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A diretoria plena do Sin- dicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Soroca- ba definiu, durante três dias consecutivos de reuniões e debates, o planejamento estratégico de atuação da entidade para os próximos três anos. Mais de cem dirigentes metalúrgicos, que com- põem os Comitês Sindicais de Empresa (CSE), elei- tos em 2014, participaram da construção do docu- mento, que contém as di- retrizes e as lutas trabalhis- tas e sociais prioritárias da entidade sindical até maio de 2017. Os metalúrgicos da Kanjiko, fornecedora da monta- dora Toyota, em Sorocaba, pararam a produção por três horas na manhã desta terça-feira, dia 3, e por mais duas horas na tarde do mesmo dia para protestar contra perse- guições de supervisores. Os trabalhadores também reivindicam redução da jor - nada de trabalho e melhorias nas condições de trabalho para evitar acidentes e doenças ocupacionais. 1ª EDIÇÃO DE MARÇO / 2015 Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 773 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320 Foguinho Foguinho Planejamento estratégico define diretrizes do SMetal Protesto na Kanjiko pede fim do assédio moral Setor metalúrgico no Brasil cria 9 mil vagas em janeiro Direção plena do Sindicato se reuniu do dia 25 a 27 de fevereiro para formular as diretrizes de atuação da entidade nas fábricas e na sociedade Kanjiko negocia com Sindicato nesta quinta-feira; se não houver propostas, trabalhadores devem entrar em greve PÁG. 4 PÁG. 3 PÁG. 3 As indústrias metalúrgicas brasileiras ge- raram 9.003 novos postos de trabalho no mês de janeiro. A onda de dispensas recuou neste início de ano e há sinais de recuperação em diversos setores produtivos. Na região de Sorocaba, o saldo também seria positivo se não tivesse acontecido o fe- chamento de 167 vagas em uma empresa do Grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos). Em todos os outros segmentos metalúrgicos da região houve mais contratações do que de- missões. O levantamento foi realizado pela subse- ção do Dieese dos metalúrgicos de Sorocaba, com base em dados oficiais do Caged.

Folha Metalúrgica nº 773

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1ª edição de Março de 2015

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Page 1: Folha Metalúrgica nº 773

A diretoria plena do Sin-dicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Soroca-ba definiu, durante três dias consecutivos de reuniões e debates, o planejamento estratégico de atuação da entidade para os próximos três anos.

Mais de cem dirigentes metalúrgicos, que com-põem os Comitês Sindicais de Empresa (CSE), elei-tos em 2014, participaram da construção do docu-mento, que contém as di-retrizes e as lutas trabalhis-tas e sociais prioritárias da entidade sindical até maio de 2017.

Os metalúrgicos da Kanjiko, fornecedora da monta-dora Toyota, em Sorocaba, pararam a produção por três horas na manhã desta terça-feira, dia 3, e por mais duas horas na tarde do mesmo dia para protestar contra perse-guições de supervisores.

Os trabalhadores também reivindicam redução da jor-nada de trabalho e melhorias nas condições de trabalho para evitar acidentes e doenças ocupacionais.

1ª EDIÇÃO DE MARÇO / 2015

Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 773 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320

Fogu

inho

Fogu

inho

Planejamento estratégico define diretrizes do SMetal

Protesto na Kanjiko pede fim do assédio moral

Setor metalúrgico no Brasil cria 9 mil vagas em janeiro

Direção plena do Sindicato se reuniu do dia 25 a 27 de fevereiro para formular as diretrizes de atuação da entidade nas fábricas e na sociedade

Kanjiko negocia com Sindicato nesta quinta-feira; se não houver propostas, trabalhadores devem entrar em greve

PÁG. 4

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PÁG. 3

As indústrias metalúrgicas brasileiras ge-raram 9.003 novos postos de trabalho no mês de janeiro. A onda de dispensas recuou neste início de ano e há sinais de recuperação em diversos setores produtivos.

Na região de Sorocaba, o saldo também seria positivo se não tivesse acontecido o fe-chamento de 167 vagas em uma empresa do Grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos). Em todos os outros segmentos metalúrgicos da

região houve mais contratações do que de-missões.

O levantamento foi realizado pela subse-ção do Dieese dos metalúrgicos de Sorocaba, com base em dados oficiais do Caged.

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RODOVIÁRIOS

Pág. 2 Edição 773Março de 2015

Folha Metalúrgica

Diretor responsável: Ademilson Terto da Silva (Presidente)Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de AndradeRedação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda IkedoFotografia: José Gonçalves Fº (Foguinho)Diagramação e arte-final: Lucas Eduardo de Souza Delgado Cássio de Abreu Freire

Sede Sorocaba: Rua Júlio Hanser, 140. Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Rua Samuel Domingues, 47, Centro. Tel. (15) 3266-1888

Sede Regional Araçariguama: Rua Santa Cruz, 260, Centro. Tel (11) 4136-3840

Sede em Piedade: Rua José Rolim de Goés, 61, Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362

Site: www.smetal.org.brE-mail: [email protected]ão: Bangraf Tiragem: 42 mil exemplares

Informativo semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

Sindicatos da CUT comemoram o Dia Internacional da Mulher

Sindicato luta contra demissões na Sorocaba Refrescos

O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região (filiado à CUT), junto com os trabalhadores da empresa Sorocaba Refrescos - que fabrica e dis-tribui os produtos da Coca-Cola - pro-movem protesto em frente à empresa desde a madrugada do dia 23. Eles denunciam as demissões arbitrárias de 217 trabalhadores, entre motoristas e ajudantes do setor de distribuição e entrega da empresa.

Segundo informações do Sindi-cato dos Rodoviários, a empresa vai terceirizar o setor e vai contratar uma transportadora com sede em Itu, cida-de que não pertence à base territorial do Sindicato e que tem piso salarial e benefícios menores do que os determi-nados pelo acordo coletivo de trabalho vigente em Sorocaba.

De forma pacífica, os trabalhadores continuavam até a tarde desta terça--feira, dia 3, em frente aos portões da empresa, na rodovia Raposo Tavares, KM 104.

Baseado em jurisprudência que em caso de demissão coletiva deve haver prévia negociação com a entidade sin-dical, o que não ocorreu neste caso, o Sindicato busca a suspensão das de-missões e a abertura de negociação com a empresa.

Algumas reuniões entre entidade e empresa foram realizadas no período, inclusive uma audiência no Ministé-rio Público do Trabalho (MPT) e uma reunião com a mediação do Comando da Polícia Militar, todas, infelizmente, sem sucesso devido à intransigência da empresa.

“Nós queremos a suspensão das demissões para, assim, sindicato e empresa iniciarem negociação com o objetivo de chegar a um acordo que não prejudique sobremaneira os traba-lhadores. Não podemos aceitar medi-das paliativas. Nós queremos e vamos lutar para que não haja desemprego. Manter os trabalhadores empregados é o nosso principal objetivo”, informou o presidente do Sindicato, Paulo João Estausia.

O Sindicato está seguindo o que determina a legislação e as liminares concedidas à empresa pela Justiça, ou seja, o Sindicato não está impedindo a entrada e a saída de trabalhadores, de terceirizados ou de veículos nas dependências da empresa. Fato que está sendo acompanhado pela Polícia Militar.

Os trabalhadores continuarão lu-tando, de forma pacífica, pelos seus empregos.

Na manhã deste sábado, dia 7, a subsede de Sorocaba da Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoverá uma panfletagem na região central de Sorocaba sobre o Dia Internacional da Mulher, come-morado dia 8 de março. Serão dis-tribuidos exemplares de um jornal especial da CUT/SP sobre a data.

Já no domingo, dia 8, a data será comemorada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Ves-tuário de Sorocaba e Região com um café da manhã para a categoria, na sede, que fica na rua Humberto de Campos, 680, no Jardim Zulmira.

A presidente da entidade, Paula Proença, afirma que 96% da cate-

goria é feminina e que houve mui-tos avanços na pauta de reivindica-ções da mulher trabalhadora. Mas, Paula ressalta que apesar de ter igualdade na produção ainda falta a equiparação nos postos de lide-rança. “Em cargos de gerência, por exemplo, a maioria é ocupada por homens”, destaca.

Para o dia 20 deste mês, está programada uma mesa de deba-tes a partir das 19h30, na sede do SMetal. O evento será promovi-do pela subsede regional da CUT em Sorocaba e terá como tema a violência contra a mulher. Ainda não foram definidos os nomes dos palestrantes.

Familiares dos trabalhadores manifestaram apoio à luta contra demissões de motoristas e ajudantes

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Exercício de cidadaniaCom a proximi-

dade do 8 de Março aumenta-se a vei-culação de notícias, artigos e reflexões sobre os direitos da mulher no mundo. Há uma maior divul-gação de abordagens sobre a violência doméstica, a parti-cipação feminina na política, a questão da tripla jornada e so-bre a importância da equiparação salarial nas fábricas, além de outras questões per-tinentes à sociedade como a evolução das leis de proteção à mulher.

Mas sempre fal-ta o aprofundamen-to desses temas e a continuidade nessa discussão no resto do ano. É preciso que o Dia da Mulher se ramifique para as pautas da sociedade como uma exigência para o fortalecimen-to da democracia e da igualdade. E não seja apenas uma data comemorativa.

É preciso uma legislação forte sim e nós a temos. No ano passado, a então deputada federal Iara Bernardi, ressaltou, durante a mesa de debates, em come-moração ao Dia da Mulher, na sede do SMetal, promovida pela subsede de So-rocaba da CUT, que a legislação brasi-leira é uma das me-

(PP/RJ), que afir-mou, recentemente, em entrevista a um jornal “que as mu-lheres deveriam ga-nhar salário menor porque engravidam e prejudicam o em-presariado, devido a seu afastamento pela licença-maternida-de”?

Diante desse ce-nário onde há polí-ticos inescrupulosos e reacionários como Bolsonaro, que tam-bém é capitão reser-va do Exército, os trabalhadores preci-sam se unir mais ain-da para mostrar que a luta não é sectária só pelas mulheres, é pelo desenvolvimen-to de uma sociedade mais civilizada, me-nos elitizada e mais altruísta.

O olhar é pra frente; e não para as amarras do passa-do, que acorrentam a possibilidade de caminhar juntos, em sintonia com a jus-tiça e a igualdade. Em locais em que as mulheres são partici-pativas, falam alto os direitos pelas neces-sidades das comuni-dades, das crianças e das famílias. Direi-tos esses essenciais para a humanidade.

Por isso, empo-deramento feminino é sinônimo de so-cialização do poder, exercício de cidada-nia!

lhores do mundo na defesa da mulher. Iara citou entre as leis bem redigidas e rigorosas a “Maria da Penha”, mas apontou que o problema, na verdade, é o cumprimento des-sas leis.

Por isso, os sindi-catos filiados à Central Única dos Trabalha-dores (CUT) tem em sua linha permanente de atuação a exigên-cia pelo respeito aos direitos já conquis-tados. Assim como o Dia do Trabalhador, o Dia da Mulher é uma data importante para a classe e para a socie-dade como um todo porque contribui com o fortalecimento de ideais progressistas e mais humanas.

Celebrar a data é ressaltar as conquis-tas e também cobrar mais avanços con-tra tantos preconcei-tos vigentes, fazer o contraponto e evitar o retrocesso. Como ignorar, por exem-plo, as declarações de um deputado federal como Jair Bolsonaro

empoderamento feminino é

sinônimo de socialização do poder, exercício de cidadania!

Page 3: Folha Metalúrgica nº 773

Edição 773 Pág. 3Março de 2015

Indústria metalúrgica cria 9 mil empregos no Brasil em janeiro

Metalúrgicos da Edscha

conquistam aumento

no vale compra

Trabalhadores da Kanjiko protestam e pedem melhorias no local de trabalho

As empresas metalúrgicas instaladas no Brasil mostram sinais de retomada da produção neste início do ano e criaram um total de 9.003 novos postos de trabalho no mês de janei-ro. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, dia 3, pela subseção do Dieese dos Metalúrgicos de Soroca-ba, com base em dados oficiais do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), do Ministério do Trabalho.

Dos 9.003 empregos criados em janeiro, 4.305 estão nas fabricantes de máquinas e equipamentos. Em segundo lugar aparece o setor de eletroeletrônicos, com 1.672 novos postos de trabalho no período. Dos nove segmentos metal--mecânicos no país, apenas três tiveram saldo negativo: fabricação de alumínio e não-ferrosos, naval e materiais de transporte (Veja quadro nesta página).

Sorocaba e RegiãoNas 14 cidades que compõem a base do Sindicato dos

Metalúrgicos de Sorocaba e Região, o conjunto das empre-sas do setor teve um saldo negativo de 33 postos de traba-lho. Porém, mesmo perdendo esses postos de trabalho, a expectativa também é de recuperação, pois a redução dos empregos se concentrou em apenas um setor e, provavel-mente em uma única empresa.

O nome da empresa só será divulgado após confirmação em balanços de homologações (conferência de rescisões).

O saldo negativo em Sorocaba aconteceu nas empresas do chamado Grupo 2, que reúne as fabricantes de máqui-nas e de eletroeletrônicos. Justamente os setores produti-vos que mais criaram vagas no levantamento nacional.

“Se não fossem os 167 empregos a menos em janeiro no Grupo 2, teríamos um saldo positivo de 134 postos de trabalho no mês de janeiro, pois todos os outros segmentos metalúrgicos na região contrataram mais do que demiti-ram”, explica o economista Fernando Lima, responsável pela subseção do Dieese.

Para fazer essa conta, o economista recomenda “zerar” o saldo do Grupo 2, como se o número de demitidos tivesse sido igual ao de admitidos, e somar o saldo de todos os ou-tros setores (confira os saldos na tabela desta pág.).

O setor que mais criou vagas em janeiro em Sorocaba foi o das montadoras. Portanto, a Toyota, única fabricante de veículos da região, gerou os 45 novos postos de trabalho no mês. Na sequência, quem mais criou empregos foram as empresas do Grupo 10 (energia eólica, oficinas mecânicas e equipamentos odontológicos), com 30 novas vagas.

O Sindicato dos Metalúr-gicos (SMetal Sorocaba) ne-gociou com empresa Edscha, fabricante de autopeças instala-da no Éden, em Sorocaba, uma contrapartida ao reajuste do plano de saúde da Unimed. Os trabalhadores terão 6,35% de aumento no vale compra e 1% de reajuste nos salários, inde-pendente da campanha salarial de 2014 que está para ser fina-lizada.

A proposta de acordo foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores nesta terça-feira, dia 3.

O reajuste do plano de saúde varia de R$ 3,50 a R$ 7,50 con-forme a faixa salarial. O diretor sindical Silvio Ferreira, o Silvi-nho, explica que a Unimed re-passou o aumento do plano para a empresa duas vezes: em 2014 e em janeiro deste ano. “Nessas duas vezes, o Sindicato con-seguiu impedir que a empresa repassasse ao trabalhador esse custo. Agora, o reajuste terá que ser feito, mas conquistamos a contrapartida”.

Os trabalhadores da Kanjiko, sistemista da Toyota, na zona noirte de Sorocaba, pararam a produção por três horas no pri-meiro turno, de manhã, e por duas horas, no segundo turno; à tarde, nesta terça-feira, dia 3, para forçar a empresa a atender suas reivindicações.

Conforme o diretor do Sindi-cato dos Metalúrgicos de Soroca-ba e Região (SMetal), João Fara-ni, o descontentamento é geral na fábrica devido ao assédio moral por parte de alguns supervisores, que causam um clima tenso no ambiente de trabalho.

Além disso, Farani explica que a entidade vem, há algum tempo, tentando dialogar com a empresa para que acabe com as demissões arbitrárias e para que a doença ocupacional seja reco-

nhecida pela sistemista.“Entre os itens da pauta de

reivindicação estão a cobrança pela jornada de 40 horas sema-nais (atualmente são 41h) e a melhoria imediata das condições de trabalho para que se diminua a ocorrência de lesões nos traba-lhadores”, destaca Farani.

Está agendada para esta quin-ta-feira, dia 5, uma reunião entre Sindicato e empresa, na sede do SMetal. “Estamos buscando uma solução, caso não seja possível, já foi aprovada em assembleia feita hoje (3), que a fábrica vai parar”, ressalta Farani.

A diretoria do Sindicato pro-moverá na parte da tarde desta terça-feira, novo protesto com o segundo turno de trabalhadores.

A fábrica tem cerca de 500 trabalhadores.

Fogu

inho

Metalúrgicos da Kanjiko, sistemista da Toyota, prometem parar caso suas reivindicações não sejam atendidas

Admitidos Desligados Saldo

Aeroespacial 20 -7 13

Estamparia 25 -17 8

Fundição 11 -8 3

Grupo 2 347 -514 -167

Grupo 3 109 -91 18

Grupo 8 222 -205 17

Grupo 10 152 -122 30

Montadoras 47 -2 45

TOTAL 933 -966 -33

Tabela 1 - Emprego Metalúrgico Sorocaba/Jan. 2015

Admitidos Desligados Saldo

Aeroespacial 395 - 281 114

Alumínio e não- ferrosos 1.012 - 1.390 - 378

Automotivos 8.263 - 7.502 761

Eletroeletrônicos 15.027 - 13.355 1672

Fundição e Forjarias 1.913 - 1.857 56

Máquinas e Equipamentos 24.660 - 20.155 4.305

Naval 2.118 - 2.299 - 181

Outros materiais de transporte

874 - 875 - 1

Siderurgia e metalúrgica básica

21.061 - 18.406 2.655

TOTAL 75.323 - 66.120 9.003

Tabela 2 - Emprego Metalúrgico Brasil/Jan. 2015

Fonte: CAGED/MTE. Elaboração: DIEESE Subseção SMetal Sorocaba

Page 4: Folha Metalúrgica nº 773

Direção sindical define plano de ações para os próximos anos

A diretoria plena do SMetal Soro-caba elaborou, na semana passada, o planejamento estratégico de atuação do Sindicato para os próximos dois anos e meio. Mais de cem dirigentes metalúrgicos, que compõem os Co-mitês Sindicais de Empresa (CSE), eleitos em 2014, participaram da construção do documento, que con-tém as diretrizes e as lutas trabalhistas e sociais prioritárias da entidade sin-dical até maio de 2017.

A reunião plena, batizada de “Se-minário de Planejamento da Diretoria do SMetal”, envolveu três dias de tra-balhos intensos para apresentação de propostas; análises do cenário social, político e econômico da região, do es-tado e do país; debates em grupos e no plenário, redação dos textos e, por fim, votação das propostas.

O documento inclui ações relacio-nadas à organização dos metalúrgicos no local de trabalho, valorização sa-larial na categoria, combate à rotati-vidade das fábricas, participação em ações por melhorias sociais, demo-cratização da comunicação, defesa dos interesses da classe trabalhadora (solidariedade entre as categorias pro-fissionais), politização da categoria, entre vários outros temas.

No evento, a direção plena tam-bém definiu os princípios que devem nortear a militância de cada diretor do Sindicato, de acordo com os funda-mentos históricos do próprio SMetal e da CUT.

Para evitar dispersão dos dirigen-tes e garantir dedicação exclusiva de todos ao planejamento, o seminário foi realizado fora de Sorocaba, em um centro de convenções em Campinas.

Eixos de atuaçãoOutra decisão tomada foi a res-

peito das marcas de atuação pelas quais a atual diretoria pretende ser reconhecida, na categoria e na socie-dade, ao final do atual mandato, que

termina em 2017 (veja quadro).“Tenho convicção que os meta-

lúrgicos logo vão sentir os efeitos positivos do nosso seminário, que foi extremamente produtivo. Esta-mos mais unidos para promover a unidade da própria categoria. Juntos vamos enfrentar os desafios em de-fesa dos direitos da classe trabalha-dora e por um Brasil cada vez mais justo, socialmente desenvolvido e democrático”, afirma o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.

O seminário contou com a abertu-ra do economista e professor univer-sitário José Dari Krein, pesquisador do CESIT (Centro de Estudos Sin-dicais e Economia do Trabalho do Instituto de Economia), vinculado à Unicamp; e do metalúrgico Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM).

Pág. 4 Edição 773Março de 2015

ORGANIZAÇÃO

Planejamento estratégico envolveu debates e formulação de propostas em diversas áreas de atuação do Sindicato, nas fábricas e na sociedade

Fogu

inho

Marcas do mandatoConfira as marcas que a direção do SMetal vai priorizar até 2017LEMA: SINDICATO FORTE, BRASIL MELHOR

Prioridades:1. Emprego/Combate à rotatividade (demissão sem justa causa seguida de contratação por salário menor)2. Trabalho decente/Direitos e condições de trabalho3. Salário/Vida melhor para o trabalhador4. Juventude/Renovação e luta5. Defesa da democracia6. Diálogo com a sociedade7. Sustentabilidade/Meio ambiente8. Ética e transparência

Colônia de FériasEstão abertas, até o dia 13 de

março, as inscrições para estadia na Colônia de Férias do SMetal no mês de abril. Os sócios ou dependentes interessados devem comparecer ao sindicato de segunda a sexta, das 8h às 18h, com o cartão de sindicaliza-do e fazer cadastro para participar de sorteio no dia 17 de março, às 19h. Estarão disponíveis vagas, in-clusive, para os feriados de 3 e 21 de abril e também para o 1° de maio.