8/16/2019 Gestao Do Curriculo Avaliacao Competencias 2006
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PORQUÊ
COMPETÊNCIAS
A que propósito surge hoje esta constante referência
às
compe-
tências A que se deve este quase permanente «bombardeamento»
com tal conceito que para muitos não parece trazer nada
de
novo?
A primeira reflexão que importa fazer é que usar palavras
que
se vulgarizam no quotidiano e em sentido genérico não é sinó
nimo de apropriar os conceitos - e por isso mesmo não basta
numa lógica de profissionais que somos incluir competência
num
conjunto de termos parecidos; há que deter-nos sobre o seu
ou
seus significados no plano conceptual e dentro de um quadro
teórico de análise que permita aprofundar o seu sentido.
As razões essenciais da reemergência da noção de compe-
tência prendem-se também com uma outra questão muito falada
a alegada ineficácia da escola. Na realidade uma instituição
curri
cular como a escola é define-se e justifica-se socialmente
por
garantir que um certo número de aprendizagens são
adquiridas.
Para isso e por isso a escola surgiu historicamente como
institui
ção social pública a partir de finais do século
XVIII.
A organização
e os modos de o conseguir estão a seu cargo. Mas com a expan
são da escolaridade e a heterogeneidade crescente da
população
escolar - escola que pelo seu lado não modificou quase nada
o seu modo de funcionar como organização - os resultados são
cada vez menos conseguidos com efeitos negativos para todos
os
intervenientes mas mais graves para aqueles que abandonam a
escola tendo «dado» muitas matérias mas adquirido muito
escas
sas competências.
Um outro factor a considerar nesta análise tem a ver com a
crescente exigência dos mercados de trabalho quanto a
competên
cias dos diferentes profissionais à medida que as economias
crescem e se complexificam. Aquilo que parecia tomar-nos
«com-
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