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06/01/14 G1 Dicas de Portugus Srgio Nogueira
g1.globo.com/platb/portugues/category/gramatica/page/5/ 1/5
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qua, 04/04/12 por Srgio Nogueira | categoria Curiosidades, Dicas, Gramtica
Conhea alguns vcios mais comunsdos comentaristas de futebol
| tags futebol, significados
Vcios do futebols
A linguagem esportiva est sempre a merecer a nossa ateno. Basta um descuido nosso e l
esto os velhos vcios de volta.
Vamos comentar hoje uma srie de exemplos coletados por nossos leitores.
Jogavam Flamengo e Pearol no Estdio Centenrio em Montevidu. Logo aps o rbitro ter
encerrado o jogo, os jogadores uruguaios partiram para a briga e agrediram os rubro-negros.
Alm da triste cena de selvageria explcita, tivemos o desgosto de ouvir de um comentarista
especializado: Transformaram o Estdio Centenrio numa verdadeira praa de guerra. Por
que verdadeira? Poderia ter sido uma falsa praa de guerra? E, c entre ns, ningum aguenta
mais a tal praa de guerra. Eta chavozinho batido! Minha nfase intencional. Afinal, todo
chavo batido.
Outro dia, o reprter que fazia a cobertura do treino do Corinthians: O clima entre os jogadores
de alto astral. O astral entre os jogadores pode estar alto, mas a linguagem dos reprteres
esportivos est muito pobre. Foi o dcimo quinto alto astral que ouvi s naquele ms. De vez em
quando, o alto astral poderia virar bom ambiente, jogadores animados, time otimista
Pode haver quem ache que eu esteja sendo muito rigoroso, mas importante alertar nossos
jornalistas esportivos para a pobreza dos clichs: lenda viva, monstro sagrado, subiu no 3o
andar (para cabecear), chutar contra o patrimnio, o zagueiro que no perde a viagem
Mais incrvel foi o narrador de um jogo da srie B dizer que o Fulano de Tal cobrou o manual.
Pelo amor de Deus, quem cobrava manual era beque da dcada de 50. do tempo do off side
e do center half. do tempo que narrador era speaker.
Por falar em narrador, um alerta vermelho: O atacante estava literalmente impedido.
Literalmente como? A quem interessar possa: LITERAL significa transcrio por escrito, com
todas as letras; fiel ao texto original, sem alterar palavra. Logo, impossvel algum ficar
literalmente impedido. No d para aceitar nem como metfora.
J que falamos de palavras mal usadas. bom lembrar a febre do DEFINIR: As datas dos jogos
ainda no foram definidas (marcadas, fixadas); O tcnico ainda no definiu o time que sair
jogando (decidiu, escalou); Ele ainda no definiu quem ser o substituto (escolheu, decidiu)
Alm do empobrecimento vocabular, o verbo DEFINIR est sendo mal usado.
Para facilitar as coisas: DEFINIR o adversrio no determinar quem ser ele e sim dizer como
ele (negro, alto, forte, 27 anos).
Portanto, esta histria de definir placar uma asneira imensa. DEFINIR no dar fim.
Trocaram o velho chavo dar cifras definitivas ao placar pelo modernoso e duvidoso definir o
placar. Piorou.
Para terminar, dois errinhos:
1o) A bola passou entre a barreira. Entre a barreira e o qu? Ora, a bola passou pelo meio da
barreira ou entre os jogadores que estavam na barreira.
2o) Ronaldinho preferiu correr com a bola ao invs de chutar. O certo em vez de chutar. Ele
trocou uma coisa por outra. AO INVS DE significa ao contrrio de. S devemos usar AO INVS
DE, quando forem coisas opostas. E correr com a bola e chutar no so coisas opostas.
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notcias esportes entret. vdeos ENTRE
06/01/14 G1 Dicas de Portugus Srgio Nogueira
g1.globo.com/platb/portugues/category/gramatica/page/5/ 2/5
qua, 28/03/12 por Srgio Nogueira | categoria Desafio aos leitores, Dicas, Gramtica
ENTRE ou DENTRE?
Leitora quer saber quando usar ENTRE e DENTRE.
1) A preposio ENTRE s deve ser usada com unidades (entre elementos ou entre
conjuntos):
A bola passou entre os jogadores da barreira.
Ronaldinho ficou entre o pai e a me da noiva.
Andava entre as rvores da floresta.
Desejamos a paz entre as naes.
Devemos evitar o uso da preposio ENTRE antes de palavras com ideia coletiva:
A bola passou entre a barreira. (= no meio da barreira ou poderia ser entre a barreira e o
juiz)
Ronaldinho ficou entre o casal. (= entre os pais da noiva ou poderia ser entre o casal e a
noiva)
Andava entre a floresta. (= entre as rvores ou poderia ser entre a floresta e o rio)
Desejamos a paz entre a populao. (= entre os homens, entre as pessoas, entre os
habitantes, entre os povos ou poderia ser entre a populao e o governo)
2) Devemos usar a forma DENTRE quando h um sentido de movimento ou de posse (=de
entre):
Dentre os relacionados, saiu Ronaldinho.
Dentre os candidatos, surgiu Fulano de Tal.
Um dentre os acusados o assassino.
Algum dentre ns ter de resolver o problema.
PARA ONDE ou PARA AONDE?
Leitor quer saber qual forma correta: PARA ONDE ou PARA AONDE vo nossas crianas?
O certo PARA ONDE vo nossas crianas.
A forma para aonde simplesmente no existe.
Existem AONDE (=quando voc vai a algum lugar) e PARA ONDE (=quando voc vai para
algum lugar):
Ipanema a praia AONDE ela vai em todos os fins de semana. (=Ela vai praia);
So Paulo a cidade PARA ONDE ele foi transferido. (=Ele foi transferido para So Paulo).
14 comentrios
Veja dicas e exemplos para escreveruma boa redao
| tags desafio aos leitores, redao
Uma boa redao: a CONCISO
Ouo muito: um bom texto deve ser claro e conciso.
No h dvida de que a clareza a principal qualidade do texto. Ser conciso, entretanto, uma
luta muito rdua.
Ser conciso dizer o necessrio com o mnimo de palavras, sem prejudicar a clareza da frase.
ser objetivo e direto.
E aqui est a nossa dificuldade. Ns, brasileiros, estamos habituados a falar muito para dizer
pouco, a escrever mais que o necessrio, a discursar mais para impressionar do que comunicar.
Para muitos, esse hbito comea na escola. s fazer uma sesso nostalgia e voltarmos aos
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06/01/14 G1 Dicas de Portugus Srgio Nogueira
g1.globo.com/platb/portugues/category/gramatica/page/5/ 3/5
bons tempos de colgio, s gloriosas aulas em que o professor anunciava: hoje dia de
redao. Voc se lembra da alegria que contagiava a turma? Voc se lembra de algum
coleguinha que dizia estar inspirado? Voc se lembra de algum tema para a redao que tenha
deixado toda a turma satisfeita? A verdade que no aceitvamos tema algum. Pedamos outro
tema. Se o professor apresentasse vrios temas, pedamos tema livre. E se fosse tema livre,
exigamos um. Era uma insatisfao total. Depois de muita briga, o tema era democraticamente
imposto. E a vinha aquela tradicional pergunta: Quantas linhas? A resposta era original: No
mnimo 25 linhas. Eu costumo dizer que 25 um nmero traumtico na vida do aluno. A partir
daquele instante, comeava um verdadeiro drama na sua vida: Meu reino pela 25 linha. Valia
tudo para se chegar l. Desde as ridculas letras que engordavam repentinamente at a famosa
encheo de linguia.
E aqui pode estar a origem de tudo. Ns nos habituamos a encher linguia. Pelo visto, h
polticos que fizeram ps-graduao no assunto. So os mestres da prolixidade. Falam, falam e
no dizem nada. Em algumas situaes no tm o que dizer, s vezes no sabem explicar e
muitas vezes precisam enrolar.
O problema maior, entretanto, que a doena atinge tambm outras categorias profissionais.
Vejamos trs exemplos retirados de bons jornais:
1. A largada ser no Leme. A chegada acontecer no mesmo local da partida.
C entre ns, bastava ter escrito: A largada e a chegada sero no Leme.
1. O procurador encaminhou ofcio rea criminal da Procuradoria determinando que seja
investigado
Sendo direto: O procurador mandou investigar.
1. A posio do Governo brasileiro de que esgotem todas as possibilidades de negociao
para que se alcance uma soluo pacfica.
Enxugando a frase: O Brasil a favor de uma soluo pacfica.
TOA ou -TOA?
Antes do novo acordo ortogrfico era assim:
a) TOA = a esmo, ao acaso, sem fazer nada (locuo adverbial de modo = refere-se ao
verbo): Passou a vida toa; Anda toa pelas ruas;
b) -TOA = intil, desprezvel, desocupado, insignificante (adjetivo = acompanha um
substantivo): Era uma mulher -toa; No passava de um sujeitinho -toa.
Com o novo acordo ortogrfico, no devemos mais usar o hfen nesse caso. Assim sendo, a
forma adjetiva no tem mais hfen: mulher toa; sujeitinho toa, probleminha toa
MUITO ou MUITA pouca comida?
O certo MUITO POUCA comida.
1o) POUCA comida POUCA um pronome adjetivo indefinido porque acompanha um
substantivo (=comida). Os pronomes concordam em gnero e nmero com o substantivo a que se
referem: poucas pessoas; muita sade; tantos livros; provas bastantes
2o) MUITO pouca comida MUITO um advrbio de intensidade pois se refere ao pronome
adjetivo (=pouca), e no ao substantivo. Os advrbios no apresentam flexo de gnero e
nmero: Elas esto muito satisfeitas; Os jogadores esto pouco confiantes; As alunas ficaram
bastante felizes
O DESAFIO
As dvidas so:
1) VENDE-SE ou VENDEM-SE estas casas ?
2) Da 1a A ou 5 srie ?
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06/01/14 G1 Dicas de Portugus Srgio Nogueira
g1.globo.com/platb/portugues/category/gramatica/page/5/ 4/5
qua, 21/03/12 por Srgio Nogueira | categoria Dicas, Gramtica
3) Seja BENVINDO ou BEM-VINDO ?
4) ADQUIRI-LOS ou ADQUIR-LOS ?
Respostas:
1) VENDEM-SE estas casas. (No plural para concordar com o sujeito estas casas = Estas
casas so vendidas);
2) Da 1 5 srie. (Com crase = preposio a + artigo a que define a 5 srie);
3) Seja BEM-VINDO. (O novo Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa j registra a forma
benvindo como variante lingustica);
4) ADQUIRI-LOS. (Sem acento agudo).
17 comentrios
Est certo ou errado? Ou ser umaquesto de adequao?
| tags pronomes, verbo auxiliar
Leitor solicita que eu faa um rpido comentrio a respeito de cada exemplo a seguir.
1.mais um acidente com vtima fatal.
FATAL o que provoca a morte. Portanto, no a vtima que fatal. FATAL o acidente.
Vtima fatal est consagrada pelo uso e, hoje, perfeitamente compreensvel.
2. Os vencimentos sero pagos numa parcela nica.
Parcela nica muito estranho. PARCELA pequena parte de qualquer coisa.
Rigorosamente, pequenas parcelas pode ser uma redundncia e parcela nica seria
incoerente.
3. Queremos reaver o prejuzo.
Duvido que algum queira o prejuzo de volta. Queremos ser indenizados pelo prejuzo.
No sejamos, entretanto, to rigorosos com a lngua portuguesa, a expresso correr atrs do
prejuzo, embora incoerente, perfeitamente compreensvel.
4. O secretrio explicou ontem por que deixou o cargo.
Se tinha deixado o cargo no dia anterior, no era mais secretrio.
Portanto, o ex-secretrio explicou ontem por que deixou o cargo.
5. Se o atacante for regularizado pela Federao
No o atacante que deve ser regularizado. A situao do jogador que deve ser regularizada
pela Federao. Leitor tem razo em parte. Nossa lngua no to lgica como muitos pensam.
O subentendido faz parte da nossa linguagem. No sejamos to rigorosos.
6. Ningum se feriu no desabamento, com exceo do porteiro.
Para que o porteiro no se sinta pior que ningum, seria melhor ter escrito: Somente o porteiro
se feriu no desabamento. Concordo com o leitor. Frase de muito mau gosto.
7. O Po de Acar quase 20 vezes menor que o Aconcgua.
06/01/14 G1 Dicas de Portugus Srgio Nogueira
g1.globo.com/platb/portugues/category/gramatica/page/5/ 5/5
prximos posts
impossvel ser 20 vezes menor. um problema matemtico. O contrrio de 3 vezes mais
um tero. Na verdade, o Aconcgua 20 vezes maior que o Po de Acar.
8. Ao contrrio do que foi publicado ontem, Romrio fez dezoito e no dezessete gols
Dezoito e dezessete no so coisas contrrias. Portanto, o mais adequado dizer:
Diferentemente do que foi publicado ontem
9. Um homem se afogou e foi tirado do mar desacordado.
Ou se afogou ou estava desacordado. Se houve afogamento, o homem estava morto; se foi tirado
do mar desacordado, o homem quase se afogou.
10. O filho fez curso de tcnico de som at se tornar um nome de referncia na rea.
Isso que fora de vontade. No largou o curso enquanto no ficou famoso. Para ficar claro: o
rapaz fez um curso de tcnico de som e tornou-se famoso na sua rea. Ficou famoso depois de
fazer o curso, e no fez o curso at ficar famoso.
Fui eu QUEM FEZ ou Fui eu QUE FIZ?
Tanto faz.
O verbo pode concordar com o pronome QUEM (=quem fez) ou com o antecedente do pronome
QUE (=eu que fiz).
Vamos observar o exemplo que um leitor nosso encontrou no livro Memorial do Convento do
grande escritor portugus Jos Saramago: so eles quem est construindo a obra que lhe vou
mostrar
Nesse caso, embora o antecedente esteja no plural, o autor faz o verbo concordar com o
pronome QUEM: eles quem EST construindo
Corretssimo.
Pode-se tornar OU pode se tornar?
Leitor nos escreve: Na verso eletrnica do Estado, lia-se a seguinte frase Corinthians pode-se
tornar campeo domingo. No sei se se trata de um erro de impresso ou, pior ainda, de
gramtica, mas parece-me que a frase incorreta.
A frase pode perecer estranha, mas no est errada. Trata-se de uma nclise do verbo auxiliar
(=pode-se tornar). Essa colocao do pronome tono aps o verbo auxiliar rarssima no
portugus do Brasil. A maioria dos brasileiros diria Corinthians pode se tornar (sem hfen =
prclise do verbo principal).
Eu prefiro a nclise do infinitivo: Corinthians pode tornar-se campeo no domingo.
28 comentrios
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