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FLORESTAS URBANAS EM NATAL, RN: FLORÍSTICA, CONECTIVIDADE E VIABILIDADE DE UM JARDIM BOTÂNICO KATARINE MARIA FREIRE DIESEL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS Parque da Cidade, ZPA 1

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FLORESTAS URBANAS EM NATAL, RN: FLORÍSTICA, CONECTIVIDADE E VIABILIDADE DE UM

JARDIM BOTÂNICO

KATARINE MARIA FREIRE DIESEL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

Parque da Cidade, ZPA 1

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA

ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

FLORESTAS URBANAS EM NATAL, RN: FLORÍSTICA, CONECTIVIDADE E

VIABILIDADE DE UM JARDIM BOTÂNICO

KATARINE MARIA FREIRE DIESEL

Macaíba/RN

Fevereiro de 2018

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iii

KATARINE MARIA FREIRE DIESEL

FLORESTAS URBANAS EM NATAL, RN: FLORÍSTICA, CONECTIVIDADE E

VIABILIDADE DE UM JARDIM BOTÂNICO

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Ciências

Florestais da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, como parte das exigências

para obtenção do título de Mestre em Ciências

Florestais (Área de Concentração em Ciências

Florestais - Linha de Pesquisa: Biodiversidade,

Conservação e uso dos Recursos Genéticos

Florestais).

Orientador:

Prof. Dr. Leonardo de Melo Versieux

Coorientadora:

Profa. Dra. Adriana Rosa Carvalho

Macaíba/RN

Dezembro de 2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí -

EAJ

Diesel, Katarine Maria Freire.

Florestas urbanas em Natal, RN: florística, conectividade e

viabilidade de um jardim botânico / Katarine Maria Freire

Diesel. - 2018.

85f.: il.

Dissertação (Mestrado)Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias -

UAECIA. Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Macaíba,

RN, 2018.

Orientador: Prof. Dr. Leonardo de Melo Versieux.

Coorientador: Profa. Dra. Adriana Rosa Carvalho.

1. Áreas verdes urbanas - Dissertação. 2. Checklist -

Dissertação. 3. Conservação - Dissertação. 4. Disposição a Pagar

Dissertação. 5. Stepping stones - Dissertação. I. Versieux,

Leonardo de Melo. II. Carvalho, Adriana Rosa. III. Título.

RN/UF/BSPRH CDU 630*2

Elaborado por Valéria Maria Lima da Silva - CRB-15/451

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FLORESTAS URBANAS EM NATAL, RN: FLORÍSTICA, CONECTIVIDADE E

VIABILIDADE DE UM JARDIM BOTÂNICO

KATARINE MARIA FREIRE DIESEL

Dissertação julgada para obtenção do título de Mestre em Ciências Florestais

(Área de Concentração em Ciências Florestais - Linha de Pesquisa: Biodiversidade,

Conservação e uso dos Recursos Genéticos Florestais) e aprovada pela banca

examinadora em 27 de fevereiro de 2018.

Banca Examinadora

________________________________________________

Prof. Dr. Leonardo de Melo Versieux

UAECIA/UFRN

Presidente

________________________________________________

Prof. Dra. Alice de Moraes Calvente Versieux

UAECIA/UFRN

Examinador interno

________________________________________________

Prof. Dra. Fernanda Antunes Carvalho

PPGSE/UFRN

Examinador externo ao programa

________________________________________________

Prof. Dr. Rubens Teixeira de Queiroz

Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Examinador externo à instituição

Macaíba/RN

Fevereiro de 2018

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vi

DEDICATÓRIA

_____________________________________________________________________

De modo muito especial, à minha mãe, Maria das Dores Freire (in memoriam), dedico

todo o meu caminhar até aqui. A pessoa que me ensinou tudo que sou. Sei que

espiritualmente ela vai estar sempre comigo, me guiando, me protegendo

eternamente. Dedico, também, aos meus sobrinhos, José Miguel e Maria Júlia, que

apresentaram um amor que desconhecia, e as minhas irmãs Lygia e Lydia, pelo afeto

constante.

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vii

AGRADECIMENTOS _____________________________________________________________________

Às minhas irmãs, Lygia e Lydia, agradeço pela compreensão, confiança, apoio,

carinho e amor que sempre tiveram por mim. Ao meu pai, John Diesel, que apesar de

tudo, é grande responsável por tudo que sou... AABC. Ao meu cunhado, Bruno, por

está sempre pronto a ajudar, por ser alguém que esteve ao meu lado.

À minha tia Maria da Penha, meus tios Antônio, Manuel, Francisco e Luiz, pela

presença constante, força, apoio, e carinho nos momentos mais importantes da minha

vida. As minhas primas Naira, Samara, Kaliane, Juliana, Lilian, Janaína, Eveline, pelo

carinho e amor por mim. Saibam que vocês são especiais, amo vocês. A todos os

outros primos, que são muitos, saibam que são aqui lembrados e estão em meu

coração. Amo vocês! Também, meus padrinhos Karina e Ciro, por estarem sempre

disponíveis a me ajudar, amo vocês.

Aos amigos que o mestrado me proporcionou: Sarinha, Aécio, Netinho, e

Kyvia... quero vocês para a vida toda. Às amigas Larissa, Deilany, Alany e Glecinha

pelo carinho de sempre, apesar da distância.

A família LABOTs: Mariana, Eduardo, Mayara, Gabriel, Edi, Arthur, Anderson,

Valdeci, Pâmela... ensinando que conhecimento é para ser partilhado. Muito obrigada.

Agradeço, também, ao Alan Roque, pelo apoio e colaboração no Capítulo I.

À minha coorientadora, Professora Adriana Carvalho, agradeço pela partilha de

conhecimentos e confiança. Muito obrigada.

Ao Professor Leonardo de Melo Versieux, pela orientação e compreensão,

pelo exemplo de pessoa, sou muito grata por tudo.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências Florestais e ao CENA/USP, na pessoa da Professora Adriana

Martinelli, por oferecer a estrutura para a realização da pesquisa.

À CAPES pelo apoio financeiro.

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SUMÁRIO

_____________________________________________________________________ APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 1

RESUMO ...................................................................................................................... 2

ABSTRACT .................................................................................................................. 3

INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................................ 4

LITERATURA CITADA ................................................................................................. 7

CAPÍTULO 1: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E SUGESTÕES PARA A

CONSERVAÇÃO ENTRE RESERVAS URBANAS NA MATA ATLÂNTICA NO

NORDESTE BRASILEIRO ........................................................................................ 10

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12

MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 13

Descrição da área de estudo ................................................................................... 13

Coleta de dados ...................................................................................................... 15

Análise dos dados ................................................................................................... 16

RESULTADOS ............................................................................................................ 17

CONCLUSÕES ........................................................................................................... 25

LITERATURA CITADA ................................................................................................ 27

ANEXOS ..................................................................................................................... 31

CAPÍTULO 2: PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE OS FRAGMENTOS FLORESTAIS

URBANOS E VIABILIDADE DE CRIAÇÃO DE UM JARDIM BOTÂNICO EM NATAL

(RN) ............................................................................................................................ 48

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 50

MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 52

Descrição da área de estudo ................................................................................... 52

Coleta de dados ...................................................................................................... 52

Análise dos dados ................................................................................................... 54

RESULTADOS ............................................................................................................ 54

Características dos entrevistados ............................................................................ 54

Percepção das áreas verdes urbanas, revelada pela população: ............................ 55

Disposição a pagar (DAP) para a criação de um jardim botânico na cidade de Natal

................................................................................................................................ 57

Entendimento dos servidores públicos municipais e estaduais em torno das ZPAs . 59

Intenção de um jardim botânico em Natal, RN, junto à apresentação de cenários

para os fragmentos urbanos aplicando a metodologia de Exposição de Escolha

Discreta ................................................................................................................... 59

DISCUSSÃO .............................................................................................................. 60

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ix

CONCLUSÕES ........................................................................................................... 63

LITERATURA CITADA ................................................................................................ 65

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 68

APÊNDICE 1 .............................................................................................................. 69

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x

LISTA DE FIGURAS _____________________________________________________________________

CAPÍTULO 1

Figura 1. Município de Natal, com destaque para localização das Zonas de Proteção

Ambiental 1, 2 e 5 na porção centro-sul do município. ................................................ 15

Figura 2. Famílias botânicas mais representativas no levantamento florístico das ZPAs

1, 2 e 5, na cidade de Natal - RN. ............................................................................... 18

Figura 3. Composição geográfica para as zonas de proteção em estudo, de acordo

com a classificação de Cabrena & Willink (1980). ....................................................... 20

Figura 4. Diagrama de Venn representando o compartilhamento de espécies vegetais

entre as ZPAs em estudo. ........................................................................................... 21

Figura 5. Área proposta para projeto de conexão entre as ZPAs 1, e 5 por corredores

verdes utilizando a malha viária da cidade de Natal - RN. .......................................... 22

CAPÍTULO 2

Figura 1. Importância ambiental dos fragmentos urbanos declarados pelos

entrevistados (grupo 1). .............................................................................................. 56

Figura 2. Percentual de entrevistados (grupo 1) que tinha conhecimento ou não que os

fragmentos amostrados pertenciam às Zonas de Proteção Ambiental. ....................... 56

Figura 3. Percentual de intenção de um jardim botânico em Natal, RN, com sugestão

de local (grupo 1). ....................................................................................................... 57

Figura 4. Porcentagem das escolhas de cenários* propostos para as ZPAs em estudo,

utilizando o método de Exposição de Escolha Discreta (grupo 1). .............................. 57

Figura 6. Porcentagem das escolhas de cenários* propostos para as ZPAs em estudo,

utilizando o método de Exposição de Escolha Discreta (grupo 2). .............................. 60

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LISTA DE TABELAS _____________________________________________________________________ CAPÍTULO 1

Tabela 1. Características das Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) no estudo. Fonte:

ANUÁRIO NATAL (2016). ........................................................................................... 14

Tabela 2. Padrões de distribuição geográfica determinada e fundamentado nos

Domínios e Províncias Biogeográficas de Cabrera & Willink (1980), categorizados no

estudo. ........................................................................................................................ 17

Tabela 3. . Total de famílias, gêneros e espécies de Angiospermas para as Zonas de

Proteção Ambiental 1, 2 e 5 e total de espécies ameaçadas e raras. ......................... 19

Tabela 4. Espécies de Angiospermas com ocorrência nas Zonas de Proteção

Ambiental 1, 2 e 5 - Natal, RN, Brasil. Hábito: arv - árvore; arb - arbusto; her -

herbácea; lia - liana; par - parasita. (*) Espécies na lista de ameaçadas de extinção;

(**) Espécies raras; (+) Espécies ruderais................................................................... 33

CAPÍTULO 2

Tabela 1 – Cenários hipotéticos para as ZPAs 1, 2 e 5, expostos à população e aos

gestores. ..................................................................................................................... 53

Tabela 2. Justificativas para não contribuir para na criação de jardim botânico........... 58

Tabela 3. Valores apontados de Disposição a Pagar (grupo 1), a partir da contribuição

do IPTU. ..................................................................................................................... 58

Tabela 4. As decisões e mudanças relativas ao uso e conservação das Zonas de

Proteção 1, 2 e 5 dos gestores municipais e estaduais (grupo 2). .............................. 59

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1

APRESENTAÇÃO _____________________________________________________________________

A presente dissertação foi construída a partir da análise de fragmentos florestais

urbanos em Natal, e da observação de descaso quanto à conservação dos mesmos.

Aqui se buscou lançar luz sobre tais áreas, tanto do ponto de vista florístico até a

percepção que a população tem de tais espaços, concluindo com a sugestão de

possíveis conexões entre os fragmentos e uma proposta para a criação de um jardim

botânico para a cidade. A dissertação encontra-se organizada em dois capítulos na

forma de artigos científicos.

O primeiro capítulo refere-se ao artigo “Composição florística e sugestões para a

conservação entre reservas urbanas na Mata Atlântica no Nordeste brasileiro”,

preparado para submissão à revista “Landscape and urban planning”. O trabalho teve

como objetivo caracterizar a composição vegetal de remanescentes florestais que se

inserem em três Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) de Natal (RN), elaborando um

catálogo florístico atualizado para os fragmentos e sugerindo medidas de

conservação.

O segundo capítulo, o artigo “Percepção ambiental sobre os fragmentos

florestais urbanos e viabilidade de criação de um jardim botânico em Natal (RN)”,

organizado para ser submetido à revista Rodriguésia - Revista do Jardim Botânico do

Rio de Janeiro – teve como objetivo investigar a percepção e importância dos

fragmentos urbanos florestais que pertencem a três ZPAs do município, juntamente

com uma pesquisa de interesse em se criar um jardim botânico em Natal.

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RESUMO

_____________________________________________________________________

A relevância das áreas verdes urbanas para a cidade de Natal, junto à observação de

negligência com esses espaços, motivou a presente pesquisa, que está estruturada

em dois capítulos com objetivos principais de (1) apresentar uma listagem florística

atualizada para três Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) do município e propor a

conexão dessas áreas utilizando corredores verdes, e (2) investigar o entendimento da

população, bem como dos servidores públicos da área ambiental, acerca das áreas

verdes da cidade e as suas avaliações sobre a possibilidade de se ter um jardim

botânico (JB) no município, utilizando a metodologia de Exposição de Escolha Discreta

e a ferramenta de Valoração de Contingente, aplicando o método de Disposição a

Pagar. O levantamento florístico registra um grande número de espécies, equivalentes

a cerca de um terço da flora total do Estado. A proposta de conexão inclui uma área

aproximada de 2.000 ha, compreendendo sete bairros da zona Sul da cidade. A

população concorda com a proteção dos fragmentos florestais urbanos, embora

grande parte desconheça sua proteção formal ou a legislação pertinente, o que em

parte explica o fato de tais áreas serem subutilizadas ou pouco protegidas, na prática.

Cerca de 94% da população entrevistada se mostrou favorável a implantação de um

JB em Natal, sendo o bairro de Ponta Negra o mais citado (21%) para recebe-lo. A

maioria dos entrevistados concordam com as hipóteses de doação direta ou doação

de parte do IPTU para se manter e criar o suposto JB, indicando uma demanda por

áreas verdes conservadas e que possam ser desfrutadas pela comunidade.

Palavras-chave: áreas verdes urbanas; checklist; conservação; Disposição a Pagar;

stepping stones.

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3

ABSTRACT

_____________________________________________________________________

The present research was motivated due to the importance of urban green areas for

the city of Natal, where we observe that such spaces are being neglected. This work is

structured in two chapters with the main objectives of (1) to presente an updated

floristic checklist for three Environmental Protection Areas (EPAs) of the city, and to

propose to connect such áreas with green corridors; and (2) to investigate the

understanding of the population, as well as environmental public agents, about the

green areas of the city and how they evaluate the possibility of having a botanical

garden (BG) in the municipality, by the use of the Discrete Choice methodology, and

the Contingent valuation, applying the Willingness to Pay method. The floristic survey

registers a great number of species, equivalent to about a third of the total flora of the

State. A proposal of connection include an approximate area of 2,000 ha, comprising

seven neighborhoods of the South zone of the city. The population agrees with

protection of urban forest fragments, although a large part is unaware of its protection

or relevant legislation, which partly explains why such areas are underutilized or poorly

protected, in practice. About 94% of the population interviewed favor the implantation of

a BG in Natal, and the Ponta Negra neighborhood was the most cited (21%). Most

interviewees agree on hypotheses of direct donation or donation from municipalities

taxes to maintain the creation of a possible BG, indicating a demand for conserved

green areas that can be enjoyed.

Key words: checklist; conservation; Discrete Choice; stepping stones; urban green

spaces; Willingness to Pay.

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INTRODUÇÃO GERAL

_________________________________________________________________

No processo de expansão das cidades, ordinariamente, os ambientes naturais

são fragmentados, isolados e degradados (HADDAD et al., 2015). Tais

transformações, além de modificarem a paisagem e o fornecimento de serviços

ecossistêmicos ao ambiente, afetam a qualidade de vida da população, inclusive os

índices de violência urbana e indicadores de saúde (NIEMELÄ, 2014; JANSSON,

2012). Consideradas como componente essencial no planejamento das cidades, as

áreas verdes urbanas, apresentam incontáveis benefícios, positivamente afetando o

clima, infiltração e reabastecimento do lençol freático, redução da poluição do ar, de

ruídos, entre outros, que justificam a preservação e manutenção desses espaços para

uma maior integridade ecológica no meio urbano (WOLCH, BYRNE, NEWELL, 2014).

Em Natal, a capital e maior cidade do Estado do RN, ainda há em sua malha

urbana expressivos fragmentos florestais, atingindo 2156 hectares (FUNDAÇÃO SOS

MATA ATLÂNTICA & INPE, 2014), grande parte deles incluídos em Zonas de Proteção

Ambiental (ZPAs), as quais são consideradas áreas protegidas pelo Plano Estratégico

Nacional de Áreas Protegidas – PNAP (Decreto 5758 de 13.04.2006) e estabelecidas

pelo plano diretor do município (Lei Municipal n° 082/2007). As ZPAs são definidas

como áreas nas quais as características do meio físico restringem o uso e ocupação,

visando à proteção, manutenção e recuperação dos aspectos ambientais, ecológicos,

paisagísticos, históricos, arqueológicos, turísticos, culturais, arquitetônicos e científicos

(NATAL, 2007). Apesar de não serem unidades de conservação no senso estrito da Lei

Federal do SNUC (Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000), demandam por um

monitoramento rigoroso, sobretudo por de abrigarem aquíferos subterrâneos que

abastecem a cidade, cuja qualidade é diretamente afetada pela presença de uma

cobertura vegetal bem preservada.

No entanto, mesmo com tamanha importância, o que se observa são situações

de descaso. De forma geral, as áreas verdes em Natal não se encontram efetivamente

conservadas, sendo negligenciadas pelo poder público. Nas ZPAs, por exemplo, são

citados conflitos pela titularidade e posse da terra, modificando o regime de ocupação

de solo (DUARTE, 2011; STF, 2011), queimadas, deposição de lixo e entulho, e

introdução de espécies exóticas. Percebe-se, também, um aparente desconhecimento

da população sobre a importância de tais áreas, no que se refere aos propósitos de

sua criação e importância. Esse descuido com as áreas verdes urbanas se estende à

falta de cuidado em outros espaços livres, como praças, parques e áreas públicas de

lazer. A própria arborização urbana ainda é um assunto ainda pouco estudado e

caracterizado no RN.

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5

Estudos que proporcionem o reconhecimento dos ambientes naturais urbanos,

do ponto de vista socioambiental, podem indicar estratégias que atenuem os impactos

negativos do crescimento das cidades e cumprir princípios garantidos na Constituição

Federal, que garante a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes

e futuras gerações (Art. 225).

Ao se tratar de áreas verdes urbanas, desenvolver modelos que permitam a

conectividade entre essas áreas, são artifícios para conservar a biodiversidade e

incentivar a permeabilidade e regeneração desses ambientes (BATISTA, 2016).

Iniciativas que promovam a utilização da vegetação nativa em espaços livres (ruas,

avenidas, canteiros centrais) auxiliam o fortalecimento desses corredores verdes

urbanos, assim como os jardins domésticos, caso sejam enriquecidos de espécies

nativas, também o podem fazer (TÂNGARI, 2015). Nesse sentido, uma população que

conheça sua flora e os valores da vegetação local, acaba por participar e exigir mais

dos gestores e desenvolver um maior interesse pelas espécies locais, que possam a

ser cultivadas e apreciadas. Entretanto, o uso de espécies nativas em áreas públicas

ou privadas do RN é pequeno (VERSIEUX et al., 2015).

Em países mais desenvolvidos, o urbanismo e paisagismo vêm sendo discutidos

buscando a integração de jardins públicos e privados, projetos de arborização urbana

com espécies nativas locais e paisagismo sustentável para praças e outros espaços

públicos (GODDARD et al., 2010). Alguns inventários feitos em jardins privados vêm

indicando tais áreas como refúgios, locais de nidificação de aves, forrageamento,

sendo um importante abrigo (DAVIES et al., 2009).

Encorajar uma melhor utilização dos espaços livres e áreas verdes em Natal nos

parece essencial, especialmente por meio de instituições dedicadas à conservação da

biodiversidade. Para isso, a educação da população é imprescindível, as informações

básicas como a composição florística local, estão ausentes ou desatualizadas na

pouca literatura disponível. A complexidade dos valores e das concepções que as

comunidades inseridas sobre um determinado ambiente possuem refletem nas

transformações e na conservação do meio e podem ser considerados pontos de apoio

para estratégias de gestão ambiental (BALRAM & DRAGIĆEVIĆ, 2005).

Partindo dessas observações, constata-se que Natal não possui um jardim

botânico (PEREIRA & COSTA, 2010) e que a criação de um poderia afetar muito

positivamente a cidade. Tais instituições fazem o elo entre a teoria e a prática,

envolvendo em pesquisas sobre a documentação e usos da biodiversidade local, além

de contribuir com pesquisas de conservação e preservação da diversidade biológica,

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6

da flora em particular, de importância e manutenção dos serviços ecossistêmicos, e

divulgando as espécies em si, passando a ser conhecidas pela população (KRISHNAN

& NOVY, 2016; WILLISON, 2006). Outro ponto importante refere-se ao potencial que

os jardins botânicos possuem no desenvolvimento do turismo sustentável, com

impactos positivos na economia local, em média os jardins botânicos do Rio de

Janeiro e do Recife recebem 600 mil e 113 mil visitantes por ano, respectivamente

(JORNAL DO COMMERCIO, 2015; JBRJ, 2008).

Tendo em vista a carência do estado em instituições que forneçam orientações

ao desenvolvimento científico-educativo sobre plantas para a população, faz-se

necessário sugerir e estudar a viabilidade de criação de um jardim botânico, frente a

existência de fragmentos vegetais urbanos, muitas vezes ameaçados. Conceber um

jardim botânico para a cidade seria uma maneira eficiente de despertar e estimular a

consciência crítica da população em relação à importância das plantas como um todo

e proporcionando a proteção e conservação dos recursos naturais locais e

preservação das paisagens, tão importantes para a indústria do turismo. Neste

trabalho será dado o primeiro passo nesse sentido, ao se avaliar se a população tem

interesse e conhece a importância das áreas verdes e jardins botânicos, além de

buscar sugestões de área para a implementação de um, em Natal.

Nesse cenário, a presente dissertação de mestrado foi estruturada em dois

capítulos que têm como objetivos principais: 1. Caracterizar a composição florística de

remanescentes florestais que se inserem em três Zonas de Proteção Ambiental da

porção sul de Natal, elaborando um catálogo florístico atualizado para os fragmentos;

e propor a conexão dessas áreas utilizando corredores verdes; 2. Conhecer a

percepção dos habitantes sobre as áreas verdes urbanas que pertencem às ZPAs,

tanto pela população de Natal, como gestores de órgãos ambientais do município,

propondo novos cenários para essas áreas, entre eles a criação de um jardim botânico

para a cidade. Com essa organização do macro para o micro, estamos partindo do

cenário da paisagem e suas comunidades de plantas, apresentando novas

prospectivas e por fim propondo uma ligação entre esses blocos através de

corredores.

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LITERATURA CITADA _____________________________________________________________________

BALRAM, Shivanand; DRAGIĆEVIĆ, Suzana. Attitudes toward urban green spaces:

integrating questionnaire survey and collaborative GIS techniques to improve attitude

measurements. Landscape and Urban Planning, v. 71, n. 2, p. 147-162, 2005.

BATISTA, Marcia Nogueira; SCHLEE, Monica Bahia; BARRA, Eduardo; TÂNGARI,

Vera Regina. A Vegetação Nativa no Projeto Paisagístico. Rio Books, 2016.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,

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8

e tem a função de preservar espécies da flora e também da fauna nativa. 10 mar.

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CAPÍTULO 1

_____________________________________________________________________

Composição florística e sugestões para a conservação entre reservas urbanas

de Mata Atlântica em Natal-RN, Nordeste brasileiro

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Composição florística e sugestões para a conservação entre reservas urbanas

na Mata Atlântica no Nordeste brasileiro

Katarine Maria Freire Diesel1,2*

Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais da UFRN/ EAJ/ Macaíba, Brasil¹;

Departamento de Botânica e Zoologia da UFRN/Natal, Brasil².

*autor para correspodência, [email protected]

RESUMO

Considerando a relevância das áreas verdes urbanas para a cidade de Natal e a

importância da continuidade arbórea para a biodiversidade desses locais, o presente

trabalho apresenta uma listagem florística atualizada para três Zonas de Proteção

Ambiental (ZPAs) desse município, e propõe a conexão dessas áreas utilizando

corredores verdes. Um grande número de registros é reportado, 382 espécies em 243

gêneros distribuídas em 77 famílias, equivalentes a cerca de um terço da flora total do

Estado. A proposta conexão transcorre por uma área de aproximadamente 2.000 ha,

compreendendo sete bairros da zona Sul da cidade.

Palavras-chave: áreas verdes urbanas; conservação; stepping stones.

Floristic composition and suggestions for conservation in urban reserves in the

Atlantic Forest in Northeast Brazil

ABSTRACT

The relevance of the urban green areas to the city of Natal and the importance of trees

continuity for the biodiversity of these places justify the present study presents an

updated floristic listing for three Environmental Protection Areas (EPAs) of this

municipality, and proposes the connection of these areas using green corridors. A large

number of records are reported, 382 species in 243 genera distributed in 77 families,

equivalent to about one third of the total flora of the state. The proposed connection

extends an area of approximately 2,000 ha, comprising seven neighborhoods in the

Southern part of the city.

Key words: urban green spaces; conservation; stepping stones.

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INTRODUÇÃO

A perda de ambientes naturais estimulada pelo processo de urbanização

interfere na diminuição dos serviços ecossistêmicos vitais para uma vida sustentável

dentro das cidades. A permanência de fragmentos florestais urbanos é importante para

a resiliência da paisagem, fornecendo serviços como a estabilização do microclima, a

atenuação do fluxo de águas pluviais, o controle da erosão, a provisão de habitats, a

manutenção das águas subterrâneas, como também benefícios recreativos, de saúde

e estéticos aos cidadãos (JANSSON, 2012). Tais serviços e valores vêm ganhando

cada vez mais importância e destaque em pesquisas, uma vez que estimativas

apontam que 80% da população mundial, até 2030, será urbana (GODDARD et al.,

2010; DEARBORN & KARK, 2010; NILON et al., 2017).

Natal, a capital e maior município do estado do Rio Grande do Norte, no

Nordeste brasileiro, é a 15º cidade no ranking nacional das maiores cidades, com

877.662 habitantes (IBGE, 2017). Apesar de não se enquadrar como uma metrópole,

demanda por atenção na gestão dos seus fragmentos florestais urbanos, bem como

de suas áreas verdes. Construída sobre um grande manancial subterrâneo resultante

da formação estrutural do aquífero Dunas-Barreiras, 65% da população da cidade

dependem de abastecimento oriundo de águas subterrâneas, que são diretamente

afetadas pela cobertura vegetal do solo (CABRAL et al., 2009; RIBEIRO & SABÓIA,

2013).

Entretanto, Natal figura como uma das piores capitais da região Nordeste em

termos de arborização urbana (IBGE, 2010), e percebe-se um descaso generalizado

do poder público e/ou da população com praças, parques, áreas verdes e terrenos

urbanos, que em geral não possuem projeto paisagístico, tampouco recebem

manutenção, tornando-se locais de acúmulo de lixo e entulho (obs. pessoal). Além

disso, observar-se frequentemente o corte e a remoção de árvores ou eliminação de

jardins, que são cobertos por pavimentação ou apenas com grama.

Se por um lado o espaço confinado entre dunas e o mar levou a um crescimento

desordenado e ao desmatamento, o município ainda dispõe de alguns fragmentos de

vegetação natural de tamanhos expressivos na malha urbana, muito relacionado às

dez Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs), resultado da política urbana e ambiental

definida pelo plano diretor da cidade, Lei Municipal n° 082/2007 (NATAL, 2007), sendo

áreas nas quais as características do meio físico restringem o uso e ocupação do solo

urbano, visando à proteção, manutenção e recuperação dos aspectos paisagísticos,

históricos, arqueológicos e científicos.

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As ZPAs ocupam 36,8% da superfície do município, e apesar de não integrarem

o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei Federal nº 9.985, de

18 de julho de 2000) – são reputadas como unidades de conservação ambiental e

determinadas áreas protegidas pelo Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas –

PNAP (Decreto 5758 de 13.04.2006), demandando proteção, especialmente

considerando seus papéis na recarga do aquífero subterrâneo.

Mesmo com a criação de leis específicas para as ZPA, não há garantias da

manutenção dos aspectos socioambientais das mesmas, sobretudo pela titularidade

das áreas, já que grande parte são privadas, muitas se tornam vulneráveis a

especulação imobiliária, ou até mesmo mal vistas pela população, que desconhece

seus serviços ambientais e as vêem apenas como local onde são depositados

resíduos ou que podem oferecer riscos à segurança, por não serem monitoradas ou

vigiadas (DUARTE, 2011).

Nesse sentido, tendo em vista a importância das áreas verdes urbanas para

Natal e a importância da continuidade arbórea para a biodiversidade desses locais, o

presente trabalho tem como objetivos: caracterizar a composição vegetal de

remanescentes florestais que se inserem em três ZPAs da cidade, elaborando um

catálogo florístico atualizado para os fragmentos; e sugerir medidas de conservação, a

conexão dessas áreas utilizando corredores verdes, visto que o município de Natal se

situa no hotspot da Mata Atlântica, já reduzida e quase que eliminada no RN

(FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA & INPE, 2014), e também contribuir para o

conhecimento se sua da flora, uma vez que é o estado com menor número de

registros no país (1222 spp.) (BFG, 2015).

MATERIAL E MÉTODOS

Descrição da área de estudo

Foram consideradas três Zonas de Proteção Ambiental que contemplam nove

bairros no município de Natal/RN: ZPA1 (5°50'51.03" S e 35°13'58.06" O), que

corresponde ao campo dunar com cobertura vegetal nativa fixadora, regulamentada

pela Lei Municipal Nº 4.664, de 31 de julho de 1995, a ZPA2 (5°49'1.28" S e

35°11'34.59" O), que compreende o Parque Estadual das Dunas de Natal e área

contígua na Avenida Engenheiro Roberto Freire e Rua Dr. Solon de Miranda Galvão,

regulamentada pela Lei Estadual Nº 7.237, de 22 de novembro de 1977, e a ZPA5

(5°52'32.10" S e 35°11'31.85" O) que se refere ao um ecossistema de dunas fixas e

lagoas (região da Lagoinha), regulamentada pela Lei Municipal Nº 5.665, de 21 de

junho de 2004 (Tabela 1 e Figura 1).

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As três ZPAs são próximas, a distância entre elas em linha reta não é superior a

3 km (medições de borda a borda). Duas Unidades de Conservação incluem-se dentro

das ZPAs, o Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte (5°51’4,08” S e

35°13’40,85” W), inserido dentro da ZPA1, compreende uma área de 136,54 ha

(19,41% da área total da ZPA), criado com o objetivo principal de preservar os

mananciais subterrâneos e preservar o ecossistema característico do campo dunar. A

outra UC é o Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves (05º 48' 45"

S e 35º 11' 35" W), a primeira Unidade de Conservação Ambiental implantada no

Estado do RN (Decreto Estadual nº 7.237 de 22/11/1977), destacando o objetivo de

garantir a preservação e conservação dos ecossistemas naturais, que compreende

quase em totalidade a área da ZPA2. A ZPA5 não inclui nenhum parque.

Tabela 1. Características das Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) no estudo. Fonte: ANUÁRIO NATAL (2016).

ZPAs Área (ha)

Área ZPA/

Superfície do

município (%)

Bairros envolvidos Importância de criação

1 703,39 4,17 Cidade Nova,

Candelária e Pitimbu

Área essencial para recarga do aquífero

subterrâneo, que garante a demanda de

água potável da cidade, além de proteção

da flora e fauna das dunas.

2 1093,98 6,41

Mãe Luíza, Tirol,

Nova Descoberta,

Lagoa Nova, Capim

Macio e Ponta Negra.

Diversidade de flora, fauna e das belezas

naturais, importante unidade de

conservação destinada a fins educativos,

recreativos, culturais e científicos, além de

colaborar para manutenção da qualidade

das águas superficiais.

5 191,06 1,13 Ponta Negra

Complexo de dunas e lagoas, que constitui

uma relevante área de recarga das águas

subterrâneas.

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Figura 1. Município de Natal, com destaque para localização das Zonas de Proteção Ambiental 1, 2 e 5 na porção centro-sul do município.

Coleta de dados

Os dados florísticos foram obtidos principalmente a partir do levantamento dos

registros já depositados no herbário UFRN e consulta aos bancos de dados de outros

herbários on-line (SpeciesLink, 2017). Foram usadas palavras-chaves com nomes das

ZPAs ou de localidades internas às ZPAs, tradicionalmente visitadas por botânicos,

nas buscas em herbários virtuais: ZPA1: Zona de Proteção Ambiental 1, Parque da

Cidade; ZPA2: Parque das Dunas, Projeto Parque das Dunas; ZPA5: Zona de

Proteção Ambiental 5, ZPA Lagoinha, APA Capim Macio. Ressalta-se que no caso das

coletas de W. São-Matheus para a ZPA5 o coletor referiu-se a área como APA de

Capim Macio, razão pela qual esse foi um termo de busca (W. São-Matheus, com.

pessoal, 2017). A partir desse levantamento prévio, notou-se um pequeno número de

registros para a ZPA5 (apenas 26 spp.). Sendo assim, essa área foi alvo de quatro

coletas aleatórias, nos meses outubro e novembro de 2016, e setembro e novembro

de 2017, seguida de procedimentos de herborização, identificação e inclusão no

herbário da UFRN. Para a ZPA1, foram feitas duas visitas com novas coletas de

material botânico e registros fotográficos na porção sul do Parque da Cidade.

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A partir deste levantamento, foram consultadas literaturas com intuito de se

comparar as listagens. Apenas nomes de espécies com voucher depositados em

herbários, e confirmados quanto à sua identificação, foram incluídos. Todos os nomes

foram checados quanto à sinonímias, grafia e autoria usando-se a Lista de Espécies

da Flora do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br) para espécies e APG IV (2016) para

famílias, e ao final se obteve uma lista compilada dos dados de campo ou herbário

para as três ZPAs, todas com material testemunho.

Análise dos dados

Como medidas ou sugestão à conservação foi consultada a Portaria n. 6 de 23

de setembro de 2008 do Ministério do Meio Ambiente para se definir táxons

ameaçados de extinção, o Livro Vermelho da Flora do Brasil (MARTINELLI &

MORAES, 2013), e adicionalmente, foi conferida quais espécies são listadas como

raras (GUILIETTI, 2009).

Todas as espécies foram categorizadas em um padrão de distribuição

geográfica, definido e fundamentado nos Domínios e Províncias Biogeográficas

(CABRERA & WILLINK, 1980), em que foram considerados os padrões: Contínuas

(amplas ou restritas), Disjuntos e Restritos (Tabela 2.). O sistema de classificação da

vegetação compreendeu apenas o território brasileiro.

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Tabela 2. Padrões de distribuição geográfica determinada e fundamentado nos Domínios e Províncias Biogeográficas de Cabrera & Willink (1980), categorizados no estudo.

CONTÍNUAS RESTRITAS DISJUNTAS

Amplas Restritas

Ocorrendo em todos os biomas brasileiros;

Ocorrendo em dois ou três domínios

biogeográficos;

Distribuídas apenas em uma província;

Apresentaram um isolamento evidente em sua distribuição espacial, através de

uma barreira física ou geográfica (no

presente estudo a barreira foi

caracterizada pela vegetação).

As espécies foram classificadas quanto ao hábito (árvore, arbusto/subarbusto,

lianas, ervas), e se são consideradas ruderais, de acordo com a listagem de Lorenzi

(2006). O checklist florístico de cada zona de proteção foi comparado, com auxílio de

ferramentas do Microsoft Excel aplicando a tabela dinâmica, com o propósito de

identificar similaridades entre os conjuntos.

Indicações para combinações de possíveis corredores verde, empregando vias

de acesso, áreas livres públicas e privadas, com qualidade para manter e restaurar a

conectividade dos fragmentos foram analisadas sobre os mapas e por visitas in loco.

RESULTADOS

O conjunto de dados para todas as Zonas de Proteção Ambiental apresentou um

total de 382 espécies em 243 gêneros distribuídas em 77 famílias (Tabela 3) As

famílias mais expressivas estão descritas na Figura 2. O número de espécies

classificadas como herbáceas (43,19%; 165 spp.) foi quase que análogo ao número de

espécies arbóreas/arbustivas (42,67%; 183 spp.).

.

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Figura 2. Famílias botânicas mais representativas no levantamento florístico das ZPAs 1, 2 e 5,

na cidade de Natal - RN.

Na listagem, a classificação dos padrões de distribuição geográfica, determinado

por Cabrena & Willink (1980), grande maioria das espécies foram categorizadas como

contínuas restritas (73,82%; 282 spp.), seguindo por restritas (12,3%; 47 spp.),

contínuas amplas (11,26%; 43 spp.) e disjuntas (2,62%; 10 spp.) (Figura 3), e quanto a

classificação da composição florística, a Província que mais partilhou táxons foi a

Atlântica (382 spp.), seguido por Caatinga (85,07%; 325 spp.), Cerrado (81,41%; 311

spp.), e Amazônia (47,46%; 182 spp.) (Tabela 4).

Fabaceae 21%

Poaceae 7%

Rubiaceae 6%

Myrtaceae 6%

Euphorbiaceae 3%

Asteraceae 3%

Cyperaceae 3%

Convolvulaceae 3%

Malvaceae 3%

Bignoniaceae 2%

Apocynaceae 2%

Malpighiaceae 2%

Orchidaceae 2%

Polygalaceae 2%

Turneraceae 2%

Outraas (62) 35%

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Na ZPA1, 264 espécies em 190 gêneros distribuídas em 65 famílias são listadas

(Tabela 3), com maior número nas famílias Fabaceae (19,69%; 52 spp.), Poaceae

(6,06%; 16 spp.), Rubiaceae (5,68%; 15 spp.), e Myrtaceae (4,54; 12 spp.). As

espécies classificadas como ruderais registrou um percentual de 20,07% (53 spp.), e

são listados sete táxons ameaçados de extinção, e três raros. Com relação ao hábito,

não houve predominância entre espécies herbáceas e arbóreas/arbustivas, os valores

são análogos, com 42,80% (113 spp.) e 42,05% (111 spp.), respectivamente. Na

classificação de distribuição geográfica, a maioria das espécies é categorizada como

contínua restrita (73,73%; 192 spp.), seguido por restrita (13,25%; 35 spp.), contínua

ampla (11,36%; 30 spp.) e disjuntas (2,65%; 7 spp.) (Figura 3).

Tabela 3. . Total de famílias, gêneros e espécies de Angiospermas para as Zonas de Proteção Ambiental 1, 2 e 5 e total de espécies ameaçadas e raras.

ZPAs FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES ESPÉCIES

AMEAÇADAS ESPÉCIES

RARAS ESPÉCIES RUDERAIS

1 65 190 264 7 3 53

2 66 197 271 7 2 45

5 34 59 67 1 0 11

VALOR TOTAL 77 243 382 7 3 68

FAMÍLIA ESPÉCIES AMEÇADAS ZPAs

1 2 5

Asteraceae Aspilia procumbens Baker x x

Asteraceae Stilpnopappus cearensis Huber x x x

Bromeliaceae Cryptanthus zonatus (Vis.) Beer x x

Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand x x

Cactaceae Melocactus violaceus Pfeiff. x x

Fabaceae Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon, H.C. Lima & G.P. Lewis x x

Orchidaceae Cattleya granulosa Lindl. x x

ESPÉCIES RARAS

Acanthaceae Aphelandra nuda Nees x x

Euphorbiaceae Ricinus communis L. x

Fabaceae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. x x

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Figura 3. Composição geográfica para as zonas de proteção em estudo, de acordo com a classificação de Cabrena & Willink (1980).

Para a ZPA2 são listadas 268 espécies em 190 gêneros distribuídas em 66

famílias (Tabela 3), sendo que Fabaceae é a mais representativa (20,14%; 54 spp.),

seguida de Poaceae (7,46%; 20 spp.), Myrtaceae (5,22%; 14 spp.), e Rubiaceae

(5,22%; 14 spp.). O percentual de espécies ruderais é de 16,72% (45 spp.), sete

táxons são listados como ameaçados de extinção, e dois como raros. O número de

espécies classificadas como arbóreas/arbustivas (47,39%; 127 spp.) é um pouco

superior ao de herbáceas (40,3%; 108 spp.) e, na classificação da composição

geográfica, sobressaíram-se as espécies categorizadas como contínuas restritas

(74,63%; 200 spp.), seguidas pelas restrita (11,94%; 32 spp.), contínuas amplas

(10,44%; 28 spp.) e disjuntas (2,98%; 8 spp.) (Figura 3).

A ZPA5 lista 67 espécies em 59 gêneros distribuídos em 34 famílias (Tabela 3),

onde mais de um terço são de Fabaceae (34,32%; 23 spp.), as demais famílias

registram de uma a três espécies. Do conjunto, 16,41% (11 spp.) são classificadas

como ruderais, um táxon ameaçado de extinção, e com relação ao hábito, o número

de espécies herbáceas (43,28%; 29 spp.) é um pouco superior às arbóreas/arbustivas

(40,3%; 27 spp.). A maior parte das espécies é categorizada como contínuas restritas

(76,12%; 51 spp.) na classificação de distribuição geográfica, as demais como

contínuas amplas (11,94%; 8 spp.), restritas (8,95%; 6 spp.) e disjuntas (2,98%; 2

spp.) (Figura 3).

Comparando a listagem catalogada para as três zonas de proteção, verifica-se

uma maior semelhança florística entre a ZPA1 e ZPA2, compartilhando 154 táxons,

mais da metade da composição (58,33% na ZPA1; 57,46% na ZPA2). Na lista da

ZPA5, a maior parte é de espécies registradas na também nas ZPA1 (77,61%; 52spp.)

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

ZPA1

ZPA2

ZPA5

TOTAL

ZPA1 ZPA2 ZPA5 TOTAL

contínuas restritas 192 200 51 282

restritas 35 32 6 47

contínuas amplas 30 28 8 43

disjuntas 7 8 2 10

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e ZPA2 (73,13%; 49 spp.). O total de espécies compartilhadas pode ser visto na

Figura 4. Das 38 espécies que são comuns as três áreas, sete são da família

Fabaceae.

Figura 4. Diagrama de Venn representando o compartilhamento de espécies vegetais entre as ZPAs em estudo.

Foram observadas nas adjacências de todas as ZPAs situações de descaso, por

deposição de resíduos e ocupação do solo (Figura 6A e B). A ZPA2 é a área de maior

extensão legalmente protegida, porém observam-se regiões degradadas e

antropizadas, como o trecho de tabuleiro litorâneo descaracterizado, sob a guarda do

7º Batalhão de Infantaria, ao longo da Avenida Eng. Roberto Freire (Figura 6C, D). Na

ZPA5 não há estrutura ou informação que identifique a área como uma zona de

preservação. Aqui testemunhamos a insegurança do local, onde há assaltos e

incêndios, além de acúmulo de resíduos e degradação do ambiente (Figura 6E, F, G),

principalmente no entorno da lagoa de captação que foi invadida por algumas famílias

e carroceiros que ali depositam resíduos.

A Figura 5 indica a possibilidades de conexões por corredores verdes entre as

áreas de vegetação natural que pertencem às zonas de proteção em estudo e com a

malha viária da cidade, tomando os canteiros centrais de ruas e avenidas, trevos e

rotatórias de vias públicas, bem como praças, jardins públicos e privados,

apresentando oportunidade de ligação dos fragmentos e de um maior contato da

sociedade com espécies nativas da região fora do ambiente protegido.

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Entre as ZPAs 1 e 2, citamos possíveis conexões entre os bairros de Candelária,

Capim Macio, Lagoa Nova e Nova Descoberta. As ligações entre fragmentos florestais

que pertencem as ZPAs 2 e 5, podem ocupar os bairros de Capim Macio e Ponta

Negra. Um trecho importante encontra-se entre as ruas Historiador Fausto de Souza e

José Mauro de Vasconcelos, onde já há um espaço livre não edificável, como área

verde, que ligaria diretamente as duas ZPAs (Figura 7B). Nas ZPAs 1 e 5, as conexões

podem ocorrer entre os bairros de Capim Macio, Neópolis e Pitimbu.

Desta forma, a proposta de conectar as ZPAs transcorre por uma área de

aproximadamente 2.000 ha (Figura 5), compreendendo sete bairros, Candelária,

Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Ponta Negra e Pitimbu, todos

da região administrativa Sul, e funcionando como stepping stones, conectando ZPAs

de maior com as de menores riquezas e proporcionando uma continuidade arbórea

entre os fragmentos.

Figura 5. Área proposta para projeto de conexão entre as ZPAs 1, e 5 por corredores verdes utilizando a malha viária da cidade de Natal - RN.

DISCUSSÃO

A conservação dos remanescentes florestais urbanos que existem nas três ZPAs

aqui analisadas é importante pelo fato de estarem inseridos no bioma Mata Atlântica,

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bioma florestal que dispõe de um dos mais altos graus de riqueza de espécies e em

taxas de endemismo no planeta (BFG, 2015). Originalmente o município de Natal

possuía 81% do seu território coberto pelo bioma, atualmente a porcentagem está

limitada a 15% (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA & INPE, 2014; BFG, 2015).

Outro ponto importante está em ressaltar que a composição vegetal dessas áreas

corresponde a cerca de um terço da flora registrada para todo o RN (BFG, 2015). A

atualização dos dados florísticos apresentados para as três ZPAs poderá ser uma

importante ferramenta para gestores públicos, uma vez que a riqueza de espécies de

uma dada área é um dos critérios mais utilizados para se monitorar e desenvolver

estratégias de manejo, sobretudo para as ZPAs, tendo em vista a ausência de

informações sobre suas floras.

Para a ZPA1 há um guia de campo recentemente publicado com o levantamento

de 110 espécies de angiospermas nas áreas do Parque da Cidade (MEDEIROS et al.

2016), categorizado como Parque Natural Municipal, uma UC de proteção integral, que

corresponde a 19% da área total da zona de proteção. O presente trabalho acrescenta

154 espécies à listagem de Medeiros (2016), incluindo áreas vizinhas ao Parque da

Cidade, na ZPA1. Outra importância da área é a de ser uma das principais fontes de

recarga do aquífero Barreiras, manancial responsável por 70% da água usada no

abastecimento do município (NATAL, 2008).

Para a ZPA2 há apenas o estudo florístico de Freire (1990), que relata para a

área 264 espécies em 78 famílias no interior do Parque das Dunas, porém,

comparando nossos dados com os do levantamento de Freire (1990), cabe ressaltar

que algumas espécies ali apontadas não estão aqui incluídas, pela ausência de

material-testemunho. Como incluímos em nosso catálogo apenas espécies

confirmadas por vouchers, é de se supor que algumas das espécies listadas por Freire

(1990) não possuem espécimes nas coleções consultadas, ou que os mesmos tenham

se perdido. Informações pessoais do Prof. Adalberto Trindade (com. Pess. 2017)

confirmam que parte do material coletado no Projeto Parque das Dunas, depositada

no herbário UFRN, se perdeu no final da década de 1990. Alguns espécimes foram

recentemente reencontrados (Versieux et al. 2017). Além disso, houve significativas

mudanças taxonômicas (sinonímias) ou alterações nas próprias identificações. Por

exemplo, todo o material identificado como Hohenbergia ramageana (Bromeliaceae)

pela autora é agora identificado como H. ridleyi. Além disso, chama atenção para a

ausência na referida listagem de espécies que são muito comuns dentro do Parque

das Dunas, como o gênero Cryptanthus (Bromeliaceae) não citado anteriormente, mas

uma das espécies mais notáveis crescendo sobre o foliço (Versieux et al. 2013). Vale

ainda ressaltar que para o gênero Chamaecrista (Fabaceae), Freire (1990) cita apenas

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uma espécie, enquanto Queiroz & Loiola (2009) citam 10, incluindo quatro novas

ocorrências para o estado. Tal observação indica que o esforço amostral de Freire

(1990) não foi exaustivo e / ou que talvez tenha se limitado a alguns trechos dentro do

que hoje conhecemos como ZPA2, apontando para a necessidade da UC Parque das

Dunas ter um programa de incentivo e investimento na pesquisa e documentação da

sua flora. Outra hipótese, seria que transcorrido quase 30 anos da elaboração do

plano de manejo do Parque das Dunas, que serviu de base para a listagem de Freire

(1990), essa comunidade esteja se enriquecendo de espécies. Todavia, os autores do

Plano de Manejo de 1989 já indicavam que possivelmente muitas espécies seriam

acrescidas à lista disponível, de 200 espécies identificadas, a depender de melhores

identificações e de mais coletas de material encontrado apenas sem flores (RIO

GRANDE DO NORTE, 1989).

A ZP5 foi a área com menores números de dados florísticos. Ela não foi alvo de

estudos botânicos no passado e apresentou poucos espécimes nos herbários.

Entretanto, o trabalho em campo aqui desenvolvido acrescentou 53 espécies a uma

lista preliminar de 14 nomes disponíveis no herbário, o que representa um avanço no

conhecimento deste fragmento. O remanescente florestal é dominado por vegetação

arbustiva ou arbórea adensada, com poucos trechos abertos e o acesso a área é

através das encostas de dunas, ficando a vegetação no topo de um morrote. A

relevância da área para armazenamento e captação de água subterrânea com a

manutenção da cobertura vegetal no local é relatada em diversos trabalhos (DE

BRITTO COSTA et al., 2012; DE MELO SILVEIRA et al., 2013; REBOUÇAS, et al.,

2015).

Na composição das espécies, verificou-se um significativo número de espécies

da família Fabaceae, fato previsível, pois além de ser reputada entre as mais

abundantes Eudicotiledôneas no Brasil, (GIULIETTI et al., 2005; ZAPPI, et al., 2015), é

citada em grande número em estudos de áreas costeiras do Nordeste (VICENTE,

2014; SANTOS-FILHO et al., 2015; DE ALMEIDA JR et al., 2016; SERRA et al.,

2016). Além da Fabaceae, Poaceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae foram

famílias com números significativos na listagem, o que explica o não prevalecimento

de um hábito nas vegetações, pois tais famílias dão amplitude em termos de formas

de vida, desde pequenas ervas até árvores altas.

Mais um resultado esperado está na classificação dos padrões de distribuição

geográfica, determinado por Cabrera & Willink (1980), onde a maioria das espécies é

categorizada como contínuas restritas (espécies que ocorrem em mais de uma

província). Uma vez que, a restinga é a vegatação que compõe as áreas das ZPAs em

estudo, o resultado aponta para o caráter de espécies mais generalistas (RIZZINI,

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1997). Definidas como vegetação que cobre as planícies arenosas que datam do

Quaternário, principalmente do Holoceno, considerada um ecossistema associado à

Mata Atlântica, tal formação é um mosaico de comunidades de plantas, que vão desde

tipos rastejantes a florestas (ZAMITH & SCARANO, 2006).

Outro ponto importante refere-se à conservação de espécies em vulnerabilidade.

Na listagem atual sete táxons são referidos como ameaçados de extinção e três como

raros. O que faz com que essas áreas se tornem prioritárias para ações e pesquisas

voltadas para a gestão e planejamento da conservação na cidade (IVES et al., 2016).

Vale ressaltar que o número de espécies compartilhadas entre as áreas não foi muito

alto, o que reforça a importância de se conectar os fragmentos naturais que pertencem

às zonas de proteção através de corredores verdes.

Em países mais desenvolvidos, o urbanismo e paisagismo vêm sendo discutidos

buscando a integração de jardins públicos e privados, projetos de arborização urbana

com espécies nativas locais e paisagismo sustentável para praças e outros espaços

públicos (GODDARD et al., 2010), e pela nossa observação, este tipo de preocupação

ainda pouco se manifestou em Natal, onde constatamos a negligência com a

manutenção da vegetação no ambiente urbano. Os dados aqui apresentados podem

se usados para melhor conservar e manter a conectividade das áreas verdes urbanas

de Natal, que são cruciais para a qualidade ambiental da cidade, bem como a

conservação da biodiversidade urbana (WARD et al., 2010; KONG et al., 2010).

CONCLUSÕES

O conjunto de dados apresentados revelou um total de 384 espécies vegetais

nas três ZPAs analisadas, englobando áreas próximas entre si e sete bairros da zona

Sul de Natal, número que representa um terço da flora registrada para todo o RN.

Diante dessa realidade em um bioma altamente fragmentado, o trabalho propõe a

criação de corredores verdes, ligando fragmentos naturais das três áreas analisadas,

em escala de bairros. As constatações de má conservação causando uma

descaracterização das áreas apontam para a necessidade de maior vigilância sobre as

mesmas, além de se ampliar o conhecimento público e científico sobre a importância

desses remanescentes para a cidade, sendo necessários estudos em regiões ainda

pouco amostradas, sob maior pressão antrópica. No caso da UC mais antiga do RN,

Parque das Dunas, concluímos que a listagem até então disponível encontrava-se

profundamente desatualizada. A proposta apresentada de conexão dessas áreas,

utilizando a malha viária da cidade, atuando como stepping stones conectando as três

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ZPAs, dependerá de ação e conscientização dos moradores e adoção de práticas de

paisagismo sustentável, incluindo ao máximo espécies nativas.

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ANEXOS

Figura 6. Registros de situações de negligência com as ZPAs 1, 2 e 5, entre os meses de novembro de

2016 e setembro de 2017 (Fotos: L. Versieux; K. Diesel). Na ZPA1: Corte de madeira (A) e (B) e

C

A B

D

E G

F

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deposição de entulho em área vizinha ao Parque da Cidade, Natal. Na ZP2: Área descampada

localizada na lateral da Av. Roberto Freire, ocupada pelo 7º Batalhão de Infantaria e profundamente

alterada (C) e (D). ZPA5: Imagem do incêndio que aconteceu em novembro de 2016 (E), e efeitos da

queimada no interior da área após dois dias do incêndio; (G) praça sem manutenção vizinha à zona de

proteção, indicando o potencial de áreas verdes próximas às ZPAs formarem uma conexão.

Figura 7. Registro de praças e áreas livres que abrangem as vias e conexões verdes entre as ZPAs

(Fotos: K. Diesel). (A) Praça com área de lazer no cruzamento entre as ruas Praia de Grossos e Praia

da Penha, bairro de Ponta Negra (5°52'42.86"S, 35°10'57.58"O); (B) Área verde, sem delineamento e

manutenção, entre as ruas Historiador Fausto de Souza e José Mauro de Vasconcelos, bairro de Capim

Macio (5°52'10.36"S, 35°11'15.30"O;); (C) Praça localizada as margens da Av. Governador Tarcisio de

Vasconcelos Maia (5°50'33.63"S, 35°13'10.92"O), detalhe na manutenção vegetação; (D) Canteiro

central da Rua Raimundo Chaves (5°49'51.06"S, 35°13'10.88"O), observando acúmulo de lixo e falta de

capina.

A B

D C

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Tabela 4. Espécies de Angiospermas com ocorrência nas Zonas de Proteção Ambiental 1, 2 e 5 - Natal, RN, Brasil. Hábito: arv - árvore; arb - arbusto; her - herbácea; lia - liana; par - parasita. (*) Espécies na lista de ameaçadas de extinção; (**) Espécies raras; (+) Espécies ruderais.

Família/ espécie Domínio Biogeo

Província Biogeo

Hábito Voucher ZPAs

1 2 5

Acanthaceae

Aphelandra nuda Nees ** Ama Atl lia Gomes, C.P.C. (UFRN 22343) / Cestaro,

L.A. (UFRN ) x x

Ruellia inundata Kunth Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Projeto PDD 69 (MOSS 2161)

x

Thyrsacanthus ramosissimus Moric.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Para

arb Roque, A.A. (UFRN 21047) / Sousa,

M.B.(UFRN 12225) x x

Amaranthaceae

Alternanthera tenella Colla + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 21056) x

Alternanthera brasilia (L.) Kuntze. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Sousa, M.B. (UFRN 12203)

x

Anacardiaceae

Anacardium occidentale L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Roque, A.A.(UFRN 19124) / Roque, A.A.(UFRN 14801)/ Diesel, K.M.F.

(UFRN) x x x

Schinus terebinthifolius Raddi Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe arv

Roque, A.A.(UFRN 20247) / Trindade, A.(UFRN 1815)

x x

Annonaceae

Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arv Jardim, J.G.(UFRN 15873)

x

Apocynaceae

Aspidosperma multiflorum A.DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Projeto PDD (MOSS 2167)

x

Ditassa blanchetii Decne. Ama Ama-Atl lia Sena, V.R.R.(UFRN 4640) / Cestaro,

L.A. (UFRN 4818) x x

Ditassa crassifolia Decne. Ama Atl-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20232) x

Hancornia speciosa Gomes Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Gomes, C.P.C.(UFRN 22314) / Trindade,

A.(UFRN 1195) x x x

Mandevilla moricandiana (A. DC.) Woodson

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

lia Gomes, C.P.C.(UFRN 22313)/ Trindade,

A.(UFRN 1149) x x

Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K. Schum.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Roque, A.A.(UFRN 21002) x

Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20633)/Roque,

A.A.(UFRN) x

x

Apodanthaceae

Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer par Roque, A.A.(UFRN 19119) x

Araceae

Anthurium affine Schott Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 12995)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 4821) x x

Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G.Don

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 20348) / Jardim, J.G.(UFRN 10412)

x x

Philodendron acutatum Schott Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19098) x

Asteraceae

Acanthospermum hispidum DC. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 21048)/ Trindade, A. (UFRN1080)

x x

Aspilia procumbens Baker * Ama-Chaq

Atl-Caa her Costa, L.P.(UFRN 20257) / Projeto

PDD(MOSS 2208) / Roque, A.A.(UFRN 14793)

x x

Conocliniopsis prasiifolia (DC.) Ama- Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 20630) / Cestaro, x x x

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34

R.M.King & H.Rob. Chaq L.A. (UFRN 12483)/ Roque, A.A.(UFRN)

Conyza canadensis (L.) Cronquist +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her Roque, A.A.(UFRN 19099) x

Elephantopus hirtiflorus DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Costa, L.P.(UFRN 20260) x

Mikania obovata DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Sousa, M.B.(UFRN 12196)

x

Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19089) x x

Spilanthes urens Jacq. Ama-Chaq

Ama-Atl-Cer-Para

her Roque, A.A.(UFRN 19120) x x

Stilpnopappus cearensis Huber *

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 19087) / Cestaro, L.A. (UFRN 12480) / Projeto PDD(MOSS

2214) x x x

Stilpnopappus trichospiroides Mart. ex DC.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20674) / Sousa,

M.B. (UFRN 12212) x x

Tilesia baccata (L.) Pruski Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Loiola, M.I.B.(UFRN ) / Sousa, M.B.(UFRN 12224)

x x

Tridax procumbens L. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her Roque, A.A.(UFRN 20248) x

Bignoniaceae

Anemopaegma laeve DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Sena, R.(UFRN ) x

Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Loiola, M.I.B.(UFRN 4502) / Trindade,

A.(UFRN 1177) x x

Fridericia dispar (Bureau ex K. Schum.) L.G. Lohmann

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20324) / Jardim,

J.G. (UFRN 10415) x x

Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Pierote, P.(UFRN 21018) / Cestaro, L.A. (UFRN 4861) / Projeto PDD(MOSS

2139) x x

Jacaranda obovata Cham. Ama Atl arb Sena, R.(UFRN 4450) x

Lundia longa (Vell.) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Loiola, M.I.B.(UFRN 4627)/ Roque, A.A.(UFRN)

x

x

Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Cestaro, L.A. (UFRN 4866)

x

Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Roque, A.A.(UFRN 20331) / Colombo, B.R. (UFRN 15599) / Projeto

PDD(MOSS 2146) x x

Boraginaceae

Cordia superba Cham. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Roque, A.A.(UFRN 20360) / Projeto

PDD(MOSS 2354) / Trindade, A. (UFRN 1248)

x x x

Euploca polyphylla (Lehm.) J.I.M.Melo & Semir +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Loiola, M.I.B.(UFRN 4427) / Loiola,

M.I.B.(UFRN 7192) / Projeto PDD(MOSS 2143)

x x

Heliotropium elongatum (Lehm.) J.M.Jonst.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Projeto PDD (MOSS 2144)

x

Myriopus salzmannii (DC.) Diane & Hilger

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Cestaro, L.A. (UFRN )

x

Myriopus candidulus (Miers) Feuillet

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

lia Roque, A.A.(UFRN 20656) / Sousa,

M.B.(UFRN 4419) x x

Bromeliaceae

Aechmea patentissima (Mart. ex Schult. & Schult.f.) Baker.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Medeiros, A.S.M.(UFRN 14182)

x

Cryptanthus zonatus (Vis.) Beer *

Ama Atl her Roque, A.A.(UFRN 14270) / Versieux,

L.M. (UFRN 14169) x x

Hohenbergia ridleyi (Baker) Mez Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 15921) / Medeiros,

A.S.M. (UFRN 14181) x x

Tillandsia bulbosa Hook. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Gomes, C.P.C.(UFRN 22339) x

Burseraceae

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35

Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand *

Ama-Chaq

Atl-Caa arv Bernardo, P.(UFRN 21026) / Cestaro,

L.A. (UFRN) x x

Cactaceae

Cereus jamacaru DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 20669) x x

Cereus fernambucensis Lem. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Meiado, M.V.(UFRN 18002)

x

Melocactus violaceus Pfeiff. * Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 20347) x x

Pilosocereus catingicola (Gürke) Byles & G.D.Rowley

Ama-Chaq

Atl-Caa arb Roque, A.A.(UFRN 20358)/ Roque,

A.A.(UFRN)/Sousa, M.B.(UFRN 12192 ) x x x

Cannabaceae

Trema micrantha (L.) Blume Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Roque, A.A.(UFRN 19091)/ Projeto

PDD(MOSS 2358) / Roque, A.A.(UFRN 14772)

x x

Capparidastrum frondosum (Jacq.) Cornejo & Iltis

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Roque, A.A.(UFRN 20655) / São-Mateus, W.M.B.(UFRN 13862)

x x

Cynophalla flexuosa (L.) J. Presl Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Loiola, M.I.B.(UFRN 4457)/ Projeto PDD(MOSS 2109)/ Soares Neto,

R.L. (UFRN 16294) x x

Cynophalla hastata (Jacq.) J. Presl

Ama-Chaq

Atl-Caa arb Gomes, C.P.C.(UFRN 22342)/ Projeto

PDD(MOSS 2110) x x

Caryophyllaceae

Polycarpaea corymbosa (L.) Lam.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Gomes, C.P.C.(UFRN 22332)/ Roque, A.A.(UFRN)

x

x

Celastraceae

Cheiloclinium serratum (Cambess.) A.C.Sm.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Loiola, M.I.B.(UFRN ) x

Maytenus erythroxyla Reissek Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arb Roque, A.A.(UFRN 19092) / Sousa,

M.B. (UFRN 8547)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Chrysobalanaceae

Chrysobalanus icaco L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Sousa, M.B. (UFRN 12214)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x

Hirtella ciliata Mart. & Zucc. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arb Bernardo, P.(UFRN 21023)/ Trindade, A. UFRN1203/ Costa-Araújo, M.H.(UFRN

22610) x x x

Hirtella racemosa Lam. Ama Ama-Atl arb Pierote, P.(UFRN 21033)/ Roque,

A.A.(UFRN 14794)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) Kuntze

Ama Atl arb Sena, R.(UFRN 4478)/ Trindade,

A. (UFRN 1098 ) x x

Cleomaceae

Physostemon tenuifolium Mart. & Zucc.

Ama-Chaq

Atl-Caa her Roque, A.A.(UFRN 19083) x

Combretaceae

Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arv Sena, R.(UFRN ) x

Commelinaceae

Commelina erecta L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20329)/ Projeto

PDD(MOSS 5942)/ Sousa, M.B. (UFRN 10599)

x x

Convolvulaceae

Daustinia montana (Moric.) Buril & A.R. Simões

Ama Atl lia Roque, A.A.(UFRN 3606)/ Jardim,

J.G. (UFRN 10414) x x

Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult. +

Ama Ama-Atl her Roque, A.A.(UFRN 19123) x

Ipomoea brasilia (Choisy) Meisn. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 19105)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5070)/ Projeto PDD(MOSS 2136)

x x

Ipomoea hederifolia L. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

lia Cestaro, L.A. (UFRN)/ Mattos, J.C.de

O.(MOSS 4973) x

Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. + Ama Ama-Atl her Projeto PDD(MOSS 2135)/ Sousa,

M.B.(UFRN 12219 ) x

Ipomoea quamoclit L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

lia Mattos, J.C.de O.(MOSS 4971)

x

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36

Para-Pampe

Ipomoea rosea Choisy Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe lia Roque, A.A.(UFRN 13969) x

Jacquemontia bahiensis O'Donell

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Gomes, C.P.C.(UFRN 22344) x

Jacquemontia holosericea (Weinm.) O'Donell

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Cestaro, L.A. (UFRN )

x

Jacquemontia pentanthos (Jacq.) G.Don

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Sousa, M.B. (UFRN 12198)

x

Merremia aegyptia (L.) Urb. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Loiola, M.I.B.(UFRN 4572) x

Cucurbitaceae

Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Costa-Lima, J.L. 609

x

Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Loiola, M.I.B.(UFRN 7175)

x

Cyperaceae

Bulbostylis conifera (Kunth) C.B.Carke

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20679)/ Roque,

A.A.(UFRN 14789) x x

Bulbostylis capillaris (L.) C.B.Clarke. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 14791)

x

Bulbostylis junciformis (Kunth) C.B. Clarke

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Loiola, M.I.B.(UFRN )/ Roque, A.A.(UFRN 14790)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x x

Cyperus aggregatus (Wild.) Endl. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 19094) x

Cyperus articulatus L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Sayonara(UFRN 8028 )

x

Cyperus crassipes Vahl Ama Atl her Trindade, A. (UFRN 1061) /Projeto

PDD(MOSS 2119) x

Cyperus digitatus Roxb. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Trindade, A. (UFRN 1822 )

x

Cyperus ligularis L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19077) x

Cyperus meyenianus Kunth Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Costa, L.P.(UFRN 20270)/ Jardim, J.G.(UFRN 11354)/ Projeto PDD(MOSS

2120) x x x

Fimbristylis cymosa (Lam.) R.Br. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 19073)/ Trindade, A. (UFRN 1311)

x x

Remirea maritima Aubl. Ama Atl her Trindade, A. (UFRN 1238 )

x

Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20682) x

Dilleniaceae

Curatella americana L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Roque, A.A.(UFRN 20357)/ Projeto

PDD(MOSS 2271) x x

Tetracera breyniana Schltdl. Ama Atl arb Costa, L.P.(UFRN 20265)/ Sousa,

M.B.(UFRN 8544 )/ Projeto PDD(MOSS 2272)

x x

Tetracera oblongata DC. Ama Atl arb Loiola, M.I.B.(UFRN 4429) x

Dioscoreaceae

Dioscorea campestris Griseb. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her Costa-Lima, J.L.(UFRN 8265)

x

Dioscorea leptostachya Gardner. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

lia Cestaro, L.A. (UFRN 5139)

x

Ebenaceae

Diospyros inconstans Jacq. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Gomes, C.P.C.(UFRN 22345) x

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37

Erythroxylaceae

Erythroxylum passerinum Mart. Ama Atl arb Roque, A.A.(UFRN 20337) x

Erythroxylum rimosum O.E.Schulz

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN ) x

Erythroxylum simonis Plowman Ama Atl arb Roque, A.A.(UFRN 20653) x

Euphorbiaceae

Astraea lobata (L.) Klotzsch + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 21051)/ Projeto

PDD(MOSS 2087) x

Cnidoscolus urens (L.) Arthur + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Loiola, M.I.B.(UFRN 4438)/ Projeto PDD(MOSS 2062)

x x

Croton heliotropiifolius Kunth Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN ) x

Croton pedicellatus Kunth Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 19090)/ Projeto

PDD(MOSS 2067) x x

Dalechampia convolvuloides Lam.

Ama Atl lia Roque, A.A.(UFRN 19096) x

Euphorbia heterophylla L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20998) x

Euphorbia hirta L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Loiola, M.I.B.(UFRN 6816)

x

Euphorbia hyssopifolia L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Pierote, P.(UFRN 21035)/ Sousa,

M.B.(UFRN 12220)/ Projeto PDD(MOSS 2068)

x x

Euphorbia prostrata Aiton + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Roque, A.A.(UFRN 20992)/ Loiola, M.I.B.(UFRN 5804)

x x

Jatropha mollissima (Pohl) Baill. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 19101)/ Projeto

PDD(MOSS 2063)/ Roque, A.A.(UFRN 14800)

x x

Manihot dichotoma Ule Ama-Chaq

Atl-Caa arv Projeto PDD(MOSS 2064)

x

Phyllanthus niruri L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb Projeto PDD(MOSS 2065)

x

Ricinus communis L. ** Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Costa, L.P.(UFRN 20255) x

Fabaceae

Abarema filamentosa (Benth.) Pittier

Ama-Chaq

Atl-Caa arv Roque, A.A.(UFRN 20333) x

Abrus precatorius L. Ama Ama-Atl lia Pierote, P.(UFRN 21034)/ Projeto

PDD(MOSS 2299) x x

Aeschynomene histrix Poir. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Loiola, M.I.B. 1214/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14227) x x

Aeschynomene viscidula Michx. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20642)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 7174) x x

Andira humilis Mart. ex Benth. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arb Roque, A.A.(UFRN 19080)/ Projeto

PDD(MOSS 2320)/ Roque, A.A.(UFRN 14771)

x x

Andira nitida Mart. ex Benth. Ama Atl arv Costa, P.L.(UFRN 21027) x

Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. **

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Roque, A.A.(UFRN 19110)/ Projeto

PDD(MOSS 2342) x x

Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Gomes, C.P.C.(UFRN 22329)/Cestaro,

L.A. (UFRN 5045 ) x x

Bauhinia pentandra (Bong.) D.Dietr.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arv Carvalho, M.C. (UFRN 1039 )

x

Bowdichia virgilioides Kunth Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Roque, A.A.(UFRN 19113)/ Cestaro, L.A. (UFRN 12231)/ Projeto PDD(MOSS

2324) x x

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38

Calliandra parvifolia (Hook. & Arn.) Speg.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 19095) /Cestaro,

L.A. (UFRN 5226)/Anderson, J.(UFRN 18954)

x x x

Calopogonium mucunoides Desv.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

lia Roque, A.A.(UFRN 20993)/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14232) x

x

Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN)

x

Canavalia rosea (Sw.) DC. Ama-Chaq

Atl-Caa lia Loiola, M.I.B.(UFRN 6813)

x

Cassia bicapsularis (L.) Roxb. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Cestaro, L.A.(UFRN 5036 )

x

Centrosema brasilianum (L.) Benth. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Loiola, M.I.B.(UFRN 4440)/ Cestaro, L.A. (UFRN 12230)

x x

Centrosema pascuorum Mart. ex Benth.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Moura, E.O.(UFRN 12579 )/ Trindade, A.

UFRN 973 x x

Centrosema rotundifolium Mart. ex Benth.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

her Loiola, M.I.B.(UFRN 7187)/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14220) x x

Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Sena, V.R.R.(UFRN 4595)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 7164) x x

Chamaecrista diphylla (L.) Greene

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 21043) x

Chamaecrista eitenorum (H.S.Irwin & Barneby) H.S.Irwin & Barneby

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Cardoso, D. (UFRN 16962)

x

Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 20240)/ Costa-Araújo, M.H.(UFRN 22606)/ Diesel,

K.M.F. (UFRN) x

x

Chamaecrista flexuosa (L.) Greene +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 21045)/ Projeto PDD(MOSS 2308)

x x x

Chamaecrista hispidula (Vahl) H.S. Irwin & Barneby

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 21044)/ Sousa,

M.B. (UFRN 10596)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x x

Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Costa, L.P.(UFRN 20254)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 7183)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Chamaecrista serpens (L.) Greene.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Loiola, M.I.B. (UFRN 7199)

x

Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Cestaro, L.A. (UFRN 5247)

x

Copaifera arenicola (Ducke) J.Costa & L.P.Queiroz

Ama-Chaq

Atl-Caa arv Roque, A.A.(UFRN 20323) x

Copaifera cearensis Huber ex Ducke

Ama-Chaq

Atl-Caa arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4485) x

Crotalaria pallida Aiton + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Projeto PDD(MOSS 2325)/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14224) x x

Crotalaria retusa L. + Ama Atl her Sousa, M.B.(UFRN 12223)/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14225) x x

Desmanthus virgatus (L.) Willd. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

her Loiola, M.I.B.(UFRN 4636)/ Trindade, A. (UFRN 1057)/ Projeto PDD(MOSS

2304) x x

Desmodium barbatum (L.) Benth.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Sena, V.R.R.(UFRN 4618) x

Desmodium glabrum (Mill.) DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Projeto PDD(MOSS 2323)

x

Desmodium incanum DC. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20644) x

Desmodium scorpiurus (Sw.) Desv.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14228)

x

Desmodium tortuosum (Sw.) DC. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Loiola, M.I.B.(UFRN 4387)/ São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14229)

x x

Dioclea violacea Mart. ex Benth. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

lia Loiola, M.I.B.(UFRN 4435)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5201)/ Projeto PDD(MOSS x x x

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39

Para 2344)/ São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14233)

Hymenaea courbaril L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Roque, A.A.(UFRN 19109)/ Cestaro, L.A. (UFRN 5026)/Projeto PDD(MOSS

2309) x x

Hymenaea eriogyne Benth. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Jardim, J.G. (UFRN 10786 )

x

Hymenaea rubriflora Ducke Ama Atl arv Roque, A.A.(UFRN 20242)/ Projeto

PDD(MOSS 2315) x x

Indigofera hirsuta L. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 21052) x

Indigofera microcarpa Desv. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20641)/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14222) x

x

Inga cylindrica (Vell.) Mart. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Loiola, M.I.B.(UFRN 4496)/ Jardim, J.G.(UFRN 10453 )

x x

Macroptilium atropurpureum (DC.) Urb. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Loiola, M.I.B.(UFRN 4385)/ São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14231)

x

x

Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Trindade, A. 174/ São-Mateus,

W.M.B.(UFRN 14230) x x

Macroptilium lathyroides (L.) Urb. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

her Loiola, M.I.B.(UFRN ) x

Macroptilium panduratum (Mart. ex Benth.) Maréchal & Baudet

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 21055)/ Jardim,

J.G. (UFRN 10783)/ Projeto PDD (MOSS 2331)

x x

Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Trindade, A.(UFRN 1260 )

x

Mimosa borboremae Harms Ama Atl her Roque, A.A.(UFRN 20668) x

Mimosa caesalpiniifolia Benth. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Sena, R.(UFRN)/ Cestaro, L.A. (UFRN 5249)

x x

Mimosa misera Benth. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 8881) x x x

Mimosa pudica L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Costa, L.P.(UFRN 20259) x

Mimosa sensitiva L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19102) x

Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Costa, L.P.(UFRN 20272)/ Vidal,

A.A.J.(UFRN 7986)/ Projeto PDD(MOSS 2301)

x x

Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 19122)/ Sousa,

M.B. (UFRN 8570)/ Projeto PDD(MOSS 2305)

x x

Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon, H.C. Lima & G.P. Lewis *

Ama Atl arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4547)/Cestaro,

L.A. (UFRN 5041) x x

Phanera flexuosa (Moric.) Queiroz

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Loiola, M.I.B.(UFRN 4451) x

Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 20244) x

Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 19125)/ Projeto

PDD(MOSS 2298) x x

Pterocarpus rohrii Vahl Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv São-Mateus, W.M.B.(UFRN 12597)/

Projeto PDD(MOSS 2338) x

Pterocarpus violaceus Vogel Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Trindade, A. (UFRN 18958 )

x

Rhynchosia minima (L.) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Roque, A.A.(UFRN 20994)/ São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14226)

x

x

Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Trindade, A. (UFRN 971)/ Projeto PDD(MOSS 2341)

x

Rhynchosia minima (L.) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Loiola, M.I.B.(UFRN 6812)

x

Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20233)/ Costa-

Araújo, M.H.(UFRN 22609) x

x

Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 21049)/ Projeto PDD(MOSS 2319)

x x

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40

Senna rizzinii H.S. Irwin & Barneby +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Sena, R.(UFRN 4578) x

Sesbania exasperata Kunth Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14223)

x

Stylosanthes gracilis Kunth Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 20241) x

Stylosanthes macrocephala M.B. Ferreira & S. Costa

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Projeto PDD(MOSS 2327)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x

Stylosanthes scabra Vogel Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Projeto PDD(MOSS 2330)

x

Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Loiola, M.I.B.(UFRN)/ Projeto

PDD(MOSS 2322) x x

Stylosanthes angustifolia Vogel. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Jardim, J.G.(UFRN 17964)

x

Stylosanthes macrocephala Ferreira & Souza Costa.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 14785)

x

Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Sousa, M.B. (UFRN 8572 )

x

Tephrosia noctiflora Bojer Ama Atl her Roque, A.A.(UFRN 19103) x

Vigna halophila (Piper) Maréchal et al.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Cestaro, L.A. (UFRN 12246)

x

Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN )/Queiroz,

R.T.(UFRN 3021) x x

Zornia latifolia Sm. Ama Atl her

Roque, A.A.(UFRN 19121)/ Roque, A.A.(UFRN 14780)/ Projeto PDD(MOSS

2343)/ São-Mateus, W.M.B.(UFRN 14219)

x x x

Krameriaceae

Krameria tomentosa A.St.-Hil. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Costa, L.P.(UFRN 20256)/ Cestaro,

L.A.(UFRN 12484)/ Projeto PDD(MOSS 2111)/ Diesel, K.M.F. (UFRN)

x x

Lamiaceae

Hypenia salzmannii (Benth.) Harley

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 14797)

x

Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth..

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Jardim, J.G.(UFRN 11352 )

x

Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 20249)/ Cestaro, L.A. (UFRN 5136 )/ Roque, A.A.(UFRN)

x x x

Rhaphiodon echinus Schauer + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Barbosa, G.(MOSS 5005)

x

Vitex rufescens A. Juss. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4513)/ Costa-Lima,

J.L.(UFRN 8306) x x

Lauraceae

Cassytha filiformis L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para par Roque, A.A.(UFRN 19071) x x

Lecythidaceae

Lecythis pisonis Cambess. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Roque, A.A.(UFRN 20336) x

Loganiaceae

Strychnos parviflora Spruce ex Benth

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Loiola, M.I.B.(UFRN )/ Costa-Araújo, M.H.(UFRN 22546)/ Projeto PDD(MOSS

2346) x x x

Loranthaceae

Psittacanthus dichroos (Mart.) Mart.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

par Costa, L.P.(UFRN 20275)/ Roque,

A.A.(UFRN 14786 ) x x x

Struthanthus flexicaulis (Mart. ex Schult. f.) Mart. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer par Costa, L.P.(UFRN 20269)/ Projeto

PDD(MOSS 2283) x x

Struthanthus marginatus (Desr.) Blume

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para par Projeto PDD(MOSS 2285)

x

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41

Lythraceae

Cuphea flava Spreng. Ama Atl arb

Costa, L.P.(UFRN 20262)/ Roque, A.A.(UFRN 14799 )/ Costa-Araújo, M.H.(UFRN 22547)/ Diesel, K.M.F.

(UFRN)

x x x

Lafoensia pacari A.St.-Hil. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Costa, L.P.(UFRN 20268)/ Jardim,

J.G.(UFRN 11358) x x

Malpighiaceae

Byrsonima crassifolia (L.) Kunth Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4469)/ Loiola, M.I.B.

1099 x x

Byrsonima gardneriana A. Juss. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN)/ Sousa,

M.B. (UFRN 12213 )/ Anderson, J.(UFRN 18943)

x x x

Diplopterys pubipetala (A.Juss.) W.R.Anderson & C.C.Davis

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Cestaro, L.A. (UFRN 15501)

x

Mascagnia sepium (A. Juss.) Griseb.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Jardim, J.G.(UFRN 11349 )

x

Stigmaphyllon paralias A. Juss. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Costa, L.P.(UFRN 20266)/ Projeto

PDD(MOSS 2073) x x

Stigmaphyllon rotundifolium A. Juss.

Ama Atl lia Jardim, J.G.(UFRN 11347 )

x

Malvaceae

Guazuma ulmifolia Lam. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Macedo, M.(UFRN 3786)/ Projeto PDD(MOSS 2220)

x

Helicteres heptandra L. B. Sm. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Projeto PDD(MOSS 2216)

x

Herissantia tiubae (K. Schum.) Brizicky +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN ) x

Luehea ochrophylla Mart. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 20361)/ Almeida, M.(UFRN 3784)/ Projeto PDD(MOSS

2355) x x

Melochia pyramidata L. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

her Cestaro, L.A. (UFRN 5284 )

x

Pavonia cancellata (L.) Cav. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Costa, L.P.(UFRN 20264)/ Sousa,

M.B. (UFRN 12201)/ Projeto PDD(MOSS 4406)

x x

Sida cordifolia L. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Gomes, C.P.C.(UFRN 22337) x

Sida linifolia Cav. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 21007)/ Mattos, J.C.de O.(MOSS 5190)

x x

Waltheria albicans Turcz. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Gomes, C.P.C.(UFRN 22319) x

Waltheria indica L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Gomes, C.P.C.(UFRN 22350)/Sousa, M.B. (UFRN 12199)/ Projeto PDD(MOSS

2215)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Waltheria operculata Rose Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20986) x

Marcgraviaceae

Schwartzia brasiliensis (Choisy) Bedell ex Giraldo-Cañas

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 19088)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5244 ) x x

Menispermaceae

Chondrodendron platyphyllum (A.St.-Hil.) Miers

Ama Atl lia Roque, A.A.(UFRN 20999) x

Molluginaceae

Mollugo verticillata L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 21003)/ Trindade, A. (UFRN 981)/ Projeto PDD(MOSS

2153) x x

Moraceae

Brosimum guianense (Aubl.) Huber

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Loiola, M.I.B.(UFRN)/ Sena, R.(UFRN)/ Projeto PDD(MOSS 2083)

x x

Ficus nymphaeifolia Mill. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Marinho, A.M. (UFRN 3820)/ Projeto PDD(MOSS 2081)

x

Ficus hirsuta Schott Ama Atl arv Cestaro, L.A. (UFRN 5221)

x

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42

Myrtaceae

Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Roque, A.A.(UFRN 20629)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5051) x x

Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos

Ama Atl arv Medeiros, A.S.(UFRN 17098)/Sousa,

M.B. (UFRN 94) x x

Eugenia astringens Cambess. Ama Atl arv Sousa, M.B.(UFRN 10595)

x

Eugenia aurata O. Berg Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Loiola, M.I.B.(UFRN 4342) x

Eugenia azeda Sobral Ama Atl arb Roque, A.A.(UFRN 20346) x

Eugenia candolleana DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

arb Sena, V.R.R.(UFRN 4510) x

Eugenia excelsa O. Berg. Ama Ama-Atl arb Silva, J.O.N.(UFRN 8125 )

x

Eugenia hirta O.Berg Ama Atl arv Silva, J.O.N. (UFRN 8297)/ Projeto

PDD(MOSS 2098) x

Eugenia ligustrina (Sw.) Willd. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Roque, A.A.(UFRN 20327) x

Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks.

Ama Atl arv Loiola, M.I.B.(UFRN)/ Costa-Araújo,

M.H.(UFRN 22544) x

x

Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Cestaro, L.A. (UFRN 5059 )

x

Eugenia subterminalis DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Silva, J.O.N. (UFRN 8121 )

x

Myrcia lundiana Kiaersk. Ama Atl arv Silva, J.O.N.(UFRN 8300 )

x

Myrcia guianensis (Aubl.) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Roque, A.A.(UFRN 20328)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5053) x x

Myrcia multiflora (Lam.) DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 20339)/ Projeto

PDD(MOSS 2360) x x

Myrcia ramuliflora (Berg) N. Silveira

Ama Atl arb Loiola, M.I.B.(UFRN 4346) x

Myrciaria tenella (DC.) O. Berg Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 20667)/ Costa-Lima,

J.L. (UFRN 300) x x

Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Cestaro, L.A. (UFRN 5055 )

x

Psidium oligospermum Mart. ex DC.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Roque, A.A.(UFRN 20636)/ Jardim,

J.G. (UFRN 10410)/ Projeto PDD(MOSS 2091)

x x

Psidium salutare (Kunth) O. Berg.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Silva, J.O.N. (UFRN 8127 )

x

Nyctaginaceae

Boerhavia diffusa L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19126) x

Guapira laxa (Netto) Furlan Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4486)/ Trindade,

A. (UFRN 1165 ) x x

Guapira obtusata (Jacq.) Little Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 20325) x

Guapira pernambucensis (Cesar) Lundell

Ama Atl arb Costa, L.P.(UFRN 20253)/ Sousa,

M.B. (UFRN 12257)/ Projeto PDD(MOSS 2258)

x x

Ochnaceae

Ouratea cuspidata (A.St.-Hil.) Engl.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Lima, R.(UFRN 03)

x

Ouratea hexasperma (A.St. -Hil.) Baill.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Bernardo, P.(UFRN 21025)/ Lima,

R.(UFRN 3808 )/ Projeto PDD(MOSS 2273)

x x

Ouratea salicifolia (A.St.-Hil. & Tul.) Engl.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb Cestaro, L.A.(UFRN 5381 )

x

Olacaceae

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43

Ximenia americana L. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Roque, A.A.(UFRN 20326)/ Sousa, M.B.(UFRN 12227)/ Projeto PDD(MOSS

2293) x x x

Opiliaceae

Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook.f.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Queiroz, R.T.(UFRN 2608)

x

Orchidaceae

Cattleya granulosa Lindl. * Ama Atl her Costa, L.P.(UFRN 20273)/ Costa, R.A.

UFRN10076 x x

Cyrtopodium holstii L.C. Menezes

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 19118)/ Roque,

A.A.(UFRN) x

x

Encyclia oncidioides (Lindl.) Schltr.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20341) x

Epidendrum cinnabarinum Salzm. ex Lindl.

Ama Atl her Gomes, C.P.C.(UFRN 22340)/ Jardim,

J.G.(UFRN 15874)/ Projeto PDD(MOSS 2233)

x x

Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Gomes, C.P.C.(UFRN 22330)/ Costa-Lima, J.L.(UFRN 8208)/ Projeto

PDD(MOSS 2234) x x

Vanilla bahiana Hoehne Ama Atl lia Roque, A.A.(UFRN 19117) x

Oxalidaceae

Oxalis divaricata Mart. ex Zucc. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Gomes, C.P.C.(UFRN 22324)/ Projeto

PDD(MOSS 2291) x x

Passifloraceae

Passiflora foetida L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

lia Roque, A.A.(UFRN 20671)/ Projeto

PDD(MOSS 2270) x x

Passiflora cincinnata Mast. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Gomes, C.P.C.(UFRN 22341)/ Projeto PDD(MOSS 2268)

x x

Passiflora galbana Mast. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 19111) x

Passiflora subrotunda Mast. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Sousa, M.B.(UFRN 8558 )

x

Phyllanthaceae

Phyllanthus orbiculatus Rich. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Loiola, M.I.B.(UFRN 7195 )

x

Microtea paniculata Moq. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20638)/ Projeto

PDD(MOSS 2113) x x

Piperaceae

Piper tuberculatum Jacq. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb Loiola, M.I.B.(UFRN 2184 )

x

Plantaginaceae

Angelonia campestris Nees & Mart.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Trindade, A.(UFRN 1174)

x

Scoparia dulcis L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20643) x

Tetraulacium veroniciforme Turcz.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 19128) x

Plumbaginaceae

Plumbago scandens L. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Projeto PDD(MOSS 2288)

x

Poaceae

Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Jardim, J.G.(UFRN 11348 )

x

Andropogon bicornis L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20651)/ Roque,

A.A.(UFRN 14783)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Aristida setifolia Kunth Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 14782)/ Projeto

PDD(MOSS 2193) x

Axonopus polydactylus (Steud.) Dedecca

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20991)/ Roque,

A.A.(UFRN 14773) x x

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44

Cenchrus echinatus L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 19084)/Sousa, M.B.(UFRN 12222)/ Projeto PDD(MOSS

2185) x x

Chloris barbata Sw. + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 11782) x

Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 19072) x

Cynodon dactylon (L.) Pers. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Roque, A.A.(UFRN 20648)/ Trindade, A.

(340) x x

Dactyloctenium aegyptium (L.) Willd. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Projeto PDD(MOSS 2200)

x

Eragrostis tenella (L.) P. Beauv. ex Roem. & Schult.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20647) x

Gouinia virgata (J. Presl) Scribn. Ama Atl her Loiola, M.I.B.(UFRN 4612)/ Jardim,

J.G.(UFRN 11353) x x

Gymnopogon foliosus (Willd.) Nees

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 14777)/ Projeto

PDD(MOSS 2198) x x

Lasiacis ligulata Hitchc. & Chase Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Loiola, M.I.B.(UFRN 4708)/ Trindade, A. UFRN1312

x x

Megathyrsus maximus (Jacq.) B. K. Simon & S. W. L. Jacobs +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Cestaro, L.A. (UFRN 5397)/ Projeto

PDD(MOSS 2182) x

Melinis repens (Willd.) Zizka + Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Roque, A.A.(UFRN 19085)/ Projeto PDD(MOSS 2184)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x x

Pappophorum pappiferum (Lam.) Kuntze

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20652) x

Paspalum maritimum Trin. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her

Roque, A.A.(UFRN 20676)/ Sousa, M.B.(UFRN 12221 )

x x

Paspalum scutatum Nees ex Trin.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Trindade, A. (UFRN 1310 )/ Projeto

PDD(MOSS 2195) x

Raddia soderstromii R.P. Oliveira, L.G. Clark & Judz.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20340)/ Jardim,

J.G. (UFRN 10787)/ Projeto PDD(MOSS 2183)

x x

Schizachyrium microstachyum (Desv. ex Ham.) Roseng & Arrill. & Izag.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe her Roque, A.A.(UFRN 14787)

x

Setaria tenax (Rich.) Desv. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 19116) x

Sporobolus vermicularis Moq. Ama Atl her Trindade, A. (UFRN 1455)

x

Sporobolus virginicus (L.) Kunth Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa

her Trindade, A. (UFRN 1263)

x

Steirachne diandra Ekman. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa

her Cestaro, L.A. (UFRN 5393)

x

Streptostachys asperifolia Desv. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 19074)/ Cestaro,

L.A. (UFRN 5394 )/ Projeto PDD(MOSS 2192)

x x

Trachypogon spicatus (L. f.) Kuntze

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Roque, A.A.(UFRN 20675) x

Polygalaceae

Asemeia martiana (A.W.Benn.) J.F.B.Pastore & J.R.Abbott

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20631)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 7163 )/ Projeto PDD(MOSS 2262)

x x

Asemeia violacea (Aubl.) J.F.B. Pastore & J.R. Abbott

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa

her Roque, A.A.(UFRN 21054) x

Bredemeyera laurifolia (A.St.-Hil. & Moq.) Klotzsch ex A.W.Benn

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Loiola, M.I.B.(UFRN )/ Trindade, A. (UFRN 1087)/ Projeto PDD(MOSS

2261) x x

Caamembeca spectabilis (DC.) J.F.B. Pastore

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa

her Loiola, M.I.B.(UFRN 4381) x

Polygala boliviensis A.W. Benn. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Gomes, C.P.C.(UFRN 22323) x

Polygala trichosperma Jacq. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Gomes, C.P.C.(UFRN 22320)/ Trindade,

A. (UFRN 1088)/ Projeto PDD(MOSS 2260)

x x x

Polygonaceae

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45

Coccoloba alnifolia Casar. Ama Atl arv Bernardo, P.(UFRN 21022)/ Faria,

B.G.(UFRN 17133)/ Projeto PDD(MOSS 2265)

x x

Coccoloba brasiliensis Nees & Mart.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Cestaro, L.A.(UFRN 5369)/ Projeto

PDD(MOSS 2264) x

Coccoloba laevis Casar. Ama Atl arb Costa, L.P.(UFRN 20267)/ Sousa,

M.B. (UFRN 10593) x x

Coccoloba latifolia Lam. Ama Ama-Atl arv Queiroz, R.T.(UFRN 3063)

x

Coccoloba ramosissima Wedd. Ama Ama-Atl arb Pierote, P.(UFRN 21020)/ Faria,

B.G.(UFRN 17132)/ Diesel, K.M.F. (UFRN)

x x x

Portulacaceae

Portulaca elatior Mart. ex Rohrb. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Loiola, M.I.B.(UFRN 4543) x

Portulaca hirsutissima Cambess. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20238) x

Portulaca mucronata Link Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para

her Roque, A.A.(UFRN 20646) x

Portulaca oleracea L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her Projeto PDD(MOSS 2286)

x

Primulaceae

Jacquinia armillaris Jacq. Ama Atl arb Sousa, M.B.(UFRN 12229 )

x

Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer-Para-

Pampe arb Cestaro, L.A. (UFRN 5220 )

x

Rhamnaceae

Ziziphus joazeiro Mart. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Sousa, M.B. (UFRN 12206)

x

Rubiaceae

Alseis pickelii Pilger & Schmale Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Loiola, M.I.B.(UFRN)/ Trindade, A.

UFRN978 x x

Borreria spinosa (L.) Cham. & Schltdl.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20690)/ Jardim,

J.G.(UFRN 11356)/ Projeto PDD(MOSS 2175)

x x

Borreria verticillata (L.) G. Mey. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Gomes, C.P.C.(UFRN 22318) x

Chiococca alba (L.) Hitchc. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 20637)/ A. Dantas

258 x x

Chiococca nitida Benth. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Jardim, J.G.(UFRN 15872 )

x

Cordiera myrciifolia (Spruce ex K. Schum.) C. Persson & Delprete

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Roque, A.A.(UFRN 20658) x

Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Lima, R.L.(UFRN 3788 )

x

Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv Jardim, J.G. (UFRN 13369)

x

Diodella apiculata (Willd. ex Roem. & Schult.) Delprete

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Bezerra, A.D.(UFRN 8292) x

Diodella radula (Willd. & Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) Delprete

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Boeira, T.P.(UFRN 17652) x

Guettarda platypoda DC. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Bezerra, A.D.(UFRN 8290)/ Sena,

R.(UFRN 4707)/ Projeto PDD(MOSS 2176)/ Diesel, K.M.F. (UFRN)

x x x

Guettarda angelica Mart. ex Müll.Arg.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Sousa, M.B. (UFRN 12209)

x

Hexasepalum apiculatum (Willd.) Delprete & J.H

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN)

x

Margaritopsis carrascoana (Delprete & E. B. Souza) C.M. Taylor & E. B. Souza

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Roque, A.A.(UFRN 21039)/ Costa-Lima,

J.L.(UFRN 8200) x x

Mitracarpus eichleri K. Schum. Ama Atl her Sousa, M.B. (UFRN 10590)/ Projeto

PDD(MOSS 2179) x

Mitracarpus hirtus (L.) DC. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

her Sena, R.(UFRN )/ Roque, A.A.(UFRN) x

x

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46

Para

Mitracarpus polygonifolius (A. St.-Hil.) R.M. Salas & E.B. Souza

Ama Atl her Moura, E.O. (UFRN 12576 )

x

Mitracarpus salzmannianus DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Boeira, T.P.(UFRN 17657) x

Mitracarpus strigosus (Thunb.) P.L.R. Moraes, De Smedt & Hjertson

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Jardim, J.G.(UFRN 11357)

x

Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. +

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Boeira, T.P.(UFRN 17654)/ Sena, V.R.R.

2 x x

Salzmannia nitida DC. Ama Atl arb Gomes, C.P.C.(UFRN 22338) x

Spermacoce multiflora (DC.) Delprete

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Sena, R.(UFRN ) x

Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb Costa, A.P.(UFRN 16023) x

Tocoyena sellowiana (Cham. & Schuldt.) K. Schum.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Cestaro, L.A. (UFRN 5295)/ Projeto PDD

(MOSS 2177) x

Salicaceae

Casearia sylvestris Sw. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Cestaro, L.A. (UFRN 12600 )/ Projeto

PDD (MOSS 2277) x

Santalaceae

Phoradendron bathyoryctum Eichler

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

par Costa, L.P.(UFRN 20274)/ Roque,

A.A.(UFRN) x

x

Phoradendron quadrangulare (Kunth) Griseb.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

par Sena, R.(UFRN) x

Sapindaceae

Allophylus edulis (A.St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arv Loiola, M.I.B.(UFRN 4613) x

Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Roque, A.A.(UFRN 20234)/Sousa, M.B. (UFRN 10592)/ Projeto PDD(MOSS

2228) x x

Cupania oblongifolia Mart. Ama Atl arv Sena, R.(UFRN)/ Trindade, A. (UFRN

1225) x x

Serjania salzmanniana Schltr. Ama Atl lia Loiola, M.I.B.(UFRN 4343)/ Jardim,

J.G. (UFRN 10785)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Talisia esculenta (Cambess.) Radlk.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Trindade, A. (UFRN 1081)/ Projeto

PDD(MOSS 2230) x

Sapotaceae

Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 20343)/ Alunos Pós-

graduação 2005.1 (UFRN 2193) x x

Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni

Ama Atl arv Roque, A.A.(UFRN 21009)/ Sousa,

M.B. (UFRN 10597)/ Projeto PDD(MOSS 2226)

x x

Pradosia lactescens (Vell.) Radlk.

Ama Atl arv Sena, V.R.R.(UFRN 4499)/ Queiroz,

R.T.(UFRN 2609) x x

Pradosia restingae Terra-Araujo Ama Atl arv Roque, A.A.(UFRN 19100)/ Costa-Araújo, M.H.(UFRN 22543)/ Diesel,

K.M.F. (UFRN) x

x

Schoepfiaceae

Schoepfia brasiliensis A.DC. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arv Trindade, A. (UFRN 1079 )/ Projeto

PDD(MOSS 2294) x

Simaroubaceae

Simaba cedron Planch. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Roque, A.A.(UFRN 20990) x

Simaba ferruginea A.St.-Hil. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arv Roque, A.A.(UFRN 20349)/ Trindade,

A. UFRN1198 (UFRN 1198) x x x

Smilacaceae

Smilax campestris Griseb. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

arb Loiola, M.I.B.(UFRN 4465) x

Smilax cissoides Mart. ex Griseb.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer lia Roque, A.A.(UFRN 20634)/ Projeto

PDD(MOSS 2345) x x

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47

Solanaceae

Cestrum axillare Vell. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb Moura, E.O.(UFRN 12575 )

x

Schwenckia americana Rooyen ex L.

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para her

Roque, A.A.(UFRN 20645)/ Cestaro, L.A. (UFRN 5304)

x x

Solanum paludosum Moric. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa

arb

Loiola, M.I.B.(UFRN 4546)/Cestaro, L.A. (UFRN 5288)/ Costa-Araújo,

M.H.(UFRN 22620)/ Diesel, K.M.F. (UFRN)

x x x

Solanum paniculatum L. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arb

Gomes, C.P.C.(UFRN 22334)/ Projeto PDD(MOSS 2222)

x x x

Trigoniaceae

Trigonia nivea Cambess. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia

Bezerra, A.D.(UFRN 8293)/ Jardim, J.G.(UFRN 10409)/ Diesel, K.M.F.

(UFRN) x x x

Turneraceae

Piriqueta guianensis N.E. Br. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Roque, A.A.(UFRN 20338)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 2187)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Piriqueta racemosa (Jacq.) Sweet

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Costa-Lima, J.L.(UFRN 8313)

x

Turnera diffusa Willd. ex Schult. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Trindade, A. (UFRN 927)/ Roque, A.A.

(UFRN 1749) x x

Turnera melochioides A.St.-Hil. & Cambess. +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Costa, L.P.(UFRN 20271)/ Jardim, J.G.

(UFNR 5649) x x

Turnera subulata Sm. + Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Pierote, P.(UFRN 21032)/ Sousa,

M.B.(UFRN 12217)/ Projeto PDD(MOSS 2296)

x

Turnera scabra Millsp. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Loiola, M.I.B.(UFRN 2188)

x

Urticaceae

Cecropia pachystachya Trécul. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para arv

Medeiros, A.W.V.(UFRN 21036)/ Roque, A.A.(UFRN 14796)/ Roque, A.A.(UFRN)

x x x

Verbenaceae

Lantana radula Sw. Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer arb Cestaro, L.A. (UFRN 5263 )

x

Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex P. Wilson

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

arb Roque, A.A.(UFRN 20359)/ Loiola,

M.I.B.(UFRN 7190)/ Roque, A.A.(UFRN) x x x

Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl +

Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para-Pampe

her Sena, R. (UFRN 4341) x

Violaceae

Hybanthus calceolaria (L.) Oken Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

her Roque, A.A.(UFRN 20639) x

Hybanthus communis (A.St.-Hil.) Taub.

Ama-Chaq

Atl-Caa-Cer her Sena, R.(UFRN ) x

Vitaceae

Cissus erosa Rich. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer-

Para lia Loiola, M.I.B.(UFRN 4404) x

Cissus tinctoria Mart. Ama-Chaq

Ama-Atl-Caa-Cer

lia Roque, A.A.(UFRN 21005) x

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48

CAPÍTULO 2

_____________________________________________________________________

Percepção ambiental sobre os fragmentos florestais urbanos e viabilidade de

criação de um jardim botânico em Natal (RN)

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49

Percepção ambiental sobre os fragmentos florestais urbanos e viabilidade de

criação de um jardim botânico em Natal (RN)

Katarine Maria Freire Diesel1,2*

Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais da UFRN/ EAJ/ Macaíba, Brasil¹;

Departamento de Botânica e Zoologia da UFRN/Natal, Brasil²

*autor para correspodência, [email protected].

RESUMO

Este trabalho investigou a percepção e importância dos fragmentos florestais urbanos

que pertencem a três Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) do município de Natal, RN.

A pesquisa buscou medir o entendimento da população, bem como dos servidores

públicos da área ambiental, acerca das áreas verdes da cidade e as suas avaliações

sobre a possibilidade de se ter jardim botânico (JB) no município. Foi utilizada a

metodologia de Exposição de Escolha Discreta e a ferramenta de Valoração de

Contingente, aplicando o método de Disposição a Pagar, para avaliar o interesse para

a criação de um JB. A população se mostra favorável à proteção dos fragmentos

florestais urbanos, ainda que em grande parte desconheça sua proteção formal ou a

legislação pertinente, o que em parte explica o fato de tais áreas serem subutilizadas

ou pouco protegidas, na prática. Cerca de 94% da população entrevistada se mostrou

favorável a implantação de um JB em Natal, sendo o bairro de Ponta Negra o mais

citado (21%) para recebe-lo. A população concorda com as hipóteses de doação direta

ou doação de parte do IPTU para se manter e criar o suposto JB, indicando uma

demanda por áreas verdes conservadas e que possam ser desfrutadas.

Palavras-chave: áreas verdes urbanas; disposição a pagar; exposição de escolha

discreta.

Environmental perception on urban forest fragments and feasibility of creating a

botanical garden in Natal (RN)

ABSTRACT

This work investigated the perception and importance of the urban forest fragments that belong to three Environmental Protection Zones (ZPAs) of the city of Natal, Rio Grande do Norte State. The research sought to measure the understanding of the population, as well as the public employees of the environmental area, about the green areas of the city and their evaluations about the possibility of having a botanical garden (BG) in the municipality. We used the Discrete Choice Exposure methodology and the Contingent Valuation tool, applying the Disposition to Pay method, to evaluate the interest for the creation of a BG. The population favors the protection of urban forest fragments, although it is largely unaware of its formal protection or relevant legislation, which partly explains the fact that such areas are underutilized or poorly protected in practice. About 94% of the population interviewed favored the implantation of a BG in Natal, and Ponta Negra neighborhood was the most cited (21%) candidate area to receive it. The population agrees with the hypotheses of direct donation or donation from the part of their municipalities taxes to maintain and create the so-called BG, indicating a demand for conserved green areas that could be enjoyed. Keywords: Discrete Choice, urban green spaces; Willingness to Pay.

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50

INTRODUÇÃO

Nos ambientes urbanos, as áreas verdes desempenham relevante função na

melhoria da qualidade ambiental, por proporcionar serviços ecológicos e sociais que

influenciam positivamente a vida da população (Carrus et al. 2015). Reconhecer a

vegetação, bem como os ambientes naturais como componentes da infraestrutura das

cidades, através de estudos científicos, indicando alternativas que estimulem a

utilização sustentável desses espaços, torna-se uma conduta necessária para

assegurar a permanência desses locais na malha urbana, uma vez que, a perturbação

e fragmentação dessas áreas frequentemente estão associadas à falta de

planejamento e ao crescimento desordenado (Lundholm & Richardson 2010; Niemelä

2014).

Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, é uma cidade que demanda por

atenção na gestão de seus fragmentos florestais urbanos, especialmente por estarem

diretamente associados à qualidade dos aquíferos subterrâneos que abastecem a

maioria da população. A vegetação natural que se encontra na malha urbana da

cidade é muito atribuída às dez Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs), áreas que

possuem restrições ao uso e ocupação, e que são determinadas pelo plano diretor do

município (Lei Municipal n° 082/2007). Contudo, a criação das leis específicas para

cada ZPA não garante a manutenção dos aspectos socioambientais das mesmas,

sobretudo pela titularidade das áreas, em que grande parte são privadas, resultando

em conflitos judiciais que comprometem seus propósitos de criação (Duarte 2011). De

forma geral, o que percebe é uma negligência do poder público e/ou da população não

só por esses espaços, como também com áreas verdes da capital, sendo comum

testemunhar situações de descaso, como podas agressivas, incêndios, deposição de

resíduos ou ausência de manutenção de jardins e outras áreas verdes. Múltiplas

motivações para proteger os ambientes naturais nas cidades existem, quando tais são

praticadas e desenvolvidas em conjunto com a população, maior é a aceitação das

decisões tomadas pelos gestores. É importante destacar isso, já que diferentes grupos

de pessoas têm culturas e valores diferentes e, logo, diferentes estímulos para

conservar ou não o ambiente urbano (Gunnarsson et al. 2017).

Pesquisas que enfoquem a percepção ambiental são importantes, pois são

instrumentos que permitem a compreensão individual e coletiva dos valores do meio.

Ainda que metade da população mundial esteja vivendo em cidades (Nieuwenhuijsen

et al. 2017), não existe uma compreensão completa de como interagem e se

beneficiam dos espaços naturais, havendo uma necessidade de se produzir pesquisas

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abrangentes, envolvendo gestores e a sociedade, e buscando resultados de uma

forma coletiva que vise à preservação (Niemelä 2014). As cidades são os lugares onde

a política pública é moldada, e quando há conservação em áreas urbanas com

finalidade de educação, encontra-se uma oportunidade única para ensinar a

importância ambiental desses espaços aos seus habitantes (Dearborn & Kark 2010).

Nesse sentido, os jardins botânicos (JBs) se destacam por promover o ensino

sobre e a conscientização da conservação da diversidade vegetal. Definidos como

instituições que possuem coleções documentadas de plantas vivas para fins de

pesquisa científica, conservação, exibição e educação (BGCI 2017), atualmente, os

JBs estão concentrando-se no aumento do conhecimento e da consciência para a

diversidade e conservação das plantas, bem como a educação ambiental,

aumentando a capacidade de preservação da flora e proporcionando o

desenvolvimento de condutas ambientais para o público visitante (Williams et al. 2015;

Krishnan & Novy 2016; BGCI 2017).

O Rio Grande do Norte não possui JBs cadastrados junto à Rede Brasileira de

Jardins Botânicos (Pereira & Costa 2010), revelando uma carência do estado em

organizações que forneçam orientações de desenvolvimento científico-educativo para

a população. A criação de um JB para a cidade pode ser uma maneira eficiente de

despertar e estimular a consciência crítica da população em relação à importância da

vegetação nativa, das áreas verdes urbanas, proporcionando a participação na

proteção e conservação dos recursos naturais locais.

O objetivo do presente estudo é investigar a percepção e importância dos

fragmentos florestais que pertencem a três Zonas de Proteção Ambiental do município

de Natal, RN, inseridos na malha urbana, juntamente com uma pesquisa de interesse

se se criar um jardim botânico na cidade. Para tanto, dividiu-se este trabalho em

quatro seções: i) percepção da população sobre áreas verdes que pertencem à ZPAs

encravadas na malha urbana de Natal; ii) novas alternativas de uso para os

fragmentos das ZPAs com apresentação de novos cenários, utilizando a metodologia

de Exposição de Escolha Discreta; iii) interesse para a criação de um jardim botânico

em Natal, usando a ferramenta de Valoração de Contigente (VC), aplicando o método

de Disposição à Pagar (DAP); iv) opinião e conhecimento dos servidores públicos

municipais e estaduais a cerca das ZPAs em análise, junto a apresentação de novos

cenários, também usando a metodologia de Exposição de Escolha Discreta.

A pesquisa é direcionada a dois grupos, buscando-se medir tanto o

entendimento da população em geral, quando dos servidores públicos acerca das

áreas verdes da cidade.

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MATERIAL E MÉTODOS

Descrição da área de estudo

Natal, a capital do Rio Grande do Norte é a cidade de estudo. O município possui uma

área de 167,264 km², é a maior e mais populosa cidade do RN, com 803.739

habitantes, de acordo com o último censo (IBGE 2017). Dentro da cidade, foram

consideradas para a pesquisa as três Zonas de Proteção Ambiental que contemplam

nove bairros da zona Sul do município, a saber:

a) ZPA1 (5°50'51.03" S e 35°13'58.06" O), que corresponde ao campo dunar,

regulamentada pela Lei Municipal Nº 4.664, de 31 de julho de 1995;

b) ZPA2 (5°49'1.28" S e 35°11'34.59" O), que compete ao Parque Estadual das Dunas

de Natal e área contígua na Avenida Engenheiro Roberto Freire e Rua Dr. Solon de

Miranda Galvão, regulamentada pela Lei Estadual Nº 7.237, de 22 de novembro de

1977;

c) ZPA5 (5°52'32.10" S e 35°11'31.85" O) que se refere ao um ecossistema de dunas

fixas e lagoas (região de Lagoinha), regulamentada pela Lei Municipal Nº 5.665, de 21

de junho de 2004.

Coleta de dados

A coleta de informações foi realizada no período de junho a outubro de 2017,

com dois modelos de questionários, para dois grupos de entrevistados (Apêndice 1). O

primeiro modelo foi executado com a população presente em lugares públicos

próximos as ZPAs do estudo (grupo 1). O segundo questionário foi executado com

servidores públicos municipais e estaduais, que ocupam posições de planejamento e

de tomada de decisão para as ZPAs em estudo (grupo 2). Para o grupo 1, o

questionário abordou uma ampla gama de questões, que buscou identificar as

características socioeconômicas (sexo, idade, renda, escolaridade etc.) dos

entrevistados, frequência de visitação às área verdes, opinião do estado de

manutenção, qualidade e a contribuição desses espaços para o meio ambiente,

satisfação com a quantidade de áreas verdes na cidade, além do entendimento sobre

jardins botânicos, e exposição cenários hipotéticos para essas áreas, através da

metodologia de Exposição de Escolha Direta (Tab. 1). O questionário foi aceito pelo

Comitê de Ética da UFRN. Foi utilizado um mapa com imagem de satélite para expor

as áreas aos entrevistados. Aos entrevistados que disseram não saber do que se

tratava um JB, foi apresentado um conceito baseado no BGCI (2017).

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Tabela 5 – Cenários hipotéticos para as ZPAs 1, 2 e 5, expostos à população e aos gestores.

Cenários ZPA1 ZPA2 ZPA5

1 Não fazer nada, manter do jeito

atual;

Não fazer nada, mantendo o

Parque das Dunas exatamente

como é hoje;

Não fazer

nada, manter

do jeito atual;

2 Criar um parque a mais na

cidade;

Criar no Parque das Dunas um

Jardim Botânico que seja pertinho

do Bosque dos Namorados;

Criar um

parque;

3

Criar um parque com Jardim

Botânico para ampliar a área

de visitação e também destinar

a área à pesquisa;

Criar no Parque das Dunas um

Jardim Botânico em uma área

longe do bosque dos Namorados;

Criar um

Jardim

Botânico.

Questões específicas para quantificar o valor de criação de um jardim botânico

para a cidade foram feitas utilizando o método da Valoração de Contingente (VC), o

qual permite determinar o valor monetário dos recursos naturais a partir das

preferências dos usuários, e a técnica utilizada foi a Disposição a Pagar (DAP) (Da

Motta 1998; Silva 2004). O método de eliciação utilizado, que compreende a forma

com que o entrevistado revela sua DAP, foi o de Lances Livres ou Forma Aberta

(open-ended), o qual informa, de forma espontânea, a quantia financeira disponível à

contribuição.

O mercado hipotético utilizado foi exibido de duas formas distintas. O primeiro

modo de pagamento proposto foi uma contribuição mensal, individual e voluntária,

destinada à uma ONG fictícia, que tem o objetivo de criar um jardim botânico em

Natal. A segunda forma de pagamento, coletiva e obrigatória, foi a destinação de uma

parte do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU, pago anualmente por cada

entrevistado, para destinar a criação de um JB. O IPTU é um imposto que tem o

objetivo de arrecadar recursos para segurança e bem-estar dos cidadãos, como

também o para o equilíbrio ambiental. Como se trata de um tributo anual, e que varia

de acordo com cada bairro, foi utilizado o valor médio do imposto para os diferentes

bairros onde se inserem as ZPAs, e calculado o equivalente ao valor mensal de

contribuição.

Devido ao alto desvio padrão entre os valores declarados de DAP, os valores

médios da DAP dos entrevistados foram multiplicados por 1/3 da população da zona

Sul (1523.33 hab. (Medeiros 2016), zona que corresponde a área do estudo. O valor

médio de disposição a pagar (DAP) dos entrevistados, foi calculado utilizando a

fórmula abaixo:

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$𝐷𝐴𝑃 = 𝑀𝐸𝐷 𝑙𝑎𝑛𝑐𝑒 𝐷𝐴𝑃 (1

3 𝑛º ℎ𝑎𝑏. 𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑠𝑢𝑙)

Onde:

$DAP = Valor da DAP

MED = Mediana

Para o grupo 2 (servidores públicos da área ambiental), o modelo de

questionário é composto de perguntas sobre informações do conhecimento e

funcionalidade das ZPAs, como também do poder de tomada de decisões sobre as

áreas verdes urbanas e da opinião sobre a criação de um jardim botânico no

município. Assim como para o grupo 1, foram expostos cenários hipotéticos (Tab. 1)

para as ZPAs, a fim de identificar a preferencia dos servidores entrevistados.

Análise dos dados

Foram aplicadas estatísticas descritivas básicas (médias, desvio, testes), bem

como uma análise qualitativa e da interpretação da riqueza dos dados obtidos.

RESULTADOS

Os resultados obtidos fornecem informações para os gestores e criadores do espaço

urbano sobre a importância das áreas verdes públicas, do desejo de novos usos,

dentre eles a criação de um jardim botânico.

Características dos entrevistados

Grupo 1

Foram entrevistadas 110 pessoas, a maioria do sexo feminino (55,45%; n=61),

residindo no município de Natal (69,09%; n=75), em 20 bairros da cidade, com maior

concentração em Ponta Negra (16,36%; n=18), Neópolis (8,18%; n=9), Capim Macio

(6,36%; n=7) e Planalto (6,36%; n=7). O valor da renda mensal teve média de 3,6

salários mínimos (R$ 3373,2), a média de idade de 33,8 anos, e escolaridade 13,8

anos.

Grupo 2

Foram abordados dez gestores de três instituições, a Secretaria de Turismo de Natal

(SETUR) (n=1), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio

Grande do Norte (IDEMA) (n=4), a e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e

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Urbanismo (SEMURB) (n=5), desses, três trabalham na Unidade de Conservação do

Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. As formações acadêmicas foram de

Arquitetura (n=2), Biologia (n=4), Ecologia (n=1), Economia e Ciências Contábeis

(n=1), e Turismo (n=1). Os entrevistados foram mulheres e homens (n=5 para cada

gênero), e a função que desempenham nos órgãos variou entre secretário, gestor,

chefia e coordenador.

Percepção das áreas verdes urbanas, revelada pela população:

Do total de entrevistados, apenas 9,09% (n=10) utilizam as áreas verdes como

um local para atividade recreativa, apesar disso, maior parte, 91,81% (n=101), declara

que Natal possui uma boa oferta de áreas verdes, apresentando o Parque das Dunas

(50%; n=55) e o Parque da Cidade (35,45%; n=39) como as principais alternativas. A

porcentagem de quem visita e/ou visitou a espaços verdes na cidade foi de 89,09%

(n=98), e novamente os Parques das Dunas e da Cidade são os locais de maiores

porcentagens, com 59,09% (n=65) e 20% (n=22), respectivamente.

Quanto à manutenção, a maioria declara que os locais são bem cuidados

(62,27%; n=67), e a que possuem uma importância ambiental para a cidade (82,72%;

n=91), destacando a preservação de área verde como o caráter mais significativo

(24,45%; n=28). Outro questionamento foi com relação à relevância ambiental que os

fragmentos possuem na proteção do lençol freático, resguardo e manutenção de

plantas e animais, bem como manutenção da temperatura ambiente, e a grande

maioria respondeu afirmativamente (Fig. 1). Quanto à composição das espécies,

92,72% (n=102), pronunciaram ser nativas.

A respeito do que é uma Zona de Proteção Ambiental, pouco mais da metade

dos entrevistados não sabia (53,63%; n=59), e tampouco se os fragmentos

apresentados pertencem às ZPAs (Fig. 2).

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Figura 6. Importância ambiental dos fragmentos urbanos declarados pelos entrevistados (grupo 1).

A respeito do que é uma Zona de Proteção Ambiental, pouco mais da metade

dos entrevistados não sabia (53,63%; n=59), e tampouco se os fragmentos

apresentados pertencem às ZPAs (Figura 2).

Figura 7. Percentual de entrevistados (grupo 1) que tinha conhecimento ou não que os fragmentos amostrados pertenciam às Zonas de Proteção Ambiental.

Um jardim botânico em Natal, RN, e cenários para os fragmentos urbanos aplicando a

metodologia de Exposição de Escolha Discreta.

O termo jardim botânico foi apresentado aos entrevistados, que foram

questionados se sabiam do que se tratava. A reposta é positiva para metade dos

entrevistados (50%; n= 55). Dito o conceito aos que desconheciam, foi questionado se

tinham interesse em ter um JB na cidade, e onde seria o local mais apropriado. A

maioria foi favorável, com maior indicação para de local para o bairro de Ponta Negra

(Fig. 3).

67,27%

32,72%

97,27%

2,27%

97,27%

2,27%

Sim

Não

Melhoria da temperatura ambiente Proteção e manutenção de fauna e flora

Proteção do lençol freático

35.45

37.27

81.81

64.54

62.72

18.18

0 20 40 60 80 100

ZPA1

ZPA2

ZPA5

%

Zo

nas d

e P

rote

ção

Am

bie

nta

l

NÃO

SIM

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Figura 8. Percentual de intenção de um jardim botânico em Natal, RN, com sugestão de local (grupo 1).

Os possíveis cenários para cada zona de proteção foram apresentados aos

entrevistados (Tab. 1), utilizando o método de Exposição de Escolha Discreta. As

escolhas mostram uma preferência para criação de um jardim botânico nas ZPAs 1 e

2, e de um parque na ZPA5 (Fig. 4).

Figura 9. Porcentagem das escolhas de cenários* propostos para as ZPAs em estudo, utilizando o método de Exposição de Escolha Discreta (grupo 1).

* Cenários ZPA1 - Cenário 1: Não fazer nada, manter da forma atual; Cenário 2: Criar mais um parque na cidade; Cenário 3: Criar um parque com Jardim Botânico para ampliar a área de visitação e também destinar a área à pesquisa; - ZPA2: Cenário 1: Não fazer nada, mantendo o Parque das Dunas exatamente como é hoje; Cenário 2: Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico que seja pertinho do Bosque dos Namorados; Cenário 3: Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico em uma área longe do bosque dos Namorados; - ZPA5 são Cenário 1: Não fazer nada, manter na forma atual; Cenário 2: Criar um parque; Cenário 3: Criar um Jardim Botânico.

Disposição a pagar (DAP) para a criação de um jardim botânico na cidade de Natal

No questionamento para disposição a pagar para a criação de um jardim

botânico, o primeiro modelo de pagamento proposto, de contribuição mensal para uma

ONG fictícia, 56,36% (n=62) dos entrevistados se mostraram determinados a

30,91%

20,91%

19,1%

13,64%

6,37%

5,45%

1,81%

0,9%

0,9%

Sim, mas não informou o local

Sim, no bairro de Ponta Negra

Sim, no Parque das Dunas

Sim, no Parque da Cidade

Sim, na em algum lugar da Zona…

Não tem interesse

Sim, no bairro de Capim Macio

Sim, no bairro de Nova Descoberta

Sim, no bairro de Candelária

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contribuir, com valores que variaram de R$ 1,00 à R$ 50,00, em que R$10,00 foi o

valor mais apontado. De acordo com o cálculo da DAP, o valor médio de contribuição

mensal para a criação do JB é de R$ 7616,65/ mês (US$ 2.335,39/ mês; US$

28.024,68/ ano).

As justificativas dos que não se mostraram dispostos a contribuir podem ser

observadas na Tabela 2, destacando razões econômicas.

Tabela 6. Justificativas para não contribuir para na criação de jardim botânico.

Justificativas para não contribuir com a criação de um jb %

Motivo econômico; 10,91%

Prefere pagamento distinto; 8,18%

Não sabe, precisa pensar; 7,27%

Não é atribuição sua; 5,45%

Não acredita em ONGs; 3,63%

Não frequenta esses ambientes; 0,90%

Outros (instituições e o governo que devem colaborar, não quer

colaborar, etc). 7,27%

Total 43,61%

No segundo método de pagamento, da destinação de uma porcentagem do

IPTU, a maior parte dos entrevistados (96,36%; n=106) disseram estar dispostos a

contribuir. O valor médio do imposto foi de R$ 427,90, e a porcentagem de variou de

1% (R$ 4,27) a 100%. Assim, conforme o cálculo da DAP, o valor médio de

contribuição anual do imposto, para a criação do JB é de R$ 5.431,94/mês (US$

1.665,52/mês; US$ 19.986,24/ano).

Tabela 7. Valores apontados de Disposição a Pagar (grupo 1), a partir da contribuição do IPTU.

Porcentagens apontadas Valor correspondente, de

acordo com valor médio* Percentual indicado

1% R$ 4,27 0.90%

2% R$ 8,55 1.81%

3% R$ 12,83 1.81%

5% R$ 21,39 18.18%

10% R$ 42,79 34.54%

12% R$ 51,34 0.90%

15% R$ 64,18 13.63%

20% R$ 85,58 13.63%

30% R$ 12,37 3.63%

50% R$ 213,95 4.54%

80% R$ 342,32 0.90%

100% R$ 427,90 1.81%

*Valor médio do IPTU: R$ 427,90

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Entendimento dos servidores públicos municipais e estaduais em torno das ZPAs

Do conjunto de gestores entrevistados, 60% (n=6) possuem algum poder de

tomar decisões (e.g. participam de conselho gestores ou estão lotados em

departamentos ou órgãos que definem o uso da ZPA) que afetem diretamente as

Zonas de Proteção 1, 2 e 5, e 90% (n=9) participam do processo de tomada de

decisões mais técnicas (i.e., coleta de dados, elaboração de planos de manejo). Com

relação ao planejamento para mudanças do estado atual de proteção, uso e lazer das

ZPAs, 60% (n=6) declararam que os planos de manejos das áreas das três ZPAs

encontram-se em processo de revisão, para uma ampliação das medidas de proteção

e pesquisa. Quanto ao poder de decisões e mudanças que são relativas ao uso e

conservação destas áreas, as respostas estão apresentadas na Tabela 4.

Tabela 8. As decisões e mudanças relativas ao uso e conservação das Zonas de Proteção 1, 2 e 5 dos gestores municipais e estaduais (grupo 2).

Decisões e mudanças relativas ao uso e conservação das ZPAs em estudo n

Não. 2 Sim, quando solicitado (a); 2

Sim, na gestão das áreas e membro do conselho gestor; 1 Sim, contribuindo com pesquisas; 2

Sim, na análise de qualquer tipo de intervenção; 2 Sim, na regulamentação/ revisão da legislação. 1

Questionados sobre quais ações indicariam para que as áreas propiciem bem-

estar para a sociedade, os maiores percentuais das respostas estão em buscar uma

aproximação com a população, para uma maior identidade com o local (40%; n=4), e

aumento nas ações de fiscalização, para que se cumpra o que está estabelecido na

legislação (30%; n=3). Quanto ao orçamento das ZPAs, 60% (n=6) não souberam

informar qual instituição que custeia tais áreas, foi citado o Fundo Nacional do Meio

Ambiente (FNMA) (n=1), e Plano Plurianual (PPA) (n=1), e os demais citaram que a

ZPA1 (áreas do Parque da Cidade) e a ZPA2 possuem orçamento próprio, mas ainda

assim, nenhum dos entrevistados conseguiu informar detalhes sobre o valor ou critério

que definiria o orçamento dessas áreas.

Intenção de um jardim botânico em Natal, RN, junto à apresentação de cenários para

os fragmentos urbanos aplicando a metodologia de Exposição de Escolha Discreta

A intenção de criação de um jardim botânico também foi avaliada com os

gestores. Todos os entrevistados se colocaram a favor, citando as ZPAs 1, 2, 5 e 9,

como áreas viáveis.

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Quanto aos cenários colocados para cada ZPA (Tab. 1), utilizando o método de

Exposição de Escolha Discreta, as preferências ficaram entre criar um parque com JB

para as ZPAs 1 e 2, e criar um parque para ZPA5 (Fig. 5).

Figura 5. Porcentagem das escolhas de cenários* propostos para as ZPAs em estudo, utilizando o método de Exposição de Escolha Discreta (grupo 2).

* Cenários ZPA1 - Cenário 1: Não fazer nada, manter da forma atual; Cenário 2: Criar um parque a mais na cidade; Cenário 3: Criar um parque com Jardim Botânico para ampliar a área de visitação e também destinar a área à pesquisa; - ZPA2: Cenário 1: Não fazer nada, mantendo o Parque das Dunas exatamente como é hoje; Cenário 2: Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico que seja pertinho do Bosque dos Namorados; Cenário 3: Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico em uma área longe do bosque dos Namorados; - ZPA5 são Cenário 1: Não fazer nada, manter da forma atual; Cenário 2: Criar um parque; Cenário 3: Criar um Jardim Botânico.

DISCUSSÃO

É fato que os espaços verdes urbanos oferecem serviços ecossistêmicos

valiosos para os habitantes da cidade, em termos de regulação ambiental, bem-estar e

a qualidade de vida (Buchel & Frantzeskaki 2015). No entanto, nem todos podem ser

diretamente percebidos pelos sentidos humanos, o que faz necessárias as pesquisas

que caracterizem impressões, investiguem escolhas de uso, e avaliem o valor

percebido e a qualidade desses espaços urbanos pela sociedade. O conjunto de

dados aqui apresentados revela alguma dessas impressões e preferências no

ambiente urbano na cidade de Natal, RN, fornecendo informações relevantes tanto

para os gestores, como também para empreendedores do espaço urbano.

Diferente da observação feita aqui, onde a maioria dos entrevistados afirma que

Natal possui uma boa oferta de áreas verdes, menos de 10% dos entrevistados

declara usar tais áreas como um local para atividade recreativa. Tal resultado

contrasta com os de Pietilä et al. (2015), que em uma pesquisa nacional na Finlândia,

perceberam que quando há espaços verdes urbanos, as pessoas tendem a utiliza-los

em diferentes atividades recreativas, principalmente em atividades físicas.

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A maioria dos entrevistados desconhece que grande parte dos fragmentos

florestais inseridos na cidade pertence às ZPAs. Tal fato demonstra uma falta de

conhecimento sobre as áreas e também a pouca visibilidade que a política ambiental

recebe. De forma geral, podemos afirmar que o planejamento de Natal, passou por um

histórico de omissões na aprovação de normas de proteção, bem como por situações

que a não implementação da legislação efetiva dos direitos urbanos, e de seus

respectivos espaços geraram uma grande incerteza sobre o uso e finalidade dessas

áreas, além disso a atuação administrativa que, muitas vezes, negligencia os

princípios da participação e da gestão democrática da cidade dificulta o entendimento

da importância dessas ZPAs (Duarte 2011). Se tais ZPAs estivessem plenamente

estabelecidas, demarcadas, com usos científicos ou para a população em geral,

certamente seus reconhecimentos por parte dos moradores seria maior.

Mesmo a cidade contendo em sua malha urbana significativos fragmentos

florestais, a estimativa mais recente é que cerca de 82% da vegetação original de

Natal já foi descaracterizada (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE 2014), restando

quase que exclusivamente os fragmentos inseridos nas ZPAs, que mantiveram suas

características e restringem seus usos e ocupação, especialmente considerando seus

papéis na recarga do aquífero subterrâneo (Ribeiro & de Sabóia 2011). A importância

de tais fragmentos para abastecimento do aquífero parece ser bem compreendida pela

população, que relaciona a importância das áreas verdes, com o abastecimento de

água, positivamente. A estimativa dos valores de Disposição a Pagar, que variaram de

R$ 708.348,45/mês para a contribuição por uma ONG fictícia, e de R$ 878.334,72/mês

para a contribuição por IPTU, indicam para o interesse dos cidadãos em terem mais

áreas verdes para desfrute. Ainda que a maior parte dos entrevistados disseram ter

frequentado áreas verdes, tais visitas se concentraram em dois parques, que

apresentam infraestrutura para receber visitantes. Adams et al. (2003), investigando o

valor de DAP da população da cidade de São Paulo pelo valor de existência do

Parque Estadual do Morro do Diabo, utilizando o método de Valoração de Contingente,

encontraram o valor de R$ 7.080.385,00/ano. Obara et al. (2000), também usando a

VC, para estimar a DAP da população na manutenção da Estação Ecológica de Jataí,

encontraram um valor R$ 49.034,70, o que sugere que o correto estabelecimento e

acesso a uma área verde ou UC facilite o reconhecimento, por parte da população,

dos serviços prestados e importância da área em si.

Quando se perguntou sobre a intenção de criação de um JB em Natal, 94% da

população entrevistada se mostrou favorável, sendo o bairro de Ponta Negra o mais

citado (20,91%) para recebe-lo. Em seguida foram indicadas as áreas dos parques

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das Dunas (19,61%) e da Cidade (13,65%). Apesar disso, a maior parte não definiu o

local (30,91%). Do mesmo modo, quando utilizada a metodologia de Exposição de

Escolha Discreta, a maior parte escolheu cenários de criação de um JB incorporando

áreas protegidas em ZPAs. Tais resultados ressaltam que poder-se-ia ganhar um efeito

de tamponamento da Unidade de Conservação caso o JB fosse instalado em suas

proximidades, e que para grande parte da população, a associação entre um JB e uma

UC não é vista de forma negativa. Ressalta-se que tal resultado pode ter sido de

alguma forma influenciado pela campanha pré-existente (www.avaaz.org de

23/05/2014) elaborada pelo Prof. Leonardo de Melo Versieux (UFRN) pela criação de

um JB em área dentro da ZPA2, vizinha ao Parque das Dunas, em trecho sob a

guarda do 7º. Batalhão de Infantaria do Exército. Quando lançada em forma de petição

on-line, tal proposta rapidamente recebeu milhares de apoiadores. Porém, como a

área então pleiteada encontra-se dentro do plano de manejo do referido parque, como

área de recuperação, a proposta também recebeu críticas e sugestões para que

outras áreas, fora de UCs fossem procuradas.

De forma geral, observa-se no Brasil uma forte associação entre JBs e UCs,

como pode ser exemplificado pelos JB de São Paulo (e o Parque Estadual das Fontes

do Ipiranga), do Rio de Janeiro (e o Parque Nacional da Tijuca), entre outros. Essa

espécie de simbiose, fomenta o conhecimento sobre a flora da própria UC, o que iria

apoiar a sobrevivência das espécies em seu habitat natural e colaborar, também, na

gestão de outras unidades protegidas (Blackmore et al. 2011). Assim, tendo em vista a

percepção da população favorável à implantação de um JB junto às UCs, o ideal, em

nossa visão, seria encontrar uma área disponível que se localizasse entre tais ZPAs,

permitindo não apenas o tamponamento das mesmas, mas, também, uma

conectividade entre elas e desenvolvimento de ações de educação ambiental,

ressaltando a importância das próprias ZPAs. Conceber um JB junto a uma das áreas,

além de fornecer ao estado uma instituição dedicada à conservação da biodiversidade

vegetal e à educação dos cidadãos, daria subsídios para uma utilização mais efetiva

da ZPA dentro de sua função mais abrangente.

Existe uma série de possibilidades abertas para melhorar a infraestrutura das

cidades e incorporar atitudes mais efetivas relacionadas ao meio ambiente, que vão

desde a uma arborização apropriada até a criação de espaços mais efetivos para

conscientizar a população (Elmqvist et al. 2015). Tanto a arborização quanto a

ocupação e plantio de em área verdes públicas podem ser considerados como

problemáticos, em Natal. O que contrasta fortemente com o potencial econômico que

poderia ser melhor explorado, em uma cidade de vocação fortemente turística.

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Considerando a importância do turismo na economia local, a criação de uma

instituição como um jardim botânico, além de compor mais um destino / atração

turística para cidade, proporcionará a geração de empregos, aquecendo a economia

local, e fomentará o conhecimento sobre a diversidade e conservação da flora de um

dos estados que menos conhece sua biodiversidade (BFG 2015). Os dados aqui

fornecidos indicam que o apoio da sociedade e de entidades públicas ao projeto já

existe.

CONCLUSÕES

Dentro dos resultados encontrados nesta pesquisa ressaltamos que a população

se mostra favorável à proteção dos fragmentos florestais urbanos, ainda que em

grande parte desconheça sua proteção formal ou a legislação pertinente às ZPAs. De

forma geral, os moradores associam a proteção dos fragmentos urbanos à proteção

da área verde, à infiltração das águas e a outros serviços ecossistêmicos. A maior

parte da população já visitou as duas UCs que apresentam infraestrutura para receber

visitantes localizadas no interior de duas das três ZPAs aqui analisadas, entretanto as

áreas verdes não são percebidas como locais principais de atividades lazer. Diferente

do que ocorre em outros países. É aceito pela maior parte da população a criação de

um JB nas proximidades de alguma dessas UCs. Chama a atenção o fato da

população se dispor a pagar pela criação de um JB, seja por destinação de parte da

taxa de IPTU seja em um cenário hipotético de doação. Tal constatação indica que a

população quer ser partícipe no uso dos espaços públicos. Burle Marx (1987) ressalta

que em um jardim botânico é possível arranjar plantas nativas e exóticas, de forma a

permitir a comparação entre elas, observando suas diferentes adaptações, divulgando

seus usos, ensino sistemático e assistemático sobre plantas, realização de exposições

e cursos. Tais finalidades de um JB seriam fundamentais, para se reverter o quadro de

descaso com áreas verdes, praças e jardins observado em Natal. Ainda que mais da

metade da população entrevistada não sabia definir um jardim botânico, após uma

breve explicação, quase a totalidade dos entrevistados se mostrou favorável a um

projeto desta natureza. O engajamento dos moradores de Natal no conhecimento da

flora dos fragmentos ainda existentes permitirá não só maior ganho de qualidade de

vida e ambiental, como também pode vir a ser um caminho para a sustentabilidade e

manutenção, no longo prazo, de um mosaico de áreas verdes. Os dados aqui

apresentados mostram que há espaço e vontade da população e dos representantes

de órgãos públicos em ter um JB na cidade, e uma articulação entre moradores,

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município, estado, universidades e governo federal pode gerar um sistema híbrido,

produzindo conhecimentos científicos e impactos sociais diretos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

_____________________________________________________________________

A cidade de Natal possui em sua malha urbana fragmentos vegetais com uma

relevante riqueza de espécies, abarcando quase um terço da flora registrada para todo

o estado do RN, com registros de espécies ameaçadas e raras. O trabalho aqui

desenvolvido indica que são necessárias mais ações de pesquisas para o real

conhecimento da biodiversidade desses fragmentos, que se facilmente se tornam

áreas vulneráveis à invasões, deposição de resíduos e outra atividades ilegais.

As ações que intensifiquem a conservação dessas áreas, dentre elas a

proposta de conexão por corredores verdes apresentada deve ser levanda em

consideração por urbanistas e gestores. Mas além de um planejamento urbanístico, é

preciso inserir a sociedade no processo de conscientização da importância desses

espaços. Com isso, fomentar a criação de instituições que forneçam o ensino e a

conscientização sobre a conservação da diversidade vegetal, como são os jardins

botânicos (JBs), torna-se uma conduta extremamente necessária, visto que mais da

metade da população entrevistada desconhecia o que era um JB e seus impactos

positivos ou funções.

Este trabalho revelou que quase que todos os entrevistados se mostraram

simpatizantes quanto à criação de um JB na cidade, com o bairro de Ponta Negra

sendo o local mais citado, e destacamos que esta região se encontra entre as ZPAs 2

e 5. Propor criar um JB no bairro, além de poder contribuir com a função de corredor

verde, pode ser caminho para se reverter o quadro de descaso com áreas verdes,

praças e jardins públicos, frequentemente observados.

Uma área verde pública, situada entre as ruas Historiador Fausto de Souza e

José Mauro de Vasconcelos, possui um espaço livre não edificável, e mostrou-se

como uma possível alternativa de local para instalação do JB, além de permitir que

duas ZPAs se interligassem.

Mesmo sendo propostas, apontar estratégias para a melhoria de uma cidade

em crescimento, como é o caso de Natal, é uma atitude que podem diminuir

dificuldades futuras de ordem ambiental e social. Uma vasta literatura disponível

relaciona o bem estar dos cidadão com a disponibilidade de áreas verdes para

múltiplos usos e a disponibilidade de cidadãos em contribuir financeiramente

demonstra uma demanda por mais áreas verdes que possam ser desfrutadas.

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APÊNDICE 1

Questionário aplicado ao ao grupo 1.

1. Nome:

______________________________________________________

2. Idade: _____

3. Sexo: ( ) M ( ) F

4. Estado civil: ( ) casado(a) ( ) solteiro; outro: _______________________

5. Escolaridade: nº de anos: ______________ ( ) Analfabeto ( ) Ensino

fundamental Incompleto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino

Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino superior

incompleto ( ) Ensino superior completo

6. Qual sua renda mensal? ( ) 1-3 salários ( ) 3-5 ( ) 5-7 ( ) 7-9 ( )

9-11 outro:___________ Quanto?__________________

7. Mora em qual bairro da cidade?________________________________

8. Há quanto tempo mora lá? _____________________________________

9. Qual é mais ou menos o valor do seu IPTU? _______________________

10. Qual sua atividade recreativa dentro da cidade nos fins de semana e/ou

férias?

_____________________________________________________________

___________

11. Você considera que Natal tem boa oferta de áreas verdes para uso da

população?

( ) sim. Quais? Em Natal: _______________________________________

Fora de Natal:________________________________________________

( ) não. Pq?

12. Já visitou áreas verdes, como parques, reservas ou trilhas?

() sim: Quais? Em Natal:

___________________________________________

Fora de Natal:

__________________________________________________

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( ) não, por quê? ____________________________________________

13. Dentre as áreas existentes, qual você visitou neste ano?

_____________________________________________________________

____________

14. E no ano passado?_______________________________

15. Você acha que estas áreas são bem cuidadas?

( )sim

( ) não, pq?___________________________________________

16. Você já ouviu falar em Jardim Botânico?

( ) não ( ) sim: onde?

17. Sabe o que é? ( )sim ( )não

18. Poderia me dizer em poucas palavras o que é, por favor? ✓✕

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Instituições que possuem coleções documentadas de plantas vivas para fins

de pesquisa científica, conservação, exibição e educação.

(BGCI. 2017)

19. Já visitou um JB?

( ) sim, onde? __________________ Quando?_________________

( ) não

20.Gostaria que existisse um JB na cidade de Natal?

( ) sim. Sugestão de onde? _____________________________________

( ) não. Por quê?

_______________________________________________________________

__________

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21. Saberia me dizer em poucas palavras o que é uma Zona de Proteção

Ambiental (ZPA)?

( ) sim ✓✕: _______________________________________________

( ) não quis dizer

( ) não soube dizer

“São áreas nas quais as características do meio físico, restringem o uso e

ocupação do solo urbano, visando a proteção, manutenção e recuperação

dos aspectos paisagísticos, históricos, arqueológicos e científicos”.

(NATAL, 2007)

22. Você sabia que a área no mapa é uma ZPA?

( ) não ( )sim

24. Você conhece alguma importância ambiental desta área?

( ) não

( ) sim. Poderia citar, por favor?

______________________________________

25. Além disso, você acha que esta ZPA tem alguma importância:

( ) na proteção do lençol freático

( ) como área de proteção e manutenção de plantas e animais

( ) para manter temperatura ambiente melhor na área ao seu redor

26. Já visitou esta ZPA?

( )não. Por que? ____________________________________________

( )sim. Quando?_____________________________________________

27. Dentre os cenários abaixo, qual você acha que permitiria melhor uso e

bem estar para visitar esta ZPA?

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ZPA 1

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, manter do jeito atual.

( ) CENÁRIO 2 – Criar um parque a mais na cidade

( ) CENÁRIO 3 - Criar um parque com Jardim Botânico para ampliar a área

de visitação e também destinar a área a pesquisa

ZPA 2

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, mantendo o Parque das Dunas

exatamente como é hoje.

( ) CENÁRIO 2 – Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico que seja

pertinho do Bosque dos Namorados.

( ) CENÁRIO 3 – Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico em uma

área longe do bosque dos Namorados

ZPA 5

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, manter do jeito atual.

( ) CENÁRIO 2 – Criar um Jardim Botânico.

( ) CENÁRIO 3 – Criar um parque.

28. Sabendo disso, se existisse uma ONG disposta a adquirir fundos para a

criação de Jardim Botânico na área em questão, você estaria disposto a

contribuir com uma quantia mensalmente?

( ) sim. Que quantia você se disporia a pagar R$____

( ) não. Não estaria disposto a pagar:

( ) por motivo econômico ( ) não se interessa por JBs

( ) não acha que ZPAs sejam ambientes para JB

( ) não acredita em ONGs ( ) não frequenta parques

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( ) não é atribuição sua ( ) prefere pagamento distinto

( ) não sabe, precisa pensar ( ) não entendeu pergunta

( ) outro motivo_______________________________________

29. E se fosse usada uma porcentagem do seu IPTU atual para a criação do

JB, quanto você acha que deveria ser tirado do IPTU para isto? ____%

Questionário aplicado ao grupo 2

Órgão público que trabalha: _________________________________________

Nome:__________________________________________________________

Formação: ______________________________________________________

Setor:__________________________________________________

1. O Sr./Sra./Vc está diretamente ligado à tomada de decisões relativas à

ZPA 1, 2 ou 5?

( ) sim. De qual(is)?_________________________________________

( ) não.

Seu setor tem alguma jurisprudência sobre estas ZPAs? ( )não

(SIM) Para que ações?

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

2. O seu cargo, te permite participar de decisões e mudanças relativas ao

uso e conservação destas áreas?

( )não

( )sim. Em que aspectos?____________________________________

3. Existe algum planejamento ou meta para mudar o atual estado de

proteção, uso e lazer da ( )ZPA1 ( )ZPA2 ( ) ZPA5?

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__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

4. Como gestor, que ações seriam necessárias para que tais áreas

propiciem bem-estar ambiental para a sociedade?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

5. Existe algum orçamento anual para as ZPAs?

( ) SIM. De quanto?________________________________________________

Qual o critério para definir o valor?_________________________________

_____________________________________________________________

De onde vem o recurso $?________________________________________

_____________________________________________________________

Em que pode gastar?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

( ) NÃO. Como estas ZPAs se mantem em termos econômicos?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

( ) Não sei. Quem poderia me dar esta informação?

_____________________________________________________________

6. Na sua concepção de gestor, cabe a ideia de criar um jardim botânico

dentro de alguma destas três ZPAs?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

___________________________________________________

7. Dentre os cenários abaixo, qual você acha que permitiria melhor uso e

bem estar para visitar esta ZPA?

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ZPA 1

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, manter do jeito atual.

( ) CENÁRIO 2 – Criar um parque a mais na cidade

( ) CENÁRIO 3 - Criar um parque com Jardim Botânico para ampliar a área de

visitação e também destinar a área a pesquisa

ZPA 2

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, mantendo o Parque das Dunas exatamente

como é hoje.

( ) CENÁRIO 2 – Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico que seja

pertinho do Bosque dos Namorados.

( ) CENÁRIO 3 – Criar no Parque das Dunas um Jardim Botânico em uma área

longe do bosque dos Namorados

ZPA 5

( ) CENÁRIO 1 – Não fazer nada, manter do jeito atual.

( ) CENÁRIO 2 – Criar um Jardim Botânico.

( ) CENÁRIO 3 – Criar um parque.