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A Revista dos Negócios de Distribuição
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Manuel Rocha, CEO Adega
Cooperativa Borba
n.º6/2010 | novembro/dezembro
revista bimestralPortugal | €4,80
Projectode sucesso
Scantrends FMCG em alta Gateway 10 anos, 10 marcosAlimentaria/Horexpo 2011 feira como ponto de encontro Sovena
Lagar do Marmelo inaugurado Chocolates tabletes e bombons em perdaChronopost Pick me! reforça posição no B2C
Eis que num ápice 2010 chega ao fim e com ele uma animada época de consumo, com centros comerciais (e
“lojas do chinês”) cheias, o que parece contrariar todas as paragonas que mais ou menos acertadamente nos
foram entretendo ao longo do ano que agora se despede.
Parece, na verdade, que Portugal continua a ser um país de duas dimensões, onde o que se ouve, vê e lê não se
coaduna com a realidade, onde o fantasma FMI, ou os casos BPN e BPP, entre outros folhetins, a que se junta
agora o regime das excepções, das excepções e mais excepções aos cortes orçamentais, mais parecem ser de
outra galáxia e apanágio de alguns interessantes debates televisivos, onde são cada vez mais aqueles que têm a
receita para o sucesso.
No dia de fecho desta edição, Luís Reis, presidente da APED, é citado, em entrevista, ao afirmar que o que
preocupa as insígnias de moderna distribuição para 2011 não é o preço das matérias-primas mas sim o custo da
electricidade, com os 15% de aumento do serviço falado para 2011 a ser catalogado como um imposto
adicional à sua actividade. Uma vez que as aberturas à tarde aos Domingos e Feriados já é uma realidade (boa
ou má o tempo encarregar-se-á de confirmar), acredito que pouco há mais para este sector reivindicar ao
Executivo, ainda que seja exigível a total transparência das pretensões do Governo nessa matéria.
É que se a manchete de hoje apontava para um aumento da tarifa eléctrica em 2011 para a média e alta tensão
(aplicável às empresas) acima dos 10%, certo é que para os consumidores este aumento vai ser bem pior, ainda
que o aumento proposto seja de apenas 3,8%, acabando em 2011 com a vantagem que as empresas tiveram
em 2010 (quer do mercado regulado quer do livre), com o preço do mega-watt hora a ser mais baixo (37€),
face ao inicialmente previsto (50€) no início do ano passado.
O facto é que os consumidores domésticos sempre pagaram os tais 50€ em causa, isto sem ter acesso ao
mercado livre e aos respectivos 37€ do mega-watt hora desse ano, suportando, deste modo, e como sempre, os
novos custos de produção, a opção política das energias renováveis entre outras decisões que resultaram em
novas taxas onerosas para os portugueses.
Ou seja, não obstante o facto de as medidas de austeridade terem trazido novos aumentos ao custo de vida dos
portugueses, de o salário mínimo tardar a chegar aos 500€, de o cabaz de compras ser cada vez menor em
termos de valor, com evidentes efeitos de transferência e de substituição de marcas de menor valor unitário
(comercializadas por quem?), é a distribuição moderna que vem dizer que este aumento é um imposto adicional
à sua actividade, ainda que tenha crescido 4% em ano de contra ciclo e tenha reforçado a sua importância no
PIB em 2,4% nos últimos quatro anos (dados APED/INE), com o Natal a ser testemunha de interessantes
campanhas de solidariedade onde os portugueses ofertam “somente” um euro. Pelo menos aqueles que ainda o
conseguirem…
A fechar, aproveito a ocasião para desejar as maiores felicidades a José António Rousseau, o homem que
durante anos defendeu a camisola daquele que é um dos mais competitivos sectores de actividade da economia
nacional e que agora abraça uma nova etapa na sua vida.
Mas apesar de o contexto económico e social não ser o mais entusiasta, este não vai deixar de ser o Natal da
minha vida. Felicidade que partilho com todos os nossos leitores, a quem a nossa equipa deseja tudo do melhor
e de quem se despede até ao próximo encontro em 2011!
03
editorialn.º6/2010 | novembro/dezembro
6
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6 notÍCias
8 Produtos
10 sCantrends nielsen
12 gateWaY
16 Prime drinKs
22 alimentaria/HoreXP
o 2011
26 merCado baCalHau
28 sovena
30 oPiniÃo – manuel n
unes
31 oPiniÃo – neXium
32 oPiniÃo - FenalaC
34 oPiniÃo –auCHan
36 merCado CHoColates
38 linde
40 CHronoPost
42 vW CaddY
44 merCado esPirituos
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46 Wine&FisH azores
48 Provas ediÇÃo
50 a FeCHar
Chep Portugal com novo country managerMaria do Céu Diogo Carvalho foi nomeada Country General
Manager para a CHEP em Portugal.
A recém-nomeada, de 38 anos, é licenciada em Gestão de
Negócios pela Universidade Moderna de Lisboa e fez uma
pós-graduação em Auditoria Financeira.
Começou a trabalhar na CHEP Portugal em 1999, como Key
Account Manager, e desde 2005 tem desempenhado a
função de Manager Customer Service, liderando
importantes projectos na área comercial e trabalhando
intensamente para optimizar a satisfação do cliente. Dispõe
de um amplo conhecimento da cadeia de abastecimento,
com especial ênfase no sector de FMCG. Antes de entrar
para a CHEP, Maria do Céu desenvolveu o seu trabalho
profissional na TottaLeasing. Na sua nova etapa profissional,
Maria do Céu responsabilizar-se-á pela optimização da
proposta de serviço da CHEP, pela
aposta em novos sectores de crescimento, pelo
desenvolvimento das relações com a Distribuição
Comercial e pela redução de custos da cadeia de
abastecimento.
Sorgal SolidáriaA SORGAL, S.A aderiu ao programa “GIVE KIDS A
CHANCE” levado a cabo pela Alltech ACE Foundation
no âmbito dos Alltech FEI World Equestrian Games
2010. Graças ao apoio de várias
empresas, entre elas a SORGAL, mais de
62.000 crianças tiveram oportunidade
de visitar o Kentucky Horse Park, onde
se realizam os jogos, e desfrutar de
uma experiência educacional única,
inserida num fantástico evento
desportivo!
O Programa “GIVE KIDS A CHANCE” é
uma iniciativa de mérito social para dar a crianças
desprestigiadas uma oportunidade de explorar os Alltech FEI
World Equestrian Games e conhecer mais sobre a agricultura, ciência e
outros programas educacionais, sendo destinado a crianças dos EUA e do
Haiti, entre os 8 e os 18 anos.
No Mundo o desafio é
alimentar cada vez mais pessoas
com cada vez menos terras. Este é
o grande desafio dos agricultores
nos tempos que correm, fazendo
com que o fosso entre a
agricultura e o consumidor seja
cada vez maior. A Alltech tem
vindo a preencher essa lacuna ao
longo dos seus 30 anos de
existência. No Pavilhão de
Experiência Alltech, no contexto
dos Jogos Equestres Mundiais, a
Alltech demonstrou como é que o
uso de suplementos naturais
podem ajudar a agricultura,
fornecendo alimentos de forma
sustentável.
1 milhão de toneladas de REE recicladosA ERP Portugal (www.erp-portugal.pt) encheu a
Aula Magna para comemorar um marco histórico
em toda a Europa: 1 milhão de toneladas de
resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos
reciclados (REE). Com a festa de Lisboa ficou
concluída a iniciativa European Recycling Party que aconteceu nos 11 países onde
a ERP- European Recycling Platform opera.
Recorde-se que o trabalho desenvolvido pela ERP Portugal no nosso país, desde
2006, contribuiu com cerca de 5% para o valor total alcançado em toda a Europa.
A ERP Portugal prevê fechar o ano de 2010 com 11 mil toneladas de resíduos
eléctricos e electrónicos recolhidos e reciclados.
Para Ricardo Neto, Director Geral da ERP Portugal, o Recycling Party, em Lisboa,
é “um claro sinal do nosso trabalho em Portugal, e também de que as
mentalidades estão realmente a mudar no que diz respeito a uma maior
cidadania ambiental. A ERP Portugal vai continuar a desenvolver a sua missão
estratégica de sensibilização para a importância da recolha dos REEE e das boas
práticas ambientais, na construção de um futuro mais sustentável no nosso país,
nomeadamente através das inúmeras iniciativas implementadas e em curso, e
das quais destacaria já no mês de Dezembro a nossa acção “Neste Natal dê um
presente ao ambiente”. A nível Europeu a Plataforma irá prosseguir com o mesmo
empenho o trabalho desenvolvido até aqui, e estamos convictos que, com os 11
países a operarem em pleno, alcançaremos o próximo milhão de toneladas num
prazo de tempo muito mais curto do que aquele que foi necessário para
atingirmos o primeiro (5 anos)”.
Gala GI 2010 Pelo 5.º ano consecutivo, a Manuel Nunes realizou no CNEMA,
em Santarém, mais uma edição do Encontro de Comerciantes
GI – Gestão Integrada, na qual reuniu mais de 650
convidados.
Na sequência do enorme sucesso que este evento
tem tido junto dos clientes, manteve-se o modelo
de expo-conferência de anos anteriores, com
uma exposição inicial dos fornecedores durante a
tarde, que contou com a participação de mais de
40 stands, seguida de uma conferência - jantar,
que teve este ano como oradores Paulo Pereira da
Silva e António Pires de Lima, respectivamente,
administradores da
Renova e da Unicer Bebidas.
Este ano a temática do evento foi
“aqui vale a pena apostar”, pelo que
o espaço de animação englobou os
jackpots GI, que premiaram alguns
comerciantes que se destacaram no
ano anterior, seguido do jogo do
loto, com apresentação da Sónia
Araújo, e terminando com um
espaço para a dança.
O Projecto GI – Gestão Integrada
conta actualmente com cerca de
400 comerciantes aderentes, e
pretende contribuir para a
dinamização do comércio de
proximidade.
06
notÍCi
as
n.º6/2
010 |
novemb
ro/dez
embro
Alara Wholefoods Muesli A Alara Wholefoods, Ltd., baseada em mais de 20 anos de
experiência, tem vindo a produzir Muesli Orgânicos e Sem
Glúten para serem os mais saborosos e saudáveis muesli do
mercado.
Muesli Biológico Sem Glúten (250g) é uma mistura de
Arroz tostado, Milhete e Flocos de Milho, com Tâmaras,
Maçãs e Uvas para adoçar, e Sementes de Girassol e Avelãs
Torradas fornecem os nutrientes e proteínas essenciais ao
nosso organismo.
Muesli Bbiológico activo Sem Glúten (400g) é um
fantástico Muesli com quinoa, amaranto, maçã, com baixo
teor de açúcares naturais.
Muesli Biológico Sem Glúten com Goji & Cranberries
(arandos) 650g é um Muesli regular com bagas de Goji
ricas em Antioxidantes, Cranberries (Arandos) e Quinoa. O
Goji Berry é uma das bagas mais ricas em nutrientes, com 18 Aminoácidos, 21
Minerais e Beta-Caroteno.
Sugestão: Adicione leite à sua vontade, sumo ou
iogurte. Podem ser cozidos como papa, misturados
num sumo de frutas (smoothie) e deixar durante a
noite para amolecer os grãos e as sementes.
Livre de OGM (Organismos Geneticamente
Modificados) e embalados no Reino Unido, os produtos
Alara Wholefoods são importados e distribuídos em
Portugal pela Pharmabiz, LDA e encontram-se disponíveis
nos supermercados El Corte Inglés, Supercor, Apolónia e em
dietéticas e farmácias seleccionadas.
Prisca apresenta Alheira de Frango comPão Integral A Casa da Prisca lançou no mercado a sua mais recente inovação na
gama de charcutaria tradicional portuguesa: a Alheira de Frango com
Pão Integral.
A reduzida quantidade de gordura, a diminuição do sal adicionado, a
utilização de 100% carne de frango e o pão integral - com maiores
quantidades de fibra, vitaminas e minerais - vão de encontro às expectativas
de um consumidor moderno, atento às novas tendências, receptivo a
experienciar novos sabores e fiel aos paladares genuínos. "Apresentamos ao
mercado um conceito vencedor, onde a componente modernidade se
complementa com o saber ancestral e
com a qualidade que os
consumidores reconhecem aos
nossos produtos", sustenta
José Mário Santos,
Administrador da Casa
da Prisca.
A Alheira de Frango
com Pão Integral
estará presente nos
canais da Distribuição
Moderna, Distribuição
Tradicional e no canal
Horeca.
Vatel tem nova imagem
A Vatel, marca líder do mercado de sal desde 1915, rejuvenesceu o logótipo,
renovou embalagens, construiu um novo website e lançou novos produtos.
O impacto cromático das suas cores permite uma clara identificação da gama
repartida por três segmentos: Vatel Clássico (azul), Vatel Vitalidade (verde) e
Vatel Especialidades (violeta). Os novos sais podem ser usados diariamente como
alternativa ao sal corrente (Vatel Clássico), quer em alimentos já cozinhados ou
na confecção dos mesmos. São eles: Equilíbrio 50% -Sódio, ideal para quem quer
reduzir o consumo de sal sem reduzir o sabor; Iodado (Fino e Grosso), uma
alternativa para a introdução na alimentação da quantidade diária de iodo
necessária para o bom desenvolvimento do organismo; Marinho Especial Saladas,
indicado para o tempero de todo o tipo de saladas, o qual, em contacto com
alimentos húmidos, permite a sua rápida dissolução realçando o sabor dos
mesmos.
Marinho Especial Grelhados, rico em sais minerais (sódio, magnésio, cálcio,
potássio, iodo, etc.), é especialmente indicado para a confecção de grelhados. A
sua recolha é artesanal, sem qualquer tipo de transformação, apresentando-se
naturalmente cristalino e húmido.
Milaneza sabores para paladaresrequintados
Indo ao encontro das tendências de mercado e dos desejos
mais requintados, a Milaneza lançou uma nova gama de
massas – a Milaneza Sabores.
Produto ideal para os amantes de massa, que
dispõem de pouco tempo para cozinhar e que,
sobretudo, gostam de explorar novas e diferentes
tendências gastronómicas, as novas Milaneza
Sabores, todas à base de sêmola de trigo duro, e sem
qualquer corante, têm sabores a tinta de choco – Linguine
al Nero di Seppia -, a malagueta – Spaghetti Piccante -, a
cogumelos – Fettuccine ai Funghi -, e a manjericão – Linguine al Pesto.
Acompanhando a actualidade, a Milaneza mostra o porquê de ser líder no
segmento das massas ao
fazer a aposta num produto
gourmet mas ao mesmo
tempo acessível. “A gama
Milaneza Sabores vem
responder às necessidades
do consumidor bastante
exigente em termos de
paladar. Os diferentes
sabores, cada vez mais
usados em restaurantes, dão
um toque mais sofisticado,
mais gourmet, aos pratos do dia-a-dia. É um produto acessível a todos”, assume a
Milaneza.
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Produtos
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/dezembro
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Produtosn.º6/2010 | novembro/dezembro
Lady Baroque L’Oréal Paris Para o Inverno de 2010, dos tons quentes do burgundy amenizados com os beiges
nudes, nasce a colecção Lady Baroque de L’Oréal Paris.
Nos Olhos: sombra Trio Pro 405 Ultra Violet, lápis
Infaillible, Superliner Duo e a nova máscara
Volume Million Lashes Extra-Black.
Nos Lábios: a nova gama Color Riche com Sérum
Anti-idade em tons Nudes Iluminadores.
Nas unhas: a Edição limitada Resist & Shine
Titanium Matte, com siliprotect e ceramida R., para
‘vestir’ as unhas de uma profundidade intensa e suave
sofisticação.
Disponíveis em supers/hipers e perfumarias, com o preço
máximo indicativo:
Sombras Trio Pro 405 Ultra
Violet e 402 Addictive
Plum: 15,55€; Infaillible
liner preto: 9,50€
Superliner duo preto: 14,60€;
Máscara Volume Million Lashes
Extra-Black: 15,70€; Bâton Color
Riche Sérum Anti-idade Nudes:
17,20€; Verniz Resist & Shine
Titanium MATTE: 8,25€ (ed. limitada, só
em perfumarias)
Sagres desafia adeptos a marcarem penaltiesNo âmbito do seu patrocínio à principal Liga de Futebol, a cerveja Sagres oferece a
oportunidade exclusiva aos consumidores de poderem marcar penalties a guarda-
redes profissionais nos intervalos dos jogos durante os encontros oficiais da Liga
Zon Sagres.
Para se habilitarem a este prémio os
consumidores Sagres devem criar no
site www.sagrespenaltycup.com uma
equipa composta por três
participantes e inserir códigos das
caricas da gama Sagres. Em todas as
jornadas, em estádios
seleccionados, as duas equipas
de três participantes que
mais códigos reunirem
vão poder marcar penalties
a guarda-redes como Neno, Costinha, Palatsi e Pedro Roma.
A equipa vencedora ficará automaticamente apurada para uma
grande final a ser disputada na penúltima jornada da Liga Zon
Sagres. Na última jornada, os grandes vencedores irão receber
um troféu e 15.000€ em ouro.
A cerveja Sagres oferece ainda mais de 10.000 ofertas imediatas,
entre bilhetes para a Liga Zon Sagres, bolas de futebol, cachecóis,
camisolas e 100 prémios por sorteio, entre LCD’s, lugares cativos nos estádios
Liga Zon Sagres, anuidades e canais Premium da Zon.
PUB
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anÁlise
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mbro/dez
embro
De facto, esta foi a nota mais relevadora da última edição do Scan -
trends da Nielsen, que identificou uma interessante aproximação dos
grandes formatos comerciais (hipers) aos supers grandes em termos
de variação total de consumo, ao recuperarem de uma situação de
perda na semana 40 (-1,5%) para um crescimento de 5% na sema -
na 44, aproximando-se, assim, das taxas de crescimento dos supers
grandes (5,6%). Para este facto, muito há-de ter contribuído entrada
em vigor da liberalização dos horários das grandes superfícies comer -
ciais (24 de Outubro, semana 42), ainda que seja a própria evolução
do tempo a confirmar se esta dinâmica é para crescer ou somente
decorrente da novidade da situação, assim como da chegada da
quadra natalícia.
Já os supers pequenos (-1,1%) e os formatos tradicionais (-4,5%)
continuam em quebra, enquanto o mercado no seu todo
(INA+LIDL) apresentou uma variação total de consumo de 1,8%
nesta quadrisemana, a segunda maior dos últimos dois meses,
resultado para o qual contribuiu o crescimento de 7,9% das Marcas
de Distribuição+Primeiros Preços (MDD+PP), enquanto as Marcas
de Fabricantes continuam a apresentar uma tendência negativa
(-0,8%), ainda que ambos os universos tenham melhorado a
evolução face ao período anterior.
Por área de negócio, a quadrisemana 44 de 2010 ditou que, na
alimentação, as MDD+PP continuam a apresentar uma excelente
dinâmica de crescimento, ao evoluir perto dos dois dígitos (9,9%)
face ao período correspondente no ano anterior, um comportamento
em tudo superior ao das Marcas de Fabricante que mais não conse -
guiram do que sair do habitual decréscimo de vendas, apresentando
uma subida marginal de +0,1%.
Por sua vez, desde o Verão que as bebidas têm tido performances
menos positivas quando se comparam com o mesmo período de
2009, ao apresentar decréscimos nas vendas de ambos os universos,
que se pautaram pelo equilíbrio neste segmento de mercado: Marcas
de Fabricante (-1,1%), MDD+PP (-1,3%).
Nos segmentos não alimentares, como a Higiene no Lar, as Marcas
de Indústria continuam a perder vendas (-2,3%), enquanto as
TEXTODuarte Cunha
Na Quadrisemana 41 a 44 de 2010 (11 de Outubro a 7 de Novembro), os Bens de Grande Consumo
(BGC) cresceram 1,8% vs período homólogo, uma evolução que se deve quer à prestação das Marcas
de Fabricantes (-0,8%), quer à das Marcas de Distribuição+Primeiros Preços (+7,9%) e que elevaram
os níveis de crescimento face ao período anterior. Em termos de formatos, os hipers subiram 5%, fruto
da liberalização dos horários de funcionamento.
crescem1,8%
5,4% dos portugueses compram na webAo todo são 200 mil, o número de lares nacionais que optam por fazer compras on-line, canal que
representa 7,8% do gasto realizado por estes consumidores, indicador que sobe para 11% caso se
exclua nesta análise a compra de frescos. Também a cesta de compras é francamente superior à
média dos lares (26,8€), enquanto on-line o cabaz atinge os 97,1€.
Ainda que seja incontornável a presença de MDD+PP no cabaz dos portugueses, os lares
compradores na internet optam menos por estas propostas, com a percentagem de escolha destas
marcas a ser de 14% on-line, enquanto numa compra média por cesta (total lares painel) estas
rondam os 19%. Mas é nos actos de compra que reside a principal diferença entre comprar on-line ou
na loja, com o canal web a registar uns escassos 3 actos de compra/ano, enquanto o mesmo acto em
loja se repete por 113 vezes ao longo do mesmo ano, o que permite concluir que, ainda que
complementar, a experiência de compra on-line não substitui a compra em ambiente de loja,
potenciadora de um maior contacto com os produtos.
Mercearia (15,2%), Bebidas (10,5%) e DPH (9,3%) são as áreas mais apetecíveis para comprar
on-line, apresentando-se, neste capítulo, como aspectos decisivos à compra a conveniência, o peso
dos itens, assim como o facto de se tratar de artigos que não requerem apreciação sensorial.
Congelados e lácteos (8,1%) e perecíveis (2,8%) são menos propensos à aquisição on-line. A
necessidade de frio e a preferência por escolher este tipo de artigos no linear ditam estes resultados.
Fonte: Homescan Nielsen - Painel de Consumidores / Ano Móvel 3 Quarter 2010
Bens de Grande Consumo
MDD+PP conseguem crescer em vendas, um cenário, aliás, pouco
inalterado ao longo deste ano, com as MDD+PP a apresentarem
oscilações menores neste mercado quando comparado com a pres -
tação das Marcas de Fabricante neste mesmo indicador. Mesma
leitura pode ser aplicada aos produtos de Higiene Pessoal, onde o
factor preço e o aumento da diversidade do sortido disponível con -
du zem à divergência registada entre as Marcas de Fabricante
(-3,6%) e as MDD+PP, que apresentaram uma evolução de +6,5%
no período analisado. O seu peso nos diversos segmentos de mer -
cado analisados varia entre os 37,9% na alimentação e os 18,1%
nas bebidas, enquanto na higiene (lar + pessoal) a sua quota de mer -
cado é de 25,1%, posição que tem vindo a ser reforçada desde 2008
nos universos analisados.
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anÁlise
n.º6/2010 | novembro/dezembro
Nielsen Market Track – Total Portugal (inclui LIDL)
12
rePort
agem
n.º6/2
010 |
novemb
ro/dez
embro
Em 2010, a Gateway Portugal comemora uma década de exis -
tência no mercado nacional. De acordo com os responsáveis
pela empresa, Carlos Truta, Director-Geral, e José Leocádio,
Direc tor Comercial, o balanço dos primeiros 10 anos de
actividade é muito positivo, atribuindo o sucesso da empresa à
filosofia que implementaram desde o primeiro dia e que passa
pela consciência que, neste mercado, o acompanhamento
personalizado e a criação de soluções adaptadas às necessidades
específicas de cada cliente é fundamental. Isto porque, “a
Gateway não vai ao mercado adquirir produtos ou soluções pré-
definidas, ou seja, a estandardização de necessidades não é
nossa política. Uma perfumaria, uma loja de pronto-a-vestir ou
estabelecimento de produtos alimentares não têm o mesmo
género de necessidades e especificidades. É fundamental não
só adequar soluções ao tipo ao ramo comercial como também
envolver o cliente na sua concepção face às necessidades que
constata no seu dia-a-dia”, explica Carlos Truta, Director-Geral
da Gateway Portugal.
Para a Gateway Portugal, a satisfação do cliente assume tal
importância que a empresa implementou um serviço de controlo
de qualidade que complementa com a avaliação do cliente ao
serviço prestado. Uma venda só está terminada quando “temos
a garantia que o nosso produto está a ser bem utilizado pelo
cliente e que corresponde totalmente às suas necessidades, que
no nosso caso implica uma redução significativa da perda de
bens por parte do cliente”, acrescenta José Leocádio, Director
Comercial da Gateway Portugal.
Com um mercado composto essencialmente pela Grande
Distribuição, que representa 60% da facturação da Gateway, (os
restantes 40% dividem-se por outros sectores do retalho, como
sejam os têxteis), a empresa prevê facturar em 2010, seis
milhões de euros.
de crescente sucessoNo ano em que celebra 10 anos de
actividade, a Gateway Portugal
prepara-se para entrar no mercado
angolano, ainda que no imediato seja
apenas com parceiros locais. Esta
empresa, que se dedica ao fabrico,
comercialização e instalação de
soluções anti-furto para redução das
quebras no retalho, assume que a
primeira década de actividade foi um
sucesso e que esta está
intrinsecamente ligada ao facto de
fazerem um acompanhamento
personalizado aos seus clientes e uma
análise minuciosa das necessidades e
tendências do mercado.
TEXTOAlexandre Abreu
FOTOSSara Matos
das soluções apresentadas. Cada caso é um caso e o serviço e
pro dutos aconselhados são feitos com base nas reais necessi da -
des dos clientes, não existindo soluções pré-definidas à partida.
Para a Gateway Portugal só se o cliente tiver real benefício com
os produtos da empresa, ou seja, se reduzir as suas perdas por
furto, é que a empresa considera que teve sucesso com essa
venda em particular. Equipa técnica própria – A empresa não
subcontrata equipa técnica. Os profissionais da Gateway Portugal
são formados em casa e representam a empresa e as suas marcas.
Formação a clientes – Para a Gateway Portugal é ponto de honra
que o cliente não tem que perceber de tecnologia. Assim sendo
a empresa “convida” os seus cliente a tomarem contacto com os
diversos produtos e soluções. Só verdadeiramente informados é
que os clientes poderão ter noção do que necessitam. Produtos
– Da análise feita ao mercado, da procura constante de soluções
e da aprendizagem feita junto dos seus clientes é possível à
10 ANOS, 10 MARCOS
Ao criarem a Gateway Portugal, Carlos Truta e José Leocádio
delinearam aquilo que chamaram de “10 marcos”, metas que
pretendiam ir implementando com o decorrer da actividade. Hoje,
uma década após a criação da empresa, é com orgulho que
assumem ter conquistado cada um dos dez objectivos a que se
tinham proposto. A começar pela Inovação, a Gateway Portugal
foi pioneira em lançar uma solução de prevenção no furto
(sistema EAS) que, incorporada nas antenas de entrada de loja,
permite a detecção de objectos preparados para o furto. Estes
detectores de metais, vulgares nos dias que correm, mostraram
ser um produto inovador em Portugal e em todo o Mundo. Mas
a inovação continua a ser um apanágio da empresa cuja análise
minuciosa às necessidades que o mercado tem permite preparar
novos produtos e soluções ainda antes serem requisitados.
Serviço a cliente – Na Gateway Portugal os clientes fazem parte
13
rePortagem
n.º6/2010 | novembro/dezembro
14
rePortagemn.º6/2010 | novembro/dezembro
Gateway Portugal assumir ter actualmente todas as tecnologias
necessárias ao seu core business (ver caixa). Quando iniciou
actividade, a Gateway Portugal procurou compreender qual o tipo
de investimento que os seus clientes estavam habituados a fazer
neste tipo de soluções e que incluíam imagem da loja, qualidade,
resistência e design dos produtos. Uma das preocupações da
empresa passou por conseguir conjugar nos seus produtos e
soluções estes três vectores: Qualidade, Resistência e Design, já
é que é fundamental que as soluções da Gateway “casem” na
perfeição com o tipo de loja onde estão inseridas. Soluções diver -
sificadas – Outra preocupação da Gateway Portugal passa por
ter noção que as antenas anti-furto, por exemplo, não são sufi -
cien tes e que os produtos devem estar inter-ligados com
produtos diferenciados. “Se uma loja não estiver bem protegida,
de nada vale ter à porta antenas bonitas, resistentes e de boa
qualidade. Preocupámo-nos em criar uma filosofia que permite
que os nossos clientes conseguissem proteger a loja e refor ças -
sem os alarmes nos seus artigos mais procurados. Como sabe -
mos, não há soluções irrepreensíveis, e aquilo que nós tentámos
fazer foi com que o próprio alarme dificilmente fosse anulado, o
que passou pela tecnologia tri-alarme, criada de raiz pela Ga -
teway. Esta solução faz com que o produto, na tentativa de vio -
lação, ao passar pelas antenas, as accione e o próprio produto faz
um acompanhamento personalizado da pessoa que o furtou,
seja dentro da loja, seja fora de portas, o que permite que haja a
possibilidade de se detectar o que foi furtado”, esclarece José
Leocádio.
Todos estes passos concorrem para que a Gateway Portugal seja
uma Referência no Mercado – Em 2010 a Gateway Portugal é
já uma referência no mercado nacional. Um dos objectivos que
foi cumprido e que os responsáveis pela empresa acreditam ser
a concretização da filosofia da empresa, que passa por “termos
produtos e soluções adaptadas às reais necessidades dos nossos
cliente, sermos competitivos, e oferecermos um serviço técnico
competente”, sustenta Carlos Truta.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Com 10 anos de actividade, os fundadores da empresa conside -
ram já ter maturidade suficiente para apostar em novos merca -
dos, sendo que Angola surge como o mercado prioritário. Ainda
assim, os responsáveis da Gateway Portugal não estão a ponde -
rar, pelo menos para já, o investimento numa operação in loco,
optando a curto/médio prazo pelo estabelecimento de parcerias
com empresas locais. Clonando a estratégia utilizada para o
mercado nacional, a Gateway Portugal pretende auscultar as
necessidades dos potenciais clientes, conhecê-los a fundo e
brindá-los com um departamento técnico que possa responder
just in time com as melhores soluções, uma vez mais, pensadas
caso a caso. Deste modo, as soluções e as instalações serão
sempre da responsabilidade da empresa portuguesa, deixando as
necessidades de manutenção para os parceiros locais.
A estratégia pensada para o mercado angolano pretende cumprir
os mesmos requisitos que a estrutura implementa em Portugal e
que prevê uma capacidade de resposta entre as 48 as 72 horas
para lojas de menor dimensão e de entre as 12 a 14 semanas se
for necessário o desenvolvimento de uma solução nova.
Os planos para os próximos anos já estão delineados. A Gateway
quer continuar a crescer, continuar a apostar na inovação – já
com os olhos postos nas tecnologias de segurança para o merca -
do dos gadgets, ipads e telemóveis – e continuar a apostar no
desenvolvimento de soluções para as necessidades do mercado.
“Para terminar, e porque para nós isso é um ponto muito im -
portante, queremos agradecer a todas as pessoas que trabalham
na Gateway Portugal e a todos os que tornaram possível a reali -
za ção deste projecto, pois, apesar de sermos os seus mentores,
não somos os únicos a contribuir para o seu sucesso. Queremos
crescer e que as pessoas que nos acompanham cresçam con nos -
co também, tanto ao nível pessoal como profissional, para que
daqui a 5, 10, 15 ou 20 anos possamos continuar a dar ao mer -
cado o que o mercado procura”, concluem os responsáveis.
Futuro Focados no futuro, Carlos Truta e José Leocádio traçam
como meta para os próximos anos o crescimento
sustentável da empresa, sempre com recurso a soluções e
filosofias de mercado que irão ditar regras nos próximos
cinco anos e suscitarão um forte impacto nos anos
vindouros. Capacidade de adaptação bastante presente na
oferta da Gateway Portugal e que, há dez anos atrás,
levou os seus responsáveis a apostarem no revolucionário
sistema EAS – o core business da empresa – e que hoje
lhe permite fabricar e comercializar as várias tecnologias
EAS existentes no mercado, casos da RF, AM, EM e RM,
soluções que são parte integrante do seu conceito de
Merchadising Seguro, adaptado e personalizado à medida
do seu negócio.
Safers, Spider Wraps, MDG, POD Displays, Tags, Safers e
Cablelocks são outros dos exemplos de recursos
tecnológicos hoje disponibilizados por esta jovem
empresa nacional, que à vanguarda da tecnologia alia o
design, fazendo da interligação de sistemas e da
personalização de soluções os seus principais argumentos
de negócio, que a levam a ser, dez anos depois, um player
de referência do mercado nacional, com perspectivas de
alargar horizontes no competitivo mercado internacional.
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16
tema de CaPan.º6/2010 | novembro/dezembro
Perto de fazer dois anos na liderança da PrimeDrinks, Cláudia Portugal faz o balanço do
período ao leme da distribuidora nacional. Num contexto adverso ao consumo de
“wine&spirits”, a PrimeDrinks prossegue no seu percurso de consolidação como um dos
principais players do sector, tendo aumentado preços em contra-ciclo de mercado.
2011 assinalará um novo ciclo na companhia. Saiba o porquê.
PESSOAS“Somos uma companhia de marcas e de
“
17
tema de CaPa
n.º6/2010 | novembro/dezembro
Grande Consumo - Que balanço faz do tempo que leva à
frente da PrimeDrinks, S.A.? Há algum momento que possa
destacar como um ponto alto na liderança desta equipa?
Cláudia Portugal - Diria que pontos altos houve vários. Desde
logo mudar de sector é sempre um desafio, mudar de companhia
também e, neste momento, estou numa companhia que trabalha
em dois sectores, pois vinhos e espirituosas são sectores bem dife -
rentes. De acordo com as minhas expectativas iniciais, tenho-me
realizado muito numa companhia que alberga estas duas realidades
tão distintas; uma que é muito familiar e emocional como a do vinho,
onde acredito que a minha experiência de outros sectores de grande
consumo pode ser útil e criar valor, e um “pé” na parte internacional,
com marcas como Grant’s, The Famous Grouse ou Rémy Martin
que são experiências muito interessantes ao permitirem conciliar
mundos completamente distintos. Por outro lado, a mudança de
sector e de empresa ocorreu numa fase em que o Mundo mudou
significativamente, o que tornou tudo mais desafiante e com um
nível de adrenalina superior ao das minhas expectativas.
GC – Sobretudo ao estar inserida num mercado caracte -
rizado por uma enorme rotatividade de produto…
CP – E onde a PrimeDrinks, consistentemente, se revela cada vez
mais uma companhia de valor em detrimento de volume. Somos
uma companhia de marcas e de pessoas, mas, como companhia de
marcas que somos, temos que procurar valorizá-las de modo a que
o consumidor esteja disposto a pagar o valor pedido por elas. Pro -
ceder a subidas de preços no contexto de mercado vivido, e que o
País vai continuar a viver de forma agravada, não é fácil e suscita
desafios ainda mais complexos e interessantes. Temos uma equipa
muito jovem e dinâmica, com experiências muito diferentes, em que
a nossa complementaridade potencia uma geração de valor
consistente. É evidente que houve desafios difíceis de superar ao
longo destes dois anos, mas estou muito satisfeita com a aposta
que fiz. Temos muito trabalho para fazer, estamos a abrir um novo
ciclo, diferente, é um ciclo de consolidação e de desenvolvimento
sus tentado. Temos um portfólio muito interessante, quer de marcas
dos accionistas quer de marcas representadas, ao qual continua re -
mos sempre a dar prioridade, sem com isso, naturalmente, deixarmos
de estar atentos às movimentações de mercado.
GC - Ao longo dos quase 15 anos de existência da Pri -
meDrinks têm sido várias as alterações estruturais. Pode-
se considerar que a PrimeDrinks é também, a nível
es tru tural, uma empresa mais madura e com outros ar -
gumentos para atingir os objectivos a que se propõe?
CP – Diria que sim, ainda que não goste de comentar o que foi feito
no passado por outras lideranças. Mas posso acrescentar que temos
três accionistas com uma visão de médio-longo prazo, muito
próxima relativamente ao modo como querem ver evoluir a
PrimeDrinks e, de facto, privilegiamos muito mais a estabilidade, a
consolidação, o desenvolvimento sustentável, as marcas e a geração
de valor do que o crescimento exponencial que a companhia teve
nalguns períodos e que, actualmente, já não são a sua prioridade. A
Herdade do Esporão e a Aveleda são, respectivamente, o segundo
e o quarto maiores produtores privados de vinho portugueses, duas
empresas do top nacional, com taxas de crescimento muito
interessantes… (interrompida pela pergunta).
GC – A entrada da Herdade do Esporão no Douro é uma
realidade consumada?
CP – A Herdade do Esporão já entrou no Douro, estando em curso
investimentos significativos e, portanto, é uma área de desenvolvi -
mento em marcha cuja expressão para o consumidor será visível a
curto prazo. No caso dos whiskies e espirituosas sabemos que temos
marcas muito grandes, mas operamos num mercado em queda
acentuada, pelo que importa que consigamos encontrar soluções,
tanto mais quando temos vindo a reduzir a nossa competitividade
em relação à concorrência na variável preço. O nível de estabilidade
da companhia e a consequente consolidação, marcarão o presente
e o futuro próximo da PrimeDrinks.
GC - A conquista, em 2009, da representação dos vinhos
da Casa Ermelinda Freitas e Herdade dos Grous, assim
como das vodkas Stolichnaya e Moskovskaya, foi um pas -
so importante para o reforço de posição neste segmento
de negócio?
CP – Importantíssimo, sobretudo ao ter sido feito de uma forma
extremamente criteriosa. Com a Casa Ermelinda Freitas temos
alcançado níveis de crescimento a dois dígitos e tem sido meteórica
essa evolução, ao ponto de conseguirmos superar as vendas de
Periquita neste período de tempo, o que é uma etapa sem dúvida
importante para nós. Por outro lado, temos vindo a consolidar a
Herdade dos Grous, uma marca Premium muito significativa na
restauração, que ainda não fez um ano que integrou o nosso
portfólio. No caso das vodkas Stolichnaya e Moskovskaya, a
PrimeDrinks ganhou a representação das marcas há pouco mais de
um ano. Nesse período já conseguiu duplicar os volumes de
Stolichnaya, com a Moskovskaya estamos a crescer 50%, e
hoje estas duas marcas já fazem parte do ADN da
companhia. Em suma, todas estas apostas têm sido
feitas de forma criteriosa, ponderada, de modo a
podermos encontrar sinergias, quer para o
portfólio próprio quer para as marcas
representadas, com o intuito de
estabelecer um “casamento”
importante para ambas as
partes.
18
tema de CaPan.º6/2010 | novembro/dezembro
GC - A que se deve a aposta na distribuição de azeites? O
azeite é hoje um produto obrigatório no portfólio de
qualquer distribuidora moderna de wine&spirits?
CP -O azeite Herdade do Esporão é uma prioridade estratégica para
o Esporão e por isso uma aposta da PrimeDrinks no segmento de
azeites Premium e Super Premium exclusivamente produzidos no
Alentejo. É um segmento pequeno, mas em que temos mais de 70%
de quota (INA). A oferta está a ser desenvolvida quer em “off”, quer
em “on trade”, com vários armazenistas a apostarem inequivo ca -
mente no nosso azeite e com um número crescente de restaurantes
a adoptarem também o azeite Herdade do Esporão, quer à mesa –
com umas centenas largas de galheteiros já distribuídos – quer na
cozinha.
GC - O actual portfólio disponível dá garantias de cresci -
mentos futuros à distribuidora ou prevê-se o seu
alargamento a curto prazo?
CP – O portfólio que temos é um portfólio em consolidação e não
antecipo grandes alterações de imediato, ainda que tenha havido
algumas movimentações que poderão levar a negócios de
oportunidade. A William Grant & Sons comprou a Tullamore Dew:
marca do segmento de whisky irlandês, um dos poucos que cresce
actualmente. Mas a marca ainda não está nas mãos da PrimeDrinks
e são situações que demoram o seu tempo. Por outro lado, a William
Grants & Sons, e porque a aquisição da Tullamore Dew é que era
estratégica, vendeu à Campari o resto da gama onde se encontram
as marcas Carolans, Irish Mist e Frangelico, pelo que há vários
cenários possíveis e que a seu tempo serão perceptíveis.
GC - É justo dizer que a PrimeDrinks está cada vez mais
vocacionada para produtos Premium e Super Premium?
CP – O que nós temos cada vez mais claro é que a abordagem, em
termos de modelo de negócio, para marcas Premium e Super
Premium é diferente da abordagem ao “mainstream”. Por um lado,
temos marcas grandes que mobilizam a companhia e têm uma
posição de referência nos segmentos onde actuam e, por outro,
temos um conjunto de “referências” que sem serem marcas grandes
são grandes marcas, com um potencial inequívoco de crescimento.
Vinha da Defesa é, claramente, uma grande aposta da PrimeDrinks,
como Quinta da Aveleda, Hendricks, são outros exemplos, ou seja,
o desafio é não só conseguirmos conciliar na mesma companhia
negócios completamente diferentes, mas, sobretudo, abordagens e
modelos ao mercado que têm que ser também eles totalmente
diferentes, caso se trate de uma marca que vende milhões de
garrafas ou de outra que, apesar do seu prestígio, vende apenas
alguns milhares.
GC - O negócio do vinho em Portugal faz-se no canal
Alimentar ou no canal Horeca?
CP – Faz-se muito, muito na restauração. A PrimeDrinks tem
apresentado significativos níveis de crescimento no “on-trade” –
onde incluímos todo o canal armazenista, armazenistas especia -
lizados e cash&carry’s. O que num contexto onde o “off-trade”
cresce, revela que a PrimeDrinks tem apostado de forma inovadora
nesse canal estratégico que é o On, de desenvolvimento das marcas,
que privilegia a informação e a diversidade. Temos muitos projectos
de investimento para o canal Horeca, somos uma companhia que
The Balvenie Peated Cask 17 Anos O Malt Master The Balvenie, David Stewart, acaba de
anunciar o lançamento de uma nova edição limitada: The
Balvenie Peated Cask 17 Anos, um whisky turfado que
resulta da união perfeita entre whiskys escoceses
amadurecidos em cascos turfados e cascos de carvalho
americano novos.
Mais de 45 anos de experiência, deram a David Stewart
um conhecimento fora do vulgar no amadurecimento de
single malts. Com um forte desejo de experimentação,
David continua a ter em atenção a idade e a selecção do
casco para a produção de um novo spirit The Balvenie. O
casco de turfa The Balvenie é o resultado do último
trabalho de David, que retém a tradicional complexidade
de mel do Balvenie, e introduz camadas ricas de
especiarias e fumo ao aroma e ao paladar.
Em 2001, compraram um lote de cevada bastante
turfada a um fornecedor local e destilaram-na nos
alambiques de The Balvenie. Os cascos onde
originalmente amadureceu o spirit resultante deste lote
de cevada turfada, absorveram muito do seu carácter.
David Stewart decidiu experimentar estes cascos para
amadurecer The Balvenie 17 anos por um curto período
de tempo, resultando num intenso whisky turfado. O
casamento deste com o Balvenie 17 anos com
acabamento em cascos de carvalho americano resultou
num single malt complexo, rico e picante com camadas de
fumo.
The Balvenie Peated Cask estará disponível nos mercados
mundiais, a partir de Setembro de 2010, com um P.V.P. de
100 euros
19
tema de CaPa
n.º6/2010 | no
vembro/dezembr
o
continua a ter muitos colaboradores na rua para acompanhamento
ao “on-trade” e há todo um esforço de activação das marcas através
do canal grossista e de apoio aos armazenistas especializados.
GC - A subida das taxas de IVA tem afastado os portu -
gueses do consumo de bebidas espirituosas e de vinho, ou
continuamos a ser um país de elevados níveis de consumo?
CP –Nos sectores em que operamos creio que a PrimeDrinks foi das
poucas que subiu preços. Quando sobe o IVA não é suposto que seja
a indústria, ou a produção a pagar o imposto, da mesma forma que
não é suposto que seja o retalhista. Ao fazer esta reflexão quando
falamos de espirituosas, e remetendo-me a 1 de Janeiro de 2011
com 23%, cabe dizer que esta taxa deveria ter adoptada em Maio
passado quando a taxa máxima passou para 21%, pois medidas
desta natureza têm uma grande complexidade e um impacto tre -
mendo na actividade das empresas. Até porque, no caso das espiri -
tuosas, paga-se imposto sobre imposto… Que vai ter impactos no
consumo não tenho dúvidas, até porque as medidas de austeridade
anunciadas para Portugal estão ao nível das da Grécia, país onde a
quebra nas vendas de bebidas espirituosas tem sido dramática, com
diferentes repercussões de marca para marca, sendo visível o
“downgrade” em todas as categorias e que surge como inevitável.
GC - Como avalia a concentração verificada no retalho
organizado em Portugal? É prejudicial para as marcas ou
benéfico para o consumidor?
CP – Não querendo ser política, a minha experiência diz-me que
importa, acima de tudo, saber viver em concorrência e que a grande
distribuição, para além de nosso cliente, não deixa de ser nosso
concorrente em muitas áreas, pelo que a nossa função é encontrar
soluções em ambientes cada vez mais complexos. Seja a nível da
cadeia de distribuição, logística ou de consumo.
GC – Há, portanto, uma avaliação constante de todos estes
parâmetros para se alcançar sucesso neste negócio?
CP – Se formos pensar o que era a realidade de há dez, vinte anos,
o mercado é necessariamente diferente, mas não me assustam os
desafios futuros com que nos deparamos. Não podemos deixar de
ser realistas, mas não temos que deixar de ser optimistas, perante
cenários em que temos que ser competitivos e inovadores, num
contexto em que muitas marcas estão a reduzir os apoios de
marketing, mediante a pressão exercida sobre os volumes, apre sen -
tando-se esta opção como uma medida recorrente. No nosso caso,
procuramos não desproteger o investimento em “below the line” e
em “trade marketing”, áreas em que consideramos fundamental as
marcas estarem presentes de forma muito activa.
GC - O esmagamento de margens é uma noção que também
se coloca no mercado de vinhos e de bebidas espirituosas
em Portugal?
CP –No mercado do vinho, a oferta hoje disponível é muito dife ren -
ciada e estratificada e o nível de margens praticado é muito diferente
do do passado. Por outro lado, a política das cooperativas de emba -
lamento de marcas próprias e exclusivas para a grande distribuição
não pode deixar de se considerar muito relevante para esta questão.
Existem actualmente vinhos de origem controlada a preços que o
consumidor não deixará de notar e com uma relação qualidade preço
que não se encontrava há dez anos atrás. Nessa perspectiva, a mar -
gem não cresce e, por outro lado, a concorrência de uma oferta de
baixo preço, mas qualidade aceitável, implica que sejamos capazes
de diferenciar as nossas marcas, de modo a que o consumidor con -
ti nue a premiar marcas como Monte Velho e Casal Garcia, por
exemplo.
GC - Que importância tem esta quadra festiva nas vendas
da companhia? O mercado nacional ainda é muito sazonal,
com a venda de wine&spirits a ser muito dependente desta
época do ano?
CP – Para as espirituosas muito, diria mesmo tremendamente no
caso dos espumantes, champanhes, conhaques, aguardentes velhas
ou whiskies de malte, em que há variações entre 40% a 80%
nalguns casos em apenas dois meses, nomeadamente, Novembro
e Dezembro. Isto no caso das espirituosas, uma vez que no
caso dos vinhos a sazonalidade que se introduziu nesta
altura do ano é absolutamente artificial, uma vez que
não há razão nenhuma para haver sazonalidade no
mercado do vinho em Setembro. Há sim uma tendência
crescente no Natal, pois o vinho está a ser cada vez mais
seleccionado para a oferta e aí o whisky e as espirituosas
saem a perder, sobretudo os whiskies velhos e de malte.
O consumidor está a considerar muito mais interessante
oferecer vinho, porque torna a oferta mais pessoal, o seu
Tendência de crescimento Com uma facturação estimada de 60 milhões de euros, a
PrimeDrinks apresenta índices de crescimento em
praticamente todas as categorias de mercado onde está
presente. A evoluir num rácio de 1milhão/€ ao ano, ao
fim de 15 anos de actividade, a companhia que conta
com accionistas como a Aveleda, Esporão e William
Grants & Sons é um dos principais players do mercado
nacional na distribuição de “wine&spirits”, encontrando-
se a crescer 6% em termos de vendas globais face a
2009, o que em volume se traduz num total de 1,8
milhões caixas de nove litros colocadas no mercado.
Dinâmica de crescimento que espera manter no exercício
de 2011, onde prevê evoluir na mesma base apurada em
2010 e onde, seguramente, a entrada da Herdade do
Esporão no Douro poderá ser um importante “push” para
as vendas da distribuidora.
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tema de CaPan.º6/2010 | novembro/dezembro
preço unitário não é tão facilmente perceptível… e estamos a registar
um crescimento muito significativo do mercado de vinho nessa
altura do ano.
GC - Que novidades reserva a Prime Drinks para este
Natal?
CP –O nosso lançamento mais recente foi o Bols Yogurt (ver caixa),
trata-se de uma marca de grande prestígio que surge num mercado
onde o consumo fora de casa tem caído. Este produto apresenta-se
com um posicionamento muito mais moderno, e vem concorrer com
Bailey’s e Carolan’s e é aí que o queremos posicionar nas prateleiras.
É um produto que não obstante na sua composição ter algum teor
alcoólico, não deixa de ir ao encontro das expectativas dos
consumidores que se identificam com um produto mais jovem,
inovador e de sabor natural. Esta é uma grande aposta da
companhia para o 4.º trimestre de 2010. Também o The Black
Grouse, que não sendo um produto novo, é uma oferta prioritária e
vai ter um grande destaque no portfólio da PrimeDrinks daqui para
a frente. Vamos ter uma oferta limitada em de The Balvenie 17
anos, para grandes apreciadores com um produto de grandíssima
qualidade, o Peated Cask.
Já nos vinhos vamos ter os novos rótulos da Herdade do Esporão, em
que todos os vinhos Esporão Reserva e Private selection (branco e
tinto) sairão para o mercado com uma nova rotulagem, muito
diferenciadora. A reacção a estes lançamentos tem sido muito boa.
Defesa continua a ser uma “novidade”, com crescimentos muito
interessantes e uma boa relação qualida de/preço. É uma marca com
elevadas ambições de crescimento e onde pontifica também uma
imagem irreverente e diferenciadora.
GC – Mas também há marcas para os canais alternativos?
CP - Paralelamente, e nos canais alternativos, além das diversas
acções em espaços de diversão nocturna, muito focadas em Hen -
dricks e Defesa, que são as nossas marcas top para o canal “noite”,
a par de Grant’s, The Famous Grouse e de Stolichnaya e Moskovs -
kaya, estamos a privilegiar muito as acções cruzadas com os “take-
away” da grande distribuição, onde já tivemos duas iniciativas com
o Pingo Doce e tentaremos ter com outras insígnias. São estas as
grandes propostas do momento, ainda que a entrada no Douro por
parte da Herdade do Esporão seja a grande novidade para o
arranque de 2011 e se apresente como o projecto dominante. Isto
sem esquecer toda a aposta na inovação apresentada pela Aveleda,
mais visível a nível da rotulagem e das campanhas de marketing
associadas à promoção dos seus vinhos. Creio que temos feito um
bom trabalho com a Aveleda na conjugação entre o “below” e o
“above the line”, numa categoria em que os desafios são muitos e
diversos.
GC – Já a ouvi dizer que a actual equipa de gestão a par
com as marcas representadas são os activos diferen cia -
dores da PrimeDrinks. Mantém essa afirmação?
CP – Mantenho, claramente. A equipa está estabilizada. Eu e o
Gonçalo Silva “chegámos” há pouco mais de 2 anos. O Ricardo
Caseiro e a Catarina Santos já cá estavam, os dois marketing
managers já estavam perfeitamente integrados, e a aposta em não
termos um director de vendas mas dois “national accounts” que se
posicionam, no fundo, como directores de canal está a funcionar
muito bem, com a Sofia Nunes a fazer um trabalho notável no “on-
trade”, o Paulo Costa no “off-trade” e a Vera Martins no “trade mar -
keting”. Somos uma equipa que se complementa muito bem, somos
exponencialmente diferentes uns dos outros, e é nessa diferença e
complementaridade que estamos a actuar com sucesso. Com muita
paixão e envolvência, somos uma companhia de gente apaixonada
pelas marcas e pela empresa e eu aprecio muito isso. Vamos começar
um novo ciclo, 2011 é um ano de muitos desafios, estamos numa
fase de olhar para a companhia e ver aquilo que queremos que a
PrimeDrinks seja no futuro próximo e tentamos espalhar uma
mensagem positiva, num contexto desanimador e pouco optimista.
E esse catalisador é importante para abraçar os desafios futuros.
Novidade BOLS Iogurte Bols acrescentou um novo e inovador sabor ao seu
portfólio: BOLS Natural Yoghurt. Confeccionado a partir
de ingredientes naturais, sem corantes adicionais a nova
proposta da marca de Lucas Bols apresenta um teor
alcoólico de 15% e pode ser servido puro ou com gelo,
misturando-se perfeitamente com frutas frescas, sumos
de frutas, refrigerantes e outros licores de Bols. Feito a
partir de iogurte fresco de qualidade, o Licor Bols de
iogurte natural apresenta um sabor único agridoce, suave
e natural, tornando-o num ingrediente perfeito para
consumir puro e com gelo mas também muito versátil
para fazer misturas.
A garrafa foi desenhada com um revestimento especial
para assegurar que o produto se mantém em óptimas
condições, ao mesmo tempo que ganha destaque no
ponto de venda.
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22
Feira
n.º6/201
0 | nove
mbro/dez
embro
ibérica
TEXTOBruno Farias
FOTOSSara Matos/D.R.
É de 27 a 30 de Março que o recinto da FIL no Parque das Nações se prepara para receber
a maior feira alimentar que se realiza este ano na Península Ibérica. Ao realizar em
conjunto os salões Alimentaria e Horexpo, a organização procura fazer desta
manifestação a maior plataforma de negócios e contactos profissionais para os sectores
da alimentação, distribuição e hotelaria em Portugal e respectivos mercados de
influência. Paulo Rodrigues, gestor da Alimentaria&Horexpo Lisboa 2011 explica o que
mudou na feira portuguesa.
penínsulaPonto de Encontro e de Negócios da
Esta proveitosa união entre as duas feiras mais importantes, e de
maior repercussão para os seus respectivos mercados em
Portugal, nasce com o objectivo de gerar um maior benefício e
valor para todos os seus expositores e visitantes, conforme afirma
Paulo Rodrigues, gestor da Alimentaria & Horexpo Lisboa 2011,
que descortina evidentes mais-valias em celebrar este dois
importantes salões numa única manifestação, ao cruzar, assim, o
melhor de dois mundos. Complementares, entre si.
“A junção dos dois maiores salões do sector em Portugal, e o
maior da Península Ibérica no ano em que se realiza, acontece
num momento em que as empresas têm necessidade de reduzir
na despesa e de rentabilizar os seus investimentos. A determi -
nado momento do ciclo de vida da Alimentaria, e derivado do
próprio crescimento do mercado, foi necessário criar um novo
salão temático, a Horexpo, com o primeiro a ser dedicado à
mostra de produtos e equipamentos para o canal da Distribuição
e o segundo direccionado para o canal Horeca. Com as alte ra -
ções do mercado apercebemo-nos que a Alimentaria e a Horexpo
estavam a necessitar de uma nova lufada, com esta junção a
feira fica com uma nova dinâmica, uma maior abrangência na
oferta de produtos, serviços e equipamentos. Tempo é dinheiro e
também as feiras não escapam a este “slogan”, por isso, a feira
deve ter a maior e melhor oferta para os profissionais que aqui
se deslocam com o intuito de ver o que de melhor o mercado
tem para oferecer. É nesse sentido que os profissionais da
distribuição, hotelaria, restauração irão rentabilizar a sua visita
ao encontrar, num mesmo local, soluções para o seu negócio de
A a Z, sejam eles provenientes do mercado nacional ou interna -
cional”, começa por explicar Paulo Rodrigues, gestor da Alimen -
taria&Horexpo Lisboa 2011 por parte da AIP/FIL.
Até porque é objectivo da Alimentaria&Horexpo Lisboa 2011
afirmar¬-se como uma importante ponte de ligação comercial,
entre os países europeus e o mercado de influência portuguesa,
com mais de 215 milhões de consumidores. Uma convocatória
a nível internacional que conta com a eficácia, solidez e prestígio
da Feira Internacional de Lisboa e da Alimentaria Exhibitions,
reforçada pelas palavras de Paulo Rodrigues. “Sabemos que as
feiras continuam a ser um bom investimento para as empresas,
pois têm um custo por contacto baixo e permitem diversificadas
acções num curto espaço de tempo, como a experimentação e
lançamento de novos produtos, entre muitas outras acções de
marketing e relações públicas. Esta é uma das razões porque
continuamos a aumentar o número de países participantes como
expositores, uma outra é que sabem que o nosso mercado é aber -
to à experimentação e aos novos produtos. Claro que contam
também com os compradores oriundos de outros países, onde a
nossa aposta e investimento incide em grande percentagem nos
profissionais vindos dos PALOP’s, Brasil e outros países de língua
portuguesa, para além no nosso mercado étnico espalhado pelos
quadros cantos do mundo”, sustenta o responsável.
Aspecto que se está a desenvolver em conjunto com as empresas
nacionais já inscritas – numa altura em que as exportações são o
ponto de ordem – em convocar compradores provenientes de
mercados como o asiático, europeu, entre outros, e que irão
integrar o programa de hosted buyers (acção B2B), também alvo
de um investimento reforçado. “Daí a importância de termos
mais empresas com capacidade de exportação e produtos de
23
Feiran.º6/2010 | novembro/dezembro
valor acrescentado presentes na feira, para mais facilmente
cativarmos estes mercados”, acrescenta.
Em termos organizativos, cada salão mantém a sua própria
identidade e vê a oferta ser reforçada, no sentido de facilitar a
realização de contactos e transacções comerciais, o que permitirá
às empresas participantes travar contacto com um maior número
de sectores da procura e, em definitivo, de mais clientes.
SINERGIA
Alimentaria&Horexpo Lisboa 2011 conta ainda com o apoio
activo do sector da Distribuição, canal Horeca e da indústria ali -
mentar nacional, isto além do envolvimento directo das entidades
e associações empresariais mais representativas do sector. Todos
reconhecem o seu posicionamento profissional e de negócios
bem como o seu carácter inovador e formativo, através das
actividades programadas para os eventos e que permitem renta -
bilizar a visita dos profissionais. Que se estende, com progressivo
interesse e adesão, também ao âmbito de actividades paralelas ao
certame, um complemento de serviço disponibilizado pela
organização.
“Neste campo temos novidades. Continua a ser uma aposta
nossa e as feiras fazem-se disso, da conjugação de todos os
players do mercado. No nosso entender, uma feira é um espaço
vivo, um espaço de animação, de interacção de aprendizagem e
debate, e, por isso, são várias as parcerias que estabelecemos,
assim como a integração na Comissão Organizadora (C.O.), das
principais associações e entidades responsáveis pelos sectores
representados, como é caso da FIPA, por exemplo, que preside a
C.O. da Alimentaria e a AHRESP, que uma vez mais, preside a
C.O. da Horexpo. Por sua vez, a APED (Associação Portuguesa
de Empresas de Distribuição), AHP (Associação da Hotelaria de
Portugal), APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria Res -
ibérica
24
Feiran.º6/2010 | novembro/dezembro
tau ração e Turismo, a ADHP (Associação dos Directores de Ho -
téis de Portugal) entre outras entidades, constituem o núcleo
que presentemente se encontra a trabalhar no desenvolvimento
de actividades paralelas para a feira. Acreditamos que os motivos
de atracção da feira não podem circunscrever-se ao espaço de
exposição, equipamentos e produtos. É importante atrairmos
profissionais através da prestação de informação, formação ou
“net-working”, ou seja, tudo o que possibilite a satisfação do
visitante profissional de modo a que o mesmo queira voltar nos
próximos eventos”.
E de modo a atingir esse objectivo, a organização, em conjunto
com parceiros, está a conceber novas áreas temáticas, como é o
caso do espaço “FOOD I&DT “ com a INOVISA (que está a de -
sen volver uma área onde os visitantes poderão encontrar novos
produtos, serviços ou equipamentos que estão em estudo ou a
ser desenvolvidos em várias faculdades e cuja apresentação
ocorrerá durante a feira), a que se juntam outras experiências de
sucesso como a INNOVAL – Loja Inteligente e a área de Novos
Produtos, ou as já habituais zonas de concursos e de demons tra -
ções gastronómicas, este ano sobre uma nova roupagem e que
elevam estas actividades paralelas a uma nova dimensão,
intitulada “Food Experience”.
Deste modo, a Alimentaria&Horexpo Lisboa 2011 procura re -
forçar o seu papel de ferramenta fundamental para a estratégia de
internacionalização das empresas, apresentando-se como a me -
lhor maneira de “sentir” o mercado, de antecipar e desenvolver
acções futuras e de fazer frente aos desafios de um mercado cada
vez mais competitivo, como conclui Paulo Rodrigues.
“Esse é, realmente, o nosso objectivo e enfoque. Como usual -
men te digo, não vendemos m2, prestamos um serviço e, ao fazê-
lo, queremos prestá-lo da melhor forma. Em função dos
ob jec tivos de cada expositor a organização irá encontrar a
melhor forma de este rentabilizar a sua participação. Cada sector
e empresa tem as suas próprias especificidades e várias são as
hipóteses de abordagem e rentabilização. Procuramos que a
Alimentaria&Horexpo Lisboa com os seus vários sectores, Área
Internacional, Deliexpo, Intervin, Congexpo, Multiproduto, In -
tercarne, DecorHotel, Equipamentos para restaurantes e hotéis,
a Tecnoalimentaria, (que concentra uma área muito importante
dos fabricantes nacionais de equipamentos), seja o ponto de
encontro dos canais Alimentar e Hotelaria, para que, de dois em
dois anos, aqui se reúna a melhor oferta para uma procura
também ela cada vez mais exigente. Nós temos a organização
das feiras mas estas são tão mais importantes quanto maior for
o envolvimento dos fabricantes. As feiras são do sector e para o
sector e somente com mais empresas poderemos ter mais oferta
e maior procura”.
Mercado Inovador e cheio de oportunidadesO mercado alimentar português é composto por mais de 10 milhões de consumidores, que
destinam cerca de 15,5% do seu orçamento para gastos com a Alimentação e Bebidas não
alcoólicas (sendo o valor em que mais se investe, a seguir aos valores de habitação) e
cerca de 10,8% em hotéis, restaurantes, cafés e similares.
DISTRIBUIÇÃO
O Sector da Distribuição em Portugal é um ramo de actividade modernizado, com
equipamento de última geração e onde podemos encontrar as melhores práticas e níveis
de profissionalismo. Com mais de 22.000 estabelecimentos, a distribuição alimentar
representa 5,5% do PIB nacional, com um volume de negócios de 9.685 milhões de euros
e um ritmo de crescimento anual de 8%. (*) Fonte: APED e AC Nielsen
HOTELARIA E RESTAURAÇÃO
Com cerca de 90.000 estabelecimentos de restauração, a indústrias turística vinculada à
restauração e gastronomia é uma das mais dinâmicas, no conjunto da economia
portuguesa. Cada português desloca¬-se 30 vezes por ano a restaurantes, quando a média
europeia de apenas 15 vezes. Hotelaria, Restauração e Catering geram um volume anual
de negócio na ordem dos 15.000 milhões de euros por ano e em 2009 registou 35
milhões de pernoitas. (*) Fonte: AHRESP e INE
INDÚSTRIA
Em 2009, a indústria agro-alimentar portuguesa teve um volume de negócio de 12.500
milhões de euros sendo esta a maior indústria do país, representando 16% do total da
indústria transformadora nacional e 7,6% do PIB. Este sector é composto por 11.000
empresas e emprega cerca de 109.000 trabalhadores. (*) Fonte: FIPA
Um trajecto de êxito, um futuroprometedorAlimentaria Lisboa – Desde 1991 – 10 edições
Total de Visitantes: 400.000
Total de Expositores: 10.000
Total de Expositores Directos: 6.750
Horexpo – Desde 2000 – 5 edições
Total de Visitantes: 101.000
Total de Expositores: 3.000
Total de Expositores Directos: 1700
Produto
3 Salões Profissionais
45.000 m2
800 Empresas
+ de 30.000 Visitantes
desvalorizaBACALHAU
TEXTOAbel Martins
FOTOSLuís G. Afonso
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merCad
o
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ro/dez
embro
Não há memória de analisar um exercício onde as vendas de
bacalhau fossem tão pouco animadoras face ao ano anterior, mas
certo é que o Ano Móvel S2010 40 traça um cenário que tem
quase tanto de irrealista como de indesmentível. Perante os
dados apresentados pela Nielsen, é fácil de perceber que mesmo
o fiel amigo atravessa tempos difíceis, de esmagamento das
margens por parte dos operadores e de forte desvalorização do
preço médio praticado nas lojas das insígnias de distribuição
moderna. Sinais da crise e de diferentes contrapartidas para entrar
em linha, que nem mesmo a elevada rotatividade de produto
parece conseguir contrariar. O que leva a que se verifique não só
uma desvalorização do preço médio praticado para se conseguir
manter níveis de vendas, como um inevitável efeito de substi -
tuição, ou de downgrading, na categoria, com aqueles que até
aqui eram encarados como sub-produtos a serem agora escolha
frequente no cabaz de compra dos portugueses, como são exem -
plo as postas NA, ou os formatos individuais, ou o bacalhau
graúdo e jumbo.
Mas este é somente um exemplo da forte abrandamento que
caracterizou a evolução das vendas de bacalhau em Portugal ao
longo do último ano, com o avulso a perder 8,6% em valor e a
ganhar 3,7% em volume, o embalado a perder 6,1% e manter-
se estável em quantidade (+0,9%), enquanto os derivados per -
deram 12,5% em valor e cresceram 3,7% em volume. Ou seja,
as quantidades aumentam mas o valor médio pago baixa, uma
tendência que explica de forma suscita o comportamento deste
mercado no período analisado.
Vamos por partes. Naquele que é o principal segmento deste
mer cado - o avulso - o bacalhau crescido encontra-se a perder
18,7% em valor face ao período homólogo de 2009, isto perante
uma quebra de 8,5% em volume, o que para uma categoria que
vale, por si, 44% da facturação global deste universo e 20% da
facturação total do mercado de bacalhau, é representativo da -
quilo que foi a performance deste mercado nos primeiros nove
meses deste ano. A esta linha de análise há ainda a acrescentar
a sólida subida em ambos os indicadores do bacalhau graúdo e
jumbo, que viu as suas vendas evoluírem 16,1% em valor e uns
impressionantes 37,5% em volume, reforçando, assim, a sua
importância relativa neste ranking, beneficiando, em muito, de
um efeito de substituição com claro sacrifício para o bacalhau
crescido. Assim como a quebra em valor do especial, uma catego -
ria intermédia de produto, acessível a muitas bolsas, que viu as
vendas em valor reduzidas em 4,7%, isto perante uma subida
em volume de quase 12%, não indo além dos 26 milhões/€ de
riqueza gerada. Mesma lógica de raciocínio pode ser aplicada ao
bacalhau corrente que perdeu 17,1% em valor face a uma subida
de cerca de 2% em volume, enquanto as postas NA, a categoria
mais humilde neste universo, apresentou taxas de crescimento
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merCado
n.º6/2010 | novembro/dezembro
verdadeiramente anómalas, como são os 353,9% em valor e os
646,9% em volume. Ou seja, o downgranding na categoria é
evidente, não só por força do menor poder de compra dos por -
tu gueses, como pela falta de confiança na economia, além da for -
te concorrência trazida pelas MDD+PP (sobretudo as de primeiro
preço) que vieram trazer um novo argumento concorrencial a
este mercado.
Este aspecto é mais visível no bacalhau embalado, onde a menor
quantidade disponível por unidade face ao bacalhau avulso faz
com que as categorias superiores continuem a ter muita saída,
como é exemplo o especial embalado, cujas vendas subiram 12,3
em valor (equivalente a 3,1 milhões/€) e uns entusiasmantes
72,6% em volume, representantivo do interesse que os por tu -
gue ses continuam a ter em comer bom bacalhau, mesmo em for -
matos diferentes, mas, sobretudo, menos vezes e em quantidades
menores.
Curiosamente, são as categorias que mais cresceram no avulso as
que mais perderam no embalado, casos do graúdo e jumbo
(-23,8% valor; -27,1% volume), postas NA (-23,1% valor;
-24,5% volume), isto à excepção do crescido que também no
formato embalado e pronto a confeccionar se encontra a perder
espaço no cabaz dos consumidores nacionais, fruto do seu preço
elevado face às restantes propostas existentes, enquanto o cor -
rente parece ganhar novo fôlego no formato embalado apre sen -
tando uma relação interessante no trinómio qualidade/preço/
paladar, ainda que a sua prestação neste formato seja marginal,
ao não ultrapassar os 285 mil/€ de facturação, equivalente a
uns escassos 54,6 mil quilos colocados no mercado.
A chegada do Natal irá, seguramente, trazer alterações a este
importante segmento do mercado alimentar, restando saber se
os comportamentos evidenciados até aqui se irão manter,
ou se os portugueses irão, novamente, privilegiar
as categorias mais caras deste universo,
muito apreciadas entre nós.
preço médioO fiel amigo apresentou uma significativa desvalorização do preço
médio praticado nas lojas da moderna distribuição, ao ver as
vendas em quantidade superarem em muito as vendas em valor,
mesmo nas propostas Premium deste produto. Com quebras de
8,6% no avulso, 12,5 nos derivados e 6,1% nos embalados, a crise
já chegou ao consumo de bacalhau, que apresenta fortes quebras
em todas as principais categorias de mercado.
BACALHAU
BACALHAU
Ano Móvel S 2010 40
Total Portugal INA Vendas ValorVendas Valor
(%)Vendas
QuantidadeVendas
Quantidade (%)
Bacalhau Avulso (KG) 208,874,313 -8.6 30,830,167 3.7
Crescido 91,724,729 -18.7 14,669,807 -8.5
Graúdo e Jumbo 64,349,715 16.1 8,601,587 37.5
Especial 26,132,428 -4.7 2,625,599 11.5
Corrente 21,135,962 -17.1 3,932,384 1.8
Sortidos 5,413,505 -26.7 970,323 -21.6
Postas NA 117,974 353.9 30,467 646.9
Bacalhau Derivados (KG) 15,293,306 -12.5 2,737,832 3.7
Bacalhau Embalado (KG) 10,539,873 -6.1 1,465,709 0.9
Especial 3,097,201 12.3 394,337 72.6
Graúdo e Jumbo 3,052,664 -23.8 442,225 -27.1
Sortidos 1,698,712 41.6 274,243 55.8
Postas NA 1,199,425 -23.1 150,510 -24.5
Crescido 1,206,929 -19 149,761 -30.1
Corrente 284,942 36.7 54,633 89.2
TOTAL 454,121,678 67,329,584
Situado em Ferreira do Alentejo, o Lagar do Marmelo – projecto
assinado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon – criará cerca de 200
postos de empregos directos e, além de servir as necessidades de
produção da empresa ao beneficiar directamente as suas marcas de
azeite, dará apoio aos olivicultores da região que queiram laborar
azeitona e não tenham lagar, promovendo o escoamento do azeite
desses mesmos olivicultores.
Construído no coração do principal núcleo de olivais da empresa, o
Lagar do Marmelo autoriza que “o tempo decorrido entre a apanha
das azeitonas e a extracção do azeite seja o menor possível, ga ran -
tin do, desta forma, uma extraordinária qualidade e a máxima pre -
ser vação da riqueza organoléptica do azeite. Um dos factores
principais, senão o principal, para a qualidade dos azeites que se pro -
duzem é minimizar o tempo que vai desde a apanha até à pro dução”,
sustenta Luís Pereira Santos, Director de Marketing da Sovena.
Ambientalmente sustentável, o Lagar do Marmelo está preparado
para gerar o menor impacto possível, ao encontrar-se previsto o
reaproveitamento da água utilizada na sua actividade, assim como os
subprodutos gerados, designadamente o caroço da azeitona como
fonte de combustível para aquecimento e o bagaço para posterior
utilização como biomassa para produção de energia.
O Lagar do Marmelo será ainda um ponto de apoio à investigação e
desenvolvimento e para os quais foram estabelecidos protocolos com
entidades do sistema científico e tecnológico (SCT), nomeadamente
com o Instituto e Biologia Experimental e Tecnológica (IBET) e com
a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL).
O lagar, composto por quatro linhas de produção, tem capacidade
para produzir e armazenar oito milhões litros de azeite por campanha,
ao ritmo de 200 mil litros por dia, tem como capacidade máxima de
processamento as 960 toneladas diárias. O Grupo Sovena, detido a
100% pelo Grupo Nutrinveste, é actualmente a segunda maior
empresa do mundo no sector do azeite com um volume que ascende
a mais de 170 mil toneladas.
A Sovena reforçou a profunda aposta que tem vindo a efectuar no
olival português, ao iniciar um projecto de aquisição e plantação de
cerca de 10.000ha de olival em território nacional. Ao agregar um
total de 57 herdades distribuídas por 3 pólos (Ferreira do Alentejo,
Avis e Elvas) e 5.200ha de olival ao abrigo do Projecto Terra, a So -
vena fez de Oliveira da Serra a marca com o maior olival do mundo.
“O ano 2010 foi estratégico para a Sovena com a concretização de
dois objectivos: o reforço da sua posição no olival a nível mundial e
a inauguração do Lagar do Marmelo que vai permitir ao Grupo
fechar a sua cadeia de valor”, refere António Simões, Presidente da
Sovena. “Este investimento demonstra uma clara aposta na agri -
cul tura portuguesa e a contribuição para o reforço de posição da
Sovena no sector oleícola nacional, elevando a posição de Portugal
no panorama mundial do azeite”.
A Sovena, grupo que detém as marcas de azeite Oliveira da Serra, em Portugal, Andorinha no
Brasil, e Olivari nos EUA, inaugurou o maior lagar do País. Ao todo, são mais de 5.500m2 com
capacidade de extracção de 8 milhões litros/ano a que corresponde um investimento de 9
milhões de euros. O Lagar do Marmelo assume-se, assim, como um dos investimentos
agrícolas mais relevantes e simbólicos de Portugal realizados nos últimos vinte anos.
TEXTOBruno Farias
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alimen
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MARMELOlagar do
fecha cadeia de valor
me didas restritivas, que contrastam com ocrescente desemprego.O Natal está novamente a chegar e onde estãoos nossos amigos Alfredo e Alberto?O Sr. Alfredo ainda tem a porta aberta, sabem,não paga renda, e é difícil quebrar com umatradição de balcão de muitos anos. A sua lojaperdeu o brilho de outrora, as prateleiras algovazias satisfazem apenas as necessidades deúltima hora, os frescos dão muita quebra, peloque a sua aposta é limitada e os preços poucoconvidativos tendem a afastar mesmo os mo -radores do bairro.A loja do Sr. Alberto também já não é a mesma,mas por motivos diferentes. A papelaria do ladofechou, e o Beto, como lhe chamam cari nho sa -mente alguns dos seus clientes, aproveitou paraalargar o seu estabelecimento, aumentando asáreas destinadas a vender produtos frescos econgelados. No exterior, bem visível para quempassa, pode ver-se o nome da loja, animado porumas luzinhas de Natal que brilham noitedentro. Contrariamente ao seu “vizinho”, a suaaposta vai para as frutas e vegetais, que brilhamà entrada na sua loja, e no móvel de frio quecomprou há pouco tempo. O expositor de ba -calhau está cheio, e em promoção tem algunsprodutos de Natal: vinho do Porto, whisky emuitos, muitos chocolates, para adoçar os seusclientes. O bolo-rei que vende é muito requi si -tado e o Sr. Alberto prepara-se para as enco -mendas de doçaria do Natal. Tudo está, assim, pronto para a enchente declientes na sua loja, animada por cartazes adesejar Boas Festas, informando o alargamentode horário nesta época, e a possibilidade docliente puder receber em casa as suas compras.Mas, este ano, a tradicional euforia do Natalainda não contagiou a vila, os cestos de compranão vão tão cheios, as encomendas são menosambiciosas e os pedidos de embrulho são exe -cutados com produtos de menor valor. Todosfazem contas ao ano que se aproxima, maisimpostos a pagar e menos salários disponíveis,aliado a uma incerteza quanto às próximasmedidas a anunciar pelo Governo são umaequação difícil para muitas famílias. Mas o Beto, com a sua boa disposição de sem -pre, lá vai pensando e dizendo em tom anima -dor: “já dizia o meu pai, depois da tempestadevem a bonança”.O moral desta história é ainda algo incerto,ainda não entrámos na tempestade, o cum pri -mento das medidas restritivas do impopularorçamento ainda nem começou, o FMI aindanem chegou e os juros da dívida pública aindasó estão em 7%...
Em tempos idos, o Natal estava a chegar à al -deia do Sr. Alfredo. A mercearia Alfredo bri lha -va, animada pela confusão de produtos, desa cos de feijão, açúcar e arroz, pela “cava quei -ra” das velhotas, enfim, pelo reboliço próprio deuma altura em que se embrulham presentes ese sorri.No bairro do Sr. Alberto, não muito longe, o seuminimercado era também o centro da pequenavila. Nesta altura, muitos eram os pedidos debacalhau e azeite e havia que agradar a todos osclientes, racionando, por vezes, as quantidades,mas sempre com cumprimentos e alguns docespara a miudagem.
Passou o Natal, com a sua felicidade es po rá -dica, passou um ano, vários anos, e lá conti nua -ram as duas lojas, pequenas no tamanho masgrandes na importância para a vivência dacomunidade. Com o tempo, as aldeias e vilas do nosso paísforam evoluindo e transformando-se. Os doismerceeiros observaram a chegada das grandesunidades alimentares, uma década onde oapelo ao consumo gritou mais alto, e depois aslojas de desconto, onde a euforia da poupançapor uns tempos foi lei. Num contexto de umpaís à beira de um ataque de nervos, as marcaspróprias criaram raízes, multiplicaram-se e proli -feraram.Chegámos ao presente, ao ano de todas ascrises, nomeadamente para os mais novos, quenão conheceram outra. As palavras de ordemsão hoje de contenção, de corte na despesa, deredução dos custos, enfim, um conjunto de
Sónia Nunes Directora Marketing Grupo Manuel Nune
oPiniÃ
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Natal de ontem e de hoje
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O regresso aos fundamentos do ShopperMarketing é fundamental. A necessidade derepensar as noções básicas do processo deescolha de uma marca ou loja pelo shopper têmde regressar ao âmago das estratégias das em -presas, sob pena de criar um elevado distan cia -mento do seu consumidor. Os 4 P’s de Kotlerestão constantemente presentes nas escolhasdos consumidores: Product, Price, Place & Pro -motion.A existência do produto certo (sortido) ao pre -ço certo, no local certo (loja e prateleira) coma oferta ideal é fundamental para criar umaexperiência de compra agradável e de acordocom o que o shopper pretende.
A explosão do número de produtos e varie da -des das marcas nos lineares tem procuradosatisfazer as necessidades mais detalhadas decada consumidor, mas, na realidade, tornou oprocesso de escolha mais complexo e leva aque o shopper tenha dificuldade em decidir. Porisso, num mercado marcado pela complexidadea resposta não pode ser ainda mais comple -xidade. A estratégia para marcas e retalhistastem de passar pela transformação do processode decisão do shopper numa experiência decompra mais agradável, simples e significativa.O objectivo desta estratégia não pode ser amanipulação dos consumidores no sentido defazerem escolhas que não são as ideais, massim a criação de uma solução que beneficia emsimultâneo os consumidores, as marcas e osretalhistas. Por isso, para quê complicar?
O que pretende o consumidor quando entranuma loja? Quando no início do século XXforam criados os primeiros livre-serviços esupermercados nos Estados Unidos da América(Piggly Wigly e King Kullen), os seus funda -dores estavam longe de imaginar que iriam darorigem a tamanha complexidade e obsessão natentativa de compreender o comportamentodo consumidor no seu papel de cliente.Na tentativa de converter o consumidor numcliente, marcas e retalhistas têm procurado in -fluenciar o comprador (shopper) quando estese encontra fisicamente presente na loja, crian -do um conjunto de estratégias e mecânicas quetentam aumentar o valor do cabaz de comprase colocar as suas marcas nesse mesmo cabaz.Mas será que a proliferação infindável deacções de ponto de vendas vai de encontro àsreais necessidades dos shoppers?Os anos mais recentes têm mostrado um shop -per que tem constantemente redefinido anoção de valor, com uma tendência para consi -derar essa noção como sendo igual a baixopreço. O número de lojas que um consumidorvisita no seu processo de escolha tem aumen -tado com o propósito de encontrar a sua noçãode valor. O tempo que o shopper passa dentroda loja e em frente ao linear tem diminuídoradicalmente segundo os estudos mais recentes(SymphonyIRI), criando um maior desafio àsmarcas e retalhistas. O número de artigos nocabaz de compra tem sido reduzido e a fre -quên cia de visita às lojas tem aumentado.Estas tendências comportamentais são mais doque meras respostas do shopper ao momentoeconómico que se tem vivido nos últimos anose converteram-se já em hábitos e novos com -por tamentos que não irão reverter para os com -portamentos antigos quando a crise terminar. Oshopper tem hoje uma nova linguagem que asmarcas e os retalhistas necessitam de com -preender e responder de forma clara e eficiente:“sejam simples e facilitem-me a vida!”.A introdução de complexidade no processo dedecisão do shopper pode conduzir à existênciade um nível de desconforto tal que a decisãode compra seja anulada, ou mesmo cancelada.O elevado número de opções de escolha podedeixar de ser benéfico e tornar-se uma dificul -dade ao processo de decisão. A existência dedemasiadas mensagens promocionais dirigidasao shopper causa confusão e desconforto.
Simplicidadeao Serviçodo Shopper
Armando MateusManaging Partnernexium Customer Solutions
quadro de existência de quotas, passaria aestrutural num cenário de abolição do regime. Apesar das dificuldades a nível político para im -por uma negociação quanto ao prolongamentodas quotas após 2015, na medida em queexiste um número muito considerável deEstados-membro que defende a abolição dequotas, o actual momento de crise económicae financeira pode condicionar alguns ímpetosmais liberais e potenciar uma solução de com -promisso. Acresce que os resultados do deno -minado Grupo de Alto nível, criado porincitativa da Comissão Europeia, o qual deveriapropor um conjunto de instrumentos de gestãode mercado capazes de substituir os efeitospositivos do sistema de quotas, não foi capaz
de apresentar uma solução cabal de regulaçãoda oferta de leite na UE. A proposta mais mar -cante foi a da implementação da contratua li -zação entre os Produtores e os “Compradores”de leite, algo que as cooperativas nacionaisasseguram há várias décadas aos seus asso -ciados, isto é, a garantia de escoamento daprodução e pagamento atempado da matéria-prima, promovendo, assim, um quadro de es -tabilidade indispensável para o planeamento daprodução e para a realização de investimentos.Neste quadro, parece-nos que existe uma ja -nela de oportunidade para negociar um ins tru -mento de regulação de mercado sucessório dosistema de quotas que efectivamente limite aoferta de leite na UE, pois não será do interessede nenhum Estados-membro (dos mais liberaisaos mais “conservadores”) o agravamento daelevada volatilidade dos preços que já se verificaactualmente. Além disso, as tão propaladasoportunidades do “mercado mundial” parecemnos tempos que correm (de crise económicaacentuada) não tão promissores como há al -guns anos atrás.
A manutenção do sistema de quotas na UEapós 2015 é um objectivo político particular -mente sensível para Portugal, na medida em quea sua abolição seria dramática para a sus ten -tabilidade da produção de leite. Desde logoporque as condições naturais para esta activi -dade são, claramente, mais propícias para o seudesenvolvimento no centro e no norte da Eu ro -pa do que no sul do continente, onde Por tu galse integra. Desde a fertilidade dos solos, à dis -ponibilidade de matérias-primas para a ali men -tação dos animais, passado pelo custo dageneralidade dos factores de produção, so mam-se as nossas dificuldades intrínsecas de con -corrência com outros mercados, os quais partemà partida de uma posição mais favorá vel.
Os estudos da Comissão Europeia são os pri -meiros a declarar Portugal como um dos prin -cipais perdedores num cenário sem quotas,prevendo uma redução das explorações em -8% e de -6% do preço do leite ao produtor. Poroutro lado, as importações massivas de leite abaixo preço ocorridas em 2009, provenientesda Polónia, Alemanha e França, constituíramum prenúncio realista do que aconteceria sis -tematicamente caso a produção de leite fossetotalmente liberalizada. Relembrámos que, nes -sa altura, um litro de leite das marcas de Dis -tribuição era comercializado a 0,39€,enquanto o preço do leite ao produtor emPortugal era, nessa altura, superior a 0,30€,colocando assim a matéria-prima nacionalnuma posição concorrencial insustentável, poisos custos de recolha, embalagem, processa -mento e comercialização (além, obviamenteda margem de lucro da Distribuição) não per -mitiam a competição com o leite importado.Este acontecimento foi provocado pela exis -tên cia de excedentes de leite no centro da Eu -ropa, situação que, sendo conjuntural num
O Sistema de QuotasLeiteiras na UE
– Existe futuro paraalém de 2015?
Fernando CardosoSecretário-Geral FENALAC
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PUBLIREPORTAGEM
Novo Lote Nicola Bocage
Torra Intensa
Vai ver que a Nicola lhe preparou mais um
“Encontro Perfeito”.
Num percurso de consistência que se traduz em inovação permanen-te, a marca Nicola tem apostado e investido fortemente na diferencia-ção, quer dos seus produtos e serviços, quer da sua imagem. A Nicola apresenta-se como uma marca dinâmica e atractiva, especialista em café, de prestígio e com largos anos de experiência orientados para o paladar e gosto dos portugueses, proporcionando o equilíbrio perfeito entre o aroma, creme, corpo e sabor.
Desde 1950 que a Nicola trabalha com as torras mais leves do merca-do, procurando desenvolver produtos inovadores, mantendo sempre o ênfase na qualidade e sabor, conjugando a tradição com uma modernidade própria.
Após alguns estudos internos para avaliação do mercado, a Nicola detectou uma tendência de uma faixa de consumidores que aprecia um per�l de bebida mais torrado. É desta lacuna no mercado que nasce um novo lote, o lote Nicola Bocage Torra Intensa, com origem no prestigiado Lote Bocage.
Este Novo Lote Bocage Torra Intensa oferece uma selecção criteriosa dos melhores Robustas africanos com um toque de Arábicas da Améri-ca Central e do Sul. Um lote que passa por um processo de torra exclu-sivo que lhe confere um carácter mais forte e um sabor mais intenso, resultando num café que proporciona ao consumidor o que de melhor o café nos pode dar… Um blend com torra intensa, que além de muito aromático é especialmente encorpado, forte, com creme persistente e com o sabor ainda mais vincado. Um café forte, que vai de encontro ao paladar dos portugueses, simplesmente inconfundível.
Com uma presença forte no mercado, e uma imagem cada vez mais atractiva, a marca Nicola inspira a con�ança dos clientes e consumido-res.
Descubra o Novo Lote Bocage Torra Intensa.
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Em 2009, reestruturámos o sistema de ava lia -ção dos nossos colaboradores, mapeando ascompetências core e específicas de todas asfunções profissionais existentes. A avaliaçãocom recurso a este sistema permitir-nos-á sis -tematizar as competências que a organizaçãoprecisa de incorporar para poder cumprir coma Visão da Companhia. Em 2009, lançámos o2.º curso de Gestão de Talentos (2 GROW)que tem como objectivo desenvolver compe -tên cias de jovens com potencial, futuros qua -dros Superiores e quadros Dirigentes; somenteem 2009 foram promovidos, por mérito, 115colaboradores.A Fundação Pão-de-Açúcar – Auchan é umaIPSS, criada em 1993 por um conjunto dequadros, é também uma iniciativa inédita emPortugal, dado que o foco da sua actividadeconsiste em promover a cooperação, entreaju -da e solidariedade com os colegas e seus fa mi -liares mais desfavorecidos.Em 2009, e face ao agravamento da criseeconómica em Portugal, a Fundação teve de
responder com mais apoio. Com uma equipatécnica 100% dedicada de duas psicólogas etrês assistentes sociais, a Fundação propor cio -nou um total de 1.547 apoios, mais 75% queno ano anterior. O apoio monetário foi de434.922€, face aos 376.635€ de 2008,distribuídos por apoio familiar, saúde, creches ejardins-de-infância, prémios de mérito, apoioeducativo, bolsas universitárias, valorizaçãopro fissional e campos de férias. Muito impor -tante é destacar, já em 2010, a abertura doprimeiro “Colégio Rik & Rok” junto ao Jumboda Amadora, no Dolce Vita Tejo, com a capa -cidade para 141 crianças (creches e jardim deinfância), para filhos dos colaboradores da Au -chan e comunidade envolvente. Localizadosnos grandes centros comerciais com Lojas Jum -bo, estes equipamentos educativos praticamhorários alargados (das 7.00h às 24.00h),todos os dias da semana, 12 meses no ano,permitindo, deste modo, melhorar a conciliaçãoentre a vida profissional, vida familiar e a vida
pessoal dos nossos colaboradores. Importarealçar que, na salvaguarda do interesse dacriança, foram estabelecidos limites máximosde permanência – máximo de permanênciadiária – 11 horas, 5 dias por semana. O custode cada criança varia de acordo com o rendi -mento do agregado familiar, oscilando entre50€ e 390€.Outras das formas em que este empenho semanifesta é no facto de todas as políticas derecursos humanos da Auchan assentarem emconceitos de não discriminação. Esta posição éassumida ao nível do Código de Ética Co mer -cial e no Código de Conduta Interno, o que ga -rante o envolvimento de todos os fornecedorese de todos os colaboradores.Hoje mais de 45% dos nossos quadros médiose superiores são do sexo feminino e desen vol -vemos com as chefias, em 2010, um “Planopara a Igualdade”. Esta nossa forma de estar -promoção da igualdade de género - foi reco -nhe cida pela Comissão para a Igualdade noTrabalho e no Emprego (CITE) distinguindo a
Auchan Portugal com o prémio “Igualdade éQualidade”. A criação da Sinergia de SustentabilidadeInternacional deu a Portugal a possibilidade departilhar com todos os outros países onde ogrupo está presente as políticas e práticas desustentabilidade que fomos criando desde quecertificamos, em 2006, a Auchan Portugal emresponsabilidade social, com o referencial SA8000. Foi na relação com todos os cola bo ra -dores que aqui trabalham que a Auchandesenvolveu e baseou o seu caminho da sus -tentabilidade e é com eles que continuamoshoje em dia, mesmo nos tempos mais difíceis,a sustentar este modo de vida responsável defazer comércio. O nosso compromisso é a melhoria contínuade todas as nossas práticas, assumindo o com -promisso de empresa responsável, em envolvertodas as partes interessadas, que connoscointeragem – colaboradores, clientes, forne ce -do res, accionistas e comunidade em geral.
No panorama do sector da distribuição emPortugal, a Auchan é uma empresa diferentepelos princípios que estruturam a sua relaçãocom os seus mais de 9.000 colaboradores: apartilha do saber garante que, desde a fase deacolhimento de um novo colaborador, cada ele -mento da equipa Auchan recebe e partilha co -nhecimento com a equipa com quem trabalhamais directamente. Em 2009, o plano de for -mação totalizou 322.512 horas de formação,numa média de 34,4 horas por colaborador. Apartilha do saber é complementada com a par -tilha do poder, que dá autonomia e respon sa -bilidade às equipas para desenvolverem aactividade localmente, com criatividade e efi -ciência; em 2009, 48% das vagas existentespara chefias intermédias foram preenchidascom a promoção interna de colaboradores base.A partilha do haver possibilita a cada cola bo -rador ser accionista da empresa e receber umaparticipação dos resultados da empresa – 10%dos resultados líquidos são partilhados com oscolaboradores em acções da Auchan.
Partilha do saber, do poder e do haver
Jorge FilipeDirector de Recursos Humanos
Auchan e Gestor de Topo para aResponsabilidade Social
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merCadon.º6/2010 | novembro/dezembro
No conjunto, estas duas categorias representam 63% da facturação
global deste mercado que possui, verdadeiramente, duas grandes
épocas de consumo ao longo do ano, a Páscoa e o Natal. Quadras
festivas que cativam grande parte dos investimentos por parte dos
principais operadores do mercado, nacionais ou internacionais, na
procura natural de assegurar a maior fatia de vendas possível,
seduzindo um consumidor, regra geral, muito fiel às suas marcas
favoritas. Apesar de o consumo per capita de chocolate em Portugal
ter vindo a aumentar ao longo da última década – auxiliado, em
parte, por uma nova forma de encarar este alimento e o respectivo
equilíbrio na dieta individual – certo é que o mercado nacional ainda
se encontra bastante longe daquilo que são os níveis de consumo
nos mercados homólogos a nível europeu. E nem a forte profusão
de marcas próprias na categoria parece catapultar verdadeiramente
tabletes
em perda
e
Avaliado em 157 milhões/€, o mercado nacional de chocolates encontra-se em ligeira
quebra antes da chegada do Natal, com as vendas em valor a recuarem 1,6% e 2,4% em
volume. Muito por culpa do abrandamento nas vendas das duas principais categorias
deste universo: os bombons e as tabletes. Penalizado por uma taxa de IVA demasiado
onerosa para a categoria, o Natal irá trazer dinamização ao consumo de chocolates.
BOMBONSTEXTOAbel Martins
FOTOSLuís G. Afonso
CHOCOLATES
Ano Móvel S 2010 40
TOTAL PORTUGALINA
Vendas Valor Vendas Valor (%)Vendas
QuantidadeVendas
Quantidade (%)
Chocolates (KG) 157,671,667 -1.6 11,132,594 -2.4Bombons 57,416,354 -2.6 3,089,496 -3.5Tabletes 41,658,909 -2.4 4,129,077 -1.3
Fantasia Ovos 18,341,260 0.9 597,533 1.4Frutos Secos Cobertos 13,181,760 3.8 1,008,417 3.5
Snacks 14,151,558 -5.1 1,414,993 -7.4Pastilhas 6,971,535 5.1 475,827 4.7
Fantasia Outras Figuras 4,509,606 6.8 265,514 2.5Outros Tipos 1,440,685 -26.2 151,737 -29.2
o consumo, não se tratando, aparentemente, de uma questão de
democratização de acesso ao produto.
É, portanto, de um mercado bastante maduro que se trata, não
obstante o válido esforço de inovação que tem caracterizado a
(pouca) indústria nacional que subsiste unicamente da produção e
comercialização de chocolate, ou que também comercializa marcas
de chocolate. Ainda que seja de uma luta desigual que se trata o
equilíbrio de forças entre a indústria nacional e as poderosas
multinacionais da categoria, cujos investimentos em comunicação
e marketing catapultam as suas vendas para outros patamares,
apresentando-se Portugal como um mercado bastante apelativo
para a introdução/teste de novas marcas.
A actual taxa de IVA é outro dos entraves ao crescimento do
consumo em Portugal, com cerca de 20% do chocolate consumido
no país a ser trazido de Espanha (sucedâneos, na maioria dos casos),
um aspecto naturalmente prejudicial a toda a fileira. A crescente
redução dos lineares de chocolate nas grandes superfícies comerciais
ajuda também a explicar este fenómeno que coloca Portugal na
cauda da Europa no que aos consumos per capita concerne,
estimando-se em 1,4kg/ano nível interno, um indicador que atinge
os 3,6kg/ano em Espanha e em Itália rondará os 4kg/ano.
Sinais da crise, ou de transferência de consumo para outros tipos de
produto, o mercado nacional de chocolates encontra-se em perda no
período analisado (Ano Móvel S2010 40) quando comparado com
o período homólogo do ano transacto, com as vendas em valor a
reduzirem em 1,6% e 2,4% em volume. Comportamento que se
deve, em grande parte, ao abrandamento das vendas em ambos os
indicadores das duas principais categorias deste universo. Mais
concretamente, -2,6% em valor e -3,5% em volume no caso dos
bombons (a principal categoria do mercado, com 36% da factu -
ração global) e -2,4% e -1,3% no caso das tabletes, representando
estas duas categorias, como já se disse, 63% da facturação global
deste sector alimentar. Percentagem equivalente ao total combinado
de 99 milhões/€ facturados e a 7 mil toneladas de chocolate
comercializado, o que diz bem das preferências dos portugueses em
termos de formatos.
Contudo, esta tendência deflacionária estende-se ainda aos snack’s
- a terceira categoria mais importante em volume deste universo,
responsável pela comercialização de mais de 1,4 milhões unida -
des/ano - ao perder 5,1% em valor e 7,4% em volume, ainda assim
insuficiente para que deixe de ser considerada uma das principais
categorias deste segmento, não tanto pela riqueza gerada, mas,
sobretudo, pelas quantidades comercializadas em função do PVP
médio praticado, que leva a que seja o principal formato de
conveniência em termos de oferta disponível.
Este cenário de perda das principais categorias leva a que sejam os
formatos mais recentes a trazer maior dinamização a este mercado,
nomeadamente, inovações como as pastilhas, ou os frutos secos
cobertos, que conseguiram reforçar posição num ranking que não
sofreu alterações de grande nota, nomeadamente, ao crescer 5,1%
em valor e 4,7% em volume, no caso das pastilhas, e 3,8% em
valor e 3,5% em volume no caso dos frutos secos cobertos. Dife -
rentes formas de comer chocolate a que se juntam outros formatos
mais tradicionais e com especial saída na altura da Páscoa, como as
figuras e os ovos, mas cuja comercialização ao longo do ano nos
lineares da distribuição é uma realidade, sendo hoje frequente o seu
consumo no restante período do ano.
Ruas sem limites para o
Lançado num período de decréscimo do mercado nacional, o Citi Truck é a mais recente
proposta da Linde Material Handling Ibérica S.A. para o mercado de porta paletes. Robusto
e versátil, este equipamento veio revolucionar o panorama da distribuição urbana, ao
apresentar-se como uma ferramenta adaptada aos desafios da logística moderna. Uma
nova categoria de produto e uma solução inovadora para as entregas nas cidades.
CITI TRUCK
TEXTODuarte Cunha
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logÍstiCa
n.º6/2010 | novembro/dezembro
Não obstante a crise que assola o mercado nacional, também no
que à venda de empilhadores diz respeito, a Linde Material Hand -
ling Ibérica apresenta a sua mais recente proposta em termos em
termos de porta paletes: o Citi Truck. Elaborado a pensar nos
desafios das cidades modernas, o Citi Truck é a mais recente no -
vidade Linde, uma solução inteligente e inovadora para a entrega
de mercadorias no centro das cidades. Devido à sua leveza e ao
inovador sistema de tracção, obstáculos como passeios ou lancis
deixaram de ser intransponíveis, constituindo uma excelente
solução para qualquer serviço de entrega de volumes, ao comple -
mentar a acção das carrinhas ou camiões de entrega, assegu -
rando, assim, os últimos metros da entrega até ao destinatário
final das mercadorias. “Actualmente, devido à crise económica,
é complicado investir na aquisição de um veículo deste tipo,
apesar das vantagens técnicas do mesmo. De qualquer forma,
após algumas demonstrações e exibições a clientes, estamos
optimistas e esperamos alcançar os nossos objectivos”, explica
Paul-Friedrich Drumm, Director-Geral de Linde Material Handling
Ibérica, S.A..
Igualmente disponível em regime de aluguer, o novo Citi Linde
destaca-se pela sua capacidade de movimentar cargas até
500kgs de forma confortável e segura em espaços muito redu -
zidos, como, por exemplo, a caixa de um veículo de mercadorias.
Compacto e adequado para cargas paletizadas, este equipamento
apresenta um peso inferior a 100kg graças ao seu design tubular
e ultrapassa sem esforço todos os obstáculos até uma altura de
70mm com declive até 8%. Característica que se deve às suas
rodas exclusivas e inovadoras, concebidas especificamente para
este fim.
Inovador também é o motor de elevação localizado sobre o eixo
da roda motriz, que levanta a carga somente com um toque no
botão, dispensando a acção humana. Este motor é accionado por
uma bateria de hidrato metálico de níquel recarregável de 36
volts, máx. 15 Ah, que oferece uma autonomia de duas horas de
operação contínua. O porta- paletes eléctrico é controlado através
do sistema “EasyControl” um joystick bidireccional integrado na
direcção, que permite um fácil manuseamento do equipamento.
Lançado em tempo de crise (que afecta tanto o mercado de
empilhadores contra-pesados térmicos, como os empilhadores
eléctricos e os veículos de interior), o novo Citi Truck “está dis -
ponível em regime de aluguer, até pela sua disponibilidade e fácil
utilização, o conceito de aluguer é recomendado. Neste momen -
to não existe ainda procura directa deste equipamento no merca -
do, pois trata-se de um novo segmento de mercado, mas com o
tempo, acreditamos que haverá procura”, acrescenta Paul-
Friedrich Drumm.
Posicionado entre o porta-paletes manual e o porta-paletes
eléctrico, com o lançamento do Citi Truck a Linde inaugura uma
nova categoria na sua gama de veículos de transporte de merca -
dorias, apresentando-se como um trunfo decisivo para reforçar
posição num mercado em crescimento, como o mercado nacio -
nal. Responsável pelas unidades de negócio em Portugal e Espa -
nha, a Linde Material Handling Ibérica ocupa, dentro da estrutura
internacional, o quinto lugar na Europa e o sexto lugar no Mundo.
Em Portugal, possui delegações em Alcochete e Porto.
Nova delegação em ValênciaA Linde Material Handling Ibérica (LMHI), filial ibérica da multinacional Linde Material
Handling, inaugurou uma nova delegação em Valência. A partir desta delegação, a Linde
Material Handling Ibérica procura prestar um serviço integral a todas as empresas sediadas
em Valência e que possuem empilhadores da marca. Existem actualmente mais de 1.000
máquinas Linde a operar nesta região em empresas de diversos sectores, tais como logística,
transporte, distribuição, portos, madeira, alimentação, bebidas e construção, entre outros.
Com a abertura desta nova delegação, a Linde vai criar 14 postos de trabalho directos. As
novas instalações, situadas no polígono industrial Más Baló (Ribarroja del Túria), ocupam
um total de 3.000m2, distribuídos por escritórios comerciais, armazém de recâmbios, cais
de carga e descarga e áreas técnicas totalmente equipadas para oferecer serviços de elevada
qualidade. A delegação de Valência possui também uma frota de oito oficinas-móveis
completamente equipadas para que os técnicos especialistas da Linde possam realizar
intervenções técnicas directamente nas instalações dos clientes.
TEXTODuarte Cunha
40
logÍstiCan.º6/2010 | novembro/dezembro
Pick me! é o nome pelo qual se dá a conhecer o novo serviço de business-to-consumer
(B2C) da Chronopost Portugal. Com o objectivo de se assumir como uma alternativa
preferencial para quem comercializa on-line ou por catálogo, o Pick me! disponibiliza uma
rede de 350 balcões a nível nacional. Olivier Establet, Administrador Delegado Chronopost
Portugal, explica as mais-valias deste serviço recém-criado, no qual a Chronopost Portugal
quer atingir os 550 balcões até 2012.
reforça Chronopost no B2CPICK ME!
41
logÍstiCa
n.º6/2010 | novembro/dezembro
Grande Consumo - A que se deve a entrada da Chronopost Por -
tugal no mercado do B2C? Porquê este timing para a disponi bili -
zação deste novo serviço?
Olivier Establet - A Chronopost já operava no mercado business-to-
consumer (B2C), com uma quota de mercado de cerca de 10%. Ao colocar
no mercado um serviço especifico para este target, e com o lançamento da
marca Pick me!, a Chronopost pretende posicionar-se no mercado de forma
inovadora e com uma oferta diferenciada. Um serviço que se quer assumir
como a verdadeira alternativa para quem comercializa online, ou por
catálogo, e quer oferecer aos seus clientes a conveniência de recolher as
encomendas na loja mais próxima do seu local de trabalho, ou de residência,
e/ou fora do horário habitual de trabalho.
Quanto ao timing, não devemos perder de vista que o negócio de entregas
expresso no segmento business-to-business está estagnado e que o mercado
das transacções business-to-consumer é de 600 milhões/€, com tendência
para crescer. Por isso, neste momento temos em marcha um projecto de
expansão da rede Pick me!, que deverá crescer em 200 balcões até ao final
do ano de 2012, assim como um plano de diversificação da oferta disponível
na rede Pick me!.
GC - Em que se difere o Pick me! face a outras propostas seme -
lhantes já existentes no mercado? Como se processa a solicitação
deste serviço?
OE - A marca Pick me! diferencia-se de todas as outras existentes no
mercado pelo tipo de serviço que oferece a quem gosta de efectuar compras
online e prefere recolher as encomendas na loja mais próxima do seu local de
trabalho e/ou de residência, aos fins de semana ou fora do horário habitual
de trabalho.
Para além do horário alargado das lojas Pick me!, o serviço B2C da
Chronopost tem três níveis de serviço: um serviço de entrega domiciliária
com número ilimitado de tentativas; um serviço de entrega domiciliária com
uma única tentativa de entrega e, caso o destinatário esteja ausente, o
encaminhamento para o ponto Pick me! previamente escolhido, além de
uma terceira opção, que é o serviço de entrega efectuada exclusivamente
em balcão Pick me!.
Com estes três níveis de serviço, e por via da disponibilização contínua de
informação, com alertas por SMS ao destinatário, informando-o da data de
entrega (ao domicílio) ou ponto Pick me! (e data limite de levantamento da
encomenda), e a informação em tempo real ao cliente, os pontos Pick me!
possibilitam ainda, para encomendas expedidas à cobrança, o pagamento
em numerário, cheque ou por multibanco.
GC - Por quantos pontos é composta a rede de balcões Pick me!?
Esse é o número considerado óptimo para o sucesso do serviço, ou
existe ambição de alargar o número de pontos a curto prazo?
OE - Actualmente, a rede é composta por 350 balcões, espalhados por
Portugal continental e ilhas.
A ambição existe, de facto! É nosso objectivo chegar aos 550 balcões até ao
final do ano de 2012 e, em simultâneo, diversificar a oferta disponível na rede
Pick me! com serviços pensados para as necessidades de reverse logistics
(consumer-to-business) e de comércio electrónico entre particulares (C2C).
GC - Qual é o tempo médio de entrega de uma encomenda através
do Pick me!?
OE - Na Chronopost, a entrega de uma encomenda expresso acontece
sempre no dia útil seguinte ao da recolha. Assim, no serviço Pick me! a
entrega também cumpre o mesmo prazo, mas, dependendo do tipo de
serviço seleccionado, a disponibilização da encomenda junto do cliente pode
prolongar este prazo entre um a seis dias. Por exemplo, para o serviço de
entregas em exclusivo no ponto Pick me! a encomenda fica disponível no
ponto durante uma semana, permitindo assim que o destinatário escolha o
dia e hora mais convenientes para a recolher.
GC - Que valor global representa o mercado de B2C? Que quota de
mercado e respectiva facturação seriam consideradas satisfa tó -
rias para a Chronopost?
OE - Estima-se que o mercado global de transacções B2C represente 600
milhões/€; e que, neste, o segmento de entregas expresso e rápidas seja de
aproximadamente 30 milhões/€ por ano, para 6 milhões de envios.
Actualmente, já circulam 1 milhão de encomendas na rede Pick me! e a
perspectiva é de crescimento deste valor.
GC - A cobertura do território nacional assegurada pela actual
rede de balcões pode ser considerada satisfatória? Que critério
foi utilizado para a sua implementação?
OE - Por agora, o balanço que fazemos é positivo, também graças ao esforço
que tem sido efectuado pelos donos dos antigos pontos de encontro da La
Redoute e que foram adquiridos pela Chronopost. Isto é, ao invés de montar
de raiz uma estrutura para operar no B2C, a Chronopost optou por adquirir
a rede de pontos de encontro da La Redoute, constituída por 350 pontos
localizados em lojas de comércio tradicional ou em centros comerciais.
Actualmente, a rede está já a ser “alimentada” de forma própria, ou seja
com novos aderentes a balcões Pick me!, estando já em desenvolvimento a
abertura de balcões em áreas de serviço.
Em suma, a cobertura que actualmente temos do território nacional é
bastante vasta, mas claro que o nível de satisfação será melhor quando
alcançarmos os 550 balcões.
GC - Seria possível disponibilizar este serviço sem recurso às novas
tecnologias?
OE - Não, de todo. O serviço Pick me! só é possível graças à aposta feita pela
Chronopost em novas tecnologias. Uma aposta que passou pela total
informatização da rede Pick me! com a colocação de PDAs nas lojas, o que
possibilita aos clientes acompanharem a todo o momento, e em tempo real,
o estado das suas encomendas, além da disponibilização de alertas ao
destinatário por SMS ou e-mail, informando-o da realização da entrega no
domicílio, no ponto de encontro mais próximo ou possibilitando a alteração
da data de entrega.
Paralelamente, toda a rede Pick me! está equipada com máquinas POS que
possibilitam o pagamento electrónico por MB (para além do pagamento em
numerário ou cheque) quando as encomendas forem expedidas à cobrança.
as versões, a nova Caddy disponibiliza um conjunto de seis moto -
rizações, das quais duas a gasolina, nomeadamente, as versões 1.2
TSI de 86 e 105 cv, respectivamente, e quatro a diesel, casos do
1.6TDI de 75 e 102cv, ou do bloco 2.0TDI que pode disponibilizar
entre 110 a 140 cv. Assinale-se ainda o facto de o motor 1.6TDI
poder receber, como opção, a caixa DSG de sete relações, que no
caso do 2.0TDI de 140cv é de seis velocidades.
Inicialmente disponível no nosso País, estão as versões Furgão
(níveis de equipamento Entry, Extra, Extra AC, City e Sportline, com
preços a partir de 16.025€), Kombi (com cinco ou sete lugares e
com preços a partir de 25.074€) e Maxi (com uma distância entre
eixos mais longa 47 cm, o que lhe confere mais estabilidade). Já as
versões de passageiros têm chegada prevista no final do ano de
2010, com a possibilidade de disponibilizar cinco ou sete lugares e
com preços entre os 26.059€ para o nível de equipamento Trend -
li ne e de 30.225€ para o Comfortline.
A VW prevê vender um total aproximado de 1.500 veículos da nova
Caddy, em 2011, com clara e perceptível preponderância para as
versões comerciais que deverão representar 90% das vendas, o que,
a verificar-se, será correspondente a cerca de 9% de mercado. Meta
que a VW quer, em 2012, ver ser reforçada para 12%, uma meta
bastante ambiciosa mesmo para o veículo que representa 45% das
vendas do segmento.
Além dos excelentes consumos e reduzidas emissões associadas a
este modelo (o modelo mais eficiente da gama é o novo 1.6 TDI
BlueMotion de 102 cv, com um consumo médio de 4,9 l/100 km
e apenas 129 g/km de emissões, o que permite, mediante a con -
dução, atingir o valor recorde de autonomia de 1.176km), os preços
são outro importante argumento da nova Volkswagen Caddy, que
se revela mais competitiva também neste domínio. Com valores
que começam nos 13.243 € do furgão Entry (sem IVA), os preços
apresentam uma redução média de 3% face aos preços da anterior
geração.
Já está disponível no mercado a terceira geração da Caddy, modelo
da gama de veículos comerciais ligeiros da Volkswagen que reúne
o maior volume de vendas para a marca (60%). Alvo de diversas
profundas e diversas melhorias, a nova Caddy apresenta-se como
um concorrente de peso no segmento em que insere, ao elevar o
benchmark com esta nova proposta. Conforto, consumos e design
é o trinómio que sintetiza aquilo que a Caddy traz ao mercado da
distribuição urbana.
Este lançamento surge na continuação das mudanças já operadas
na Transporter e que se irão repercutir, a curto prazo, na pick-up
Amarok, e, de facto, são muitas as mudanças no design deste best-
seller de vendas. Nova grelha, novo pára-choques, novo volante e
bancos, uma sempre necessária tampa para o porta-luvas e, claro
está, muita ajuda tecnológica. Equipada de série com ESP em todas
O best-seller dos comerciais ligeiros da Volkswagen está de volta. Com diversas e
profundas alterações, a nova Caddy apresenta-se como uma referência no segmento de
pequenos furgões. Não só pelos cerca de 800 mil veículos vendidos ao longo dos últimos
seis anos, como pelos consumos, conforto e design atractivo que o novo modelo apresenta.
Com um conjunto sólido de argumentos, a nova Caddy está disponível a partir de 16.025€.
TEXTOBruno Farias
42
veÍCul
os
n.º6/2
010 |
novemb
ro/dez
embro
com a nova Trabalho facilitado
CADDY
GC 5-2010:Layout 1 9/24/10 1:30 PM Page 15
CADDY
44
bebida
s
n.º6/2
010 |
novemb
ro/dez
embro
O Natal de 2010 chega com as vendas de espumantes e licores a serem o destaque do
mercado nacional de bebidas espirituosas, onde ambas as categorias apresentaram um
crescimento médio de 5% em valor. Em perda está o líder whisky, que reduziu vendas
em volume 3,6%, enquanto as white spirits parecem ganhar fôlego com a chegada da
quadra natalícia.
ESPUMANTES
TEXTODuarte Cunha
FOTOSLuís G. Afonso
e LICORESem alta
bebida
s
n.º6/2
010 |
novemb
ro/dez
embro45
Avaliado em 185 milhões/€ e responsável por mais de 20 mi -
lhões/litros comercializados ao longo do último ano em Portugal
(Ano Móvel S2010 40), o mercado nacional de bebidas espi ri -
tuosas prepara-se para entrar na época alta do ano: a quadra na -
talícia. Época responsável por grande parte das vendas das principais
categorias englobadas neste universo e alvo de fortes investimentos
por parte das marcas e distribuidoras de bebidas, que dinamizam
fortemente o ambiente de loja, seja através da disponibilização de
edições limitadas dos seus produtos, ou mediante os investimentos
em comunicação e marketing.
Em destaque no período analisado estiveram os espumantes e os
licores, que cresceram 4,5% e 5,9% em valor, respectivamente,
ainda que em volume sejam os espumantes os que apresentaram as
taxas de crescimento mais significativas, ao evoluir 11% face aos
“modestos” 4,9% dos licores. Mas se se tiver em linha de análise o
facto de preço médio de comercialização de ambas as referências,
facilmente se percebe que o perfil de produto e, sobretudo, o preço
médio de venda dos espumantes leva a que seja a categoria que
mais vende em volume neste universo, acima dos 7 milhões/litros
ano. Estatuto apenas possível graças às vendas de Espumantes
Nacionais (4,8 milhões/litros, +11,9%) e Astis e Moscatos (2,2
milhões/litros, +10,3%) responsáveis, no conjunto, por um con -
tun dente somatório de 91% das vendas em valor da categoria.
Já os licores apresentaram uma interessante dinâmica de cresci men -
to antes da chegada da quadra natalícia, com os creme de whisky e
a categoria definida pela Nielsen como “outros tipos” a repre sen -
tarem, nada mais, nada menos, do que 89% das vendas da ca te -
goria, que conta ainda com alguns best-sellers como os licores de
ginja (+0,7% valor), ou a amêndoa amarga (-4,4% valor), pro -
dutos que não apresentam grandes oscilações ao longo e, por isso,
são menos dependentes da chegada da quadra natalícia.
Em perda está o “eterno” líder whisky (65 milhões/€, equivalente
a 4,1 milhões/litros vendidos), que viu as suas vendas recuarem
1,9% em valor e 3,6% em volume. Indicadores que, seguramente,
não são encarados com particular preocupação pela indústria (as
taxas de IVA e IEC são, sem sobra de dúvida mais preocupantes) ao
saber-se da importância que o Natal representa para as vendas da
categoria em INA. Não obstante o facto de ser um produto vendido
ao longo do ano é, efectivamente, nesta quadra festiva que as
vendas de whisky disparam nas grandes superfícies comerciais
portuguesas.
Os whiskies novos continuam a ser o líder incontestável deste uni -
verso, ao representar 56% da facturação da categoria (equivalente
a 36,9 milhões/€; 2,8 milhões/litros vendidos), enquanto os
whiskies velhos parecem perder espaço nas preferências dos por tu -
gueses ao perder 4,9% em valor e 5,9% em volume, ainda assim
insuficiente para que perder o segundo posto deste ranking. Qua li -
dade e relação qualidade/preço competitivas são os argumentos
que sustentam a comercialização de whiskies velhos quando com -
parados, por exemplo, com os whiskies de malte, os maiores bene -
ficiados desta situação ao crescerem 4,6% em valor e 5,1% em
volume. Performance apenas superada pelos whiskies irlandeses que
continuam a crescer em Portugal (+10,4% valor; +7% volume),
constituindo uma alternativa interessante à oferta clássica do
mercado e assumindo-se como a terceira categoria mais importante
deste universo, ao superarem os maltes em facturação e quan ti -
dades colocadas no mercado. Um interessante registo para um tipo
de produto que tardou a reunir algum consenso junto dos con -
sumidores nacionais, muito familiarizados com as marcas e o perfil
organoléptico do “scotch whisky”.
Já as white spirits apresentaram, no período analisado, um bom
registo, ao crescerem 8,5% em valor e 13,6% em volume, muito
por força da vodka que voltou a recuperar a importância que já teve
em exercícios passados, ao crescer 12,4% em valor e 19,6% em
volume, apresentando uma facturação de 7,9 milhões/€ (equi -
valente a 63% do global da categoria) e um total de 663 mil litros
colocados no mercado no ano passado, superando as vendas de gin
e de rum. A este facto não deverá ser estranho o reforço do portfólio
de algumas distribuidoras nacionais com novas marcas de vodka,
ainda que, na maior parte dos casos, seja prematuro relacionar estes
dois factores.
Nas aguardentes, o brandy e a aguardente de cor continuam a ser
os líderes de vendas, não obstante a boa performance da cachaça
que reforça progressivamente a sua importância nos hábitos de
consumo dos portugueses, sobretudo no canal nocturno e Horeca,
assim como nas épocas quentes do ano, enquanto os vinhos do
Porto não apresentaram grandes oscilações ao longo do ano, cons -
tituindo mais uma das categorias que em INA mais beneficia com
a chegada da quadra natalícia, que deverá confirmar a tendência
registada nesta período prévio.
BEBIDAS ESPIRITUOSAS
Ano Móvel S 2010 40
TTOOTTAALL PPOORRTTUUGGAALL
VVeennddaass VVaalloorr VVeennddaass VVaalloorr ((%%))VVeennddaass
QQuuaannttiiddaaddeeVVeennddaass QQuuaannttiiddaaddee
((%%))
Whisky (LT) 65,927,529 -1.9 4,157,861 -3.6
Vinho Espumante (LT) 34,754,331 4.5 7,186,215 11.0
Porto (LT) 32,528,814 -0.6 4,312,552 -0.2
Licores (LT) 22,383,127 5.9 1,905,336 4.9
Aguardentes (LT) 16,350,400 0.6 1,355,074 -0.5
White Spirits (LT) 12,484,200 8.5 979,847 13.6
Mistura Bebidas (LT) 1,154,230 93.4 128,245 50.4
TOTAL 185,582,631 20,025,130
46
Feiras
n.º6/201
0 | nove
mbro/dez
embro
Wine & Fish 2010
expectativas
Ponta Delta acolheu nova edição do Wine & Fish Azores, iniciativa que reúne
gastronomia, “show cooking” e prova de vinhos na ilha açoriana de São Miguel.
Iniciativa do empresário José Coutinho Costa, a edição 2010 do Wine & Fish superou
todas as expectativas, não só em termos quantitativos – em número de visitantes e
expositores – como qualitativos, assumindo-se já como uma referência em
manifestações gastronómicas no Arquipélago.
SUPEROU
TEXTOBruno Farias
FOTOSMaria HelenaDuarte
Um evento em crescendo e ao nível dos homólogos que se fazem no
Continente. É esta a principal conclusão que se pode tirar do Wine&Fish
Azores 2010 que, apesar da sua escala, assumiu-se em definitivo com
uma referência no panorama das manifes ta ções gastronómicas
realizadas no País. É notória a evolução que o evento tem vindo a
apresentar ao longo das edições prévias e que culminou na edição deste
ano, que reuniu cerca de 120 stands, na grande maioria provenientes do
Continente, assim, como um interessantíssimo número de 10 mil
visitantes ao longo dos três dias do evento. Mais do que os números,
interessante de verificar foi a presença de inúmeros visitantes que se
deslocaram aos Açores para marcar presente no Wine&Fish, apro -
veitando, uma campanha de voos e estadias criados especificamente
para o evento. Ou uma boa oportunidade para conhecer os Açores, nem
que fosse de raspão…
“O evento a nível de investimento duplicou, a nível de parti ci pan tes o
mesmo, e os visitantes tiveram um aumento de cerca de três mil.
Estamos a falar de uma região e principalmente de uma ilha onde os
eventos de vinho não existiam”, explica o em presário promotor do
Wine&Fish, José Coutinho Costa.
Com o necessário apoio do Governo Regional dos Açores, da direcção
regional de Turismo, e da Lotaçor S.A., em conjunto com um forte
investimento do sector privado, a excelência do peixe e do marisco
açoriano esteve uma vez mais em destaque, não só nos diversos res -
taurantes que estiveram representados no even to, dando, assim, a
conhecer algumas das suas especialidades, como nas inúmeras de mons -
trações gastronómicas que foram levadas a cabo pelos chefs nacionais
e internacionais que com as suas prestações valorizaram o evento.
“O show cooking e as “tasquinhas” gourmet, estas últimas que fun cio -
naram pela primeira vez, originaram uma onda de ânimo na restau -
ração local e nacional e o feedback pós evento foi muito positivo, pois
têm surgido muitos clientes novos nos seus esta belecimentos, resultante
do seu investimento no WINE”, reforça Coutinho Costa.
A promoção do vinho, peixe e produtos gourmet, em conjunto com a
divulgação do destino Açores, foram alguns dos objectivos do
Wine&Fish Azores que permitiu, simultaneamente, não só a entrada e
consolidação de alguns dos maiores produtores re gio nais, como dos
diversos produtores nacionais no mercado regio nal, seja através de
representação ou venda directa, ou por in termédio dos distribuidores
locais. Ou um certame de sucesso cuja realização teve um dedo de
acaso… “O vinho e a gas trono mia são dois produtos nobres que do meu
ponto de vista se complementam muito bem e como uma gestão
cuidada dos interesses de ambas as partes a junção das duas é ouro
sobre azul. Comida sem vinho e vinho sem comida não funciona tão
bem como a interligação dos dois. Esta interligação foi ocasional pois
era para ser feito o FISH IN AZORES em finais de Maio princípios de
Junho e o WINE IN AZORES em Outubro. Com os sucessivos cortes
orçamentais por parte de algumas entidades a solução que restou foi
juntar os dois festivais, foi um acaso que contribuiu para um enorme
sucesso”, sustenta o organizador.
Definidas já estão as datas do ano que vem, com as Portas do Mar, em
Ponta Delgada a acolher de 15 a 17 de Outubro nova edição do
Wine&Fish Azores. Onde já estão confirmadas algu mas presenças de
peso do sector vitivinícola nacional, a par de diversos restaurantes de
prestígio regional, a que se voltará a juntar a aposta em manifestações
de show cooking, sem dúvida uma mais-valia para o evento que espera
reforçar, em 2011, os motivos de sucesso que fazem com que seja uma
aposta de sucesso e um excelente motivo para conhecer a região e os
seus produtos.
47
Feirasn.º6/2010 | novembro/dezembro
Provadores: Gabriela Canossa, Osvaldo Amado, Marco Valente, José Sassetti. Prova cega
48
vinHos
n.º5/2
010 |
setemb
ro/out
ubro
ALENTEJO
PALPITE
REG BRANCO2008
Nota: 16,0
% 13,5
€ 15,80
Beber já ou guardar
Enólogo: António Maçanita
Castas: Antão Vaz, Verdelho, Arinto.
Produtor: Fita Preta Vinhos 213 147 297
Aspecto: Cor amarela citrina limpa e
cristalina.
Aroma: Notas de frutos cítricos com laivos
de tropicalidade. Revela também cereais e
algum mineral. Conjunto olfactivo
bastante agradável.
Sabor: Revela-se um vinho fresco e com
uma acidez bem colocada. Boa estrutura e
bom volume; equilibrado e harmonioso.
Final elegante e persistente.
ALENTEJO
SOBRO
REG ROSÉ 2009
Nota: 15,5
% 13
€ 5,00
Beber já
Enólogo: Francisco Pimenta, Filipe Teixeira
Pinto
Castas: Aragonez, Alfrachoeiro.
Produtor: Soc. Agro-Pecuária Herdade do
Sobro 284 456 116
Aspecto: Cor rosada intensa; cristalino.
Aroma: Frutado intenso, predominante em
cassis, framboesa e mirtilo. Nuances de
morango e notas florais.
Sabor: A boca confirma o nariz, revelando
um vinho frutado. Apresenta um bom
equilíbrio acidez/açúcar e termina
harmonioso.
ALENTEJO
HERDADE DO ESPORÃO
ESPUMANTE BRUTO BRANCO 2007
Nota: 16
% 13
€ 12,00
Beber já
Enólogo: David Baverstock, Sandra Alves
Castas Varietals: Verdelho, Antão Vaz.
Produtor: Esporão 266 509 270
Aspecto: Cor citrina intensa; aspecto
cristalino, com bolha média.
Aroma: Predominante em notas de
evolução, com destaque para avelã, pão
torrado, vegetal seco e nuances de frutos
de polpa branca.
Sabor: O aroma de boca confirma o nariz.
Este vinho tem uma frescura equilibrada,
agradável mousse e boa persistência.
DOURO
CASA FERREIRINHA
DOC BRANCO COLHEITA TARDIA 2007
Nota: 16
% 11,5
€ 16,00
Beber já ou guardar
Enólogo: Luís Sottomayor
Castas Varietals: Arinto, Viosinho.
Produtor: Sogrape Vinhos 227 838 104
Aspecto: Cor citrina definida com abundantes
tons esverdeados; aspecto límpido.
Aroma: Nariz discreto, predominante em
geleia de frutos de polpa branca, notas
meladas e alfarroba.
Sabor: Na boca é frutado, revelando
acentuada frescura de boca, e termina
persistente e longo.
DÃO
BORGES
DOC BRANCO COLHEITA TARDIA 2007
Nota: 16,5
€ 16,00
Beber já ou guardar
Enólogo: José Maria Machado
Castas Varietals: Encruzado, Malvasia
Fina.
Produtor: Sociedade dos Vinhos Borges
224 855 050
Aspecto: Cor topázio aberta; aspecto
límpido.
Aroma: Nuances de podridão nobre,
intenso em casca de citrinos confitada e
em notas meladas.
Sabor: Vinho frutado, bastante untuoso e
com uma frescura notória. Termina vivo e
persistente.
ALENTEJO
MINGORRA
BRANCO COLHEITA TARDIA 2009
Nota: 17
% 13,8
€ 18,00
Beber já ou guardar
Enólogo: Pedro Hipólito
Castas: Semillon
Produtor: Henrique José de La Puente
Sancho Uva 284 952 004
Aspecto: Cor amarela citrina.
Aroma: No nariz revela notas típicas deste
estilo de vinho, nomeadamente mel e
frutos secos. No entanto, são as notas a
frutos cítricos e os aromas florais que mais
se evidenciam. Pureza olfactiva notável.
Sabor: Apresenta bom corpo e boa estrutura,
com a acidez e a frescura muitíssimo bem
colocadas. Muito harmonioso e equilibrado;
final persistente e envolvente.
DOURO
DUORUM
DOC TINTO 2008
Nota: 18
% 13,5
€ 9,40
Beber já ou guardar
Enólogo: José M. Soares Franco
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca,
Tinta Roriz.
Produtor: Duorum Vinhos 279 765 300
Aspecto: Cor granada definida; aspecto
límpido.
Aroma: Intenso em geleia de frutos do
bosque, ameixa preta seca e ligeiras notas
tostadas.
Sabor: O aroma de boca vem confirmar o
nariz. É um vinho com um agradável volume
de boca com taninos finos e suaves, acabando
harmonioso.
DÃO
QUINTA DOS CARVALHAIS
DOC BRANCO COLHEITA SELECCIONADA
2006
Nota: 16,5
€ 8,00
Beber já ou guardar
Enólogo: Manuel Vieira
Castas Varietals: Encruzado, Verdelho.
Produtor: Sogrape Vinhos 227 838 104
Aspecto: Cor citrina intensa, aspecto límpido.
Aroma: O nariz é discreto, predominante em
notas tostadas e frutos secos. Revela ainda
algumas nuances de flor de laranjeira.
Sabor: Na boca é frutado, com uma acidez
equilibrada, e termina harmonioso.
ALENTEJO
LOIOS
REG TINTO 2009
Nota: 16
% 14
€ 3,50
Beber já ou guardar
Enólogo: João Portugal Ramos
Castas: Aragonês, Trincadeira, Castelão.
Produtor: J. Portugal Ramos Vinhos
934 724 522
Aspecto: Cor rubi definida; aspecto
límpido.
Aroma: Frutado intenso, predominante em
frutos vermelhos frescos. O nariz revela
ainda nuances de geleia destes frutos e de
cassis.
Sabor: É um vinho frutado, macio e com
uma acidez equilibrada. Tem bom volume
de boca e termina harmonioso.
TÁVORA -VAROSA
MURGANHEIRA MILLESIME
DOC ESPUMANTE BRUTO BRANCO
2004
Nota: 17,0
€ 19,00
Beber já
Enólogo: Orlando Lourenço
Castas Varietals: Pinot Noir, Chardonnay.
Produtor: Sociedade Agrícola e Comercial
do Varosa 229 060 233
Aspecto: Cristalino, com bolha fina e coroa
ligeira.
Aroma: Predominante em vegetal seco,
avelã, baunilha geleia de frutos de polpa
branca e nuances balsâmicas.
Sabor: Frutado, entra algo macio e
rapidamente é compensado pela acidez.
Com uma mousse agradável, termina
persistente.
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De acordo com o GfK TE -
MAX® Portugal, o terceiro
trimestre do ano apre sen -
tou-se como um período
ne gativo para o mercado
por tuguês de produtos tec -
nológicos. Electrónica de
con sumo, fotografia, pe que -
nos e grandes electro do -
més ticos, telecomu ni cações,
tecnologias de informação e equipamento de escritório são as
categorias analisadas por este índice desenvolvido pela GfK Retail
and Techonology que, no terceiro período de 2010, identificou
uma variação positiva em alguns sectores, casos da fotografia
(+10%) e grandes e pequenos electrodomésticos (com +6,7%
e +1,2%, respectivamente).
Com destaque para as câmaras digitais (que apresentaram uma
variação positiva a rondar os dois dígitos), o mercado de fo to -
gra fia atingiu uma facturação de 29 milhões/€ no trimestre,
tendo crescido 10,8% no acumulado do ano para 74 milhões/€,
enquanto os grandes electrodomésticos apresentaram uma varia -
ção positiva de 6,7% para 165 milhões/€, com destaque para
as máquinas de lavar, congeladores/arcas, frigoríficos, placas de
cozinha e exaustores que continuam em crescimento tendo apre -
sentado uma tendência positiva. Já as máquinas de lavar loiça,
os fogões/fornos e as máquinas de secar roupa contrariaram a
tendência positiva e registaram variações negativas, quando
comparados com o período homólogo.
Por sua vez, as máquinas de barbear/depiladoras, o cuidado
dental, os aparadores de cabelo e os espremedores/liqui difi ca -
dores foram as categorias em destaque nos pequenos electro do -
mésticos ao registarem uma variação positiva de dois dígitos.
Grelhadores, máquinas de café, fritadeiras e aspiradores também
registaram uma tendência positiva. Em quebra apresentam-se os
secadores de cabelo, os ferros de engomar, as chaleiras eléctricas,
as torradeiras e os produtos para preparação de alimentos. O vo -
lu me de vendas acumulado foi de 148 milhões/€, o que repre -
senta uma variação positiva de 4,6%.
Em sentido contrário, os sectores das tecnologias de informação,
equipamento de escritório, electrónica de consumo e telecomu ni -
cações sofreram quebras na facturação de 3,6%, 5,6%, 10,3% e
12,6%, respectivamente. PC desktops, monitores, HD re cor ding
media, cartões de memória, telefones fixos e telemóveis foram
alguns dos equipamentos em quebra no terceiro trimestre de 2010.
50
a FeCHar
n.º6/2010
| novembro
/dezembro
O mercado nacional de
produtos tecnológicos
apresentou uma tendência
negativa no 3.º trimestre de
2010, ao registar uma
quebra de 3,2% face ao
período homólogo do ano
passando. Pequenos e
grandes electrodomésticos e
fotografia foram as
categorias em destaque no
período analisado num
mercado que atingiu os 616
milhões/€.
Fonte: GfK TEMAX® Portugal, GfK Retail and Technology
GfK TEMAX® PortugalQ4 2009 Q1 2010 Q2 2010 Q3 2010 Q3 2010
/Q3 2009 Q1�3 2010 Q1�3 2010/Q1-3 2009
Milhões/€ Milhões/€ Milhões/€ Milhões/€ +/� % Milhões/€ +/� %
Electrónica de consumo 213 147 141 139 �10,3% 427 �0,6%
Grandes electrodomésticos 165 152 146 165 6.7% 463 10.1%
Tecnologias de informação 147 127 110 111 �3,6% 348 �4,2%
Telecomunicações 120 83 72 85 �12,6% 240 �9,8%
Pequenos electrodomésticos 72 50 47 52 1.2% 148 4.6%
Eq. escritório e consumíveis 54 47 41 36 �5,6% 124 �16,1%
Fotografia 32 21 24 29 10.0% 74 10.8%
GfK TEMAX Portugal 804 627 580 616 �3,2% 1,823 �0,6%
com tendência negativa
Produtostecnológicos
C
M
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