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Fila para adoção tem 452 crianças no Paraná Família. Cadastro Nacional de Adoção tem, no Estado, 3.604 habilitados a adotar. Idade das crianças e condições de saúde são os fatores que mais impedem o sucesso das adoções. Maringá tem sete crianças na fila e 137 candidatos PÁG. 03 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_MGA MÍN: 19°C MÁX: 28°C MARINGÁ Segunda-feira, 2 de abril de 2018 Edição nº 363, ano 2 EM BUSCA DO OVO VIRTUAL SPIELBERG REVERENCIA A CULTURA POP COM ‘JOGADOR Nº 1’ PÁG. 12 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O o Jornal é impresso em papel certificado FSC®, garantia de manejo florestal responsável, e com tinta ecológica elaborada com matérias-primas bioderivadas e renováveis pela Grafinorte. Temer remonta equipe após semana tensa Com amigos soltos, presidente recompõe ministério. Preocupação é com terceira denúncia da PGR PÁG. 07 Declare o Imposto de Renda sem atropelos Trump volta a ameaçar imigrantes Faltando um mês para o final do prazo, é hora de, enfim, encarar o Leão; confira as mudanças PÁG. 09 Presidente dos EUA afirma que não haverá acordo para manter os direitos dos chamados ‘dreamers’ PÁG. 10 Trump diz que fronteiras estão perigosas | YURI GRIPAS/REUTERS FALSO OU VERDADEIRO? Metro traz um guia para ajudá-lo a identificar e não ser levado pela enxurrada de notícias falsas que se espalham pelas redes sociais PÁG. 06

Fila para adoção tem 452 crianças no Paraná · EM BUSCA DO OVO VIRTUAL ... Nascemos nômades e caça-dores. Essa foi a primeira ... pouco humanas e nos vamos ser um pouco máquinas

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Fila para adoção tem 452 crianças no ParanáFamília. Cadastro Nacional de Adoção tem, no Estado, 3.604 habilitados a adotar. Idade das crianças e condições de saúde são os fatores que mais impedem o sucesso das adoções. Maringá tem sete crianças na fila e 137 candidatos PÁG. 03

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_MGA

MÍN: 19°CMÁX: 28°C

MARINGÁ Segunda-feira,2 de abril de 2018Edição nº 363, ano 2

EM BUSCA DO

OVO VIRTUALSPIELBERG REVERENCIA A CULTURA POP COM ‘JOGADOR Nº 1’ PÁG. 12

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Temer remonta equipe após semana tensaCom amigos soltos, presidente recompõe ministério. Preocupação é com terceira denúncia da PGR PÁG. 07

Declare o Imposto de Renda sem atropelos

Trump volta a ameaçar imigrantes

Faltando um mês para o fi nal do prazo, é hora de, enfi m, encarar o Leão; confi ra as mudanças PÁG. 09

Presidente dos EUA afi rma que não haverá acordo para manter os direitos dos chamados ‘dreamers’ PÁG. 10

Trump diz que fronteiras estão

perigosas | YURI GRIPAS/REUTERS

FALSO OU

VERDADEIRO?

Metro traz um guia para ajudá-lo a identificar e não ser levado pela enxurrada de notícias falsas que se

espalham pelas redes sociais

PÁG. 06

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

RIC

AR

DO

LO

PE

S/M

ET

RO

MA

RIN

GÁA revolução digital já chegou,

está chegando ou ainda vai chegar no Brasil? O presiden-te do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, afirma que já iniciamos a transição da era industrial para a digi-tal. “O que precisamos é des-cobrir a direção certa a seguir, porque assim, não importa quando, vamos encontrar o que estamos buscando”, diz Farruggia, que esteve em Ma-ringá no último dia 22 de mar-ço ministrando uma palestra na UEM (Universidade Esta-dual de Maringá), organizada pelo Maringá e Região Con-vention & Visitors Bureau, em parceria com a prefeitura. Ao Metro, ele falou sobre suas percepções de futuro.

Como se dá a evolução tecnológica?Nascemos nômades e caça-dores. Essa foi a primeira era da humanidade. Depois passamos a ser sedentários, agrícolas e agropecuários. Dominamos os bichos para procriá-los ao invés de caçá--los. Há 250 anos nos torna-mos industriais e urbanos. De 15 anos para cá, entra-mos em uma nova era com-pletamente diferente: a digi-tal e universal. Um menino que tem 10 anos não vive em um país, vive numa di-mensão global digital. O mundo não tem fronteira. Eles são digitais.

Como essas gerações se relacionam?Sempre que houve uma mu-dança de era, nós mudamos para melhor. E essa não vai ser uma exceção. Tudo que aconteceu na era anterior não vai servir de nada na era sucessiva. Portanto, nós, que somos participantes da eco-nomia e da sociedade indus-trial vamos sofrer muito. Mas quem nasceu nela não sofrerá com paradigmas. Até pouco tempo a questão era quando a inteligência artifi-cial da máquina iria evoluir e nos superar. Já nos supe-raram. Hoje o computador faz cálculos que a gente não sabe fazer. Mas isso ainda é uma coisa pequena. Eles vão fazer muito mais.

E como será essa relação homem x máquina?No passado falamos do con-fronto entre o homem e a máquina. Hoje, acredita-se que as máquinas vão ser um pouco humanas e nos vamos ser um pouco máquinas. En-tão esse confronto pode até

FRANCESCO FARRUGGIA

Presidente do Instituto Campus Party acredita que a mudança da era industrial para a digital trará benefícios à humanidade

‘TRANSIÇÕES SÃO VIOLENTAS, MAS NECESSÁRIAS À EVOLUÇÃO’

não existir. E não importa quando, isso vai acontecer em algum momento em que o homem e a máquina vão ser quase a mesma coisa. No futuro, essa interface entre a mente e a nuvem não vai existir mais. Haverá um chip para ser implantado, que já está sendo testado em pacien-tes com Parkinson e Alzhei-mer. Hoje preciso procurar no Google maps o endereço onde quero ir. Isso não será mais necessário, vou pensar e a informação vai aparecer na minha mente, me mostran-do o trajeto. Pode até parecer futurístico demais agora. Mas até um tempo atrás a gen-te fazia pesquisas nas biblio-tecas. Agora pesquisamos no Google. É um avanço.

A Revolução Industrial acontece de maneira uni-

forme nos países?A economia industrial foi marcada pela alta intensi-dade de capital. Para compe-tir com a Ford, por exemplo, era preciso milhões de dóla-res. Na era digital não é as-sim. Pode-se ter uma ideia e desenvolvê-la sem capital, ao menos no início. Por is-so que precisamos defender a neutralidade da rede, para que um menino no interior do Paraná ou no sertão baia-no tenha acesso ao mesmo conhecimento que um meni-no de Nova Iorque, Paris ou Pequim. A internet democra-tizou o conhecimento. Se ti-rarmos a neutralidade da re-de, perde-se isso.

Há risco disso acontecer?Se eu tiver que pagar para ter acesso ao conhecimen-to na internet, vamos con-

centrar novamente o conhe-cimento nos ricos. Hoje não nem mesmo a barreira da língua na internet. Tudo o que há na rede qualquer um pode acessar. Retirar a neu-tralidade da rede significa que posso cobrar pelo conhe-cimento que disponibilizo lá. E isso vai criar novamen-te as classes sociais. O Brasil foi o primeiro país do mun-do que teve um marco civil. Nos lutamos desde a Revo-lução Francesa para termos uma série de direitos civis. Por exemplo, não é permi-tido entrar nas casas, abrir correspondências ou gravar conversas sem a ordem de um juiz. Esses são seus di-reitos civis. Quando discuti-mos o marco civil no Cam-pus Party, a Polícia Federal queria ter acesso livre aquilo que consideramos nossa ca-

sa digital, que são nossos e--mais e conversas de What-sApp. Só que até agora, era preciso reunir indícios sobre um suspeito para convencer um juiz a dar um mandado para buscar provas na casa e nas conversas telefônicas. A mesma coisa tem que ser fei-ta no mundo digital. Porque hoje não é só a PF que tem acesso a isso, o Google tam-bém tem. E isso abre espaço para perseguição religiosa, política e até sexual. O que o marco digital fala é que o processo digital tem que ser exatamente igual ao analógi-co. Ou seja, a polícia tem que ir a um juiz e nem o Goo-gle pode dispor dos meus da-dos sem que a autorização. O marco civil nos defende.

Mas isso acontece... Sim, só que agora o [Mark] Zuckerberg foi chamado nos parlamentos da Inglaterra e dos EUA para explicar como que 50 milhões de perfis do Facebook foram analisados por uma empresa.

E o que esperar do futuro?No ‘Fell the Future’ tem dois tipos de pessoas: os oti-mistas e os pessimistas. Es-tou entre os otimistas, mas a longo prazo. A curto pra-zo sou muito pessimista. Os pessimistas defendem que sempre que teve uma mu-dança de era se geraram guerras muito violentas por-que quem tinha o poder não queria perder. Já os otimis-tas dizem que a humanida-de sempre avançou, até mes-mo com a guerra. Porque em tempos de conflitos era preciso acelerar para conse-guir as soluções e isso permi-tiu muitas pesquisas sobre doenças e até comunicação. As transições são violentas, mas necessárias à evolução.

Em sua opinião, as uni-versidades vão conseguir acompanhar essa evolução e continuar sendo a fonte de conhecimento?A universidade como é ho-je não vai dar respostas, mas confio que a universidade vai mudar como quando mu-dou quando chegou a revo-lução industrial. Embora isso fosse inovação. Agora é dis-rupção. Como a universida-de pode se defender disso e garantir o seu papel na socie-dade: oferecendo um MBA que estude Airbnb, bigdata, Uber e Amazon. Mas para is-so preciso de professores jo-vens. METRO MARINGÁ

Editado e distribuído por J Malucelli Editora LTDA CNPJ: 24.592.299/0001-89. Endereço: Av. Carlos Correa Borges, 1437, Jd. Cidade Monções, CEP 87060-000, Maringá - PR. Tel.: 044/3218-7688. O Metro Jornal Maringá é impresso na Grafinorte S/A – Apucarana-PR

EXPEDIENTEMetro Jornal. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162) Diretor Comercial: Rogério Domingues Diretora Financeira: Sara VellosoEditor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

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O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

Filiado ao

Ministério

TransiçãoO ministro da Saúde,

Ricardo Barros (PP-PR),

vai se despedir do cargo

nesta segunda-feira

em um evento às 10h,

no Palácio do Planalto.

Barros está entre os

nove ministros que já

tinham comunicado ao

presidente Michel Temer

a intenção de disputar as

eleições deste ano. Ele é

pré-candidato a deputado

federal. O presidente da

Caixa, Gilberto Occhi,

assume o cargo.

Dólar

- 0,90% (R$ 3,301)

Bovespa

+ 1,78% (85.365 pts)

Euro

- 0,73% (R$ 4,062)

Selic

(6,5% a.a.)

Salário

mínimo

(R$ 954)

Cotações

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

452 crianças para adoção

PROCEDIMENTOS PARA ADOTAR UMA CRIANÇA

Dirija-se à Vara da Infância e Juventude com RG e

comprovante de residência

A vara agendará uma data para uma entrevista com o

setor técnico. Você poderá selecionar o tipo físico, idade e sexo da criança desejada. Você receberá a lista dos documentos que a vara precisará para dar continuidade ao

processo. Os documentos geralmente são cópias autenticadas da certidão de casamento ou nascimento, RG, comprovante de renda mensal; atestados de sanidade física e mental, de idoneidade moral assinada por duas testemunhas, com firma reconhe-cida e de antecedentes criminais

Em até dois meses, uma psicóloga do juizado

agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Ela

também pode achar necessário que uma assistente social visite sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança

A partir das informações no seu cadastro e do laudo final

da psicóloga, o juiz dará seu parecer. Isso pode demorar mais um mês, dependendo do juizado. Com sua ficha aprovada, você ganhará o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por

dois anos em território nacional. Seu nome estará então inserido no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). Com o certificado, você entrará automaticamente na fila de adoção nacional e aguardará até aparecer uma criança com o perfil desejado. Ou poderá usar o certificado para adotar alguém que conhece. Nesse caso, o processo é diferente: você vai precisar de um advogado para entrar com o pedido no juizado

FONTES: CNA E PROJETO PADRINHO NOTA 10

Crianças e adolescentes disponíveis para adoção

Pretendentes habilitados

TOTAL DO ESTADO

PRETENDENTES

43.493

CRIANÇAS EADOLESCENTESCADASTRADOS

8.533 45,28%

54,62%

MENINAS

MENINOS

ADO

ÇÃO

NO BR

ASIL EM NÚMEROS

1

23

4

Perfil de interesse

Somente crianças brancas

45,28%

Somente crianças negras

8,87%

Somente crianças amarelas

0,09%

Somente crianças pardas

4,3%

Criançasbrancas

92,22%

Criançasnegras

53,07%

Criançasamarelas

53,31%

Criançaspardas

80,63%Crianças

indígenas

51,56%

De todasas raças

20,7%

Aceitam adotar irmãos

35,56%

Indiferentes ao sexo da criança

63,93%

Somente meninos

8,59%

Somente meninas

27,49%

117

490

3.604

7

137

34

542240

LONDRINAMARINGÁ

CENÁRIO NO PARANÁ

das crianças têm menos

de 1 ano

3,56%

CURITIBA

Infânci� � �������� O número de habilitados - solteiros e casais - no estado é de 3.604. Idade e situação de saúde interferem mais

DIVULGAÇÃO

EDUARDO XAVIER METRO MARINGÁ

Maringá há um bebê de dois meses e dois grupos de irmãos – um casal de 9 e 10 anos e três meninas de 4 a 7 anos com o irmão de 13 anos.

Eva diz que os fatores idade e condição de saúde são os que mais pesam no

teressados. Em, Maringá são sete meninos e meni-nas e os pretendentes ins-critos no CNA somam 137.

Segundo Eva Carolina Guimarães, psicóloga do NAE (Núcleo de Apoio Es-pecializado) na Vara da Infância e Juventude, em

interesse de ha-bilitados para ado-ção. “As pessoas têm preferência por bebês porque acreditam que a adaptação é mais fácil. Isto é uma crença.”

O casal Fabrícia Lu-ciana Machado Lopes, 43 anos, e Enéias de Oliveira Lopes Machado, 38, adotou três irmãos, dois meninos de e uma garota em janei-ro de 2017. “Mudaram nos-sa vida. Eles são tudo para nós”, diz Fabrícia.

fila de adoção do Paraná conta

com 3.604 habilita-dos – solteiros e ca-

sais - e 452 crianças e adolescentes dispo-

níveis, segundo o CNA (Cadastro Nacional de Adoção). Este cenário de mais pessoas querendo adotar que meninos e me-ninas à espera de novas famílias não é diferente no Brasil e nas três maio-res cidades do estado.

No país existem 43.493 pretendentes e 8.533 crianças e adolescentes. Em Curitiba há 117 crian-ças e adolescentes e 490 in-

Fabrícia, Enéias

e os três filhos

A

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 04| {FOCO}

Apesar do número recorde de animais registrados no litoral do Paraná durante a avaliação da população re-gional de tartarugas-verde (Chelonia mydas) pelo Re-bimar (Programa de Recu-peração da Biodiversida-de Marinha) em março, os pesquisadores não tiveram boas notícias.

Na operação realizada entre os dias 4 e 22, 77 di-ferentes tartarugas foram capturadas e avaliadas em relação à condição de saúde, por meio de análises sanguí-neas e bioquímicas, e quan-to a características biológi-cas – por meio de biometria e amostras coletadas.

Segundo a bióloga Cami-la Domit, responsável pe-lo Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR, e coordenadora das atividades com tartarugas marinhas do Programa Rebimar, a maio-ria dos animais apresentou imunidade baixa e o estado atual é preocupante. “A dis-tribuição de patógenos [or-ganismos que são capazes de causar doença] vem crescen-do nos últimos anos e afe-tando a fauna”, disse.

A prevalência da fibro-papilomatose – doença vi-ral que afeta as tartarugas com múltiplas verrugas se-melhante a herpes humana que pode até matar – cres-ceu de 24% para 66% neste ano. “Pode ter influência da água mais quente em mar-ço, pois nela a capacidade do vírus é maior, mas já temos a certeza que a problemáti-ca está aqui, eles não estão chegando doentes de outros lugares”, declarou. Fora is-

so, foram constatadas várias lesões físicas, o que é carac-terístico de colisões dos ani-mais com embarcações.

Domit explica que o mo-nitoramento feito por satéli-te com dezenas de tartarugas há alguns anos mostram que 70% delas estão passando de quatro a cinco meses no nos-so litoral, em quatro pontos em especial: a Ilha do Mel e Ilha das Cobras, no estuário

de Paranaguá e na Ilha da Fi-gueira e Arquipélago de Cur-rais, em mar aberto.

As tartarugas verdes – animais migratórios – tem 12 berços na região central e sul do Oceâneo Atlântico, como em ilhas próximas do Caribe, Fernando de Noro-nha e até ilhas mais próxi-mas da África, como a britâ-nica de Ascensão.

“Pelas análises iniciais já

verificamos que elas vêm de 10 sítios de reprodução dife-rentes e são bem jovens, es-tão vindo se desenvolver ce-do na costa brasileira. Ou seja, não adianta somen-te essas regiões de berçário trabalharem pela espécie se a gente não fizer nossa par-te”, diz a bióloga.

Para Domit, a ação hu-mana de forma cumulativa está afetando o litoral, des-de a poluição química por efluentes, a sonora do por-to e da dragagem, até a des-truição da área costeira.

SentinelaAssim como o golfinho (bo-to), que é residente do lito-

ral, a tartaruga é considera uma sentinela do meio am-biente. “Ambos nos mos-tram que a situação atual é de desequilíbrio. Primeiro fica evidente neles. É claro que boa parte das pessoas não depende exatamente dos mesmos recursos, mas as comunidades do litoral sim”, diz.

A bióloga diz que os animais já estão buscando outras formas de alimen-tos, de uso do ambiente e modificando seu parâme-tros de saúde.

Mar. Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha avaliou dezenas de animais em março e situação não agradou

A tartaruga-verde é animal ameaçado de extinção e é considerada uma sentinela do meio ambiente | JULIO BAZANELLA/ASSOCIAÇÃO MAR BRASIL

Saúde de tartarugas no litoral do PR preocupa

Começam as obras no Centro de Reabilitação de PontalComeçou no mês passado a construção do Centro de Reabilitação de Animais Ma-rinhos no CEM (Centro de Estudos do Mar) da UFPR (Universidade Federal do Pa-raná), em Pontal do Paraná.

Financiado pela Petrobras no valor de R$ 2 milhões, o espaço de 940 m2 faz parte do PMP-BS (Projeto de Moni-toramento da Bacia de San-

tos-SP) como contrapartida pela exploração do pré-sal.

A expectativa é que o Centro fique pronto em se-tembro deste ano. Nele se-rá possível atender, simul-taneamente e dentro das demandas legais, cem aves não voadoras, como pin-guins, dez aves voadoras, dois lobos marinhos, um cetáceo (baleia) e oito tar-

tarugas marinhas.O espaço será três ve-

zes maior que o atual, que é temporário e não possui re-cintos (espaços para o ani-mal se reabilitar antes de voltar à natureza). Assim, animais com lesões mais sé-rias e necessidade de trata-mento mais longo, não vão precisar viajar para outros estados. METRO CURITIBA

Centro de Reabilitação deve ficar pronto em setembro | DIVULGAÇÃO

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

Iniciativa da Associação Mar Brasil, tem patrocínio da Pe-

trobras. Nesta operação teve 50 especialistas da UFPR,

UEL, ONG uruguaia Karumbé e da Florida State University

e Duke University, dos EUA.

Rebimar

Foz do Iguaçu

Feriadão com vertedouro aberto

Os cerca de sete mil tu-ristas que foram a Usina de Itaipu no feriado pu-deram ver parte do ver-tedouro aberto.

A abertura aconteceu na última quinta e deve permanecer até hoje de-vido ao aumento da va-zão no Rio Paraná em função das chuvas em re-giões acima da barragem – como SP. METRO CURITIBA

Água

Capital teve março mais chuvoso das últimas 2 décadas

Segundo o Simepar, Curi-tiba teve o maior volu-me de chuvas no mês de março desde 1998, quan-do choveu 320,6 mm. Nes-te ano foram 315,4 mm de água com apenas 10 dias sem chuva. No dia 14 cho-veu 67 mm. METRO CURITIBA

Armamento

Guardas treinam uso de pistolas

Guardas municipais de Curitiba estão passan-do por uma capacitação de 120h para aprender a usar pistolas.

Hoje apenas 25% dos 1,3 mil integrantes da corporação usam este ti-po de arma – o restan-te usa revólver, que será substituído. Até agora me-tade dos agentes já foi ca-pacitada. METRO CURITIBA

Treinamento acontece no

Centro de formação na CIC

DANIEL CASTELLANO/SMCS

Excedente de água

foi escoado por uma

das três calhas

ADENÉSIO ZANELLA/ITAIPU BINACIONAL

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {FOCO} 05|

Aprovado pela CCJ (Comis-são de Constituição e Jus-tiça) da Assembleia Legis-lativa, o projeto que cria o programa Escola Sem Parti-do nas escolas estaduais ain-da passará pelas comissões de Finanças e Juventude an-tes de poder ser pautado pa-ra votação em plenário.

O texto ainda permane-ce na Diretoria Legislativa da Casa, que pode avaliar se ele passará por outras co-missões além das duas já ci-tadas. A previsão é de que o Escola sem Partido seja en-viado ao menos para a Co-missão de Educação.

Protocolado em dezembro de 2016, o texto andou lenta-mente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Um dos autores do projeto, jun-to com o deputado Missioná-rio Ricardo Arruda (PEN), o deputado Felipe Francischini (SD) reclamou de ‘manobras’ feitas na comissão. “Sou aber-to ao debate, mas mandar (o texto) para o Conselho de Educação foi uma manobra política. O parecer já havia si-do enviado em dezembro do ano passado”, disse.

O líder do governo na As-sembleia, Luiz Cláudio Roma-nelli (PSB), é contra o projeto e apresentou um voto em se-parado na segunda-feira. Para ele, o Escola sem Partido é in-constitucional, visto que o te-ma já foi barrado no STF (Su-premo Tribunal Federal).

Já os apoiadores dizem que a ideia é impedir a “doutrina-ção ideológica” nas escolas,

garantindo que a educação es-colar não seja contrária aos “princípios morais” das famí-lias. Além disso, o texto proí-be a “ideologia de gênero”.

Na discussão da CCJ, Ro-manelli afirmou, no entanto, que o Plano de Educação do Estado nunca citou “ideologia de gênero”. Segundo ele, a po-lêmica não passou de má in-

terpretação por parte alguns deputados. “Nunca, em tem-po algum, o plano tratou de ideologia de gênero. Por pedi-do de um deputado, trocou--se a palavra ‘gênero’ por ‘ho-mem ou mulher’, disse.

Já a deputada Cláudia Pe-reira (PSC) afirmou que a ideologia de gênero chegou sim a ser incluída no plano, mas não chegou ao plenário por ter sido retirada na CCJ.

Parecer contrário

O CEE (Conselho Estadual de Educação), comandado pe-lo governo do Estado, emitiu um parecer contrário ao tex-to. O parecer diz que proje-to, além de restringir a atua-ção das escolas e professores, é dificilmente aplicável. “De modo prático, ele aponta pa-ra um problema de difícil, se-não impossível, solução: co-mo respeitar a convicção de todas as famílias reunidas em um ambiente escolar úni-co? O Paraná tem sido cons-truído pela herança cultural de muitos povos, de diferen-tes origens: europeia, africa-na, indígena, asiática. Povos de formação religiosa, cultu-ral e moral distintas”, cita.

Além do CEE, já há uma decisão do STF (Supremo Tri-bunal Federal) que cancelou o Escola Sem Partido em Ala-goas. A Procuradoria-Geral da República e a Procuradoria Fe-deral dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, a emitir notas e pareceres pe-la sua inconstitucionalidade.

METRO CURITIBA

Ensino. Projeto aprovado pela CCJ ainda tem que passar por ao menos mais duas comissões antes de ir a plenário

Protesto na Câmara, que barrou projeto semelhante | CHICO CAMARGO/CMC

Escola sem Partido enfrenta comissões

Favoráveiscomandam comissões

Na votação da CCJ os contrários ao Escola sem Partido perderam por 10 votos contra 3, e nas pró-ximas comissões o tex-to também deverá contar com apoios, ao menos dos presidentes. O de-putado Gilson de Sou-za (PSC), hoje presidente da Comissão de Finan-

ças, apresentou texto se-melhante em 2015, que acabou barrado. Já a Co-missão de Juventude é presidida por Paulo Li-tro (PSDB), que votou pe-la constitucionalidade do texto na reunião da CCJ. Ambas vão avaliar o projeto.

Cabe aos presiden-tes das comissões pautar ou não os textos que se-rão votados. Eles não são obrigados a cumprir ne-nhum prazo para a trami-tação. METRO CURITIBA

Assembleia

“Como respeitar a convicção de todas as famílias reunidas em um ambiente escolar único?”

PARECER DO CONSELHO ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO CONTRA O ESCOLA SEM PARTIDO

Com previsão de crescer até 4,5% em 2018, o setor têxtil nacional, está preocupado com a alta das importações dos produtos ao Brasil. No primeiro bimestre ela subiu expressivos 43% na compa-ração com o começo de 2017. “Se o ritmo de cres-cimento se mantiver, to-do o aumento de consumo de 2018 será ocupado pelo produto importado. Mas eu não acho que isso vá acon-tecer”, disse o presidente do conselho de administra-ção da Abit (Associação Bra-sileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Valente Pimentel.

O Paraná é o quarto maior Estado produtor, atrás de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. O setor é responsável por 112 mil empregos diretos no Estado.

Pimentel admite que contra importações vindas de países com “igual com-pliance, não há nada fa-zer, são as regras do jogo”. O problema, diz ele, são as compras de países com me-nor desenvolvimento, com custos de trabalho mais bai-xos, além das importações sem registro. “Essas de ‘nin-guém sabe, ninguém viu’ de onde veio são caso de po-lícia. Nós somos parceiros no combate”, afirmou.

De janeiro a dezembro de 2017, o varejo de ves-tuário cresceu 7,6% no país em comparação com o mesmo período de 2016.

A Abit está promoven-do uma agenda ao presi-denciáveis, em que pede, principalmente medidas trabalhistas e tributárias.

METRO CURITIBA

Produção. Em alta, setor têxtil teme importações

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

A tecnologia que serve pa-ra levar informações até as pessoas também serve, a ca-da dia mais, como ferramen-ta de compartilhamento das chamadas fake news (ou no-tícias falsas, em português).

Nas redes sociais, todo mundo já recebeu alguma notícia mentirosa, exagera-da ou mal intencionada a respeito de qualquer assun-to: política, saúde, religião.

Dias após a morte da ve-readora Marielle Franco, no dia 14, no Rio de Janeiro, se espalhou pela rede uma on-da de boatos sobre ela – des-de que tinha relacionamen-to com traficante até que foi eleita pelo Comando Verme-

lho – todos desmentidos. O tema ganhou ainda mais for-ça na semana passada, com a revelação do uso para fins políticos dos dados dos per-fis de mais de 50 milhões de pessoas no Facebook.

Neste 2018 – mais um ano eleitoral –, as fake news devem se tornar ainda mais frequentes no dia a dia do brasileiro. Para ajudar na identificação de possíveis fake news, Tai Nalon (dire-tora executiva do Aos Fatos) e Edgard Matsuki (editor do Boatos.org) ajudaram o Me-tro Jornal a elaborar dicas para serem usadas na checa-gem da veracidade de qual-quer notícia. METRO

TÍTULO/ASSUNTO/

COMEÇO DO TEXTO

Preste atenção no título dado ao texto. É algo

sensacionalista? Trata de um assunto muito

grave, ou traz palavras alarmistas como “aten-

ção”, “alerta”, “cuidado”? Se sim, esta pode se

tratar de uma notícia falsa. Vá além do títu-

lo e leia a reportagem completa, afinal, uma

notícia precisa de profundidade para ser com-

preendida e só ler a chamada pode induzir

o leitor a fazer uma interpretação equivoca-

da. Além disso, fake news costumam começar

com pedidos do compartilhamento, algumas

vezes acompanhados por frases do tipo “com-

partilhe antes que deletem” ou “as autorida-

des não querem que você saiba disso”.

DATA/URL DA NOTÍCIA

Matérias compartilhadas em redes sociais

costumam vir acompanhadas por links que

levam a sites onde o texto teria sido ori-

ginalmente publicado. Verifique se a URL

(endereço) do site é confiável – muitas fa-

ke news são postadas em sites que têm

endereços obscuros ou intencionalmente

parecidos com os de veículos conhecidos,

só para enganar o leitor. Além disso, tam-

bém podem vir acompanhadas de logos

idênticos aos de jornais ou revistas confiá-

veis. A data da publicação também deve

ser observada, já que uma notícia antiga

pode voltar a circular tempos depois, fora

do contexto original. Há, ainda, as estraté-

gias da ausência de data (que ajuda a fazer

o boato circular a qualquer momento) e da

falta de assinatura do texto.

FONTE

Confira de onde o autor afirma ter retirado as

informações dadas no texto, afinal, opinião não

é notícia. Há fonte citada? Se sim, é uma pes-

soa ou veículo com credibilidade no assunto?

Muitas fake news vêm atreladas a blogs ou pá-

ginas de redes sociais sem essa credibilidade.

Além disso, muitos boatos exibem números as-

sociados a pesquisas – verifique se elas foram

realizadas por instituições confiáveis.

PESQUISA EM OUTROS

VEÍCULOS DE MÍDIA

Quando acontecimentos graves, escanda-

losos ou de muita relevância ocorrem, di-

ficilmente não são noticiados por diversos

portais. Por isso, verifique se a notícia re-

cebida existe em pelo menos mais dois jor-

nais ou revistas confiáveis: mesmo quando

um jornalista “dá um furo” (notícia exclusi-

va), não demora muito para o fato ser noti-

ciado também em outros canais.

ESTILO DO TEXTO

O estilo do texto deve ser avalia-

do – notícias falsas costumam ser

carregadas de hipérboles, adjeti-

vos, termos pejorativos e lingua-

gem parecida com a que escre-

vemos mensagens no WhatsApp.

Erros ortográficos e de concordân-

cia também são comuns em fake

news. Isso mostra que não houve

cuidado na apuração nem na escri-

ta do texto, o que geralmente não

acontece nas publicações de ór-

gãos oficiais de veículos de mídia.

Armadilhas virtuais. Metro Jornal dá dicas de como você pode identificar fake news e boatos que circulam em correntes e não colaborar para espalhar mentiras

PEXELS

COMPARTILHAR SÓDEPOIS DE CHECARSó compartilhe a notícia em suas re-des sociais depois que todas essas informações e detalhes forem che-cados! Desconfie sempre. Pode dar um pouco de trabalho, mas é essen-cial para que não acredite e nem ajude a espalhar boatos por aí. ;)

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {BRASIL} 07|

Após a prisão de amigos e aliados próximos, alvos da Operação Skala, o presiden-te Michel Temer começa a refazer hoje sua equipe mi-nisterial, frente à saída de auxiliares para concorrer às eleições. No Planalto, o te-mor é de uma terceira de-núncia da PGR (Procura-doria Geral da República) contra o presidente – a pro-curadoria deve analisar em breve os depoimentos dos envolvidos na operação e decidir a respeito.

A Operação Skala inves-tiga suposto favorecimen-to das empresas do setor portuário por meio da edi-ção do Decreto dos Portos, assinado por Temer no ano passado.

Entre os 10 presos pre-ventivamente na operação – todos soltos no sábado, a mando do ministro do STF (Supremo Tribunal Fede-ral) Roberto Barroso – es-tão o amigo próximo de Temer, coronel João Batis-ta Lima; o ex-ministro da Agricultura Wagner Ros-si e o ex-assessor do presi-dente José Yunes.

Caso a PGR decida por responsabilizar Temer, o presidente precisará re-construir sua base no Con-gresso. Se surgir, a denún-cia deve ser pautada pelo presidente da Câmara, Ro-drigo Maia (DEM-RJ), que vive a expectativa de uma possível candidatura à pre-sidência da República.

Além disso, a procura-doria pode se manifestar em plena campanha elei-toral, o que exigirá for-ça do governo para derru-bar a denúncia no meio da campanha, com a pressão do palanque.

Nova equipeJá de olho na reconstrução da base, Temer empossa hoje os ministros que vão recompor o governo após a debandada de aliados pa-ra concorrer a cargos nas eleições – o prazo para a

saída dos ministros termi-na no sábado.

O atual diretor do Dnit (Departamento Nacional de infraestrutura de Transpor-tes) Valter Casimiro assu-mirá a pasta de Transportes no lugar de Maurício Quin-tella. O então presidente da Caixa Econômica Federal, Giberto Occhi, assumirá o Ministério da Saúde, substi-tuindo Ricardo Barros.

Para a presidência da Caixa, será nomeado o atual vice-presidente de Ha-bitação da instituição, Nel-son Antônio de Souza.

O presidente traba-lha, agora, para escolher os nomes que vão com-por a equipe econômica. Foi definido que o minis-

tro do Planejamento, Dyo-go Oliveira, ocupará a pre-sidência do BNDES (Banco Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social). Esteves Colnago, atual secretário-executivo da pasta, será o novo chefe do Planejamento. O acordo foi confirmado ontem.

Não há definição de quem ocupará a Fazenda, chefiada por Henrique Mei-relles, que analisa possível candidatura à presidência – ele se filia ao MDB amanhã, na sede do partido.

Caso Meirelles de fa-to decida se candidatar, o mais cotado para assumir o cargo é o atual secretário executivo da pasta Eduar-do Guardia. METRO BRASÍLIA

Semana tensa. Após ministro Barroso liberar 10 presos da Operação Skala, presidente refaz equipe de olho na articulação com o Congresso

Com amigos soltos, Temer dá posse a novos ministros

Presidente sob tensão de nova denúncia | ALLAN SANTOS/PALÁCIO DO PLANALTO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 08| {BRASIL}

Um a cada três adolescentes que bebem iniciou o consu-mo do álcool entre 11 e 15 anos. No total, 62,3% dos adolescentes admitem o consumo de bebida alcoóli-ca. Os dados foram divulga-dos em pesquisa realizada pela rede de escolas Micro-camp com 2.788 alunos en-tre 11 e 24 anos.

Dentre os adolescentes e jovens ouvidos, o consumo é feito mesmo sabendo do al-to risco que a droga traz, já que 71,3% responderam estar cientes dos prejuízos.

Outro ponto que chamou a atenção é o fato de que 52,7% dos entrevistados pos-suem pessoas com problemas de alcoolismo na família.

A maioria, 70,2%, afirma saber que o hábito traz pre-juízo à saúde e uma parcela de 30,3% dos jovens informou que acredita que a bebida al-coólica é porta de entrada pa-ra as demais drogas.

As bebidas mais consumi-das pelos jovens são, respecti-vamente, vodca, rum, tequila, cerveja e vinho.

Segundo Juliano Santos, gestor do Programa de Recu-peração do Instituto Padre

Haroldo, o fato da bebida ser considerada uma “droga de entretenimento” dificulta a empreitada de reduzir o con-sumo. “É comum a bebida es-tar presente na maioria das festas. Muitos não se impor-tam em consumir”, explica. Segundo ele, também existe dificuldade no controle por-que trata-se de uma questão cultural. “Ainda existe em al-gumas famílias, infelizmente, o conceito do pai de que é al-go positivo o filho beber com ele, como uma companhia. É preciso conversar sobre male-fícios do álcool”, comenta.

Segundo Santos, mes-mo que o jovem não se tor-

ne um viciado, ele pode ser prejudicado, como em um acidente de trânsito, por exemplo. “Pode ser que essa criança não se torne depen-dente, mas o álcool pode fa-zê-la morrer em um aciden-te de trânsito”, afirma.

Um dos caminhos, se-gundo Santos, é adotar me-didas semelhantes às que foram tomadas com o cigar-ro. “É preciso uma campa-nha mais severa e uma cer-ta ajuda do governo para mostrar que se trata de uma droga perigosa. As campa-nhas reduziram o número de fumantes no país. Isso poderia acontecer também com a bebida”, completa.

Alto consumo

Segundo dados da OMS (Or-ganização Mundial de Saú-de), o brasileiro teve consu-mo per capta de 8,9 litros de bebida alcoólica em 2016, acima da média internacio-nal de 6,4 litros por pessoa. A média nos países das Amé-ricas é de 8,2 litros.

Preocupação. Pesquisa da Microcamp mostra que 62% dos jovens bebem e, deste grupo, 37% iniciaram o consumo antes dos 15 anos

1 a cada 3 jovens começou a beber entre 11 e 15 anos

CENÁRIO PREOCUPANTE Consumo de álcool é comum para a maior parte

FONTE: REDE DE ESCOLAS MICROCAMP

�ú b l i co pesquisado: �78� ������ ��tre 11 e 24 anos

CONSUMO

BEBIDAS MAIS CONSUMIDAS

FAIXA ETÁRIA DE USO

FREQUÊNCIA

MOTIVADORES

HISTÓRICO

Admitiram usar álcool

Reconhecem o álcool como uma droga perigosa

Iniciam entre 11 e 15 anos

Iniciam entre 15 e 18 anos

Já tiveram episódio de embriaguez

Afirmam que iniciaram por curiosidade

Por vontade de descontrair

Influência dos amigos

Vodca, rum e tequila

Cerveja

Vinho

Bebem quando saem com amigos

Admitem já ter bebido na escola

Dos jovens admitem ter problemas com álcool na família

Se preocupam com esse histórico

62,3%

71,3%

37,3%

23,3%

30,8%

43,7%

9,8%

5,6%

33,3%

13,6%

52,7%

42%

36,9%

12% 11,3%

43,7%

9,8%

5,6%

33,3%

13,6%

11,3%

Desses...

“É uma idade de pleno d���evo�v���eto cerebral, da p���onalidade e da b���a de identidade. Colocar uma substância dessa nesse período do adolescente é muito perigoso” JULIANO SANTOS, GESTOR DO PROGRAMA

DE RECUPERAÇÃO DO PADRE HAROLDO

CARLOS GIACOMELI METRO CAMPINAS

Manifestação ‘Luzes para Marielle e Anderson’ mobiliza redes sociaisUm novo protesto cobran-do respostas para o assassi-nato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes foi marca-do para a noite de hoje.

Diferentemente das ma-nifestações anteriores, o ato “Luzes para Marielle e An-derson” pede que pessoas acendam, às 19h, velas e lu-zes – celular, isqueiro, entre outros – por dois minutos.

Pelas redes sociais, as pessoas estão sendo convo-cadas a participar do protes-to. O site com informações sobre a ação é: www.mariel-lefranco.com.br/luzes.

Após revelação de duas testemunhas que estavam na noite do assassinato da vereadora e do motorista de que os PMs responsá-veis pela ocorrência man-daram que elas fossem pa-ra casa, e não pediram que

fossem prestar depoimen-to, a corporação justificou que apenas tem a função de preservar o local até a

chegada da perícia. As declarações das duas

pessoas que viram o assas-sinato de Marielle e An-

derson podem esclarecer detalhes do crime. Elas fo-ram divulgadas pelo jor-nal “O Globo” e ainda não prestaram depoimento à Polícia Civil. Mais de duas semanas depois, nenhu-ma prova contundente foi apresentada.

De acordo com as tes-temunhas, que foram ou-vidas pelo jornal separa-damente, no carro que cercou o veículo da parla-mentar estava no banco de trás um homem negro, que sacou uma arma que pare-cia ter um silenciador e ati-rou. Apenas um carro teria sido usado no crime.

O Disque Denúncia (2253-1177) recebeu mais de 70 ligações anônimas. Cerca de 15 podem tra-zer pistas e ajudar nas in-vestigações do assassinato.

METRO RIO E BANDNEWS FM

Disque Denúncia recebeu mais de 70 ligações anônimas | DIVULGAÇÃO

A menina Valentina Alves Oliveira Aleixo, de 2 anos, foi enterrada ontem, no Ce-mitério Municipal de Man-garatiba, no Rio de Janeiro. A criança foi morta no sába-do, em Conceição de Jacareí, na Costa Verde fluminense.

A polícia investiga a pos-sibilidade de tentativa de execução do pai da meni-na, que estava com a peque-na dentro do carro. Os dois traficantes responsáveis pe-los disparos já foram identi-ficados: Leonardo dos Santos Minas e um outro envolvido, identificado apenas como Chuck. Os agentes também trabalham com a possibili-dade de que o pai da vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Missa de Páscoa

O cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, fez um apelo pela paz no Esta-do ontem, durante a tradi-cional missa em celebração

à Páscoa, na Catedral Metro-politana, no Centro.

“Vemos que tanto a nos-sa terra quanto o nosso asfal-to estão ensanguentados de tantas mortes, por diversas formas e situações. Nós sabe-mos que a vida é importante para todos. Todos nós quere-mos uma vida plena cada vez mais”, enfatizou Dom Ora-ni, ao comentar sobre a vio-lência que assola a cidade. “Existe um Rio que o mun-do não conhece, que não é de samba, futebol ou violên-cia. É de gente de fé, de gen-te santa, de gente do bem.”

METRO RIO

Violência no Rio. Criança assassinada é enterrada

“Vemos que tanto a nossa terra quanto o nosso asfalto estão ensanguentados de tantas mortes, por diversas formas e situações” DOM ORANI TEMPESTA, ARCEBISPO DO RIO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} 09|

Limites de dedução

Dependentes:R$ 2.275,08

Educação:R$ 3.561,50

DECLARAÇÃO COMPLETA

Empregado doméstico:R$ 1.171,84

Saúde:NÃO HÁ LIMITE

ACERTO DE CONTAS COM O LEÃO

FONTE: RECEITA FEDERAL

PRAZO FINAL

O prazo termina às 23h59m59s de 30 de abril. Quem entregar depois disso está sujeito a multa de 1% do imposto devido ao mês, até o limite de 20%. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74

Painel inicial: terá informações das fichas que poderão ser mais relevantes para o contribuinte

Dependentes: será exigido o CPF de dependentes a partir de 8 anos. Até então, a obrigatoriedade valia somente para dependentes com 12 anos ou mais

Recebeu mais de R$ 28.559,70 de renda tributável no ano

Ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano

QUEM PRECISA DECLARAR Basta estar numa situação

Teve ganho com a venda de bensComprou ou vendeu ações na Bolsa

Recebeu mais de R$ 142.798,50 em atividade rural ou tem prejuízo rural a ser compensado

No site da Receita, apenas para quem possui certificado digital, pelo o serviço “Meu Imposto de Renda”, no e-CAC (centro virtual de atendimento)

Em qualquer computador, baixando o programa do IR 2018

Em tablets ou celulares, por meio do aplicativo “Meu Imposto de Renda”

COMO DECLARAR

NOVIDADES

Declaração de bens: foram incluídos campos para informações como número de registros, área, localização do bem, CNPJ de empresas e/ou instituições financeiras e Renavam. O preenchimento só será obrigatório em 2019, mas a Receita aconselha a inclusão dos dados neste ano

Cálculo do imposto: será informada a alíquota efetiva utilizada no cálculo da apuração do imposto

Darf: será possível imprimir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais para pagamento de todas as quotas do imposto, inclusive as que estão em atraso

“Meu Imposto de Renda”: programa substituirá o m-IRPF, a retificadora on-line e o rascunho. Permite o preenchimento de declarações do IRPF 2018, originais e retificadoras

Pode deduzir 20% no valor tributável, limitado a R$ 16.754,34

DESCONTO SIMPLIFICADO

Era dono de bens de mais de R$ 300 mil

Passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2017 e ficou aqui até 31 de dezembro

Vendeu um imóvel e comprou outro num prazo de 180 dias, usando a isenção de IR no momento da venda

Imposto de Renda. Contribuinte tem mais 29 dias pela frente, incluindo hoje, para ‘ficar com a ficha limpa’ na Receita Federal

Entrega do IR vai até dia 30

Quem ainda não entregou a declaração do IRPF (Im-posto de Renda Pessoa Físi-ca) deste ano tem até o pró-ximo dia 30 de abril, uma segunda-feira, para acer-tar as contas. A expectativa do Fisco é receber 28,8 mi-lhões de declarações, 300 mil a mais do que em 2017. Até a última sexta-feira, 6,44 milhões de contribuin-tes haviam feito a sua parte – 22,4% do esperado. As res-tituições são pagas de acor-do com a data da entrega – receberá primeiro quem

enviar a declaração antes. É obrigado a declarar

quem recebeu rendimentos tributáveis em 2017 acima de R$ 28.559,70. Também precisa entregar o documen-to quem recebeu rendimen-tos isentos, não tributáveis ou tributáveis exclusiva-mente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil.

Os contribuintes que per-derem o prazo estarão sujei-tos ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e má-xima de 20% sobre o impos-to devido. METRO

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

O jornalista Luiz Cesar Pi-mentel foi a Israel, mergu-lhou nas escrituras aprova-das pela igreja Católica que viraram o “Novo Testamen-to”, ouviu fontes científicas sobre os feitos e ditos de Je-sus e abordou historiadores e suas obras sobre o Jesus

histórico para “remontar o quebra-cabeças sobre quem foi ele de verdade, a partir de todas as peças do tabu-leiro”. O resultado é o livro “Jesus, uma Reportagem” (Editora Seoman, 288 pá-ginas), que já está à venda nas livrarias. METRO

Livro. A vida de Cristonarrada como reportagem

Fac-simile da capa da obra: quebra-cabeças elaborado | REPRODUÇÃO / ANDRÉ PORTO

Durante a mensagem “Urbi et Orbi” (“À cidade de Roma e ao mundo”) desta Páscoa, o papa Francisco pediu mais solida-riedade para a humanidade, especialmente aos excluídos. Ele mencionou os imigrantes. “Não falte solidariedade para as muitas pessoas obrigadas a sair de suas terras e privadas do mínimo necessário para vi-ver”, ressaltou Francisco.

Também invocou sabe-doria para que todos os governantes respeitem a dignidade dos cidadãos. “In-vocamos sabedoria para os que em todo mundo têm responsabilidades políticas, para que respeitem sempre a dignidade humana, traba-lhem com dedicação a servi-ço do bem comum e garan-tam o desenvolvimento e a segurança dos próprios ci-dadãos”, disse Francisco.

O pontífice ainda orou pelas crianças e idosos que são considerados “descar-tados” pela humanidade. “Frutos de vida nova para as crianças que, devido às guer-ras e à fome, crescem sem esperança, sem educação”; e também para os idosos des-cartados pela cultura egoís-ta, “que põe de lado aque-les que não são produtivos”, afirmou o papa. METRO

Igreja. Francisco envia mensagem pró-excluídos

Israel não irá investigar morte de 15 palestinos

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieber-man, rejeitou ontem pe-didos de uma investiga-ção sobre a morte de 15 palestinos por militares israelenses durante um ato palestino na fron-teira entre Gaza e Israel na última sexta-feira. Lie-berman disse que os sol-dados na Faixa de Gaza “merecem uma medalha” pelo trabalho. METRO

Morre aos 91 anosex-ditador Efraín Ríos Montt

O ex-ditador militar Efraín Ríos Montt mor-reu ontem de manhã, informou seu advogado, Luis Rosales. Ele tinha 91 anos. Ríos Montt, que governou a Guatemala de 1982 a 1983, foi con-denado em 2013 por ge-nocídio em razão da sua sangrenta administração da nação centro-ameri-cana durante sua guerra civil. METRO

Carro da polícia atropela mulher durante protesto

Um carro da polícia atro-pelou ontem, em Sacra-mento, uma mulher que participava de um pro-testo contra a morte de Stephon Clark, jovem negro de 22 anos balea-do com 20 tiros duran-te uma ação policial, no último dia 18 de mar-ço, após seu celular ser confundido com uma ar-ma. A mulher atropelada passa bem. METRO

EUA Gaza Guatemala

Restos da estação espacial chinesa “Tiangong-1” come-çaram a cair ontem à noite (horário de Brasília) na Ter-ra. Em órbita desde 2011, a estação terminou a missão em 2016, e a previsão era de que caísse de volta na atmos-fera entre março e abril de 2018. A maior parte deveria explodir quando chegasse à atmosfera, mas alguns peda-ços poderiam “sobreviver” até a superfície. METRO

Após sete anos de órbita, estaçãoespacial chinesa cai na Terra

Tiangong-1: missão concluída em 2016 e retorno em 2018 | DIVULGAÇÃO / CSMA

Trump e Melania, ontem, no resort particular da Flórida, antes de embarcarem para Washington | YURI GRIPAS / REUTERS

O presidente Donald Trump disse ontem em seu perfil do Twitter que não haverá um acordo sobre a legaliza-ção do status de imigrantes jovens conhecidos como “sonhadores”, declarando que a fronteira Estados Uni-dos-México está se tornan-do mais perigosa.

Depois de publicar uma mensagem de “Feliz Pás-coa” na plataforma de mí-dia social, Trump seguiu com: “Agentes da Patrulha de Fronteira não têm per-missão para fazer o trabalho corretamente na fronteira por causa de leis (Democra-

tas) liberais ridículas como a ‘Catch & Release’ (pegar e largar). Ficando mais perigo-sas. ‘Caravanas’ estão che-gando. Republicanos devem ir para a Opção Nuclear para aprovar leis duras AGORA. ACORDO DACA NÃO MAIS!”.

O Daca (Ação Diferida para os Chegados na Infân-cia) é o programa criado em 2012 pelo ex-presidente de-mocrata Barack Obama que Trump tentou rescindir re-centemente. Projetado pa-ra indivíduos trazidos para os Estados Unidos como fi-lhos por pais que eram imi-grantes sem documentos,

o programa protegeu os in-divíduos da deportação e deu-lhes autorizações de trabalho. Trump também ameaçou acabar com o Acor-do de Livre Comércio da América do Norte, que atual-mente está sendo renegocia-do com o México e o Canadá.

“Eles (os mexicanos) riem de nossas leis de imigração burras (“dumb”). Eles de-vem parar os grandes flu-xos de drogas e pessoas ou eu vou deter sua fonte de dinheiro, NAFTA. PRECISA-MOS DE MURO!”. METRO

EUA. Magnata também ameaça acabar com o Nafta, acordo que atualmente está sendo renegociado com o México e o Canadá

Trump afirmaque não haverá mais o Daca

Leia mais no metrojornal.com.br

Os agricultores familiares do Paraná vão servir mais de um milhão de refeições por dia nas escolas estaduais. Os alimentos, adquiridos de 144 associações e cooperati-vas, abastecerão 2.146 esco-las espalhadas por todos os nossos 399 municípios.

A formalização do acordo foi feita na última semana, na sede do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educa-cional (Fundepar). “Essa nego-ciação vem sendo conduzida desde 2011”, conta o Secretá-rio da Agricultura e Abasteci-mento, Norberto Ortigara.

Segundo ele, o Paraná é o primeiro estado do Bra-sil a se adequar às diretri-zes do Plano Nacional de Ali-mentação Escolar (PNAE). “O que vem da roça é bom pa-ra a criançada”, diz Ortigara. “Deixa de ser alimento enla-tado para ser natural, vindo diretamente da terra”.

Ortigara disse alme-jar também um cenário em que, futuramente, to-da a alimentação escolar se-ja fornecida por agriculto-res familiares orgânicos ou

agroecológicos do estado.“Enquanto isso, nosso de-

ver é minimizar o uso de insumos químicos, cuidar bem do solo, da água e ru-mar para a conversão de no-vas áreas, para que possa-mos um dia promover, de forma sustentável, orgânica e agroecológica, toda a ali-mentação escolar”.

A cerimônia no Funde-par marcou também o lan-

çamento de um Grupo de Trabalho Intersetorial Esta-dual — que se dedicará ao es-tudo dos possíveis caminhos para o cumprimento da me-ta. O plano é que, até 2030, 100% da alimentação escolar paranaense seja orgânica ou agroecológica.

“Estamos muito conten-tes em poder garantir a nos-sos estudantes um alimento rico, nutritivo e fresco; pois

aprender a comer e a se nu-trir com qualidade também faz parte do processo educati-vo”, comenta a diretora-técni-ca do Fundepar, Maria Teresi-nha Ritzmann.

“Além disso, uma iniciativa pública como essa é excelen-te oportunidade para aprimo-rarmos o desenvolvimento rural sustentável de nosso es-tado a partir de uma boa polí-tica de planejamento”.

Para o engenheiro agrô-nomo João Carlos Zandoná, diretor-presidente do CPRA, esse momento deve ser ce-lebrado como importante marco para a agricultura pa-ranaense. “Mesmo professo-res, em sala de aula, poderão abordar o assunto de modo a ensinar a importância de uma boa formação nutricio-nal e, ainda, mostrar aos alu-nos que a produção orgânica ou agroecológica é uma for-ma viável de se produzir ali-mentos e preservar o meio ambiente”, diz.

“Pela alimentação de qualidade, podemos for-mar cidadãos de qualidade.”

METRO COM PARANÁ PORTAL

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {AGRO PARANÁ} 11|

Em debate com produtores rurais, o secretário de Políti-ca Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), Neri Gel-ler, disse que o Plano Agríco-la e Pecuário (PAP) 2018/2019 deverá manter, no mínimo, os R$ 188 bilhões aprovados para a colheita passada.

O diretor de Crédito do Mapa, Wilson Vaz Araú-jo, alerta que “a agricultu-ra não pode prescindir de níveis adequados de recur-sos ao produtor, pela sua importância no controle da inflação, na balança co-mercial e na retomada do crescimento econômico”. O diretor disse ainda que o plano poderá ser apresenta-do um pouco mais cedo es-te ano. Em 2017 o PAP foi anunciado em 7 de junho.

Entre as novidades do

Mapa para o Plano Safra 2018/2019 estão a implan-tação de um sistema de se-guro que seja feito por meio de leilão direto para o pro-dutor, e não pelo agente fi-nanceiro. “Eu reconheço que nós precisamos avan-çar. Por isso, façam enca-minhamentos práticos, e a gente altera o que seja factí-vel”, completou Geller.

Na última semana pas-sada, integrantes do Mi-nistério da Agricultura e da Fazenda, produtores ru-rais e lideranças de entida-des do agronegócio, deba-teram as propostas para o novo PAP em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, com mais de 700 produtores, técnicos e estudantes.

A principal reivindicação foi a redução da taxa de ju-ros para o próximo Plano Sa-

fra. A logística e a melhoria da infraestrutura de trans-porte fora, outras reivindi-cações importantes: a con-clusão da pavimentação da BR 163 e a implantação de ferrovia ligando a região Centro-Oeste ao terminal de Miritituba, no Pará, e aos de-mais portos do Arco Norte.

Os juros poderão recuar a partir de julho quan-do começarem os prepa-rativos para o novo ciclo de produção. O corte se-rá feito para seguir as re-duções que estão ocorren-do na taxa básica de juros, a Selic, fixada em 6,5% ao ano, contra os 8,5% anuais cobrados sobre as opera-ções de custeio. O saldo de aplicação de 2017/2018 de-verá ser de R$ 150 a 155 bilhões até 30 de junho.

METRO COM PARANÁ PORTAL

Crédito rural. Ministério da Agricultura assegura ao menos R$ 188 bilhões para safra 2018/2019, volume da safra passada

Recursos para colheita estão assegurados pelo menos até o montante da última safra | DIVULGAÇÃO

Plano agrícola 2018 prevê o mesmo volume de recursos

Produção abastecerá um milhão de refeições por dia | DIVULGAÇÃO

Cooperativas vão fornecer para 2 mil escolas no Paraná

O Brasil pretende ajudar 35 países africanos a lidar com uma praga que atinge diver-sos tipos de lavoura, em es-pecial as de algodão, milho e soja. A lagarta-do-cartucho não representa mais grande ameaça à produção brasilei-ra, graças às tecnologias de-senvolvidas pelo país.

Com o propósito de co-nhecer e adaptar esse conhe-cimento a suas realidades, representantes de 12 países africanos estão no Brasil, on-de participam do seminário Fall Armyworm Tour Study, promovido pela Agência Bra-sileira de Cooperação (ABC).

Sete países africanos já estão desenvolvendo em suas plantações as técnicas brasileiras de manejo inte-grado de pragas: Togo, Ma-li, Benin, Chade, Burquina Faro, Malaui e Moçambique. Para também conhecer essas técnicas, de forma a comba-tê-las em suas plantações, 12 representantes de países afri-canos vieram ao Brasil parti-cipar da Faw Study Tour. Es-tão previstas várias visitas a unidades da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuá-

ria (Embrapa), universidades e institutos que desenvolve-ram técnicas de combate à lagarta-do-cartucho.

“Não temos medo da la-garta-do-cartucho no Bra-sil”, disse o chefe da Embra-pa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Purcino. A unidade, localizada no interior de Mi-nas Gerais, será uma das vi-sitadas pelos africanos. Se-gundo Purcino, essa praga já foi responsável por danos às lavouras brasileiras, cau-sando prejuízos entre 30% e 50% das áreas atingidas. Diante desse cenário, o Bra-sil acabou desenvolvendo “um cardápio de soluções” que incluem técnicas e tec-nologias que fazem uso de produtos transgênicos, inse-ticidas, inseticidas biológi-cos, inimigos naturais e ma-nejos de cultura.

Presente na abertura do seminário, no Itamaraty, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Peter Mi-chael McKinley, elogiou a iniciativa brasileira de com-partilhar seus conhecimen-tos com os países africanos.

METRO COM PARANÁ PORTAL

Tecnologia. Brasil ajuda africanos a combater lagarta do milho e soja

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

“Jogador nº 1” apresenta a história de Wade (Tye She-ridan), que escapa da rea-lidade distópica do ano de 2045 em um jogo de rea-lidade virtual. A morte do criador do game cria uma corrida capaz de conferir fortuna e controle da in-terface a quem encontrar um “easter egg”. Inspirado em um livro de Ernest Cli-ne, o filme é recheado de referências à cultura pop que Steven Spielberg aju-dou a consolidar.

Por que a cultura pop é tão poderosa?Acredito que a nostalgia é muito potente. Ela faz com que muita gente se una para dividir uma me-mória, e isso, coletiva-mente, é um tanto con-fortável, especialmente

quando o mundo passa por momentos não tão felizes.

Essa não seria uma forma de afastar os problemas?Isso depende do tempo em que você fica nostál-gico. Precisamos descan-sar da vida real. Halliday (Mark Rylance) buscava is-so ao criar o jogo Oasis, porque assim não preci-saria falar com as pessoas reais. Escapar é importan-te, mas não acho que fa-zemos isso às custas de resolver nossos problemas correntes.

Você se emocionou com as referências que o li-vro faz a seu trabalho no cinema?Me senti muito honra-

do de ver quantos filmes meus Enert Cline foi ca-paz de incluir ali e tam-bém fiquei grato de a his-tória não ter nada a ver exatamente comigo. A busca pelo “easter egg” foi o que realmente me interessou. Quando acei-tei o projeto, sabia que não podia fazer desse um espelho de vaidades ao refletir tudo com o qual eu contribuí para a cul-tura pop dos anos 1980 e 1990. Ao mesmo tempo, não queria que outro di-retor usasse meus filmes em outra versão de “Jo-gador nº 1” que não essa, então pude me envolver por completo.

GETTY IMAGES

STEVEN SPIELBERGDiretor costura cultura pop de várias décadas em ‘Jogador nº 1’, grande homenagem a fi lmes, séries, games e personagens que vivem no imaginário de várias gerações

‘A NOSTALGIA É POTENTE’

CRISTINAURRUTIA METRO INTERNACIONAL

Documentário revela vida de PMs cariocasEm junho de 2017, quan-do completou 6 anos, o jo-vem Cauã Coelho, da zona norte do Rio, comemorou o aniversário com uma festa cujo tema homena-geava a carreira que sonha seguir: a PM (Polícia Mili-tar). No mesmo ano, 134 agentes da corporação fo-ram assassinados em todo o Estado – uma média de uma morte a cada quase três dias. Só na região me-tropolitana, foram regis-trados 5.817 tiroteios em 2017, segundo o aplicativo “Fogo Cruzado”.

Diante de números tão hipérboles, um questiona-mento se impõe: o que le-va um morador do Rio a querer ingressar na PM? A reflexão é o ponto de par-tida para o documentário “Rio de Medo”, que tem previsão de estreia no Ca-nal Brasil, no segundo se-mestre de 2018.

Dirigido pelo jornalista Ernesto Rodrigues, o lon-ga apresenta um panora-ma da segurança pública no território fluminense, sob a perspectiva de 12 po-

liciais militares, da ativa e da reversa, de patentes e origens diferentes.

Na raiz da questão, es-tão dificuldades estrutu-

rais da própria corporação. “A PM tem um efetivo que gira em torno de 47 mil homens. 17 mil deles estão afastados por problemas

médicos, revela o ex-capi-tão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Pau-lo Storani no filme.

‘Não somos canganceiros’Para os entrevistados, um dos fatores que contri-buem para esse cenário é o desenvolvimento de uma cultura beligerante. “O ‘ethos’ [caráter moral] militar levou a um ‘ethos’ guerreiro. Essa é uma das críticas dos especialistas. O militar vê o oponente como um inimigo, e não só como um criminoso”, avalia Storani.

Na mesma linha, o ex--coronel da PMERJ, Vini-cius Cavaliere, um dos fun-dadores do Bope, acredita que uma abordagem po-

licial mais dura represen-ta uma questão de sobrevi-vência. “Se uma mãe tem que chorar, que seja a [do criminoso]”, afirma.

O ex-comandante geral da PMERJ, Ibis Pereira, cri-tica esse modelo: “Não so-mos cangaceiros ou jus-ticeiros. Somos policiais. Em uma troca de tiro, se alguém for alvejado, será socorrido, como manda, à princípio, nossa humani-dade”, opina.

O diretor Ernesto Rodri-gues explica que a intenção do filme foi colocar os po-liciais no centro do deba-te. “Longe de mim querer questionar a importância de antropólogos e ONGs, mas quem está fora des-sas discussões? O PM”, diz.

METRO RIO

Filme traz depoimento de 12 agentes da PM sobre atuação no Rio | DIVULGAÇÃO

“Não somos cangaceiros ou justiceiros. Somos policiais. Em uma troca de tiro, se alguém for alvejado, será socorrido, como manda, à princípio, nossa humanidade”

IBIS PEREIRA, EX-COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR ESTADUAL

DO RIO DE JANEIRO, AO DOCUMENTÁRIO “RIO DO MEDO”

2CULTURA

‘Mary Poppins’

“Eu estava com uma mistura de duas

emoções. Claro que estava muito animada, mas estava congelada

de medo, porque, bem, Mary é um ícone, e Julie

Andrews [que viveu a personagem no filme

de 1964] é ainda mais. Tudo o que pude fazer

era ver a versão de Julie e tentar encontra a

minha própria.”ATRIZ EMILY BLUNT SOBRE AS

EXPECTATIVAS POR PROTAGONIZAR O

FILME “O RETORNO DE MARY POPPINS”.

O LONGA DEVE CHEGAR AOS CINEMAS

BRASILEIROS NO DIA 20 DE DEZEMBRO.

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {PUBLIMETRO} 13|

Leitor fala

Poder JudiciárioO judiciário está desconectado com os sentimentos da sociedade. A cada dia vemos uma operação nova acon-tecendo, prisões temporárias, inves-tigações, condenações de primeiro e segundo graus e, ao final, quem está por trás de toda a atividade criminosa sendo liberado pelos ministros. A saí-da de Paulo Maluf da prisão e as arti-culações para livrar Lula da cadeia são sintomáticas. O resultado disso é o acirramento das diferenças e a proli-feração do estado de ódio. E o judiciá-rio, especialmente o STF, quem deve pacificar a sociedade, é hoje o grande responsável pela beligerância que aco-mete o país. E os senhores magistra-dos, quando vão se dar conta da sua responsabilidade com a situação caó-tica para onde o Brasil se encaminha?MARCOS EDUARDO SANTANA - MARINGÁ

HC de LulaEssa semana será simbólica: a depen-der do que os ministros do Supremo decidam na quarta-feira, o Brasil pe-ga fogo de vez. Os brasileiros de bem não vão aceitar calados essas mano-bras para safar Lula.EUCLIDES GOMES - MARINGÁ

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Cruzadas

Sudoku

Soluções

Seu regente Marte forma conjunção com Saturno, condição que recomenda perseverança e foco em

metas a longo prazo.

Temas que envolvam estudos, viagens e aperfeiçoamento profissional despertarão atenção extra para definir

projetos.

Questões materiais e profissionais estão mais propícias a pesquisas e moderações. Confidências serão

mais frequentes em relacionamentos.

O momento é de consolidar planos em sociedades ou em assuntos com quem tenha vínculo. Vida afetiva

apontando novas responsabilidades.

Situações que envolvam seu ritmo e seus horários são propensas a serem revistas. Momento de atenção extra

ao corpo e saúde.

Marte e Saturno formam conjunção em seu signo, o que marcará nova etapa diante de

decisões e responsabilidades por metas a longo prazo.

Questões financeiras e materiais tomarão empenho para objetivos a longo prazo. Tendências a lentidão

na resolução de alguns temas.

Atente-se para que sacrifícios e desgastes por outras pessoas não tirem seu tempo para objetivos

mais efetivos em sua vida.

Temas que envolvam grupos e mesmo instituições tomarão envolvimento para resolver assuntos.

Tendências a novo momento de amizades.

Período para aproveitar divulgações e formas criativas de expor seu trabalho. Momento para mais

seriedade com temas da vida amorosa.

Responsabilidades associadas a família ou a temas domésticos serão mais frequentes de tomar

atenção. Evite apressar situações.

Burocracias e temas que envolvam papéis são propensos a tomar empenho em trabalho

e finanças. Nova etapa para ampliar conhecimentos.

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Os pets também nãopodem ingerir café e alho

A Páscoa é o melhor feriado para se lambuzar de choco-late sem culpa. Infelizmen-te, por mais que gostemos dos nossos amigos mais fiéis, a festa não é para to-dos, já que o doce mais fa-moso do planeta é extre-mamente tóxico para os animais de estimação,

Isso acontece por que em sua composição o chocola-te contém teobromina, um princípio ativo do cacau, que é perigoso para os pets. A quantidade dessa substân-cia aumenta de acordo com a maior concentração de ca-cau, se elevando à medi-da que o chocolate torna-se mais amargo.

Para causar alguma com-plicação ao pet, dependerá do porte, peso e sensibilida-de do animal à substância. “De modo geral, em cães, é de 100mg a 165mg por qui-lo e em felinos é de 80mg a 150mg por quilo. Acima de 250mg/kg a dose passa a ser letal. Sinais clínicos leves podem ser observados em cães que ingeriram 20mg por cada quilograma”, ex-plica a médica veterinária Cibele Ruiz.

Os sintomas dependem da

quantidade ingerida e do es-tado de saúde do animal, po-dendo surgir isoladamente ou de maneira concomitante. Os mais comuns são excitação, nervosismos, batimento car-díaco acelerado, dor abdomi-nal, vômito, diarreia, sede ex-cessiva, respiração acelerada, tremores, espasmos muscula-res e até mesmo convulsões.

De acordo com Cibele, as manifestações clínicas po-dem surgir entre 6 e 12 ho-ras após a ingestão do cho-colate, e os tratamentos com maior êxito começam até três horas após a ingestão. “Quando o tratamento é ini-ciado de maneira tardia, e já existe a incidência de com-plicações cardíacas e episó-dios convulsivos, a taxa de mortalidade é bastante ele-vada”, alerta Cibele.

A morte após a ingestão acontece em um período de 24 horas. O tempo de recupe-ração pode levar até três dias.

“Meu apelo é para que nes-se feriado, esse petisco que pa-rece inocente não seja oferta-do aos animais”, aconselha a veterinária. Para quem não re-siste, a dica é procurar choco-lates desenvolvidos especial-mente para os pets. METRO

Não dê chocolate para os bichinhos!De olho. Alimento causa intoxicação alimentar nos animais e pode ser fatal!

PIXABAY

Os invasores

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {ESPORTE}

3ESPORTE

Inspiração

Daniel AlvesDepois de conquistar seu

36º título na carreira após

a vitória do PSG na Copa

da Liga Francesa, Daniel

Alves fez questão de

exaltar seus pais e dizer

qual é seu legado na

vida: “inspirar pessoas.”

“Obrigado por vosso

esforço [seus pais],

porque graças a isso, sigo

na batalha para inspirar

outros brasileiros. Ser

inspiração para outras

pessoas é meu legado

nessa vida.”

Quando Felipe Melo foi apre-sentado no Palmeiras no co-meço da temporada passada, não demorou para conquis-tar a torcida alviverde e ga-nhar uma música especial: “O bagulho é doido! Felipe Melo, pitbull, cachorro louco!”. Os versos pareciam prever que o volante estaria presente na maioria das polêmicas do Ver-dão dentro de campo. Uma das suas frases mais emble-máticas do Ousado, e que fi-cou famosa, era a de “dar por-rada com responsabilidade”.

Ontem, um dia depois de ser expulso ainda no pri-meiro tempo em Itaquera, no primeiro jogo da final do Paulistão, vencido pelo time alviverde por 1 a 0, o volante discutiu com torcedores nas redes e voltou a negar que te-nha agredido Clayson – que também foi expulso.

Corintianos publicaram um vídeo em que o volante aparece encostando a mão nas costas de Clayson, mo-mentos antes de o atacante se descontrolar a ir para cima do próprio Felipe Melo.

Diante do vídeo, um dos torcedores comentou: “Es-sa imagem quebrou o Felipe Melo, estava acompanhando achando que realmente dessa vez ele não havia feito nada”. Foi aí que o volante entrou na

discussão e disparou: “Que-brou m... nenhuma, nem com lupa vocês conseguem mos-trar o que não aconteceu!”

Independente do que ar-gumentou, Felipe Melo aca-bou expulso após a confusão e ficará de fora do segundo jo-go da decisão, domingo que vem, no Allianz Parque. O za-gueiro corintiano Henrique e o atacante palmeirense Borja, que iniciaram o entrevero, re-ceberam o cartão amarelo.

Após a partida, Felipe Me-lo já havia garantido não ter agredido o rival. “As imagens são claras. Acho que paguei um pouco pelo meu nome, mas infelizmente aconteceu. Quero passar que estou mui-to tranquilo, foi uma das pri-meiras vezes que fui expulso sem fazer nada.”

Com a vantagem obti-da, o Verdão joga a volta podendo empatar que será campeão. METRO COM BAND

Palmeiras. Felipe Melo volta a se defender por suposta agressão a Clayson no primeiro jogo da final

Confusão aconteceu no final do primeiro tempo | MARCELO D.SANTS/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS

Vantagem com responsabilidade

Cássio pede ‘árbitro com personalidade’ na 2ª partida

Os jogadores do Corinthians deixaram Itaquera na bron-ca com a atuação do árbitro Leandro Bizzio Marinho. Se-gundo eles, o juiz não con-seguiu controlar os ânimos durante o clássico que ter-minou com a vitória do Pal-meiras por 1 a 0, no último sábado, no primeiro jogo da decisão do Paulista.

Um dos líderes do elen-co, Cássio afirmou que o árbitro não teve pulso pa-ra administrar a situação: “Não houve nada de preju-dicar ninguém, mas creio que ele segurou muito o jo-go. Não queremos um árbi-tro para beneficiar o Corin-thians, queremos um que só apite e seja justo. Que tenha personalidade para apitar um Palmeiras e Co-rinthians.” METRO

Cássio reclamou após a derrota

| LÉO PINHEIRO/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS

Destaque do São Bento no Campeonato Paulista, o la-teral-direito Régis ainda não pôde jogar pelo São Paulo – justamente por ter atuado pelo time do inte-rior na competição.

Mas a estreia está per-to. Ele deve fazer seu pri-meiro jogo pelo Tricolor amanhã, quando o time de Diego Aguirre enfren-ta o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela quarta fa-se da Copa do Brasil. Pe-lo menos, estará à dispo-sição do treinador, mesmo que apenas para compor o banco de reservas.

“Será um jogo difícil, um novo desafio para a nossa equipe. Se eu tiver a oportunidade de jogar, da-rei o meu melhor para co-meçar bem a minha traje-tória no clube”, declarou.

METRO

São Paulo. Regis deve estrear contra o Furacão

No Rio, eletrizante até o fim

Em uma partida eletrizan-te, o Vasco saiu na frente na corrida pela taça do Cam-peonato Carioca – mais uma vez, com gol decisivo nos úl-timos minutos. O Cruz-malti-no derrotou o Botafogo, por 3 a 2, no Engenhão, e, agora, só precisa de um empate para se sagrar campeão do torneio. Já o Glorioso precisa vencer por dois gols de diferença.

Nos primeiros minutos, a equipe de Alberto Valentim demonstrou superioridade tática e, aos 3 minutos, abriu o placar. Renatinho aprovei-tou uma saída errada do za-gueiro Paulão e conseguiu se antecipar ao goleiro Martin Silva. O gol foi o primeiro do meia com a camisa alvinegra.

Mas a dominação botafo-

guense caiu por terra aos 28 minutos, quando Wagner cruzou para Yago Pikachu, que pegou de primeira e em-patou para o Vasco.

Apenas dois minutos de-pois, o meia recebeu, dentro da área, cruzamento rasteiro de Riascos e marcou o gol da virada cruz-maltina.

Aos 36 minutos, Rodri-go Lindoso deu uma pegada forte em Wagner, no meio do campo, e recebeu cartão amarelo. Pendurado, o volan-te do Botafogo ficará fora do jogo decisivo. “Por causa de

um cartão bobo, uma falta de jogo”, reclamou.

O placar voltou à igualda-de ainda no final da primeira etapa. Aos 44 minutos, Luiz Fernando chegou pela direita e levantou para Brenner, que cabeceou direto no cantor es-querdo do rival.

Vitória no fimNo segundo tempo, o deses-pero das duas equipes pelo desempate falou mais alto e o clássico esquentou. Aos 4 minutos, na entrada da área cruz-maltina, Paulão tocou,

com o pé direito, no joelho esquerdo de Renatinho, que caiu. Apesar das reclamações dos botafoguenses, o árbitro mandou a partida seguir.

Da mesma forma que ocorreu na semifinal, contra o Fluminense, o gol da vitória vascaína só sairia nos acrésci-mos. Aos 48 minutos, Thiago Galhardo cobrou escanteio e, depois de desviar em Wel-lington, e a bola sobrou para Andrés Rios, que chutou para o fundo da rede e se tornou o herói do confronto.

Na comemoração, o ata-cante tirou a camisa e fez um gesto obsceno em dire-ção à torcida do próprio ti-me. O atleta foi punido com um cartão amarelo.

O jogo de volta aconte-ce no próximo domingo, no Maracanã, às 16h. Antes dis-so, porém, o Vasco tem com-promisso na quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, onde enfrenta o Cruzeiro pela Li-bertadores. METRO RIO

BOTAFOGO VASCO

2 3

Andrés Rios marcou o gol da vitória no final | AYRA HALM /FOTOARENA/FOLHAPRESS

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

Jogadores do Coxa foram comemorar o gol com a torcida, que não compareceu em peso ontem. Ao contrário dos mais de 30 mil na decisão do ano passado, ontem o público total foi de apenas 10.171 torcedores | GERALDO BUBNIAK/FOLHAPRESS

Os dez dias de prepara-ção fizeram bem ao Coriti-ba. Jogando ontem no Cou-to Pereira, o time venceu o clássico contra o Atlético por 1 a 0 no primeiro jogo da final do Campeonato Pa-ranaense. O gol foi marca-do por Julio Rusch em fal-ta bem cobrada na 1ª etapa.

Na partida derradeira, às 16h do próximo domin-go (8), na Arena da Baixada, o Coxa precisará apenas do empate para levantar sua 39ª taça do Estadual. Já o Furacão vai precisar vencer por dois gols para garantir seu 24º caneco. Vitória ru-bro-negra por um gol levará a decisão para os pênaltis.

“A vantagem é sempre importante, trabalhamos para isto. Tivemos nossas dificuldades, mas consegui-mos controlar bem o jogo. Temos que melhorar muito mais ainda”, analisou o téc-nico Sandro Forner sobre o resultado obtido.

Além da vantagem, a vi-tória quebrou a invenci-bilidade do Rubro-negro, que ainda não havia per-dido em 14 jogos no Esta-dual – fora as quatro parti-das na Copa do Brasil com o time principal.

Apesar da derrota, o téc-nico Tiago Nunes mostrou serenidade. “Estou mui-to tranquilo. Não é o que a gente gostaria, os atletas fi-

caram chateados porque te-mos certeza que podería-mos ter tido um melhor resultado. Serve de apren-dizado. Podemos reverter o placar diante da nossa torci-da”, declarou.

Enquanto o Alviverde te-rá a semana toda para se preparar para a decisão, o Furacão vai enfrentar o São Paulo pela 4ª fase da Copa do Brasil na quarta-feira, às 21h45, na Arena.

Segundo Nunes, ape-sar de ser um jogo do time de Fernando Diniz, alguns atletas que disputam o Pa-ranaense serão integrados ao grupo principal e o “clu-be está voltado para dar to-do o suporte”. Assim, o fo-co no Atletiba será dado só após a quarta-feira, quan-do todos os atletas estive-rem à disposição.

O jogoA partida foi equilibrada e sem muitas chances claras.

Nas que aconteceram no 1º tempo, Wilson defendeu chute de Ederson e Caio de Evandro.

Aos 28’, Julio Rusch ba-teu falta a poucos metros da meia-lua e colocou no canto esquerdo baixo de Caio pa-ra abrir o placar: 1 a 0 Coxa.

No 2º tempo o Atlético retornou com postura mais ofensiva, mas pouco criou. O Verdão ainda quase am-pliou aos 5’ e aos 10’, mas Pablo finalizou mal e Thia-go Lopes parou em Caio, res-pectivamente. Depois disso, contudo, não assustou mais.

O Rubro-negro domi-nou a posse de bola na par-te final do jogo, porém não conseguiu furar o bloqueio do Coxa, que estava bem postado e apostando nos contra-ataques.

Dessa maneira, o Alviver-de segurou a pequena vanta-gem e a final ficou em aber-to para a decisão na Arena.

METRO CURITIBA

Atletiba. Coxa faz o dever de casa, tira invencibilidade do Furacão na primeira partida da final e jogará por um empate na Arena

Atlético teve a bola, mas pouco fez no Couto. Renan Lodi (foto) apoiou bastante na partida | REINALDO REGINATO/FOLHAPRESS

Alviverde em vantagem

Torcedores brigam em terminais

Mais uma vez torcedores de Atlético e Coritiba cau-saram transtornos na cida-de em dia de clássico.

Ontem pouco antes da hora do almoço, por volta das 11h20, torcedores en-traram em conflito no ter-minal do Santa Cândida e a Guarda Municipal preci-sou conter os grupos com balas de borracha para

que não houvesse um con-fronto com possível depre-dação de ônibus e do pró-prio terminal.

Mais tarde, às 15h30, a briga foi no terminal do Portão. Atleticanos ataca-ram torcedores do Coxa que estavam em um biar-ticulado da linha Santa Cândida/Capão Raso com rojões e pedras. O veícu-lo teve o parabrisa danifi-cado e janelas quebradas. Cinco torcedores foram abordados e encaminha-dos à Central de Flagran-tes. METRO CURITIBA

Violência e vandalismo

Wilson; Marcos Moser, Thalisson Kelven, Romercio e

Léo Andrade; João Paulo , Matheus Galdezani (Vitor Carvalho), Julio Rusch (W. Simião) e Thiago Lopes; Evandro (G. Parede) e Pablo. Técnico: Sandro Forner

Caio; Diego, Zé Ivaldo , Léo Pereira e Renan Lodi;

Pierre , Bruno Guimarães , Matheus Anjos (Demethryus) e João Pedro (Alex Sandro); Marcinho (Yago) e Éderson. Técnico: Tiago Nunes

10

• Gol. Julio Rusch aos 28’ do 1o tempo• Arbitragem. Rafael Traci

CORITIBA

ATLÉTICO

“Fui feliz na cobrança de falta e consegui fazer o gol. Eles tiveram a posse de bola, mas não chegaram muito”

JULIO RUSCH, MEIA DO CORITIBA

“Está tudo em aberto. Temos totais condições de reverter lá em casa” BRUNO GUIMARÃES, VOLANTE DO ATLÉTICO

“A vitória foi boa, mas a vantagem é pequena”

SANDRO FORNER, TÉCNICO DO CORITIBA

Dos avós para os pais, de pais para filhos. Colecio-nar um álbum é definitiva-mente uma tradição de fa-mília. Procurar bancas de jornais pela cidade, contar moedas para comprar fi-gurinhas e, depois, colá-las uma a uma. A expectativa de ver as páginas comple-tas se mistura com a espe-rança de que o ritual de-more a acabar. Tudo isso voltou a fazer parte do dia a dia dos paulistanos desde o último dia 18, quando o álbum da Copa do Mundo 2018 chegou às bancas.

E, agora, junto com as figurinhas, os pontos de encontro para a troca das repetidas também estão de volta. Em frente ao estádio do Pacaembu ou no vão li-vre do Masp, por exemplo, colecionadores encontram uma maneira de se reunir e completar o álbum bem rapidinho.

Mas, além do boca e bo-ca, o lance agora é com-binar tudo pelas redes so-ciais. O grupo “Álbum de Figurinhas da Copa do Mundo 2014/2018 Panini – Trocas e Encontros”, cria-do em 2013 no Facebook, é um dos que fazem esse meio de campo. Soma qua-se 28 mil integrantes. Até porque, aquela bendita fi-gurinha que não vem po-de estar escondida no bo-linho de qualquer pessoa por aí. Os grupos no What-sApp também já estão a mil. Tudo, claro, para ga-rantir que ninguém saia de mãos e álbuns vazios.

METRO

No site da Panini, é possível solicitar até 40 figurinhas (cada uma por R$ 0,40, mais R$ 9 de

despesas de manuseio e postagem) para completar seu álbum, basta informar o código de verificação que está na última página. Serão aceitos pedidos até dezembro de 2018

Além do álbum oficial, os colecionadores podem ostentar suas

conquistas na versão digital. Para começar a formar seu acervo, basta inserir os códigos que vêm atrás de algumas figurinhas. Apesar de contar com menos cromos que a edição em papel, também é possível trocar os repetidos pela plataforma oficial da Panini: paninistickeralbum.fifa.com

Um novo golpe que circula no WhatsApp oferece um álbum da Copa do Mundo

da Rússia e mais 100 figurinhas – tudo de graça. Pela campanha falsa, o usuário deveria clicar em um link e responder algumas perguntas para ganhar o prêmio. Com essas informações, ele estaria vulnerável ter seus dados pessoais roubados

Opte por pacotes fechados (um com 40 pacotinhos sai por R$ 80). Vendas avulsas podem ter cromos repetidos.

Varie as bancas onde você compra. Alguns colecionadores acreditam que isso é fundamental para conseguir figurinhas inéditas

Convença os amigos a entrarem na brincadeira. Com mais gente colecionando, fica mais fácil ter com quem trocar

Álbum da Copa. Colecionadores se reinventam para conseguir aquelas figurinhas que faltam

Na manhã de ontem, antes

do almoço de Páscoa, teve

a habitual troca de figurinhas

AN

DR

É P

OR

TO

/ME

TR

O

é o preço do pacote, que

vem com 5 figurinhas

cada

seria o custo mínimo para

completar. Isso considerando

que você tenha muita (!!!)

sorte e não tire repetidas

682 R$ 272,80 R$ 2

é o número total de cromos no

álbum

ÁLBUM REGULARPreço: R$ 7,90(não inclui pacotes de figurinhas)

ÁLBUM DE CAPA DURAPreço: R$ 49,90(inclui 12 pacotes de figurinhas)

Vão livre do MASP Av. Paulista, 1578 Domingos, às 14h

Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller): Sábados e domingos, às 9h

Shopping Eldorado Av. Rebouças, 3970 (2º sub-solo em frente a Kalunga) Sábados, às 14h, e domingos, às 15h

Shopping Metrô Tucuruvi Av. Dr. Antonio Maria Laet, 566 (Piso térreo)Segunda à sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 14h às 20h

Shopping Morumbi Av. Roque Petroni Júnior, 1089 (Hot Zone) Sábados e domingos, às 14h

TOP 5 PONTOS DE ENCONTRO

DICAS DOS VETERANOS

NÃO COMPLETEI, E AGORA?

VALENDO!!!

TRADIÇÃO É TRADIÇÃO

ÁLBUM VIRTUAL

OLHO ABERTO!

40

?

PARA ELE, A TRADIÇÃO COMEÇOU

DESDE CEDO

LEANDRO MACHADOENGENHEIRO QUÍMICO

30 anos1994

COLECIONA DESDE

SP

COLECIONA DESDE CRIANÇA COM O AVÔ, A TIA E OS PAIS. COSTUMAVA TROCAR FIGURINHAS COM A PRIMA

BEATRIZ LEONELESTUDANTE DE JORNALISMO

21 anos 2014COLECIONA DESDE

SP

“Todo domingo eu ia na banca de

jornal com a minha prima e o meu vô para

comprar figurinhas. Não era uma febre você

se reunir em grupo e trocar figurinhas. Era mais difícil de

completar o álbum.”

“Na Copa passada, eu ia de manhã nesses encontros e ficava até umas 22h, 23h

trocando figurinha. Eu cheguei a colecionar

quatro, cinco álbuns. Os quatro últimos foram

basicamente por troca, quase não comprei

figurinhas”

“Quando ele morreu, decidimos manter a tradição.

Na casa onde ele morava, temos todos os objetos que ele colecionava até 1998.”

“Tinha 8 anos quando comprei meu primeiro

álbum, em 1998. Era a maior febre na escola, todas as

crianças na hora do lanche trocando figurinhas e eu não queria ser diferente delas”

POR

INFLUÊNCIA

DE SEU AVÔ,

COMEÇOU

A PAIXÃO

PELAS

FIGURINHAS

DIEGO MOREIRAANALISTA DE SISTEMAS

27 anos

1998

COLECIONA DESDE

SP

Leia mais sobre as figurinhas da Copa do Mundo em metrojornal.com.br

VAI QUE

COLA

“Meu avô que me viciou nisso. Comecei a colecionar na Copa de 1994 e tenho os

álbuns até hoje.”

“Antes, as pessoas se limitavam ao bairro, à banca mais próxima de casa. Fora

que se comprava muito mais que o necessário. Com as

redes sociais, a comunicação é muito maior, mas a paixão

com certeza é a mesma.”

MARINGÁ, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2018www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}