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1 GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA MODELOS DE GESTÃO GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA MODELOS DE GESTÃO

GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA · A ORGANIZAÇÃO DO FUTURO Organização do Conhecimento Estrutura em Hipertexto Nonaka e Takeuchi (1997) sugerem uma estrutura organizacional,

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GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO

NA PRÁTICA

MODELOS DE GESTÃO

GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NA PRÁTICA

MODELOS DE GESTÃO

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► Modelo tipo taylorista-fordista, onde a organização é estruturada nos moldes de uma pirâmide; ► neste modelo a principal premissa é que somente os altos gerentes são capazes de criar conhecimento; ► para controlar a criação do conhecimento a partir do topo, o modelo TOP-DOWN despreza o desenvolvimento do conhecimento tácito, cuja geração é comum na linha de frente das organizações;

Modelos de Gestão TOP-DOWN

► o conhecimento criado pela gerência só serve para ser processado ou implementado;

► a conversão do conhecimento ocorre

de forma parcial:

combinação e internalização

... TOP-DOWN

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Organização Tradicional – Piramidal:

Organização Tradicional

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Premissas do modelo piramidal: 1) A maioria dos problemas podem ser previstos; 2) Pode-se lidar com os problemas através de

regras e regulamentos; 3) As posições mais altas da hierarquia indica

maior conhecimento e competência, como também maiores direitos e poderes;

4) Pré-programação da organização para lidar com a CONTINGÊNCIA;

5) O modelo funciona bem em ambientes estáveis e em condições imutáveis.

Organização Tradicional – Piramidal: CARACTERÍSTICAS

1) Decisões tomadas por uma pessoa específica na hierarquia;

2) Há um conjunto de regras explícitas governando os direitos e deveres dos empregados;

3) O trabalho é dividido em cargos cuidadosamente descritos;

4) Um conjunto de procedimentos governa como se deve agir diante dos problemas;

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5) Relacionamento são impessoais, objetivos e justos;

6) A seleção e promoção são baseadas em competência técnica;

7) Coordenação é feita através da linha de comando formal;

8) Desacordos entre unidade de mesmo nível são resolvidas pela linha superior;

9) Recompensas tendem a ser formalizadas e uniformes.

Estruturas Altas e Flats 8

7

6

5

4

3

2

1

Estrutura alta (8 níveis)

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► Neste processo, tipo pré-taylorista, em lugar da hierarquia e da divisão do trabalho há autonomia; ► O modelo de conhecimento é criado e freqüentemente controlado pelo próprio indivíduo; ► a autonomia excessiva dos funcionários da linha de frente torna difícil disseminar e compartilhar o conhecimento dentro da organização;

Modelos de Gestão BOTTOM-UP

► O conhecimento é criado por determinados indivíduos e não por um grupo de indivíduos que interagem;

► A conversão do conhecimento se dá de forma parcial:

socialização e explicitação

... BOTTOM-UP

7

► A criação de conhecimento pelos gerentes de nível médio decorre da freqüente liderança de equipes, por meio de um processo em espiral de conversão que envolve tanto a alta gerência quanto o pessoal de nível operacional;

Modelos de Gestão MIDDLE-UP-DOWN

► A gerência de nível médio desenvolve conceitos mais concretos a partir de uma visão ou ideal da alta gerência, de forma que o pessoal de nível operacional compreender e implementar; ► A contradição que existe entre o que a alta gerência espera criar e o que realmente existe, no mundo real, é resolvida pela gerência de nível médio.

...MIDDLE-UP-DOWN

8

Estruturas Altas e Flats

3

2

1 Estrutura flat

(3 níveis)

Fonte Nonaka & Takeuchi p.147

MIDDLE-UP-DOWN

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► Mais abrangente: KNOW WHO (quem?) quem conhece ► Mais completo KNOW WHAT (qual?)

conhecimento dos fatos ► Mais flexível KNOW WHY (porque?)

conhecimento dos princípios e leis ► Mais amplo KNOW WHERE (onde?)

onde acontece

Características do modelo MIDDLE-UP-DOWN

Características relevantes dos modelos de gestão:

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A transformação da gerência: Ø  A natureza do trabalho do gerente está se

modificando com a ascensão do trabalhador do conhecimento;

Ø  O trabalho baseado no conhecimento não pode ter sua gerência fundamentada em números, como o trabalho mão-de-obra;

Ø  Ao contrário, a atividade deste trabalhador tem semelhanças com a do profissional liberal: a avaliação é pelo resultado alcançado e não pela atividade realizada;

Ø  A gerência do tipo comando e controle está se tornando desnecessária;

Ø  Saber mais do que os chefes, ter mais sensibilidade e estar mais próximos dos clientes são características comuns aos gerentes das organizações do conhecimento;

Ø  Os gerentes vêm se agrupando em torno de uma linguagem que engloba termos como valores, visão, trabalho em equipe, facilitador e emponderamento.

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A ORGANIZAÇÃO DO FUTURO Organização do Conhecimento

Estrutura em Hipertexto

Nonaka e Takeuchi (1997) sugerem uma estrutura organizacional, baseada no

conceito de hipertexto, para permitir a criação do conhecimento de forma eficaz

e contínua na organização, transformando dinamicamente o conhecimento entre três níveis

estruturais:

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1)  Nível do sistema de negócios: organizado como uma hierarquia tradicional;

2)  Nível de equipe de projeto: organizado como uma força-tarefa típica;

3)O conhecimento gerado nos dois níveis é então re-categorizado e re-contextualizado num terceiro nível, a base de conhecimento.

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Princípios da organização em hipertexto: 1) Organização baseada em resultados e não em

tarefas; 2) Adicionar valor é mais importante que o

gerenciamento; 3) Emponderamento daqueles que atuam; 4) Decisões sobre o trabalho deve ser tomada por

quem executa o trabalho; 5) Fazer a maior quantidade de trabalho antes de

dar seqüência a outro nível; 6) A principal capacidade organizacional deve ser a

habilidade para mudar.

O novo ambiente organizacional: Ø  Trabalhadores autônomos; Ø Agrupados em equipes; Ø Despojados de conceitos de hierarquia,

comando e controle; Ø Menores margens de lucros; Ø Mercados tradicionais reduzidos; Ø  Fatias de mercado e posições

competitivas altamente vulneráveis;

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Ø A gestão do conhecimento deve, em síntese, conseguir fazer com que o conhecimento individual seja explicitado na forma de conhecimento organizacional;

Ø  Esta é a maior riqueza das organizações da era do conhecimento e o maior desafio dos executivos deste novo milênio;

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Ø A reconhecida função da gerência de desenvolver os ativos da organização deve ser traduzida na implementação de formas capazes de transformar o conhecimento especializado do indivíduo em procedimentos e métodos organizacionais;

Ø A importância dos relacionamentos internos reside nesta atividade de gerenciamento;

Ø Os negócios da era do conhecimento exigem, cada vez mais, profissionais com intimidade tanto com os produtos dessas organizações como com o seu gerenciamento;

Ø As atividades de trabalho do conhecimento engloba: planejar, supervisionar, programar e gerenciar as atividades, ou seja, transformar mão-de-obra em cérebro de obra;

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Ø De fato, a atividade a ser desenvolvida pelo trabalhador do conhecimento consiste em converter informação em conhecimento, utilizando suas próprias competências, contando com o auxílio de fornecedores de informações ou de conhecimento especializado.

REFERÊNCIAS NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na

Empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997, 14ª Edição.

Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Professor: Dr. Neri dos Santos

Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC

Disciplina Gestão do Conhecimento Empresarial

Prof. Eduardo Giugliani Curso de Engenharia de Produção Faculdade de Engenharia, PUCRS