Upload
builien
View
229
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANDREIA WERLANG
AUDITORIA DE ESTOQUE EM UMA EMPRESA DO RAMO FARMACÊUTICO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Santa Rosa 2016
ANDREIA WERLANG
AUDITORIA DE ESTOQUE EM UMA EMPRESA DO RAMO FARMCÊUTICO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Orientador: Esp. Jacob Dalírio Mayer
Santa Rosa 2016
ANDREIA WERLANG
AUDITORIA DE ESTOQUE EM UMA EMPRESA DO RAMO FARMCÊUTICO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Santa Rosa, 21 de Novembro de 2016.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, meus pais, Egon Werlang e Dirce M. Werlang, pelo amor, pelo incentivo, dedicação, paciência e confiança depositados em mim, a meu irmão Ivan C. Werlang, pelas palavras de motivação. Dedico também a meu namorado Lucas Mumbach, pelo incentivo e paciência, pelo amor, dedicação e carinho, concedidos durante essa trajetória.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por tudo o que tem me proporcionado, pela força e coragem, por ter guiado e iluminado minha caminhada para que eu pudesse chegar até aqui.
A toda a minha família, em especial, meus pais, Egon e Dirce Werlang, meu irmão Ivan C. Werlang e meu namorado Lucas Mumbach, por todo amor, carinho, confiança, incentivo e apoio dedicados a mim durante essa trajetória.
Ao meu professor e orientador Esp. Jacob Dalírio Mayer, um agradecimento especial pela atenção, dedicação, incentivo e paciência, destinados em todos os momentos desse período.
A toda equipe da Farmácia Farmavida, em especial à gestora e proprietária Vanessa Schuster Martini, pelo espaço concedido na empresa, pela atenção, dedicação e paciência, para que eu pudesse realizar o meu trabalho de conclusão de curso.
A toda equipe da FEMA, pela dedicação, amizade, comprometimento e conhecimento transmitido durante essa caminhada.
Aos colegas e amigos, pelos bons momentos, pela parceria, companheirismo e apoio, e a todos que de alguma forma contribuíram para a realização desta etapa em minha vida.
3
“Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso.”
Albert Einstein
RESUMO
Com a grande competitividade existente no mercado nos dias atuais, as empresas necessitam criar métodos para se destacarem perante as outras, e para isso, é fundamental que se mantenha um excelente controle interno, gerindo de forma adequada seus estoques. Dessa forma, o tema do presente trabalho é focado na auditoria de estoques em uma empresa do ramo farmacêutico, a Farmácia Farmavida, da rede Vida Farmácias, situada na cidade de Boa Vista do Buricá. O problema que o estudo propõe-se a resolver é verificar de que maneira a auditoria pode auxiliar a empresa a aumentar o índice de acurácia no estoque, com o intuito de conhecer a sistemática de gestão de estoques existente na empresa, para então realizar a auditoria, na prática e com base nisso, ser possível gerar um relatório com sugestões de melhorias de gestão. Para que o trabalho pudesse ser realizado, foi necessário obter, previamente, um embasamento teórico, sobre a Contabilidade, como informações sobre seu surgimento, seu conceito e aplicabilidade e, seus usuários. Também se buscou pesquisar sobre a Auditoria, seu conceito, objetivo e importância, bem como sobre o profissional auditor. Relacionado ao estoque, foi abordado seu conceito, função e importância. Foram pesquisadas e relatadas ainda, as formas de seleção de amostra para aplicar a amostragem sobre a população existente, as quais são, aleatória, por intervalo constante, casual e por relevância. Já no desenvolvimento da metodologia, é relatado sobre a coleta dos dados, a entrevista realizada com a gestora da empresa, e a análise dos dados coletados. Após a interpretação das informações, gerou-se o relatório da auditoria realizada, apresentando as recomendações, bem como comentários com o objetivo de corrigir e alcançar a veracidade das informações e de contribuir para melhorias de gestão. Ao final do estudo, conclui-se que, a organização possui um controle de estoques razoável, havendo ainda divergências, sendo necessária mais atenção por parte dos colaboradores, no momento da emissão de notas de saída, para que não ocorra a troca de produtos incluída na mesma.
Palavras-chave: auditoria – controle – estoque – acurácia
ABSTRACT
With the great competitiveness that exists in the market these days, companies need to create methods to stand out from others, and for that, it is fundamental that an excellent internal control is maintained, adequately managing their inventories. Thus, the theme of the present work is focused on the audit of inventories in a pharmaceutical company, the Pharmacy Farmavida, of the Vida Pharmacies network, located in the city of Boa Vista do Buricá. The problem that the study proposes to solve is to verify how the audit can help the company to increase the inventory accuracy index, in order to know the systematic inventory management in the company, to perform the audit , In practice and based on this, it is possible to generate a report with suggestions for management improvements. In order for the work to be carried out, it was necessary to obtain, previously, a theoretical basis on Accounting, as information about its emergence, its concept and applicability, and its users. We also sought to research the Audit, its concept, objective and importance, as well as about the professional auditor. Related to the stock, its concept, function and importance were discussed. The sample selection methods to apply the sampling over the existing population were also researched and reported, which are random, by constant, casual interval and by relevance. Already in the development of the methodology, it is reported on the data collection, the interview conducted with the company manager, and the analysis of the data collected. After the information was interpreted, the audit report was generated, presenting the recommendations, as well as comments with the objective of correcting and achieving the veracity of the information and contributing to management improvements. At the end of the study, it is concluded that the organization has a reasonable stock control, and there are still differences, and more attention is needed from the employees, when issuing exit notes, so that there is no exchange of products included in the same.
Keywords: audit – control – stock – accuracy
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 – Logotipo da Rede de Farmácias Vida Farmácias. .............................. 21
Ilustração 2 – Diferença entre auditoria interna e externa. ........................................ 29
Ilustração 3 – Critérios para seleção da amostra. ..................................................... 33
Ilustração 4 – Fórmula para seleção da amostra ...................................................... 34
Ilustração 5 – Significado da fórmula do tamanho da amostra .................................. 34
Ilustração 6 – Fórmula de acurácia ........................................................................... 38
Ilustração 7 – Espaço Físico da Entidade Auditada .................................................. 46
Ilustração 8 – Painel de software de controle da empresa. ....................................... 47
Ilustração 9 – Relatório de Auditoria ......................................................................... 49
Ilustração 10 – Comparativo entre Estoque Físico e Registrado em Sistema ........... 51
Ilustração 11 – Planilha para Contagem da Amostra ................................................ 59
Ilustração 12 – Questionário para a Gestora da Empresa ........................................ 65
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
FEMA – Fundação Educacional Machado de Assis
ISA – Normas Internacionais de Auditoria (International Audit Standards)
nº - número
p. – Página
RS – Rio Grande do Sul
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 14 1.1 TEMA .................................................................................................................. 14
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 14 1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 14 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15
1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 16 1.6.1 Categorização da Pesquisa ........................................................................... 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 23 2.1 CONTABILIDADE ............................................................................................... 23 2.2 AUDITORIA ......................................................................................................... 25
2.2.1 Auditoria Interna e Auditoria Externa ........................................................... 29
2.2.2 Normas de Auditoria ...................................................................................... 31 2.3 AUDITORIA DE ESTOQUES .............................................................................. 32 2.4 ESTOQUE ........................................................................................................... 35
2.5 CONTROLE INTERNO ....................................................................................... 39 2.6 PAPÉIS DE TRABALHO ..................................................................................... 41
2.6.1 Relatório de Auditoria Interna ....................................................................... 42
3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 44 3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E CONTROLE DOS ESTOQUES ................ 45
3.1.1 Utilização do Sistema Informatizado e Movimentação do Estoque ........... 47 3.1.2 Processo de Arquivamento de Documentos ............................................... 48
3.2 PREPARAÇÃO E PRÁTICA DA REALIZAÇÃO DA AUDITORIA ........................ 49 3.3 RELATÓRIO DE AUDITORIA ............................................................................. 50
4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 53
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 55
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
APÊNDICES ............................................................................................................. 59 APÊNDICE A – PLANILHA PARA CONTAGEM DA AMOSTRA ............................ 60
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA A GESTORA DA EMPRESA .................. 66
ANEXOS ................................................................................................................... 67 ANEXO A – PLANILHAS UTILIZADAS PARA A SELEÇÃO DA AMOSTRA ......... 68
12
INTRODUÇÃO
Atualmente, podemos acompanhar que o mercado está em constante
crescimento e cada vez mais competitivo, o que implica e exige maior de atenção
por parte dos gestores das organizações, no que se refere ao controle interno de
suas operações, e a auditoria exerce papel de grande relevância no auxílio destes
controles.
Por meio da auditoria interna em uma organização, torna possível verificar a
acuracidade dos estoques, sendo possível ter uma boa noção da sua assertividade
e compatibilidade no momento do confronto entre o que está registrado no sistema
informatizado da empresa e o que é registrado na contagem física. Isto possibilita
que a empresa possa tomar as devidas precauções e providências para que se
mantenha este índice dentro dos padrões esperados, sendo que, quanto mais alto o
índice de acurácia, maior é a confiabilidade das informações obtidas.
A garantia de se ter informações fidedignas, favorece o bom cumprimento do
trabalho dos funcionários, uma vez que, se as quantidades não estiverem
registradas corretamente, existe a possibilidade de se repassar as informações de
forma incorreta para o cliente, podendo assim, gerar insatisfação ou
constrangimento diante dos mesmos. Além disso, o registro de informações
incorretas no sistema pode ocasionar a falta de mercadorias no estabelecimento,
pois é através dele que se fazem os pedidos para a reposição do estoque faltante.
Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo, realizar a auditoria em
uma empresa do ramo farmacêutico, que trabalha também com produtos de higiene
e cosméticos, pois como se trata de produtos de higiene, cosméticos e
medicamentos existe uma alta demanda, sendo necessário que os estoques estejam
registrados da forma mais correta possível.
Como há uma grande variedade de produtos, optou-se por utilizar uma
amostra de sua população total para a realização do trabalho. Procurou-se averiguar
a assertividade das informações geradas no sistema, a maneira que é realizada a
13
conferência no momento do recebimento das mercadorias e o funcionamento do
processo de reposição do estoque.
Para a auditoria poder ser realizada, foi necessário obter, previamente,
embasamento teórico, a fim de ter o conhecimento e as informações necessárias e
suficientes para o desenvolvimento da mesma na prática. Ela foi efetuada com o
intuito de identificar possíveis inconformidades no controle do estoque da empresa
e, nesse caso, propor recomendações para alcançar melhorias.
No desenvolvimento do contexto teórico, utilizou-se de teorias de autores, tais
como, Franco e Marra, Crepaldi, Araújo, Arruda e Barreto, Attie, Perez Junior e
Almeida, que contribuíram para que pudessem ser explanados, conceitos
relacionados a temas como contabilidade, auditoria, estoque, controle interno e
papéis de trabalho.
O presente trabalho foi elaborado e estruturado com o objetivo de
proporcionar uma leitura de fácil compreensão, em forma de sequência. Para isso,
em um primeiro momento é explanada a contextualização do trabalho, abordando o
tema e sua delimitação, o problema que se dispôs a resolver, os objetivos
almejados, a justificativa e ainda a metodologia utilizada. Na sequência, é exposto o
referencial teórico, que traz estudos bibliográficos, e apresenta tópicos que
relacionados com a auditoria e os estoques, o que serviu de embasamento para o
desenvolvimento da auditoria na prática.
Em seguida, foi dado início ao trabalho na prática, em que se analisou a
maneira que é administrado o processo de controle do estoque, e a partir daí
realizada a auditoria, que possibilitou a elaboração do relatório de auditoria, seguido
de suas recomendações.
Na parte final do trabalho, são apresentadas as recomendações direcionadas
à organização, bem como a conclusão chegada ao término do trabalho. Também
são explanadas as referências bibliográficas utilizadas no estudo, e os anexos que
auxiliaram no complemento do estudo.
14
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO
Este capítulo evidencia, de forma detalhada, a metodologia e os meios
utilizados para a elaboração do estudo. Desta forma, têm-se o tema e sua
delimitação, o problema a ser estudado, os objetivos do trabalho, tanto geral quanto
específicos, a justificativa do estudo, a metodologia utilizada para sua execução,
além da categorização da pesquisa, da análise e interpretação dos dados, e, da
apresentação da organização onde a pesquisa foi desenvolvida.
4.3 TEMA
O tema do presente estudo é: auditoria de estoque em uma empresa do ramo
farmacêutico.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A delimitação da presente pesquisa consiste na realização de uma Auditoria
de Estoques na Empresa do ramo farmacêutico Farmavida, localizada na cidade de
Boa Vista do Buricá, RS no período de Agosto a Outubro de 2016.
1.3 PROBLEMA
Após a escolha do tema e da sua delimitação, o próximo passo é a
elaboração do problema, ou seja, o propósito da pesquisa. O problema está
diretamente ligado ao tema do projeto e pode ser compreendido como aquilo que se
identificou carente de intervenção, que está necessitando, seja de melhorias ou
então de práticas corretivas.
Desta maneira, o problema do presente trabalho é: como a auditoria pode
auxiliar a empresa a aumentar o índice de acurácia no estoque?
15
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
O objetivo geral apresenta, de forma ampla, o problema exposto no estudo e
o caminho que se deseja seguir para resolvê-lo.
Portanto o objetivo geral da presente pesquisa é: realizar uma auditoria no
estoque na empresa Farmavida.
1.4.2 Objetivos Específicos
Sob o intuito de fornecer subsídios ao atingimento do objetivo geral do
presente trabalho, elenca-se os seguintes objetivos específicos:
a) Conhecer o sistema de gestão de estoques existente;
b) Efetuar auditoria em estoques;
c) Emitir Relatório de Auditoria;
d) Propor melhorias de gestão, caso evidenciadas.
1.5 JUSTIFICATIVA
Na justificativa, apresentaram-se as razões pela qual o tema foi escolhido e
de que forma, ostentou contribuição para a entidade na qual o estudo foi realizado,
bem como para a própria acadêmica, para a instituição de ensino e para a
sociedade.
Diante do exposto, buscou-se elaborar o estudo na empresa Farmavida, para
realizar a auditoria do estoque, a fim de verificar se o que estava explicitado no
controle de estoque, se encontrava de acordo com a existência física dos produtos.
Para a acadêmica que realiza o estudo, foi de suma importância, uma vez que
possibilitou aprofundar seus conhecimentos, com base na aplicabilidade da teoria
adquirida, contribuindo para o crescimento tanto pessoal, quanto profissional.
Para a instituição de ensino Fundação Educacional Machado de Assis
(FEMA), foi possível expressar, através do estudo, o conhecimento adquirido, de
forma que a pesquisa pode possibilitar e servir de apoio para novas análises e
estudos que abranjam a área de auditoria de estoques. Portanto, para os demais
16
acadêmicos, a pesquisa permanece à disposição na Instituição servindo de suporte
e auxílio, tanto na busca por conhecimentos na área, quanto na realização de novos
estudos e análises no âmbito de auditoria.
Para a sociedade, o estudo serve de amparo para organizações que desejam
obter melhorias no controle do estoque de suas empresas, possibilitando dispor de
maior conhecimento na área, de forma que possam aplicar a teoria, buscando
aperfeiçoamento e alcançando melhoramentos no controle.
1.6 METODOLOGIA
A metodologia é a parte do trabalho em que são especificados os métodos e
os detalhes, de forma minuciosa, para que se atinja com êxito o fechamento da
pesquisa. A metodologia procura utilizar-se das ferramentas mais cabíveis dentro do
contexto em que a pesquisa está inserida, no intuito de alcançar o resultado
desejado com maior precisão possível. Para isso, a metodologia está dividida em
categorização da pesquisa, dados gerados, análise e interpretação dos dados e
apresentação da organização.
1.6.1 Categorização da Pesquisa
A categorização da pesquisa possibilita um melhor entendimento do contexto,
uma vez que, classificando os aspectos analisados, dispõe-se de maior organização
para o andamento do estudo. Dessa forma, de acordo com Gil, a categorização da
pesquisa “[...] torna-se uma atividade importante. À medida que se dispõe de um
sistema de classificação, torna-se possível reconhecer as semelhanças e diferenças
entre as diversas modalidades de pesquisa.” (GIL, 2008, p. 25).
Quanto a sua natureza, a pesquisa caracteriza-se a pesquisa como teórico-
empírica, uma vez que, há a busca por dados e informações com embasamento
teórico, para posteriormente, ser aplicado na prática na empresa. Com base na
teoria de Gil, pesquisas teórico-empírica são “[...] voltadas à aquisição de
conhecimentos com vistas à aplicação numa situação específica.” (GIL, 2008, p. 27).
Então, neste caso, a pesquisa classifica-se como teórico-empírica.
Referente ao tratamento dos dados, o presente trabalho de conclusão de
curso, pode ser considerado como qualitativo ou quantitativo. Será quantitativa pelo
17
fato de apresentar dados numéricos, que servirão de base para obtenção de
informações para posterior uso do gestor da empresa. Já a classificação qualitativa
deve-se à interpretação de dados obtidos com a auditoria, para que possam ser
identificados e analisados os mais variados aspectos.
Segundo Vianna, o estudo quantitativo “[...] deverá envolver dados numéricos,
trabalhos a partir de procedimentos estatísticos variados e adequados a cada
situação específica.” (VIANNA, 2001, p. 121). Em relação ao estudo qualitativo, o
autor ressalta que:
[...] analisará cada situação a partir de dados descritivos, buscando identificar relações, causas, efeitos, 17rata17fica17as, opiniões, significados, categorias e outros aspectos considerados necessários à compreensão da realidade estudada e que, geralmente, envolve múltiplos aspectos. (VIANNA, 2001, p. 122).
Outra questão analisada na pesquisa é a caracterização quanto aos seus
objetivos, neste sentido, o presente trabalho é considerado descritivo, uma vez que,
permite a obtenção de dados que contribuem para a resolução de questões
intrínsecas do estudo. Desta forma, a pesquisa descritiva tornou-se muito importante
para que, por meio da auditoria, fosse possível identificar se o controle de estoque
estava sendo eficiente. Foi realizado o levantamento de dados, por meio da
contagem e apuração dos estoques, documentos e questionários. Portanto,
averiguou-se a compatibilidade entre os dados apresentados no sistema e no físico.
Comprovando acerca de trabalhos descritivos, Prodanov e Freitas afirmam que eles
ocorrem:
Quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos sem interferir neles. Visa a descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 52).
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados para a elaboração da pesquisa,
serão empregadas as pesquisas documental, bibliográfica e estudo de caso.
Categoriza-se como pesquisa documental pois, foram utilizados documentos
internos da empresa e que até então, não haviam auferido nenhum tratamento
intensamente crítico. Segundo Gil:
18
A pesquisa documental assemelha-se muito com a pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. (GIL, 2008, p. 51).
Em relação ao caráter bibliográfico, é percebido através dos materiais já
publicados e que são inerentes ao assunto, tais como: livros, trabalhos científicos,
revistas. Nesta linha, Pradanov e Freitas relacionam a pesquisa bibliográfica ao
estudo baseado em documentos e arquivos já publicados, seja através de livros,
revistas ou outros meios acessíveis pelo pesquisador (PRODANOV; FREITAS,
2013).
O estudo de caso, por sua vez, permitiu uma maior aproximação do contexto
da situação estudada, possibilitando um maior conhecimento e interação do que se
passa na empresa. De acordo com Gil, “o estudo de caso é caracterizado pelo
estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o
seu conhecimento amplo e detalhado, [...].” (GIL, 2008, p. 58).
1.6.2 Dados Gerados
Os dados coletados precisam ter a capacidade de gerar informações
significativas e pertinentes à pesquisa, para isso, é necessário que se utilize a forma
adequada de seleção da amostra, para que seja possível alcançar o objetivo
proposto.
Para tanto, o presente estudo se utiliza da forma indireta para coletar dados,
fazendo, inicialmente, uso de pesquisa bibliográfica, a fim de se obter um bom
embasamento teórico para prosseguir com a pesquisa e realizar o trabalho com
mais clareza e eficácia.
Na sequência, são realizadas visitas à empresa Farmácia Farmavida,
requerendo um relatório dos estoques da empresa, que são documentos internos da
entidade. Será realizada também uma entrevista com a gestora da empresa, a fim
de conhecer o funcionamento e a rotina de trabalho relacionado ao estoque. Em
seguida, é feita a seleção da amostra a ser analisada e posteriormente, realizada a
19
contagem do estoque físico, verificando sua acurácia, comparando se há
inconformidades com relação aos dados gerados pelo sistema.
Desse modo, a coleta de dados se torna fundamental para a realização do
estudo, pois contribui para que os dados possam ser analisados e interpretados com
maior facilidade, bem como oferece maior confiabilidade e credibilidade no trabalho
do auditor.
1.6.3 Análise e Interpretação dos Dados
As informações coletadas servem como instrumento de análise para o estudo,
que tem o objetivo de verificar a conformidade no controle de estoques, mais
precisamente na confrontação entre existência física e registros. Dessa forma, uma
vez efetuada a contagem, parte-se para a análise e interpretação dos dados
coletados, buscando-se também, atingir os objetivos propostos no estudo, são eles:
conhecer o sistema de gestão de estoques existente; efetuar auditoria em estoques
e; propor melhorias de gestão.
No presente estudo, a seleção de documentação para análise, foi realizada,
por meio de uma entrevista com a gestora da empresa, feita com base em um
questionário elaborado previamente, também foram realizadas pesquisas
bibliográficas, através de livros, e utilizou-se ainda documentação interna da
empresa, fornecida pela gestora da organização, como planilhas com relatórios do
estoque.
Assim, utiliza-se da pesquisa bibliográfica e documental, além da entrevista
realizada com a gestora da empresa, para conhecer a maneira que a empresa adota
para controlar seus estoques. De acordo com Marconi e Lakatos, na análise, entra-
se em mais detalhes em relação às informações derivadas do trabalho estatístico,
com o propósito de alcançar respostas aos seus questionamentos, e busca
determinar as relações essenciais entre as informações obtidas e as hipóteses
criadas (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Ainda conforme Marconi e Lakatos, a interpretação dos dados é definida
como uma atividade intelectual que busca dar um significado para as respostas,
interligando-as a outros conhecimentos, ou seja, expor o significado verdadeiro do
material apresentado, relacionado aos objetivos que são propostos e ao tema.
(MARCONI; LAKATOS, 2010).
20
Logo, através do plano de dados e análise de interpretação de dados, são
averiguados os resultados da apuração dos estoques, relacionando-os com os
objetivos propostos no estudo, os quais são: conhecer a sistemática de controle de
estoques existente verificando-a, efetuar auditoria em estoques, culminando com a
emissão de relatório e recomendações, caso evidentes. Para contribuir com a
análise e interpretação de dados, são utilizadas ainda, as fórmulas de Triola e de
Bertaglia, esta para calcular o índice de acurácia e aquela para o cálculo da possível
margem de erro do estudo.
Assim, através de pesquisa documental e também bibliográfica, observa-se a
organização usa de algum meio para controlar o estoque, de modo que possam ser
encontradas respostas para as questões do estudo. Segundo Gil, “[...] a pesquisa
documental vale-se de materiais que não receberam ainda nenhum tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da
pesquisa.” (GIL, 2008, p. 51).
Já a pesquisa bibliográfica, Gil apresenta como sendo “[...] desenvolvida a
partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.” (GIL, 2008, p. 50). Diante do exposto, é notório que ambas são de suma
importância para a construção do trabalho, uma vez que, a consulta bibliográfica se
torna essencial para a obtenção do conhecimento acerca do assunto de um modo
geral, e a documental é peça fundamental para o desenvolvimento do projeto, pois
através dela será analisada a documentação interna da entidade, e realizada a
contagem do estoque.
Neste estudo, para a realização a análise e a interpretação de dados, é
utilizado o método dedutivo, que para Gil, “Parte de princípios reconhecidos como
verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente
formal.” (GIL, 2008, p. 9).
Assim, seguindo os métodos propostos, é realizada a análise e a
interpretação de dados coletados através da auditoria, relatando de que forma
ocorre o monitoramento do estoque, de maneira que se consiga atingir o objetivo
estabelecido.
Como procedimentos auxiliares aos métodos de abordagem utilizados no
plano de análise e de interpretação dos dados, são empregados também métodos
de caráter secundário que, nesse caso, são: método experimental ou empírico e
método comparativo. O método empírico, se baseia na experiência, segundo Fachin,
21
O princípio básico do método experimental é que devemos aceitar os resultados como eles se apresentam, com tudo de imprevisto e de acidental que, porventura, haja neles e, diante dos resultados, e necessário esquecer as próprias opiniões e as opiniões alheias. (FACHIN, 2006, p. 43).
Já o método comparativo, trabalha com a comparação entre os dados
pesquisados. Ainda conforme Fachin, esse método “Consiste em investigar coisas
ou fatos e 21rata21f-los segundo suas semelhanças e suas diferenças.” (FACHIN,
2006, p. 40).
1.6.4 Apresentação da Organização
A Farmavida, é uma empresa do ramo farmacêutico, de pequeno porte, e
optante pelo Simples Nacional como regime tributário. É conveniada à rede de
farmácias Vida Farmácias e foi fundada em 20 de outubro de 2009 na cidade de Boa
Vista do Buricá, onde está localizada até hoje. Sua razão social é Vanessa Schuster
Martini ME e seu CNPJ é 07.857.773/0001-38.
A Farmácia Farmavida conta com um quadro de 4 integrantes na equipe,
formado pela proprietária, pela gerente por uma farmacêutica e por uma atendente,
de forma que todos tem sua parcela no atendimento ao cliente.
A Ilustração 01 traz o logotipo da rede de farmácias Vida Farmácias, com a
qual a empresa Farmácia Farmavida é conveniada:
22
Ilustração 01: Logotipo da Rede de Farmácias Vida Farmácias. Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
A empresa trabalha com toda a linha de medicamentos éticos, genéricos e
similares, contando também com diversa área de perfumaria, visando sempre
oferecer aos seus clientes os melhores produtos e serviços com o melhor
atendimento buscando satisfação do cliente em primeiro lugar.
23
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste tópico, são abordados conceitos que se relacionam com o tema
proposto, embasados em fundamentação teórica, levando em conta pontos de vista
atualizados de autores.
Para a construção do referencial teórico, foram pesquisados e comparados
diferentes conceitos e opiniões de diversos autores relacionados a um mesmo tema,
com a finalidade de fundamentar a pesquisa, de forma que se alcance os resultados
esperados. Desta forma, neste trabalho estão expostos conhecimentos sobre
contabilidade, seus usuários, controle interno, auditoria contábil e suas normas,
amostragem, papéis de trabalho, controle de estoque.
2.1 CONTABILIDADE
Como se sabe, a contabilidade é muito antiga, e pelos registros constados em
livros contábeis, é possível entender e ter uma melhor noção de como funcionava
esse sistema na vida dos povos antigos. Para Iudícibus, a contabilidade existe
desde o surgimento do homem primitivo, uma vez que já exerciam a contagem de
seus instrumentos de trabalho e de seus animais, sendo uma forma rudimentar de
contabilidade (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBKE, 2010).
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Marion complementa que a
contabilidade atinge sua maturidade por volta dos séculos XIII e XVI se firmando
com o trabalho realizado pelo frei Luca Pacioli, publicando um tratado sobre a
contabilidade em 1914, na Itália, o que originou o nascimento da Escola Italiana da
Contabilidade (MARION, 2009).
A contabilidade funciona como um instrumento que auxilia fortemente a
tomada de decisões. Para Ribeiro, a contabilidade é uma ciência que permite,
através de suas técnicas, o constante monitoramento do patrimônio das entidades
(RIBEIRO, 2009, p. 10). Conforme Santos,
Contabilidade, em seu conceito moderno, é uma ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos, com o intuito de oferecer informações sobre sua composição e variação, bem como sobre o
24
resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (SANTOS, 2011, p. 10).
De acordo com Franco e Marra, a contabilidade é “... destinada a estudar e
controlar o patrimônio das entidades, do ponto de vista econômico e financeiro, [...]
com o objetivo de fornecer informações sobre o estado patrimonial e suas variações
em determinado período.” (FRANCO; MARRA, 2001, p. 25)
Segundo Iudícibus, o objetivo da contabilidade pode ser sintetizado no
provimento de informações econômicas para os usuários, de maneira que
proporcionem decisões coerentes (IUDÍCIBUS, 2010). Na mesma linhagem de
raciocínio, Ribeiro complementa que a principal finalidade da contabilidade é:
[...] fornecer informações sobre o Patrimônio, informações essas de ordem econômica e financeira, que facilitam a tomada de decisões, tanto por patê dos administradores ou proprietários como também por parte daqueles que pretendem investir na empresa. (RIBEIRO, 2009, p. 10).
Quanto aos usuários da contabilidade, os mesmos necessitam de
informações confiáveis e fidedignas para que possam tomar decisões com
segurança, visando sempre o melhor para a organização, desde a lucratividade até
a sua liquidez para o cumprimento de suas obrigações. Para Crepaldi e Crepaldi,
Como usuário da contabilidade, entende-se toda pessoa física ou jurídica, interessada na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade e os usuários podem ser divididos em externos e internos à entidade. Os primeiros são constituídos basicamente por acionistas, prestadores de recursos e credores em geral, além de integrantes do mercado de capitais como um todo, no sentido em que a entidade, sua natureza e a relevância da informação prestada abertamente por ela influenciam, mesmo que indiretamente, esse mercado. Já os usuários internos são os administradores (e todos os níveis) da entidade, bem como o fisco. (CREPALDI; CREPALDI, 2015, p. 20).
Segundo Marion, existem vários interessados, como administradores,
gerentes, investidores que visam lucro aplicando capital em empresas,
fornecedores, governo, aspirando arrecadação de impostos, bancos, empregados,
etc (MARION, 2009).
Com base na pesquisa, é possível afirmar que a contabilidade está presente,
de forma constante, nos mais variados lugares, sendo utilizada por pessoas tanto de
caráter físico quanto jurídico, seja com ou sem fins lucrativos, sempre auxiliando no
controle e na tomada de decisões.
25
Atualmente, as funções do auditor ultrapassam o conceito de fiscalização.
Conforme Perez Junior, hoje, o auditor se atém também à manutenção dos sistemas
de controles e ao plano organizacional, reduzindo as irregularidades e prevenindo
eventuais falhas, não se limitando apenas a verificação e detecção de erros (PEREZ
JUNIOR, 2012).
O auditor exerce papel importante em uma entidade e, para tanto, a auditoria
necessita ser realizada por profissionais capacitados, uma vez que o auditor
responde pela execução de seus trabalhos. Para Araújo, Arruda e Barretto, “[...] o
auditor deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade, responsabilidade e zelo na
realização dos trabalhos e na exposição das conclusões.” (ARAÚJO; ARRUDA;
BARRETTO, 2008, p. 96). Para Franco e Marra,
A profissão do auditor somente se impõe pelo prestígio e pela confiança, que ele adquire graças a seu caráter, seu comportamento e sua capacidade profissional. O processo para obtenção desse prestígio é lento e espinhoso, como são todos os caminhos da retidão e da honorabilidade, porém, é o único que deve ser trilhado pelo auditor. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 185).
Complementando, Araújo, Arruda e Barretto, relatam ainda que, pelo fato de o
auditor ser responsável pelo parecer que emite, é necessário que respeite os
princípios morais, éticos e do direito em sua atuação, bem como zelar a execução
de seu trabalho quanto à conduta, à documentação, aos devidos prazos e a quem
interessar a sua opinião expressa (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008).
Diante do exposto, afirma-se que, o auditor, além de cumprir com seu papel
no âmbito profissional, não deve esquecer-se de manter comportamentos éticos,
que não fogem aos princípios que regem seu ofício, sempre seguindo a moral,
conservando sua integridade profissional.
2.2 AUDITORIA
A auditoria é uma técnica utilizada para analisar e fiscalizar se a execução do
trabalho está sendo desenvolvida de forma correta, dentro das normas e de acordo
com a legislação, para posteriormente, ser emitido um parecer ou um relatório sobre
a auditoria realizada. Segundo Sá,
Auditoria é uma técnica aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração
26
contábil visando apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados. (SÁ, 2000, p. 25).
A auditoria também detecta falhas no esquema de controle interno da
empresa, e emite em seu relatório recomendações para aperfeiçoar e promover
melhoras no sistema, de maneira que seja possível obter maior assertividade nesse
aspecto. Segundo Araújo, Arruda e Barretto,
A auditoria contábil representa o conjunto de procedimentos técnicos, aplicados de forma independente por profissional certificado, segundo normas preestabelecidas, com o objetivo de se emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis tomadas em seu conjunto, em relação aos PFCs, às NBCs, legislação pertinente, bem como sobre outros assuntos financeiros relacionados. (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008, p. 36).
A auditoria se originou com a finalidade de facilitar o trabalho dos gestores em
suas tomadas de decisões. De acordo com Franco e Marra, surgiu na Inglaterra, da
consequência da necessidade da verificação e confirmação dos registros da
contabilidade, em função da chegada de grandes entidades e da cobrança de
impostos. Seu crescimento se sucedeu junto ao desenvolvimento econômico, o que
constituiu as grandes organizações, que, por sua vez, mantém seu patrimônio
resguardado através da corroboração dos registros contábeis (FRANCO; MARRA,
2001).
Diante das afirmações, atesta-se que, a auditoria surge da necessidade de
haver uma ferramenta que facilitasse o controle do patrimônio da entidade. Seu
principal objetivo consiste, ainda segundo Franco e Marra, “em examinar
documentos, livros e registros, relacionados com o controle do patrimônio, com o
objetivo de verificar e mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações
contábeis dele decorrentes.” (FRANCO; MARRA, 2001, p. 28).
Para Crepaldi e Crepaldi, o objetivo da auditoria, é “expressar uma opinião
sobre a propriedade destas e assegurar que representem adequadamente a posição
patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de
recursos correspondentes aos períodos em exame.” (CREPALDI; CREPALDI, 2015,
p. 5).
Portanto, a auditoria pode ser entendida como o processo pelo qual o
profissional auditor assegura-se de que as informações contidas nas demonstrações
27
apresentadas pela organização são verídicas e fidedignas, podendo ser emitidos,
pareceres ou relatórios com recomendações, a fim de propor melhorias no sistema
da organização.
Um aspecto relevante para a realização de uma auditoria é o planejamento de
auditoria. Como em qualquer tarefa, quando há um plano traçado, mesmo que sofra
alterações durante a execução do trabalho, obtém-se maior facilidade na realização
do mesmo.
Para Franco e Marra, “Ao se iniciar qualquer atividade de auditoria, este deve
ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu objetivo. Os exames e
verificações serão orientados conforme o alcance visado pela auditoria.” (FRANCO;
MARRA, 2001, p. 297).
O planejamento funciona como uma estratégia para facilitar a execução do
trabalho, de forma que vários segmentos possam trabalhar ao mesmo tempo,
proporcionando eficiência e agilidade na realização do trabalho.
A auditoria apresenta certo grau de risco de irregularidades nas
demonstrações contábeis pelo fato de ser um trabalho complexo que implica na
utilização de vários procedimentos para a sua execução. A possibilidade de estes
riscos acontecerem deve ser analisada e avaliada, no momento do planejamento da
auditoria para que sejam inclusos procedimentos específicos para detectá-los
(FRANCO; MARRA, 2001).
Quanto ao objetivo do planejamento de auditoria, Lins relata que a principal
finalidade, é definir os riscos do trabalho de auditoria e também delimitar a extensão
das análises a serem feitas no campo. O nível de confiabilidade dos controles
internos e dos sistemas de informação é o que servirá de base para a execução da
tarefa. Qualquer erro nessa etapa pode ocasionar sérias consequências em seus
resultados (LINS, 2014).
Crepaldi, por sua vez, aponta de maneira mais detalhada, como principais
objetivos do planejamento de auditoria:
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis; b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos; c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida; d) identificar os problemas potenciais da entidade; e) identificar a legislação aplicável à entidade;
28
f) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho; g) definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, quando houver; h) facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente quando forem realizados por uma equipe de profissionais; i) propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e especialistas; j) buscar a coordenação do trabalho a ser efetuado por auditores internos; e k) identificar os prazos para entrega de relatórios, pareceres e outros informes decorrentes do trabalho contratado com a entidade. (CREPALDI; 2011, p. 483-484).
Araújo, Arruda e Barretto, complementam que “A conclusão do planejamento
de auditoria só se dá quando o auditor independente completar os trabalhos
preliminares, com o atendimento dos objetivos citados.” (ARAÚJO; ARRUDA;
BARRETTO, 2008, p. 143).
Baseado no contexto percebe-se que, o planejamento busca proporcionar
maneiras econômicas e eficientes no intuito de facilitar a execução dos trabalhos e
dos processos na organização, bem como diminuir os riscos detectando-os com
antecedência.
É no planejamento que serão selecionados os procedimentos que serão
empregados no processo de auditoria. Segundo Attie, os procedimentos de auditoria
são as ferramentas utilizadas pelo auditor para a execução do seu trabalho, e
consistem na junção de informações e dados necessários para a elaboração de sua
opinião (ATTIE, 2011).
Segundo Perez Junior, os procedimentos empregados dependem de
condições a serem analisadas pelo auditor, como por exemplo, considerações gerais
relativos à organização auditada, a definição de riscos de auditoria, a atualização de
dados ou informações, a determinação de elementos relevantes, o reconhecimento
dos objetivos inerentes a esses elementos e, o planejamento da abordagem da
auditoria (PEREZ JUNIOR, 2012). Para Araújo, Arruda e Barretto,
Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame. Para obter a evidência mais convincente, podem ser utilizados, simultaneamente, vários procedimentos de auditoria. (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008, p. 211).
Os principais procedimentos de auditoria, segundo Almeida, são: providências
para a reunião com a gerência da empresa, a reunião com a gerência da empresa, a
29
elaboração de uma carta endereçada à entidade solicitando informações a serem
obtidas da empresa, o planejamento e distribuição das horas entre visitas
preliminares e final e a auditoria preliminar (ALMEIDA, 2012).
Os procedimentos de auditoria são adaptados de acordo com cada empresa,
quanto ao seu ramo e consequentemente a o que se dedicará a auditoria realizada
na organização. Franco e Marra destacam que alguns objetivos dos procedimentos
de auditoria em se tratando de estoques, são:
Determinar se os bens inventariados são reais, isto é, se os estoques existem fisicamente; Certificar-se de que realmente estão em poder da empresa todos os bens que devem estar; Determinar as condições dos bens inventariados, isto é, se eles são utilizáveis ou vendáveis e se o estão sendo; Determinar as bases, a adequação e a exatidão dos critérios de avaliação; Obter descrição e classificação dos inventários; Determinar se incide qualquer ônus sobre os bens inventariados. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 408).
Diante do contexto, é visível o procedimento de auditoria varia de acordo com
a necessidade da empresa, pois cada empresa tem suas limitações. Para tanto,
torna-se importante o planejamento e análise dos riscos antes que eles possam
causar algum dano à empresa.
2.2.1 Auditoria Interna e Auditoria Externa
De acordo com Lins a auditoria está ramificada de duas formas: auditoria
interna e auditoria externa. Na interna, um funcionário da própria organização
conduz o trabalho e procura identificar as irregularidades e prevenir falhas,
proporcionando maior confiabilidade de informações e proteção dos ativos. Já na
auditoria externa, o auditor emite um parecer em relação às demonstrações
contábeis da entidade auditada, assegurando que foram desenvolvidas de acordo
com as normas e legislação estabelecidas (LINS, 2014). Conforme Franco e Marra,
Uma das características que distingue a auditoria externa é justamente o grau de independência que o auditor pode, e deve, manter em relação à entidade auditada. Isso porque a auditoria interna geralmente não objetiva a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada mais para fins administrativos, internos, do que para prestação de contas a terceiros. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 218)
30
Para a realização da auditoria externa, é preciso que hajam recursos para
análise de informações da entidade, em que o auditor examina os dados,
apresentando os resultados para a empresa, bem como modificações que devem
ser feitas, no caso de realmente ter necessidade.
Conforme Almeida, na auditoria externa a finalidade principal é emitir um
parecer, com o propósito de averiguar se as informações que ele apresenta estão
consoantes com a verdadeira situação do negócio da organização, no que diz
respeito à questão financeira e patrimonial (ALMEIDA, 2012).
Já o processo de auditoria interna, é executado por um auditor de confiança
da entidade, um funcionário da empresa, por contrato de trabalho contínuo, que
acompanha a execução do trabalho permanentemente, e faz as devidas
recomendações com frequência.
De acordo com Crepaldi, o objetivo da auditoria interna é auxiliar toda a
equipe de gestão na execução de suas responsabilidades e funções, oferecendo
recomendações, apreciações, análises, opiniões pertinentes às atividades avaliadas
(CREPALDI, 2011). Na Ilustração 02, são descritas diferenças entre as auditorias
interna e externa:
AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA
É executada por empregado da organização ou empresa auditada. Portanto, é realizada por profissionais que possuem uma independência relativa.
O profissional que a realiza não possui qualquer vínculo empregatício em relação de interesse com a empresa auditada.
O auditor interno deve ser independente em relação às atividades e às pessoas cujo trabalho está sob escopo do seu exame, devendo subordinar-se às necessidades da administração.
O auditor externo é independente em relação à empresa auditada. Não pode ser influenciado por fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros elementos que resultem em perda, efetiva ou aparente, de sua independência.
A avaliação do sistema de controle interno é realizada para, entre outras finalidades, desenvolver, aperfeiçoar e induzir ao cumprimento de normas.
A revisão do controle interno atende às normas de auditória e objetiva determinar a extensão (escopo) do exame das informações contábeis, no caso da auditoria contábil.
Não se restringe aos assuntos financeiros, englobando também as áreas operacionais.
O exame está limitado principalmente aos aspectos financeiros. O enfoque está voltando para as demonstrações contábeis.
Os exames são direcionados para a identificação de erros e fraudes, que é responsabilidade primária da administração.
Os trabalhos devem ser planejados de modo a identificar erros e fraudes que ocasionem efeitos relevam nas demonstrações contábeis.
As áreas que são objeto de auditoria são continuamente revisadas. A periodicidade é definida pela administração.
As informações comprobatórias das demonstrações contábeis são auditadas periodicamente, geralmente em base anual.
Ilustração 02: Diferença entre auditoria interna e externa. Fonte: Araújo, Arruda, Barretto (2008).
31
A ilustração 02 apresenta algumas diferenças entre as auditorias interna e
externa, sendo que é possível destacar a questão do vínculo empregatício do auditor
com a empresa que está relacionada à entidade auditada e as atividades/pessoas
em que o trabalho será executado. A constância das informações será estabelecida
pelo gestor da organização.
2.2.2 Normas de Auditoria
Normas, de maneira geral, são entendidas como regras ou princípios que
devem ser seguidos, de forma que venham facilitar a convivência e o entendimento,
nas mais variadas aplicações.
Conforme Franco e Marra, as Normas de Auditoria podem ser entendidas
como regras determinadas por órgãos disciplinares da contabilidade presentes em
todos os países e, tem o intuito de regulação por meio de diretrizes que devem ser
seguidas pelos profissionais dessa área na execução de seu trabalho. As Normas
determinam conceitos fundamentais a respeito das exigências relacionadas ao
auditor, a sua atuação, e ao parecer que será emitido por ele (FRANCO; MARRA,
2001). Segundo Attie,
Os auditores devem implantar regras e procedimentos de controle de qualidade no âmbito interno que assegurem o cumprimento das normas técnicas, éticas regulatórias, para que em todas as auditorias independentes de demonstrações contábeis sejam observados a independência e o sigilo. (ATTIE, 2011).
As Normas de Auditoria estão disponíveis para que sejam consultadas e
seguidas, de forma a ajudar os usuários a executarem seu trabalho com mais
certeza de que estão de acordo com a legislação. No Brasil, é possível acompanhar
as normas referentes à prática da auditoria através das Normas Brasileiras de
Contabilidade, chamadas NBCs, e são apresentadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (ATTIE, 2011).
Nesta linha de raciocínio, Araújo, Arruda e Barreto complementam que as
Normas Brasileiras de Contabilidade, trazem tópicos como conceituação e
disposições, normas de execução do trabalho e normas relativas ao parecer dos
auditores independentes, adentrando posteriormente, em subitens expondo de
32
forma mais detalhada as normas de auditoria (ARAÚJO, ARRUDA E BARRETO,
2008).
Seguindo este mesmo critério, Almeida agrega que existem também as
Normas Internacionais de Auditoria que foram adotadas no Brasil em 2010, por meio
de atos específicos do Conselho Federal de Contabilidade, são as chamadas ISA.
Almeida apresenta ainda uma síntese do conteúdo das referidas regras,
mencionando normas que tratam dos objetivos e condução da auditoria,
concordância com os termos da mesma, do controle de qualidade e sua
documentação, da responsabilidade do auditor em diferentes esferas, das
disposições referentes à amostragem, a procedimentos analíticos e a partes
relacionadas, das considerações alusivas a evidência de auditoria, dos eventos
subsequentes, da formação e modificação de opinião do auditor, da continuidade
operacional, etc (ALMEIDA, 2012).
2.3 AUDITORIA DE ESTOQUES
A auditoria de estoques visa verificar a conformidade entre o que há no
levantamento físico e o que há registrado no sistema do estoque da empresa. A não
consonância entre os dois registros, pode acarretar sérios problemas à entidade,
visto que, pode perder o controle da disponibilidade dos produtos a seus clientes e
consequentemente ocasionando a perda da credibilidade diante dos mesmos.
A auditoria dos estoques compreende a realização do inventário físico, para contagem e inspeção de todos os estoques existentes, bem como a avaliação dos mesmos. Entretanto, apesar da aparente simplicidade, essa pode ser uma tarefa das mais árduas e demoradas, dependendo do vulto e da natureza dos estoques que serão contados. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 400).
Segundo Attie, para que sejam obtidos resultados mais precisos, é
aconselhável que o auditor tenha disponibilidade de conhecimento preliminar dos
produtos que compõem o estoque, das formas os quais são avaliados, dos métodos
de armazenagem, dos locais em que são estocados, e da possibilidade de existir
material em posse de terceiros (ATTIE, 2011).
Tendo em vista as colocações acima, é possível o auditor realizar seu
trabalho com mais conhecimento sobre o objeto de estudo e estar mais a par da
33
situação em que a organização se encontra, podendo assim, executar seu trabalho
com mais precisão e cumprindo seus objetivos. Para Franco e Marra, os objetivos
principais da auditoria de estoque são:
Assegurar-se de que os estoques existem fisicamente e são de propriedade da empresa auditada; Determinar a eventualidade da existência de ônus pesando sobre os estoques ou parte deles, e qual a natureza do ônus; Determinar se os estoques são apropriados para sua finalidade e se têm condições de realização, isto é, verificar se há obsolescências, defeitos, má conservação, etc. Examinar os critérios de avaliação e a adequação desses critérios, tendo em vista os princípios fundamentais de contabilidade e a correção dos cálculos. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 399)
Nota-se que a auditoria de estoque dispõe de vários objetivos, desde o ato
que averiguar se há conformidade entre os registros do sistema e a contagem física,
até a verificação das condições de conservação dos produtos e apurar se os
métodos utilizados estão de acordo com os princípios da contabilidade. Martins e Alt
destacam que “o inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque.”
(MARTINS; ALT, 2009, p. 199).
Attie, por sua vez, afirma que “a contagem física é o meio pelo qual o auditor
se satisfaz quanto à existência dos estoques. Faz-se necessária para assegurar que
o registro contábil reflita com propriedade a existência física.” (ATTIE, 2011, p. 404).
Diante do exposto, percebe-se que a auditoria de estoques é um trabalho que
apesar de aparentar simplicidade em sua execução, trata-se de uma tarefa
minuciosa, que exige conhecimento, e não se limita apenas a verificação e
comparação entre a contagem física e o registro no sistema da empresa. Seus
objetivos vão além, o que aumenta a sua importância.
A auditoria de estoques pode ser realizada por meio de amostragem, que é
uma maneira de selecionar uma parcela de um todo, a qual será utilizada para
executar o trabalho de auditoria. Essa seleção deve ser feita de modo que cada
parte tenha a mesma chance de ser escolhida do que as demais.
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. (HOOG; CARLIN, 2012, p.122).
34
Segundo Araújo, Arruda e Barretto, a população “[...] representa o conjunto
dos dados de onde o auditor pretende selecionar a sua amostra.” (ARAÚJO;
ARRUDA; BARRETTO, 2008, p.195).
Segundo a Resolução CFC 1.222/09, “Risco de amostragem é o risco de que
a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a
população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria”. Podem ser divididos
por: teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
é a realidade ou menos eficazes da realidade (CFC, 2009).
Portanto, apesar de serem selecionados de forma que todos os itens tivessem
a mesma chance de serem escolhidos, existe um risco de amostragem, que se dá a
partir da conclusão do auditor, pelo fato de existir a possibilidade de a pesquisa dar
um resultado diferente, caso fosse usada toda a sua população.
Em conformidade com a Resolução nº 1.012/2005, do CFC e de acordo com
a Ilustração 03, os critérios utilizados para seleção de amostra são:
CRITÉRIO APLICABILIDADE
Sistemática ou Por Intervalo
Existe um intervalo constante entre os itens selecionados, independente se a seleção for feita por estratos dentro da população ou diretamente da população a ser analisada.
Aleatória ou Randômica É realizada de forma que todos os elementos tenham a mesma probabilidade de serem escolhidos.
Relevância Escolhidos os produtos com maior e menor valor de custo.
Casual É realizada com base na experiência profissional do auditor.
Ilustração 03: Critérios para seleção da amostra. Fonte: (CFC, 2005).
Por meio dessas amostras, é possível o auditor realizar seu trabalho, de
forma mais branda, principalmente quando se trata de uma organização que tem
uma grande variedade de itens em seu inventário, tendo uma base razoável apesar
dos riscos que a amostragem oferece.
O presente trabalho também conta com a teoria de Triola, e sua fórmula
estatística, que determina o tamanho da amostra a ser auditada, no entanto, nesta
pesquisa o tamanho da amostra será definido pelo auditor, e a fórmula será
empregada apenas para calcular a margem de erro da auditoria. A Ilustração 04
demonstra a fórmula de Triola:
35
Ilustração 4 – Fórmula par definir o tamanho da amostra Fonte: Triola (2008, p. 266)
A fórmula de Triola apresentada na Ilustração 04 determina o tamanho da
amostra a ser auditada, e cada uma das incógnitas nela presentes, representa um
ponto da população. Na Ilustração 05, Triola define cada uma das letras, da seguinte
forma:
Letra Significado Conceito
n Amostra É uma parte da população, que vai representar toda ela
z nível de confiança Expressa o valor em porcentagem em que o intervalo de confiança contém o parâmetro populacional
p Sucesso Probabilidade que ocorra o que se espera
q Insucesso Probabilidade que não ocorra o que se espera
N total da população Quantidade de unidades (pessoas, objetos, animais...) dispostos a análise.
D margem de erro É um porcentual estabelecido que defina a diferença existente entre a população e a amostra
Ilustração 05: Significado da fórmula do tamanho da amostra Fonte: Adaptado de Triola (2008, p. 252-262)
A partir do entendimento da fórmula, baseado nos conceitos explanados na
Ilustração, aplicar-se-á a fórmula e assim será definida a possível margem de erro
da pesquisa.
2.4 ESTOQUE
O estoque é conhecido por ser representado pelas mercadorias ou produtos
que a empresa detém, sejam eles acabados ou não, e que são comercializados.
Iudícibus, Martins e Gelbcke, definem o estoque como “bens tangíveis ou intangíveis
adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização
própria no curso normal de suas atividades.” (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE,
2008, p. 104).
Almeida, por sua vez, define o estoque como bens que são destinados a
comercialização, para venda ou até mesmo fabricação, desde que tenha ligação
36
com os objetivos e o ramo da empresa. (ALMEIDA, 2012). Existem vários tipos de
estoque, como relatam Francischini e Gurgel:
Estoques de matérias-primas – materiais e componentes comprados de fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não sofreram nenhum tipo de processamento. Estoques de materiais em processo – materiais e componentes que sofreram pelo menos um processamento no processo produtivo da empresa compradora e aguardam utilização posterior. Estoques de produtos auxiliares – peças de reposição, materiais de limpeza, materiais de escritório etc.. Estoques de produtos acabados – produtos prontos para comercialização. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 91).
Dessa forma, afirma-se dizer que os estoques são bens que a empresa
possui, que podem ser tangíveis ou não, e que estão prontamente disponíveis para
a comercialização, ou ainda são usados para fabricar o produto que será,
posteriormente, vendido.
Os estoques são de extrema importância nas empresas, pois “Eles permitem
melhorar o serviço ao cliente, proporcionam economia em escala, protegem contra
mudança de preços em caso de inflação alta, protegem contra incertezas na
demanda e no tempo de entrega.” (MARTINS; ALT, 2009, p. 62).
Os estoques devem merecer a devida atenção pela importância que
apresentam. Para Martin e Alt, “os estoques representam parcela substancial dos
ativos das empresas, devem ser encarados como um fator potencial de geração de
negócios e de lucros.” (MARTIN; ALT, 2009, p. 198).
Segundo Cruz, na maioria das organizações, o estoque é a conta mais
significativa do ativo, uma vez que, necessita de um controle bastante rígido, pois é
um item que normalmente apresenta problemas de controle, devido a frequente
circulação dos produtos. (CRUZ, 2008).
Assim sendo, admite-se que o estoque é uma das contas mais relevantes do
ativo, e afetam de forma direta os resultados da organização, pois a partir da
comercialização dos estoques é que se obtém a geração de lucros para a empresa e
os resultados esperados.
As organizações, cada vez mais, buscam alternativas de controle mais eficaz
e eficiente para controlar o estoque, na intenção de reduzir custos e possibilitar uma
melhor administração nas entradas e saídas da empresa, podendo assim gerir seus
lucros com mais clareza e segurança. De acordo com Dias, para que se possa
37
controlar o estoque de forma mais segura, deve-se conhecer algumas funções
principais:
a) determinar “o que” deve permanecer em estoque: número de itens; b) determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: periodicidade; c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado: quantidade de compra; d) acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque: solicitação de compras; e) receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. (DIAS, 2010, p. 21)
A partir deste conhecimento, é possível ter melhor percepção sobre o
estoque, e assim, poder utilizar-se da melhor forma de controle de acordo com a
empresa. Para Marion e Silva, há duas maneiras de controlar o estoque, de maneira
periódica ou permanente, sendo que a diferença é apenas temporal (MARION;
SILVA, 2013).
O registro permanente de estoques pode ser feito em fichas, livros ou formulários contínuos, emitidos por sistemas de processamento eletrônico de dados. O parecer Normativo CST nº 6, de 26-1-79, esclarece, que os saldos do final do exercício, apurados no registro permanente após alguns ajustes decorrentes do confronto com contagens físicas, serão utilizados para transcrição no livro oficial obrigatório de Registros de inventário. (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 83).
O estoque implica em diversos aspectos dentro da organização, inclusive na
maneira que os resultados são apurados. Ribeiro afirma que “inventário permanente
é um sistema contábil por meio do qual os resultados podem ser apurados a
qualquer momento.” (RIBEIRO, 2009, p. 230).
Ainda segundo Ribeiro, inventário periódico origina-se de da ocorrência de
que os custos dos estoques de utensílios necessários para o levantamento dos
resultados se tornam conhecidos apenas no final do período, em virtude da
contagem física dos mesmos. (RIBEIRO, 2009, p. 180).
O controle periódico é adotado quando a empresa não tem necessidade de um controle permanente ou por algum motivo não consegue fazer esse controle, portanto, de tempo, faz uma contagem física de seu estoque,
38
geralmente através do balanço, e posteriormente o avalia sob os critérios legais. Utilizando a mesma forma para calcular o custo dos produtos vendidos, poderá ser encontrado o quanto de materiais ou produtos ainda possui o estoque, bem como o custo dos materiais aplicados ou o próprio custo dos produtos vendidos (BARBOSA, 2008, p. 93).
Isto posto, considera-se o estoque, como uma das contas de maior
importância do ativo, merecendo receber a devida atenção necessária, pois, uma
vez que, o estoque é administrado da forma correta, é possível ter o controle, não
apenas das entradas e saídas do mesmo, mas possibilita consequentemente o
monitoramento e a supervisão dos lucros que a empresa está arrecadando
(BARBOSA, 2008).
Para facilitar este trabalho do controle de estoques, é muito interessante para
o gestor da organização, estar ciente do índice de acurácia do seu estoque, que é o
nível de conformidade ou de assertividade que há entre o que consta no estoque
físico e o que é apresentado no sistema da empresa (RAZZOLINI FILHO, 2012).
De acordo com Razzolini Filho, “Acurácia pode ser entendida como o grau de
cuidado (apuro) com que os dados são tratados e mensura o percentual de itens
incorretos que foram contados, seja em termos de quantidade como em valor.”
(RAZZOLINI FILHO, 2012, p. 146-147).
Com a empresa conservando um nível de acurácia elevado, a empresa terá o
estoque em dia, com uma certeza maior de que terá seus produtos sempre
disponíveis de acordo com o que consta registrado em seu sistema, o que é
fundamental. Para Ayres,
Para se garantir resultados esperados na gestão de estoques, atenção especial deve ser dada à acuidade ou acurácia ou ainda acuracidade dos estoques, ou seja, os saldos físicos deverão estar sempre de acordo com os registros teóricos. É uma forma de se conciliar qualidade e confiabilidade da informação. (AYRES, 2009, p. 101).
Para calcular o índice de acurácia, deve-se ter sido realizada a contagem dos
estoques. Segundo Martins e Alt, “Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular
a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em
quantidade quanto em valor.” (MARTINS; ALT, 2009, p. 201, grifo dos autores).
O índice de acurácia elevado, traz diversas vantagens para a organização,
como destaca Bertaglia, em suas colocações:
39
Nível de serviço adequado ao cliente, uma vez que o conteúdo teórico apresentado nos registros coincide com o existente fisicamente nos armazéns; Determinar o ressuprimento, que será disparado a partir de um valor teórico ou registrado. Se esse valor apresentar diferenças em relação ao físico pode estar ocorrendo um desabastecimento ou uma elevação do nível de estoque; Garantir a disponibilidade de material para a produção; é extremamente desagradável estabelecer todo um plano de produção baseado na disponibilidade de materiais e perceber que existem divergências entre o físico e o teórico; Analisar níveis de existência e eliminar os excessos; Controlar obsolescência; Analisar situação financeira com base nas informações corretas dos estoques. (BERTAGLIA, 2006, p. 319).
Bertaglia apresenta ainda uma fórmula para calcular o índice de acurácia nas
organizações, em que é dividida a quantidade física pela quantidade teórica,
apresentada no sistema, o resultado, multiplica-se ainda por cem, obtendo um índice
do percentual de acurácia, como é demostrado da Ilustração 06:
ACURÁCIA=quantidade física
quantidade teórica×100
Ilustração 06: Fórmula de acurácia Fonte: Bertaglia (2006, p. 319)
Nesta fórmula, Bertaglia ressalta que, “quantidade física = informação obtida
pela contagem de estoque; quantidade teórica = informação existente nos controles
de entrada e saída do material.” (BERTAGLIA, 2006, p. 319). Então, à vista disso,
torna-se perceptível que é de fundamental importância que as organizações se
empenhem para que o índice de acurácia se mantenha sempre elevado, dado que,
dessa forma, é possível que as empresas consigam atender seus clientes da melhor
forma, operando com o estoque disponível, sem gerar transtornos nos prazos.
2.5 CONTROLE INTERNO
O controle interno em uma organização é de suma importância, uma vez que,
eles possibilitam um melhor controle das atividades realizadas dentro da empresa.
Segundo Almeida, o controle interno representa “o conjunto de procedimentos,
métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis
confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da
empresa.” (ALMEIDA, 2012, p. 57).
40
O controle interno é como uma ferramenta fundamental para assegurar a fidedignidade e integridade dos registros e demonstrações contábeis. Sua utilização torna-se indispensável para a segurança da empresa e também para resguardar o administrador na sua tomada de decisões. (RAMOS, 2011, p. 01).
Os controles internos são ferramentas que procuram fidedignidade nas
informações para que possam ser tomadas as devidas providências diante das mais
diversas situações com mais precisão, garantindo assim o bom funcionamento e
andamento do negócio, e proporcionando melhores resultados.
Os controles internos são peças fundamentais para o desenvolvimento do
negócio. Attie complementa que, pela perspectiva da auditoria, o controle interno
exerce vasta influência, já que é o ponto de partida do auditor, para que possa
realizar seus trabalhos (ATTIE, 2011).
A elaboração de controles internos serve para evitar o abuso de poder, o erro, a fraude e, principalmente, a ineficiência, são fundamentais para que as entidades resguardem os seus ativos, assegurem a fidelidade e integridade dos registros, demonstrações, informações e relatórios contábeis, conheçam efetivamente a realidade da entidade, estabeleçam e conheçam quais os seus compromissos com a gestão, orientem, estimulem a organização estrutural e funcional, comuniquem as diretrizes administrativas, onde o controle interno serve como facilitador para o trabalho do auditor. (RAMOS, 2011, p. 01).
Assim, o controle interno é um instrumento que permite melhor organização
entre os setores da empresa, bem como auxilia no controle antifraude e na redução
de erros, também facilita a comunicação entre as partes, contribuindo com o
trabalho do auditor.
Para Franco e Marra, os objetivos principais dos controles internos, são:
fornecer dados confiáveis para a contabilidade, conferindo a precisão da escrita
contábil, bem como evitar erros, procurando 40rata40fica-los. (FRANCO; MARRA,
2001).
Ao avaliar os controles internos, o auditor terá em mente esses objetivos básicos e, usando seus conhecimentos, sua experiência, sua acuidade, verificará até que ponto eles permitem atingi-los. Os controles absolutamente infalíveis não existem, ainda não foram criados; entretanto, qualquer deficiência deve ser atribuída mais à natureza humana do que à concepção do funcionamento desses controles. Logo, a aplicação dos procedimentos de auditoria, em todas as áreas, é indispensável. A extensão e profundidade desses procedimentos é que podem ser maiores, ou
41
menores, conforme seja o grau de confiança que o auditor possa depositar na eficiência dos controles internos. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 269).
Assim, com base nas colocações acima, considera-se que os controles
internos e a auditora estão notoriamente interligados, uma vez que, aqueles são
peças fundamentais para o desenvolvimento e a execução do trabalho da mesma.
2.6 PAPÉIS DE TRABALHO
Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos que será utilizado para
realizar o estudo e que comprovam a execução do trabalho. Para tanto, os
documentos devem estar organizados de forma coerente.
Em uma auditoria, todas as evidências obtidas pelo auditor devem ser compiladas em papéis de trabalho ou documentação da auditoria. Os papéis de trabalho representam o conjunto de documentos obtidos ou preparados pelo auditor, de forma manual, eletrônica ou por outros meios, que constituem a prova do trabalho executado [...]. (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008, p. 240).
Nos papéis de trabalho, o auditor precisa extrair elementos contundentes, a
fim de conciliar seu parecer sobre as demonstrações financeiras examinadas. Com
isso, os auditores desenvolvem papéis de trabalho que retratam o registro de todas
as afirmações obtidas no decorrer do serviço de auditoria. (ALMEIDA, 2012).
De acordo com Crepaldi, “O auditor deve registrar nos papéis de trabalho
informação relativa ao planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a
extensão dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas conclusões da
evidência da auditoria.” (CREPALDI, 2011, p. 431).
Os papéis de trabalho a ordem e a organização são de suma importância,
pois auxiliam no processo de conformidade das informações que o auditor obtém da
entidade. Conforme Perez Junior, “Os papéis de trabalho devem ser ordenados de
forma lógica, que facilite o trabalho de revisão e localização de informações.”
(PEREZ JUNIOR, 2012, p. 113).
“[...] A finalidade principal dos papéis de trabalho do auditor é a de servir como base e sustentação da opinião do auditor. Eles constituem o testemunho do trabalho que o auditor efetuou, a forma como foi realizado esse trabalho e registra e documenta as conclusões a que o auditor chegou”. (HOOG; CARLIN, 2012 p. 72 apud FRANCO, 2001, p. 322).
42
Os papéis de trabalho proporcionam confiabilidade ao parecer do auditor,
uma vez que contribuem para a realização de todo o processo de realização da
pesquisa, auxiliando, consequentemente, para a tomada de decisão.
2.6.1 Relatório de Auditoria Interna
O relatório de auditoria é a parte final do trabalho do auditor, e também pode
ser considerado um papel de trabalho, pois não deixa de ser um documento que
comprova o trabalho do auditor. Nele, o profissional expressará constatação obtida
com as devidas correções e recomendações para a organização, se evidentes,
depois de realizada a auditoria. De acordo com Araújo, Arruda e Barretto,
Relatório de auditoria é a fase final do processo auditorial e consiste em uma narração ou descrição escrita, ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidências concretas, durante o transcurso dos exames de auditoria. Representa a ase mais significativa do trabalho e se constitui no seu produto final. (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETO, 2008, p. 291).
No relatório de auditoria, o auditor não explana somente o resultado do seu
trabalho, além disso, faz recomendações para que a entidade possa aplicar métodos
para melhoramentos nos aspectos destacados pelo auditor e, consequentemente,
conseguir progressos dentro da empresa. Conforme Franco e Marra,
[...] o relatório deve ser redigido de forma clara, concisa, objetiva e imparcial, bem como isento de erros de redação que possam macular o bom conceito profissional que o emite. Desnecessário é dizer, também, que o relatório deve ser fiel e completo, ou seja, deve relatar com fidelidade os trabalhos executados e os fatos observados, tomando o necessário cuidado para não omitir fatos relevantes, cuja omissão possa trazer prejuízos a terceiros e pelos quais o auditor venha a ser responsabilizado. (FRANCO; MARRA, 2001, p. 527).
Nos relatórios de auditoria, é que irão constar os pareceres do auditor. Para
Araújo, Arruda e Barretto, o relatório de auditoria é o ponto de vista declarado pelo
profissional auditor, formado a partir de suas análises. Através dele, o auditor revela
se está em consonância ou não com os fatos divulgados pela organização
(ARAÚJO; ARRUDA; BARRETO, 2008, p. 292).
Com base nas especificações dos autores acima, atesta-se que o relatório de
auditoria é a parte final e uma das mais importantes etapas da auditoria, em que são
43
descritos, o resultado do trabalho e as devidas correções e recomendações, quando
necessário. Devem ser expostas de maneira que seja de fácil compreensão, e
apresentar fidedignidade nas informações. Desse modo, a empresa poderá usufruir
do trabalho do profissional auditor, de maneira a utilizar-se do relatório de auditoria
para melhorar o desempenho da organização, visando progresso no negócio e
alcançando seus objetivos.
44
3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE
Este capítulo tem como objetivo, analisar as informações coletadas
relacionadas ao estoque da empresa, a fim de identificar as inconformidades, caso
existentes e tratá-las. Para a concretização da auditoria, é necessário,
antecipadamente, um estudo bibliográfico para que o trabalho possa ser executado
de acordo com o que rege a teoria.
É fundamental que se obtenha, no caso em questão, um conhecimento mais
aprofundado sobre estoques, que se encontre inteirado acerca da contabilidade, que
esteja a par dos parâmetros da auditoria em si e ligada ao estoque, é importante
também que se conheçam os procedimentos para saber como proceder na prática,
bem como ter ciência dos papéis de trabalho. Estes foram alguns dos tópicos
abordados no presente trabalho, e serviram de base para que a pesquisa pudesse
ser realizada.
Em um primeiro momento, foi verificada a forma que é efetuada o controle
dos estoques na organização. Em seguida, procurou-se saber a maneira que
poderia se conseguir as informações referentes às mercadorias estocadas na
empresa e suas quantidades, e com estes dados, pôde-se determinar quais critérios
seriam empregados para a contagem dos estoques, selecionando a amostra a ser
auditada. Na sequência, foi emitida uma planilha com a amostra selecionada,
iniciando-se a auditoria.
Foi feita também uma entrevista com a gestora da empresa, em que a mesma
discorreu sobre o funcionamento e a rotina de trabalho relacionado ao estoque,
desde a entrada de mercadorias até a venda, bem como sobre a realização de
novos pedidos e o processo de arquivamento de documentos.
Com base no que foi explanado acima, deu-se início ao trabalho da auditoria
de estoques na empresa e dessa forma, foi efetuado o levantamento dos dados
necessários para a prática. Por fim, depois de verificado o resultado da auditoria, foi
elaborada a recomendação para a empresa monitorar e melhorar o seu controle
interno, onde, foram constatadas e relatadas as inconsistências, e também as
conformidades.
45
3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E CONTROLE DOS ESTOQUES
A estrutura da área onde ocorre a auditoria é de espaço amplo e bem
organizado. Conta com um quadro de 4 integrantes na equipe, formado pela
proprietária, pela gerente por uma farmacêutica e por uma atendente, de forma que
todos tem sua parcela no atendimento ao cliente, bem como no contexto
organizacional da entidade.
Os pedidos das mercadorias são realizados pela farmacêutica, a atendente,
particularmente é a mais encarregada do atendimento, sem deixar de contar com o
auxílio do restante da equipe. Fica a cargo da atendente também, a realização de
entrega de produtos a domicílio. A gerente fica encarregada de coordenar as
atividades e tomar decisões, que por vezes, podem ser levadas à proprietária
quando houver dúvida.
Inicialmente, foi averiguada a maneira que é feita a conferência das
mercadorias no momento do recebimento das mesmas, bem como a empresa efetua
o lançamento das entradas nos estoques, e a forma utilizada para manter a
compatibilidade entre o estoque físico e o que está registrado no sistema. Para isso,
contou-se com a ajuda da proprietária e também gerente da empresa.
A averiguação da forma de como é realizada a conferência das mercadorias
se torna relevante para desenvolver a auditoria na empresa, uma vez que esta é
realizada com o objetivo de confrontar as informações que estão registradas no
sistema informatizado da empresa com a contagem do estoque físico, visando
verificar sua veracidade e compatibilidade.
A linha de produtos da loja é reposta conforme a necessidade, ou seja, à
medida que as mercadorias vão sendo vendidas, é efetuada a compra para a
reposição dos mesmos. Assim com também são adquiridos produtos novos,
conforme são lançados novos produtos no mercado e também de acordo com a
demanda por parte dos clientes.
A conferência no momento do recebimento de novas mercadorias é realizada
por uma funcionária que verifica se a quantidade e os produtos que chegam ao
estabelecimento estão de acordo com o que consta na Nota Fiscal de entrada. A
Nota Fiscal é lançada no sistema, dando entrada de forma automática do estoque no
mesmo, assim como deve permanecer em conformidade também no físico. No
momento em que é realizada uma venda, é emitida a nota fiscal para dar saída do
46
produto no estoque, ou seja, no momento em que é emitida a Nota Fiscal para o
cliente, a baixa no estoque do sistema ocorre automaticamente.
Ao final do dia, é emitido um relatório com a lista de todos os itens que foram
vendidos no dia, e com base nisso, é providenciado o pedido para a reposição das
mercadorias faltantes. Além disso, o pedido de novos produtos se dá também em
função de encomendas de receitas de clientes, da necessidade de novos produtos
que são lançados no mercado, os quais a empresa recebe propagandas e
acompanha também em sites e na página da rede Vida Farmácias.
Os pedidos são feitos em várias empresas, e varia de acordo com as
condições oferecidas por cada empresa, são analisados melhores preços e também
a qualidade do produto comprado. Todos os produtos são recebidos com nota fiscal
eletrônica, recebidas por e-mail e importadas através de arquivos xml. O lançamento
no sistema acontece de forma automática, no momento que é dado entrada da nota
no sistema, bem como a composição do preço. Em seguida, os produtos são
repostos nas prateleiras e vendidos.
Em se tratando da parte de perfumaria e cosméticos, as mercadorias podem
demorar um pouco a serem entregues na empresa, podendo chegar até duas
semanas após a realização do pedido. Já a parte de medicação, principalmente os
medicamentos éticos, é feita a entrega diariamente. A reposição se faz necessária
dentro do menor prazo possível, para que os clientes possam ser atendidos o
quanto antes para o tratamento de sua saúde.
Dessa forma, tem-se o ciclo operacional do estoque na organização, desde
sua chegada ao estabelecimento, o processo pelo qual passa para que possa ser
vendido, até o momento da saída, seja por venda, por perda da mercadoria ou ainda
por consumo próprio interno.
Na sequência, é apresentada a Ilustração 07, na qual é possível ver uma
parte do espaço físico da entidade que é auditada, podendo ver, também, parte do
estoque de mercadorias nas prateleiras, Na Ilustração, fica visível a parte de
medicamentos atrás dos balcões de atendimentos, que por regra, não pode estar ao
alcance do clientes e sim ser alcançado pelos atendentes, mediante as devidas
recomendações, como a apresentação de receitas médicas, por exemplo.
47
Ilustração 07: Espaço Físico da Entidade Auditada Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
Na Ilustração 7, é possível notar também um o amplo espaço que a
organização dispõe para atender bem aos seus clientes, oferecendo praticidade e
conforto no momento de suas compras.
3.1.1 Utilização do Sistema Informatizado e Movimentação do Estoque
No momento do recebimento de novas mercadorias, as mesmas são
conferidas de acordo com a nota fiscal, e assim que possível, é dada a entrada da
nota no sistema, bem como dos produtos. Esse procedimento ocorre
automaticamente, assim como também a composição dos preços dos itens recém-
chegados.
Como é tudo informatizado, o cadastramento de novos produtos, se dá
também de forma automática, no momento em que é dada a entrada da nota, o
sistema, de imediato, detém as informações e cadastra os itens automaticamente.
Para os medicamentos vencidos, assim como os quebrados e os de consumo
próprio, há um campo em específico dentro do sistema, em que é realizada a baixa
do estoque no sistema. No caso da perfumaria e dos medicamentos quebrados ou
vencidos, a empresa tem contrato com uma empresa que recolhe os produtos
mensalmente e dá o destino correto para estes itens.
48
Atualmente, a empresa encontra-se em constante processo de crescimento e
empregando novas maneiras de facilitar e modernizar seu trabalho. É o que ocorre
no cadastramento de novos clientes, por exemplo. No momento em que são
cadastrados novos clientes, já é incluso na ficha cadastral, o e-mail, quando o cliente
efetua uma compra, a nota fiscal já é emitida automaticamente para o cliente,
promovendo praticidade para o cliente e economia para a empresa, uma vez que
não se faz mais necessária a impressão da nota fiscal.
A empresa conta com o Sistema Informatizado Trier Sistemas, para realizar
as operações de compra, venda, controle de estoque, emissão de relatórios,
cadastramento de clientes, de produtos, lançamentos de notas fiscais, etc. A
Ilustração 08 demonstra a tela de software de controle da organização.
Ilustração 08: Painel de software de controle da empresa. Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
3.1.2 Processo de Arquivamento de Documentos
A empresa demonstra preocupação com o arquivamento de documentos, o
que é fundamental, pois se em algum momento for necessária a apresentação
destes documentos, é preciso que estejam em mãos. No final de cada mês, a
empresa envia as cópias de segurança realizadas durante o mês transcorrido, e
também as notas físicas para o escritório que realiza a contabilidade da empresa.
49
Depois de um período de aproximado de 6 (seis) meses, as notas retornam para a
entidade e ficam guardadas pelo prazo de mais 5 (cinco) anos. Os arquivos xml’s
são resguardados na própria organização.
3.2 PREPARAÇÃO E PRÁTICA DA REALIZAÇÃO DA AUDITORIA
Após o acompanhamento do processo de recebimento, conferência,
lançamento e controle do estoque das mercadorias na empresa, bem como as
explicações obtidas pela proprietária e também gestora da empresa, deu-se início o
procedimento para a realização da auditoria.
Salienta-se que foi aplicada a fórmula estatística de Triola que foi abordada
na Ilustração 4, para o cálculo da possível margem de erro presente no trabalho de
auditoria. Estima-se que há uma margem de erro de 6,04% na pesquisa, de acordo
com a aplicação do cálculo:
247 =2466
1 + 2465 × 𝐸2 247 + 608855𝐸2 = 2466 𝐸2 = 2219 𝐸 = 0,0603 × 100
𝐸 = 6,04%
Vale ressaltar também, o fato de que no período em que foi realizado o
trabalho de auditoria, a empresa estava passando por uma troca de sistema
informatizado, ocorrendo que, os dados do estoque ainda não haviam sido
repassados todos corretamente para o novo sistema, podendo então, apresentar um
número elevado de inconformidades, o que não significa que, caso não houvesse a
troca de sistema, o resultado fosse necessariamente diferente.
A contagem dos estoques foi realizada em 04/11/2016 (quatro de novembro
de dois mil e dezesseis), com início às 16:00h (dezesseis horas) e término às 20:00h
(vinte horas), na sede da empresa, Farmácia Farmavida, e contou com o auxílio da
gestora da empresa para que pudesse ser efetuada.
Foi utilizada uma planilha com a amostra selecionada a partir da população
total e foram contados, item por item, tomando-se nota do que constava nas
prateleiras, concomitantemente conferindo o que estava registrado em estoque no
sistema informatizado da empresa.
50
Foi emitido um relatório com todos os itens presentes no estoque, gerado a
partir do sistema informatizado. Foi constatada uma população de 2.466 (dois mil,
quatrocentos e sessenta e seis itens), e selecionada uma amostra de 10% para se
efetuar a referida auditoria, ou seja, foram auditados um total de 247 itens.
A amostra foi selecionada por meio dos critérios já apresentados
anteriormente, que são, aleatória ou randômica, em que sorteiam-se os itens, de
forma que todos tenham a mesma chance de serem escolhidos; sistêmica ou por
intervalo constante, em que existe um intervalo constante entre os itens
selecionados; casual, que é realizada com base na experiência do auditor; e por
relevância, em que são escolhidos os produtos com maior e menor valor de custo.
Uma vez selecionada amostra, deu-se início à prática da auditoria. O
processo de auditoria deu-se pelo confronto da quantidade que havia no sistema
informatizado da empresa, com o que foi contabilizado na contagem física. No total
de 247 itens auditados, foram constatadas divergências em 161 itens.
Após a realização da auditoria nos estoques em que se constataram
inconformidades, foram analisados aspectos positivos e negativos, bem como,
alguns pontos em que poderiam ser feitas melhorias, de modo a melhor atender as
expectativas e as demandas dos clientes, fazendo com que saiam da loja satisfeitos.
3.3 RELATÓRIO DE AUDITORIA
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Empresa: Farmácia Farmavida
Objeto da Auditoria: Estoques
Data da realização da prática: 04/11/2016
Gestora da Empresa: Vanessa Schuster Martini
Auditor (a) responsável: Andreia Werlang
Tamanho da Amostra: Total de 247 itens auditados.
Inconformidades Constatadas: Foram constatadas 161inconformidades na
contagem dos estoques.
Inconformidades Constatadas (%): 65,18% dos itens apresentaram inconformidades
na amostra.
Pontos Positivos Observados:
• Espaço amplo e bem localizado;
51
• Sistema informatizado moderno;
• As compras são efetuadas de acordo com a demanda dos clientes e através de
lançamentos de novos produtos;
• Em todas as vendas são emitidas notas fiscais;
• O sistema permite que praticamente tudo seja feito de modo automático.
Pontos Negativos Observados:
• O controle de estoque deveria ser mais rigoroso;
• Não é feita a contagem e conferência de estoques com muita frequência;
• A troca de sistema pode ter influenciado no elevado número de inconformidades;
• A transferência de informações deveria ter sido planejada e efetuada com mais
antecedência, concomitantemente com a troca do sistema.
Ilustração 09: Relatório de Auditoria Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
Com base no relatório de auditoria exposto na Ilustração 09, é possível
identificar um número elevado de inconformidades na auditoria realizada. São
observados também aspectos positivos e negativos quanto à organização num
contexto geral.
Os pontos positivos abordam a estrutura da empresa, que oferece um espaço
bem amplo e o estabelecimento é bem localizado na cidade; a entidade conta com
um sistema moderno, que propicia executar a maioria das operações de forma
automática e não há venda sem a emissão de nota fiscal; deve-se tomar por
importante também, que a troca de sistema operacional da empresa não favoreceu o
trabalho de auditoria, pois não teve como ter muita precisão nos resultados.
Já os negativos, retratam a questão da eficácia do controle de estoque, que
deveria se mais rígido, pois existe dificuldade na manutenção do controle de
estoque. Isto poderia ser reparado, com a contagem e conferência dos estoques de
maneira mais frequente. Em virtude disso, foi possível constatar um elevado número
de inconformidades no estoque, não podendo se afirmar que, no caso da não
ocorrência da troca de sistema, não se obteria um resultado semelhante.
A ilustração 10 expõe o resultado da contagem dos estoques em
porcentagem, o que torna possível ter uma percepção mais clara da realidade atual
da organização:
52
Ilustração 10: Comparativo entre Estoque Físico e Registrado em Sistema. Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
A partir do gráfico apresentado na Ilustração 10, é possível perceber
claramente o elevado número de inconformidades contabilizado na auditoria
realizada, demonstrando 65,18% de inconformidades, correspondentes aos 161
itens com divergências identificados.
34,82%
65,18%
Conformidades Inconformidades
53
4 RECOMENDAÇÕES
Após a realização da pesquisa, e analisando o relatório de auditoria, foi
possível constatar aspectos positivos e negativos quanto à organização, no que se
refere à estrutura física e organizacional da empresa, e quanto ao controle do
estoque que ela aplica. Baseado nesses pontos observados é importante que se
tome nota de algumas recomendações que podem contribuir para aprimorar o seu
desempenho.
Para que pudessem ser feitas recomendações de gestão interna do estoque,
em um primeiro momento, usaram-se cálculos para ter, em números, informações
mais precisas referente a acurácia do estoque. Para tanto, foi utilizada a fórmula de
Bertaglia, 2006, descrita já anteriormente, na Ilustração 6, a qual visa obter o índice
do percentual de assertividade dos estoques. Bertaglia utiliza a quantidade física
dividindo pela quantidade teórica, e o resultado, é multiplicado por 100.
Nesta pesquisa, a fórmula foi utilizada, com base nas informações extraídas
do Apêndice A. Dessa forma, subtraiu-se a quantidade de inconformidades, que
foram 161, da quantidade total de itens contados, 247, obtendo-se o resultado de 86.
Este foi dividido pela quantidade de itens contados, 247 e multiplicado por 100,
apresentando um índice de acurácia de 34,82%, o que é um índice de assertividade
extremamente baixo e, por isso, deve ser averiguado e devem tomadas as devidas
precauções e providências para mudar este quadro.
Diante da pesquisa efetuada, destaca-se que auditoria foi realizada em 247
itens, amostra esta, selecionada a partir da população total de 2466 itens, trabalho
executado em 04/11/2016, usando-se do relatório que consta no Apêndice A. Destes
247 itens auditados, obteve-se um total de 161 itens com inconformidade, o que
representou uma acurácia de 34,82%. Com base na utilização da fórmula de Triola,
observa-se também que a auditoria conta com uma possível margem de erro de
6,04% em sua realização.
Levando-se em consideração de que, o fato de haver a troca de sistema na
organização, no período em que é realizada a auditoria, não descarta a hipótese de
que antes disso o estoque também apresentava inconformidades, é recomendável
que a empresa realize auditorias com mais frequência e torne mais rígido o controle
do estoque, efetuando periodicamente contagens das mercadorias a fim de obter
maior compatibilidade das informações.
54
No decorrer do trabalho de auditoria, foi possível perceber e identificar
fragilidades do controle de estoque, o que levou a apresentar no resultado um
elevado número de inconformidades em seus registros. Uma delas foi percebida no
momento do recebimento das mercadorias, em que, por vezes, foi notória a falta de
atenção na conferência, o que pode ocasionar falhas. Diante disso, recomenda-se
que se tenha o máximo de atenção no momento da conferência no recebimento dos
produtos, de modo a reduzir ou mesmo eliminar o risco.
Outro aspecto observado foi a questão da periodicidade de contagem dos
estoques, que é realizada esporadicamente, o que induz a um controle do estoque
insatisfatório, uma vez que, não há o acompanhamento adequado. Neste caso,
recomenda-se que sejam realizadas conferências do estoque com maior frequência,
a fim de que se mantenha maior compatibilidade possível entre o que está registrado
no sistema e o que está no físico.
A troca de sistema informatizado, da organização também interferiu no
resultado da auditoria, pois as informações ainda não haviam sido repassadas todas
corretamente para o novo sistema. É recomendável que a empresa efetue a
transferência dos dados o quanto antes para que regularize a situação.
Analisando fragilidades observadas, num contexto geral, recomenda-se que a
organização realize a conferência e contagem dos estoques o quanto antes, e
mantenha-as de acordo com o sistema. A partir daí, é viável que adote uma política
mais rígida de controle, tanto no recebimento das mercadorias, quanto no controle
em geral, sendo importante ainda, que passe a realizar as operações de forma
tempestiva.
55
CONCLUSÃO
Após a finalização do trabalho, com base tanto na parte prática quanto no
desenvolvimento teórico, fica clara a importância que o estoque e, sobretudo, a
manutenção do controle do mesmo, tem nas organizações. Percebe-se também a
relevância que tem a aplicabilidade de uma auditoria interna em uma empresa.
Com base no estudo, é notório que a auditoria contribui para que se obtenha
um resultado mais preciso na conferência e análise de determinada situação, e com
isso, tem uma forte contribuição, não apenas para verificar a conformidade do
estoque, como permite ir mais além, sendo possível calcular sua acuracidade e sua
margem de erro. Logo, fornece subsídio também para a tomada de decisões com
maior segurança e confiabilidade nas informações.
O presente estudo teve o objetivo de aplicar a auditoria em uma empresa do
ramo farmacêutico, a Farmácia Farmavida, em uma amostra de 10% da população
total do estoque, o que correspondeu a 247 itens de um total de 2466, tendo
calculado também sua acurácia, bem como sua margem de erro.
Para que o trabalho pudesse ser desenvolvido, buscou-se primeiramente
embasamento teórico, destacando-se a pesquisa relativa aos estoques, com a
finalidade de alcançar os objetivos específicos propostos no estudo. O primeiro
deles foi conhecer o sistema de gestão de estoques existente, que foi atingido no
tópico 3.1 deste trabalho, onde foi conhecido o funcionamento e o ciclo das
mercadorias que entram e saem da loja.
Atendendo ao segundo objetivo específico, foi efetuada, na prática, a auditoria
de estoques existente na entidade, através da contagem física em conferência de
conformidade com o registro em sistema informatizado, o que está especificado no
item 3.2 da pesquisa.
Cumprindo o terceiro objetivo específico, foi emitido o relatório de auditoria,
constando no item 3.3 do estudo, apresentando as inconformidades identificadas, e
destacando pontos positivos e negativos observados durante a prática do trabalho
para que pudessem ser posteriormente analisados.
56
O quarto e último objetivo específico foi concluído e relatado no item 4 em que
pretendia-se propor melhorias de gestão, caso fossem evidenciadas, o que de fato
ocorreu. Desta forma, tendo cumprido os objetivos específicos, foi atingido também
o objetivo geral, que se tratava de realizar uma auditoria de estoques na
organização.
Ao término do trabalho, verificou-se a importância dos conhecimentos
adquiridos na gestão de uma empresa, e na execução de um trabalho de auditoria.
Através do estudo, conclui-se que a contabilidade é fundamental para controlar e
gerir o patrimônio de uma empresa, além de fornecer informações fidedignas para
os seus usuários e a auditoria vem para facilitar esse trabalho dos gestores.
A manutenção de um adequado controle interno também é de grande
relevância para a organização, pois permite ter um maior controle das operações
realizadas dentro da empresa, possibilitando um acompanhamento mais próximo e
claro do que se passa internamente.
Desta forma, conclui-se que o trabalho foi realizado com êxito, pois atendeu
aos objetivos propostos no estudo e foi possível resolver a questão do problema do
trabalho, pois com a auditoria, é possível fazer uma análise específica do caso, e
propor recomendações para melhorias de gestão, o que consequentemente, implica
no aumento do índice de acurácia do estoque na organização.
57
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2012. ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos; ARRUDA, Daniel Gomes; BARRETTO, Pedro Humberto Teixeira. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo e prático. 1. Ed. São Paulo: Saraiva, 2008. ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2011. AYRES, Antonio de Pádua Salmeron. Gestão de Logísticas e Operações. Curitoba: Iesde Brasil S.A, 2009. BARBOSA, Ângelo Chrysthian. Contabilidade Básica. Conceitos básicos de contabilidade, técnicas de escrituração e demonstração contábeis, aplicação da ciência contábil, exercícios práticos. Curitiba: Juruá, 2008. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. CERVO, Arnaldo Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Disponível em: <www.cfc.org.br>. Acesso em: 23 abr. 2015. CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2011. CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria Fiscal e Tributária. São Paulo: Saraiva, 2015. CRUZ, June Alisson Westarb; ANDRICH, Emir Guimarães, SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Contabilidade Introdutória. 22. Ed. Curitiba: Juruá, 2008. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. FACHIN, Odilia. Fundamentos de Metodologia. 5. Ed. Ver. São Paulo: Saraiva, 2006. FRANCISCHINI, Paulino G; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de Materiais e do Patrimônio. 2. Ed. São Paulo: Cenage Learning, 2013.
58
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2001. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. HOOG, Wilson Alberto Zappa; CARLIN, Everson Luiz Breda. Manual de Auditoria Contábil. 5. Ed. Curitiba: Juruá, 2012. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 7. Ed. 4 reimp. São Paulo: Atlas, 2008. LINS, Luis dos Santos. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2014. MARCONI, Mariana de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 16. Ed. São Paulo: Atlas: 2009. MARION, José Carlos. SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Manual de Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. São Paulo: Atlas, 2013. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009. PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Auditoria de Demonstrações Contábeis. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2012. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani, Cesar de. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. (recurso eletrônico), 2. Ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. RAMOS, João F. Controle interno como ferramenta fundamental. Disponível em: <http://www.portaldeauditoria.com.br/artigos/Controle-Interno-como-Ferramenta-Fundamental.asp>. Acesso em: 20 set. 2011. RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Administração de Material e Patrimônio. Curitiba, PR, IESDE, 2012. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009. SÁ, Antonio Lopes. Cursos de Auditoria. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2002. VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Metodologia do Trabalho Científico: Um enfoque didático da produção científica. São Paulo: E.P.U, 2001.
59
APÊNDICES
60
APÊNDICE A – Planilha para Contagem da Amostra
DESCRIÇÃO DO PRODUTO QUANTIDADE EST. SISTEMA
QUANTIDADE EST. FÍSICO
INCONFORMIDADES
ADDERA GTS.................... 1 0 X
AMPLICTIL GTS 20ML RHODIA 1 0 X
BALSAMO BENGUE GEL 20G........ NOVAMED 1 1 •
BENALET MEL-LIMAO 12PAS....... ACHE 1 1 •
BENEROC JUNIOR POLIVITAMINICO. BAYER 1 0 X
BIAMOTIL COLIRIO 5ML.......... ALLERGAN/FRUMTOST 2 2
•
BRICANYL EXPECT.100 ML........ ASTRA FARMA 1 1 •
BUSONID 64MCG C/120........... 1 1 •
CANDICORT POM 30 G............ ACHE 1 1 •
CEPACAINA SOLUCAO C/100ML..... J.JOHNSONS 1 1 •
CILODEX COLIRIO 5ML SUSP OFTAL 1 1 •
CLOB – X SPRAY................ GALDERMA 1 0 X
DERMODEX POM 60 G.......... 1 4 X
DIANE 35 21 DRAG.............. SCHERING PLOUGH 1 1 •
DICLIN C/21 COMP.............. MERCK 4 1 X
ENO ABACAXI SACHE….......... GLAXO WELLCOME 17 6 X
FLORATIL PED 4 ENV 1 G...... MERCK 2 1 X
FLUTINOL COL. 1% 5ML.......... 1 1 •
HEXOMEDINE COLUTORIO 50ML..... 1 1 •
INIBINA 10MG 20 COMP.......... APSEN 3 0 X
KIT VIAGEM COLGATE............ 1 1 •
MAXIDEX COLIRIO 5ML........... ALCON 3 2 X
MICROPIL 30 C/21 CART......... EMS 6 2 X
MYLANTA PLUS TRAD 240ML….... PARKE DAVIS 2 1 X
OLINA 60 ML.................. WESP 5 1 X
OPTIVE 10ML................... 1 1 •
PACO 500MG + 30MG C/12........ EUROFARMA 1 1 •
PRELONE 60ML ASTA MEDICA...... ACHE 1 1 •
PROTOS 2 28 SACHE............. SERVIER/INCIBRA 0 0 •
RIVOTRIL 2MG C/30............. 3 0 X
SELOKEN 100MG C/30 COMP....... ASTRA ZENECA 1 1 •
SELOZOK 50MG C/60............. ASTRA ZENECA 4 1 X
SH MONANGE CACHOS PERFEITOS... 2 0 X
STELE CREME VAGINAL........... BIOLAB/SANUS 1 1 •
SUPREMA 2MG C/28.............. GROSS 1 1 •
TORANTE 15MG/ML EUROFARMA..... EUROFARMA 1 1 •
VENALOT 30 DRAGEAS............ 1 2 X
61
VERTIX 50 COMP................ ACHE 1 1 •
VICK VAPORUB UNGENTO......... 24 2 X
ABS P/ SEIOS C/24 UNIDADES.... J.JOHNSONS 2 1 X
ABS SL SUAVE S/ABAS C/8....... 14 7 X
ABS. DISFARCE C/8............. 4 0 X
ATAD CREPON CYSNE 12X4,5M 2 1 X
ATADURA 10 4,5 CM NEVADA...... 6 5 X
BATOM RICOSTI ROSA INTENSO.... 2 0 X
BATOM VULT Nø 73.............. 2 2 •
BICO ORTO PARA LEITE.......... 1 0 X
BLUSH MARCHETTI FIRENZE 12.... 1 1 •
CHUP KUKA N2 UNIVERSAL ROSA... 2 2 •
CHUP. INTER Nø2............... 1 1 •
COL. JJ HORA DO SONO.......... 1 0 X
COLAGENO STEIM C/100 COMP..... 1 1 •
COND. NIELY FOR MEN........... 2 0 X
COND. NUTRI CACHOS BIO EXT.... 1 0 X
COPO NUK AZUL BRITTO.......... 1 1 •
CR DENT TANDY UVA 50G…...... KOLYNOS 1 1 •
CR VINI LADY MAOS/PES RACHADU. 3 0 X
CR. PENTEAR SEDA HIDR. ANTINOS 1 0 X
CR. PENTEAR TRESEMME 300ML.... 1 0 X
DES REXONA BAMBOO AEROSOL..... 1 0 X
DESOD REXONA MEN ACTIVE AER… 3 0 X
ESCOVA CAB. DE VINI........... 1 1 •
ESPAR. IMPERM. CREMER BEGE.... 2 0 X
FIO DENT SANIFIL 100+25METROS. 1 0 X
FR. MILI JUMBO G C/56......... 6 4 X
GEL DENTAL LILICA RIPILICA TUT 2 2 •
KARINA SPRAY 250G/400ML….... KARINA 19 9 X
LEN. UMED S.E.A POTE ROSA C400 3 2 X
MAM. LILLO AZUL DIVERT........ 1 0 X
MEIA KENDALL ALTA COMP. G MEL. 1 1 •
OLEO DE ARGAN E CARTAMO BIO EX 1 1 •
OLEO PAIXAO EUFORIA........... 1 1 •
PINCA MERHEJE ................ 22 19 X
POLARAMINE GTS C/20ML......... 1 1 •
PROT. MAMILO NUK.............. 1 1 •
SAB INTIMO PROTEX 200ML....... 2 2 •
SAB NIVEA BATH FLORES 90G..... 2 0 X
SAB NIVEA CAMO FLOR DE ALGODAO 9 10 X
SAB. DOVE DELICIOUS CARE 90 GR 3 0 X
SAB. LIQ. VINHOS FINOS REFIL.. 0 0 •
62
SH BIOEXTRATO TUTANO E CERAMID 1 1 •
SH. BIO EXTR. FORCA 350ML..... 2 0 X
SH. CACHOS PERFEITOS BIO EXT.. 1 0 X
SH. SEDA OLEO HIDRATACAO...... 1 1 •
SH. SEDA PUREZA............... 2 1 X
SHAMP ELSEVE REP TOT 5 XT PROF 2 1 X
TALCO TABU 100G............... DANA 1 1 •
TENYS P• BARUEL 100GR......... 1 1 •
TIN. BEAUTY COLOR Nø 6.66..... 2 2 •
TINT CORETON PRETO 2 50G...... 11 11 •
TINT CORETON VIOLINE 366 50G.. 1 2 X
TINTURA BEAUTY COLOR 8.0...... 2 1 X
VINI LADY BLOQ SOLAR FPS50 110 6 0 X
VIOLETA GENCIANA C/30 ML...... 2 3 X
ABC 10MG 30ML HERTZ…SPRAY… HERTZ 1 1 •
CICLOBENZAPRINA 5MG C/15 COMP. 1 2 X
COMPLE B GTS 20ML............. 1 1 •
DIGESTIL SOLUCAO 20ML TEUTO... TEUTO 2 0 X
DOXAZOSINA 4MG C/30........... SANDOZ 1 1 •
HIDRAPLEX LARANJA............. NATULAB 9 14 X
LIPNEO – CIPROFIBRATO 100MG 30 NEO QUIMICA 1 1
•
MODURETIC GEN 2,5/25MG....... 1 1 •
PEITORAL MARTEL XPE 150ML..... 6 4 X
SULFATO FERROSO COMP.......... NATULAB 2 1 X
TETRACICLINA 500MG TETRAMED... MEDQUIMICA 0 0 •
CHA CHILENO CAPIM CIDREIRA.... 0 0 •
CHA MISTO DE MACA SACHE....... 4 0 X
MICROPORE CREMER 1,2 X 4,5.... 4 2 X
ACET. DE HIDROCORTISONA CRE... TEUTO 1 2 X
ACICLOVIR CR. GEN. 10GR....... TEUTO 4 3 X
ALOPURINOL 300MG.............. MEDLEY 1 0 X
ATENOLOL 50MG................. VITAPAN 3 0 X
ATORVASTATINA 20MG 30CP....... CIMED 1 0 X
BETAMETASONA ELIXIR 120ML MEDL 1 0 X
CETIRIZINA 10MG GEN MEDLEY…. MEDLEY 2 4 X
CLOPIDOGREL 75MG C/28COMP..... 19 6 X
CLOR SOTALOL 160MG30COMP MERCK MERCK 1 1 •
CLOR/SOTALOL GEN160MG HEXAL20C HEXAL 1 0 X
FLUCONAZOL 150MG C/2.......... MEDQUIMICA 2 2 •
LOSARTANA POTASSICA50MG PRATI-DONADUZZI 118 87 X
MEBENDAZOL20MG/MC30MGGENGREENPHARMA 2 3 X
PARACETAMOL GEN 500MG C/10.... 32 32 •
SILDENAFILA 50MG C/2.......... LEGRAND 2 2 •
63
XAROPE BETAMETASONA 120 ML EMS 1 0 X
PROSCAR 5MG 1 0 X
LYRICA 150MG C/28 1 1 •
ROACUTAN 20MG C/30 CAPS 2 2 •
NEOVITE MAX C/60 COMP 1 0 X
ARTICO 1 1 •
FR. PAMPERS SUPERSEC G C/26 14 14 •
UMIDITA LC. GESTANTE 200ML 1 1 •
PANTOCAL 40MG C/28 1 1 •
VYTORIN 10/20MG 28 COMP 1 1 •
RELVAR 30 DOSES 1 0 X
MEIA KENDALL ALTA COMP. G MEL 1 1 •
SERETIDE DISKUS 50/250 1 1 •
INALADOR COMPRESSOR COMP OMRON 2 2 •
CLOB – X SPRAY 1 0 X
EPEZ 5MG C/30 COMP 2 2 •
OLMETEC ANLO 40+10 C/30COMP 1 0 X
UMIDITA ROSTO 50ML 1 0 X
LUCIARA 200ML 1 1 •
DOSTINEX 0,5MG 1 0 X
APARELHO DE PRESSAO DIG PREMIU 1 3 X
RITMONORM 300MG C/30 1 1 •
IMOBILIZADOR DE TORN. 1 1 •
CENTRUM C/60 COMP 1 1 •
FLIXOTIDE SPRAY 250 MCG 2 0 X
DEPAKOTE ER 500MG C/30 2 0 X
XARELTO 10MG C/10 COMP 5 0 X
FORFIG 200M C/20 COMP 1 1 •
IMECAP HAIR C/60 CAP 1 0 X
MEIA LONGA KENDALL S/PONT G 1 0 X
FOLINE C/60 COMP 1 0 X
SELOZOK 100MG 30COMP 1 1 •
SAB JXJ MEL E LINHACA 3 0 X
SAB JXJ ROMA E UVA 2 0 X
ATADURA CREPE 6CM 2 0 X
LENCO SOFTYS C/50 UNID 24 0 X
CURATIVOS CICATRISAN C/10 1 0 X
CAPTOPRIL 25MG C/30 GEN 26 0 X
COLETOR DE URINA UNIVERSAL 802 2 2 •
DRENOGRIP 4 16 X
GLIBENCLAMIDA 5MG C/30 8 2 X
PARACETAMOL GEN 500MG C/10 34 40 X
ATAD ELESTICA 8X2.2 NEV 8 6 X
64
BARRA CER. NESFIT CHOCOLATE 24 0 X
AAS 500MG GENERICO C/10 11 0 X
GRIPIN C/6 COMP 12 0 X
KAOSEC LOPERAMIDA 50 43 X
CEFALINA CX HOSP 143 0 X
DICLOFENACO SODICO C/20 BRAST 4 6 X
CIMEGRIPE CHA 18 0 X
PINCA MERHEJE 22 9 X
AGULHA P/ APLIC. DE INSULINA 26 0 X
TURBOVIT FLAC. C/10ML 24 0 X
ENTEROFIGON 10 ML 25 0 X
VALDA CHICLE DIET 10 0 X
ATAD. CREPE 8CMX1,8M NEVE 3 5 X
SAB JOHNSON OLEOS ROSA E JASMI 5 0 X
COMPRESSADE GAZE 600 0 X
SUCO DIET UVA 13 0 X
COMP. DE GAZE ESTERIL C/5 1 0 X
ACIDO ACETILSALICILICO 100MG 216 29 X
AMOXICILINA 500MG FRACIONAVEL 5 23 X
AAS INFANTIL DORMEC 62 16 X
CETIRIZINA 10MG GEN ME 2 2 •
TABLETE VALDA UNIDADE 0 0 •
IBUPROFENO 600MG FRACI 23 19 X
SOL. FISIOLOGICA 100ML 11 8 X
SABONETE O BOTICARIO L 0 0 •
PRES. PRUDENCE MORANGO 7 4 X
DIPIRONA GTS 20ML NATU 8 5 X
FR. S.E.A TAM. G C/60 23 10 X
FRALD. S.E.A XG C/56 3 3 •
ESM. IMPALA TORTA DE A 0 0 •
ACICLOVIR CR. GEN. 10G 4 0 X
FRALD GERIATRICA SEVEN 0 8 X
SAL AMARGO 30G IFAL 15 12 X
COMBIRON 45 DRAG 0 2 X
OMEPRAZOL 20MG C/28 CO 12 1 X
MELOXICAM 15MG 10COMP 1 0 X
BICO P/ MAM 38 31 X
NIMESULIDA 100M C/12CO 0 0 •
SULF NEOMICINA BACIT G 10 6 X
SEDALEX C/4 COMP TEUTO 0 0 •
IBUPROFENO 600MG C/20 5 3 X
DIPIRONA GTS 20ML GEN 19 2 X
LENCO DE BOLSO KISS 8 0 X
65
FITA MICROPOROSA ESTRE 13 5 X
CLOR. DE TRAMADOL 100M 10 2 X
OMEPRAZOL 20 MG C/ 14C 47 47 •
TORAGESIC 10MG C/10CP 1 1 •
METFORMINA 500MG C/30 5 0 X
ACIDO ACETILSALICILICO 216 0 X
FRALD GER MASTER 8U G 12 12 •
MIFLASONA 200MCG 60CAP 7 1 X
SELENE 3 CARTELAS 12 3 X
CHA RESFRILIV SACHE 0 39 X
HIDROCLOROTIAZIDA 25MG 3 0 X
NATUCLER FLACONETE 0 7 X
ENALAPRIL 10MG C/ 30CO 75 32 X
TERMOMETRO CLINICO PRI 1 2 X
NIMESULIDA 100MG C/12 12 7 X
NEOSALDINA C/4 DRAGEAS 0 2 X
DORALGINA C/ 4COMP 229 0 X
FUROSEMIDA 40MG 10 0 X
DICLOFENACO SODICO C/2 61 40 X
DORFLEX C/10 CPS 735 30 X
TOUCA DESCART DESCARP 0 200 X
TABLETE VALDA UNIDADE 0 85 X
LUVAS LATEX DESCARPACK 0 0 •
DRAMAVIT 100MG C/ 4COM 0 35 X
FR. BIOFRAL CONFORT GE 6 1 X
CALMADOR 4 COMP 36 28 X
SINVASTATINA 20MG GEN. 11 0 X
LUVAS DE LATEX M 2 0 X
SEDALGINA 4 COMP TEUTO 0 0 •
CLOR METFORMINA 850 2 33 X
SINVASTATINA 20MG GEN. 17 15 X
PARAC. GEN. C/ 12 DA P 0 0 •
CAPTOPRIL 25MG GEN. C/ 61 69 X
COMPRESSA DE GAZE CREM 0 82 X
HIDROCLORTIAZIDA 25MG 56 29 X
ENALAPRIL 10MG 30CP 0 0 •
ATENOLOL 25MG C/30 COM 41 9 X
LOSARTANA POTASSICA 50 118 86 X
TOTAL DE INCONFORMIDADES 161
Ilustração 11: Planilha para Contagem da Amostra Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
Legenda: • Está em conformidade. X Não está em conformidade.
66
APÊNDICE B – Questionário para a gestora da empresa
QUESTIONÁRIO SOBRE O FUNCIONAMENTO DO ESTOQUE NA EMPRESA
1. Como se dá o recebimento de mercadorias na empresa?
2. Como é feito o pedido de novas mercadorias e com base no que é pedido?
3. Qual o procedimento após a entrada das mercadorias no estabelecimento?
4. Qual o procedimento com relação à perda de produtos?
5. Como funciona o processo relacionado ao arquivo morto?
6. Como é realizado o lançamento das mercadorias no sistema, bem como a reposição no
estoque?
7. Como é realizada a composição do preço das mercadorias?
Ilustração 12: Questionário para a Gestora da Empresa Fonte: Acadêmica: (WERLANG, 2016).
67
ANEXOS
68
ANEXO A – Planilhas utilizadas para a Seleção da Amostra