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FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ PAULO PINTO PUPO * ELIOVA ZUKERMAN ** NELSON ALVARES CRUZ *** J. GERALDO DE CAMARGO LIMA **** CEME JORDY **** FERNANDO MENEZES BRAGA ***** O acometimento dos nervos bulbares na síndrome de Guillain-Barré parecia-nos raro. Entretanto, nestes últimos 18 meses tivemos a oportuni- dade de observar 6 pacientes em que tal aconteceu, o que nos chamou a atenção para o fato e nos levou a empreender uma revisão do assunto. Nesta revisão deparamos com idéias por vêzes as mais desencontradas, quer em relação ao diagnóstico clírtico, quer no que diz respeito às formas clí- nicas, quer quanto à própria conceituação da síndrome individualizada por Guillain e Barré, quer em relação aos achados anátomo-patológicos. Predomina hoje, entretanto, o conceito de que a afecção descrita por Guillain-Barré-Strohl, com um quadro clínico definido, de evolução favorá- vel é, em última análise, conseqüência de uma reação alérgica ao nível das raízes, nervos e mesmo do neuro-eixo, em face de fatôres desencadeantes os mais variáveis. Nesse conceito é que nós nos situamos. É à luz dêsses conhecimentos que focalizamos os nossos casos e é nêles que baseamos nosso diagnóstico. É interessante enunciar êste ponto de vista, porque muitos casos de perturbações neuríticas de moléstias tóxicas ou infecciosas têm sido assina- lados, em particular casos de afecções neuríticas relacionadas à difteria. Na literatura alguns dos casos de forma bulbar da polirradiculoneurite, o foram, como o de Gareiso 31 , e, em nosso próprio material clínico dois casos foram tidos como tendo sofrido difteria anteriormente, e um dêles realmente sofreu desta afecção (caso 7). Seriam êles realmente neurites tóxicas, ou seriam verdadeiras polirradiculoneurites de natureza alérgica, desencadeadas pelo próprio estado infeccioso e evoluindo de modo benigno, tal como a sín- drome de Guillain-Barré, acompanhando-se de dissociação albumino-citoló- gica no LCR? A eventualidade do comprometimento dos nervos cranianos nos casos de polirradiculoneurites generalizadas ou mesmo, a do comprometimento ex- clusivo dêsses nervos cranianos levou os diversos autores que têm tratado do assunto, a discutir classificações as mais variadas para formas clínicas Trabalho do Serviço de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (Prof. Paulino W. Longo. * Chefe de Clínica; ** Assistente; *** Assistente extranumerário do Ser- viço de Otorrinolaringologia (Prof. Paulo Mangabeira Albernaz); **** Médico in- terno; ***** Doutorando interno.

FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

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Page 1: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

P A U L O P I N T O P U P O *

E L I O V A Z U K E R M A N * *

N E L S O N A L V A R E S C R U Z * * *

J . G E R A L D O D E C A M A R G O L I M A * * * *

C E M E J O R D Y * * * *

F E R N A N D O M E N E Z E S B R A G A * * * * *

O acometimento dos nervos bulbares na síndrome de Guillain-Barré parecia-nos raro. Entretanto, nestes últimos 18 meses tivemos a oportuni­dade de observar 6 pacientes em que tal aconteceu, o que nos chamou a atenção para o fato e nos levou a empreender uma revisão do assunto. Nesta revisão deparamos com idéias por vêzes as mais desencontradas, quer em relação ao diagnóstico clírtico, quer no que diz respeito às formas clí­nicas, quer quanto à própria conceituação da síndrome individualizada por Guillain e Barré, quer em relação aos achados anátomo-patológicos.

Predomina hoje, entretanto, o conceito de que a afecção descrita por Guillain-Barré-Strohl, com um quadro clínico definido, de evolução favorá­vel é, em última análise, conseqüência de uma reação alérgica ao nível das raízes, nervos e mesmo do neuro-eixo, em face de fatôres desencadeantes os mais variáveis. Nesse conceito é que nós nos situamos. É à luz dêsses conhecimentos que focalizamos os nossos casos e é nêles que baseamos nosso diagnóstico.

É interessante enunciar êste ponto de vista, porque muitos casos de perturbações neuríticas de moléstias tóxicas ou infecciosas têm sido assina­lados, em particular casos de afecções neuríticas relacionadas à difteria. Na literatura alguns dos casos de forma bulbar da polirradiculoneurite, o foram, como o de Gareiso 3 1 , e, em nosso próprio material clínico dois casos foram tidos como tendo sofrido difteria anteriormente, e um dêles realmente sofreu desta afecção (caso 7) . Seriam êles realmente neurites tóxicas, ou seriam verdadeiras polirradiculoneurites de natureza alérgica, desencadeadas pelo próprio estado infeccioso e evoluindo de modo benigno, tal como a sín­drome de Guillain-Barré, acompanhando-se de dissociação albumino-citoló-gica no L C R ?

A eventualidade do comprometimento dos nervos cranianos nos casos de polirradiculoneurites generalizadas ou mesmo, a do comprometimento ex­clusivo dêsses nervos cranianos levou os diversos autores que têm tratado do assunto, a discutir classificações as mais variadas para formas clínicas

Traba lho do Se rv iço de N e u r o l o g i a da Escola Paul is ta de Medicina (P ro f . Pau l ino

W . L o n g o . * Chefe de Cl ínica; ** Assis tente; *** Assis tente ex t r anumerá r io do Ser­

v i ço de Oto r r ino la r ingo log ia (P ro f . P a u l o Mangabe i r a A l b e r n a z ) ; **** Médico in­

terno; * * * * * Doutorando interno.

Page 2: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

diferentes da mesma afecção, relacionando a isto também o aspecto de

maior ou menor gravidade dos casos clínicos de per si 1, 14, 16, 18, 38, 43, 62, 66,

6 9 , 7 0 , 7 3 , 8 2 , 8 4 , 1 0 2 , 1 0 3 , 1 0 4 , 1 0 5 .

Naturalmente não interessa reviver essas discussões. Achamos mais in­

teressante, a fim de situar na literatura os nossos casos, fazer uma análise

da incidência do comprometimento dos nervos cranianos em grande número

de casos, cuja descrição clínica encontramos bem discriminada na literatura 1,

2 , 4 , 6 , 8 , 1 0 , 1 2 , 1 6 , 1 7 , 1 8 , 1 9 , 2 1 , 2 3 , 2 6 , 2 7 , 2 9 , 3 1 , 3 3 , 3 4 , 3 9 , 4 0 , 4 3 , 4 4 , 4 7 , 4 8 , 5 3 , 5 4 , 5 5 ,

5 6 , 5 8 , 5 9 , 6 3 , 6 4 , 6 5 , 68, 7 1 , 7 3 , 7 4 , 7 7 , 7 8 , 79, 8 3 , 8 4 , 8 5 , 8 6 , 8 8 , 9 3 , 9 4 , 9 5 , 9 7 , 9 8 , 9 9 , 1 0 1 , 1 0 2 ,

1 0 3 , 1 0 4 , 1 0 5 , 1 0 6 Com êles elaboramos o gráfico 1, referente a 189 pacientes

diferentes, estando projetados quantas vêzes cada nervo craniano foi com­

prometido.

Da análise dêsse quadro ressalta, logo, a predominância do acometi­mento do nêrvo facial, lesado em 140 de 189 casos. A seguir se situam os nervos bulbares, glossofaríngeo e pneumogástrico, lesados respectivamente em 69 e 78 casos. Os nervos espinal e hipoglosso foram acometidos em proporção muito menor nessa casuística (11 e 18 vêzes respectivamente).

Page 3: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

Dos demais nervos cranianos acometidos assinalam-se, em ordem decres­cente de incidência, os nervos motor ocular comum, motor ocular externo, trigêmeo, patético, acústico e óptico. O nervo olfativo não foi citado como tendo sido acometido.

O comprometimento dos nervos bulbares não é, pois, uma raridade quando associadamente a outros nervos cranianos, em particular ao nervo facial. Entretanto, muito menos freqüente é o acometimento isolado dêsses nervos. No gráfico 2, isto é bem evidente, pois em apenas 21 dos 189 ca­sos êsses foram os únicos nervos cranianos acometidos, mas, assim mesmo, associados ao acometimento dos membros. Em um caso apenas o seu aco­metimento foi exclusivo.

No Serviço de Neurologia da Escola Paulista de Medicina, de 1939 a

1959 foram registrados 18 casos de síndrome de Guillain-Barré, seguidos em

tempo suficiente para que êsse diagnóstico pudesse ser bem afirmado. Dês­

ses 18 pacientes, 9 apresentavam sòmente paralisia dos membros; um apre­

sentava, além da paralisia dos membros, o acometimento do nervo facial

bilateralmente; em um havia paralisia dos membros e do nervo motor ocular

externo; em 7 havia comprometimento dos nervos bulbares. É esta última

Page 4: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

eventualidade que se destaca pela alta incidência de comprometimento dos nervos bulbares e pelo fato de a maioria dos casos ter aparecido em tempo relativamente curto, o motivo do presente trabalho. Vamos analisar, pois, cada um dos 7 casos de síndrome de Guillain-Barré em que o acometimento dos nervos bulbares estêve presente.

O B S E R V A Ç Õ E S

C A S O 1 — E.R.P. , 5 anos, sexo feminino, branca, brasileira, mat r icu lada em 1-

4-1958. H á dois meses, febre e dor nas regiões parot idianas, seguindo-se entumesci-

mento re t romandibular b i la tera l ; fe i to t r a t amento com ant ibiót icos e cortisona, re­

g red i r am comple tamente , em poucos dias, os sintomas da parot id i te . Duas semanas

após começou a apresentar di f iculdade na deg lu t ição e v o z rouca, que se tornou,

depois, anasalada; a seguir, instalou-se p rogress ivamente f raqueza gera l e dôres nos

braços e pernas. O quadro s in tomát ico foi piorando progress ivamente . Exame ge­

ral — Pac ien te abatida, emagrec ida e a febr i l ; pressão ar ter ia l 1 1 0 x 7 0 . Exame

neurológico — A b o l i ç ã o dos re f lexos profundos dos membros superiores e infer iores ,

nos quais não se no tava qualquer a l t e ração do tonus ou da mot i l idade vo lun tá r ia .

Para l i s ia do véu do paladar . Ausência dos ref lexos fa r íngeo e de náusea, assim

como dif iculdade acentuada na deg lu t ição , com re f luxo de a l imentos pelo nar iz ;

v o z anasalada; paresia da corda v o c a l esquerda. Exame de secreção amigdaliana

—· n e g a t i v o para baci lo dif tér ico. Exame do liqüido cefalorraqueano lombar — l í ­

quor l ímpido e incolor, fo rmação de re t ícu lo f ibrinoso; 1,8 células por m m 3 ; 98 m g %

de proteínas totais; opalescência às reações de Nonne , We ichb rod t e Pandy; reação

de T a k a t a - A r a posi t iva, t ipo f loculante ; 731 m g % de c loretos; 63 m g % de gl icose ;

reação do benja im coloidal 00000.22222.20000.0; reações de Wassermann, de Steinfeld,

de E a g l e e do desvio do complemento para cisticercos, nega t ivas ; em síntese, dis­

sociação a lbumino-c i to lógiea . Diagnóstico: Síndrome de Gui l la in-Barré . Tratamen­

to: v i t amina B 1 , te tracicl ina, sulfato de estr iquinina e predinisolona. Evolução —

E m 5 de agôs to de 1958, ref lexos profundos normais , com exceção dos aqui l ianos

que persistem abol idos; mot i l idade normal do véu do paladar ; re f lexos f a r íngeo e

de náusea, normais ; deg lu t i ção normal ; v o z normal . Exame do LCR lombar —

l iquor l ímpido e incolor ; 1,8 células por m m 3 ; 32 m g % de proteínas totais ; reações de

Pandy, Weichbrod t e N o n n e nega t ivas ; reação do benjoim coloidal 00000.02220.00000.0;

reação de T a k a t a - A r a n e g a t i v a ; demais reações normais ; em síntese, t axa de pro­

teínas no l imi te superior de normal idade . O caso evolu iu para a cura em 4 meses.

Síntese — Quadro cl ínico de início infeccioso gera l , a r re f l ex ia profunda genera­

l izada, dôres radiculares e compromet imen to dos I X e X nervos cranianos; evo lução

f a v o r á v e l , cura e m 4 meses, tendo como seqüela a r re f l ex ia aqui l iana .

C A S O 2 — A . C . L . T . , 7 anos, sexo feminino, branca, brasileira, mat r icu lada em

16-4-1958. H á 3 meses, estado aparen temente gr ipai , com dôres no corpo, abat i ­

mento gera l e febre; l ogo no início surgiu dif iculdade na deg lu t i ção tanto para só­

lidos como para líqüidos, com re f luxo pelo nar iz; a v o z in ic ia lmente rouca, tor­

nou-se u l ter iormente impercept íve l , indo a té à afonia. V in te dias após, apareceram

dôres na reg ião cerv ica l , sendo a cabeça mant ida permanentemente incl inada para

a direita. O médico assistente fêz t r a tamento com ant ibiót icos e v i taminas , sem

resultado. O quadro cl ínico foi p iorando progress ivamente a té a data atual . Exa­

me geral — Pac ien te abat ida; pulso 80; pressão ar ter ia l 80 χ 60; tempera tura 36,5°C. Exame neurológico — Inc l inação da cabeça para a direita, h ipotonia do músculo

externocle idomastoideu e t rapézio à esquerda; paresia das cordas voca i s . N o s m e m -

Page 5: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

bros superiores e nos inferiores não hav ia a l t e ração da mot i l idade, dos ref lexos ou

do tonus. Dôres radiculares cerv ica is bi laterais , mais intensas à direi ta . Exame

radiográfico simples do crânio, normal . Exame radiogrâfico simples da coluna cer­

vical: escolíose s in is t ro-convexa da coluna ce rv ica l ; t ransição crânio-ver tebra l nor­

mal . Exame para a pesquisa do bacilo diftérico na secreção faríngea, n ega t ivo .

Exame do liqüido cefalorraqueano lombar — l íquor l ímpido e incolor ; 1,8 céiulas

por m m 3 ; 84 m g % de proteínas totais ; opalescência às reações de N onne e Pandy ;

720 m g % de c lore tos ; 54 m g % de g l icose ; reação do benjoim coloidal 00000.12222.

20000.0; reações de Wassermann, de Steinfeld, de Eag le , nega t ivas ; em síntese, dis­

sociação a lbumino-c i to lóg ica . Diagnóstico: S índrome de Gui l la in-Barré . Tratamen­

to: Cort icóides, sulfato de estr iquinina e v i t amina B 1 . Evolução — E m 26 de abri l

de 1958, regressão comple ta de todo o quadro c l ín ico; a paciente f a l ava bem, a

deg lu t ição j á era normal e a cabeça assumia a sua posição normal ; a fôrça mus­

cular e o tonus dos músculos ex ternocle idomasto ideu e t rapézio e s t avam normais .

Síntese — Caso inic iado por processo infeccioso gera l , com dôres radiculares

cerv ica is ; compromet imen to dos I X e X nervos cranianos, b i la tera lmente , e do X I

ã direi ta; evo lução f a v o r á v e l em 10 dias.

C A S O 3 — M . R . L . , 9 anos, sexo feminino, branca, brasileira, mat r icu lada em 30-

4-1958. H á dois meses estado aparentemente gr ipai , com cefaléia , dôres no corpo,

aba t imento gera l , febre e dor de ga rgan ta . Quat ro dias após, dif iculdade de deg lu­

t ição, tanto para sólidos como para l íqüidos que re f lu íam pelo nariz; v o z anasalada.

H á 15 dias, v i são dupla e cefalé ia moderada . Exame geral — Pac ien te abat ida;

pulso 80; pressão ar ter ia l 110 χ 70; tempera tura 36°C. Exame neurológico — Globos

oculares desviados para dentro, com impossibi l idade de excursão la tera l ; v o z anasa­

lada; paresia b i la tera l do véu do paladar ; ausência dos ref lexos fa r íngeo e de náu­

sea; incapacidade de deg lu t ição voluntár ia , com ref luxo de a l imentos pelo nariz;

paresia das cordas voca is . N ã o hav ia distúrbios da sensibilidade. Exame do liqüido

cefalorraqueano suboccipital — Aspec to l ímpido e incolor ; 1 célula por m m 3 ; 32 m g %

de proteínas totais ; opalescência à reação de Pandy ; 725 m g % de c loretos; 58 m g %

de g l icose ; reação do benjoim coloidal 00000.02220.00000.0; reações de T a k a t a - A r a ,

Wassermann, Steinfeld e E a g l e e do desvio do complemento para cisticercos, nega­

t ivas ; em síntese, dissociação a lbumino-c i to lóg ica . Diagnóstico: Síndrome de Gui l ­

la in-Barré . Tratamento: Sulfa to de estriquinina, v i t amina B1 e prednisolona. Evo­

lução — E m 14 de ma io de 1958, regressão to ta l das paresias oculares e dos distúr­

bios da deg lu t ição e da fonação, com mot i l idade normal do véu do paladar e das

cordas voca is ; r e f lexos fa r íngeo e de náusea normais .

Síntese — Caso de início infeccioso gera l com compromet imen to bi la tera l dos

V I , I X e X nervos cranianos; evo lução para cura após 16 dias.

C A S O 4 — A . M . F . , 7 anos, sexo masculino, branco, brasileiro, mat r icu lado em

10-6-1958. H á dois meses, febre e dor de ga rgan ta ; o médico assistente adminis­

trou penicil ina, com o que os s intomas desapareceram comple tamente . U m mês

após, o paciente foi amigda l ec tomizado ; no terceiro dia de pós-operatór io o pa­

ciente j á se apresentava normal re tornando à escola; no quinto dia começou a se

que ixa r de dor de cabeça e, no sexto dia, o paciente apresentava-se enfraquecido,

mal podendo caminhar, com a v o z anasalada e a deg lu t ição dif icul tada, inclus ive

para líqüidos, os quais re f lu íam pelo nariz. O quadro cl ínico foi piorando pro­

gress ivamente a té a data atual . Exame geral — Pac ien te abatido, a febr i l ; pressão

ar te r ia l 90 χ 60. Exame neurológico — Parapares ia f lácida, com abol ição dos re­

f lexos patelares, aqui l ianos e médio-plantares ; re f lexos cutâneo-plantares normais .

Nos membros superiores d iminuição dos ref lexos profundos e da fôrça muscular,

sem paresia nít ida. N ã o hav ia distúrbios da sensibilidade. Pares ia do véu do pa-

Page 6: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

ladar; ausência do re f l exo fa r íngeo e do r e f l e x o de náusea; di f iculdade acentuada

para a deg lu t i ção ; v o z anasalada; r e f luxo de a l imentos pelo nariz . Exame da se-

creção amigdaliana: n ega t i vo , para bac i lo di f tér ico . Exame do liqüido cefalorra-

queano lombar: l íquor l ímpido e incolor ; 1 célula por m m 3 ; 64 m g % de proteínas

totais; opalescência às reações de N o n n e e Pandy ; 749 m g % de c lore tos ; 65 m g %

de g l icose ; reação do benjo im colo ida l 00000.22222.00000.0; reações de Wassermann,

do desvio do complemento para cisticercos, de Steinfeld, de Eag le , nega t ivas ; em sín­

tese, dissociação a lbumino-c i to lóg ica . Diagnóstico: Síndrome de Gui l la in -Bar ré . Tra­

tamento: Prednisolona, sulfato de estriquinina, v i t a m i n a B1 e v i t amina C. Evolução

— E m 24 de junho de 1958, melhora acentuada da mot i l idade dos membros infe­

riores, j á com possibil idade de se man te r bem de pé, marcha prà t icamente no rmal ;

ref lexos patelares, aqui l ianos e médio-plantares presentes, mas h ipoa t ivos ; nos m e m ­

bros superiores, os ref lexos e s t avam normais , não havendo mais d iminuição da força

muscular; r e f l exo fa r íngeo presente, deg lu t i ção normal , v o z ainda um pouco ana­

salada.

Síntese — Quadro com início infeccioso, paresia f lácida dos membros inferiores,

compromet imen to dos I X e X nervos cranianos; evo lução f a v o r á v e l para a cura

e m 14 dias.

C A S O 5 — W.C.L . , 4 anos, sexo masculino, branco, brasi leiro, mat r icu lado em

3-6-1958. H á 45 dias, febre e dor de ga rgan ta . O médico assistente suspeitou de

dif ter ia; ent re tanto os exames subsidiários não conf i rmaram essa hipótese; foi insti­

tuído t ra tamento com ant ibiót icos e sôro ant i -dif tér ico, não ocorrendo melhoras

apreciáveis . H á 25 dias, f raqueza nos membros inferiores, d i f iculdade de deglu t i ­

ção e a l terações da v o z . O quadro c l ín ico foi piorando progress ivamente a té a

data atual . Exame geral — Pac ien te abat ido, pál ido; tempera tura 36,5°C, ax i l a r ;

pulso 100 por minuto . Exame neurológico — Pa rap l eg i a f lácida com abol ição dos

ref lexos patelares, aqui l ianos e médio-plantares ; re f lexos cutâneo-plantares normais .

Nos membros superiores a mot i l idade , o tonus e os ref lexos profundos e s t avam

normais . Hiperestesia táct i l e dor à compressão muscular nos membros infer iores .

Pares ia bi la tera l do véu do paladar . Ausência do re f l exo f a r íngeo e de náusea;

incapacidade para deg lu t i ção vo lun tá r i a ; v o z anasalada; r e f luxo de a l imentos pelo

nariz. N ã o hav ia nít ida a l te ração da mot i l idade das cordas voca is . Incapac idade

de excursão do ôlho esquerdo para fora. Exame do lìqüido cefalorraqueano lom­

bar — L i q u o r l ímpido e incolor ; 0,4 células por m m 3 ; 180 m g % de proteínas totais;

opalescência às reações de Pandy e N o n n e ; 725 m g % de c loretos; 64 m g % de g l i ­

cose; reações de Wassermann, do desvio do complemento para cisticercos, de Stein­

feld, nega t ivas ; reação do benjoim colo ida l 02220.22222.22222.0; em síntese, dissocia­

ção a lbumino-c i to lógica . Diagnóstico: S índrome de Gui l la in -Bar ré . Tratamento:

A C T H , v i t amina B1 e sulfato de estr iquinina. Evolução — Melhora progress iva do

quadro cl inico, tendo o paciente recebido a l ta hospi talar 10 dias após, apresentando

ainda paresia f lácida dos membros inferiores, abol ição dos re f lexos patelares, aqui­

lianos e médio-plantares ; marcha possível com apoio. Persis t ia o distúrbio da fona-

ção, porém não mais a dif iculdade de deg lu t ição , nem o re f luxo de l íqüidos pelo

nariz. Exame do líqüido cefalorraqueano: L í q u o r l ímpido e incolor ; 1 célula por

m m 3 ; 195 m g % de proteínas totais; opalescência às reações de Pandy e N o n n e ;

731 m g % de cloretos; 62 m g % de gl icose ; reação de Wassermann nega t iva ; reação

do benjoim coloidal 00000.20000.00000.0. Fo i recei tado prednisolona, v i t amina B1 e

sulfato de estr iquinina. R e e x a m i n a d o a 5 de agôs to de 1958, o paciente apresen­

t ava marcha com pequena instabil idade, fôrça e tonus muscular nos membros in­

feriores normais; r e f l exo pate lar h ipoa t ivo à direita, normal à esquerda; re f lexos

aqui l ianos ausentes b i l a te ra lmente ; v o z pouco anasalada; paresia do pá la to mole à

di re i ta pouco ev iden te ; ref lexos f a r íngeo e de deg lu t ição normais ; mot i l idade ocular

Page 7: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

normal . N o v o exame do liqüido cefalorraqueano: L í q u o r l ímpido e incolor; 1,4 cé­

lulas por m m 3 ; 60 m g % de proteínas totais, opalescência às reações de Pandy e

Nonne . E m síntese, dissociação a lbumino-c i to lóg ica menos acentuada.

Síntese — Quadro c l ín ico que se iniciou com distúrbios da deg lu t ição e da f o -

nação, seguidos, 20 dias após, progress ivamente , de parap leg ia f lácida. O e x a m e

neuro lóg ico reve lou paral isia dos V I , I X e X nervos cranianos, associada a paralisia

per ifér ica dos membros inferiores, com dor à compressão muscular e hiperestesia

táct i l . Melhora em 15 dias, com al ta hospi ta lar ; cura em 60 dias, com seqüelas

mínimas .

C A S O 6 — I .P . , branca, 24 anos, brasileira, casada, examinada em 2-3-1955. H á

3 semanas parestesias nas ex t remidades distais dos quatro membros ; há 8 dias, di­

f iculdade na m o v i m e n t a ç ã o dos membros inferiores, há 4 dias, déf ic i t funcional dos

membros superiores, assim como impossibi l idade para l evan ta r a cabeça do t raves­

seiro; nesta ocasião começou a ter diplopia e dif iculdade para deglu t i r a l imentos

sólidos e l íqüidos. Exame geral — Pac i en t e abat ida e afebr i l . Exame neurológico

Tetrapares ia intensa, restando apenas alguns mov imen tos globais dos membros su­

periores e dos dedos das mãos; a r re f l ex ia profunda genera l izada . Pares ia facial de

t ipo per i fér ico de moderada intensidade; paral isia total e bi la tera l dos I I I , I V e V I

nervos cranianos, com impossibi l idade de m o v i m e n t a ç ã o dos g lobos oculares em tô­

das as direções; paresia dos I X e X nervos cranianos com grande dif iculdade na

deg lu t ição e abol ição dos ref lexos fa r íngeo e de náusea; paresia dos músculos tra-

pézio e ex te rnoc le idomas tó ideo ( X I ne rvo c r an i ano ) , b i la te ra lmente . Exame do li­

qüido cefalorraqueano lombar — L i q u o r xan toc rômico ; 380 m g % de proteínas; 1

célula por m m 3 ; f o rmação de re t ículo f ibr inoso; reações para globul inas posi t ivas;

714 m g % de c loretos; 58 m g % de gl icose ; reação do benjoim coloidal 22222.22000.

22222.0; reação de T a k a t a - A r a posi t iva; t ipo v e r m e l h o ; reações de Wassermann,

Steinfeld, E a g l e e do desvio do complemento para cisticercos, nega t ivas ; em síntese,

dissociação a lbumino-c i to lóg ica . Diagnóstico: S índrome de Gui l la in-Barré . Trata­

mento: A C T H endovenoso, sa l ic i la to de sódio endovenoso e estriquinina. Evolução

— A p ó s 3 a 4 dias de t ra tamento , a paciente j á conseguia deglu t i r bem, desapare­

cendo progress ivamente as paralisias oculares, tendo al ta hospi talar após 38 dias de

internação. Nes ta ocasião havia apenas fraqueza muscular genera l izada, embora

conseguisse andar per fe i tamente . R e s t a v a ainda abol ição dos ref lexos profundos.

N o v o exame do liqüido cefalorraqueano, fe i to 20 dias após o pr imeiro, mostrou dis­

sociação a lbumino-c i to lóg ica (820 m g % de proteínas e 0,4 células por m m 3 ) ; rea­

ções para g lobul inas posi t ivas; demais e lementos normais. R e e x a m i n a d a 26 dias

após al ta hospitalar, a paciente apresentava-se per fe i tamente bem, sem qualquer

a l te ração , restando apenas a r re f l ex ia profunda genera l izada .

Síntese — His tór ia de três semanas; quadro cl ínico de parestesias, depois tetra­

paresia f lácida com a r re f l ex ia profunda genera l izada e compromet imen to dos I I I ,

V I , V I I , I X , X e X I nervos cranianos; evo lução f a v o r á v e l e cura em dois meses,

restando apenas a r re f l ex ia profunda genera l izada .

C A S O 7 — E.A.C. , 4 anos, sexo feminino, branca, brasileira, examinada e m 9-5-

1959. H á um mês a paciente es têve internada no Hospi ta l de I so lamento por ter

di f ter ia ; permaneceu 8 dias em t ra tamento saindo perfe i tamente bem, sem qualquer

seqüela ou distúrbio ob je t ivo . Após 8 dias, estrabismo e dif iculdade para apreender

objetos, andar, aba ixar e levantar . Êstes s intomas progred i ram, apresentando t am­

bém dif iculdade de deg lu t ição e fonação, não conseguindo engo l i r l íqüidos ou sóli­

dos e só emi t indo alguns sons. Exame geral — Pac ien te abatida, afebr i l . Exame

neurológico — Déf ic i t do m o v i m e n t o la tera l para fora dos g lobos oculares, b i la te­

ra lmente , mais à direi ta ; paresia do véu do paladar com dif iculdade para deglu t i -

Page 8: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

ção; abol ição dos re f lexos fa r íngeo e de náusea; não hav ia a l t e ração nít ida da

m o v i m e n t a ç ã o das cordas voca i s ; paresia acentuada nos quat ro membros , com maior

déf ic i t muscular nos músculos das raízes dos membros ; a r re f l ex ia profunda gene­

ra l izada . Exame do liqüido cefalorraqueano lombar — L í q u o r l ímpido e incolor ;

0,8 células por m m 3 ; 82 m g % de proteínas totais ; opalescência às reações para

globul inas; 708 m g % de cloretos, 48 m g % de gl icose, reação do benjo im coloidal

22222.22200.02222.0; reação de T a k a t a - A r a posi t iva, t ipo v e r m e l h o ; reações de W a s -

sermann, Eag le , Steinfeld e desvio de complemento para cisticercos, n e g a t i v a s ; em

síntese, dissociação a lbumino-c i to lóg ica . Diagnóstico: S índrome de Gui l la in-Barré .

Tratamento: Dexametazona , estriquinina, v i t a m i n a B1 e com p l e xo B. Evolução —

A paciente melhorou progress ivamente e, após um mês, apresentava-se per fe i tamente

bem do ponto de vis ta gera l e neurológico , com ót ima m o v i m e n t a ç ã o gera l , r eg re ­

dindo todos os sinais de compromet imen to de nervos cranianos e os distúrbios m o ­

tores dos membros , restando apenas a r re f l ex ia profunda genera l izada .

Síntese — Quadro de pol i r radiculoneuri te , instalado 8 dias após cura clínica de

difteria, com compromet imen to bi la tera l dos V I , I X e X nervos cranianos, te trapa-

resia f lácida com ar re f lex ia profunda genera l izada . L í q u o r com dissociação a lbumi­

no-c i to lógica . E v o l u ç ã o para cura em 30 dias.

C O M E N T Á R I O S

O comprometimento dos nervos bulbares I X e X (glossofaríngeo e pneu-mogástrico) foi comum a todos os casos aqui registrados. Acometimento menos freqüente foi o do X I nervo (espinal), evidente sòmente nos casos 2 e 6. O X I I nervo (hipoglosso) em caso algum foi lesado.

A afecção dêsses nervos bulbares se apresentou isolada somente nos casos 2 e 3. Nos demais casos ela se apresentou associada à afecção de membros (casos 1, 4, 5, 6 e 7) ou à do nervo abducente (casos 3, 5, 6 e 7), do nervo motor ocular comum (caso 6), do nervo facial (caso 6) . Chama a atenção o fato de o comprometimento do nervo facial ter se apresentado sòmente no caso 6, em contraste com o que se vê na literatura, onde êste nervo craniano é considerado como o mais freqüentemente afetado.

Como comentário final resta assinalar o fato de que a lesão dos nervos

bulbares na síndrome de Guillain-Barré não foi eventualidade rara em nossa

casuística.

R E S U M O

Uma revisão crítica do conceito, das formas clínicas, das teorias pato­gênicas relativas à síndrome de Guillain-Barré é feita preliminarmente, com finalidade de situar o ponto de vista dos autores em relação às idéias que encontraram na literatura, por vêzes bastante divergentes. A seguir, uma revisão relativa ao comprometimento dos nervos cranianos nos casos publi­cados veio mostrar que o nervo facial é o mais freqüentemente atingido, sendo bastante mais raro o comprometimento dos nervos motores oculares ou dos nervos bulbares.

Page 9: FORMAS BULBARES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

São relatadas 7 observações de casos de síndrome de Guillain-Barré com dissociação albumino-citológica no líqüido cefalorraqueano e evolução favorável para a cura em tempo relativamente curto, nos quais a lesão dos I X e X nervos cranianos foi constante. Êste acometimento foi isolado em 2 casos (em um dêles tendo sido também lesado o X I nervo), associada a outros nervos cranianos não bulbares em 4 casos e à paralisia de mem­bros em 5 pacientes.

Particular atenção merece o fato de estarem estas 7 observações in­cluídas em uma casuística de 18 casos de síndrome de Guillain-Barré, 6 dos quais observados no Serviço de Neurologia da Escola Paulista de Medicina em um curto período de 18 meses. Sua alta incidência contrasta, pois, com o que é habitualmente assinalado na literatura.

S U M M A R Y

The bulbar forms of the Guillain-Barré syndrome.

The ideas found in the medical literature about clinical and patho­logical aspects concerning the Guillain-Barré syndrome are varied; the au­thors try in this paper to give their opinion on the subject.

As far as the cranial nerves are concerned, the literature shows that the V I I t h is doubtless the more frequently injured; the oculomotor and bulbar nerves are seldom damaged.

This study was done in 7 patients selected from 18 cases with Guillain-Barré syndrome in the Serviço de Neurologia da Escola Paulista de Medi­cina. All 7 presented an albumino-cytologic dissociation in the C.S.F., a swift recovery towards cure and envolvement of the I X t h and X t h nerves. One case presented isolated lesion of the I X t h and X t h nerves; one case, involvement of the I X t h , X t h and X I t h nerves; four cases, associated lesion of the I X t h , X t h and others than bulbar nerves; four cases, paralysis of the limbs besides involvement of the cranial nerves.

The authors call attention to high incidence of the bulbar form of the Guillain-Barré syndrome in their material, in contrast with what has been reported in the literature (7 bulbar cases out of 18 Guillain-Barré syndrome patients).

R E F E R Ê N C I A S

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Serviço de Neurologia da Escola Paulista de Medicina — Caixa Postal 5496 —

São Paulo, Brasil.