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FIREWALL COM IPTABLES www.eriberto.pro.br/iptables by João Eriberto Mota Filho 1. IP FORWARD Considerações iniciais O IP FORWARD é um tipo de roteamento. É estabelecido quando colocamos uma máquina entre dois ou mais segmentos de rede, permitindo a livre passagem de pacotes entre estes sempre que for necessário. É importante ressaltar que o roteamento só irá funcionar quando for feito entre REDES DIFERENTES. Não se pode colocar um roteador entre dois segmentos de rede iguais. Esse procedimentonão serve apenas para estabelecer a comutação de segmentos. Ele também é útil para diminuir o tráfego na rede como um todo, pois só deixa o pacote mudar de segmento se isso for realmente necessário. Veja a figura a seguir: Para fazer o IP FORWARD, o micro roteador deverá possuir uma placa de rede com endereço IP pertencente a cada segmento. Também deveremos informar, em cada máquina de cada seguimento, quem será o micro responsável pelo roteamento. O nome técnico desse micro é gateway. No caso do esquema anterior, temos as seguintes situações: * Gateway para 10.0.0.1, 10.0.0.2 e 10.0.0.3: a máquina 10.0.0.10

Firewall Com Iptables

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Firewall

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FIREWALL COM IPTABLES

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by Joo Eriberto Mota Filho

1. IP FORWARD

Consideraes iniciais

O IP FORWARD um tipo de roteamento. estabelecido quando colocamos uma mquina entre dois ou mais segmentos de rede, permitindo a livre passagem de pacotes entreestes sempre que for necessrio. importante ressaltar que o roteamento s ir funcionar quando for feito entreREDES DIFERENTES. No se pode colocar um roteador entre dois segmentos derede iguais. Esse procedimentono serve apenas para estabelecer a comutao de segmentos. Ele tambm til para diminuir o trfego na rede como um todo, pois s deixa o pacote mudar de segmento se isso for realmente necessrio.

Veja a figura a seguir:

Para fazer o IP FORWARD, o micro roteador dever possuir uma placa de rede com endereo IP pertencente a cada segmento. Tambm deveremos informar, em cada mquina de cada seguimento,quem ser o micro responsvel pelo roteamento. O nome tcnico desse micro gateway.

No caso do esquema anterior, temos as seguintes situaes:

* Gateway para 10.0.0.1, 10.0.0.2 e 10.0.0.3: a mquina 10.0.0.10

* Gateway para 172.20.0.1, 172.20.0.2 e 172.20.0.3: a mquina 172.20.0.10

importante que, nos dois lados, todos os micros saibam quem o seu gateway pois, do contrrio, os hosts no sabero para onde enviar os pacotes destinados rede oposta. Exemplo:

A mquina 10.0.0.1 sabe que 10.0.0.10 o seu gateway. A mquina 172.20.0.1 no sabe quem o seu gateway. Um ping de 10.0.0.1 para 172.20.0.1 sair de 10.0.0.1, passar por 10.0.0.10, seguir por 172.20.0.10 e chegar em 172.20.0.1. Como172.20.0.1 no sabe quem o seu gateway para a rede 10.0.0.0, no conseguir responder. O ping vai morrer por timeout. Houve o icmp echo request mas ser impossvel gerar o icmp echo reply.

Fazendo o IP FORWARD

Para estabelecermos o IP FORWARD entre dois segmentos de rede, basta:

* inserir um micro com duas placas de rede entre os segmentos de rede, configurando-as corretamente;

* definir, em cada mquina, de cada segmento, quem o seu gateway;

* ativar o IP FORWARD via kernel.

O estabelecimento de IP FORWARD entre mais de dois segmentos de rede segue o mesmo princpio, bastando acrescer quantas placas de rede forem necessrias no gateway. Tambm possvel utilizar placas de fax-modemem conjunto com placas de rede.

Definindo o gateway

Para definirmos o gateway em cada cliente, devemos:

--> No Linux Red Hat/Fedora

Editar o arquivo /etc/sysconfig/network e inserir a linha:

GATEWAY=ip_do_gateway

Em seguida, devemos reiniciar a rede:

#/etc/rc.d/init.d/network restart

--> No Linux Slackware

Editar o arquivo /etc/rc.d/rc.inet1.conf e configurar a linha:

GATEWAY="ip_do_gateway"

Em seguida, devemos reiniciar a rede:

#/etc/rc.d/rc.inet1 restart

--> No Linux Debian

Editar o arquivo /etc/network/interfaces e inserir a linha:

gateway ip_do_gateway

Em seguida, devemos reiniciar a rede:

#/etc/init.d/networking restart

--> No Windows 9x

Nas Propriedades do protocolo TCP/IP, h uma seo gateway. Basta inserir o IP do gateway nessa seo. Exemplo:

--> No Windows XP

Nas Propriedades do protocolo TCP/IP, h uma entrada gateway. Basta inserir o IP do gateway. Exemplo:

--> Outras verses de Windows

Em outras verses de Windows, o procedimento similar.

Ativando o roteamento via kernel no Linux

O roteamento via kernel ser ativado com o comando:

#echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Esse roteamento ser perdido se a rede (e, em conseqncia, a mquina) for reinicializada (#/etc/rc.d/init.d/network restart).

Poderamos inserir a regra no fim do arquivo /etc/rc.d/rc.local, para que a mesma seja ativada a cada reinicializao do sistema. No entanto, um reincio da rede mataria o roteamento novamente.

No Red Hat, uma forma de deixar a regra de roteamento permanentemente ativada, resistindo a qualquer tipo de reinicializao, seria a alterao do arquivo /etc/sysctl.conf:

net.ipv4.ip_forward = 1

J no Debian, a linha a seguir deve ser inserida no arquivo/etc/sysctl.conf:

net/ipv4/ip_forward=1

Teste do roteamento

O teste do roteamento pode ser feito por intermdio do comando ping. Basta "pingar" uma mquina que esteja aps o roteador.

Caso no haja resposta, faa um teste progressivo para tentar deduzir o problema:

--> pingue a placa do roteador que esteja dentro do seu segmento de rede;

--> pingue a placa do roteador que esteja no outro segmento;

--> pingue outra mquina do outro segmento.

O programa IPTRAF poder ajudar a debugar a conexo. Execute a opo "IP traffic monitor" do citado programa na mquina roteadora e verifique se o ICMP echo request est saindo e se o ICMP echo reply est voltando. Se no voltar, o problema estar no segmento de destino do ping.

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2. GENERALIDADES

Sistemas de Firewall

Muitos no conhecem o verdadeiro significado do vocbulo firewall. Firewall um sistema integrado, utilizado em redes de computadores para a sua proteo. Tal sistema composto por filtros de pacotes, filtros de estados, IDS, IPS, proxies etc. Assim sendo, errado dizer que uma mquina rodando Iptables o firewall de uma rede. Isso por que o Iptables um mero filtro de pacotes e estados. Assim sendo, s consegue analisar dados contidos no cabealho IP do pacote que trafega. Ele, por exemplo, no consegue verificar o contedo de um pacote. Com isso, um ataque ou um vrus podero adentrar rede.

A figura a seguir mostrar um exemplo de um sistema de firewall. A rea cinza representa tal sistema.

Filtragem de Pacotes

O Iptables um filtro de pacotes. Essa filtragem poder ocorrer em duas sitaes:

--> diretamente em uma mquina de destino;

--> em uma mquina intermediria responsvel pelo roteamento de dados entre segmentos de rede.

Vamos considerar a filtragem de pacotes no caso decontrole do roteamento. Ento, vamos configurar uma mquina capaz de tomar decises em relao ao trfego de rede. Assim, analisaremos o filtro de pacotes existente no Linux. Ele verifica apenas o cabealho de cada pacote. Basicamente, s entende endereo IP, mscara de sub-rede, portas e tipos de protocolos IP. No analisa o contedo do pacote e nem identifica ataques.

A filtragem de pacotes uma atividade interna do kernel.

Os filtros Linux

O filtro de pacotes, na maioria das vezes, atua como um roteador controlado. uma atividade interna, uma propriedade, do kernel.

So os seguintes, os filtros existentes:

--> kernel 2.0.x: ipfwadm;

--> kernel 2.2.x: ipchains;

--> kernel 2.4.x: iptables;

--> kernel 2.6.x: iptables.

Obs: um kernel estvel quando o algarismo existente entre os dois pontos par. Exemplo: x.2.x estvel. J o x.3.x no estvel.

O Kernel 2.4, por questes de compatibilidade, mantm os filtros ipfwadm e ipchains. No entanto, eles no funcionam completamente com esse kernel. Alm disso, se o ipchains estiver ativo, o iptables no ir funcionar. Assim, no Red Hat, torna-se necessrio entrar no #setup e:

--> habilitar o iptables;

--> desabilitar o ipchains.

Se a distribuio utilizada no possuir o comando #setup, utilize o comando #rmmod ipchains. Cabe ressaltar que o iptables ter os seus mdulos bsicos carregados quando for utilizado pela primeira vez.

Como funciona um filtro de pacotes?

O FILTRO DE PACOTES do Linux funciona mediante regras estabelecidas. Todos os pacotes entram no kernel para serem analisados. As CHAINS (correntes) so as situaes possveis dentro do kernel. Quando um pacote entra no kernel, este verifica o destino do pacote e decide qual chain ir tratar do pacote. Isso se chama roteamento interno. Os tipos de chains iro depender da tabela que estaremos utilizando no momento. Existem 3 tabelas possveis:

--> filter: a tabela default. Quando no especificarmos a tabela, a filter ser utilizada. Refere-se s atividades normais de trfego de dados, sem a ocorrncia de NAT. Admite as chains INPUT, OUTPUT e FORWARD.

--> nat: utilizada quando h NAT. Exemplo: passagem de dados de uma rede privada para a Internet. Admite as chains PREROUTING, OUTPUT e POSTROUTING.

--> mangle: basicamente, trabalha com marcao de pacotes e QoS. Neste tutorial, no trataremos dessa tabela.

O Iptables stateful, ou seja, trabalha com os estados das conexes. O ipfwadm e o ipchais so stateless.

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3. TABELAS

Tabela Filter

Vejamos o funcionamento da tabela filter (default) e as suas respectivas chains:

ESQUEMA DA TABELA FILTER

So trs, as possveis chains:

--> INPUT: utilizada quando o destino final a prpria mquina filtro;

--> OUTPUT: qualquer pacote gerado na mquina fltro e que deva sair para a rede ser tratado pela chain OUTPUT;

--> FORWARD: qualquer pacote que atravessa o fltro, oriundo de uma mquina e direcionado a outra, ser tratado pela chain FORWARD.

Regras de filtragem

As regras (rules) de fitragem, geralmente, so compostas assim:

#iptables [-t tabela] [opo] [chain] [dados] -j [ao]

Exemplo:

#iptables -A FORWARD -d 192.168.1.1 -j DROP

A linha acima determina que todos os pacotes destinados mquina 192.168.1.1 devem ser descartados. No caso:

tabela: filter ( a default)

opo: -A

chain: FORWARD

dados: -d 192.168.1.1

ao: DROP

Existem outras possibilidades que fogem sintaxe mostrada anteriormente. o caso do comando #iptables -L, que mostra as regras em vigor.

Anlise de regras com a tabela filter

Opes

As principais opes so:

-P--> Policy (poltica). Altera a poltica da chain. A poltica inicial de cada chain ACCEPT. Isso faz com que o filtro, inicialmente, aceite qualquer INPUT, OUTPUT ou FORWARD. A poltica pode ser alterada para DROP, que ir negar o servio da chain, at que uma opo -A entre em vigor. O -P no aceita REJECT ou LOG. Exemplos:

#iptables -P FORWARD DROP

#iptables -P INPUT ACCEPT

-A--> Append (anexar). Acresce uma nova regra chain. Tem prioridade sobre o -P. Geralmente, como buscamos segurana mxima, colocamos todas as chains em poltica DROP, com o -P e, depois, abrimos o que necessrio com o -A. Exemplos:

#iptables -A OUTPUT -d 172.20.5.10 -j ACCEPT

#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.1 -j DROP

#iptables -A FORWARD -d www.chat.com.br -j DROP

-D--> Delete (apagar). Apaga uma regra. A regra deve ser escrita novamente, trocando-se a opo para -D. Exemplos:

Para apagar as regras anteriores, usa-se:

#iptables -D OUTPUT -d 172.20.5.10 -j ACCEPT

#iptables -D FORWARD -s 10.0.0.1 -j DROP

#iptables -D FORWARD -d www.chat.com.br -j DROP

Tambm possvel apagar a regra pelo seu nmero de ordem. Pode-se utilizar o -L para verificar o nmero de ordem. Verificado esse nmero, basta citar a chain e o nmero de ordem. Exemplo:

#iptables -D FORWARD 4

Isso deleta a regra nmero 4 de forward.

-L--> List (listar). Lista as regras existentes. Exemplos:

#iptables -L

#iptables -L FORWARD

-F--> Flush (esvaziar). Remove todas as regras existentes. No entanto, no altera a poltica (-P). Exemplos:

#iptables -F

#iptables -F FORWARD

Chains

As chains j so conhecidas:

INPUT--> Refere-se a todos os pacotes destinados mquina filtro.

OUTPUT--> Refere-se a todos os pacotes gerados na mquina filtro.

FORWARD--> Refere-se a todos os pacotes oriundos de uma mquina e destinados a outra. So pacotes que atravessam a mquina filtro, mas no so destinados a ela.

Dados

Os elementos mais comuns para se gerar dados so os seguintes:

-s--> Source (origem). Estabelece a origem do pacote. Geralmente uma combinao do endereo IP com a mscara de sub-rede, separados por uma barra. Exemplo:

-s 172.20.0.0/255.255.0.0

No caso, vimos a sub-rede 172.20.0.0. Para hosts, a mscara sempre ser 255.255.255.255. Exemplo:

-s 172.20.5.10/255.255.255.255

Agora vimos o host 172.20.5.10. Ainda no caso de hosts, a mscara pode ser omitida. Caso isso ocorra, o iptables considera a mscara como 255.255.255.255. Exemplo:

-s 172.20.5.10

Isso corresponde ao host 172.20.5.10. H um recurso para simplificar a utilizao da mscara de sub-rede. Basta utilizar a quantidade de bits 1 existentes na mscara. Assim, a mscara 255.255.0.0 vira 16. A utilizao fica assim:

-s 172.20.0.0/16

Outra possibilidade a designao de hosts pelo nome. Exemplo:

-s www.chat.com.br

Para especificar qualquer origem, utilize a rota default, ou seja, 0.0.0.0/0.0.0.0, tambm admitindo 0/0.

-d--> Destination (destino). Estabelece o destino do pacote. Funciona exatamente como o -s, incluindo a sintaxe.

-p--> Protocol (protocolo). Especifica o protocolo a ser filtrado. O protocolo IP pode ser especificado pelo seu nmero (vide /etc/protocols) ou pelo nome. Os protocolos mais utilizados so udp, tcp e icmp. Exemplo:

-p icmp

-i--> In-Interface (interface de entrada). Especifica a interface de entrada. As interfaces existentes podem ser vistas com o comando #ifconfig. O -i no pode ser utilizado com a chain OUTPUT. Exemplo:

-i ppp0

O sinal + pode ser utilizado para simbolizar vrias interfaces. Exemplo:

-i eth+

eth+ refere-se eth0, eth1, eth2 etc.

-o--> Out-Interface (interface de sada). Especifica a interface de sada. Similar a -i, inclusive nas flexibilidades. O -o no pode ser utilizado com a chain INPUT.

!--> Excluso. Utilizado com -s, -d, -p, -i, -o e outros, para excluir o argumento. Exemplo:

-s ! 10.0.0.1

Isso refere-se a qualquer endereo de entrada, exceto o 10.0.0.1.

-p ! tcp

Todos os protocolos, exceto o TCP.

--sport--> Source Port. Porta de origem. S funciona com as opes -p udp e -p tcp. Exemplo:

-p tcp --sport 80

Refere-se porta 80 sobre protocolo TCP.

--dport--> Destination Port. Porta de destino. S funciona com as opes -p udp e -p tcp. Similar a --sport.

Aes

As principais aes so:

ACCEPT--> Aceitar. Permite a passagem do pacote.

DROP--> Abandonar. No permite a passagem do pacote, descartando-o. No avisa a origem sobre o ocorrido.

REJECT--> Igual ao DROP, mas avisa a origem sobre o ocorrido (envia pacote icmp unreachable).

LOG--> Cria um log referente regra, em /var/log/messages. Usar antes de outras aes.

Exemplos comentados de regras de filtragem (tabela filter)

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#iptables -L

Lista todas as regras existentes.

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#iptables -F

Apaga todas as regras sem alterar a poltica.

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#iptables -P FORWARD DROP

Estabelece uma poltica de proibio inicial de passagem de pacotes entre sub-redes.

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#iptables -A FORWARD -j DROP

Todos os pacotes oriundos de qualquer sub-rede e destinados a qualquer sub-rede devero ser descartados.

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#iptables -A FORWARD -j ACCEPT

Todos os pacotes oriundos de qualquer sub-rede e destinados a qualquer sub-rede devero ser aceitos.

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#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.0/8 -d www.chat.com.br -j DROP

Os pacotes oriundos da sub-rede 10.0.0.0 (mscara 255.0.0.0) e destinados aos hosts cujos endereos IP respondem pelo nome www.chat.com.br devero ser descartados. Note que se a mquina possuir domnios virtuais, todos esses sero bloqueados.

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#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.0/8 -d www.chat.com.br -j REJECT

Os pacotes oriundos da sub-rede 10.0.0.0 (mscara 255.0.0.0) e destinados aos hosts cujos endereos IP respondem pelo nome www.chat.com.br devero ser descartados. Dever ser enviado um ICMP avisando origem.

---------------------------------------

#iptables -A FORWARD -d www.chat.com.br -j DROP

Os pacotes oriundos de qualquer lugar e destinados aos hosts cujos endereos IP respondem pelo nome www.chat.com.br devero ser descartados.

---------------------------------------

#iptables -A FORWARD -d 10.0.0.0/8 -s www.chat.com.br -j DROP

Os pacotes destinados sub-rede 10.0.0.0 (mscara 255.0.0.0) e oriundos aos hosts cujos endereos IP respondem pelo nome www.chat.com.br devero ser descartados.

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#iptables -A FORWARD -s www.chat.com.br -j DROP

Os pacotes oriundos aos hosts cujos endereos IP respondem pelo nome www.chat.com.br e destinados a qualquer lugar devero ser descartados.

---------------------------------------

#iptables -A FORWARD -s 200.221.20.0/24 -j DROP

Os pacotes oriundos da sub-rede 200.221.20.0 (mscara 255.255.255.0) e destinados a qualquer lugar devero ser descartados.

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#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.5 -p icmp -j DROP

Os pacotes icmp oriundos do host 10.0.0.5 e destinados a qualquer lugar devero ser descartados.

---------------------------------------

#iptables -A FORWARD -i eth0 -j ACCEPT

Os pacotes que entrarem pela interface eth0 sero aceitos.

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#iptables -A FORWARD -i ! eth0 -j ACCEPT

Os pacotes que entrarem por qualquer interface, exceto a eth0, sero aceitos.

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#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.5 -p tcp --sport 80 -j LOG

O trfego de pacotes TCP oriundos da porta 80 do host 10.0.0.5 e destinados a qualquer lugar dever ser gravado em log. No caso, /var/log/messages.

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#iptables -A FORWARD -p tcp --dport 25 -j ACCEPT

Os pacotes TCP destinados porta 25 de qualquer host devero ser aceitos.

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Observaes importantes

Impasses e ordem de processamento

As regras sero interpretadas na ordem em que aparecerem. Sempre que um pacote se adequar a uma regra, tal regra processar o pacote e a sequncia iptables ser finalizada naquele instante, sem que as regras seguintes atuem. Isso no se aplicar s regras terminadas com -j LOG. Nesse caso, a regra com -j LOG ir atuar, se for o caso, e permitir o prosseguimento da seqencia.

Concluso: se houver impasse entre regras, sempre valer a primeira. Assim, entre as regras:

#iptables -A FORWARD -p icmp -j DROP

#iptables -A FORWARD -p icmp -j ACCEPT

Valer:

#iptables -A FORWARD -p icmp -j DROP

J entre as regras:

#iptables -A FORWARD -p icmp -j ACCEPT

#iptables -A FORWARD -p icmp -j DROP

Valer:

#iptables -A FORWARD -p icmp -j ACCEPT

Em resumo:

ACCEPT --> Pra de processar regras para o pacote atual;

DROP --> Pra de processar regras para o pacote atual;

REJECT --> Pra de processar regras para o pacote atual;

LOG --> Continua a processar regras para o pacote atual;

Vamos ver um exemplo. As regras sero as seguintes:

iptables -P INPUT DROPiptables -A INPUT -s 10.0.0.1 -j DROPiptables -A INPUT -s 10.0.0.2 -p tcp --dport 80 -j ACCEPTiptables -A INPUT -s 172.20.0.0/16 -j ACCEPT

Analisando-se o fluxo de um pacote, chegamos ao diagrama:

Agora, vamos abrir a poltica:

iptables -P INPUT ACCEPTiptables -A INPUT -s 10.0.0.1 -j DROPiptables -A INPUT -s 10.0.0.2 -p tcp --dport 80 -j ACCEPTiptables -A INPUT -s 172.20.0.0/16 -j ACCEPT

O fluxo tambm mudar:

O retorno

Ao se fazer determinadas regras, devemos prever o retorno. Assim, digamos que exista a seguinte situao:

#iptables -P FORWARD DROP

#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.0/8 -d 172.20.0.0/16 -j ACCEPT

Com as regras anteriores, fechamos todo o FORWARD e depois abrimos da sub-rede 10.0.0.0 para a sub-rede 172.20.0.0. No entanto, no tornamos possvel a resposta da sub-rede 172.20.0.0 para a sub-rede 10.0.0.0. O correto, ento, seria:

#iptables -P FORWARD DROP

#iptables -A FORWARD -s 10.0.0.0/8 -d 172.20.0.0/16 -j ACCEPT

#iptables -A FORWARD -d 10.0.0.0/8 -s 172.20.0.0/16 -j ACCEPT

IP FORWARD

Caso haja o envolvimento de mais de uma sub-rede, ser necessrio que o IP FORWARD seja ativado para que o iptables funcione corretamente. O IP FORWARD, via kernel, pode ser ativado pelo comando:

#echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Cabe lembrar que a reinicializao do daemon de rede far com que o roteamento seja perdido. Uma forma de deixar a regra de roteamento permanentemente ativada, resistindo a qualquer tipo de reinicializao, seria a alterao do arquivo /etc/sysctl.conf:

net.ipv4.ip_forward = 1

O carregamento

Na primeira vez em que o iptables for utilizado, poder surgir a mensagem:

ip_tables: (c)2000 Netfilter core team

No se preocupe. Isso normal. o carregamento dos mdulos necessrios. Caso surjam mensagens de erro, certifique-se de que o ipchains no esteja carregado. Caso esteja, descarregue-o:

#rmmod ipchains

Salvando e recuperando tudo

As regras iptables podero ser salvas com o comando:

#iptables-save > arquivo

A recuperao poder ser feita pelo comando:

#iptables-restore < arquivo

Um tpico exemplo de carregamento de regras de iptables, aps a inicializao do sistema, seria:

#echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward#iptables-restore < /etc/iptables.rules

Isso pode ser inserido no fim do arquivo /etc/rc.d/rc.local.

Nada impede que as regras sejam colocadas diretamente dentro de um shell script.

Extenses

As extenses permitem filtragens especiais, principalmente contra ataques de hackers. Os exemplos abaixo mostram como controlar os pings que atravessam o filtro:

Contra Ping

#iptables -A FORWARD -p icmp --icmp-type echo-request -j DROP

Contra Ping of Death

#iptables -A FORWARD -p icmp --icmp-type echo-request -m limit --limit 1/s -j ACCEPT#iptables -A FORWARD -p icmp --icmp-type echo-request -j DROP

lgico que as regras anteriores podem ser utilizadas com INPUT.

No faz parte dos meus objetivos o aprofundamento no assunto extenses. Procure por documentos especializados. Consulte a seo de links.

Mais proteo

Existe, ainda, uma regra muito importante que pode ser utilizada como segurana. a proteo contra pacotes danificados, suspeitos ou mal formados.

#iptables -A FORWARD -m unclean -j DROP

Tambm pode ser utilizado com INPUT.

Network Address Translator - NAT (tabela nat)

Existem vrios recursos que utilizam NAT. Os mais conhecidos so:

--> Mascaramento (masquerading)

--> Redirecionamento de portas (port forwarding ou PAT)

--> Redirecionamento de servidores (forwarding)

--> Proxy transparente (transparent proxy)

--> Balanceamento de carga (load balance)

Mascaramento

O mascaramento uma forma de fazer NAT (Network Address Translation). Com isso, possvel fazer uma rede privada navegar na Internet. A rede solicita os dados para a mquina que faz o mascaramento. Essa busca tais dados na Internet...

...e os entrega aos solicitantes:

No entanto, um host da Internet, por vontade prpria, no consegue ultrapassar o filtro que faz mascaramento, em direo rede:

O nico endereo IP que ir circular na Internet ser o do filtro.

O mascaramento tambm possui um esquema de funcionamento. Como haver trocas de endereos, deveremos utilizar a tabela NAT para fazer isso.

Redirecionamento de portas

O redirecionamento de portas ocorre quando desejamos alterar a porta de destino de uma requisio. Exemplo: tudo que for destinado porta 23 de qualquer mquina, quando passar pela mquina filtro, ser redirecionado para a porta 10000 de outro servidor.

Redirecionamento de servidores

Todos os pacotes destinados a um servidor sero redirecionados para outro servidor.

Proxy transparente

a tcnica que fora o uso de um servidor proxy na rede.

Balanceamento de carga

O balanceamento de carga (load balance) uma tcnica utilizada para distribuir carga entre servidores sincronizados. O load balance o ato de distribuir os clientes aos servidores mais desocupados. Esse trabalho tambm pode ser feito por servidores DNS.

A tabela NAT

A tabela NAT funciona da seguinte forma:

ESQUEMA DA TABELA NAT

O NAT dividido em:

--> SNAT: aplica-se quando desejamos alterar o endereo de origem do pacote. Somente a chain POSTROUTING faz SNAT. O mascaramento um exemplo de SNAT.

--> DNAT: aplica-se quando desejamos alterar o endereo de destino do pacote. As chains PREROUTING e OUTPUT fazem DNAT. O redirecionamento de porta, o redirecionamento de servidor, o load balance e o proxy transparente so exemplos de DNAT.

Regras de NAT

Para fazer o mascaramento, deveremos, antes, carregar o mdulo de NAT:

#modprobe iptable_nat

As regras mais utilizadas, alm da maioria dos recursos descritos para uso com a tabela filter, contm o seguinte:

Chains

Existem as seguintes chains:

-->PREROUTING: utilizada para analisar pacotes que esto entrando no kernel para sofrerem NAT. O PREROUTING pode fazer aes de NAT com o endereo de destino do pacote. Isso conhecido como DNAT (Destination NAT);

-->POSTROUTING: utilizada para analisar pacotes que esto saindo do kernel, aps sofrerem NAT. O POSTROUTING pode fazer aes de NAT com o endereo de origem do pacote. Isso conhecido como SNAT (Source NAT);

-->OUTPUT: utilizada para analisar pacotes que so gerados na prpria mquina e que iro sofrer NAT. O OUTPUT pode fazer aes de NAT com o endereo de destino do pacote. Tambm DNAT.

Opes

-A--> Append (anexar).

-D--> Deletar.

Dados

-t--> Table (tabela). Estabelece a tabela a ser utilizada. A tabela default, por omisso, filter. Para o mascaramento ou NAT ser nat. Exemplo:

#iptables -t nat -A ...

--to--> utilizado para definir IP e porta de destino, aps um DNAT, ou de origem, aps um SNAT. Deve ser utilizado aps uma ao (-j ao). Assim:

-j DNAT --to 10.0.0.2

-j DNAT --to 10.0.0.2:80

-j SNAT --to 172.20.0.2

--dport--> assim como -d define um host de destino, --dport define uma porta de destino. Deve ser utilizado antes de uma ao (-j ao). Antes de --dport, deve ser especificado um protocolo (-p). Exemplo:

-d 172.20.0.1 -p tcp --dport 80 -j DNAT --to 10.0.0.2

--sport--> assim como -s define um host de origem, --sport define uma porta de origem. Deve ser utilizado antes de uma ao (-j ao).

--to-port--> define uma porta de destino, aps um REDIRECT.

Obs: A maioria dos dados bsicos apresentados para a tabela filter continuam valendo. Exemplo: -p servir para definir um protocolo de rede; -d define um host de destino.

Aes

SNAT--> Utilizado com POSTROUTING para fazer aes de mascaramento da origem.

DNAT--> Utilizado com PREROUTING e OUTPUT para fazer aes de redirecionamento de portas e servidores, balanceamento de carga e proxy transparente. Caso a porta de destino no seja especificada, valer a porta de origem. No filtro, a porta que ser redirecionada no pode existir ou estar ocupada por um daemon.

MASQUERADE--> Faz mascaramento na sada de dados.

REDIRECT--> Redireciona uma requisio para uma porta local do filtro.

Exemplos comentados de regras de filtragem (tabela nat)

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#iptables -t nat -L

Mostra as regras de NAT ativas.

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#iptables -t nat -F

Apaga todas as regras de NAT existentes.

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#iptables -t nat -A POSTROUTING -o ppp0 -j MASQUERADE

Todos os pacotes que sarem pela interface ppp0 (modem) sero mascarados. Isso d um nvel de segurana elevado rede que est atrs da ppp0. uma boa regra para navegao na Internet. Note que esse tipo de mascaramento no usa SNAT.

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#iptables -t nat -A POSTROUTING -d 0/0 -j MASQUERADE

Tem o mesmo efeito da regra anterior. No entanto, parece ser menos segura, pois estabelece que qualquer pacote destinado a qualquer outra rede, diferente da interna, ser mascarado. A regra anterior refere-se aos pacotes que saem por determinada interface. A opo -d 0/0 poderia ser -d 0.0.0.0/0 tambm. uma outra regra para navegao na Internet.

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#iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp -d 10.0.0.2 --dport 80 -j DNAT --to 172.20.0.1

Redireciona todos os pacotes destinados porta 80 da mquina 10.0.0.2 para a mquina 172.20.0.1. Esse tipo de regra exige a especificao do protocolo. Como no foi especificada uma porta de destino, a porta 80 ser mantida como destino.

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#iptables -t nat -A OUTPUT -p tcp -d 10.0.0.10 -j DNAT --to 10.0.0.1

Qualquer pacote TCP, originado na mquina filtro, destinado a qualquer porta da mquina 10.0.0.10, ser desviado para a mquina 10.0.0.1 .

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#iptables -t nat -A POSTROUTING -o eth0 -j SNAT --to 200.20.0.1

Essa regra faz com que todos os pacotes que iro sair pela interface eth0 tenham o seu endereo de origem alterado para 200.20.0.1 .

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#iptables -t nat -A PREROUTING -i eth0 -j DNAT --to 172.20.0.1

Todos os pacotes que entrarem pela eth0 sero enviados para a mquina 172.20.0.1

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#iptables -t nat -A PREROUTING -i eth0 -j DNAT --to 172.20.0.1-172.20.0.3

Aqui haver o load balance. Todos os pacotes que entrarem pela eth0 sero distribudos entre as mquinas 172.20.0.1 , 172.20.0.2 e 172.20.0.3

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#iptables -t nat -A PREROUTING -s 10.0.0.0/8 -p tcp --dport 80 -j REDIRECT --to-port 3128

Todos os pacotes TCP que vierem da rede 10.0.0.0, com mscara 255.0.0.0, destinados porta 80 de qualquer host, no sairo; sero redirecionados para a porta 3128 do filtro. Isso o passo necessrio para fazer um proxy transparente. O proxy utilizado dever aceitar esse tipo de recurso. No caso, o Squid, que aceita transparncia, dever estar instalado na mquina filtro, servindo na porta 3128.

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#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 192.168.1.0/24 -o eth1 -j SNAT 200.20.5.0/24

Uma situao interessante: todos os pacotes que sarem da rede 192.168.1.0 sero transformados em 200.20.5.0 .

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Apesar de estarmos lidando com um filtro de pacotes, que um roteador controlado, h a possibilidade de fazermos algumas operaes dentro da mesma sub-rede. No entanto, isso tem que ser bem estudado. Muitas vezes ir exigir regras especiais de roteamento esttico (comando #route).

Execuo do mascaramento destinado Internet

Por ser uma atividade perigosa, o acesso Internet deve ser feito com um mximo grau de segurana. Assim, vejamos as regras bsicas para permitir que uma rede privada navegue com um IP vlido.

Primeiro exemplo: uma rede na Internet

Vamos permitir que a rede 10.0.0.0 navegue na Internet. A mquina filtro (gateway) ser a 10.0.0.1. Regras:

#echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward#modprobe iptable_nat#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.0/8 -o ppp0 -j MASQUERADE

O procedimento totalmente seguro, pois discrimina uma origem, que s poder sair pela ppp0, de forma mascarada. Hoje em dia, o carregamento do mdulo iptable_nat, na maioria das vezes, se d automaticamente, dispensando a segunda linha.

Segundo exemplo: alguns hosts na Internet

Vamos permitir que alguns hosts, no caso, o 10.0.0.10, o 10.0.0.20 e o 10.5.2.41, naveguem na Internet. A mquina filtro (gateway) ser a 10.0.0.1. Regras:

#echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.10 -o ppp0 -j MASQUERADE#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.20 -o ppp0 -j MASQUERADE#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.5.2.41 -o ppp0 -j MASQUERADE

Execuo de FTP

Para executar sesses de FTP, ser necessrio o carregamento de dois mdulos:

#insmod ip_conntrack_ftp#insmod ip_nat_ftp

Salvando e recuperando regras

As regras de iptables devem ser salvas com o comando iptables-save e carregadas com iptables-restore. O roteamento esttico e o carregamento dos mdulos FTP devem ser feitos separadamente. Apenas para ilustrar, vamos executar o salvamento e a recuperao das regras.

Salvamento de regras

--> Criando as regras

#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.10 -o ppp0 -j MASQUERADE#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.20 -o ppp0 -j MASQUERADE#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.5.2.41 -o ppp0 -j MASQUERADE

--> Salvando

#iptables-save > /etc/iptables.rules

--> Recuperao

Um script de recuperao, inicializado pelo /etc/rc.d/rc.local, poderia ter a seguinte estrutura:

#!/bin/bashecho 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forwardmodprobe iptable_natiptables-restore < /etc/iptables.rulesinsmod ip_conntrack_ftpinsmod ip_nat_ftp

Tabelas Filter e NAT atuando em conjunto

As tabelas filter e nat podem atuar em conjunto, funcionando em paralelo. H de se ter cuidado pois, como j disse, elas atuam em paralelo, como duas pilhas que sero executadas ao mesmo tempo. Assim sendo, se tivermos as regras:

#iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.0.0/8 -o eth0 -j MASQUERADE#iptables -A FORWARD -j DROP

Apesar da primeira (tabela nat) possibilitar a navegao mascarada da rede 10.0.0.0 na Internet, essa navegao no ocorrer, pois a segunda regra (tabela filter) ir barrar o forward entre as redes.

Topologias de filtros de pacotes

O posicionamento de um filtros de pacotes dentro da rede de extrema importncia para ela. H duas possibilidades bsicas para a utilizao de um filtros de pacotes: filtro isolado e filtro incorporado, sendo este ltimo o mais inseguro e menos desejvel.

O filtro ser isolado quando estiver entre mquinas, com funo exclusiva de filtro:

O filtro ser incorporado quando no houver uma mquina isolada como filtro. Nesse caso, as mquinas da rede devero estabelecer, individualmente, as suas prprias regras de filtragem. o sistema mais inseguro:

Nada impede que os dois sistemas sejam utilizados em parceria, oferendo-se assim um alto grau de segurana rede. Cabe ressaltar que no filtro incorporado h maior nvel de insegurana, uma vez que outros processos rodam junto com o filtro.

FIREWALL COM IPTABLES

www.eriberto.pro.br/iptables

by Joo Eriberto Mota Filho

4. Segurana do filtro de pacotes

O filtro de pacotes deve ser protegido para que o restante da rede tambm tenha segurana. Assim, algumas regras bsicas devem ser observadas:

--> Feche a mquina com Iptables, de modo que todas os pacotes destinados diretamente a ela sejam descartados:

#iptables -P INPUT DROP

Em seguida, aos poucos, abra o que for necessrio. Cuidado, pois muitas vezes o Iptables precisar de vrios acessos abertos. Por exemplo: se uma mquina Iptables tambm for proxy http do tipo forward, a mesma ser servidora da intranet e cliente da Internet, necessitando assim das portas superiores a 1023 abertas.

--> Prefira topologia de filtro isolado combinado com filtro incorporado;

--> Atualize sempre o Iptables e o kernel;

--> NUNCA rode qualquer servio, principalmente os remotos, como telnet e ftp, nas mquinas firewall. Mas...

--> ...Se tiver que administrar remotamente uma mquina firewall, utilize ssh. Nesse caso, o ssh no dever permitir o login como root;

--> Nunca cadastre qualquer usurio na mquina Iptables, caso se trate de filtro isolado, a no ser os que iro administrar por ssh;

--> Utilize TCP Wrappers totalmente fechado (ALL:ALL em /etc/hosts.deny) em filtros isolados. Abra o ssh (em /etc/hosts.allow) apenas para os clientes que forem fazer administrao remota;

--> Anule as respostas a ICMP 8 (echo reply) no filtro isolado, para evitarataques de Ping of Death.

--> No insira referncias ao sistema de firewall no DNS;

--> No deixe as mquinas firewall isolado com cara de firewall. Utilize nomes descaracterizados;

--> Faa log de aes suspeitas que estiverem ocorrendo na rede;

--> Teste, teste, teste novamente.

LEMBRE-SE: Como foi dito no item2. Generalidades, firewall no uma mquina ou um programa. um sistema de segurana composto por filtros de pacotes e estados, proxies, IDS, IPS, antivrus de rede etc. No deixe de conhecer o IPS HLBR, disponvel emhttp://hlbr.sourceforge.net.Se preferir, cliqueaquipara fazer download.