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FUNÇÕES DA LINGUAGEM Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, consciente ou inconscientemente, atribui maior importância a um dos seis elementos da comunicação. Com base nessa preferência, distinguem-se seis funções da linguagem: A) Funções Emotiva, Expressiva: o emissor atribui maior valor a si mesmo. Depoimentos, entrevistas, narrativas de caráter memorialista, críticas subjetivas de cinema, teatro, música e demais manifestações artísticas são outros tipos de texto em que a linguagem se estrutura a partir da ênfase dada ao emissor, ou seja, a partir da função emotiva. Exemplos: Vamos cantar... METADE Adriana Calcanhoto Eu perco o chão Eu não acho as palavras Eu ando tão triste Eu ando pela sala Eu perco a hora Eu chego no fim Eu deixo a porta aberta Eu não moro mais em mim... Eu perco as chaves de casa Eu perco o freio Estou em milhares de cacos Eu estou ao meio Onde será Que você está agora?...(2x) B) Função Conativa ou Apelativa: demonstra a preocupação do emissor com o receptor, o que se manifesta no predomínio de: -Receptor e função de sujeito: Vossa Senhoria não me deferiu o pedido./ Toda dia, você me repete a mesma ladainha./ Esqueceste o favor que te pedi? -Vocativos: Por favor, Mariana, não me desaponte/ Obrigada, Maria. - Imperativos: Se quiseres ser aprovado, estuda./ Pare, olhe e siga. Se liga, Fera... A linguagem da propaganda é fundamentalmente conativa.

FRENTE 02 FUNÇÕES DA LINGUAGEM EXERCICIOS - SILVIO LUCIO

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, consciente ou inconscientemente, atribui maior importância a um dos seis elementos da comunicação. Com base nessa preferência, distinguem-se seis funções da linguagem:

A) Funções Emotiva, Expressiva: o emissor atribui maior valor a si mesmo. Depoimentos, entrevistas, narrativas de caráter memorialista, críticas subjetivas de cinema, teatro, música e demais manifestações artísticas são outros tipos de texto em que a linguagem se estrutura a partir da ênfase dada ao emissor, ou seja, a partir da função emotiva. Exemplos:

Vamos cantar...

METADEAdriana Calcanhoto

Eu perco o chãoEu não acho as palavrasEu ando tão tristeEu ando pela salaEu perco a horaEu chego no fimEu deixo a porta abertaEu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casaEu perco o freioEstou em milhares de cacosEu estou ao meioOnde seráQue você está agora?...(2x)

B) Função Conativa ou Apelativa: demonstra a preocupação do emissor com o receptor, o que se manifesta no predomínio de: -Receptor e função de sujeito: Vossa Senhoria não me deferiu o pedido./ Toda dia, você me repete a mesma ladainha./ Esqueceste o favor que te pedi?

-Vocativos: Por favor, Mariana, não me desaponte/ Obrigada, Maria.

- Imperativos: Se quiseres ser aprovado, estuda./ Pare, olhe e siga.

Se liga, Fera...

A linguagem da propaganda é fundamentalmente conativa.

C) Função Referencial, Informativa sobressai a importância que o emissor dedica ao Referente e se manifesta no uso predominante de sujeitos de terceira pessoa.

―Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando

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chegou ao país, há pouco mais de meio século, fosse com educação, informação e entretenimento. Não se pode negar que ela evoluiu – transformou-se na maior representante da mídia, mas em contrapartida esqueceu-se de educar, informa relativamente e entretém de maneira discutível.‖

Se liga, Fera...

A figura referencial predomina na exposição científica, nos livros didáticos que não falem de linguagem, na linguagem jornalística e em outros.

D) Função Metalingüística: tem maior importância a atenção que o emissor dirige ao código ou língua. É a linguagem voltada sobre si mesmo, é a mensagem que tem como referente a própria linguagem. Exemplos:

Texto 1 Procura da poesia (Drummond de Andrade) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?

Texto 2 "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.)

E) Função Poética ou\ Estética: a atenção do emissor está fixada, fundamentalmente, na busca de melhor elaboração da mensagem. Escrever uma frase e riscá-la para substituir por outra de mesmo sentido só porque é mais eufônica, caracteriza justamente e procura do poético lingüístico. Quando os pais estão discutindo se darão à filha o nome de Maria Ana ou Ana Maria, estão exatamente buscando a estética, o mais sonoro, o de melhor ritmo, e essa preocupação é poética. Importante é perceber que a função poética não é exclusiva da poesia; você poderá encontrá-la em textos outros textos. Exemplo:

Rotina A ideia é a rotina do papel… O céu é a rotina do edifício.. O início é a rotina do final.. A escolha é a rotina do gosto.. A rotina do espelho é o oposto.. A rotina do perfume é a lembrança.. O pé é a rotina da dança.. A rotina da garganta é o rock.. A rotina da mão é o toque.. Julieta é a rotina do queijo.. A rotina da boca é o desejo.. Vento é a rotina do assobio.. A rotina da pele é o arrepio.. A rotina do caminho é a direção.. A rotina do destino é a certeza.. Toda rotina tem sua beleza.

Poema em LetrasMergulharei no mundo das palavrasSaboreando os céus dos poemasDirigindo por ruas, fonemas.Nesta orquestra, farei a regência.No mar infinito não haverá passadoNada será imperfeitoPensarei no futuro do presente,De que vale o subjuntivo?No mundo dos numerais, quero ser o primeiro.De pronomes, sem nós não haverá eu.Pensarei nos mais belos adjetivos para te elogiar.Batalharei para termos um lugar, onde estaremos adjuntos, eu e você.No espaço literário, por ti serei romântico,Até um pouco parnasiano,Te mostrarei a modernidade.Dissertarei meu amor em flores,Direi que te amo em várias línguas.Por ti lerei gramáticas, conjugarei uma infinidade de verbos,Mas nunca deixarei de ser um sujeito simples.Com você quero ser composto, chega de indefinições, quero ser absoluto.E que ninguém possa separar nossas sílabas.Seremos tônicos, às vezes graves, quase sempre agudos.Por ti farei letras. Com letras, farei nosso mundo.

Se liga, Fera...Os provérbios são, em geral, frases, bem arrumadas, ritmadas, de fácil memorização, constituindo bons exemplos da função poética da linguagem. ―Quem casa, quer casa.‖ ―Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão‖

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F) Função Fática: há momentos na comunicação, em que o emissor demonstra querer chamar a atenção do receptor, desligá-la, ou mesmo testá-la. Predomina a preocupação do emissor com o canal, com a atenção.Inúmeras fórmulas de cumprimento, com o tempo foram perdendo sua comunicabilidade e tiveram seus significados esvaziados, tornando-se apenas fática. Quando se diz ―Bom dia‖, ninguém está mais pensando em desejar um dia agradável a seu receptor. É comum dois conhecidos encontrarem-se, trocarem saudações (ex: Como vai? – Bem obrigado. E você? – Tudo bem...) e despedirem-se sem mesmo perceberem o que falaram. Também representam a função fática as expressões estereotipadas como ―né‖, ―viu?‖, ―entende‖? e outras semelhantes.

Exemplo: - Que coisa, né? - É. Puxa vida! - Ora, droga! - Bolas! - Que troço! - Coisa de louco!

EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE VESTIBULAR

1) Qual é o objetivo da utilização da função conativa no nome da revista a seguir? Explique.

2) Assinale a alternativa que apresenta a função da linguagem no texto abaixo (pode ser mais de uma):

Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (Oswald de Andrade)

A) Metalingüística B) Referencial C) Fática D) Poética E) Conativa

03) Assinale a opção que apresenta a função da linguagem predominante nos fragmentos a seguir:

Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus. Ele: – Pois é. Ela: – Pois é o que? Ele: – Eu só disse pois é. Ela: – Mas ―pois é‖ o quê? Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende. Ela: – Entender o quê?

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Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já.

A) Poética B) Fática C) Referencial D) Emotiva E) Conativa

04. Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:

a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer." (O Estado de São Paulo)

b) O verbo infinitivo Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então ouvir E então sorrir para poder chorar. E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até morrer E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)

c) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."

d) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui

espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)

e) " - Que quer dizer pitosga? - Pitosga significa míope. - E o que é míope? - Míope é o que vê pouco."

f) "Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranqüilo..." (Paulinho da Viola) g) Poética Que é poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados Que é um poeta? um homem que trabalha um poema com o suor do seu rosto Um homem que tem fome como qualquer outro homem. (Cassiano Ricardo)

05. Observe e responda o que se pede:

Qual a função de linguagem predominante do texto acima?

06. Observe, a seguir, a gravura de Escher:

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Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência: A) Nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante. B) Nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que tem a mesma utilidade. C) Na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata. D) Na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso. E) Nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações.

06. Historinha I

Historinha II

Qual a função da linguagem comum às duas historinhas?

7) (ENEM-2007)

O canto do guerreiro Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. — Ouvi-me, Guerreiros, — Ouvi meu cantar. Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? — Guerreiros, ouvi-me; — Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias.

Macunaíma (Epílogo)

Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a

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terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? Mário de Andrade.

Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto. b) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal. c) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena. d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais. e) a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.

8) Relacione os fragmentos abaixo às funções da linguagem predominantes e assinale a alternativa correta. I - “Imagine a cena”. II - “Sou um homem de sorte”. III - “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?”. a) Emotiva, poética e metalingüística, respectivamente. b) Fática, emotiva e metalingüística, respectivamente. c) Metalingüística, fática e apelativa, respectivamente. d) Apelativa, emotiva e metalingüística, respectivamente. e) Poética, fática e apelativa, respectivamente.

9) Considere as seguintes afirmações: I. Encontra-se na tira expressão que representa a função fática da linguagem, aquela que põe em evidência o contato lingüístico. II. Os sinais de exclamação (1º. quadrinho) expressam estados emotivos distintos. III. As respostas da garota (2º. e 3º. quadrinhos) podem ser consideradas exemplos de orações classificadas pela gramática como reduzidas.

Assinale: a) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas. b) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas. d) se apenas a afirmação III estiver correta. e) se todas as afirmações estiverem corretas.

10) Observe a seguinte afirmação feita pelo autor M. Marques: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função. a) Função emotiva b) Função referencial c) Função fática d) Função conativae) Função poética

11) (UFSCar-2003) Para responder à questão seguinte, leia os textos a seguir.

Psicografia, de Ana Cristina Cesar.

Também eu saio à revelia e procuro uma síntese nas demoras cato obsessões com fria têmpera e digo do coração: não soube e digo da palavra: não digo (não posso ainda acreditar na vida) e demito o verso como quem acena e vivo como quem despede a raiva de ter visto.

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Autopsicografia, de Fernando Pessoa.

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só as que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama o coração.

Vocabulário: comboio: trem de ferro. calhas de roda: trilhos sobre os quais corre o trem de ferro.

Compare os poemas de Fernando Pessoa e de Ana Cristina Cesar e responda: a) Por que se pode dizer que em ambos os poemas está presente a função metalinguística? b) Explique a ambiguidade presente no poema de Fernando Pessoa, revelada pelo título e pelo adjetivo fingidor, em contraste com o poema de Ana Cristina Cesar.

12) (Unifesp-2002)

Texto I: Perante a Morte empalidece e treme, Treme perante a Morte, empalidece. Coroa-te de lágrimas, esquece O Mal cruel que nos abismos geme. (Cruz e Souza, Perante a morte.)

Texto II: Tu choraste em presença da morte? Na presença de estranhos choraste? Não descende o cobarde do forte; Pois choraste, meu filho não és! (Gonçalves Dias, I Juca Pirama.)

Texto III: Corrente, que do peito destilada, Sois por dous belos olhos despedida; E por carmim correndo dividida,

Deixais o ser, levais a cor mudada. (Gregório de Matos, Aos mesmos sentimentos.)

Texto IV: Chora, irmão pequeno, chora, Porque chegou o momento da dor. A própria dor é uma felicidade... (Mário de Andrade, Rito do irmão pequeno.)

Texto V: Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia?!... Silêncio! ...Musa! Chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto... (Castro Alves, O navio negreiro.)

Dois dos cinco textos transcritos expressam sentimentos de incontida revolta diante de situações inaceitáveis. Esse transbordamento sentimental se faz por meio de frases e recursos linguísticos que dão ênfase à função emotiva e à função conativa da linguagem. Esses dois textos são: a) I e IV. b) II e III. c) II e V. d) III e V. e) IV e V.