37
_________________________________________________ Digby Wells and Associates (South Africa) (Pty) Ltd (Subsidiary of Digby Wells & Associates (Pty) Ltd). Co. Reg. No. 2010/008577/07. Fern Isle, Section 10, 359 Pretoria Ave Randburg Private Bag X10046, Randburg, 2125, South Africa Tel: +27 11 789 9495, Fax: +27 11 789 9498, [email protected], www.digbywells.com ________________________________________________ Directors: A Sing*, AR Wilke, LF Koeslag, PD Tanner (British)*, AJ Reynolds (Chairman) (British)*, J Leaver*, GE Trusler (C.E.O) *Non-Executive _________________________________________________ c:\users\chantel\desktop\geochem translated-lb.docx GEOQUÍMICA AMBIENTAL DA MINA DE GRAFITE DE BALAMA SYRHA RESOURCES SETEMBRO DE 2014

GEOQUÍMICA AMBIENTAL DA MINA DE GRAFITE DE BALAMA Balama Graphite Mine Port CB290814... · Geoquímica Ambiental da Grafite de Balama COA2029 ii Este documento foi preparado pela

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_________________________________________________ Digby Wells and Associates (South Africa) (Pty) Ltd (Subsidiary of Digby Wells & Associates (Pty) Ltd). Co. Reg. No. 2010/008577/07. Fern Isle, Section 10, 359 Pretoria

Ave Randburg Private Bag X10046, Randburg, 2125, South Africa Tel: +27 11 789 9495, Fax: +27 11 789 9498, [email protected], www.digbywells.com

________________________________________________ Directors: A Sing*, AR Wilke, LF Koeslag, PD Tanner (British)*, AJ Reynolds (Chairman) (British)*, J Leaver*, GE Trusler (C.E.O)

*Non-Executive _________________________________________________

c:\users\chantel\desktop\geochem translated-lb.docx

GEOQUÍMICA AMBIENTAL DA MINA

DE GRAFITE DE BALAMA

SYRHA RESOURCES

SETEMBRO DE 2014

Geoquímica Ambiental da Grafite de Balama

COA2029

ii

Este documento foi preparado pela Digby Wells Environmental.

Título do relatório Geoquímica Ambiental da Mina de Grafite de Balama

Número do projecto: COA2029

Nome Responsabilidade Assinatura Data

André van Coller Hydro-geoquímico

Setembro de 2014

Este relatório é fornecido exclusivamente para os fins previstos no mesmo e não pode, no

todo ou em parte, ser usado para qualquer outra finalidade sem consentimento prévio por

escrito da Digby Wells Environmental.

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iii

LISTA DE ABREVIATURAS

Abreviatura Descrição

AIA Avaliação de Impacto Ambiental

CAB Contagem de Ácido Base

CE Condutividade Eléctrica

DAM Drenagem Ácida de Mina

DWA Departamento de Recursos Hídricos

GTA Geração Total de Ácido

IAR Instalação de armazenamento de rejeitos

mg/kg Miligrama por quilograma

mg/L Miligrama por litro

OMS Organização Mundial de Saúde

ppb Partes por bilhão

ppm Partes por milhão

PPSL Procedimento de Precipitação Sintética de Lixiviado

PTN Potencial Total de Neutralização

SANS Normas Nacionais Sul-Africanas

TDS Sólidos Totais dissolvidos

WRD Despejo de Rocha Estéril

wt% Percentagem em peso

XRD Difracção de raios X

XRF Fluorescência de raios X

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iv

TABELA DE CONTEÚDOS

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2 DESCRIÇÃO DOS TESTES GEOQUÍMICOS DE LABORATÓRIO ................................ 1

3 ASSUMPÇÕES E LIMITAÇÕES ...................................................................................... 2

4 RESULTADOS DOS TESTES DE LABORATÓRIO ......................................................... 2

4.1 Resultados de XRF e XRD ..................................................................................... 2

4.2 Análise Total de Elementos .................................................................................... 7

4.3 Resultados da CAB E GTA ..................................................................................... 7

4.4 Resultados DE PPSL .............................................................................................. 3

5 POTENCIAIS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................................................... 5

5.1 Rocha Estéril .......................................................................................................... 5

5.2 Materiais de Minério - Grafite .................................................................................. 5

5.3 Avaliação de Impactos ............................................................................................ 6

6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 15

7 RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................... 16

8 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 16

Geoquímica Ambiental da Grafite de Balama

COA2029

1

1 INTRODUÇÃO

Como parte da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) do projecto de Grafite de Balama foi

realizada uma avaliação de geoquímica ambiental para avaliar os potenciais impactos das

actividades de mineração sobre os recursos hídricos locais sob ponto de vista geoquímico.

Nove (9) amostras selecionadas e providenciadas pelo cliente, num total foram submetidas

a avaliações e testes geoquímicos para determinar o potencial de drenagem ácida de mina

(DAM) e o risco de os contaminantes lixiviarem em solução, tanto do minério de grafite

como do estéril. Estas nove amostras foram colectadas a partir de 3 furos (3 amostras por

furo), representando as áreas da cava que será minerada com base no layout do poço e no

plano de mineração no momento da amostragem. Em cada furo foi tomada uma amostra

de rocha do bloco superior (material desagregado que constituira maior parte do resíduo de

rocha) e uma amostra do bloco inferior (material de rocha sólida), para representar a

mineralogia e a composição do material de rocha estéril. De cada um dos furos de água foi

também tomada uma amostra da zona mineralizada e submetida aos mesmos testes para

representar a química do minério processado.

As amostras foram colhidas com vista a obter a caracterização por 2 linhas, 1,5 e 2,5 (200m

intervalo). Em um ou dois furos para cada linha vertical de uma profundidade de 60m. As

amostras foram, portanto, seleccionadas pelo cliente com base em:

■ 3 amostras do bloco superior, espaçadas a 25m ou metros para baixo do poço (10,

35, 60 m);

■ 3 amostras de mineralização; e

■ 3 amostras de base.

Isso deu amostras de cada categoria de rocha em diferentes profundidades dentro do

depósito. Localização das amostras é dada no Plano 1.

2 DESCRIÇÃO DOS TESTES GEOQUÍMICOS DE LABORATÓRIO

■ Os testes do Procedimento de Precipitação Sintética de Lixiviados (PPSL) são feitos

para simular o potencial de lixiviação de metal e o anião dos solos e rocha estéril

deixados no local em condições normais, permitindo que ocorra lixiviação apenas

com água da chuva. Estes testes simulam e avaliam o potencial de contaminação de

metais pesados ou iões apartir do do material de estéreis e do minério, que podem

potencialmente infiltrar no lençol freático.

■ O procedimento de contagem de ácido-base (CAB) mede o potencial de produção

de ácido e alcalinidade do solo e rocha (cobertura), a fim de determinar se, após

uma perturbação, o material estéril irá produzir ácido e, subsequentemente, lixiviar

metais. Este procedimento inclui testes de geração total de ácido (GTA) que avaliam

o potencial total de geração de ácido e de neutralização do material.

■ Difracção de Raios X (XRD) permite a medição das estruturas cristalinas dentro de

uma amostra para determinar a composição mineralógica do material.

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2

■ Fluorescência de Raios X (XRF) é um método de raios X utilizado para determinar a

composição elementar de um material.

3 ASSUMPÇÕES E LIMITAÇÕES

As seguintes limitações foram identificadas durante o estudo:

■ Toda metodologia de amostragem e modelagem como parte deste estudo foi feita

com base nos planos de minas e disposições disponíveis no momento. Quaisquer

alterações durante o tempo do projecto podem potencialmente afectar a relevância

da amostragem;

■ Devido ao facto de os planos finais no momento da amostragem não estarem

disponíveis, algumas amostras foram coletadas em profundidades abaixo do piso do

poço; e

■ Apenas 9 amostras foram fornecidas como parte desta fase do estudo e, portanto,

não foi possível a avaliação estatística dos dados através de um lote maior amostra.

Foram feitas As seguintes suposições:

■ Toda amostragem foi feita pela equipe geológica do cliente e assumiu-se que as

amostras eram representativas da mineração planeada no momento da amostragem

embora, este não seja mais o caso devido a revisões no plano de mina; e

■ Todas as normas e diretrizes utilizadas para fins de referência para determinar os

potenciais impactos ambientais estavam actualizadas e relevantes no momento da

elaboração do relatório, com referências dadas.

4 RESULTADOS DOS TESTES DE LABORATÓRIO

4.1 Resultados de XRF e XRD

A partir dos resultados de XRF (Tabela 1) e XRD (Tabela 3), pode-se ver que a rocha estéril

e materiais da zona mineralizada não são homogéneos por natureza, com uma vasta gama

de óxidos e metais que se combinam para formar a rica mineralogia do depósito.

Os principais óxidos são os de SiO2, Al2O3 e Fe2O3 com menores quantidades de MgO,

CaO, K2O e MnO, formando a série de óxidos que combinam para formar a mineralogia

principal dominada por minerais da cadeia de silicato e de minerais de folha de silicatos. A

mineralogia da rocha estéril é dominada por minerais de argila com elevadas concentrações

de K, Mg, Al, Fe e Mn incluídos em suas estruturas cristalinas, juntamente com maior

mineral de silicato incluindo microclina e plagioclase.

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3

Tabela 1: Resumo de resultados de XRF

Óxido /

Elemento

Unidade

Rocha do Bloco Superior Rocha do Bloco Inferior Zona Mineralizada

BMD009HW

BMD012HW

BMD022HW

BMD009FW

BMD012FW

BMD022FW

BMD009MZ

BMD012MZ

BMD022MZ

SiO2 wt% 58.38 61.73 57.51 53.73 66.28 66.85 54.12 50.09 44.95

Al2O3 wt% 6.04 7.83 9.92 11.07 8.37 7.51 4.72 4.05 5.88

Fe (tot) wt% 9.56 4.37 4.24 4.61 2.33 2.34 2.19 0.97 2.70

Fe2O3 wt% 13.68 6.24 6.06 6.59 3.33 3.35 3.13 1.39 3.87

TiO2 wt% 0.29 0.49 0.64 0.82 0.45 0.43 0.28 0.19 0.26

CaO wt% 0.07 0.07 0.76 0.71 0.53 1.21 0.24 5.58 8.13

MgO wt% 0.09 0.19 1.28 1.81 0.67 0.70 0.13 0.05 1.20

K2O wt% 0.41 1.00 2.09 2.23 1.75 2.19 0.21 0.00 0.99

MnO wt% 0.04 0.02 0.02 0.03 0.02 0.01 0.01 0.01 0.03

P wt% 0.03 0.02 0.07 0.02 0.08 0.02 0.03 0.03 0.07

Ba wt% 0.06 0.20 0.10 0.16 0.24 0.20 0.12 0.01 0.08

Sr wt% 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.03

V wt% 0.21 0.11 0.09 0.10 0.05 0.07 0.31 0.30 0.26

Ni wt% 0.02 0.01 0.05 0.05 0.03 0.04 0.09 0.06 0.07

Cr wt% 0.05 0.01 0.05 0.04 0.04 0.03 0.02 0.02 0.03

Cu wt% 0.02 0.01 0.02 0.02 0.01 0.02 0.02 0.01 0.02

Zn wt% 0.04 0.03 0.12 0.08 0.07 0.05 0.49 0.05 0.30

Perdas wt% 11.01 17.66 16.97 17.91 15.73 14.95 33.88 37.17 31.13

Total 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00

O mineral de potencial preocupação no estéril é o elevado teor de pirrotite que pode

conduzir a reacções de oxidação e à formação de DAM.

O mineral sulfureto mais comumente associado com a formação de DAM é a pirite, porém a

pirrotite comporta-se de maneira química semelhante com a proporção de Fe para S sendo

um pouco diferente. Cálculos básicos com base na pesquisa por Kerr (2003) podem ser

feitos de forma conservadora para calcular o teor de enxofre em uma amostra de rocha com

base no teor de pirrotite. Este é um cálculo conservador que geralmente subestima o teor

de enxofre total de uma amostra, mas é útil para avaliar o potencial de riscos ambientais

com base na % de S de uma amostra. No entanto CAB e especiação total de enxofre, como

serão discutidos na secção 3.3 do presente relatório é muito mais precisa na identificação

do potencial de formação de ácido. A % de S calculada mostrada na Tabela 2 baseia-se no

pressuposto como pesquisado por Kerr (2003) que o teor médio de enxofre de pirrotite é de

35% do mineral. Usando esta hipótese conservadora, o teor de S das cinco amostras

contendo os minerais de sulfureto varia entre 1% e 1,48% (as outras quatro amostras não

contêm quaisquer minerais de enxofre). Com base no padrão amplamente aceite que o teor

de enxofre de mais de 0,3% em uma amostra pode potencialmente levar a geração de ácido

e risco de DAM, a indicação actual baseada em conteúdo de pirrotite é de que existe um

potencial para o desenvolvimento de DAM. Isto irá, contudo, ser confirmadO na secção 3.3

com base nos resultados do CAB.

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4

Tabela 2: Teor de enxofre Calculado

Amostra Conteúdo de Pirrhotite

(%) % de S

Calculada

BMD 009 FW 4.24 1.48

BMD 012 FW 2.95 1.03

BMD 022 FW 3.93 1.38

BMD 022 HW 2.86 1.00

BMD 022 MZ 4.19 1.47

A amostra 5 utilizada nos cálculos discutidos acima e na Tabela 2 é a única amostra mineral

contendo mineral de enxofre. As outras quatro amostras não contêm qualquer pirrotite.

A mineralogia da zona mineralizada é dominada por uma sequência metamórfica de quartzo

com traços de minerais de argila. Os eventos de formação que formam o principal depósito

de grafite levaram a uma formação secundária de alto conteúdo de minerais de argila.

Durante a ignição dos testes, houve uma perda significativa de material e isto pode ser

devido ao elevado teor de C da formação de grafite.

A partir da mineralogia observada de XRF e XRD resultam elementos Mn, Mg, Fe, SO4, K,

Zn, Al e Ca de alto teor e poderiam potencialmente lixiviar a partir do material. Isto irá,

contudo, ser confirmado pela avaliação dos resultados PPSL.

Para além da argila principal e mineralogia grossulária desilicato, a pirrotite e actinolite

estão relacionados com o depósito de minerais e é também evidência do ambiente

metamórfico em que a formação foi formada. A Grossulária, um mineral de grandada, e

actinolita, que fazem parte do grupo dos anfibólios são os minerais encontrados quase

exclusivamente em sequências metamórficas com pirrotite comumente associada aos

depósitos minerais com alto teor de carbono, como grafite.

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5

Tabela 3: Resumo dos resultados de XRD

Rocha do Bloco Inferior

BMD 009 FW BMD 012 FW BMD 022 FW

Mineral % Mineral % Mineral %

Biotite 4.08 Biotite 3.67 Biotite 3.59

Cassiterite 0.21 Clorite 3.54 Calcite 0.33

Clorite 5.19 Caulinite 0.93 Clorite 4.2

Caulinite 1.65 Microcline 1.84 Caulinite 0.75

Microclina 3.18 Moscovite 14.64 Microclina 4.23

Moscovite 12.12 Plagioclase 9.49 Moscovite 9.11

Plagioclase 21.57 Pirrotite-4C 2.95 Plagioclase 11.7

Pirrotite-5C 4.24 Quartzo 62.94 Pirrotite-4C 1.42

Quartzo 47.75 Pirrotite-5C 2.51

Quartzo 62.15

Rocha do Bloco Superior

BMD 009 HW BMD 012 HW BMD 022 HW

Mineral % Mineral % Mineral %

Biotite 6.25 Clorite 4.08 Biotite 5.13

Clorite 6.1 Caulinite 11.55 Calcita 0.51

Goetite 14.74 Microclina 1.7 Clorite 4.19

Caulinite 6.82 Muscovite 12.56 Moscovite 21.96

Microclina 1.32 Plagioclase 0.72 Plagioclase 14.62

Muscovite 4.55 Quartzo 69.38 Pirrotite-5C 2.86

Plagioclase 0.65 Quartzo 50.73

Quartzo 59.57

Zona Mineralizada

BMD 009 MZ BMD 012 MZ BMD 022 MZ

Mineral % Mineral % Mineral %

Clorite 2.63 Grossulária 17.23 Actinolite 8.86

Caulinite 7.31 Quartzo 82.77 Calcite 10.95

Moscovite 1.84 Dolomite 0.74

Quartzo 68.6 Microclina 5.35

Esmectite 19.24 Moscovite 1.4

Esfalerite 0.38 Plagioclase 6.34

Pirrotite-5C 4.19

Quartzo 62.16

A Tabela 4 fornece as fórmulas químicas dos principais minerais.

Tabela 4: Fórmulas minerais

Nome do Mineral (membro-final) Fórmula

Clorite (Chamosite) (Fe5Al)(AlSi3)O10(OH)8

Caulinita Al2Si2O5(OH)4

Biotite (Annita) K(Mg,Fe)3AlSi3O10(F,OH)2

Moscovite KAl2(AlSi3O10)(F,OH)2

K-Feldspato (Microclina) KAlSi3O8

Pirrotite (Troilite) FeS

Calcite CaCO3

Grossulária Ca3Al2(SiO4)3

Actinolite (Tremolite) Ca2Mg5Si8O22(OH)2

Grafite C

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6

Abaixo estão as principais reacções que irão ditar a meteorização dos minerais maiores e

mais reactivos para quebrar e formar o lixiviado como será indicado nos resultados de

PPSL:

■ Chamosite + 10 H+ 7H2O + 2Fe2+ + SiO2(aq) + 2Al3+

■ Caulinite + 6H+ 5H2O + 2Al3+ + 2SiO2(aq)

■ Annita + 10H+ 6H2O + 3 Fe2+ + 3SiO2(aq) + Al3+ + K+

■ Muscovite + 10 H+ 6H2O + K+ + 3Al3+ + 3SiO2(aq)

■ Microclina + 4H+ = 2H2O + K+ + Al3+ + 3SiO2(aq)

■ Pirrotite + 0.125H2O + 1.938O2(aq) 0.25H+ + 0.875 Fe++ + SO42-

■ Esmectite + 7.8H+ 4.9H2O + 0.7Fe2+ + 3.5SiO2(aq) + 1.25Al3+ + 0.1Na+ + 0.025Ca++

+ 0.2K+ + 1.15Mg2+ + 0.05O2(aq)

■ Calcite + H+ Ca2+ + HCO3-

■ Grossulária + 12H+ 6H2O + 3Ca2+ + 2Al3+ + 3SiO2(aq)

■ Tremolite + 14 H+ 8H2O + 2Ca2+ + 5Mg2+ + 8SiO2(aq)

■ Grafite + H2O + O2(aq) H+ + HCO3-

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4.2 Análise Total de Elementos

A análise de toda rocha ou de todos elementos do material é mostrada na Tabela 6. Como

anteriormente observado na mineralogia do material estéril e minério, a geologia do

depósito de Balama é extremamente enriquecida em metais e diversos elementos. Toda a

química de rocha foi comparada com as concentrações médias da crusta continental

superior (Taylor & McLennan n.d.) com a química da amostra em concentrações acima da

média mundial em destaque. Essa avaliação é puramente para fins de referenciamento com

o risco real de contaminação avaliado através dos resultados de lixiviado testados a partir

dos resultados PPSL. As concentrações totais discutidas nesta secção são uma avaliação

da quantidade total ou concentrações de elementos disponíveis na rocha por intemperismo,

mas não indicam as concentrações lexiviáveis reais que potencialmente atingem receptores

de águas subterrâneas e superficiais

Quase todos os metais comuns, como Au, Ag, As, Ba, Fe, Cu, Cr, Zn, L, Co, C, Mo, Ni, V,

W, Y e Pb estão acima das concentrações médias da crusta. O evento de formação dos

depósitos permitiu a concentração de metais e, daí que os depósitos regionais da área de

Balama sejam de alto valor económico. Embora os metais acima mencionados estejam em

concentrações muito mais elevadas do que o normal, a maioria deles não representam um

risco significativo para a saúde e não são muito móveis em condições aquáticas e

atmosféricas normais. O pH desempenha um papel importante na taxa de dissolução de

metais e sua mobilidade na água subterrânea. O actual sistema de águas subterrâneas em

Balama tem a faixa de pH próxima da neutralidade. No entanto, em alguns furos perto de

poços e trincheiras construídos durante a pesquisa das condições ácidas já podem ser

observadas, devido a processos de oxidação. Uma vez que a formação seja minerada e

exposta a condições oxigenadas, existe a possibilidade de formação de DAM com a alta %

de S observada nos resultados da CAB e também discutido na secção 3.1. A queda no pH

irá causar a mobilidade da maior parte dos metais e pode levar a riscos ambientais.

Elementos de interesse da química da rocha são Zn, Pb, Ni, L, como, Fe e Cu. A

livixiabilidade ebio-disponibilidade destes elementos será investigada através da avaliação

dos resultados da CAB e PPSL.

4.3 Resultados da CAB E GTA

Os resultados da CAB e GTA são mostrados no Apêndice A, com os seguintes números de

identificação da amostra, como mostrado na Tabela 5. As amostras de rocha suspensa são

de material intemperizado acima da zona mineralizada.

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8

Tabela 5: Identificação de Amostras de CAB e GTA (Plano 1)

CAB ID ID da Amostra

351386 BMD009HW

351387 BMD009MZ

351388 BMD009FW

351389 BMD012HW

351390 BMD012MZ

351391 BMD012FW

351392 BMD022HW

351393 BMD022MZ

351394 BMD022FW

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1

Tabela 6: Resumo do Resultado da Química Total da Rocha (concentração em ppm)

Elemento Médias da Crusta Superior

Rochas do Bloco Superior Rochas do Bloco Inferior Zona Mineralizada

BMD009HW BMD012HW BMD022HW BMD009FW BMD012FW BMD022FW BMD009MZ BMD012MZ BMD022MZ

Ag 0.05 0.03 0.08 0.12 0.12 0.08 0.05 0.04 0.04 0.08

Al 80400 31955.5 41428.9 52506.0 58586.9 44302.7 39746.0 25001.3 21428.9 31124.6

As 1.5 5.35 2.66 1.10 1.06 0.86 0.74 0.79 1.05 0.84

Au 0.0018 0.02 0.01 0.02 0.09 0.02 0.02 0.02 0.01 0.03

B 15 5.3 2.0 6.1 8.1 3.6 6.9 0.1 0.1 54.0

Ba 550 631.0 1980.0 1010.0 1648.0 2437.0 2021.0 1224.0 104.0 758.0

Be 3 1.7 1.5 1.8 2.1 1.6 1.7 1.0 0.6 2.8

Bi 0.127 0.2 0.1 0.3 0.4 0.3 0.2 0.3 0.1 0.5

Ca 30000 472.5 532.5 5411.0 5039.3 3783.4 8670.5 1732.0 39914.2 58098.6

Cd 0.098 0.4 0.7 5.4 4.7 3.0 2.5 16.8 15.2 12.9

Ce 64 30.9 35.6 1.6 7.8 2.3 15.7 3.6 50.3 59.9

Co 17 37.1 33.3 28.5 100.9 62.7 59.3 72.0 77.8 44.2

Cr 85 475.0 133.0 497.0 417.0 415.0 337.0 188.0 221.0 326.0

Cs 4.8 3.8 3.9 14.1 11.1 7.3 21.8 2.0 0.5 6.6

Cu 25 238.0 127.0 242.0 167.0 147.0 156.0 224.0 115.0 191.0

Fe 35000 95640.0 43670.0 42380.0 46100.0 23320.0 23430.0 21920.0 9749.0 27040.0

Ga 17 10.3 9.5 9.5 12.4 9.0 7.3 6.0 4.2 6.3

Ge 1.6 0.8 0.4 0.5 1.1 1.0 0.8 1.2 1.6 0.8

Hf 5.8 2.1 4.5 4.5 7.3 4.6 3.2 2.2 1.6 2.9

Hg 0.09 0.14 0.14 0.28 0.38 0.27 0.33 0.70 0.55 0.78

Ho 0.8 0.27 0.28 0.10 0.21 0.19 0.89 0.28 2.20 2.00

Ir 0.00002 0.09 0.09 0.07 0.08 0.08 0.06 0.07 0.07 0.04

K 28000 3426.9 8305.6 17367.1 18546.5 14510.0 18164.5 1711.8 58.1 8218.4

La 30 10.6 14.0 1.7 4.5 1.9 5.6 3.3 28.1 25.2

Li 20 8.0 9.9 32.1 31.9 21.0 33.5 10.0 2.2 15.4

Mg 13300 546.4 1131.3 7680.7 10915.7 4030.1 4241.6 755.4 279.5 7241.0

Mn 600 313.5 143.7 134.3 249.1 169.4 98.7 74.2 94.8 198.8

Mo 1.5 122.4 90.3 39.9 45.5 28.1 36.2 100.8 252.9 114.1

Na 28900 251.9 539.6 4124.1 5710.7 3221.7 2519.7 195.1 36.8 1535.0

Nb 12.5 2.9 2.3 1.1 33.5 4.9 2.9 4.6 3.3 5.7

Nd 26 22.5 27.3 4.3 9.7 4.9 14.4 6.9 52.0 50.6

Ni 50 170.0 105.0 469.0 456.0 266.0 397.0 916.0 558.0 746.0

Pb 16 23.1 8.9 9.3 19.1 8.0 10.2 16.9 19.1 23.7

Rb 112 48.6 56.0 120.8 139.5 62.5 87.3 9.8 6.5 92.3

Geoquímica Ambiental da Grafite de Balama

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2

Elemento Médias da Crusta Superior

Rochas do Bloco Superior Rochas do Bloco Inferior Zona Mineralizada

BMD009HW BMD012HW BMD022HW BMD009FW BMD012FW BMD022FW BMD009MZ BMD012MZ BMD022MZ

Sb 0.2 0.6 0.4 2.3 0.2 0.1 0.5 0.2 0.1 0.6

Sc 13 23.2 14.2 10.4 14.2 10.3 11.6 13.0 9.9 5.7

Se 50 0.2 0.9 1.7 1.9 1.1 1.0 0.8 1.2 1.3

Si 308000 272931.3 288592.8 268864.0 251192.1 309864.4 312529.2 253015.4 234174.8 210144.9

Sn 5.5 3.0 2.1 3.6 2.2 4.1 2.2 2.7 1.6 15.7

Sr 350 51.3 89.0 82.6 140.0 109.6 139.4 61.1 61.5 299.5

Ta 1.1 0.4 0.4 0.2 6.6 0.8 0.5 0.5 0.4 1.2

Th 10.7 13.2 4.9 0.5 6.2 0.6 2.3 0.6 3.1 5.2

Ti 3900 1733.5 2911.4 3846.7 4917.4 2669.5 2574.9 1666.5 1162.9 1571.9

Tl 0.75 1.5 2.8 7.4 5.2 2.5 9.1 1.5 2.2 3.5

U 2.8 21.6 14.1 14.4 28.2 9.6 13.6 36.2 85.4 46.9

V 110 2094.0 1072.0 942.0 1001.0 459.0 667.0 3050.0 2982.0 2634.0

W 2 199.4 226.2 184.9 527.1 452.7 424.0 200.0 388.8 278.2

Y 22 5.9 7.4 2.0 5.4 4.8 14.0 8.5 93.9 74.7

Zn 71 380.0 332.0 1247.0 773.0 690.0 505.0 4917.0 546.0 2962.0

Zr 190 113.4 172.5 160.2 248.8 172.2 140.7 119.1 81.1 121.0

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3

A partir dos resultados da CAB e GTA pode-se concluir o seguinte:

■ Os valores de pH do material estéril (bloco superior e bloco inferior) estão todos

acima de 8 com a excepção de BMD022HW tendo uma pasta ligeiramente ácida de

5,3;

■ A zona mineralizada tem pH neutro com apenas BMD009MZ, mostrando uma

formação ácida na pasta de material;

■ O teor de enxofre de todas as amostras está acima da concentração marginal de

0,3% de S, com a excepção de BMD009HW e BMD012HW que estão abaixo de

0,01%;

■ Material com um teor de enxofre acima de 0,3% mostra uma tendência para a

geração de ácido, se o potencial de neutralização das rochas não fôr alto o

suficiente;

■ Se o Potencial de Neutralização Total (PNT) de uma amostra estiver abaixo de 0 a

amostra tem o potencial para gerar ácido. Este é o caso em todas as amostras, com

a excepção de BMD009HW e BMD012HW que têm um baixo teor de S e um

elevado potencial de neutralização;

■ Todas as amostras com a excepção de BMD009HW e BMD012HW são

classificadas de rocha de tipo I e que é, portanto, potencialmente formadora de

ácido.

A natureza das rochas de formação de ácido é preocupante, uma vez que pode levar à

formação de DAM, bem como aumentar a lixiviabilidade de metais e de iões no ambiente

receptor.

4.4 Resultados DE PPSL

Os resultados de classificação PPSLe são mostrados no Apêndice B.

Os resultados de PPSL foram classificados em relação aos padrões Sul-Africanos de

qualidade de água potável para quantificar a qualidade de qualquer lixiviado produzido a

partir de rocha estéril e material de minério.

Os testes PPSL são um procedimento de lixiviados em que os contaminantes que podem

potencialmente se infiltrar na reserva de água subterrâneas e superficiais a partir de

instalações de resíduos e os estoques podem ser determinados. A bio-disponibilidade dos

elementos é, assim, avaliada.

A análise elementar total indicou a quantidade total de metais presentes nas amostras

disponíveis para dissolução e percolação, os resultados PPSL irão mostrar no entanto a

quantidade que irá lixiviar a partir do estado sólido em fluidos como a água através do

material armazenado e instalações de resíduos. Quando a infiltração concentrada entra em

contacto com o meio receptor (águas subterrâneas e superficiais) as concentrações vão

entretanto ser diluídas para níveis mais provavelmente abaixo dos níveis que

potencialmente apresentam riscos.

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4

Os resultados de qualidade do lixiviado foram classificados em função dos padrões da

SANS 241 de água potável, bem como os da OMS para água potável para avaliar o

potencial de contaminação; se o lixiviado alcançar e misturar-se com os recursos hídricos

locais. Os padrões da OMS foram usados apenas onde os padrões da SANS não dão

critérios para esse parâmetro específico. As três classes indicadas na Tabela 7 são usadas

para classificar a água potável na África do Sul.

Tabela 7: SANS 241: Classificação da água potável 2005 a

Classe Recomendação

Classe 1 Limite operacional recomendado

Classe 2 Maximo de concentração permitida para uma duração limitada

Classe 3 Não recomendado para o consumo humano

A partir da classificação dos resultados de PPSL pode-se concluir o seguinte:

■ Os resultados da lixiviação de catiões, aniões e metais foram divididos em dois

conjuntos de dados para fins de análise. Um conjunto mostra os químicos que são

considerados como tendo impactos sobre a saúde na água potável e no grupo dois

(principalmente metais) estão os químicos considerados como não tendo nenhum

impacto sobre a saúde em recursos de água potável (Gorchev & Ozolins 2008).

■ Resultados para os químicos com importância para a saúde na água potável:

Cálcio (Ca), cobalto (Co), crómio (Cr), manganês (Mn), selênio (Se) e zinco (Zn)

estão todos acima da concentração recomendada para água potável, mas dentro

dos limites máximos permitidos;

Parâmetros de preocupação com concentrações acima dos limites admissíveis

na água potável são alumínio (Al), cádmio (Cd), ferro (Fe), cobre (Cu), níquel

(Ni), vanádio (V) e urânio (U);

Os elementos acima mencionados estão em concentrações bem acima dos

valores recomendados e representam tanto um risco para a saúde humana como

um risco de impacto ambiental; e

O urânio está em níveis acima do limite recomendado da OMS para água

potável de 0.015 mg / Lt em 3 amostras, dos quais 2 a partir das zonas de

minério. Amostra BMD009MZ (0,53 mg / LU) é 35 vezes superior ao limite com

BMD012MZ (1,94 mg / LU) com concentrações 129 vezes acima do limite; e

Os resultados da CAB mostram que a maior parte do material de rocha estéril e

zona mineralizada é geradora de ácido e, assim, a lixiviabilidade destes metais

irá aumentar se a métodos de mitigação não forem implementados.

■ Resultados para químicos que não são motivo de preocupação de saúde na água

potável:

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5

Todas as outras concentrações de metais são negligenciáveis e não representam

um risco ambiental com a maioria das concentrações abaixo do limite de

detecção laboratorial.

5 POTENCIAIS IMPACTOS AMBIENTAIS

A partir da avaliação dos resultados dos testes geoquímicos e a mineralogia da amostra os

seguintes potenciais impactos ambientais podem ser identificados e também quantificados

numa avaliação de risco de impacto como apresentados na Figura 1 e Tabela 9.

5.1 Rocha Estéril

Da análise de rocha estéril foram identificados os seguintes potential impactos:

■ Potencial moderado para a formação de DAM a partir de rocha estérile da barragem

de rejeitos devido ao alto teor de S e potencial de geração de ácido em 4 das 6

amostras de estéril;

■ Potencial radioactividade do minério com concentrações elevadas de elementos-

traço como U e Se; e

■ Potencial contaminação de elementos traço da percolação de WRD no meio

receptor, com concentrações elevadas de Mn, Fe, Ni e U.

A partir dos potenciais impactos são propostas as seguintes opções de mitigação:

■ Revestimento da WRD e IAR para prevenir a entrada de percolação contaminada

nos sistemas de águas subterrâneas com material argiloso ou geo-liners;

■ Gestão de águas pluviais e de escoamento através de canais de desvio e lagoas de

sedimentação ao redor e a jusante da WRD e IAR e / ou o desvio de água suja para

a planta para a reutilização;;

■ Furos de monitoramento a montante e a jusante da IAR e WRD;

■ Captura de percolação dos furos a jusante da IAR para interceptar e capturar

qualquer percolação para ser bombeada de volta para a IAR se capturada no

monitoramento de dados; e

■ Reabilitação da IAR e WRD pós-encerramento.

5.2 Materiais de Minério - Grafite

A partir da análise de minério de rocha foram identificados os seguintes impactos

potenciais:

■ Alto potencial de formação de DAM com altas concentrações de S e menores pastas

de valores de pH levando a lixiviação da água com baixos valores de pH e alto teor

de metais; e

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6

■ Contaminação de elementos traço de pilhas de estoque e zonas de minério expostas

com alto potencial de contaminação por metais com concentrações de Al, Cd, Co,

Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U que entram no ambiente receptor; e

■ Potencial contaminação do minério com concentrações elevadas de elementos-traço

como U e Se.

Dos potenciais impactos acima, as seguintes opções de mitigação são propostas:

■ Revestimento da pilha de estoques com uma camada de argila impermeável para

impedir a infiltração das pilhas a curto prazo; isso vai, porém, ser determinado

através da modelagem numérica de águas subterrâneas

■ Inundação do poço pós-encerramento para evitar qualquer oxidação de minerais

sulfetos nos poços continuará. Esta opção é avaliada no modelo de águas

subterrâneas;

■ Gestão de águas pluviais para desviar a água longe de pilhas de estoque ou para

desviar a água de volta para a planta para a opção de re-uso é avaliada no modelo

de águas subterrâneas; e

■ Reservatórios de poço para captação de percolação e de escoamento a ser

bombeado para as barragens de água suja e tratadas antes da sua libertação no

ambiente

5.3 Avaliação de Impactos

O processo de classificação de impacto é projectado para fornecer uma classificação

numérica dos vários potenciais impactos geoquímicos ambientais identificados. O processo

de classificação de significância segue a fórmula de avaliação de impacto/risco

estabelecida, como mostrado abaixo:

Significância= Consequência x Probabilidade de um impacto ocorrer

onde

Consequência = Tipo de impacto x (Intensidade + Escala espacial + Duração)

Na fórmula para o cálculo da consequência:

Tipo de impacto = +1 (para impactos positivos) ou -1 (para impactos negativos).

As opções de classificação para cada variável na fórmula, bem como os critérios para a

selecção de uma opção particular, são apresentadas na Tabela 8.

Depois de um impacto ter sido classificado em cada variável nesta tabela, a sua

significância é calculada usando a fórmula dada acima. Cada impacto é em seguida

classificado em uma das oito categorias em termos de sua significância, tal como indicado

na Tabela 9. Relações entre consequência, probabilidade e classificação de significância

são apresentadas na Figura 1.

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7

A avaliação dos impactos identificada nas secções 4.1 e 4.2 é apresentada na Tabela 10.

Tabela 8: Opções de Avaliação de Impacto

Classificação Definição

intensidade

Impactos negativos Impactos positivos

(Tipo de impacto = -1) (Tipo de impacto = +1)

7 Danos irreparáveis aos ecossistemas ou ambientes altamente valorizadoss

Perceptível, benefícios ambientais contínuos que melhoraram as condições de vida e os padrões de vida da comunidade local e do ambiente em geral

6 Danos irreparáveis aos ecossistemas ou ambientes altamente valorizadoss

Grande melhoria nas condições de vida e os padrões de vida de uma grande parte da população e do meio ambiente

5 Impactos generalizados muito graves para os ecossistemas ou ambiente

Benefícios positivos generalizados contínuos para ambientes locais que melhoram os meios de subsistência e os ecossistemas

4

Questões ambientais graves contínuas. Danos significativos aos ecossistemas ou ambiente

Benefícios ambientais médios de intensos para alguns sistemas

3 Questões ambientais contínuas. Danos aos ecossistemas ou ambiente.

Benefícios ambientais médios, intensos para alguns sistemas

2

Impactos ambientais menores de médio prazo sobre a população local. Maioritariamente reparável..

Experiência de impactos positivos baixos por muito poucos da população

1

Impactos ambientais mínimos, dano irreparável de baixo nível para ambientes comuns e ecossistemas.

Alguns benefícios ambientais de baixo nível sentidos por muito poucos da população

Escala espacial

7 Internacional: O efeito irá ocorrer além das fronteiras internacionais

6 Nacional: vai afectar todo o país

5 Província / Região: afectará toda a província ou região

4 Área Municipal: afectará toda a área municipal

3 Local: estendendo-se através do local e para assentamentos próximos

2 Limitado: limitada ao local e suas imediações

1 Muito limitado: limitada a partes específicas isoladas do local

Duração

7 Permanente: O impacto permanecerá por muito tempo após a vida do projecto

6 Além da vida do projecto: O impacto permanecerá por algum tempo após a vida do projecto

5 Vida do Projecto: O impacto cessará após o tempo de vida operacional do projecto

4 Longo prazo: 6-15 anos

3 Médio prazo: 1-5 anos

2 Curto prazo: menos de 1 ano

1 Imediato: Menos de um mês

Probabilidade

7 Certo/ Definido: Há razões científicas sólidas para esperar que o impacto irá certamente ocorrer

6 Quase certo / Altamente provável: É mais provável que o impacto irá ocorrer

5 Possível: O impacto pode ocorrer

4 Provável: Ocorreu aqui ou em outro lugar e, portanto, poderia ocorrer

3 Pouco provável: ainda não aconteceu, mas pode acontecer uma vez em toda a vida do projeto, portanto, há uma possibilidade de que o impacto irá ocorrer

2

Raro / improvável: possíveis, mas apenas em circunstâncias extremas e / ou não aconteceu durante a vida do projecto, mas já aconteceu em outros lugares. A possibilidade da materialização do impacto é muito baixa, como resultado de concepção, experiência histórica ou implementação de medidas adequadas de mitigação

1 Altamente improvável / Nenhum: Espera-se para nunca mais aconteça.

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8

Tabela 9: Avaliação de Significância

Pontuação Descrição Classificação

109 a 147

Um impacto muito benéfico que pode ser suficiente por si só para justificar a implantação do projecto. O impacto pode resultar em uma mudança positiva permanente Maior (positivo)

73 a 108

Um impacto benéfico que pode ajudar a justificar a implantação do projecto. Esses impactos seriam considerados pela sociedade como constituindo um importante e, geralmente, uma mudança positiva a longo prazo para o meio ambiente (natural e / ou social) Moderado (positivo)

36 a 72

Um impacto positivo importante. O impacto não é suficiente por si só para justificar a implantação do projecto. Esses impactos normalmente irão resultar em efeito positivo de longo prazo sobre o ambiente social e / ou natural Menor (positivo)

3 a 35 Um pequeno impacto positivo. O impacto resultará em efeitos a curto prazo sobre o ambiente social e / ou natural Negligenciável (positivo)

-3 a -35

Um impacto negativo aceitável para o qual mitigação é desejável, mas não essencial. O impacto por si só é insuficiente, mesmo em combinação com outros impactos baixoss para impedir o desenvolvimento de sere aprovado. Esses impactos resultarão em efeito negativo de curto prazo sobre o ambiente social e / ou natural Negligenciável (negativo)

-36 a -72

Um impacto negativo importante que requer mitigação. O impacto não é suficiente por si só para impedir a execução do projecto, mas que em conjunto com outros impactos podem impedir a sua execução. Esses impactos normalmente irão resultar em efeito negativo de longo prazo sobre o ambiente social e / ou natural Menor (negativo)

-73 a -108

Um impacto negativo grave que pode impedir a implementação do projecto. Esses impactos seriam considerados pela sociedade como constituindo um importante e, geralmente, uma mudança de longo prazo para o meio ambiente (natural e / ou social) e resultam em efeitos graves Moderado (negativo)

-109 a -147

Um impacto negativo muito grave que pode ser suficiente por si só para impedir a execução do projecto. O impacto pode resultar em mudança permanente. Muitas vezes, esses impactos são imitigáveis e geralmente resultam em efeitos muito graves Maior (negativo)

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9

Figura 1: Relação entre consequência, probabilidade e classificações de significância

Significance

Pro

bab

ility

7 -147 -140 -133 -126 -119 -112 -105 -98 -91 -84 -77 -70 -63 -56 -49 -42 -35 -28 -21 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105 112 119 126 133 140 147

6 -126 -120 -114 -108 -102 -96 -90 -84 -78 -72 -66 -60 -54 -48 -42 -36 -30 -24 -18 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96 102 108 114 120 126

5 -105 -100 -95 -90 -85 -80 -75 -70 -65 -60 -55 -50 -45 -40 -35 -30 -25 -20 -15 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105

4 -84 -80 -76 -72 -68 -64 -60 -56 -52 -48 -44 -40 -36 -32 -28 -24 -20 -16 -12 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76 80 84

3 -63 -60 -57 -54 -51 -48 -45 -42 -39 -36 -33 -30 -27 -24 -21 -18 -15 -12 -9 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63

2 -42 -40 -38 -36 -34 -32 -30 -28 -26 -24 -22 -20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42

1 -21 -20 -19 -18 -17 -16 -15 -14 -13 -12 -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

-21 -20 -19 -18 -17 -16 -15 -14 -13 -12 -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Consequence

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Tabela 10: Avaliação de Potencial impacto ambiental

Código Impact

o

Pré-mitigação

Mitigação recomendada

Pós-mitigação

Duração

Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-

cância

Duração Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-cado

Resíduos de rocha (estéril) e material da IAR

Potencial moderado para a formação de DAM apartir do despejo de resíduode rocha (WRD) e Instalação de armazenamento de rejeitos (IAR)

Além da vida do projecto

Local Alta - negativo

altamente prejudicial

Provável

Menor - negativa

Revestimento da WRD e IAR para

prevenir fugasa de percolação

contaminada de entrar nos sistemas

de águas subterrâneas;

Gestão de águas pluviais e gestão de

escoamento através de canais de

desvio e lagoas de sedimentação ao

redor e a jusante da WRD e IAR;

Monitoramento de furos a montante e

a jusante da IAR e WRD. Captura de

percolação dos furos a jusante da IAR

para interceptar e capturar qualquer

percolação para ser bombeada de

volta para a IAR se capturada no

monitoramento de dados; e

Reabilitação da IAR e WRD pós-

encerramento

Médio prazo Muito limitado

Moderado - negativo

Ligeiramente prejudicial

Pouco provável

Negligenciável - negativo

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Código Impact

o

Pré-mitigação

Mitigação recomendada

Pós-mitigação

Duração

Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-

cância

Duração Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-cado

Resíduos de rocha e material da IAR

■ Potencial contaminação de elementos traço da percolação de WRD e IAR no meio receptor, com concentrações elevadas de Mn, Fe, Ni e U.

Além da vida do projecto

Local Alta - negativo

Altamente prejudicial

Provável

Menor - negativo

Revestimento da WRD e IAR para

prevenir fugasa de percolação

contaminada de entrar nos sistemas

de águas subterrâneas (revestimento

de argila actualmente em planificação);

Gestão de águas pluviais e gestão de

escoamento através de canais de

desvio e lagoas de sedimentação ao

redor e a jusante da WRD DRT e IAR;;

Monitoramento de furos a montante e

a jusante da IAR e WRD.Captura de

percolação dos furos a jusante da IAR

para interceptar e capturar qualquer

percolação para ser bombeada de

volta para a IAR se capturada no

monitoramento de dados; e

Reabilitação da IAR e WRD pós-

encerramento

Médio prazo Muito limitado

Moderado - negativo

Ligeiramente prejudicial

Pouco provável

Negligenciável - negativo

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Código Impact

o

Pré-mitigação

Mitigação recomendada

Pós-mitigação

Duração

Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-

cância

Duração Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-cado

Material mineral

Alto potencial de formaçãde DAM

Além da vida do projecto

Local Alta - negativo

Altamente prejudicial

Provável

Menor - negativo

Revestimento da pilha de estoques

com uma camada de argila

impermeável para impedir a infiltração

das pilhas a curto prazo;

Inundação do poço pós-encerramento;

Gestão de águas pluviais para desviar

a água longe de pilhas de estoque; e

Reservatórios de poço para captação

de infiltração e de escoamento a ser

bombeado para as barragens de água

suja e tratadas antes da sua libertação

no ambiente

Médio prazo muito limitado

Moderado - negativo

Ligeiramente prejudicial

Provável Negligenciável - negativo

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Código Impact

o

Pré-mitigação

Mitigação recomendada

Pós-mitigação

Duração

Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-

cância

Duração Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-cado

Material mineral

Contaminação de elementos traço de pilhas de estoque e zonas de minério expostas com alto potencial de contaminação por metais com concentrações de Al, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U que entram no ambiente receptor

Além da vida do projecto

Local Alta - negativa

Altamente prejudicial

provável

Menor - negativo

Revestimento da pilha de estoques

com uma camada de argila

impermeável para impedir a infiltração

das pilhas a curto prazo;

Voltar a preencher o poço pós-

encerramento;

Gestão de águas pluviais para desviar

a água longe de pilhas de estoque; e

Reservatórios de poço para captação

de percolação e de escoamento a ser

bombeado para as barragens de água

suja e tratadas antes da sua libertação

no ambiente

Médio prazo Muito limitado

Moderado - negativo

Ligeiramente prejudicial

Improvável

Negligenciável - negativo

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Código Impact

o

Pré-mitigação

Mitigação recomendada

Pós-mitigação

Duração

Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-

cância

Duração Extensão Intensid

ade Conse-quência

Probabilidade

signifi-cado

Minério e resíduos de material

Potencial radioactividade do minério com concentrações elevadas de elementos-traço como U, e Se e Rb representam um risco a saúde humana

Permanente

Local

Muito Alto/ Negativo

Altamente prejudicial

Improbable

Negligenciável - negatioe

Eliminação de resíduos radioactivos em locais apropriados

Médio prazo Muito limitado

Moderado - negativo

Ligeiramente prejudicial

Muito pouco provável

Negligenciável - negativo

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6 CONCLUSÕES

Com base nas interpretações e resumo dos resultados geoquímicos de Balama pode-se

concluir o seguinte:

■ A mineralogia do depósito Balama é dominada por minerais metamórficos com

mineral de argila, anfibólio e conteúdo de grandada dentro de uma matriz de silicato;

■ As formações enriquecidas são ricas em Au, Ag, As, Ba, Fe, Cu, Cr, Zn, L, Co, C,

Mo, Ni, V, W, Y e Pb, com estes elementos bem acima das médias observadas em

torno da crusta do mundo. Isto é, contudo, não há indicação se podem representar

um risco ambiental com a bio-disponibilidade determinada por meio dos testes de

lixiviação;

■ Os resultados de CAB e GTA mostram que os resíduos de rocha de Balama e

material mineralizado são geradores de ácido e existe um potencial para a DAM e a

elevada percolação de metais contaminantes; e

■ Parâmetros de preocupação com concentrações acima dos limites recomendados

de água doméstica são de alumínio (Al), cádmio (Cd), ferro (Fe), cobre (Cu), níquel

(Ni), vanádio (V) e urânio (U) e estas concentrações aumentarão se a formação de

DAM ocorrer. Estas concentrações irão, contudo, ser diluídas em concentrações

muito baixas, uma vez que misturam e que reagem com os volumes de águas

subterrâneas e superficiais que recebem.

Os seguintes principais impactos ambientais foram identificados a partir da avaliação

geoquímica

Materia Estéril

■ Potencial moderado para a formação de DAM apartir do despejo de Rocha Estéril

(WRD) e instalação de armazenamento de rejeitos (IAR) devido ao alto teor de S e

potencial de geração de ácido em 4 das 6 amostras de estéril;

■ Potencial de contaminação apartir do minério com concentrações elevadas de

elementos-traço como U e Se; e

■ Potencial contaminação de elementos traço apartir da percolação da WRD no meio

receptor, com elevadas concentrações de Mn, Fe, Ni e U.

Material mineral

■ Alto potencial de formação de DAM com concentrações elevadas de S e menores

pasta de valores de pH levando a lixiviação da água com baixos valores de pH e alto

teor de metais; e

■ Contaminação de elementos traço da pilhas de estoque e zonas de minério expostas

com alto potencial de contaminação por metais com concentrações de Al, Cd, Co,

Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, V, Zn e U que entram no ambiente receptor; e

Potencial de contaminação apartir do minério com concentrações elevadas de elementos-

traço como U e Se.

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7 RECOMENDAÇÕES

As seguintes recomendações são propostas:

■ Devido ao material estéril e minério sendo heterogêneos em mineralogia com

formações enriquecidas, juntamente com a possibilidade de formação de ácido, a

Digby Wells recomenda que uma campanha de amostragem intensiva seja feita

permitindo a avaliação CAB de, pelo menos, 50 amostras para ter uma distribuição

estatística potencial de produção do ácido da geologia de Balama;

■ Recomenda-se também que três amostras de rochas do bloco superior, 3 amostras

rocha de base e 3 amostras de zonas mineralizadas sejam submetidas à testes de

cinética de longo prazo (22 semanas de testes de lixiviação de coluna ou de

humidade de células) para avaliar o comportamento a longo prazo do sistema e ver

se algum dos elementos de interesse não irão precipitar quando o equilíbrio for

alcançado;

■ Avaliações de radioactividade e testes devem ser feitos com o material estéril e

minério para avaliar as fontes de possíveis contaminantes (estes testes estão em

andamento);

■ Revestimento da IAR e WRD como planeado actualmente com material argiloso; e

■ Um programa de monitoramento deve ser concebido e implementado para monitorar

tanto as águas superficiais como subterrâneas e em torno da área onde as

actividades de mineração, tais como WRD, IAR e mineração a céu aberto ocorrerão.

8 REFERÊNCIAS

Gorchev, H.G. & Ozolins, G., 2008. WHO guidelines for drinking-water quality. WHO chronicle, 38(3), pp.104–8.

Kerr, A., 2003. Guidelines for the calculation and use of sulphide metal contents in research and mineral exploration. Geological Survey Report, Report 03-, pp.223–229.

Taylor, S.R. & McLennan, S.M., Chemical compositions and elemental distribution in the earths crust,

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Apêndice A: Certificados de laboratório

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Apêndice B: Classificação PPSL

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Apêndice A: Planos

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