorável aos regimes direitistas.

O país em pouco tempo ficou dividido numa área nacionalista, dominado pelas

Forças do general Franco e numa área republicana, controlada pelos esquerdistas.

Nas áreas republicanas ocorreu então uma radical revolução social. As terras foram

coletivizadas, as fabricas dominadas pelos sindicatos, assim como os meios de co-

municação. Em algumas localidades, os anarquistas chegaram até a abolir o dinhei-

ro.

Foi justamente esse conteúdo, do amplo enfrentamento ideológico, que fez com

que a Guerra Civil deixasse de ser um acontecimento puramente espanhol para tor-

nar-se numa prova de força entre forças que disputavam a hegemonia do mundo.

Nela envolveram-se a Alemanha nazista e a Itália fascista, que apoiavam o golpe do

General Franco e a União Soviética que se solidarizou com o governo republicano.

Em 1938 suas forças cortam a Espanha em duas partes, isolando a Catalunha do

resto do país. Em janeiro de 1939, as tropas do gen. Franco entram em Barcelona e,

no dia 28 de março, Madri se rende aos militares depois de ter resistido a poderosos

ataques (aéreos, de blindados e de tropas de infantarias), por quase três anos.

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As baixas da Guerra Civil oscilam entre 330 a 405 mil mortos, sendo que apenas

1/3 ocorreu na guerra. Meio milhão de prédios foi destruído parcial ou inteiramente e

perdeu-se quase metade do gado espanhol. A renda perca pita reduziu-se em 30%

e fez com que a Espanha afundasse numa estagnação econômica que se prolongou

por quase trinta anos.

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Conclusão

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Bibliografia

http://variasvariaveis.sites.uol.com.br/cespanhola.html

http://www.docentesfsd.com.br/arquivo/resistencia_op.pdf

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_civil_espanha.htm

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Conclusão

A Guerra Civil Espanhola foi o conflito mais traumático antes da Segunda Guerra

Mundial. Nesse momento a Espanha passava por um conflito entre a República e

Ditadura Militar. A República contava com o auxílio das esquerdas, entre elas esta-

vam a FAI, a UGT, a CGT, o PCE e o PSOE, que se agruparam para combater a

Falange Tradicionalista Espanhola, comandada pelo General Francisco Franco.

O Objetivo das esquerdas era a eliminação do fascismo do solo espanhol, unindo

socialistas, comunistas, anarquistas e democratas para formar a Frente Popular. A

oposição de ideias era tão grande que o país entre ideais nacionalistas e republica-

nos. Nas áreas republicanas ocorreu uma forte revolução social, chegando até à

abolição do dinheiro.

Diante desse enfrentamento de ideais, as duas frentes se enfrentaram para pro-

mover a homogeneidade do país.

Com o auxílio de países nazistas e fascistas como a Alemanha e Itália a Falange

Espanhola enfrentou a República, que nesse momento estava aliada à União Sovié-

tica. Em 1939 as forças de Francisco Franco tomaram o poder do país.