GerenciamentoCrises_Mod2

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  • 8/11/2019 GerenciamentoCrises_Mod2

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    Curso Gerenciamento de crises Mdulo 2SENASP/MJ - ltima atualizao em 8/5/2008

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    Mdulo 2 Doutrina de Gerenciamento de Crises: aspectosconceituais

    Este mdulo dividido em 4 aulas: Objetivos Critrios de ao Classificao dos graus de risco Nveis de resposta Tipologia dos causadores de eventos crticos (CEC)

    Ao final do estudo deste mdulo, voc ser capaz de: Apontar os objetivos do gerenciamento de crises; Relacionar os objetivos do gerenciamento de crises doutrina;

    Identificar os critrios que orientam as decises e aes; Classificar os graus de risco e ameaa dos eventos crticos; Estabelecer a relao existente entre graus de risco e nveis de resposta; Caracterizar, de acordo com a tipologia, os causadores de eventos crticos.

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    Aula 1 Objetivos

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    Objetivos

    Qualquer tarefa de gerenciamento de crises tem duplo objetivo:

    Preservar vidas

    Aplicar a lei

    Esses objetivos seguem uma hierarquia rigorosa quanto ao seu grau de importncia eprioridade. Isto quer dizer que a preservao de vidas deve estar, para os responsveis

    pelo gerenciamento de uma crise, acima da prpria aplicao da lei.

    A crnica policial tem demonstrado que, em muitos casos, optando pr preservarvidas inocentes, mesmo quando isso contribua para uma momentnea fuga ou vitriados elementos causadores da crise, os responsveis pelo gerenciamento da criseadotaram a linha de conduta mais adequada, em virtude de uma ulterior captura dosmeliantes. A aplicao da lei pode esperar pr alguns meses at que sejam presos osdesencadeadores da crise, enquanto que as perdas de vidas so irreversveis (DESOUZA, p. 17, 1995).

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    As expectativas do pblico em relao reao dos rgos de segurana emincidentes de alto risco so previsveis, porm nem sempre realistas. Quase sempre, a

    sociedade conduzida a aceitar, principalmente pela mdia, que o incidente deva serresolvido desta ou daquela maneira, no entanto, desconhecem as estratgias, tcnicase tticas utilizadas pela polcia, bem como as limitaes jurdicas enfrentadas.

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    Voc deve estar se perguntando: Como eu vou tomar as decisesnuma situao de crise?

    Assim, com o intuito de balizar o processo decisrio na ambincia operacional,atendendo os preceitos dos objetivos do Gerenciamento de Crises, segundo Monteiro(1994), a doutrina do FBI preconiza trs critrios para tomada de decises.

    NecessidadeO critrio de necessidade indica que toda e qualquer ao somente deve serimplementada quando for indispensvel. Se no houver necessidade de se tomardeterminadas decises, no se justifica a sua adoo.

    A ao que pretendemos fazer estritamente necessria?

    Validade do riscoO critrio da validade do risco estabelece que toda e qualquer ao, tem que levar emconta, se os riscos dela advindos so compensados pelos resultados. A pergunta quedeve ser feita :

    Vale pena correr esse risco?

    Este critrio muito difcil de ser avaliado, pois envolve fatores de ordem subjetiva (j

    que o que arriscado para um no para outro) e de ordem objetiva (o que foiproveitoso em uma crise poder no s-lo em outra).

    AceitabilidadeO terceiro critrio, aceitabilidade, implica em que toda deciso deve ter respaldo legal,moral e tico.

    A aceitabilidade legal significa que toda deciso deve ser tomada com base nosprincpios ditados pelas leis. Uma crise, por mais sria que seja no d organizaopolicial a prerrogativa de violar leis.

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    Classificao dos graus de risco

    Para exemplificar construmos uma tabela, de acordo o FBI (apud MONTEIRO, 1994),com exemplos de ocorrncias citadas pelo prprio FBI. Veja o quadro abaixo:

    Tendo estes exemplos como base, voc poder classificar as situaes de crise commais segurana.

    Saiba mais...Comumente, no Brasil, vemos a ocorrncia de situaes de alto risco classificada nosegundo grau, altssimo risco, como foi recentemente o assalto de uma loja emCampinas/SP, que culminou na tomada como refns de uma senhora e seus trs filhos,dentro de sua casa, durante a fuga de um dos assaltantes. A ocorrncia durou at queo assaltante se entregou, aps cinqenta e seis horas de negociaes com o GATE/SP.Ver http://www.tudolink.com/?p=281.

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    Aula 4 - Nveis de resposta

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    Nveis de resposta

    Os nveis de resposta correlacionam-se com o grau de risco do evento crtico, ou seja,o nvel de resposta sobe gradativamente na escala hierrquica da entidade, na medidaem que cresce o vulto da crise.

    Como voc viu anteriormente de extrema importncia o dimensionamento dosrecursos a serem utilizados.

    Os nveis de resposta adequados a cada grau de risco ou ameaa so quatro. Podemosvisualiz-los melhor no quadro abaixo:

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    Nveis de resposta

    Uma correta avaliao do grau de risco ou ameaa, representado por uma crise,concorre favoravelmente, para a soluo do evento, possibilitando, desde o incio, ooferecimento de um nvel de resposta adequado situao, evitando-se, destarte,perdas de tempo desnecessrias (DE SOUZA, 1995, p.34).

    O grau de risco de uma crise pode ser mudado no seu decorrer, pois a primeiraautoridade policial que chega ao local faz uma avaliao precoce da situao com

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    bases em informaes precrias e de difcil confirmao. Dados de grandeimportncia, como: nmero de refns, nmero de bandidos e nmeros de armas, svezes, s vm a ser confirmados no transcorrer da crise.

    Assim, o gerente da crise deve estar atento a qualquer elemento que possa lhe darinformaes, como: um refm liberado, atirador de elite, moradores e/ou funcionriosdo local tomado e, at mesmo, um dos prprios perpetradores que se entrega,quando no caso forem mais de um.

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    Aula 5 - Tipologia dos causadores de eventos crticos (cec)

    Na tentativa de auxiliar os gestores policiais nessa difcil tarefa de coleta de dadosacerca dos tomadores de refns, os estudiosos da disciplina Gerenciamento de Crisestm procurado desenvolver uma tipologia dos causadores de eventos crticos. OCapito Frank Bolz Junior, do Departamento de Polcia de Nova Iorque, EUA, na suaobra Como ser um refm e sobreviver, classifica-os em trs tipos fundamentais.

    O 1 Tipo- Criminoso comum: tambm conhecido como contumaz, ou criminalmente

    motivado- o indivduo que se mantm atravs de repetidos furtos e roubos e deuma vida dedicada ao crime. Essa espcie de criminoso, geralmente, provoca umacrise por acidente, devido a um confronto inesperado com a Polcia, na flagrncia dealguma atividade ilcita. Com a chegada da Polcia, o indivduo agarra a primeirapessoa ao seu alcance como refm, e passa a utiliz-la como garantia para a fuga,neutralizando, assim, a ao dos policiais. O grande perigo desse tipo de causador deevento crtico certamente est nos momentos iniciais da crise. Em mdia, os primeirosquarenta minutos so os mais perigosos. Esse tipo de causador de crise representa amaioria dos casos ocorridos no Brasil.

    2 Tipo - O emocionalmente perturbado - Pode ser um indivduo com alguma

    psicopatia ou simplesmente algum que no conseguiu lidar com seus problemas detrabalho ou de famlia, ou que esteja completamente divorciado da realidade.Algumas doutrinas chamam este ltimo como incidente domstico, j quenormalmente envolve as relaes familiares. Estatisticamente, nos Estados Unidos,esse o tipo de indivduo que causa a maioria dos eventos crticos. Brigas domsticas,problemas referentes custdia de menores, empregados revoltados ou algumamgoa com relao a uma autoridade podem ser o estopim para a prtica de atos queredundem em crises. No h no Brasil dados estatsticos confiveis que possamindicar, com exatido, o percentual representado por esse tipo de causadores deeventos crticos no universo de crises registradas no pas, verificando-se nos noticiriosque algumas dessas situaes se vinculam prtica de crimes chamados passionais.

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