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23/06/2017
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DISCUSSÃO DO TEXTO -
Representação temática da
informação e mapas cognitivos:
interações possíveis.
Autora do texto: Dulce Amélia de Brito Neves.
Condução da discussão: Roberta Caroline Vesu Alves - 2017
Grupo de Estudos sobre Organização e Representação
do Conhecimento (GEORC) – UNESP de Marília
Objetivo do artigo: pesquisa dos mapas cognitivos
realizados por indexadores brasileiros e portugueses
sobre o processo de indexação e representação temática.
(NEVES, 2012)
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Mapas cognitivos/mentais: mostra a ligação/conexão entre
ideias/conceitos afins, evidenciando aspectos do conhecimento
das pessoas.
Mapas conceituais: usado inicialmente na área de Educação
para desenvolver a aprendizagem significativa, como também
para avaliar os conhecimentos de um aluno sobre algo;
evidencia a ligação/conexão entre ideias/conceitos afins e os
elementos que os relacionam.
Na área a de Ciência da Informação os mapas conceituais são
utilizados para verificar como o indexador entende e processa a
indexação (identificação de assunto, seleção e representação
em termos de linguagem documental), entre outros aspectos.
Mapa Mental baseado no livro de Neves (2011) e elaborado pela autora para
mostrar uma relação inicial dos conceitos principais:
Episódica
Semântica
Declarativa
Procedural
Explícita
Implícita
Indelével
MENTE HUMANA
Codificação / Representação
Armazenamento
Recuperação
Curto prazo
Trabalho
Longo prazo
Declarativo
Procedural
Conhecimento
metacognitivo
Experiências
metacognitivas
Avaliação do saber
Regulação
Organização dos processos cognitivos
O próprio conhecimento em alguma área
Habilidade
Memória
Leitura
Compreensão textual
Monitoração
Autorregulação
Alocação de capacidades
para realizar tarefas
Sobre si e em relação com outros/grupo
Sobre a tarefa
Sobre a estratégia
Objetivos
Ações
Esquemas
Planos
Roteiros
Superestruturas
ou esquemas
textuais
Imagens
Proposições
Modelos mentais
PROCESSO MEMÓRIA COGNIÇÃO METACOGNIÇÃO METAMEMÓRIA CONHECIMENTO
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Fonte: https://www.significados.com.br/mapa-conceitual/
(MARRIOTTI; TORRES, 2015, p. 195)
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(MARRIOTTI; TORRES, 2015, p. 176)
Construção de mapas conceituais
(RODRIGUES; CERVANTES, 2015, p. 45-46)
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2 Representação temática da informação
Aborda elementos cognitivos, como a classificação, e
aspectos terminológicos inerentes à representação por
meio de indexação. (NEVES, 2012)
2 Representação temática da informação
O ato de classificar - cognição: “Classificar é inerente à
natureza do ser humano, uma tentativa de „manter junto‟ dar
ordem, coerência, organizar, categorizar o mundo a nossa
volta, dando-lhe sentido”.
“Essa obviedade, essa naturalidade atribuída ao ato de
classificar é algo que advém da própria constituição cognitiva
dos indivíduos em suas representações mentais, que nos
possibilitam orientar-nos no mundo que nos cerca.”
(NEVES, 2012, p. 40)
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2 Representação temática da informação
“A indexação é um processo subjetivo que depende, em grande parte,
do desempenho do indexador. Este profissional é instruído durante a
sua formação em alguns procedimentos que deverá ater-se a fim de
identificar o conceito ou conceitos a partir da leitura técnica – que
compreende “partes” do documento que são consideradas
importantes e que garantam que informação alguma fora
negligenciada. Essas partes correspondem a: título e subtítulo;
resumo se houver; sumário; introdução; ilustrações, diagramas,
tabelas e seus títulos explicativos; palavras em destaque e referências
do documento.”
(NEVES, 2012, p. 40)
2 Representação temática da informação
“Teoricamente, não existe um limite de tempo ou mesmo um padrão
de termos ou instrumentos de controle terminológico que garanta
objetivamente a qualidade da indexação. Desse modo, a análise de
assunto de um mesmo documento efetuada por dois indexadores
distintos poderá ser atribuída diferentes descritores.”
(NEVES, 2012, p. 40)
Aspectos que norteiam a indexação para procedimentos com qualidade –
política de indexação: estabelecimento de procedimentos de análise,
representação, aspectos de precisão, especificidade, exaustividade,
instrumentos adotados (linguagem documental), e avaliação da
recuperação.
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2 Representação temática da informação
2.1 Processo de indexação um ato subjetivo
Subjetividade:
• Hjørland (1998) – “subjetividade inerente à política de indexação, que
determina prioridades a alguns assuntos.”
• Beghtol (1986), Pinto Molina (1995) e Fujita e Rubi (2006) – modelo de
leitura para viabilizar a representação (explora a estrutura textual por
meio de questionamentos, estratégia metacognitiva; comprovado por
protocolo verbal).
• Neves (2006a) – leitor proficiente necessita de uso de estratégias
metacognitivas de leitura para obter mais eficiência na indexação.
(NEVES, 2012, p. 41)
2 Representação temática da informação
2.1 Processo de indexação um ato subjetivo
Os estudos verificados pela autora apontam soluções
importantes para leitura do indexador... “Necessitamos, então,
realizar estudos que nos possibilite a compreensão dos
momentos seguintes à leitura, ou seja, a identificação e a
seleção de conceitos de uma unidade informacional”.
“Os instrumentos de controle terminológico, muitas vezes, não
atendem às necessidades dos profissionais. O indexador
automatiza, com o passar do tempo, os procedimentos e
aplicação dos instrumentos de controle terminológico.”
(NEVES, 2012, p. 42)
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2 Representação temática da informação
2.1 Processo de indexação um ato subjetivo
FATORES DE SUBJETIVIDADE:
“A qualidade dos serviços ou produtos, por exemplo, não
depende apenas dos instrumentos adotados, mas,
especialmente, da capacidade do indexador durante o
processo, a forma como se coordena seu trabalho, geralmente,
baseado na experiência prévia. O que de fato interessa é o
gerenciamento do conhecimento inerente a essas pessoas e a
forma como a troca e a interação desses conhecimentos
podem trazer sucesso para as Unidades de Informação.”
(NEVES, 2012, p. 42)
3 Classificação e conceito dos mapas cognitivos
MAPAS COGNTIVOS:
Ausubel (1982) fundamenta que a aprendizagem significativa
(retenção de conhecimentos de modo significativo) não
depende necessariamente de motivação, pois na
aprendizagem há uma satisfação inicial e um desejo de
continuidade àquela situação.
Ausubel, Novak e Hanesian (1980) propoem que esquemas e
diagramas ilustram a teoria da aprendizagem significativa.
“[...] um mapa cognitivo expressa a representação mental do
discurso enunciado, pelo sujeito, do qual o pesquisador elabora
uma representação gráfica.” (NEVES, 2012, p. 43).
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5 Mapas cognitivos e ciência da informação:
perspectivas de desenvolvimento
RESULTADOS DA PESQUISA:
“Tanto os bibliotecários brasileiros quanto os portugueses
expressam discurso semelhante, ressaltaram como
prioridade o indexador conhecer os objetivos, as
necessidades do usuário, a política de indexação, ter
conhecimentos gerais e na área coberta pela Unidade de
Informação.”
(NEVES, 2012, p. 45)
“Observamos que quando não usam um vocabulário
controlado e não se exige limites de tempo e número de
descritores existe uma tendência ao excesso, o que nos
mostra a importância das linguagens documentárias e das
políticas de indexação em Unidades de Informação.”
(NEVES, 2012, p. 45)
5 Mapas cognitivos e ciência da informação:
perspectivas de desenvolvimento
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“Os mapas cognitivos se referem à representação e indicam relações
entre conceitos na forma de proposições. Seu uso na CI é de grande
interesse, pois possibilita a construção da representação processos
mentais dos indivíduos em suas buscas e/ou em seu trabalho cotidiano
em Unidades de Informação, visto que o mapeamento de um
conhecimento permite conhecer a hierarquia do conceito e sua formação
na mente. Possibilitando também delinear a representação do ambiente
no cérebro envolvendo representações, modelos mentais ou esquemas
que os indivíduos constroem a partir de suas interações no ambiente
social e durante a aprendizagem.”
(NEVES, 2012, p. 46)
5 Considerações finais
REFERÊNCIA – TEXTO PRINCIPAL
NEVES, Dulce Amélia de Brito. Representação temática da informação e mapas
cognitivos: interações possíveis. Informação & Sociedade: Estudos, João
Pessoa, v. 22, Número Especial, p. 39-47. 2012. Disponível em:
<http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/13300/8208>. Acesso em: 05
maio 2017.
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REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
MARRIOTT, Rita de Cássia Veiga; TORRES, Patrícia Lupion. Mapas Conceituais uma ferramenta para a
construção de uma cartografia do conhecimento. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/profile/Patricia_Torres7/publication/271136094_Mapas_Conceituais_uma_fer
ramenta_para_a_construcao_de_uma_cartografia_do_conhecimento/links/54be973b0cf28ad7e718415c/Ma
pas-Conceituais-uma-ferramenta-para-a-construcao-de-uma-cartografia-do-conhecimento.pdf>. Acesso em:
20 jun. 2017.
NEVES, Dulce Amélia de Brito. Metacognição, informação e conhecimento: pensando em como pensar.
Recife: Nectar, 2011.
RODRIGUES, Maria Rosemary; CERVANTES, Brígida Maria Nogueira. Análise de assunto e mapas
conceituais: semelhanças nos processos. Perspectivas em Ciência da Informação, v.20, n.4, p.35-56,
out./dez. 2015. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2423/1667>.
Acesso em: 20 jun. 2017.
TAVARES, Romero. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição, v. 12, p. 72-85, 2007.
Disponível em: <http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v12/m347187.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017.