Fundeagro

Crescendo comSustentabilidade

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SUMÁRIO

Crescendo com Sustentabilidade

Desenvolvimento com responsabilidade 5

Biênio 2009/2010 6

Biênio 2011/2012 7

Com a palavra o presidente 9

Palavra de governador 13

Seagri, participação ativa 14

Oportunidade digital 16

Tecendo vidas 19

No algodão bicudo não entra 22

Tecnologia em ação 24

Sustentabilidade verde 25

No campo e na mesa com o algodão 27

Não existe tecnologia sem investimento 30

Pequenos gigantes 32

Chancela internacional 35

Edificando para o futuro 37

Plano oeste sustentável 38

Contribuição coletiva para uma causa específica 39

Algodão da Bahia para o mundo 40

Abapa e Fundeagro, uma parceria de sucesso 41

Preservação na produção 43

DESENVOLVIMENTO COM RESPONSABILIDADE


u s t e n t a b i l i d a d e n a

cotonicultura, esse é o papel do SFUNDEAGRO, Fundo para o

Desenvolvimento do Agronegócio do

Algodão.

Instituído a partir de 2002, os

recursos arrecadados pelo Fundeagro

correspondem a 10% do ICMS

incidentes sobre a comercialização do

algodão produzido na Bahia. O

depósito deste valor é uma das

condicionantes para que o produtor

tenha acesso ao benefício do

PROALBA - Programa de Incentivo a

Cultura de Algodão do Estado da

Bahia, inst i tu ído pela Lei Nº

7.932/2001, que permite a concessão

de incentivo fiscal com redução de até

50% do ICMS incidentes sobre o valor

da comercialização do algodão em

pluma comercializado no mercado

interno brasileiro, além da fronteira

baiana.

Para ter acesso ao PROALBA o

agricultor deve seguir uma série de

regras ambientais e técnicas como a

manutenção das áreas de reserva

legal, correta utilização de defensivos e

devolução de suas embalagens, uso

racional da terra, rotação de culturas,

uso de sementes legais, destruição de

soqueiras e tigüeras dentro dos prazos

legais, entre outros.

A Agência Estadual de Defesa

Agropecuária da Bahia - ADAB,

Empresa Baiana de Desenvolvimento

Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária – Embrapa

Algodão e Fundação de Apoio a

Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste

Baiano - Fundação Bahia são alguns

dos parceiros do Fundeagro no

desenvolvimento de pesquisas

agronômicas e defesa fitossanitária,

marke t ing e es t ru tu ração da

cotonicultura no Estado da Bahia.

Dentre outras linhas de atuação,

destacam-se também, os projetos

sociais e de preservação ambiental,

pois desde sua implantação, o

Fundeagro aportou recursos para

financiamentos de 207 projetos nas

suas diversas áreas de atuação.

A Associação Baiana dos

Produtores de Algodão - ABAPA, a

Associação de Agricultores e Irrigantes

da Bahia - AIBA, e o Governo do estado

da Bahia, através da SEAGRI, a

Secretaria da Fazenda do estado da

Bahia – SEFAZ, a Associação dos

Engenheiros Agrônomos - AGROLEM

e os representantes das Indústrias de

Beneficiamento de Algodão - ABIA,

também são importantes parceiros do

FUNDEAGRO.

5

Dentre outras

linhas de

atuação,

destacam-se

também, os

projetos sociais

e de

preservação

ambiental.

6

DIRETORIA DO FUNDEAGRO - Biênio 2009/2010


Conselho Diretor

Conselho Fiscal

PresidenteEzelino Carvalho

SecretárioMauro Di Domênico

1ª TesoureiraIsabel da Cunha

2º TesoureiroAmauri Stracci

1º TitularAdilson Sujuki

2º TitularWaltemilton Vieira Cartaxo

3º TitularMárcio da Cunha

1º SuplenteAldemiro Andrighetti

2º SuplenteBruno Coelho Soares

3º SuplenteBruno Zuttion

Conselho Gestor

AbapaIsabel da Cunha

AibaSérgio Pitt

Fundação BaAmauri Stracci

ConsultoresEzelino Carvalho

IndústriasMauro Di Domênico

SeagriJairo Pinto Vaz

EmbrapaCarlos Alberto D. da Silva

EBDAMarcílio Flores Seixas

ADABArmando Sá Nascimento Filho

SefazMiguel Medrado O. Neto

Crescendo com Sustentabilidade 7

Conselho Diretor

Conselho Fiscal

PresidenteAdemar Antônio Marçal

SecretárioJoão Carlos Jacobsen Rodrigues

1ª TesoureiraAmauri Stracci

2º TesoureiroPaulo Jorge Silva Mota

1º TitularJairo Pinto Vaz

2º TitularMauro Di Domenico

3º TitularCelito Eduardo Breda

1º SuplenteArmando Sá Nascimento Filho

2º SuplenteCarlos Augusto Araújo Santos

3º SuplenteZirlene Luzia Dias Pinheiro

Conselho Gestor

AbapaJoão Carlos Jacobsen Rodrigues

AibaAdemar Antônio Marçal

Fundação BaAmauri Stracci

AgrolemEzelino Carvalho

AbiaPaulo Jorge Silva Mota

SeagriJairo Pinto Vaz

EmbrapaCarlos Alberto D. da Silva

EBDAMarcílio Flores Seixas

ADABArmando Sá Nascimento Filho

SefazMiguel Medrado O. Neto

DIRETORIA DO FUNDEAGRO - Biênio 2011/2012


“Quando

falamos em

desenvolvi-

mento, é só

olhar ao nosso

redor, é fácil

enxergar o

número de

pessoas

envolvidas e

beneficiadas

com a

cotonicultura.”

Fundeagro desde que foi

c r i a d o e m 2 0 0 2 v e m Oinvestindo recursos para o

C R E S C I M E N T O ,

D E S E N V O L V I M E N T O E

SUSTENTABILIDADE da cotonicultura

no estado da Bahia.

Q u a n d o f a l a m o s e m

crescimento inicialmente é citado o

aumento da área cultivada, que

registra um crescimento significante ao

longo destes anos. Saímos de pouco

mais de 60 mil hectares e estima-se

uma área de quase 400 mil ha para a

safra 2010/11 e que deve ser

ultrapassada na safra 2011/12. Fala-se

na quase não existência de indústrias

de beneficiamento, com equipamentos

antigos transferidos de outras regiões

e hoje temos um grande parque de

indústrias, já com equipamentos

modernos ou remodelamento e

modern i zação das i ndús t r i as

anteriores. Inclusive com consultorias,

t r e i n a m e n t o s e q u a l i f i c a ç ã o

financiados pelo Fundeagro.

Vimos crescer também o

comércio fornecedor de máquinas,

equipamentos, insumos e serviços. Só

para citar como exemplo, em média

para cada mil hectares de lavoura

necessita-se de um conjunto de

colheita composto de colhedeira mais

uma carreta de transbordo e uma

prensa, rebocadas por t rator,

envolvendo três operadores e pelo

menos dois auxiliares.

Q u a n d o f a l a m o s e m

desenvolvimento, é só olhar ao nosso

redor, é fácil enxergar o número de

pessoas envolvidas e beneficiadas

com a cotonicultura.

Segundo palavras do Dr. Walter

Jorge dos Santos, pesquisador do

Instituto Agronômico do Paraná -

IAPAR, "o algodão é uma cultura que

precisa de gente, e gente qualificada”.

Para contribuir com este

d e s e n v o l v i m e n t o d e n o s s a

cotonicultura e seguindo seus

objetivos estatutários, o Fundeagro

vem investindo os recursos nas áreas

de pesquisa agrícola ou agronômica e

de difusão de tecnologias, qualificação

e treinamento de pessoas em diversas

áreas de atuação, tais como, defesa

fitossanitária, questões ambientais,

promoção ou marketing nacional e

internacional e estruturação de nossas

entidades.

COM A PALAVRA, O PRESIDENTE

10 Crescendo com Sustentabilidade

Valores Arrecadados (R$)

Valores Aplicados (R$)


“Estamos

preocupados e

empenhados e

por isso

adotamos

medidas para

produzir

respeitando as

normas

ambientais,

sócio

trabalhistas e

conceitos

agronômicos

que nos

permitam

manter a

atividade ao

longo do

tempo.”

Nossos investimentos em

estruturação demonstram o caminho

para continuarmos crescendo. Hoje a

Abapa possui uma moderna sede onde

pode atender os interesses de seus

associados, possui um dos maiores e

mais modernos laboratórios de análise

de fibra da América Latina, um centro

de treinamento de mecânicos e

operadores de máquinas agrícolas. A

Fundação BA está instalada no CPTO

Centro de Pesquisa e Tecnologia do

Oeste Baiano onde dispomos de toda

uma infra estrutura para a pesquisa

agronômica, treinamentos, difusão de

tecnologias e de laboratórios de

fitotecnia.

Com estes investimentos

espera-se trazer as respostas aos

nossos problemas, criar soluções e

desenvolver novas tecnologias.

A sustentabilidade faz parte de

qualquer atividade nos dias atuais.

Estamos preocupados e empenhados

e por isso adotamos medidas para

produzir respeitando as normas

ambientais, sócio trabalhistas e

conceitos agronômicos que nos

permitam manter a atividade ao longo

do tempo. Segundo a FAO, 1.991 o

conceito de Agricultura Sustentável é o

seguinte:

• “É o manejo e conservação dos

recursos naturais e a orientação de

m u d a n ç a s t e c n o l ó g i c a s e

institucionais, de tal maneira a

a s s e g u r a r a s a t i s f a ç ã o d e

necessidades humanas para as

gerações presentes e futuras. Tal

desenvolvimento sustentável conserva

o solo, a água e recursos genéticos

animais e vegetais; não degrada o

meio ambiente; é tecnicamente

apropriado, economicamente viável e

socialmente aceitável”.

A FAO afirma que “O desenvolvimento

para ser sustentável deve ser não

apenas economicamente eficiente,

mas também ecologicamente prudente

e socialmente desejável”.

Como Conceito Prático pode-

se afirmar que “é a implantação ou

condução de um sistema de produção

onde a agropecuária torne-se

econômica, social e ambientalmente

sustentável ao longo do tempo”.

Como exemplos de práticas

para a sustentabilidade podemos citar

a adoção das normas ambientais no

que se refere a manutenção de áreas

de reserva legal e APPs, a rotação de

culturas em no máximo a cada três

anos, o projeto fitossanitário de

monitoramento e controle do bicudo

que possibilita a redução no uso de

defensivos; projetos como o PSOAL

que trata das questões sócio

ambientais ligadas a mão de obra rural,

entre outros. Temos ainda, o projeto

tecendo cidadania envolvendo tecelãs

nas comunidades de Roda Velha e

agora no Sudoeste, o projeto de

inclusão digital treinando jovens na

área de informática e qualificando-os

ao primeiro emprego, o projeto de

t re inamento de mecân icos e

COM A PALAVRA, O PRESIDENTE


“O algodão

exige muito

dinamismo em

sua condução e

não

poderíamos

deixar de citar a

enorme

contribuição

dada pela área

técnica no

crescimento e

desenvolvimen-

to desta

cultura.”

operadores para formar e qualificar

pessoas para o trabalho nas fazendas.

Um projeto importante e que a Bahia

também faz parte é a parceria da

Abrapa com o Better Cotton Iniciative -

BCI que é uma ONG internacional que

promove a produção do algodão com

práticas corretas nos aspectos sociais

e ambientais.

O Fundeagro para desenvolver

seus objetivos necessita de entidades

parceiras, sem fins lucrativos para

executar os projetos. Nossos principais

parceiros são a ABAPA, FUNDAÇÃO

BAHIA, AIBA e AGROLEM como

instituições privadas locais, e SEAGRI,

EBDA e ADAB ligadas ao governo do

estado, a Embrapa Algodão e outras

unidades da Embrapa, Universidades

e outras instituições de pesquisa e

qualificação em níveis local e nacional.

A seleção destas entidades é feita

através de edital público, por meio de

apresentação de cartas consulta e

posteriormente de projetos técnicos.

O a lgodão ex ige mu i to

dinamismo em sua condução e não

poderíamos deixar de citar a enorme

contribuição dada pela área técnica no

crescimento e desenvolvimento desta

cultura. Assim, queremos agradecer e

parabenizar através da AEAB e

AGROLEM a todos os Engenheiros

Agrônomos que, muitas vezes

anonimamente, contribuem com seu

trabalho e dedicação tanto na atividade

profissional como nas instituições de

classe, fazendo parte da história de

nossa agricultura.

A continuidade do PROALBA - Programa

de Incentivo a Cultura do Algodão no

Estado da Bahia é de fundamental

importância para mantermos nosso

desenvolvimento. O Fundeagro, demais

instituições parceiras e nossos produtores

saberão reconhecer esta iniciativa do

estado da Bahia e trarão as respostas com

mais produção, produtivdade, geração de

emprego, renda e melhorando a qualidade

de vida daqueles que se inserem nesta

cadeia produtiva com reflexos positivos

em toda a sociedade.


“Oito anos de

Fundeagro e eu

espero que em

mais oito, a

gente possa

produzir ainda

mais".

sse é tipo da boa idéia que

funcionou e por isso ela Ec o n t i n u a e x i s t i n d o . O

Fundeagro que foi prorrogado no

nosso governo realmente ele propicia a

alavancagem e o desenvolvimento

técnico e tecnológico dos produtores e

é a amostra de que quando a iniciativa

privada e o poder público, governo

estadual querem eles podem construir

uma parceria que faz bem para os

empresários e faz bem para o estado

na medida em que aproveita para

PALAVRA DE GOVERNADOR

desenvolver, gerar emprego, e criar

riquezas numa região tão importante

quanto o nosso oeste baiano.

Aproximadamente 95% do

algodão produzido na Bahia é de

origem do Oeste do estado, porém, os

benefícios do FUNDEAGRO se

estendem à região do Vale do Iuiú,

onde fica o município de Guanambi.

Esta região já foi a maior produtora de

algodão da Bahia, hoje se caracteriza

pela agricultura familiar também de

grande importância para a Bahia.

14

SEAGRI, PARTICIPAÇÃO ATIVA


m entrevista ao Fundeagro o

Secretário de Agricultura do Eestado da Bahia, Sr. Eduardo

Salles explanou sobre as ações da

instituição.

Fundeagro: O que é o Fundeagro?

Eduardo Salles: O Fundeagro, em

minha opinião foi uma das melhores

decisões do governo quando foi criado.

Nós tínhamos uma cultura do algodão

que era tímida no estado da Bahia,

uma cultura que tinha muito a avançar

e naquele momento em que foi criado o

Fundeagro, tudo começou a mudar e

foi possível avançar na cultura. Hoje a

cultura do algodão na Bahia é um

exemplo, nós somos o segundo maior

produtor do país com fibras de

altíssima qualidade.

F: É uma fórmula que deu certo?

E S: Sim, o Fundeagro é um exemplo

“Eu costumo

dizer que o

Fundeagro é o

“Hobin Hood”

da agricultura,

mais

precisamente

na cultura do

algodão,

porque envolve

grandes

empresários

que cultivam

algodão na

região Oeste, e

o Fundeagro

absorve

recursos

desses grandes

empresários.”

de fundo a ser seguido não só para as

outras culturas, como também poderia

servir de fundo agropecuário e um

modelo para ser seguido por outros

estados. Hoje nós temos uma

agricultura forte no Oeste da Bahia,

predominantemente com grandes

produtores em nível empresarial, a

produtividade mais elevada do mundo,

então ali o algodão encontrou o seu

habitat natural e hoje também bate

recordes de produtividades, graças ao

incentivo e apoio do Fundeagro.

F: E quanto a Agricultura Familiar?

E S: Eu costumo dizer que o

Fundeagro é o “Hobin Hood” da

agricultura, mais precisamente na

cultura do algodão, porque envolve

grandes empresários que cultivam

algodão na região Oeste, e o

Fundeagro absorve recursos desses

grandes empresários. Hoje a gente

consegue realocar esses recursos pra

regiões mais carentes, como o Vale do

Iuiú, no Sudoeste baiano que já foi a

região que mais produziu algodão na

Bahia. Ainda, o Fundeagro cuida com

programas juntamente com a

secretária de agricultura desses

pequenos. Muito tem sido feito para

reerguer essa região enquanto

produtora de algodão, para que possa

se destacar novamente. Então, na

verdade, desloca-se dinheiro de uma

grande região produtora, sendo esse

dinheiro injetado também para os

pequenos agricultores, que são os


“Hoje da forma

que está, a

Bahia sendo o

segundo maior

produtor de

algodão do país

e não termos

uma industria

têxtil instalada

no estado da

Bahia é uma

vergonha.”

16

OPORTUNIDADE DIGITAL


JJoão Batista, 18 anos, vindo de

u m a f a m í l i a s i m p l e s e

t ipicamente brasileira, um

cidadão entre tantos outros, com

esperanças sonhos e dificuldades para

enfrentar o dia a dia. Ainda quando

morava com o pai, a mãe e a irmã

caçula João teve a vida transformada.

Foi selecionado para fazer parte do

“Projeto de Inclusão Digital” promovido

pelo FUNDEAGRO.

João Batista soube aproveitar a

oportunidade e fez disso um trampolim

na sua vida profissional. Em 2006, ao

fazer o curso, ele entendeu que a

dedicação de viajar de casa, no

povoado de Roda Velha de Baixo,

município de São Desidério, até Luís

Eduardo Magalhães, toda a semana

para se especializar num curso de

tecnologia digital, faria toda a

diferença.

Atualmente, o mercado de trabalho

exige cada vez mais capacitação,

conhecimento e interesse. O objetivo é

se destacar no meio profissional.

Quando se trata de alunos

vindos de escolas públicas e com

necessidades sócio econômicas

maiores, o desafio se eleva, uma vez

q u e a c a p a c i t a ç ã o e x i g e

investimentos, sobretudo, com jovens

que estão cursando o Ensino Médio em

escolas que não dispõem de estrutura

para promover a inclusão digital.

Analisando a realidade da nossa

região, é possível constatar que é

grande o número de jovens que

concluem o Ensino Médio e não estão

preparados para trabalhar na era

digital. Isso porque não tiveram

oportunidade de aprendizado. Desde

2006, quando o projeto de Inclusão

D i g i t a l f o i i m p l a n t a d o p e l o

FUNDEAGRO, já part ic iparam

aproximadamente, 300 alunos em

turmas formadas no município de

“Para

mim esse curso

só trouxe

oportunidades.

Meus pais se

sentem

orgulhosos. Eu

penso que se

você quer você

consegue. Eu

só tenho a

agradecer e

abraçar com

todas as forças

as

oportunidades

que ainda vão

surgir.”


Muitos desses

jovens se

deslocam de

municípios

circunvizinhos,

chegando a

viajar cerca de

90 quilômetros.

Mas o esforço é

recompensado.

Barreiras, Luís Eduardo Magalhães,

São Desidério e Distrito de Roda Velha.

Os alunos são selecionados

obedecendo a critérios que incluem a

obrigatoriedade de estudar em escola

pública, além da idade média entre 16

e 19 anos, assiduidade e bom

desempenho escolar. Muitos deles se

d e s l o c a m d e m u n i c í p i o s

circunvizinhos, chegando a viajar

cerca de 90 quilômetros. Mas o esforço

é bem recompensado.

João Batista é um exemplo,

atualmente está trabalhando em uma

g r a n d e e m p r e s a q u e s o u b e

reconhecer o empenho e a capacidade

deste jovem, que não esconde o

orgulho de fazer parte deste grupo

capacitado pelo Programa de Inclusão

Digital, promovido pelo FUNDEAGRO.

Empolgado, ele se prepara para entrar

na faculdade, e já incentivou a irmã a

participar do projeto.

“Para mim esse curso só trouxe

oportunidades. Meus pais se sentem

orgulhosos. Eu penso que se você quer

você consegue. Eu só tenho a

agradecer e abraçar com todas as

forças as oportunidades que ainda vão

surgir” finaliza João.


“Essa oficina

pra mim é tudo,

é aqui que eu

me encontro,

às vezes até

esqueço-me

dessa vida

difícil.”

esde maio de 2010, através do

incent ivo f inancei ro do DFUNDEAGRO, a ABAPA -

Associação Baiana dos Produtores de

Algodão desenvolve o Projeto Social

Tecendo Cidadania.

No município de São Desidério,

Distrito de Roda Velha de Baixo,

mulheres como Dona Neuraci,

descobriram um novo caminho.

Através do Tecendo Cidadania,

aproximadamente 20 senhoras,

mulheres simples e que lutam na

lavoura diariamente, plantando e

colhendo o sustento da família em

pequenas hortas, elas aprenderam

uma nova profissão, transformaram-se

em Artesãs.

A Oficina de Tecelagem da

ABAPA trouxe a essas mulheres uma

nova perspectiva de vida, um resgate

da auto-estima e um encontro com a

própria cidadania.

Dona Neuraci Alves de Jesus,

42 anos é um exemplo disso, mãe de 6

filhas, avó e lavradora, conta que a vida

é muito difícil. “Tenho calo nas mãos,

trabalho na roça, planto, trabalho de

sacoleira, corro atrás para poder

sustentar minhas filhas sozinha e não

deixar faltar nada. Essa oficina pra mim

é tudo, é aqui que eu me encontro, às

TECENDO VIDAS E RESGATANDO CIDADANIA


“É uma

sensação boa

quando as

pessoas

gostam daquela

peça que foi

você que fez,

eu me sinto

orgulhosa

disso.

Pretendemos

crescer ainda

mais”

vezes até me esqueço dessa vida

difícil” diz Dona Neuraci.

Oferecer oportunidades de

emprego e renda a comunidade de

Roda Velha de Baixo, através do

artesanato, e ainda disponibilizar o

algodão como matéria-prima faz parte

do Tecendo Cidadania, um projeto que

capacita pessoas e promove a inclusão

social dessas mulheres.

São teares, urdideiras, cardas e

rocas que nas mãos dessas mulheres

transformam a matéria prima, que é o

algodão, em lindas peças, como

colchas, mantas e tapetes, com um

colorido natural extraído de essências

da natureza.

Andréia Andriele é a caçula da

turma. Aos 17 anos ela se sente

orgulhosa com seu trabalho, já têm

uma profissão e o seu desejo é que o

projeto cresça ainda mais. “É uma

sensação boa quando as pessoas

gostam daquela peça que foi você que

fez, eu me sinto orgulhosa disso.

Pretendemos crescer ainda mais”

finaliza Andréia.

Assim é a história de um projeto

que agrega valor ao cidadão, se

preocupa com o bem estar de uma

comunidade. A felicidade passa a ser

projeto de vida de mulheres como a

Dona Neuraci, que espera um dia ver

suas peças vendidas fora da região

oeste da Bahia. “Levar pra fora,

d i v u l g a r e a d q u i r i r n o v o s

conhecimentos, é muito bom, eu estou

animada” finaliza ela.


bicudo do algodoeiro é uma

das pragas mais perniciosas Oda cotonicultura. Por esta sua

grande capacidade destrutiva, é um

dos principais e mais importantes

destino dos recursos do Fundeagro. O

controle é feito através do Programa

Fitossanitário para Controle e

Monitoramento do Bicudo no Estado

da Bahia. Ao longo do ano, entidades

como a Associação Baiana dos

Produtores de Algodão - Abapa,

Fundação Bahia , Consul tores

Agronômicos e Governo do Estado

(SEAGRI, ADAB e EBDA) realizam

uma série de eventos e iniciativas para

o r i en tação , mon i to ramen to e

fiscalização da legislação vigente para

o combate e controle da praga.

A devastação dessa praga,

aqui, não tem vez. Para dar um suporte

maior foram aprovadas leis que

ajudam a fiscalizar as ações que

previnam a infestação do Bicudo no

algodão da Bahia. O controle do

B i cudo favo rece , t ambém, a

preservação ambiental, quanto menor

o índice da praga, menor o volume de

defensivos agrícolas aplicados no

ambiente para combatê-la.

Pedro Candido Mariano é o

Coordenador regional da ADAB,

Agênc ia Es tadua l de Defesa

Agropecuária da Bahia, e um dos

responsáveis pelo trabalho de

monitoramento do Bicudo no algodão.

São realizadas ações, de acordo com a

legislação em vigor, visando controlar o

período do plantio, limitando a data

final tanto no sequeiro quanto no

plantio irrigado para que não haja um

período muito longo de plantio nas

diversas micro regiões e que permita a

colheita até o prazo final para

NO ALGODÃO DA BAHIA, BICUDO NÃO ENTRA

O controle do

Bicudo

favorece,

também, a

preservação

ambiental,

quanto menor o

índice da

praga, menor o

volume de

venenos e

agrotóxicos

aplicados no

solo para

combatê-la.


“As infestações

da praga

também vêm

diminuindo na

região oeste e

sudoeste da

Bahia e por

conseqüência

teremos maior

produtividade,

maior qualidade

e mais

rentabilidade na

cotonicultura

baiana”.

destruição das soqueiras. A completa

eliminação de plantas de algodão tem

como objetivo eliminar qualquer parte

de planta viva do algodão permitindo

um “vazio sanitário” impossibilitando a

sobrevivência e multiplicação de

pragas. Pedro afirma que com a lei de

d e f e s a v e g e t a l , a t r a v é s d a

regulamentação do decreto nº 11.414

em 2009, esse controle ficou mais fácil.

É uma ferramenta que fortaleceu muito

o sistema, dando um maior poder de

punição. Segundo ele, quem não

cumpre as normas da legislação paga

multa ,pode ter a propriedade

interditada, ficar sujeito a perder

crédito junto às instituições financeiras,

e ainda não ser beneficiado pelo

PROALBA, principal programa do

governo de incentivo a cultura do

algodão.

O ob je t ivo pr inc ipa l do

programa de controle do bicudo e das

entidades envolvidas é prevenir e

evitar os problemas através de

orientação e treinamentos junto aos

produtores e seus prepostos, área

técnica, algodoeiras, transporte, enfim

junto a todos os envolvidos na cadeia

produtiva do algodão.

Cada produtor exerce no seu

papel de cotonicultor a função de

produzir com qualidade, mas acima de

tudo, com muita responsabilidade.

Prova disto é que nos últimos anos as

autuações por ações ou fatos

indevidos vêm diminuindo e sendo

necessár ia apenas em casos

esporádicos. As infestações da praga

também vêm diminuindo na região

oeste e sudoeste da Bahia e por

conseqüênc ia te remos ma io r

produtividade, maior qualidade e mais

rentabilidade na cotonicultura baiana.


O Centro de

Treinamento

localizado no

Complexo

Bahia Farm

Show, em Luís

Eduardo

Magalhães, é

mais um dos

programas da

ABAPA que

também é

mantido pelo

FUNDEAGRO. agricultura na Bahia aplica as

melhores tecnologias do Amundo. Para isso, homem e

máquina seguem lado a lado no

campo. O Centro de Treinamento de

Mecânicos e Operadores de Máquinas

Agrícolas, localizado no Complexo

Bahia Farm Show, em Luís Eduardo

Magalhães, é mais um dos programas

da ABAPA que também é mantido pelo

FUNDEAGRO.

Os custos operacionais cada

vez mais elevados, as máquinas e

equipamentos agrícolas a cada dia

mais sofisticados, a necessidade de

mão de obra qualificada para exercer

com qualidade as operações nos

impõe a necessidade de termos

pessoas habilitadas ao nosso redor. O

projeto desenvolvido nesta parceria

prepara e capacita os operadores e

mecânicos agrícolas, para a utilização

correta e eficaz de equipamentos com

níveis cada vez mais elevados de

tecnologia. O objetivo é otimizar o uso

dos equipamentos através de

manutenção, regulagens e operação

adequadas. Com isto poderemos ter

uma melhor implantação e condução

das lavouras, explorar ao máximo o

potencial produtivo da cultura,

procurando agredir menos o solo e o

meio ambiente, aperfeiçoando o uso e

aplicação dos insumos agrícolas.

TECNOLOGIA EM AÇÃO


São feitas

visitas nas

propriedades e

escritórios, com

a finalidade de

diagnosticar a

atual situação

com relação às

questões

ambientais, de

segurança e

saúde do

trabalho.

d o ç ã o d e p r á t i c a s d e

desenvolvimento sustentável Ano dia a dia da fazenda, no

trato das questões ambientais e de

relação com as pessoas assim é o

projeto social PSOAL – Programa

Sócio Ambiental da Produção de

Algodão.

Através de visitas realizadas as

propriedades e escritórios, são

desenvolvidas ações com a finalidade

de diagnosticar a atual situação com

relação às questões ambientais, de

segurança e saúde do trabalho.

O produtor de algodão passa a

ser gestor destas questões. Há uma

intensificação na conscientização e

orientação sobre o ambiente de

trabalho, normas trabalhistas, de

segurança e saúde dos trabalhadores.

São mostradas as necessidades e as

vantagens de adotar, no campo,

práticas de cultivo socialmente

corretas, posicionando o cotonicultor

como referência em sustentabilidade

s o c i o a m b i e n t a l . C o m i s t o a

propriedade estará adequada as

normas vigentes e menos sujeita

autuações por parte de eventuais

f i s c a l i z a ç õ e s p e l o s ó r g ã o s

competentes.

Profissionais capacitados

promovem discussões, encontros e

questionamentos, com o objetivo de

esclarecer e colocar em prática o

Programa. São técnicos e consultores

ambientais e de segurança do

trabalho, que agem com base nas

exigências legais da CLT, NR 31,

no rma regu lamen tadora , que

estabelece os preceitos a serem

observados na organização, no

ambiente de trabalho, e na Legislação

Ambiental.

Vários produtores já foram

atendidos e tiveram suas propriedades

visitadas nas regiões de Coaceral, Anel

da Soja, Barreiras, Luis Eduardo

Magalhães, Roda Velha e Rosário.

A expectativa é que em 2011

esse número aumente. O PSOAL

representa o respeito à biodiversidade

e inclusão de políticas ambientais no

processo do cultivo do algodão,

promovendo a sustentabilidade para a

existência das futuras gerações.

SUSTENTABILIDADE VERDE


As aulas

práticas

acontecem no

Centro de

Treinamento

em

Alimentação

em Barreiras e

as teóricas na

sede da

ABAPA.

terra produz o alimento que o

homem cultiva, colhe e depois Aos leva à mesa, e o Projeto

Alimentação, acrescenta os temperos

e transforma a comida em arte.

Desenvolvido pela ABAPA e mantido

pelo FUNDEAGRO, o projeto Práticas

Culinárias qualifica profissionais de

cozinha através de treinamentos onde

são aplicadas aulas práticas e teóricas.

As aulas práticas acontecem no Centro

de Treinamento em Alimentação em

Barreiras e as teóricas na sede da

ABAPA.

Segundo a coordenadora do

projeto Alimentação da Cozinha

Experimental, a nutricionista Patrícia

Castanharo, o objetivo do programa é

informar normas de cozinha, higiene,

aproveitamento de alimentos e o

preparo de receitas tradicionais, que

vão desde o café da manhã, até o

a lmoço e janta. Este projeto

inicialmente estava direcionado aos

cozinheiros e auxiliares de cozinha

profissionais que trabalham em

fazendas, mas hoje, podem participar,

desde a dona de casa até proprietários

de restaurantes, ou tão somente

pessoas que buscam uma prática

maior com os alimentos. É o

NO CAMPO E NA MESA COM O ALGODÃO

O objetivo do

programa é

informar

normas de

cozinha,

higiene,

aproveitamento

de alimentos e

o preparo de

receitas.


Fundeagro e a ABAPA oferecendo a

s o c i e d a d e o p o r t u n i d a d e s d e

qualificação profissional, maior

empregabilidade e melhoria de vida.

Desde 2008, Patrícia já treinou

mais de 200 profissionais de cozinha.

Na parte teórica são passadas noções

de alimentação e nutrição, de

microbio logia, r isco de micro

organismos, higiene do local de

trabalho, cuidados que o manipulador

de alimentos deve ter, e o cuidado com

os alimentos desde a compra,

recebimento e armazenamento. Nas

aulas práticas é ensinado desde o uso

de toucas e luvas, confecção de

receitas básicas, mais elaboradas até

a utilização de talos e cascas no

aprovei tamento de a l imentos.

Segundo a Nutricionista, o que

se percebe, é que muitos desses

alunos saem motivados querendo

expandir os conhecimentos adquiridos

no curso. E isso é muito gratificante,

afirma Patrícia.

“No Oeste da

Bahia,

tecnologia

adaptada à

região e ao

alcance de

todos existe, e

“brota” dos

laboratórios e

canteiros

experimentais

da Fundação

Bahia”.


Fundeagro vem investindo

pesado no desenvolvimento e Otransferência de tecnologias.

Um dos principais parceiros é a

Fundação Bahia. Em programas

conjuntos com a Embrapa Algodão e

outras unidades, da EBDA, ADAB,

Universidades e outros parceiros

tornam Pesquisa, Desenvolvimento e

Sustentabil idade acessíveis ao

produtor. No Oeste da Bahia,

tecnologia adaptada à região e ao

alcance de todos existe, e “brota” dos

laboratórios e canteiros experimentais

da Fundação Bahia. Uma entidade de

pesquisa privada, mantida com

recursos do produtor rural, convênios

governamentais e parcerias com a

iniciativa privada.

Somente com a organização e

a profissionalização do setor agrícola,

em um contexto de coletividade e

solidariedade público-privada, poderia

tornar possível a criação de uma

instituição com o porte e o dinamismo

da Fundação Bahia. Com uma série de

fatores calcados nesta união de forças

e o ambiente apropriado de políticas

públicas para o agronegócio, como o

Programa de Modernização da

Agricultura (Agrinvest) e o Proalba, foi

possível criar o Fundo para o

Desenvolvimento do Agronegócio do

Algodão (Fundeagro), sem dúvida,

uma das mais importantes fontes de

recursos para subsidiar a pesquisa da

Fundação Bahia.

A cada ano, o Fundeagro

NÃO EXISTE TECNOLOGIA SEM INVESTIMENTO


“É o Fundeagro

e o produtor,

lado a lado,

construindo seu

futuro. Foram

várias

conquistas e

ainda há muito

por fazer”

aporta recursos para importantes

programas como o melhoramento

genético para a criação de materiais

adaptados as condições regionais e as

exigências do mercado, manejo de

solos, manejos fitossanitários nas

áreas de entomologia, fitopatologia,

manejo de plantas invasoras, manejo

da cultura. Enfim, os recursos são

investidos naquilo que é demandado

pelo campo.

Foi também graças aos

recursos do Fundeagro, através da

Associação Baiana dos Produtores de

Algodão - Abapa, que se tornou

possível construir o Centro de

Pesquisa e Tecnologia Agrícola do

Oeste da Bahia - CPTO, uma

r e f e r ê n c i a e m P e s q u i s a &

Desenvolvimento não só no Norte-

Nordeste como em nível nacional.

Neste centro se encontra uma série de

laboratórios, campos de pesquisa,

inclusive com irrigação por pivô central

e estrutura para treinamento onde

poderão ser desenvolv idos e

transferidos todo tipo de tecnologia

necessária ao setor agrícola.

“É o Fundeagro e o produtor,

lado a lado, construindo seu futuro.

Foram várias conquistas e ainda há

muito por fazer”, diz o presidente da

Fundação Bahia, Amauri Stracci,

segundo quem, a visão estratégica do

produtor e as parcerias corretas entre

iniciativa privada e Governos, através

de ferramentas como o Fundeagro,

foram capazes de transformar uma

região que há algumas décadas era

pouco acreditada, em uma das

maiores esperanças para o crescimen-

to e desenvolvimento agrícola do pais.

A qualidade do

algodão

produzido no

Sudoeste do

estado não

deixa em nada

a desejar para

o produzido no

Oeste da

Bahia.


e um lado o Oeste baiano

reg ião conso l i dada na Dprodução do algodão, do outro

a região Sudoeste do estado, onde o

algodão renasce. Na região de

Guanambi, a quatrocentos e setenta

quilômetros de distância do Oeste

baiano o algodão já viveu um período

de glória. Isso aconteceu até o início

dos anos noventa quando a região foi

prejudicada pela combinação de

pragas, produções vindas de outros

cantos do mundo e ainda, a queda das

tarifas de importação.

Hoje graças a um trabalho

intenso de apoio e incentivo a

agricultura familiar na região do Vale do

Iuiu, no município de Malhada e outros

esse quadro vem mudando a cada dia.

A qualidade do algodão produzido no

Sudoeste do estado não deixa em

nada a desejar para o produzido no

Oeste da Bahia. Segundo Carlos

Augusto Araújo, gerente regional da

Empresa Baiana Desenvolvimento

Agrícola – EBDA, o financiamento do

FUNDEAGRO tem sido um dos

principais responsáveis pelo programa

de revitalização da lavoura algodoeira

naquela região. É uma excelente

alternativa para o pequeno produtor,

seja pela rentabilidade, seja como

alternativa no sistema de rotação de

culturas e diversificação da pequena

propriedade. A agricultura familiar está

sendo explorada também no oeste

baiano. Municípios como Angical,

Baianópolis, Cristópolis, Wanderley e

Riachão das Neves, recebem a

semente do algodão colorido,

financiado pelo FUNDEAGRO. É

desenvo lv ida a co ton i cu l tu ra

convencional com a aplicação de

agroquímicos e também o algodão

o rgân ico . Os resu l tados são

progressivamente positivos, já que são

apenas três anos de implantação,

finaliza Carlos Araújo.

PEQUENOS GIGANTES


“Eu sou

suspeito falar,

um produtor

que começou

plantando três

hectares e hoje

tenho 50

hectares de

roça, ano que

vem pretendo

plantar ainda

mais, isso me

emociona”.

Aurelizo Costa de Jesus é um

dos 38 produtores do projeto de

agricultura familiar no município de

Malhada, na região Sudoeste do

estado da Bahia. Esse ano o projeto

deve ultrapassar os dois mil hectares

de algodão. Segundo Aurelizo, a

m u d a n ç a n a q u e l a r e g i ã o é

significativa, os pequenos agricultores

têm novas perspectivas de vida, até

c o n s e g u i r a m a d q u i r i r v á r i o s

equipamentos. Compram o seu carro,

reformam suas casas, é visível a

transformação, conclui.

“Eu sou suspeito falar, um

produtor que começou plantando três

hectares e hoje tenho 50 hectares de

roça, ano que vem pretendo plantar

ainda mais, isso me emociona, eu pude

mudar de vida, pude comprar uma

casa melhor, pude comprar umas

vaquinhas de leite, pude comprar um

trator. Isso mudou minha vida

completamente. Hoje eu sou diferente,

estou podendo participar de reuniões

da ABAPA e ABRAPA, em todos os

lugares que me chamam, eu vou. E

também, essa mudança estou levando

para a comunidade e a comunidade

está entendendo que eu levo as

informações até eles”.

A s s i s t ê n c i a t é c n i c a ,

associativismo, orientação gerencial e

na comercialização, apoio e incentivo

ao pequeno agricultor, um modelo que

dá muito certo. A cotonicultura ganha

força também na agricultura familiar e

deste modo a Bahia só tem a ganhar.


A pluma

produzida no

oeste do estado

da Bahia tem a

sua

classificação

enquadrada

como uma fibra

de primeira

qualidade.

CHANCELA INTERNACIONAL

esquisa agrícola, validação e

difusão de tecnologias com Pabrangência para toda a

cadeia produtiva e mercadológica do

algodão, esse trabalho é fomentado

pelo FUNDEAGRO através da

Implantação do Centro de Análise de

Fibras do algodão (Laboratório de HVI)

em Luís Eduardo Magalhães, além dos

laboratórios de Roda Velha e Rosário,

no município de São Desidério. Através

desse trabalho é possível manter o

padrão de qualidade do algodão da

Bahia. A pluma produzida no Oeste do

es tado da Bah ia tem a sua

classificação enquadrada como uma

fibra de primeira qualidade, contando

com a chancela de empresas

certificadoras de reconhecimento

internacional.


O Complexo

Bahia Farm

possui um lay-

out que permite

utilizar as

instalações em

outros eventos

fora do período

da feira.

EDIFICANDO PARA O FUTURO

utro grande empreendimento

v i a b i l i z a d o p e l o OFUNDEAGRO foi a constru-

ção da nova sede para abrigar a Abapa

e o FUNDEAGRO, na cidade de Bar-

reiras, inaugurada em 2006. Além das

modernas instalações da Fundação

Bahia através do CPTO, e do

Complexo Bahia Farm Show em Luís

Eduardo Magalhães, onde também foi

implantado o Centro de Treinamento

para Mecânicos e Operadores de

Máquinas Agrícolas. O Complexo

Bahia Farm possui um lay-out que

permite utilizar as instalações em

outros eventos fora do período da feira,

tais como dias de campo, encontros

técnicos, seminários e palestras.

O cumprimento

das metas e

objetivos do

Plano de

Adequação

resultará na

implantação de

um modelo

de desenvol-

vimento

sustentável na

região.


rograma de Adequação

Ambiental - Plano Oeste PSustentável, um projeto que

prevê a estruturação e a promoção de

ações conjuntas na execução do Plano

de Adequação Ambiental do Oeste da

Bahia, com enfoque nas disposições

da Lei Estadual nº 11.478/2009 e do

Protocolo de Intenções assinado entre

a SEAGRI, SEMA e AIBA. O

cumprimento das metas e objetivos do

Plano de Adequação resultará na

implantação de um modelo de

desenvolvimento sustentável na

região, com resultados positivos em

termos ambientais, e consequências

positivas para as questões sociais e

econômicas.

PLANO OESTE SUSTENTÁVEL


“O algodão traz

divisas para o

estado, é um

importante

produto na

pauta de

exportação e

também um

grande gerador

de empregos”.

Walter Horita é um dos

maiores produtores de

algodão da Bahia, natural

do Paraná e radicado na Bahia, Horita

é um exemplo de produção e

produtividade. Atualmente é o

Presidente da Associação dos

Irrigantes da Bahia, AIBA, e um dos

maiores parceiros do FUNDEAGRO.

Segundo Horita o Fundo pode

ser definido como: A Contribuição

coletiva para uma causa especifica. No

caso do Fundeagro, esta causa é a

cotonicultura baiana. Com este aporte

de recursos, é possível prover a

cotonicultura de investimentos que

seriam praticamente inviáveis para o

produtor realizar individualmente. Ao

destinar verba para a pesquisa e o

desenvolvimento de novas variedades

adaptadas para a região, o Fundeagro

torna a tecnologia acessível ao

cotonicultor. Assim, foi possibilitada a

criação de programas especiais e

mesmo de estruturas físicas, que

contribuem positivamente para o setor.

Podemos citar o CPTO, uma referência

em pesquisa e tecnologia no

Norte/Nordeste, a sede da Abapa, seus

laboratórios, dentre muitos outros

benefícios para a coletividade, cujos

efeitos vão além da cadeia produtiva

do algodão, repercutindo em toda a

região. É impossível pensar na

cotonicultura baiana nos moldes atuais

sem este instrumento.

A Bahia é o segundo maior

produtor de algodão do Brasil. Na safra

CONTRIBUIÇÃO COLETIVA PARA UMA CAUSA ESPECÍFICA

2009/2010, o Valor Bruto da Produção

do algodão da Bahia foi de R$1,2

bilhão, que corresponde a 31% da

safra agrícola do oeste da Bahia. O

algodão traz divisas para o estado, é

um importante produto na pauta de

exportação e também um grande

gerador de empregos.

O investimento em qualidade é

um dos pilares do Fundeagro. Por tudo

o que ele fomenta em pesquisa,

tecnologia, defesa e qualificação da

m ã o - d e - o b r a , o r e f l e x o é

essencialmente a melhoria constantes

dos nossos índices de qualidade.

Neste momento, estamos com

preços em patamares nunca vistos na

história, que compensam até mesmo o

câmbio tão baixo. E se o momento é

bom para a cotonicultura, é, conse-

quentemente, bom para o Fundeagro.

A expectativa é continuar investindo,

aperfeiçoando, e colher os frutos disso.

“A Bahia sairia

da condição de

“entre outros” e

passaria a

condição de

segundo maior

produtor de

algodão do

Brasil”.


oão Carlos Jacobsen é o

responsável pela a implantação Jdo FUNDEAGRO na Bahia.

Seguindo o modelo já utilizado no Mato

Grosso, o fundo foi adaptado as

necessidades da região ele atende. A

partir daí foi possível mostrar para

Brasil e o mundo o que era o algodão

da Bahia. Em 8 anos foram muitas

conquistas e realizações.

F o r a m d e s e n v o l v i d a s

pesquisas e estudos que culminaram

em uma variedade de algodão

desenvolvida aqui na região, uma

espécie genuína. O programa de

M a r k e t i n g i n t e r n a c i o n a l é o

responsável por alavancar o algodão

da Bahia para o mundo inteiro, explica

João Carlos. Somos o único estado do

Brasil que tem o controle de todas as

analises de pluma em toda a Bahia, o

que permite um maior controle da

qualidade e prestação de serviço, isso

graças aos invest imentos do

FUNDEAGRO, acrescenta ele.

O algodão da Bahia passou por

ALGODÃO DA BAHIA PARA O MUNDO

várias transformações, aprimoramento

na cultura, qualidade e reconheci-

mento amplo. O governo do estado

quando concordou com a criação do

Proalba deu um passo significativo na

cadeia produtiva do algodão, os

governos subsequentes também

entenderam essa necessidade.

A seriedade do trabalho do

FUNDEAGRO, sempre atendeu as

necessidades e as expectativas, do

produtor. Em breve o estado da Bahia

passará a ser o maior produtor de

algodão do Brasil passando a frente do

estado do Mato Grosso.

Segundo João Carlos um dos

fatos que marcaram essa trajetória de

crescimento e desenvolvimento da

cultura de algodão na Bahia foi durante

o momento inusitado. O então

governador Cesar Borges recebia o

projeto de criação do Proalba.

Jacobsen prometeu que a Bahia sairia

da condição de “entre outros” e

passaria a condição de segundo maior

produtor de algodão do Brasil. Uma

promessa audaciosa, mas, que se

cumpriu em um curto espaço de tempo.

Para finalizar João Carlos

Jacobsen acrescenta, que, em 5 anos

estaremos produzindo 600 mil

hectares de algodão, hoje são

produzidos 300 mil hectares devemos

dobrar esse volume e o nosso outro

grande desafio pela frente é o de

transformar essa região num polo têxtil,

e aí sim, agregar um valor bem maior a

cultura do nosso algodão da Bahia.


“A Abapa

deseja que a

parceria

estabelecida

com o

Fundeagro ao

longo da sua

criação

continue

gerando frutos

por muitos

anos,

beneficiando

todos os

componentes

envolvidos com

a cadeia

produtiva do

algodão”.

Associação Baiana dos

Produtores de Algodão - Abapa Areconhece a importância do

F u n d e a g r o c o m o e n t i d a d e

fundamental e parceira para o sucesso

atual do algodão baiano, através do

suporte financeiro aos projetos que

beneficiam o cotonicultor, promovendo

o desenvolvimento do algodão baiano

como um todo, tanto para os

produtores de grande porte como de

pequeno.

Esta Parceria bem articulada

promoveu o fortalecimento das

inst i tu ições, tornando-as mais

potentes, elas passaram a negociar

melhor com o estado e o governo

federal, em favor das aspirações e

interesses da região.

Sem esse apoio, muitos

projetos deixariam de ser executados

na região Oeste, a exemplo de:

Programa de Monitoramento e

Controle do Bicudo, Programa

Socioambiental de Produção de

Algodão, Centro de Treinamento em

Alimentação , Centro de Treinamento

para Mecânicos e Operadores de

Máquinas Agrícolas e Fortalecimento

das Ações de Marketing.

Devido à maior parte dos

produtores da região Sudoeste ser de

pequeno porte, a Abapa com o apoio

do Fundeagro, realiza projetos de

apoio ao produtor como: implantação

do Programa de Monitoramento e

Controle do Bicudo, Instalação de

Oficina de Tecelagem em Guanambi,

ABAPA E FUNDEAGRO, UMA PARCERIA DE SUCESSO

apoio ao pequeno produtor da região

Sudoeste, com a realização de

Colheita Mecanizada, preparo de solo

(subsolar e nivelar) e arranquio de

Soqueira.

A Abapa deseja que a parceria

estabelecida com o Fundeagro ao

longo da sua criação continue gerando

frutos por muitos anos, beneficiando

todos os componentes envolvidos com

a cadeia produtiva do algodão.

Como produtora ve jo o

Fundegro e suas parcerias realmente

c o m o u m a f e r r a m e n t a p a r a

conseguirmos melhorias como um

todo na cadeia produtiva, participando

na capacitação de pessoas para o

mercado de trabalho e inclusão social,

t a m b é m e m p e s q u i s a s e

desenvolvimento para melhorias no

processo produtivo.

Quero parabenizar o Fundeagro pelo

seu desempenho, trabalho e sucesso

ao longo destes oito anos.


“A destruição

das soqueiras é

feita

quimicamente,

o que é muito

mais eficaz do

que o

mecânico. Além

disso, não

ocorre

agressão ao

solo feita por

equipamentos

de grande

porte”.

PRESERVAÇÃO NA PRODUÇÃO

sustentabilidade da atividade

agrícola está diretamente Arelacionada a uma correta

gestão ambiental. Preservar os

recursos naturais e utilizá-los de forma

responsável é uma das premissas que

devem nortear a atividade agrícola. A

Produção Limpa é um pré-requisito

entre os produtores que pretendem

levar o seu algodão até o mercado

externo. Portanto é de fundamental

importância que os produtores tenham

suas propriedades em perfeita

consonância com a Legislação

ambiental, trabalhista e ainda, de

segurança e saúde dos trabalhadores.

Para difundir esta consciência

entre os produtores de algodão, o

Fundeagro também participa de

diversas ações de proteção ambiental,

em parceria com entidades públicas e

privadas.

U m d o s e x e m p l o s d e

compromisso e responsabilidade

ambiental está nas práticas de cultivo

no Condomínio Agropecuário Ceolin. O

plantio direto é aplicado em todas as

lavouras, inclusive no algodão, uma

prática pouco comum e que no início foi

totalmente desacreditada por muitos

produtores, porém, a persistência do

produtor Clóvis Ceolin, venceu

qualquer expectativa contrária.

S e g u n d o o p r o d u t o r e

empresário Clóvis Ceolin, para a

prática do manejo conservacionista e

plantio direto não é preciso abrir mão

de lucros, aliás, isso é uma inversão, o

“Para a prática

do manejo

conservacio-

nista e plantio

direto não é

preciso abrir

mão de lucros,

aliás, isso é

uma inversão, o

plantio direto

prevê uma

média de

produtividade

bem maior”.


plantio direto prevê uma média de

produtividade bem maior, mais alta até

que as médias regional e nacional. O

que proporciona uma rentabilidade

maior.

Ceolin destaca ainda, a

importância do apoio do Fundeagro

aos agricultores, favorecendo a busca

pela qualidade do algodão através das

pesquisas e investimentos. É um

grande parceiro do agricultor,

precisamos disso pra que a cultura

continue viável, pois a visão de que a

cultura do algodão é nômade, não

pode ser mantida. Muitos afirmam que

o algodão com o tempo se torna

inviável no mesmo local, porém, aqui

desde o inicio ocupamos um terço da

terra para poder fazer o remanejo de

cultura e assim pretendemos ter área

de cultivo por muitos e muitos anos.

“

de terra, e todo o plantio modifica um ambiente que era natural, a partir do momento

que você vai fazer uma lavoura, automaticamente está provocando uma mudança.

Estamos no bioma do Cerrado e se cumprirmos as regras de 20 por cento de reserva

legal, teremos áreas de preservação permanente intocadas. Então vamos produzir

comida para o mundo. Na fazenda temos três lavouras sendo produzidas e ainda,

uma quarta atividade que é a pecuária sendo feita em cima da resteva do milho, um

belo exemplo de rotação de cultura e aproveitamento de área mantendo a

preservação ambiental”.

Nós temos uma população para alimentar. Evidentemente que é necessário dispor

*Fauna e flora registradas no Condomínio Agropecuário Ceolin

EXPEDIENTE


Produção/EdiçãoIndustrial Graphic Image - [email protected]

Jornalista ResponsávelAnne Karine Ferreira - DRT BA 3651

Criação/DiagramaçãoBeto Aranha

FotografiasArquivos IGIFachada ABAPA - Acervo ABAPAWalter Horita - Assessoria

Revisão FinalJussara Ventura

Tiragem500 Exemplares

Fundo para o Desenvolvimentodo Agronegócio do Algodão

Av. Ahylon Macêdo, 11Morada Nobre - Barreiras - BA

CEP 47.406-180 Fone - Fax : 77 3613-8008

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