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Universidade Federal de Campina Grande Centro de HumanidadesDepartamento de História e GeografiaComponente Curricular: História Econômica GeralProfessor: RomildoAluna: Lays Honorio Teixeira
Primeiros sistemas econômicos
Campina Grande, abril de 2012
Fichamento
● A partir do período neolítico, o homem adotou uma nova postura em relação à natureza.
Essa mudança se deu basicamente em função da domesticação dos animais e surgimento da
agricultura.
● O surgimento da mesma introduziu o trabalho coletivo, que resultou na fixação em lugares
próximos aos rios. Por essas proximidades com os rios e por utilizar o trabalho coletivo na
construção e manutenção de barreiras, diques, canais e reservatórios, ocorreu uma
consequentemente formação de sociedades complexas baseadas na irrigação. Essas
sociedades podem ser chamadas de monarquia-teocrática.
● A Mesopotâmia, “terra entre rios” (pág. 13), alcançou uma urbanização e um crescente
desenvolvimento devido as suas cidades-estados. Tinha a produção agrícola como base
devida alguns fatores como: as constantes tentativas de invasão que obrigaram a população a
trabalhar em atividades bélicas e também o fato da região depender do comércio exterior
devido um déficit de matérias primas que acarretou na necessidade de uma considerável
produção artesanal.
● Os escravos não foram amplamente utilizados, trabalhando apenas em moinhos e tecelagens.
Esse fato pode ser entendido através do sucesso do sistema de extração de excedente
econômico, por meio do trabalho compulsório e apropriação de parcelas, solução encontrada
para garantir a sobrevivência tanto das camadas populares quanto dos grupos dominantes.
● Essa forma de sistema econômico acarretou em um crescimento da monetarização, no qual o
palácio real e os templos deviam períodos de trabalhos não remunerados, denominados de
corvéia real (pág. 15) Os bancos também fizeram parte da vida econômica da Mesopotâmia
ativamente.
● A civilização egípcia também foi baseada na irrigação. Contudo, apresentava características
específicas. As cheias do Rio Nilo eram periódicas, o que fez o sistema de irrigação não se
tornasse tão complexo quanto o da Mesopotâmia; os desertos tornaram a população isolada,
porque as escondia; o Egito não dependia do comércio exterior e principalmente, não se
desenvolveu com base nas cidades-estados, constituindo uma precoce unificação.
● O Egito também utilizou a corvéia real, já que inicialmente todas as terras pertenciam ao
faraó. O número de escravos também era pequeno, pois eram considerados supérfluos.
● A base da economia era agrária, tornando o sistema econômico estatizado. Contudo, no
Egito não houve monetarização, onde os objetos eram trocados por outros e não havia
remuneração em espécie por parte do Estado. Não havia também uma diversidade regional
de produção, o que não ajudava no mercado interno, enquanto que no mercado externo havia
uma auto-suficiência egípcia em relação às matérias-primas.
● A ilha de Creta foi a pioneira na produção artesanal para a exportação e ao comércio à
distância. A pesca suplementava sua produção agrícola derivada dos vales estreitos. O auge
atingiu-se entre 1570 e 1425 a. C., quando Cnossos se impôs as outras cidades e estabeleceu
uma hegemonia marítima.
● As cidades fenícias conseguiram uma familiaridade precoce com o mar, de modo que se
voltaram definitivamente para as relações comerciais. As condições geográficas
proporcionaram um isolamento social. Teve como um dos principais produtos de exportação
o vinho e o azeite, sendo o principal, um corante de cor púrpura. Com o tempo, os fenícios
tornaram-se também intermediários entre os exportadores. Como o Egito, os fenícios
também não conheceram a monetarização
As sociedades antigas constituíram inúmeros sistemas econômicos e produtivos, de
modo que o desenvolvimento das mesmas pode ser visto e entendido pelos inúmeros fatores
geográficos, populacionais e sociais entre outros. As formas de governo também explicam
de onde herdamos alguns dos costumes que ainda permanecem e outros que caíram no
desuso através dos tempos. As descobertas realizadas por esses povos contribuíram
fundamentalmente para a formação atual das nossas sociedades, de modo que como herdeiro
cultural da mesma faz-se necessário entendê-las como forma de também compreender os
nossos sistemas governamentais, econômicos e culturais entre outros.