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FÁRMACOS ANTIOBESIDADE
Nutrição – 2015/1 Profa Marilia Z. P. Guimarães
O peso da população brasileira
Classes de anorexígenos
Ação central x periférica Os de ação central são ainda subdivididos em:
Es;mulantes Canabinoides Outros
EQUILÍBRIO DE ENERGIAReservatório de energia
peso corporal
Perda de peso Ganho de peso
Atividade física
Energia para absorção e
armazenamento dos nutrientes
Gasto basal
Absorção de:
Proteínas
Gorduras
Carboidratos
Neurônios POMC/CART (Anorexígenos)
Neurônios NPY/AgRP (Orexígenos)
Estimulados Inibidos Estimulados Inibidos
Glicose β-‐endorfina (μ) Grelina Leptina
Leptina NPY Orexina MSH
GLP-‐1 Orexina ↓ Leptina PYY
Insulina Insulina
5-‐HT (5-‐HT2C) 5-‐HT (5-‐HT1B)
Regulação do apetite
NT e hormônios que regulam apetite e saciedade
Controle da Ingesta de Alimentos - Motivação e Recompensa -
É DEFINIDA COMO UM EXCESSO DE GORDURA CORPORAL:
O que é excesso?
REFERÊNCIA PARA DETERMINAR A GORDURA CORPORAL:
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL = kg m2
Obesidade
FATORES GENÉTICOS
ALIMENTA-ÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA
Causas da obesidade
Comorbidades da Obesidade
Cardiovascular: hipertensão, angina pectoris, falência congesJva do coração Cerebrovascular: derrame Hiperlipidemia Síndrome metabólica/ diabetes Jpo 2 ColeliPase Gota, cálculo renal
Osteoartrite Apnea do sono, hipovenJlação Ovário policísJco, hirsuJsmo, menstruação irregular, complicações na gravidez,inconJnência por estresse Malignidades: mama, endométrio, cólon, próstata Aumento de risco cirúrgico Distúrbios psicológicos
Comorbidades na Obesidade
Indicações para anorexígenosIndicações para anorexígenosLimites de
indicação na presença de
comorbidades
Limites de indicação na ausência de
comorbidades Cirurgia
Fármacos
Dieta hipocalórica supervisionada
Mais exercícioModificação de hábitos alimentares
Tratamento de riscos vasculares
Essa pequena pílula vai resolver
todos os seus GRANDES problemas
“É exatamente isso que eu preciso!”
O que gostaríamos de ver num fármaco anorexígeno
Ação Central Anfetamínicos Sibutramina Fenfluramina Fluoxe;na / Sertralina Rimonabanto
Ação Periférica Liraglu;da Orlistat
Fármacos: classificação
• Modulam a neurotransmissão catecolaminérgica
Anfepramona Femproporex Mazindol
• Modulam a neurotransmissão serotoninérgica
Fenfluramina Fluoxetina / Sertralina
• Modulam a neurotransmissão catecolaminérgica e serotoninérgica
Sibutramina
• Modulam o sistema endocanabinóide
Rimonabanto
Fármacos de Ação Central- Mecanismos de Ação -
Mecanismo de Ação Inibição da Recaptação
Neuronal de Serotonina e Noradrenalina e um pouco da
dopamina
Antecipa e prolonga a sensação de saciedade
Sibutramina
Sibutramina: efeitos terapeuticos
Inibição da fome: Via receptores 5HT2A e 5HT2C (serotonina) e β1 adrenérgico (noradrenalina). Aumenta a taxa metabólica (efeito periférico) via receptores β3
adrenérgico (noradrenalina) Reduz acentuadamente o ganho de peso por ↓ a ingesta calórica
pelo aumento das respostas à saciedade pós-‐ingestão, e ↑ o gasto de energia por aumentar a taxa metabólica. Produz redução da circunferência da cintura, diminuição dos
níveis plasmá;cos de triglicerídeos e LDL, com aumento de HDL. São observados efeitos benéficos sobre a hiperinsulinemia e a
taxa de metabolismo da glicose.
Os pacientes apresentaram IMC de 30-‐45 e receberam um programa inicial de 6 meses de tratamento, incluindo sibutramina VO e um programa individualizado de déficit dieté;co de 600 kcal/dia. Dos 499 pacientes, 467 completaram o
programa de 6 meses.
Sibutramina: efeitos terapeuticos
Sibutramina: efeitos terapeuticos
É bem absorvida e sofre extenso metabolismo de primeira passagem – CYP3A4 – 2 metabólitos: monodesme;lsibutramina (M1) e didesme;lsibutramina (M2). Níveis plasmá;cos máximos =1-‐2 horas (dose única oral de 20 mg) São observados níveis sangüíneos dos metabólitos em estado de
equilíbrio dinâmico dentro de dias. Meia-‐vida = 1,1 horas Metabólitos a;vos (meia-‐vida 14-‐16 horas) Metabólitos a;vos são ina;vados no qgado e 85% são excretados
na urina e nas fezes Ligação à proteínas plasmá;cas = 97% (sibutramina) e 94%
(metabólitos) Eliminação = urina e fezes (10 : 1) Não é conhecido se a sibutramina é excretada no leite materno
Sibutramina: farmacocinética
Boca seca Cons;pação Insônia Aumento da frequência cardíaca Aumento da pressão arterial Dor de cabeça Naúsea Ver;gem Parestesia Dispnéia Sudorese Dismenorréia
Sibutramina: efeitos adversos
É um inibidor das lipases gástrica e pancreá;ca. A enzima ina;vada é incapaz de hidrolisar a gordura proveniente
dos alimentos, na forma de triglicerídeos, em ácidos graxos livres e monoglicerídeos absorvíveis. Produz um aumento da gordura fecal relacionado com a dose, que
a;nge um platô com 32% de gordura dieté;ca. Quando administrado em combinação com uma dieta hipocalórica
a indivíduos obesos, o orlistat produz perda moderada de peso corporal em comparação com dieta e placebo. A PERDA DE PESO E OS BENEFÍCIOS INICIAM-‐SE NORMALMENTE,
DENTRO DAS PRIMEIRAS DUAS SEMANAS DE TRATAMENTO.
Orlistat: efeitos terapeuticos
Orlistat: mecanismo de ação
Orlistat: Farmacocinética
Absorção desprezível; As concentrações plasmá;cas foram indetectáveis
(< 5 ng/mL) após administração oral de dose única de 360mg. É metabolizado no próprio trato GI
Orlistat: Efeitos adversos
Cólicas abdominais, flatulência com descarga e perdas oleosas. Urgência para evacuar e aumento das evacuações. Pode ser necessária uma terapia suplementar com
vitaminas lipossolúveis. Foi relatado uma redução na absorção de
an;concepcionais orais. Contraindicado a pacientes com má absorção e coleli{ase
Mecanismo de Ação Inibição da Recaptação
Neuronal de Noradrenalina e Dopamina
Aumento da Liberação de Noradrenalina e Dopamina
Análogos da Anfetamina
EFEITOS: (16 mg DE COCAÍNA = 10 mg DE DEXTROANFETAMINA EV) MELHORA DO HUMOR AUMENTA A ENERGIA AUMENTA ALERTA DIMINUI O APETITE ANSIEDADE IRRITAÇÃO INSONIA
Anfetamina: efeitos
Anfetamina Metanfetamina Dextroanfetamina Fenfluramina Anfepramona (Dietilpropiona) Mazindol Fenmetrazina Femproporex
Só podem ser usados por pouco tempo
Pacientes recuperam peso Após cessar tratamento
Anfetaminas: efeitos
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Anfetamina: mecanismo de ação
atua aumentando a liberação da noradrenalina
a forma dextro é mais a;va que a levorrotatória
inibe o ape;te
aumenta o metabolismo (efeito bem menor)
es;mula o centro respiratório
alerta, menor sensação de fadiga, aumento da a;vidade motora e da fala e melhora do humor
Anfetamina: efeitos
abuso / tolerância / dependência comportamental e neuroadapta;va psicose tóxica (grandes doses) depressão mental e fadiga ( uso prolongado) agitação e insônia taquicardia e hipertensão midríase e boca seca
USOS• tratamento da narcolepsia• síndrome de hiperatividade tratamento da obesidade
Anfetamina: efeitos adversos
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO:
acidificação da urina (cloreto de amônio)
clorpromazina (bloqueadora dopaminérgica e alfa-adrenérgica)
Anfetamina: efeitos adversos
Os anorexígenos, além de suprimirem o ape;te, são es;mulantes do SNC. Com exceção do MAZINDOL, que não causa euforia, e da
FENFLURAMINA, que é um seda;vo, todos os outros, além supressão do ape;te, provocam uma síndrome anfetamínica, caracterizada por euforia, diminuição do cansaço, maior capacidade intelectual, maior iniciaJva e aJvidade motora. Após algumas semanas estes fármacos causam tolerância e
dependência neuroadapta;va. O aumento desnecessário das doses pode gerar inquietude
intensa, irritabilidade e agressividade, além da anorexia e insônia.
Anfetamina: síndrome anfetamínica
SÍNTESE E METABOLIZAÇÃO
5-HIAA
Serotonina
Mecanismo de Ação
Inibição da Recaptação Neuronal de Serotonina
Agonismo de Receptores 5-‐HT2C
Prolonga a sensação de saciedade
Fenfluramina
Depressor do SNC, em doses terapêu;cas
Dextrofenfluramina: 2 x mais potente
Uso apenas por curtos períodos de tempo (4 – 6 semanas)
Também apresenta mecanismo metabólico periférico (efeito glicolí;co)
Toxicidade: indução de hipertensão pulmonar e valvulopa;as
Fenfluramina
• Rimonabanto: antagonista CB1
Rimonabanto