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FACULDADE UNIO DE CAMPO MOURO UNICAMPO
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO
ACADMICOS: ANIELLE DE OLIVEIRA
JOHNSTON MANOEL GONALVES
RAISSAVIRGINEA ROCHA BUENO
SARAH RODRIGUES DE BARROS DE OLIVEIRA
REFERENCIA:ANTUNES, R.. Adeus ao trabalho, ensaio sobre as
metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 8 edio. So Paulo.Dany
Editora Ltda.2002.
FICHAMENTO I:FORDISMO, TOYOTISMO E ACUMULAO FLEXVEL
Em 1890, nos pases de capitalismo avanado, houve profundas transformaes no
mundo do trabalho, nas suas formas de insero na estrutura produtiva, nas formas de
representao sindical e poltica. Foram to intensas que podemos afirmar que a
classe que vive do trabalho sofreu a mais aguda crise deste sculo, que atingiu sua
materialidade, mas teve repercusses na sua subjetividade e afetando sua forma de
ser. (Antunes, 2002, pg. 23)
Nos anos 80, a automao, a robtica e a microeletrnica invadiram o universo fabril,
inserindo-se e desenvolvendo-se nas relaes de trabalho e de produo do capital. O
fordismo e o taylorismo j no so nicos e mesclam-se com outros processos
produtivos, sendo em alguns casos at substitudos, como a experincia japonesa do
toyotismo que permite constatar. (Antunes, 2002, pg, 23, 24)
Novos processos de trabalhos emergem, onde o cronmetro e a produo em srie e
de massa so substitudos pela flexibilizao da produo, pela especializao
flexvel, por novos padres de busca de produtividade, por novas formas de
adequao da produo lgica do mercado. O toyotismo penetra, mescla-se ou
mesmo substitui o padro fordista dominante, em vrias partes do capitalismo
globalizado. Vivem-se formas transitrias de produo, cujos desdobramentos so
tambm agudos, no que diz respeito aos direitos do trabalho. Estes so
desregulamentados, so flexibilizados, de modo a dotar o capital do instrumental
necessrio para adequar-se a sua nova fase. Direitos e conquistas histricas dos
trabalhadores so substitudos e eliminados do mundo da produo. Diminui-se ou
mescla-se, o despotismo taylorista, pela participao dentro da ordem e do universo
da empresa, pelo envolvimento manipulatrio, prprio da sociabilidade moldada
contemporaneamente pelo sistema produtor de mercadorias. (Antunes, 2002, pg. 24)
Reiterando que entendemos o fordismo fundamentalmente como a forma pela qual a
indstria e o processo de trabalho consolidaram-se ao longo deste sculo, cujos
elementos constitutivos bsicos eram dados pela produo em massa, atravs da
linha de montagem e de produtos mais homogneos, atravs do controle dos tempos
e movimentos pelo cronmetro taylorista e da produo em srie fordista, pela
existncia do trabalho parcelar e pela fragmentao das funes, pela separao entre
elaborao e execuo no processo de trabalho, pela existncia de unidades fabris
concentradas e verticalizadas e pela consolidao do operrio massa, do trabalhador
coletivo fabril, entre outras, compreendemos o fordismo junto com o taylorismo,
predominou na grande indstria capitalista ao longo deste sculo. (Antunes, 2002, pg.
24,25)
Segundo Sabel e Piore, especializao flexvel seria a expresso de uma
processualidade tendo especialmente a Terceira Itlia, como experincia concreta,
teria possibilitado o advento de uma forma produtiva que articula, de um lado, um
significativo desenvolvimento tecnolgico e, de outro, uma desconcentrao produtiva
baseada em empresas mdias e pequenas, artesanais, superando o padro fordista
at ento dominante. Um processo artesanal, mais desconcentrado e
tecnologicamente desenvolvido, produzindo para um mercado mais localizado e
regional, que extingue a produo em srie, inspirado num neoproudonismo, seria
ento responsvel pela superao do modelo produtivo que at recentemente
dominou o cenrio da produo capitalista. O elemento causal da crise capitalista seria
encontrado nos excessos do fordismo e da produo em massa, prejudiciais ao
trabalho, e supressores da sua dimenso criativa. (Antunes, 2002, pg, 25)
Muitas crticas foram feitas a esses autores mostrando, de um lado, a impossibilidade
de generalizao desse modelo, e, de outro, o carter epidrmico dessas mudanas.
Coriat, afirma que a hiptese da substituio da produo baseada em economia de
escala, empiricamente irrealizvel, como o princpio exclusivo da especializao
flexvel sustenta-se num mercado essencialmente segmentado e instvel. (Antunes,
2002, pg. 25,26)
Clarke, alega que a tese original da especializao flexvel no universalmente
aplicvel, traz incoerncias no se sustenta empiricamente quando se refere
superao do mercado de massa e incapacidade de esta produo adequar-se s
mudanas econmicas, como suposta correlao entre a nova tecnologia e a escala
e as formas sociais da produo. Reafirma que a especializao flexvel acarretou a
intensificao do trabalho e consiste em um meio de desqualifica-lo e desorganiza-lo.
Sua proposio mais polmica quando desenvolve a tese de que o fordismo dotado
de dimenso flexvel, capaz portanto de assimilar todas as mudanas em curso, dentro
de sua lgica, os princpios do fordismo j se demostram aplicveis a uma gama
extraordinariamente ampla de contextos tcnicos. Dotado de uma concepo ampliada
do fordismo, Clarke v a crise atual de reproduo do capital no como uma
reestruturao ps-fordista e conclui, a crise do fordismo no nada de novo,
apenas a mais recente manifestao da crise permanente do capitalismo.
(Antunes,2002, pg.26)
Frank Annunziato mostra que Piore e Sabel entendem a produo artesanal como um
meio necessrio para a preservao do capitalismo, que Annunziato contesta: o
fordismo domina a economia dos EUA at hoje, medida que tem um processo de
trabalho taylorizado e dotado de uma hegemonia capitalista que penetra no interior
das organizaes de trabalhadores, tanto sindicais quanto nos partidos polticos.
(Antunes, 2002, pg,26,27)
Para Murray, as condies histricas e particulares podem possibilitar, como no caso
italiano, o aparecimento dessas unidades produtivas menores. Lista, entre os
elementos mais importantes na definio da planta industrial, o tipo do produto, as
opes tecnolgicas existentes, o controle do processo produtivo, as relaes
industriais e a legislao estatal. (Antunes, 2002, pg. 27)
O autor mostra que a articulao entre descentralizao produtiva e avano
tecnolgico, na particularidade italiana, tem um claro sentido de combater a autonomia
e coeso de setores do operariado italiano, a ponto de chegar a sugerir uma
necessria reconsiderao do papel do trabalhador coletivo de massa, forte na Itlia
nos anos 60 e 70. O artigo define as vrias formas de descentralizao produtiva,
mostrando que a fragmentao do trabalho, adicionada ao incremento tecnolgico,
pode possibilitar ao capital tanto uma maior explorao quanto um maior controle
sobre a fora de trabalho. (Antunes, 2002, pg. 27)
Segundo Harvey, os padres de vida para a populao trabalhadora dos pases
capitalistas centrais mantiveram relativa estabilidade e os lucros monoplicos tambm
eram estveis. Porm, depois da aguda recesso instalada a partir de 1973, teve incio
um processo de transio no interior do processo de acumulao de capital. Para ele o
fordismo se manteve forte at em 1973 baseado numa produo em massa.
(Antunes, 2002, pg. 28)
Em sua sntese sobre a acumulao flexvel nos diz que essa fase da produo
marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na
flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e
padres de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produo
inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de servios financeiros, novos
mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovao comercial,
tecnolgica e organizacional. A acumulao flexvel envolve rpidas mudanas dos
padres do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regies
geogrficas, criando, um vasto movimento no emprego no chamado setor de servios,
bem como conjuntos industriais completamente novos em regies at ento
subdesenvolvidas. (Antunes, 2002, pg.28)
Mesmo distante daqueles que falam em novos processos produtivos, quanto
daqueles que no veem novas e mesmo significativas transformaes no interior do
processo de produo de capital, Harvey reconhece a existncia de uma combinao
de processos produtivos, articulando o fordismo com processos flexveis, artesanais
tradicionais. Mas considero igualmente perigoso fingir que nada mudou, quando os
fatos da desindustrializao e da transferncia geogrfica de fbricas, das prticas
mais flexveis de emprego do trabalho e da flexibilidade dos mercados de trabalho, da
automao e da inovao de produtos olham a maioria dos trabalhadores de frente.
(Antunes, 2002, pg. 28,29)
Como consequncias dessas formulaes, Harvey desenvolve sua tese de que a
acumulao flexvel, na medida em que ainda uma forma prpria do capitalismo,
mantm trs caractersticas essenciais desse modo de produo. Primeira: voltada
para o crescimento, segunda: este crescimento em valores reais se apoia na
explorao do trabalho vivo no universo da produo e terceira: o capitalismo tem uma
intrnseca dinmica tecnolgica e organizacional. Em condies de acumulao
flexvel, parece que sistemas de trabalho alternativos podem existir lado a lado, de
uma maneira que permita que os empreendedores capitalistas escolham vontade
entre eles, O mesmo molde de camisa pode ser produzido por fabricas de larga escala
na ndia, pelo sistema cooperativo da Terceira Itlia, por exploradores em Nova York e
Londres, e por sistemas de trabalho familiar em Hong Kong. (Antunes, 2002,
pg.29,30)
A consequncia dessa processualidade foi que ocorreram altos nveis de desemprego
estrutural e houve retrocesso da ao sindical. O individualismo exacerbado
encontrou, tambm, condies sociais favorveis, entre tantas outras consequncias
negativas. Se essas experincias da acumulao flexvel, trouxeram tantas
consequncias, foi o toyotismo ou o modelo japons, que maior impacto tem causado,
tanto pela revoluo tcnica que operou na indstria japonesa, quanto pela
potencialidade de propagao que alguns dos pontos bsicos do toyotismo tem
demonstrado, expanso que hoje atinge uma escala mundial. (Antunes, 2002, pg. 30)
Coriat fala em quatro fases que levaram ao advento do toyotismo. Primeira: a
introduo, na indstria automobilstica japonesa, da experincia do ramo txtil,
especialmente pela necessidade de o trabalhador operar simultaneamente com vrias
mquinas. Segunda: a necessidade de a empresa responder crise financeira,
aumentando a produo sem aumentar o nmero de trabalhadores. Terceira: a
importao das tcnicas de gesto dos supermercados dos EUA, que deram origem
ao Kanban. Quarta fase: a expanso do mtodo kanban para as empresas
subcontratadas e fornecedores. Ele acrescenta ainda outros traos significativos do
toyotimismo: a necessidade de atender a um mercado interno que solicita produtos
diferenciados e pedidos pequenos, dadas as condies limitadas do ps-guerreira no
Japo. Diz o autor: nesta condies, a competncia a competitividade determinaram-
se a partir da capacidade para satisfazer rapidamente pedidos pequenos e variados.
Assim nasce o ohnismo. (Antunes, 2002, pg.30,31)
Por fim, havia que enfrentar o combativo sindicalismo japons, responsvel por uma
atuao marcada por muitos confrontos grevistas, e que se constitua num entrave
expanso do toyotismo. Em 1950, houve um expressivo movimento grevista contra um
processo de demisses em massa na Toyota. A longa greve dos metalrgicos foi
derrotada pela Toyota. Foi a primeira derrota do sindicalismo combativo no Japo. Em
1952/1953, desencadeou-se uma nova luta sindical em vrias empresas, que teve
durao de 55 dias e onde o sindicalismo foi novamente derrotado. importante
lembrar que Nissan, neste conflito recorrei ao lockout, como forma de desmoralizar a
greve. Aps a represso que se abateu sobre os principais lderes sindicais, as
empresas aproveitaram a desestruturao do sindicalismo combativo e criaram o que
se constituiu no trao distintivo do sindicalismo japons da era toyotista: o sindicalismo
de empresa, os sindicato- casa, atado ao iderio e ao universo patronal. (Antunes,
2002, pg. 31,32)
No ano seguinte, 1954, esse mesmo sindicato foi considerado ainda pouco
cooperativo, sendo por isso dissolvido e substitudo por um novo sindicato inserido no
espirito Toyota com o lema: proteger nossa empresa para defender a venda. Essa foi
a condio essencial para o sucesso capitalista da empresa japonesa e, em particular,
da Toyota. Os sindicatos tem, como o caso da Nissan, papel relevante na
meritocracia da empresa, na medida em que opinam sobre a ascenso funcional dos
trabalhadores. Coriat diz, referindo-se tambm ao sindicalismo japons, que em vrias
situaes a passagem pelo sindicato uma condio para ascender a funo de
responsabilidade, sobre tudo em matria de administrao de pessoal, o que vincula
ainda mais o sindicato a hierarquia das empresas. Foi a partir destes condicionantes
histricos que se gestou o modelo japons, que aqui estamos chamando de
toyotismo. (Antunes, 2002, pg. 32)
Seus traos constitutivos bsicos podem ser assim resumidos: ao contrrio do
fordismo, a produo sob o toyotismo voltada e conduzida diretamente pela
demanda. este quem determina o que ser produzido, e no o contrrio, como se
procede na produo em srie e de massa do fordismo. O melhor aproveitamento
possvel do tempo de produo, garantido pelo just in time. O kanban, placas que
so utilizadas para reposio das peas, fundamental, medida que se inverte o
processo: do final, aps a venda, que se inicia a reposio de estoques, e o kanban
a senha utilizada que alude necessidade de reposio das peas ou produtos,
associado ao modelo de funcionamento dos supermercados, que repem os produtos,
depois da venda.(Antunes,2002, pg. 32,33)
Para atender s exigncias mais individualizadas de mercado, preciso que a
produo se sustente num processo produtivo flexvel, que permita a um operrio
operar com vrias mquinas, rompendo-se com a relao um homem, uma mquina
que fundamenta o fordismo. E a chamada polivalncia do trabalhador japons.
(Antunes. 2002, pg. 33)
Do mesmo modo, o trabalho passa a ser realizado em equipe, rompendo-se com o
carter parcelar tpico do fordismo. Alm da flexibilidade do aparato produtivo,
preciso tambm a flexibilidade da organizao do trabalho. Neste ponto encontra-se
mais uma ntida diferena frente rigidez do fordismo. Gounet nos diz que esta uma
das maiores dificuldades para a expanso ampliada do toyotismo junto s estruturas
produtivas j existentes e resistentes a essa flexibilizao. Ao contrrio da
verticalizao fordista, onde ocorreu uma integrao vertical, medida que as
montadoras ampliaram as reas de atuao produtiva, no toyotismo tem-se uma
horizontalizao, reduzindo-se o mbito de produo da montadora e estendendo-se
s subcontratao, s terceiras, a produo de elementos bsicos, que no fordismo
so atributos das montadoras. Desse modo, kanban, just in time, flexibilizao,
controle de qualidade total, eliminao do desperdcio, gerncia participativa, entre
outros elementos, propagam-se intensamente. (Antunes, 2002, pg. 33,34)
A diminuio da porosidade no trabalho aqui ainda maior do que no fordismo. Este
trao do toyotismo possibilita forte crtica de Gounet a Coriat, dizendo que reconhece
que o sistema de luzes permite um melhor controle da direo sobre os operrios, mas
omite o principal: que esse mtodo serve para elevar continuamente a velocidade da
cadeia produtiva. Ao permanecer oscilando, a direo pode descobrir os problemas
antecipadamente e suprimi-los de modo a acelerar a cadncia at que o prximo
problema ou dificuldade apaream. (Antunes, 2002, pg.34)
O toyotismo estrutura-se a partir de um nmero mnimo de trabalhadores, ampliando-
os atravs de horas extras, trabalhadores temporrios ou subcontratao, dependendo
das condies de mercado. Isto explica por que um operrio da Toyota trabalha
aproximadamente 2.300 horas, em mdia, por ano, enquanto, na Blgica outras
montadoras, trabalha entre 1.550 e 1.650 horas por ano. Em 1987, estimou o numero
necessrio de horas por homem, para fabricar um veculo: 19 horas no arquiplago;
26,5 horas em mdia nos EUA; 22,6 horas nas melhores fbricas europeias e 35,6
horas em mdia na Europa, quase duas vezes mais que no Extremo
Oriente.(Antunes, 2002, pg. 34,35)
Gounet sintetiza: O toyotismo uma resposta crise do fordismo dos anos 70. Ao
invs da linha individualizada, ele se integra em uma equipe. Ao invs de produzir
veculos em massa, ele fabrica um elemento para a satisfao da equipe que est na
sequencia da sua linha. E conclui, em sntese, com o toyotismo, parece desaparecer o
trabalho repetitivo, ultra-simples, desmotivante e embrutecedor. Finalmente, estamos
na face do enriquecimento das tarefas, da satisfao do consumidor, do controle de
qualidade. (Antunes, 2002, pg. 35)
Diz que: crculos e controles de qualidade no sistema da Toyota, os engenheiros do
cho de fbrica deixam de ter um papel estratgico e a produo controlada por
grupos de trabalhadores. O controle de qualidade apenas uma parte do CCQ. A
Toyota trabalha com grupos de oito trabalhadores... Se apenas um deles falha, o
grupo perde o aumento, portanto este ultimo garante a produtividade assumindo o
papel que antes era da chefia. O mesmo tipo de controle feito sobre o
absentesmo.(Antunes, 2002, pg. 35)
Coriat, ao incorporar a formulao de outro autor: O sindicalismo no Japo, embora
dominado pela forma do sindicato de empresas, deve ser apreendido como um
continuum que vai dos sindicatos fortemente burocratizados e que organizam
centenas de milhares de assalariados, at a sociedade de uma pequena empresa que
se transforma, de maneira episdica, em negociador coletivo. (Antunes, 2002, pg.36)
Sobre o emprego vitalcio Watanabe diz que: Esse sistema comeou em 1961. Para
obter dos trabalhadores o compromisso com o aumento da qualidade e produtividade,
os empresrios ofereciam esta vantagem. No entanto, esta pratica foi adotada apenas
nas grandes empresas, atingindo, aproximadamente, 30% dos trabalhadores
japoneses. necessrio lembrar que a instituio do emprego vitalcio est altamente
ligada estrutura salarial, que correspondeu necessidade das empresas de garantir
a permanncia dos trabalhadores na mesma fbrica. Com aposentadoria aos 55 anos,
o trabalhador transferido para um emprego menos remunerado em empresas de
menor porte e prestgio.(Antunes, 2002, pg.36)
h tambm, no universo do emprego vitalcio, uma outra decorrncia das condies
de trabalho no arquiplago: O karoshi, termo que se refere morte sbita no trabalho,
provocada pelo ritmo e intensidade, que decorrem da busca incessante do aumento da
produtividade. (Antunes, 2002, pg. 36)
Coriat sugere que, em um universo internacionalizado, se as lies japonesas so
copiadas em todas as partes, porque correspondem fase atual de um capitalismo,
que se caracteriza pelo crescimento da concorrncia, pela diferenciao e pela
qualidade, condies originais da constituio do mtodo ohmiano. Os traos crticos
que apresenta so diludos, e a eles se sobrepem os traos de vantagens do modelo
japons. Sua concluso lmpida: Para a empresa ocidental, o desafio, o que
consiste em passar do envolvimento incitado ao envolvimento negociado. Assim, a
pratica j antiga da co-determinao de tipo alem ou sueca em mais de um aspecto
tem sabido abrir-se para permitir a estes novos acordos dinmicos de tipo japons,
onde a qualificao, a formao e os mercados internos esto sistematicamente
construdos como base da produtividade e da qualidade. Seria um ultimo paradoxo, e
em verdade magnifico, se a lio japonesa, ao transferir-se para a velha Europa,
pudesse traduzir-se finalmente em uma democracia.(Antunes, 2002, pg. 37)
Cremos, ao contrrio, que a introduo e expanso do toyotismo na velha Europa
tender a enfraquecer ainda mais o que se conseguiu preservar do welfare state, uma
vez que o modelo japons esta muito mais sintonizado com a lgica neoliberal do que
com uma concepo verdadeiramente social-democratica. No difcil concluir que a
Vantagem japonesa, dada por um ganho salarial, decorrente da produtividade, que
beneficia uma parcela minoritria da classe trabalhadora no prprio Japo, dar-se-ia
reduzindo ainda mais as condies da populao trabalhadora que depende dos
fundos sociais. Menos do que social-democratizao do toyotismo, teramos uma
toyotizao descaracterizadora e desorganizadora da social-democracia.(Antunes,
2002, pg. 37,38)
Naturalmente, formulaes como a de Coriat, que defendem a introduo do
Toyotismona Europa, inserem-se na busca de uma sada para a atual crise do
capitalismo, uma nova forma de regulao e um novo ordenamento social pactuado
entre capital, trabalho e Estado, relao esta concebida como cooperativa. Isto supe,
evidentemente, a incorporao e aceitao, por parte dos trabalhadores da politica
concorrencial e de competitividade, que passa a fornecer o iderio dos trabalhadores.
(Antunes, 2002, pg. 38)
A consequncia mais evidente o distanciamento pleno de qualquer alternativa para
alm do capital, como, por exemplo, a questo do desemprego estrutural, que
atualmente esparrama-se por todo o mundo, em dimenses impressionantes, e que
no poupa nem mesmo o Japo, que nunca contou com excesso de fora de trabalho.
Por isso no temos dvida em enfatizar que a ocidentalizao do toyotismo
conformaria em verdade uma decisiva aquisio do capital contra o trabalho.
(Antunes, 2002, pg. 38,39)
Queremos aqui to-somente enfatizar que a referida diminuio entre elaborao e
execuo, entre concepo e produo, que constantemente se atribui ao toyotismo,
s possvel porque se realiza no universo estrito e rigorosamente concebido do
sistema produtor de mercadorias, do processo de criao e valorizao do capital
(Antunes, 2002, pg. 39)
O estranhamento prprio do toyotismo aquele dado pelo envolvimento cooptado,
que possibilita ao capital apropriar-se do saber e do fazer do trabalho. Por isso
pensamos que se possa dizer que, no universo da empresa da era da produo
japonesa, vivencia-se um processo de estranhamento do ser social que trabalha, que
tendencialmente se aproxima do limite. Neste preciso sentido um estranhamento
ps-fordista.(Antunes, 2002, pg. 40)
A derrocada do Leste europeu, do (neo)stalinismo e da esquerda tradicional que
chamou de fim do socialismo, tambm tiveram forte repercusso nos organismos de
representao dos trabalhadores, que se veem ainda mais na defensiva. A esquerda
tem sido incapaz, at o presente, de mostrar, para amplos contingentes sociais, que o
desmoronamento do Leste europeu no significou o fim do socialismo, mas sim o
esgotamento de uma tentativa de construo de uma sociedade que no conseguiu ir
alm do capital e que por isso no pode constituir-se nem mesmo enquanto sociedade
socialista. (Antunes, 2002, pg. 41)
FICHAMENTO CAPITULO II AS METARMOFOSES NO MUNDO DO TRABALHO
Podemos ver pelos dados seguintes do grfico (imagem pg.48) a forma como
apontam a questo da desproletarizao do trabalho fabril industrial, comeando pela
retrao dos trabalhadores, e de outro lado o grande crescimento da indstria de
servios. (ANTUNES, 2002, pg.48).
Podemos ver a diminuio de operrios na Itlia, e logo podemos ver projeto de
empresas japonesas em eliminar completamente o trabalho manual na indstria. No
Canad foi previsto aumento do desemprego devido a consequncia da automao.
(ANTUNES, 2002, pg.49).
Como podemos essa tendncia em pases capitalistas avanados vem reduzindo o
proletariado fabril, industrial e manual. Levando em conta a subproletarizao do
trabalho vimos formas de trabalhos precrios, como trabalho terceirizado levando a
economia informal de forma onde no se tem sindicatos, nem cumprimento das
normas legais de trabalho como os direitos sociais. (ANTUNES, 2002, pg.49/50).
Houve uma grande reduo de empregados em tempo integral, em diversos pases
como na Frana, Inglaterra, EUA. E com isto teve um grande aumento nos trabalhos
flexveis de meio perodo e temporrio. (ANTUNES, 2002, pg.50).
Proletariado ps-industrial trata-se de uma boa parte da populao dos pases de
capitalismo avanado encontrando-se em trabalhos precrios, e caindo o numero
empregos tempo integral. No Japo houve um aumento da classe feminina nestas
condies de trabalho precrio em tempo parcial. Essas mudanas aumentam a
explorao da fora de trabalho de mulheres. (ANTUNES, 2002, pg.50/51).
Na Itlia cresce ocupao no setor tercirio. Atingindo praticamente todos os pases
centrais. Desde modo encontramos cada vez mais a sociedade de servios. Com
crescimento relativo do setor tercirio. No se trata de acumulao de capital mais
sim das capacidade das industrias realizar as mais-valias nos mercados mundiais.
(ANTUNES, 2002, pg.52).
A uma consequncia de dupla direo no interior da classe trabalhadora uma dela a
que impulsiona a qualificao de trabalho e outra para maior desqualificao. O que
leva a substituio do trabalho vivo pelo trabalho morto. (ANTUNES, 2002, pg.52,53).
A troca do trabalho vivo pelo trabalho morto faz pela quantidade de trabalho
empregado na produo de riqueza. A produo de riqueza j no e mais o trabalho
executado e nem o tempo em que se trabalha, mais sua prpria fora produtiva geral.
(ANTUNES, 2002, pg.53/54).
Para Marx enquanto perdurar o modo de produo capitalista no pode eliminar o
trabalho como fonte de valor e sim uma mudana no interior do trabalho. E com
avano cientifico e tecnolgico pelo processo de qualificao e intelectualizaro do
trabalho social. (ANTUNES, 2002, pg.55).
O trabalhador j no trabalha mais no manuseio e sim na superviso do processo
produtivo de maquinas computadorizadas, programando-as e reparando robs quando
necessrio. (ANTUNES, 2002, pg.56).
A desqualificaes de inmeros setores operrios, e atingidos pelas
desespecializao do operrio industrial oriundo do fordismos, outro lado dos
trabalhadores que oscila entre os operrios temporrios, terceirizados entre outros
chega a 50% da classe trabalhadora sendo chamado de proletariado ps-industrial ou
pode se chamar proletariado moderno. (ANTUNES, 2002, pg.57).
Depois a criao de trabalhadores multifuncionais pelo toyotismo trabalhadores
qualificados que passavam por este processo de especializao, considerava um
ataque a sua profisso e qualificaes e realizavam greves contra esta tendncia.
(ANTUNES, 2002, pg.57).
A periferia da fora de trabalho se divide em dois grupos sendo primeiro;
empregados de tempo integral com habilidades, setor financeiro, secretarias, trabalho
manual menos especializado. Segundo grupo sendo; inclui empregados em tempos
parciais, contratados por tempo determinado, temporrios entre outros e tendo menos
segurana de emprego em relao ao primeiro grupo. (ANTUNES, 2002, pg.58).
H um processo contraditrio no processo de qualificao de trabalho, ocorre
tambm uma desqualificao, onde em vrios ramos produtivos ocorre uma
superqualificao e desqualificao em outros. (ANTUNES, 2002, pg.58).
FICHAMENTO CAPTULO III DIMENSES DA CRISE CONTEMPORNEA DO
SINDICALISMO: IMPASSES E DESAFIOS
O captulo propondo algumas questes a serem respondidas sobre a crise
contemporneas do sindicalismo:
Quais so os contornos e dimenses essenciais dessa crise?
Por que se pode efetivamente dizer que h uma crise do sindicalismo?
Frente a essa situao, quais os principais desafios do movimento
sindical?. (ANTUNES, 2002, pg. 67)
A nova forma heterognea, fragmentada e complexificada do trabalho e classe
trabalhadora tambm afetou os organismos sindicais em escala mundial. (ANTUNES,
2002, pg. 67)
Entre 1980 e 1990, a taxa de sindicalizao, isto , a relao entre o nmero
de sindicalizados e a populao assalariada vem cado na maioria dos pases
capitalista ocidentais. (ANTUNES, 2002, pg. .68)
Um elementos importante a ser considerado quanto a desindicalizao que,
os trabalhadores de regime temporrio ou no estveis acabam por no ser
vinculados aos sindicatos, o que faz com que o nmero de trabalhadores de um
determinado setor associados a um sindicato e o nmero de trabalhadores praticando
tais ofcios sejam diferentes. Isso leva ao declnio do sindicalismo vertical que
vinculando trabalhadores por categoria, herana do fordismo. (ANTUNES, 2002, pg.
68)
O sindicato tambm tem tido dificuldade em filiar mulheres, empregados de
escritrio, trabalhadores dos servios mercantis, os empregados de pequenas
empresas e os trabalhadores em tempo parcial. Tambm trabalhadores do comrcio,
do setor hoteleiro, ou de servios financeiros privados, trabalhadores de pequenos
estabelecimentos, trabalhadores jovens, etc. (ANTUNES, 2002, pg. 69)
Contudo, ao mesmo tempo em que ocorre essa desindicalizao, alguns
pases como a Inglaterra, os sindicatos tem recorrido a fuso para o fortalecimento do
sindicato. Esse um movimento de assalariados mdios. (ANTUNES, 2002, pg. 70)
Na Alemanha, de cada Trs sindicatos, um de classe mdia enquanto na
Noruega estima-se que metade dos trabalhadores sindicalizados no exera profisso
manual. Houve, ento uma expanso do sindicalismo dos empregados de setores
pblicos e privados (no-manuais), mas no o suficiente para compensar o declnio do
sindicalismo. (ANTUNES, 2002, Pg. 70-71)
Esses quadros afetaram tambm as aes e prticas das greves, que tiveram
sua eficcia em alguma medica reduzida em decorrncia da fragmentao e da
heterogeneizao dos trabalhadores. Foi observado que na dcada de 80 houve a
diminuio dos movimentos grevistas nos pases capitalistas avanados, que por certo
vem das dificuldades de aglutinar, numa mesma empresa os operrios estveis e
aqueles terceirizados que trabalham por empreitada, ou os trabalhadores imigrantes,
segmentos q eu no contam, em grande parte, nem mesmo com uma presena de
representao sindical. (ANTUNES, 2002, pg. 71)
A crise sindical tem as seguintes tendncias:
Uma crescente individualizao das condies do trabalho;
Uma corrente no sentido de desregulamentar e flexibilizar ao
limite o mercado de trabalho, atingindo duramente conquistas
histricas do movimento sindical;
O esgotamento dos modelos sindicais vigentes nos pases
avanados que optaram, nessa ltima dcada, em boa medida,
pelo sindicalismo de participao;
Perda da radicalidade social e das aes anticapitalistas devido
a crescente burocratizao e institucionalizao das entidades
sindicais
O Capital faz uso de mecanismos manipulatrios para coibir
movimentos de esquerda, principalmente os anticapitalistas.
observado como comum uma postura contrria a movimentos
sociais de inspirao socialista em uma sociedade produtora de
mercadorias. (ANTUNES, 2002, pg. 72-74)
FICHAMENTO CAPTULO IV - QUAL A CRISE DA SOCIEDADE DO TRABALHO?
A partir dos temas trabalhados durante o livro, podemos chegar a algumas
teses.
Primeira Tese
Podemos ressaltar que as tendncias em curso, no defendem a perda da
centralidade no universo de uma sociedade produtora de mercadorias. As
mercadorias so geradas atravs do trabalho humano, tanto manual ou intelectual.
O papel do trabalho coletivo na produo de valores de troca reduzido, mas no
totalmente eliminado (ANTUNES, 2002, pg.79).
Todos os produtos criados so mercadorias resultadas da interao entre trabalho
vivo, aquele em que o homem pratica e acaba por transformar a natureza e
trabalho morto, aquele que suga o trabalho vivo que se acumula na forma de
bens de consumo (ANTUNES, 2002, pg.79).
O valor de uso de todas as mercadorias cada vez mais diminudo, uma vez que
no sistema da sociabilidade produtora de mercadorias o intuito a criao de
valores de troca (ANTUNES, 2002, pg.80).
importante diferenciarmos a crise da sociedade do trabalho, enquanto crise do
trabalho do abstrato, que cria o valor das mercadorias ou ento como do trabalho
concreto que produz valores de uso, assim sendo respectivamente a primeira
poder exclusivamente ser entendida em termos marxianos como a reduo do
trabalho vivo e a ampliao do trabalho morto, enquanto que a segunda parte de
duas vertentes distintas, uma que acha que o ser no desempenha papel
fundamental na criao de valores de troca e mercadoria e a outra que critica a
sociedade do trabalho abstrato (ANTUNES, 2002, pg.80).
A superao da sociedade do trabalho abstrato se volta ao trabalhador, como
indivduo capaz de caminhar alm do capital, que revigore as suas reivindicaes,
fundada no trabalho concreto supe uma reduo da jornada de trabalho e um
aumento do tempo livre para o assalariado, ao mesmo tempo em que prope uma
transformao do trabalho estranhado a um trabalho que seja fonte e alicerce para
emancipao humana (ANTUNES, 2002, pg.83).
O tempo disponvel controlado pelo trabalho e voltado para a produo de valores
de uso, valorizando o trabalho criativo (ANTUNES, 2002, pg.83-84).
Segunda Tese
A eliminao do trabalho concreto se torna invivel uma vez que este cria coisas
socialmente uteis, alm de transformar o seu prprio criador, este se torna
indispensvel (ANTUNES, 2002, pg.85-86).
O trabalho em sua essncia o nico que permite a inter-relao entre homem e
natureza (ANTUNES, 2002, pg.86).
S quando o trabalho deixar de ser sinnimo de apenas meio de vida, ou seja, de
sobrevivncia e sim como carecimento da vida, quando a humanidade tiver
superado qualquer obrigao perante autoproduo, ento ter sido aberto o
caminho social da atividade humana como fim autnomo (ANTUNES, 2002,
pg.87).
A esfera do trabalho o ponto de partida para se instaurar uma nova sociedade
(ANTUNES, 2002, pg.87).
Marx defende que preciso aumentar o tempo disponvel ao ser humano, para
que este floresa sua personalidade, frente opresso do capitalismo
(ANTUNES, 2002, pg.87-88).
Afirma-se que no possvel uma vida com sentido sem trabalho (ANTUNES,
2002, pg.88).
Terceira Tese
A efetiva emancipao ainda pode encontrar concretude por meio de
reivindicaes e revoltas da classe trabalhadora, que se une na luta contra o
capitalismo (ANTUNES, 2002, pg.89).
A totalidade do trabalho cumpre papel fundamental na criao de valores de
troca (ANTUNES, 2002, pg.90).
A revoluo de nossos dias aquela que busca abolir o trabalho abstrato, a
condio de sujeito visto como mercadoria, e, por conseguinte formar uma
sociedade que priorize coisas socialmente teis, todas essas reivindicaes e
transformaes so fundamentais (ANTUNES, 2002, pg.90).
O sujeito coletivo capaz de impulsionar aes dotadas de um sentido
emancipador (ANTUNES, 2002, pg.90).
Quarta Tese
preciso unir a classe trabalhadora contra todas as tendncias de
individualizao nas relaes de trabalho (ANTUNES, 2002, pg.91).
Aqueles que esto diretamente mais ligados aos aparatos tecnolgicos acabam
por terem uma maior pretenso ao anti capitalismo, enquanto que os trabalhadores
de situaes mais precrias, assim como os desempregados acabam por um
conformismo e uma menor relevncia nas lutas contra o capital, porem todo o
descaso de sua situao acabam por oferecer uma capacidade mais ousada nas
suas aes, uma vez que estes no tm mais nada a perder na esfera da
sociabilidade capitalista (ANTUNES, 2002, pg.92).
importante ressaltar que a superao do capital s poder ser efetivada com a
juno da classe que vive do trabalho (ANTUNES, 2002, pg.92).
Quinta Tese
O capitalismo de um modo geral, no foi capaz de eliminar as inmeras
manifestaes de estranhamento, porem houve uma interiorizao na medida em
que se diminui a dimenso do fordismo priorizando os meios de produo
toyotista (ANTUNES, 2002, pg.93).
O capitalismo dos dias atuais fez crescer o estranhamento social, o
desenvolvimento das capacidades humanas por meio dos avanos tecnolgicos
acaba por no produzir necessariamente uma vida cheia de sentido, isto porque
esses avanos ao mesmo tempo em que podem aumentar a capacidade humana
podem tambm sacrifica-la (ANTUNES, 2002, pg.93).
A excluso social, as taxas de desempregos, a substituio de algumas
profisses decorrente ao avano tecnolgico voltado exclusivamente para a
criao de valores de troca, so exemplos gritantes das barreiras scias criadas
pelo capitalismo (ANTUNES, 2002, pg.93-94).
O estranhamento um fenmeno exclusivamente histrico social (ANTUNES,
2002, pg.94).
Acaba se por priorizar o consumo, em que se faz do tempo livre um tempo
tambm para revigorar o sistema produtor de mercadorias. O ser deve viver e
trabalhar sonhando sempre, cada vez mais com aquisio de novos produtos
(ANTUNES, 2002, pg.94).
Para classe dominante esse ter posse efetiva, enquanto que para classe
trabalhadora o ter est relacionado mera sobrevivncia (desigualdade)
(ANTUNES, 2002, pg.94).