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Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
www.guide.com.br
Fundos de Investimento Imobiliário
Relatório Semanal (29/05 à 05/06)
METODOLOGIA
Relatório composto pelos FundosImobiliários de maior liquidez da B3que tiveram divulgação deinformação pública na últimasemana e também notícias daIndústria de FII’s e MercadoImobiliário.
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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Próximas assembleias: (AGE e AGO)
03/06/2020 10:00 - AGO : RBCO – RB Capital Office Income
24/06/2020 11:00 – AGO : SFND – São Fernando
29/06/2020 15:00 - AGO : RBVO – Rio Bravo Crédito Imobiliário
30/06/2020 10:00 – AGO : CVBI – VBI CRI
30/06/2020 17:30 - AGO : MALL – Malls Brasil Plural
08/07/2020 09:00 – AGE : KNIP – Kinea Índice de Preços
20/07/2020 09:00 - AGE : KFOF – Kinea FII
Notícias: Indústria de FIIs31/05 – Hotel Glória será transformado em residencial com
serviços – O Globo
O destino do icônico Hotel Glória está, enfim, selado. Será
transformado em um residencial com serviços pelo
Opportunity. O fundo de investimento imobiliário do
empresário Daniel Dantas fechou um acordo para adquirir o
imóvel do Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, que
recebeu o edifício num pacote de ativos do antigo Grupo
EBX — de Eike Batista — como pagamento de dívidas.
Na época, o ex-bilionário tentava vender o Glória por R$
230 milhões a R$ 250 milhões, mas não encontrou
interessados. O negócio, antecipado pelo Diário do Rio, não
teve o valor revelado.
“Os estudos estão sendo desenvolvidos para que tenhamos
unidades residenciais, permitindo aos moradores viverem
num empreendimento como se estivessem num hotel,
atendendo muitas das necessidades da vida moderna”, diz
Jomar Monnerat de Carvalho, gestor do fundo, que
confirmou por meio de nota o fechamento do acordo com
o Mubadala.
O BFIN, braço da Brookfield, vinha auxiliando o Mubadala a
buscar investidores.
Carvalho frisa que o Opportunity vai trabalhar para
preservar a memória do hotel, que completa cem anos em
2022: “Vamos trabalhar para resgatar um patrimônio muito
importante da cidade. Os projetos iniciais serão
apresentados para a Prefeitura e órgãos de patrimônio nos
próximos meses”, conta ele.
No mercado, a venda do Glória é vista como “muito
positiva”.
— É uma solução para o Glória e, para o mercado
imobiliário do Rio, é uma sinalização muito positiva. Deve
repetir o sucesso de vendas do projeto que adaptou (a
antiga sede do Flamengo) o Morro da Viúva.
São dois endereços-símbolo para o setor de imóveis carioca
— avalia Cláudio Hermolin, presidente da Brasil Brokers e
da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Rio
de Janeiro (Ademi-RJ). — Comprova ainda a demanda por
imóveis compactos na cidade, tendência já consolidada no
mercado de São Paulo.
Projeto valoriza a região
O Edifício Hilton Santos, antiga sede do Flamengo, no
Morro da Viúva, também passou pelas mãos de Eike, que
arrendou o imóvel em 2012 para transformá-lo em um
quatro estrelas com 450 quartos. O projeto de R$ 100
milhões também não saiu do papel e o prédio acabou
devolvido ao Flamengo. Em agosto de 2018, foi arrematado
pela RJZ Cyrela. Está sendo convertido em um residencial
de luxo, com 148 apartamentos com preços a partir de R$ 2
milhões, com entrega prevista para o ano que vem.
O Opportunity vem tocando grandes projetos no Rio, como
o Ícono, no Flamengo, com 416 unidades de dois e três
quartos, e o Highlight, em Botafogo, que teve a primeira
fase lançada em 2019, com 180 apartamentos. Todos
ancorados no segmento de alto padrão.
O Mubadala chegou a contratar a consultoria JLL para
elaborar um projeto de uso do Glória.
— Apresentamos uma solução de uso misto, combinando
residencial, hotel e alguma operação de varejo. Mas o
Mubadala acabou optando por vender o ativo e deixar o
negócio. Os interessados pelo hotel vinham
majoritariamente do setor imobiliário. O Rio perde um
hotel, o que não fará falta diante da atual capacidade de
quartos, mas dará um bom uso ao Glória. Vai valorizar a
região, e preserva o patrimônio — avalia Ricardo Mader,
diretor da divisão Hotels & Hospitality da JLL.
O Opportunity não dá detalhes sobre como será o
empreendimento. Um site já no ar, entretanto, anuncia o
novo Hotel Gloria Luxury Residence, que ficará exatamente
no endereço do hotel.
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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A medida passa a valer nesta segunda-feira (01), no mesmo
dia em que começa a reabertura gradual do comércio nos
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com horário de
funcionamento reduzido e fluxo limitado de pessoas.
Nas lojas físicas, a expectativa é que o fluxo médio de
pessoas e as vendas tenham queda de até 50% em relação
ao cenário pré-coronavírus.
Segundo o diretor de marketing da Ancar Ivanhoe —
administradora dos dois shoppings—, Diego Marcondes, a
ação com a Amazon faz parte de um pacote de medidas
voltada para a digitalização das vendas. A empresa quer ter
páginas para todos os shoppings do grupo na plataforma
da Amazon até o final do ano.
“Em 2019, já havíamos lançado aplicativos para os
shoppings que administramos e adiantamos em dois meses
o calendário de inovações que tínhamos programado para
os próximos dois anos”, diz ele.
“Agora, com a estratégia de levar os shoppings para a
plataforma de marketplace, geramos curadoria para os
lojistas e expandimos a disponibilidade dos shoppings para
um âmbito nacional.”
A entrega dos produtos ficará a encargo do lojista, que
também poderá usar os serviços oferecidos pela Napp
Solutions para digitalização de seus estoques de forma
gratuita por um período mínimo de 60 dias ou enquanto o
empreendimento estiver fechado.
Ainda segundo Marcondes, outro processo adotado como
forma de incentivar as vendas foi a implementação de
armários digitais em 21 empreendimentos da
administradora.
“Quanto mais oportunidades de compra e venda, tanto
para o lojista quanto para o consumidor, melhor. Esses
lockers [armários] também vêm para corroborar isso”,
afirma o diretor da Ancar.
O serviço, chamado de “Retire Aqui”, começará a ser
instalado nos shoppings nesta segunda e funcionará como
um drive-thru, mas sem hora marcada. O cliente entra em
contato com a loja, via site ou Whatsapp, e faz a compra.
Caso opte por retirar o produto nos armários disponíveis
nas áreas de acesso do shopping, basta usar o QR Code
disponibilizado pela marca para destrancar a gaveta e
pegar a compra em até 72 horas.
Os armários estarão nos shoppings Nova América,
Boulevard, Botafogo Praia, Madureira, Nova Iguaçu e Rio
Design Barra, no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, estarão
nos shoppings Pátio Paulista, Eldorado, Itaquera, Golden
Square, Parque das Bandeiras e CenterVale.
Antecipa que o empreendimento contará com “espaçosos e
sofisticados” apartamentos de um a dois quartos, com
possibilidade de vaga de garagem, ampla estrutura para a
família e serviços. Preços, data de lançamento, prazos e
metragens das unidades serão divulgados após a
aprovação do projeto.
Idas e vindas ao longo de 12 anos
Inaugurado em 1922, o Hotel Glória foi comprado por Eike
em 2008 por R$ 80 milhões. Depois de passar por uma
completa renovação — que deveria ter sido concluída antes
da Copa do Mundo de 2014, num primeiro momento, e das
Olimpíadas de 2016, mais adiante —, a promessa era que o
Glória Palace Hotel contaria com 352 apartamentos e duas
suítes presidenciais.
Mas a história não correu assim. E o prédio histórico teve as
obras de reformas suspensas no segundo semestre de
2013.
Em fevereiro de 2014, o hotel passou ao guarda-chuva do
fundo suíço Acron, numa transação de R$ 200 milhões em
promessa de venda. O negócio, contudo, não decolou. E, no
fim daquele mesmo ano, o ativo já não integrava a carteira
da Acron. A partir de então, Eike passou a buscar um novo
investidor para tocar o projeto de hotelaria de alto luxo,
num esforço que também não teve resultado.
A Four Seasons, gestora canadense de hotéis de alto luxo,
chegou a enviar representantes ao Rio em 2014 para
assinar um contrato para a operação do hotel. O negócio,
que era dado como certo, desandou juntamente com a
parceria de Eike com a Acron.
O hotel acabou passando às mãos do Mubadala em 2016.
O fundo árabe fez um aporte de US$ 2 bilhões na EBX em
março de 2012. Com a queda do império X no ano
seguinte, o Mubadala renegociou sua parceria com o
empresário e converteu seua participação na holding em
dívida. Até que no início de 2016, levou o Glória e outros
ativos do antigo Grupo X como pagamento de dívidas. Em
outubro do ano passado, os árabes botaram o hotel à
venda.
Procurado, o Mubadala não comentou o assunto.
31/05 – Shoppings do Brasil vão vender pela Amazon –
Folha de S. Paulo
Com o processo inicial de reabertura ainda restrito na
maioria dos estados e municípios brasileiros, os shoppings
começam a adotar novas alternativas para garantir as
vendas e atender consumidores que querem manter o
distanciamento social ou fazem parte do grupo de risco.
Além da manutenção de drive-thru e delivery após o
período de quarentena, os shoppings Eldorado, em São
Paulo, e Nova América, no Rio de Janeiro, vão levar as lojas
para a Amazon Brasil. A partir de junho, por meio de uma
parceria, os empreendimentos terão uma página exclusiva
no marketplace.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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Embora não seja um valor tão vistoso, o montante ficou
bem acima do piso da oferta, de R$ 20 milhões, e superou
o valor base, de R$ 120 milhões, chegando ao lote
complementar. Uma clara demonstração do apetite dos
investidores. Os valores precisos serão informados em fato
relevante a ser publicado por XP e Vinci nos próximos dias.
Procuradas, as empresas não comentam, pois estão em
período de silêncio.
Das cinzas. Desde que a crise engrossou, a conclusão da
oferta do VIFI11 é a primeira enquadrada na instrução 400
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a
participação de todos os tipos de investidores. A última
oferta desta modalidade foi concluída em 6 de abril pelo
fundo Hectare CE. No meio da pandemia, algumas poucas
captações se concretizaram, mas para grupinhos restritos,
dentro da instrução 476. Aí entram só os chamados
investidores profissionais - aqueles com mais de R$ 10
milhões em aplicações, geralmente os ricaços, family offices
e instituições.
Portas abertas. O Vinci Instrumentos Financeiros já era um
fundo constituído, porém só para esse grupo restrito. Esta
oferta de cotas é uma espécie de 'reIPO', abrindo o
investimento para participação geral. Os recursos
levantados serão usados para comprar cotas de outros
fundos imobiliários, além de certificados de recebíveis
imobiliários. Os gestores planejam aportar cerca de 80%
dos recursos logo nos primeiros 30 dias, para aproveitar as
cotas desvalorizadas na crise. Neste ano, Índice de Fundos
Imobiliários (Ifix) caiu 17%, tornando alguns ativos 'baratos'.
Queridinhos. Os fundos de fundos imobiliários - ou FOFs,
como são chamados nas rodinhas de entusiastas - têm sido
os mais procurados do setor na crise, uma vez que seus
gestores têm aproveitado o momento de baixa no mercado
para montar um portfólio de ativos de qualidade com
descontos. Outra categoria que se tornou "queridinha" na
crise é a de fundos de galpões logísticos, uma vez que
esses imóveis são centrais para atender a atividade
crescente do comércio eletrônico.
Futuro. O sucesso da captação de hoje dá mais ânimo às
ofertas programadas para as próximas semanas, que
pretendem levantar em torno de R$ 1 bilhão. Pela frente
vêm as ofertas dos fundos XP Logística, RBR Alpha e
Capitânia Securities. Pouco antes da crise, 11 fundos
planejavam captar R$ 3,5 bilhões, mas, desde meados de
março, as ofertas acabaram canceladas, suspensas ou
adiadas.
29/05 – Home office definitivo? Para 74% das empresas no
Brasil, a resposta é sim – Exame
Depois de semanas trabalhando em casa, 73,8% das
empresas pretendem instituir o home office como prática
definitiva no Brasil após a pandemia do novo coronavírus.
Essa é a conclusão de um estudo realizado pela consultoria
Cushman & Wakefield – e obtido pela EXAME com
exclusividade – que ouviu 122 executivos de multinacionais
que atuam no país.
No Nordeste, a ação ocorre em Fortaleza (North Shopping
Fortaleza, North Shopping Jóquei, Via Sul) e Natal (Natal
Shopping). O Conjunto Nacional, em Brasília, o Pantanal
Shopping, em Cuiabá e o Porto Velho Shopping, em
Rondônia, também receberão os armários.
De acordo com Evandro Ferrer, presidente da Ancar
Ivanhoe, a expectativa é que 50% dos consumidores sigam
comprando online após a pandemia. “Os shoppings e o
varejo como um todo precisaram acelerar a digitalização”,
diz..
01/06 – Iguatemi retoma operações em 4 shoppings no
Estado de SP – Exame
A Iguatemi informa que retomará a partir desta segunda-
feira, dia 1º, a operação do Iguatemi Ribeirão Preto, que
passa a funcionar de segunda a sábado em horário
reduzido, das 16h às 20h, e do Iguatemi São José do Rio
Preto, em horário reduzido das 15h às 19h.
A partir de amanhã serão retomadas as operações do
Iguatemi Esplanada (em Sorocaba) e do Iguatemi São
Carlos, o primeiro das 15h às 19h e o segundo das 12h às
18h, com atendimento especial exclusivo para grupo de
risco entre 12h e 12h30.
A retomada, acrescenta a empresa em fato relevante, será
conduzida “com o máximo de cuidado e responsabilidade”,
com o reforço das rotinas de limpeza, álcool em gel à
disposição, áreas de alimentação intensamente higienizadas
e com distanciamento mínimo de dois metros entre as
mesas e equipes treinadas.
Atualmente, a empresa já segue com cinco unidades em
operação: Fashion Outlet Santa Catarina, Fashion Outlet
Novo Hamburgo, Praia de Belas, Iguatemi Porto Alegre e
Iguatemi Brasília. Os demais ativos continuam com suas
operações suspensas, com a abertura apenas de atividades
essenciais e operações de delivery.
A Iguatemi destaca ainda que implementou o sistema
drive-thru em grande parte dos seus empreendimentos no
final de abril. As vendas da companhia também contam
com a plataforma Iguatemi 365, e-commerce que segue
operando normalmente para o Estado de São Paulo.
29/05 – Vinci e XP captam na crise e reabrem mercado de
fundos imobiliários – Estado de S. Paulo
O fundo de investimento imobiliário Vinci Instrumentos
Financeiros (VIFI11) conseguiu a proeza de fechar hoje, no
meio da crise, a captação de recursos de sua oferta primária
de cotas, coordenada pela XP, conforme apurou a Coluna
do Broadcast com fontes do mercado. A transação marca a
reabertura das captações pelos fundos imobiliários,
fechadas desde que a pandemia do coronavírus explodiu. A
oferta do VIFI11 está sendo liquidada nesta tarde e deve
movimentar em torno de R$ 130 milhões.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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02/06 – Imóveis à la carte: a nova aposta da Housi são as
moradias por assinatura – NeoFeed
Spin-off da construtora Vitacon, a Housi chegou ao
mercado no início de 2019 com a premissa de explorar o
conceito de moradia como serviço e sob demanda, a partir
do aluguel e da gestão de imóveis próprios e de terceiros,
já mobiliados e equipados com uma série de serviços.
Em pouco mais de um ano, essa proposta atraiu 50 mil
locatários e um aporte de mais de R$ 50 milhões do fundo
Redpoint eventures. Agora, a startup está adicionando
novos pilares a essa estratégia para seguir desafiando os
alicerces do mercado imobiliário tradicional.
A plataforma, até então mais voltada a estadias de curto
prazo, está lançando um serviço de moradia baseado em
uma assinatura mensal. Com um período mínimo de trinta
dias, o pacote permite ao locatário escolher um imóvel
disponível no portfólio de 5 mil apartamentos gerido pela
empresa.
“Agora, o usuário consegue ‘consumir’ a moradia da mesma
forma que a Netflix ou qualquer outro serviço de
assinatura”, diz Alexandre Frankel, fundador e CEO da
Housi, ao NeoFeed. “E pode, a qualquer momento, renovar
por mais 30 dias ou mudar para outra unidade, de acordo
com a sua necessidade.”
Todo o processo para assinar o serviço, que está disponível
desde a última sexta-feira, 29 de maio, é feito pelo site ou
aplicativo da Housi, em poucos cliques. O usuário
interessado não precisa comprovar renda e o único
documento exigido é a identidade.
A cobrança é realizada via cartão de crédito, o que exige a
aprovação da operadora responsável. Os preços mensais
variam de R$ 1,2 mil a R$ 3,5 mil, para imóveis de dois
metros quadrados (isso mesmo, você leu certo!) a 120
metros quadrados.
“A ideia é que a pessoa consiga alugar, cancelar ou mudar a
locação em 30 segundos”, explica Frankel. “E sem nenhum
tipo de burocracia, demora ou qualquer dor e atrito que
normalmente se vê nesse mercado.”
Na largada, a empresa está promovendo uma campanha
que dará três meses gratuitos para quem fechar um pacote
de assinatura pelo período de um ano. O valor em questão
poderá ser parcelado em até doze vezes.
O plano de impulsionar as locações de longa duração já
estava no radar da Housi. Mas seu lançamento foi
antecipado em dois meses. Com a Covid-19, a demanda
por aluguéis de curta temporada, voltados ao uso
corporativo e ao turismo, caiu cerca de 80%.
O curioso é que antes do isolamento social 42,6% das
empresas nunca tinham adotado a prática e, em 23,8% das
companhias, o home office não passava de uma
possibilidade em análise.
O intuito em autorizar o home office mesmo após a
pandemia se explica pela avaliação favorável à prática. Para
25,4% dos entrevistados, a experiência do trabalho remoto
é totalmente positiva, enquanto para 59% há mais pontos
positivos do que negativos.
Apenas 2,5% dos executivos ouvidos disseram que a
experiência é totalmente negativa e outros 13,1%
afirmaram que há mais pontos negativos do que positivos.
Essa mudança no mercado de trabalho pode ter
implicações diretas no mercado imobiliário. Segundo 29,5%
dos executivos, a empresa deve reduzir o espaço físico no
futuro por conta do sucesso do home office, enquanto
outros 15,6% apontaram que a diminuição deve ocorrer por
questões econômicas relacionadas à pandemia.
Nos dois casos, a redução deve ser de 10% a 30% do total
de metros quadrados. Por sua vez, 35,2% dos entrevistados
disseram que ainda não é possível definir se vão mudar
algo nos escritórios, e somente 19,7% cravaram que não
haverá redução de espaço físico no futuro.
O novo cenário, no entanto, não deve impactar o valor dos
aluguéis. Ao menos, no curto prazo. Isso porque os
contratos têm duração média de três anos, e a pressão
pontual nos preços não costuma levar a renegociações.
“Só agora estamos recuperando o patamar de preço da
época pré-crise de 2014, e os lançamentos recentes estão
com valor de metro quadrado mais alto nas regiões mais
privilegiadas”, afirma Jadson Andrade, gerente de pesquisa
de mercados da Cushman & Wakefield. “Mas se a crise se
aprofundar, podemos ver devolução de espaços a partir do
ano que vem.” Hoje, a vacância de lajes corporativas de alto
padrão na cidade de São Paulo está na faixa de 16%,
enquanto na cidade do Rio de Janeiro é de 33,9%.
A pesquisa da Cushman & Wakefield também quis saber se
houve impacto da quarentena em projetos de locação ou
de reforma em novos escritórios. Segundo 12,3% dos
entrevistados, houve interrupção nos planos devido à
adoção da política de home office, enquanto 17,2%
disseram que a paralisação se deu por outros motivos.
Na outra ponta, 14,8% dos tomadores de decisão
garantiram que não houve interrupção e que o plano de
locação e/ou obra se mantém. A maioria, no entanto, disse
que não houve qualquer impacto, pois não havia plano em
curso.
Notícias: Indústria de FIIs
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Boa parte da base de locatários da Housi é formada por
jovens executivos, com idade média de 35 anos. A startup
vem identificando, no entanto, a ampliação desse perfil.
“Hoje, temos usuários de 18 a 70, 80 anos”, diz Frankel.
Para atender a esse público cada vez mais diverso, outro
foco é ampliar o leque de serviços ofertados nos
empreendimentos por meio de parceiros. Hoje, a Housi já
mantém acordos com mais de 20 startups, entre elas, iFood,
com armários para entrega de comida, Grow, com bicicletas
elétricas, e Sing, que oferece serviços de manicure e
pedicure.
Um dos próximos passos, também influenciado pela Covid-
19, é dar acesso a serviços de telemedicina, por meio de
uma parceria com a Docway, o que irá envolver a instalação
de equipamentos nos empreendimentos.
01/05 - Setor de coworking sente baque da crise e fecha
unidades – Estado de S. Paulo
Setor do mercado imobiliário que mais cresceu nos últimos
anos, os escritórios compartilhados sofreram um baque
com a pandemia do novo coronavírus, quando passaram a
vigorar o isolamento social, o trabalho em casa e a crise
econômica.
Esses fatores são exatamente o oposto do que propõe essa
categoria de imóveis – também chamada de coworking –
destinada a profissionais liberais e empresas com poucos
funcionários que não querem gastar muito dinheiro com
uma sede própria e buscam um espaço flexível, já
equipado, com prazo de locação mais curto, e pronto para
reunir as pessoas.
Os dados mais recentes do Censo Coworking mostram que
o número de escritórios compartilhados no Brasil cresceu
de 238 unidades em 2015 para 1.497 em 2019, um salto de
523%. Para este ano, o setor esperava continuar crescendo,
mas a quarentena provocou uma revisão das expectativas.
Algumas unidades já foram fechadas e outras estão
revendo seu modelo de operação para incorporar novos
conceitos de segurança e saúde herdados desta pandemia.
A WeWork está revisando seu portfólio e renegociando
contratos de ocupação com os donos dos prédios em
vários países onde está presente. A companhia é uma das
líderes globais neste mercado, com 828 unidades ao redor
do mundo, sendo 28 no Brasil. Por aqui, o grupo já decidiu
fechar três escritórios.
Dois ficam nos bairros de Botafogo e Ipanema (Rio de
Janeiro) e serão encerrados em alguns meses. Outro é um
escritório que seria aberto em Alphaville (Grande São
Paulo), mas o plano foi abortado em meio à crise.
Já a procura por estadias mais longas cresceu 50%, de abril
para maio. “Hoje, 84% da demanda na plataforma já é de
longa permanência”, afirma Frankel, que não enxerga
mudanças nesse cenário, ao menos no médio prazo.
A pandemia está no centro de outra novidade. De olho em
um público que busca um ambiente fora de casa, seja para
um momento de descompressão ou para se concentrar no
trabalho, a startup lançou, também na sexta-feira 29 de
maio, o House Break, serviço de locação de apartamentos
por hora.
Os preços variam de R$ 80, por duas horas, a R$ 220, por
um período de doze horas. A princípio, a oferta, inspirada
no modelo da startup americana Globe, estará disponível
durante a pandemia. Mas não está descartada sua
permanência no pós-Covid-19.
“Ao contrário de mercados como a Europa, onde a moradia
como serviço é bastante comum, no Brasil, esse conceito
ainda está em desenvolvimento”, diz Rafael Scodelario,
consultor do mercado imobiliário.
Ele entende que a Housi tem condições de ser uma das
protagonistas na consolidação desse modelo no País. “Além
de serem um dos pioneiros, eles trabalham com estoque
próprio e de outras incorporadoras, e estão capitalizados.”
Expansão
Além dos novos formatos, o plano da Housi é ampliar o
leque de unidades disponíveis para os usuários. Para essa
estratégia de expansão, além do aporte da Redpoint
eventures, a empresa conta com os R$ 57 milhões captados
a partir do lançamento, em março, de um fundo imobiliário.
Atualmente, além de opções em 24 bairros de São Paulo,
ponto de partida do lançamento da operação, a startup já
tem imóveis para locação, próprios ou de terceiros, em
Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE). No total,
são R$ 4 bilhões de ativos sob gestão.
Até o fim do mês, a empresa vai estrear nos mercados de
Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e
Salvador (BA). Nesse roteiro, a entrada envolve a parceria
com incorporadoras parceiras, com empreendimentos
novos, retrofits e alguns, já em operação. A previsão é
fechar o ano com atuação em 20 cidades do País.
Ao mesmo tempo, a Housi tem mais sete empreendimentos
de sua própria lavra em construção na capital paulista. Um
empreendimento na região da Faria Lima e outro nas
redondezas da Avenida Paulista estão entre os projetos
previstos para entrarem em operação ainda nesse ano.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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“Tenho visto muitos coworkings quebrarem. Esses casos são
de estabelecimentos inadequados, em casarões antigos,
que atendem um tipo de público mais vulnerável”, observa
Tiago Alves, presidente local da IWG, multinacional dona
das marcas Regus e Space. O grupo tem 70 unidades em
operação no Brasil e outras cinco em construção. Cerca de
75% dos seus clientes no País são de empresas de portes
médio e grande. Entre elas estão multinacionais e startups
que, apesar de reunirem poucos funcionários por aqui, têm
fôlego financeiro suficiente para enfrentar esse período
mais difícil.
Mas a diminuição no número de competidores não significa
que a demanda pelo coworking vai despencar. Pelo
contrário, diz o presidente local da IWG. “O futuro são os
coworkings. Não pelo apelo network, nem porque são
descolados. Mas sim porque cada vez mais as empresas vão
buscar espaços flexíveis e com custos menores”, estima
Alves.
Na sua avaliação, o mercado nacional caminhará para uma
consolidação, em que as empresas pequenas e bem
estruturadas serão compradas pelas grandes. Já as donas
de imóveis pouco funcionais podem acabar quebrando na
esteira da crise.
Por sua vez, o vice-presidente de Intermediações
Imobiliárias do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio
Hermolin, acredita numa transformação do mercado. “Os
espaços de coworking que só oferecem uma baia e um
lugar para ligar o notebook vão desaparecer. Aqueles que
oferecem mais tipos de experiências, aí sim vão sobreviver”,
projeta.
Hermolin estima que as empresas farão esforços para criar
ambientes mais colaborativos, reunindo profissionais de
áreas semelhantes, com sinergia no contato, além de
oferecer opções de cursos, palestras e capacitação. “O
modelo de coworking certamente não vai acabar, mas vai
precisar se reinventar para agregar novos serviços”, diz.
02/06 – Por que o WeWork está otimista com a crise nos
escritórios – Exame
A pandemia do novo coronavírus pegou o WeWork, maior
empresa de coworking do mundo, em um de seus piores
momentos. No mês passado, o mega investidor Masayoshi
Son, presidente do Softbank, que investiu mais de 10
bilhões de dólares na empresa, disse que errou ao apostar
suas fichas no negócio.
A companhia é atualmente avaliada em cerca de 2,9 bilhões
de dólares. Em dezembro de 2019, valia mais que o dobro:
7,3 bilhões de dólares. Em setembro do ano passado, o
fundador Adam Neumann deixou o comando da empresa
depois que a oferta inicial de ações (IPO) na bolsa não
aconteceu. Agora o negócio é liderado pelo executivo de
ascendência indiana Sandeep Mathrani, com experiência no
ramo imobiliário.
Neste caso, a WeWork antecipou a rescisão do seu contrato
de locação de dois andares no edifício Evolution Corporate,
conforme a Coluna do Broadcast apurou com fontes de
mercado.
A Wework confirmou o fechamento dessas unidades, mas
negou que seja reflexo da pandemia. “A companhia está
constantemente avaliando suas operações e ativos em nível
global de forma a prestar o melhor nível de serviço aos seus
membros e otimizar o seu portfólio”, afirma Lucas Mendes,
diretor geral da WeWork no Brasil.
Obstáculos para a retomada do coworking
Neste momento, o maior obstáculo para o mercado de
coworking em qualquer capital do planeta está em fazer
com que os clientes se sintam seguros para voltar a ocupar
os imóveis por conta dos efeitos da pandemia. Essa
dificuldade é vista em qualquer categoria de imóvel
comercial, mas o setor tem suas peculiaridades.
“O coworking vai ser atingido pelo covid-19 porque se trata
de um espaço para compartilhamento, o que vai na
contramão das orientações, que são de isolamento. O
coworking é um espaço adensado, com muitas estações de
trabalho, salas de reunião e café”, observa a Diretora de
Representação de Ocupantes da consultoria imobiliária JLL,
Monica Lee.
Por consequência, é provável que este segmento feche
mais unidades e deixe espaços vagos nos edifícios
corporativos que ocupa nas capitais. Em São Paulo, por
exemplo, as empresas de coworking ocupam 10% da área
disponível dos prédios de classe A espalhados por eixos
como Faria Lima, Vila Olímpia e Avenida Paulista, de acordo
com a JLL.
Para contornar esse obstáculo, a WeWork decidiu fazer
algumas mudanças no design e na rotina dos seus espaços
compartilhados. A companhia reforçou a limpeza e passou
a escalonar espaços nos escritórios para dar mais segurança
aos usuários. A princípio, a mudança tem dado certo, diz
Mendes. “A maioria das unidades da WeWork na China
começou a reabrir no final de fevereiro e março. Nossa
unidade em Wuhan (epicentro da covid-19), por exemplo,
está agora de volta ao normal em termos de acessos
diários. Essa experiência tem sido semelhante no Sudeste
Asiático e na Coreia do Sul”, relata.
Consolidação e transformação do mercado de coworking
Enquanto os grandes nomes do setor se reorganizam, as
maiores vítimas da crise devem ser as empresas pequenas,
donas de algumas poucas unidades, montadas em imóveis
improvisados e localizadas em bairros ou cidades sem tanta
atividade de escritórios. Essas operadoras atendem clientes
que foram justamente os mais abalados pela crise
econômica, como microempresários, autônomos e
informais.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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Com isso, a capacidade dos escritórios tende a diminuir, o
que afeta a receita da companhia. A flexibilidade nos
contratos também torna mais fácil para empresas em
contenção de custos simplesmente deixarem o WeWork. A
empresa tem conversado com proprietários e locatários
para negociar contratos de aluguel, quando necessário. O
WeWork tem hoje 20 mil clientes no país e não divulga
quantos encerraram contrato devido à crise.
Ainda que traga um alento para o modelo de negócio da
empresa, a pandemia do novo coronavírus não tem sido
fácil para o WeWork no Brasil e no mundo. A companhia
está em 37 países. Na semana passada, a IBM anunciou que
deixará de ocupar um espaço de 10 mil metros quadrados
do WeWork em Nova York. Em maio, anunciou o
fechamento de duas unidades no Rio de Janeiro, e agora
tem 28 unidades no Brasil, sendo 19 em São Paulo.
“Como qualquer empresa do ramo imobiliário, avaliamos o
retorno dos nossos investimentos. Mas continuamos vendo
o Brasil como um lugar de oportunidades. A revisão de
portfólio está ocorrendo no mundo todo”, afirma Mendes.
Segundo ele, novos fechamentos podem ocorrer, mas não
há planos imediatos por ora.
Sobre as recentes notícias envolvendo a companhia e o
Softbank, Mendes diz que não são uma preocupação para a
operação brasileira. “Existe esse barulho, mas isso não tem
a ver com o nosso dia-a-dia. Temos um plano de cinco
anos pra ficarmos rentáveis e estamos focados em cumprir
esse plano.”
02/06 - Aliansce Sonae e BR Malls confirmam descontos no
aluguel de maio para lojistas – Estado de S. Paulo
A Aliansce Sonae e BR Malls também confirmaram, a
exemplo da Iguatemi, que mantiveram as medidas
excepcionais em contratos com seus lojistas no mês de
maio. A primeira afirma ter concedido desconto no aluguel
em maio, mas acrescenta que a decisão "foi mera extensão"
do benefício já concedido nos meses de março e abril.
"A medida, portanto, foi meramente circunstancial dado
que os Shoppings permaneceram fechados naquele mês
em razão da pandemia. Apenas os lojistas adimplentes com
as suas obrigações perante a Companhia, farão jus aos
descontos", afirma a Aliansce em comunicado ao mercado
ao responder ao questionamento da CVM e da B3 sobre
notícia antecipada pela Coluna do Broadcast.
A BR Malls, por sua vez, afirma ter decidido não cobrar, em
caráter excepcional no mês de maio, o aluguel mínimo para
os locatários/lojistas cujas atividades tenham sido
interrompidas durante todo o mês ou a "cobrança
proporcional aos dias de funcionamento e que tenham se
mantido adimplentes com o pagamento dos encargos
condominiais, exceto para operações pontuais, cujas
restrições e impactos dos fechamentos não foram
substanciais, como Mercados, Bancos, Caixas Eletrônicos".
No entanto, a crise mundial causada pele pandemia pode
trazer algumas boas notícias para o WeWork. “O mercado
imobiliário comercial sofreu com esse momento e vai
continuar a sofrer. Algumas mudanças vão ter efeito mais
duradouro e nós estamos bem posicionados porque somos
flexíveis. A crise provou a validade dessa flexibilidade”,
afirmou Lucas Mendes, diretor geral do WeWork Brasil, em
entrevista a EXAME.
Segundo Mendes, o WeWork tem sido procurado por
empresas em busca de soluções mais personalizadas e
flexíveis para seus escritórios. “No modelo tradicional de
escritório, a empresa contrata arquiteto, assina contratos
com prazo de locação longos. Se acontece algo e ela
precisa reduzir de 1.000 para 500 postos de trabalho, vai ter
dificuldades”, afirma. “Já nós temos produtos ultra
personalizados, e essa característica está mais valorizada
agora. Não sabemos até quando vamos conviver com
quarentenas e é muito difícil para as empresas tomarem
decisões com impacto de longo prazo”, diz.
A pandemia tem levado a demissões e, no limite, parte dos
escritórios podem ficar vazios. Gerenciar esse custo é um
desafio para as companhias em um momento que exige
controle de gastos para garantir a sobrevivência do
negócio. Por outro lado, a experiência do home office no
período da quarentena tem levado empresas a
considerarem manter a prática mesmo com o fim do
isolamento social, o que também muda a quantidade de
postos de trabalho necessários nos escritórios.
No WeWork os tempos de contrato são mais dinâmicos —
há opções com duração a partir de um mês, e ampliar ou
reduzir o número de posições no escritório fica mais
simples. Na visão de Mendes, a tendência pós-pandemia é
que as empresas continuem vendo a importância em ter
seus próprios escritórios, mas o espaço será repensado.
“Por melhor que as empresas trabalhem online, elas vão
continuar vendo valor em se encontrar. E nós vamos
promover isso da forma mais segura possível”.
Todos os seus escritórios brasileiros permanecem abertos,
apesar das restrições à mobilidade, uma vez que algumas
empresas instaladas neles atuam em serviços essenciais. Já
os eventos, importantes para um negócio que também tem
como meta estabelecer conexões, foram todos para o
ambiente virtual.
Nesse período, a empresa tem feito adaptações para
garantir mais higiene e distanciamento social. Dentre as
medidas adotadas estão a instalação de maçanetas e
dispensers de sabonete acionados por aproximação,
eliminando a necessidade tocá-los com as mãos. As salas
de reunião tiveram sua capacidade reduzida, assim como os
espaços de trabalho coletivo. As rotinas de limpeza foram
reforçadas. Há ainda sinalizações em espaços como
corredores e elevadores a fim de evitar aglomerações.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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Esse é um movimento que acontece no Cubo, localizado na
zona sul de São Paulo. O centro de startups administrado
pelo banco Itaú não tem a locação como principal fonte de
renda – a maior parte dos recursos vem do patrocínio de
empresas interessadas em estar “perto da inovação”. Isso
não impediu o espaço de entrar num movimento de
renegociação com as 130 startups e as 30 grandes
empresas que mantêm seus braços de inovação no local.
“Procuramos as startups com um plano de auxílio enquanto
o Cubo estiver fechado. Aquelas que ocupam até 10
cadeiras, pagarão por uma. As que têm mais de 10 cadeiras,
pagarão por três”, explica Pedro Prates, responsável pelo
Cubo Itaú. Até o momento, nenhuma startup presente no
Cubo fechou as portas – para estar no local, é preciso
passar por um comitê de seleção e pagar pelo menos R$ 1
mil para cada posição no prédio.
Porém, o edifício de 13 andares que sedia o Cubo, no qual
circulam entre 1 mil e 2 mil pessoas por dia, também é
alugado, o que forçou a organização a se readequar. Prates
não confirma se houve renegociação no contrato, mas diz
que precisou rever e cortar diversos custos do local.
Maior empresa do setor, a ponto de ter virado sinônimo de
escritório compartilhado, o WeWork também confirmou ao
Estadão que foi afetado pela pandemia. Com 828 unidades
em todo o mundo, a empresa já vinha tendo problemas
antes mesmo da crise – no ano passado, a startup fundada
por Adam Neumann cancelou seus planos de abertura de
capital por problemas de governança e falta de solidez em
seu modelo de negócios, com dificuldades para dar lucro.
O drama continua: no mês passado, a agência de notícias
Bloomberg reportou que a avaliação de mercado da
empresa foi reduzida para US$ 3 bilhões – na época do
plano de abertura de capital, esse número girava em torno
de US$ 47 bilhões. Mas a empresa não perde as esperanças.
“Em alguns mercados em que nossas unidades já foram
reabertas, como na Ásia, já é possível perceber que a
demanda pelo produto da WeWork está muito relacionada
à reavaliação, por parte das empresas, da necessidade de
contratos de longo prazo”, explica Lucas Mendes, diretor
geral da companhia no Brasil.
Flexibilidade
Para Roberta, a flexibilidade é algo que pode ajudar o setor.
“Os coworkings surgiram em 2008, após a crise do mercado
imobiliário nos Estados Unidos. “Quem sobreviver à crise de
agora vai crescer”, afirma. E enquanto as startups e algumas
companhias questionam se um espaço compartilhado vale
a pena, outras podem se interessar pelo modelo justamente
depois da quarentena, após serem forçadas a descobrir que
podem funcionar longe de seus escritórios.
Foi adotada ainda a cobrança do aluguel percentual
contratado em relação às vendas não presenciais ou físicas
(onde possível) ocorridas no período.
A Aliansce destaca em seu comunicado que não
estabeleceu nova política de cobrança ou descontos para
os meses subsequentes à reabertura. Já a BR Malls pondera
que não há como antecipar as decisões que serão tomadas
em relação aos próximos meses.
03/06 - Escritórios compartilhados buscam saídas durante e
depois da quarentena – Estado de S. Paulo
Além do uso esperto de tecnologia, da predileção por
apelidos baseados em animais fantásticos e de um
vocabulário próprio, uma das ideias que as startups
ajudaram a popularizar ao longo da última década foi o uso
de escritórios compartilhados. Com bancadas coletivas, um
estilo de decoração próprio e café ou água saborizada à
disposição, esses espaços pipocaram nas grandes cidades
do mundo, chamando a atenção de empresas que
buscavam flexibilidade na hora de pôr a mão na massa.
Agora, porém, com a onda de isolamento social e novas
precauções por conta da pandemia do coronavírus, esse
modelo se encontra numa encruzilhada.
O problema já começou por conta da quarentena, quando
muitos desses espaços tiveram de fechar, obedecendo a
ordens das autoridades. Em pesquisa realizada com 39
escritórios compartilhados no País, 92% deles afirmaram ter
queda de faturamento no primeiro mês de pandemia –
mais da metade, segundo o estudo feito pelo Instituto
Nexxera e pelo Studio Sapienza, tiveram queda de receita
entre 25% e 75%. É um impacto menor do que outros
setores, mas ainda assim é significativo.
“Os espaços de coworking não foram afetados
imediatamente como restaurantes. Estima-se que até 15%
dos espaços devem fechar no Brasil, pois essa é uma crise
de fluxo de caixa” diz Roberta Vasconcellos, fundadora da
BeerOrCoffee, startup que funciona como uma plataforma
de escritórios compartilhados. Por meio de uma assinatura,
o usuário da empresa pode acessar coworkings em mais de
150 cidades brasileiras. “A crise deve afetar principalmente
os nomes menores do setor”, afirma a executiva.
O tamanho exato do impacto ainda é difícil de medir. Tanto
startups quanto escritórios estão renegociando os seus
contratos de aluguel de espaços para tentar baixar os
custos durante a crise. “Por enquanto, apenas dois ou três
espaços deixaram a nossa rede”, diz Roberta. Na pesquisa
da Nexxera, apenas 2%, ou um único espaço, afirmou que
fechará as portas, enquanto 71% disseram que estão
renegociando contratos como estratégia de retenção.
Renegociação
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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Fundos de shoppings são a terceira maior categoria do
setor
Os fundos de shoppings representam 16,6% do mercado de
fundos imobiliários. É a terceira maior categoria de ativos
no setor, atrás de fundos de títulos (26%) e lajes
corporativas (22,3%).
O otimismo com os fundos de shoppings até o começo do
ano era justificado pelo movimento de recuperação da
economia brasileira, com melhora de emprego, renda e
consumo da população (ainda que a passos lentos). Na
prática, todos os movimentos apontavam para aumento da
ocupação dos shoppings e dividendos mais gordos para
investidores.
Mas a pandemia fechou todos os shoppings do País no fim
de março. As vendas foram a zero e os grupos foram
obrigados a suspender ou reduzir aluguéis dos lojistas.
Como consequência, os fundos de shoppings cortaram
dividendos e ainda não retomaram. Entre os cinco fundos
imobiliários de shoppings mais líquidos na bolsa, um parou
de distribuir dividendos desde março (XP Malls), e os outros
quatro (Hedge Brasil Shopping, Vinci Shopping Centers, HSI
Malls e Malls Brasil Plural) diminuíram os proventos entre
50% e 80%, aproximadamente, conforme levantamento da
Eleven Financial.
Reabertura de shoppings não significou retomada nas
vendas
Mesmo depois de iniciada uma volta gradual das operações
– o Brasil tem hoje cerca de 40% dos shoppings reabertos -,
a expectativa é que os fundos de shoppings ainda
demorem meses para normalizar o pagamento de
proventos. A nova realidade pode inibir o interesse de parte
dos investidores.
“A retomada da atividade nos shoppings não vai ser rápida.
Os administradores vão ter muito trabalho em lidar com
fechamento de lojas e aumento da inadimplência nos
próximos meses”, diz Rafaela Vitória, economista-chefe do
Banco Inter. “A vacância nos bons shoppings hoje é de 2% a
3%, mas prevemos que podem chegar a 15% em alguns
casos.”
Analistas dizem haver muitas barganhas neste momento
Por outro lado, ela afirma que muitos fundos imobiliário
representam uma “barganha” neste momento, porque o
valor das cotas caiu muito. “Considerando o preço hoje,
vemos muitos fundos descontados, o que gera alguma
atratividade para uma compra agora pensando no retorno
lá na frente”, diz Rafaela. “Com o corte de dividendos, o
investidor foi embora e desconsiderou que há fundos com
ativos de boa qualidade sendo reabertos e que terão
retomada do movimento ao longo dos próximos meses.”
Além da flexibilidade de contratos, as empresas de
qualquer tipo vão precisar de espaços com mais
possibilidades. Estima-se que, ao mesmo tempo que
procurarão escritórios menores, elas precisarão de mais
espaço entre cada uma das pessoas – segundo a
Organização Mundial da Saúde, o espaçamento de cadeiras
deverá ser de 1,8 metro no escritório do futuro.
Até mesmo a localização dos escritórios deverá ser mais
flexível. Um dos movimentos é que startups e empresas
tentem colocar funcionários em espaços mais próximos de
suas residências. Isso ajudaria a evitar o uso de transporte
público, que tem potencial de aglomerações.
No final das contas, não é a quantidade café gourmet ou o
móvel descolado que determina qual startup será a mais
inovadora – uma aparência na qual muita gente acreditou.
“O que torna faz uma startup ser uma startup não é o
espaço físico ou o escritório”, afirma André Barrence, chefe
do centro Google for Startups de São Paulo. “É muito maior
e estamos colocando isso à prova. É um bom momento
para quem quer sair fortalecido.”
04/06 - “Home office” pode alcançar 20 milhões de
trabalhadores no Brasil, estima Ipea – Valor Economômico
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) divulgado ontem mostra que o trabalho por “home
office” poderá alcançar 22,7% das ocupações existentes no
país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas.
Se confirmado, o cenário coloca o Brasil na 45ª posição
num ranking de 86 países com trabalho remoto elaborado
por pesquisadores da Universidade de Chicago e que teve
metodologia replicada pelo Ipea. Na América Latina, ficaria
em 2º lugar.
Os dados constam do estudo “Potencial de Teletrabalho na
Pandemia: Um Retrato no Brasil e no Mundo”, feito em
parceria pelos pesquisadores Felipe Martins e Geraldo
Góes, do Ipea, e José Antônio Sena, do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
05/06 - Fundos imobiliários de shoppings passam de
‘queridinhos’ a ‘aposta de longo prazo’ – Estado de S. Paulo
Os fundos imobiliários especializados em shopping centers
mudaram significativamente de status durante a
quarentena, passando de “sensação do momento” para
uma “aposta de longo prazo”, segundo analistas do setor.
Esta categoria de fundo tem demorado mais para se
recuperar do baque sofrido pelo mercado financeiro, em
comparação com outras classes de ativos imobiliários.
Até aqui, os fundos de shoppings acumulam desvalorização
média de 30% no ano. Esta perda é mais profunda do que a
vista nos fundos de tijolos (-18,8%), que englobam também
lajes corporativas, galpões logísticos e hotéis, por exemplo.
O desempenho também é pior que dos fundos de títulos (-
10%), de acordo com pesquisa do Banco Inter.
Notícias: Indústria de FIIs
Relatório Semanal - FIISFundos de investimento imobiliários
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O analista de real estate da Eleven Financial, Raul Grego, diz
haver potencial de valorização das cotas de fundos de
shoppings na ordem de 20% a 25% nos próximos 12 a 18
meses. “Se isso se materializar, vai ser um baita de um
retorno”, afirma.
Mas esse caminho ainda é repleto de incertezas, de acordo
com ele. Grego diz que os shoppings já reabertos estão
com nível de vendas cerca de 30% a 50% menor do que no
período pré-crise. A normalização dos negócios deve levar
em torno de dois anos. “O shopping é um ponto de
aglomeração, justamente o que muita gente está querendo
evitar neste momento. Ainda vai demorar para se reverter
isso”, afirma.
Ainda assim, para Grego o tamanho da queda no valor das
cotas destes fundos – que chegou a 40% no pico da crise –
foi “irracional”, o que abre a oportunidade de compra. “Os
ativos não perderam 40% do seu valor intrínseco de longo
prazo. Quem comprar agora poderá se aproveitar deste
ganho de capital potencial”, afirma.
Pesquisa mostra insatisfação de investidores com fundos de
shoppings
A dica vale para investidores frustrados com os fundos de
shoppings. Pesquisa realizada pela consultoria Brain
mostrou que, em março, esta categoria de ativos era bem
avaliada por 64% dos investidores, patamar que caiu para
36% em maio.
“A maior insatisfação hoje está nos fundos de shoppings.
Eram a vedete, queridinhos dos investidores, eram o que
mais pagavam remuneração. Mas sofreram muito com a
pandemia”, disse o sócio-diretor da Brain, Fábio Tadeu
Araújo. De acordo com a pesquisa, 77% dos investidores
disseram ter vendido cotas dos fundos de shoppings na
pandemia.
Investidor deve voltar à categoria
A boa notícia para o mercado de fundos imobiliários em
geral, segundo Araújo, é que 77% do total de investidores
decidiram permanecer no mercado, enquanto só 23%
pararam de investir. Destes, 38% disseram que pretendem
voltar em até 6 meses. O levantamento consultou 870
investidores em março e outros 787 em maio.
“Isso mostra que o mercado é resiliente mesmo na crise.
Não houve debandada geral de investidores, porque eles
perceberam que os fundos estão se saindo melhor do que
outros ativos”, diz Araújo.
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