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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2012
Título: Poty Lazzarotto, em movimento: aprendizagem de arte e cultura.
Autor: Adilson Klisievicz
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Arte
Escola de implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Prof. Brasílio Vicente de Castro – EFMP
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Professor Orientador Profª Drª Denise Bandeira
Instituição de Ensino Superior FAP - Faculdade de Artes do Paraná
Relação Interdisciplinar História
Resumo
Este material didático investiga a obra artística de Poty Lazzarotto e propõe uma reflexão sobre questões culturais presentes nessa produção. Este estudo propõe utilizar as novas tecnologias, em especial, a produção em vídeo digital, sua democratização, aplicação e sua integração no ensino da arte e este tema, investigar e conhecer a arte local. Essa produção, embora inserida no contexto cotidiano dos moradores da cidade de Curitiba (PR) e região metropolitana, não tem sido percebida e continua desconhecida de uma grande maioria. Nesta abordagem, o trabalho utilizando o vídeo e as novas tecnologias, propiciou divulgação e enfoque significativo das obras deste artista. Pretendeu-se motivar os alunos às atividades artísticas e para uma reflexão acerca do local onde habitam. Assim, pretendia-se incentivar a descoberta dos sentidos artísticos desta produção, da percepção do ambiente cultural, da arte e da cultura local. A pesquisa investigou neste recorte da obra a linguagem utilizada por Poty Lazzarotto, além de destacar suas características e preferências por temas cotidianos. A metodologia de ensino adotada procurou democratizar o uso das novas tecnologias, a produção de um vídeo digital, além de abordar conteúdo teórico-prático sobre a obra do artista com a intenção de incentivar a realização de uma proposta expositiva.
Palavras-chave
Arte Paranaense; Poty Lazzarotto; Novas tecnologias; Vídeo.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo
Alunos do 3º ano do Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
O ensino da Arte propicia aos educandos diversas oportunidades de
interação com o universo cultural e artístico historicamente produzido pela
humanidade. A aprendizagem em arte permite conhecer, apreciar, situar-se em
relação ao contexto no qual os alunos estão inseridos. A importância de se
levar este conhecimento ao maior número possível de alunos e fazer com que
eles se apropriem da cultura artística, propicia compreensão dos significados
culturais e estéticos.
Este projeto propõe a utilização das novas tecnologias e do vídeo, a
partir de uma reflexão sobre a produção artística de um artista local, Poty
Lazzarotto e das questões culturais, uma vez que a sua arte reflete
sobremaneira o contexto histórico.
A partir do trabalho com as novas tecnologias, principalmente com o
vídeo, pretende-se promover um maior interesse no estudo destes conteúdos.
O artista Poty Lazzarotto explorava em sua criação novas formas de
composição e de materiais, sempre preocupado em inovar. O propósito desta
pesquisa se materializa pelo uso das novas tecnologias e pretende tornar cada
vez mais acessível a obra de Lazzarotto para um maior número de pessoas.
Embora, grande parte da produção artística de Poty Lazzarotto se
encontrar em murais, localizados em locais públicos, percebe-se que muitos
alunos ainda desconhecem este artista paranaense e tampouco ouviram falar
sobre este tema. Assim, a maioria continua desconsiderando a importância de
Poty Lazzarotto para a cidade de Curitiba (PR), mesmo porque a relevância
desse artista não seria apenas local, mas de projeção nacional e internacional.
O estudo da produção artística de Poty engloba várias possibilidades de
apreensão e de abordagens metodológicas, considerando-se a multiplicidade
de conteúdos que podem ser apreendidos em suas obras, além dos elementos
estéticos, também, sociais e culturais.
A presente proposta de trabalho com as novas tecnologias, integrada
com a produção artística de Poty Lazzarotto, oferece uma oportunidade de
refletir sobre a arte e a cultura local aos educandos do Estado do Paraná. Este
estudo tem a finalidade de divulgar essa obra no contexto cultural e artístico
paranaense e brasileiro. Portanto, refletir sobre a arte, pode contribuir para o
aperfeiçoamento intelectual e, também, para integrar o estudante ao seu
contexto cultural.
Na abordagem histórico-social da arte de Poty Lazzarotto, devem ser
considerados diversos fatores, como por exemplo, o período em que foi
produzida cada uma dessas obras e, também, o contexto social na qual estava
inserida essa produção artística, pois conforme as diretrizes curriculares
(PARANÁ, 2008. p. 46):
As diferentes formas de pensar arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.
Desta forma, quando se trabalha a arte em sala de aula, deve-se
considerá-la em sua totalidade, em uma abordagem ampla, fornecer
informações pertinentes a sua dimensão histórica, social, estética, ideológica,
além de situar o contexto da obra que se utiliza como objeto de estudo para
que o aluno esteja ciente desse panorama investigado.
Ao se utilizar as novas tecnologias e investigar a produção artística de
Poty Lazzarotto, viabiliza-se o acesso ao vasto acervo de suas obras e se
permitirá um estudo mais aprofundado da abrangência dessa produção e se
poderá reconhecer a sua relevância para a arte e cultura paranaense e
brasileira.
OBJETIVO GERAL
Apresentar aspectos da produção artística de Poty Lazzarotto, e de
questões culturais com a realização de um vídeo, com uso das novas
tecnologias, destinado a um público-alvo de alunos do ensino médio.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender os elementos que estruturam e organizam um recorte da
produção do artista Poty Lazzaroto;
Discutir a relação entre essa produção artística (linguagem e conteúdo),
a sociedade e a cultura contemporânea;
Produzir trabalhos de artes visuais relacionados ao tema com uso das
novas tecnologias, em especial, vídeo digital.
METODOLOGIA
Leitura, compreensão e interpretação de textos sobre o artista Poty Lazzarotto e a sua arte; sobre a história política e social do Paraná e sobre a tecnologia do vídeo.
Realização de atividades de pesquisa e investigação sobre Poty Lazzarotto e sobre símbolos do Estado do Paraná;
Apreciação de algumas obras de Poty Lazzarotto, de acordo com o recorte deste estudo, por meio de imagens e vídeos sobre o artista em questão;
Visitação às obras públicas (murais) produzidas por Poty Lazzarotto, de acordo com o recorte deste estudo (escolas de Curitiba e região metropolitana);
Registro das obras visitadas pelos alunos em forma de fotografia e vídeo digital, feito com celulares, ou máquinas fotográficas digitais ou filmadoras;
Organização dos arquivos de imagens e vídeos capturados pelos alunos em pen-drives, utilizando o laboratório de informática do colégio;
Utilização da TV multimídia para exibição das imagens e vídeos;
Apresentação aos alunos dos elementos da linguagem visual;
Produção de trabalhos criativos de composição a partir da reflexão sobre o recorte estudado das obras de Poty e abordagem de elementos da linguagem visual;
Apresentação dos documentos (vídeos, fotografias, desenhos de observação, anotações e descrição das obras visitadas) realizados pelos alunos e, consequente, apreciação dos resultados para incentivar a discussão e reflexão acerca do recorte da pesquisa sobre as obras de Poty Lazzarotto;
Realização de uma proposição de narrativa audiovisual (roteiro) e um storyboard sobre as obras visitadas (de acordo com o recorte da pesquisa);
Realização de uma exposição com os trabalhos produzidos pelos alunos e posterior debate com os alunos sobre o resultado obtido;
A presente unidade didática pretende abordar tanto os aspectos da obra
artística de Poty Lazzarotto, quanto enfatizar a utilização das novas mídias e
tecnologias, com o intuito de democratizar o acesso a estes conhecimentos
teórico-práticos.
Este estudo pretende ampliar o contato com a arte produzida na cidade
de Curitiba (PR), para incentivar a apreciação, o conhecimento e a valorização
dos seus aspectos estéticos, culturais, históricos e sociais. Esta proposta
incentiva a reflexão e a apropriação da identidade artístico-cultural propagada
pela produção artística, em especial, do artista Poty Lazzarotto. Esse artista
aborda em suas inúmeras produções, retratos da história e da vida de pessoas
simples, do cotidiano, da sua vivência e da sua trajetória, com variadas
técnicas.
O uso das linguagens tecnológicas para a realização deste trabalho
permite acesso a variados recursos no estudo proposto, propicia uma
metodologia de trabalho atualizada e contextualizada com o universo dos
educandos, sendo possível suscitar o interesse pelo tema proposto, com a
realização de um trabalho de investigação com imagens e vídeos.
Atividade 01
PARANÁ, O BERÇO DE POTY.
Ilustração 1: mapa do Paraná Fonte: Disponível em<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=
359&evento=5> Acesso em: Nov. 2012.
Você conhece o estado onde você mora? Sabe sua história, suas
características, seus artistas, seus símbolos? Você pode ter orgulho de nascer
e morar no Paraná, estado em que nasceu o artista Napoleon Potyguara
Lazzarotto, ou simplesmente POTY.
Nascido em Curitiba, em 29 de março de 1924 (data em que se
comemora o aniversário da fundação da cidade de Curitiba - PR), Poty se
tornou um dos principais artistas curitibanos, paranaenses e brasileiros.
Por ser um artista nascido no estado do Paraná, Poty Lazzarotto
retratava em sua arte, parte da história que contempla a vida do povo
paranaense, seus costumes, seu trabalho, seu cotidiano, como se pode
perceber em várias de suas obras, pois sabia da importância de se valorizar o
local onde se nasce e onde se vive.
Você sabe o que significa a palavra Paraná? Sabe como era o Paraná
na época do nascimento de Poty? Tem ideia de quais imigrantes se
estabeleceram em colônias neste estado do sul do Brasil?
Sendo Poty paranaense e representando o Paraná em muitas de suas
obras, faz-se necessário conhecer um pouco da história deste estado e para
isso, sugerem-se as leituras dos textos a seguir, para que você possa situar-se
melhor.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO PARANÁ
Você sabe qual a origem da palavra Paraná? De qual língua este termo
é derivado e o qual é o seu significado? Segundo Ferreira (2008, p. 19, grifo do
autor):
A denominação “Paraná” vem da língua guarani e quer dizer: “para” ... mar + “anã” ...parecido, parente, semelhante, significando rio grande, rio como mar, rio semelhante ao mar. É termo de origem geográfica e refere-se ao Rio Paraná, o maior curso d’água em território paranaense, que divisa o Estado do Paraná da República do Paraguai e do Estado do Mato Grosso do Sul. Originalmente a pronúncia correta do termo era Paranã, porém, com o tempo alterou-se a acentuação da última vogal. Em se tratando de estudo toponímico, deve-se levar em conta que o topônimo Paraná, aparece, dentre várias citações, em três outras importantes denominações no território paranaense, a saber: “Rio Paranapanema”, que divide, a norte e noroeste os Estados do Paraná e de São Paulo; “Paranaguá”, primeiro município criado no estado; “Rio Paraná”, situado na porção oeste paranaense.
Na época do nascimento de Poty, o estado do Paraná era muito
diferente do que nos dias de hoje. Entre os fatos marcantes, o pesquisador da
história do Paraná, Wachowicz (2002) destacou que em 1916, o Paraná foi
penalizado com a assinatura do acordo do Contestado e perdeu terras para
Santa Catarina. Muitos paranaenses não aceitavam ficar sob o governo
catarinense. Para proteger esses moradores, o Paraná criou a colônia de Bom
Retiro, em 1918, situada numa antiga fazenda, mais tarde quase destruída com
a revolução de 1924.
Durante a colonização da região sudoeste, outros conflitos ocorreram e
nesta época a aquisição de terras era resolvida pelo sistema de posse, muitas
fazendas antigas eram repassadas aos herdeiros, muitas vezes, também
vendidas sem documentos legais. Por isso, o sistema de aquisição era a posse
das terras, pelos moradores, herdeiros e colonos.
Os colonos vindos de outros estados do Sul que começaram nessa
época a chegar nessa região do Paraná, encontravam caboclos na posse das
terras. Sem valor, a terra foi trocada pelos moradores antigos por uma
espingarda, boi ou por um cavalo. Depois das negociações, muitos caboclos
embrenhavam-se sertão adentro a procura de novas posses (WACHOWICZ,
2002).
IMIGRAÇÃO MODERNA NO PARANÁ
Após o término da I Guerra Mundial, conforme afirma Wachowicz (2002),
muitos imigrantes chegaram ao estado do Paraná. Os japoneses se
estabeleceram no norte do Paraná (Londrina, Bandeirantes, Uraí, Assaí, entre
outras). Enquanto, os holandeses se estabeleceram na região dos Campos
Gerais(Castro). Em 1934, se estabeleceram os primeiros colonos alemães,
formando a colônia Terra Nova.
Em 1951, nos campos de Guarapuava, refugiados de uma região
proveniente do Danúbio, imigrantes alemães fundaram a colônia Entre Rios,
onde prosperaram rapidamente.
No entanto, a região da cidade de Curitiba até o século XVIII, era
habitada pelos mamelucos, índios e grupos de espanhóis e portugueses.
Somente, por volta de 1871, começaram a chegar outros povos europeus
primeiro, com a chegada de poloneses e, em 1872, vieram os alemães e
italianos.
Referências:
FERREIRA, João Carlos Vicente. Municípios paranaenses: origens e significados de seus nomes. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 2006. WACHOWICZ, Ruy, 1939-2000. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.
Minha avó, essa que aparece nos desenhos do Curitiba, de
Nós, eu acompanhava quando ela ia vender verduras.
O nome dela era Maria Roth, casada com Antonio
Lazzarotto, operário italiano que fora trabalhar em
Strasburgo e dali imigrara para o Brasil.
A família de Poty Lazzarotto descende de imigrantes italianos, pois
segundo Niculitcheff (1994, p. 20), Poty afirmou:
Refletindo
É importante procurar informações a respeito do
panorama histórico do Paraná na época do nascimento
de Poty e dos imigrantes que vieram para este estado?
O que você gostaria de saber sobre a história da
imigração dos italianos para o Brasil? Você já viu filmes
sobre a vida dos imigrantes daquela época no Brasil?
Você sabia que a vida das pessoas daquela época era
diferente dos dias de hoje? Comente com seus colegas
e escreva um pequeno texto sobre as diferenças,
depois, que você leu sobre esse assunto ou assistiu
algum dos filmes sobre a imigração.
Conhece pessoas descendentes de imigrantes? Você
conhece pessoas descendentes de quais etnias entre
aquelas que imigraram para o Brasil nesse período?
Quais foram os fatos mais relevantes do texto para
você? Debata com os seus colegas a respeito!
A seguir, uma relação de filmes que contam um pouco da história dos
imigrantes que vieram para o sul do Brasil.
O QUATRILHO
Título: O Quatrilho País de origem: Brasil Gênero: Drama Classificação etária: Livre Diretor: Fábio Barreto Elenco: Glória Pires, Patrícia Pillar, Bruno Campos, Alexandre Paternost, Antônio Carlos Pires. Produção: Luiz Carlos Barreto, Lucy Barreto Roteiro: Antônio Calmon, Leopoldo Serran Fotografia: Felix Monti Trilha sonora: Caetano Veloso Duração: 116 min. Ano: 1995 País: Brasil Gênero: Drama Cor: Colorido Distribuidora: Paramount / Dreamworks
CAMINHOS DA LIBERDADE
Título: Gaijin - Caminhos da Liberdade País de origem: Brasil Título original: Gaijin Gênero: Drama Duração: 01 h 44 min Ano de lançamento: 1980 Estúdio: CPC - Centro de Produção e Comunicação/ Embrafilme Distribuidora: Embrafilme Direção: Tizuka Yamasaki Roteiro: Tizuka Yamasaki e Jorge Duran Produção: Carlos Alberto Diniz Música: John Neschling Fotografia: Edgar Moura Direção de arte: Yurika Yamasaki
VIDA E SANGUE DE POLACO
Título: Vida e sangue de polaco País de origem: Brasil Gênero: Documentário Diretor: Sylvio Back Produção: Sylvio Back Roteiro: Sylvio Back Duração: 56 min. Ano: 1982 Cor: Colorido Distribuidora: Não definida Duração: (16mm, cor/pb, 56 min.) Pesquisa e roteiro: Sylvio Back Fotografia e câmara: Adrian Cooper Som-direto: Romeu Quinto Músicas: Henrique de Curitiba/Folclore da Polônia Filme de arquivo: Cinemateca do Museu Guido Viaro (PR) Montagem e edição: Mário Queiroz Jr. Assistente do diretor: Maraidith Flores Produção e direção: Sylvio Back
O PÂO NEGRO, UM EPISÓDIO DA COLÔNIA CECÍLIA
Título: O pão negro, um episódio da Colônia Cecília País de origem: Brasil Gênero: Documentário Diretor: Valêncio Xavier Elenco: Chico Nogueira, Sonia Moreira, Milton Camargo Jr., Manoel Carlos Karan and others. Assistentes de direção: Andreia Berte, Denilson do Nascimento, Andrey Possebon, Luciano Walbach, Melkissa Castelano; Produção: Celina Alvetti, Cynthia Schneider. Edição e som: Jussara Locatelli Ano: 1993 Cinematografia: Alberto Melnechuki, Dimitri Kozeniakin, Massao Ishida, Osiris Guimarães. Produção: Celina Alvetti, Cynthia Schneider. Distribuição: Cromanix Produções
VAMOS PESQUISAR e desenhar
1 - Converse com seus pais ou responsáveis e pergunte: onde
nasceram? Onde nasceram seus avós? Se possível, pesquise também sua
ascendência, de qual país vieram seus antepassados, como eram seus
costumes, tradições, alimentação, vestuário? Apresente uma breve narrativa
(aproximadamente 15 linhas e conte o que conseguiu coletar de informações).
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2 – Você conhece alguns símbolos ou desenhos que podem servir para
identificar o estado do Paraná? Pesquise alguns e descreva como representam
o nosso estado. Você poderá desenhar e colorir cada símbolo e, depois,
explicar cada um deles:
Desenho Explicação
3 – Escolha um dos símbolos que você desenhou. Você sabe o que é
estilizar? Estilizar significa simplificar o desenho, retirar os detalhes e manter
somente a forma principal. Que tal estilizar este símbolo em tamanho maior?
Você sabia que Poty usou a estilização das imagens em algumas de suas
obras?
4 – Reúnam-se em equipes de 4 a 6 colegas, recortem os símbolos do
Paraná que vocês desenharam e, também, as estilizações criadas por vocês.
Utilizem a técnica da colagem para reunir todos os desenhos e formar
um grande painel temático sobre o Paraná.
Após a conclusão dos painéis, que tal organizá-los? Vamos apresentar
uma exposição e transmitir às demais equipes como foi o nosso processo de
construção. Quais são os elementos expressos nestes painéis? Vocês poderão
comentar sobre a estética utilizada para a confecção dos painéis, os temas, as
formas, as linhas e as cores utilizadas.
Cada aluno deverá expor o que entendeu sobre a atividade e como foi a
sua participação na equipe. Cada aluno poderá explicitar a relevância do
trabalho executado.
Relate nas linhas abaixo, como foi esta experiência de aprendizagem. O
que conseguiu aprender juntamente com seus colegas?
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Poty nasceu no dia 29 de março de 1924 em Curitiba, nesta
casinha de madeira, numa rua que hoje se chama Padre Germano
Mayer, no Capanema, na época um bairro pobre de ferroviários –
a Estação Central ficava logo ali – e de famílias de imigrantes,
italianos em sua maioria. Os trilhos da estrada de ferro passavam
obrigatoriamente pelo Capanema, antes de entrar ou sair da
cidade. Como era quase só o trem que existia como meio de viajar,
quem chegava na cidade, chegava pelas ruas de terra do
Capanema, e quem daqui saía, a última coisa que via eram suas
casinhas de madeira.
Atividade 02
CONHECENDO O ARTISTA POTY LAZZAROTTO.
Ilustração 2: Retrato de Poty Lazzarotto Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo =292> Acesso em Nov. de 2012.
Napoleon Potyguara Lazzarotto, ou simplesmente POTY, nasceu na
cidade de Curitiba – PR, no bairro do Capanema, em 29 de Março de 1924,
que era um bairro muito simples, conforme Niculitcheff (1994, p. 13):
Poty, um leitor apaixonado, reescreve imageticamente os
textos literários, imprimindo a sua interpretação arguta e
criativa, às vezes por puro prazer em vencer o desafio da
linguagem.
Desde a infância, tem paixão pelas histórias em quadrinhos,
cuja organização narrativa perseguiria muito mais tarde nos
seus murais.
Poty era uma pessoa simples, porém culta, gostava muito de ler e tinha
uma imaginação criativa, o que lhe propiciava realizar trabalhos utilizando
diversas técnicas, inclusive como ilustrador. Para Gutierrez (2010, p. 20):
Poty Lazzarotto era o filho mais velho de Isaac e Júlia Lazzarotto e,
desde menino, esboçava seus primeiros traços a carvão em qualquer papel
que encontrasse. Poty tinha grande facilidade para aprender as coisas, desde
pequeno, tudo era para o menino um desafio a ser superado. Segundo Silva
(1980) a carreira de artista começa muito cedo para Poty Lazzarotto, já que
desde sua infância, por volta de quatro anos de idade, demonstra muito
interesse pela criação. Com pouca idade, aprendeu a ler e decifrar as palavras
das revistas da época, interessava-se pelas histórias em quadrinhos, de
personagens como Mandrake, Tarzan, Buck Rogers, Aninha, Red Barry.
A forma gráfica dos quadrinhos era decifrada pelo menino que, também,
foi fascinado pelo desenho de Geo McManus, na criação de Pafúncio.
A motivação de Poty com a leitura das histórias em quadrinhos era
elaborar novas ilustrações sobre essas mesmas páginas. As figuras ganhavam
chapéus, pernas e cabeças novas sobre as imagens já impressas.
O primeiro emprego de Poty foi em um cinema o que permitiu que
assistisse seriados e, também, filmes mudos. Nessa fase, o menino Poty já
demonstra atenção ao gesto, às imagens em movimento. Seus olhos treinavam
para representar no futuro seus desenhos e a ação através da linha estática.
E o nome Vagão do Armistício, uma maneira de solidarizar-
se com a França humilhada. Foi colocado um teto
abaulado, como nos vagões, onde, tempos depois, Poty
desenhou motivos de estrada de ferro. Não tinha placa de
identificação e nunca foi registrado. Como outros clubes e
casas de família em Curitiba que serviam comida, o Vagão
não funcionava todos os dias, seu risoto era servido, por
encomenda, nos dias e horas solicitados.
Em 1938, Poty tinha 14 anos e publica “Haroldo” – homem relâmpago,
história em quadrinhos de sua autoria, no jornal curitibano chamado diário da
Tarde. Nessa mesma época, o pai de Poty, Isaac Lazzarotto, inaugurou o
Vagão do Armistício, uma espécie de restaurante ou botequim, conforme
afirma Niculitcheff (1994, p. 52): “Desde 1936 existia o botequim na parte da
frente da casa de seu Isaac, na Avenida Capanema. O Vagão do Armistício
começou lá por volta de 1937.”
Poty expressou sua arte também no vagão do Armistício, de acordo com
Niculitcheff (1994, p. 52):
O vagão do Armistício era frequentado por pessoas influentes, tais
como: o interventor do estado do Paraná, Manoel Ribas, que geralmente
estava acompanhado de Hildebrando de Araújo, responsável pela educação no
Estado.
Como frequentava sempre o local, Manoel Ribas acompanha as
criações de Poty e percebeu que estava diante de um significativo artista. O
interventor em acordo com Hildebrando de Araújo, resolveu conceder uma
bolsa de estudos para Poty no Rio de Janeiro em 1942. Nessa oportunidade,
Poty estudou na Escola Nacional de Belas Artes e no Liceu de Artes e Ofícios.
Com o estudo e o aprimoramento técnico, Poty se destacou e, em 1945, com
uma exposição de pinturas e gravuras, recebeu como prêmio em pintura a
medalha de bronze.
Em 1946, viaja para a Europa, em Paris estuda litografia na École
Supérieure des Beaux-Arts e, devido ao seu grande talento, recebe uma bolsa
de estudos oferecida pelo governo francês. Nessa época, já consegue se
expressar em diversos tipos de técnicas de gravura.
De volta ao Brasil, na companhia de Flávio Motta, pintor, desenhista,
professor e historiador de arte, em 1950, inaugura a Escola Livre de Artes
Plásticas, onde leciona gravura e desenho.
Durante a década de 1950, organiza cursos de gravura em outras
cidades brasileiras, como: Recife, Salvador e Curitiba. E, a partir da década de
1960, se destaca como muralista, produz diversos painéis e murais em prédios
públicos e particulares, no Brasil e no exterior.
Além de muralista, Poty Lazzarotto teve destacada atuação como
ilustrador de diversas obras literárias de autores como: Graciliano Ramos,
Gilberto Freire, José de Alencar, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Euclides da
Cunha, além do importante escritor curitibano Dalton Trevisan. Poty e Dalton
estabeleceram intensa parceria, que resultou em produções de trabalhos de
qualidade e vários livros ilustrados.
Poty Lazzarotto faleceu em 7 de maio de 1998, mas o legado deixado
da sua produção ao longo de sua vida, contribuiu de maneira significativa para
a arte e a cultura da capital paranaense e, também, para o Brasil e o mundo. O
artista criou e produziu inúmeras obras, entre murais, painéis, que retratam a
vida e os costumes dos paranaenses, em especial, do povo curitibano.
O artista utilizou uma simbologia relacionada à história política e social
do Paraná, como o pinhão, as araucárias (pinheiro do Paraná), a gralha-azul,
os tropeiros, além de outros diversos símbolos urbanos característicos da
cidade de Curitiba. Entretanto, Poty Lazzarotto não se limitou a retratar apenas
símbolos da cultura local e regional, sua obra foi constituída, ampla e
diversificada, quanto à escolha de temas e abordagens.
Entre suas obras públicas podem ser destacados três trabalhos: o
primeiro painel localizado na parte interna do aeroporto Afonso Pena em São
José dos Pinhais – PR, intitulado: “O eterno sonho” (1981) faz alusão ao sonho
do homem voar (história da aviação); o segundo painel está localizado na área
externa do desembarque, intitulado “Aeroporto, a porta para o mundo“ ilustra
uma série de símbolos representativos de outros países como uma metáfora
das viagens. O terceiro painel está localizado no mirante da torre panorâmica
da empresa Oi telefonia (antiga Telepar) e conta a história da telefonia.
Poty destacou-se de como gravurista, ilustrador e, também, como
muralista. A população de Curitiba (PR) tem acesso à maioria dos seus
trabalhos que estão localizados em murais e, também, muitos painéis estão
disponíveis para quem quiser conhecer em vários prédios públicos e
particulares.
Dentre os inúmeros painéis e murais criados por Poty Lazzarotto em
Curitiba, pode-se citar:
Painel da fachada do Teatro Guaíra em frente à Praça Santos Andrade;
“Monumento ao Primeiro Centenário do Paraná”, painel histórico em
azulejos na Praça 19 de Dezembro;
Murais para o pórtico do Pavilhão de Exposições do Centenário;
“Alegoria ao Paraná", na fachada do Palácio Iguaçu, em Curitiba,
apresentada na inauguração do palácio, em 1953;
Painel em azulejos no Largo da Ordem, em Curitiba, representando
carroças de verduras, e as colonas italianas e polonesas.
VAMOS analisar, responder e criar
1 – Observe a ilustração abaixo, de autoria de Poty:
Ilustração 3: LAZZAROTTO, Poty. Essa gente de Curitiba. 1995 Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo
=295> Acesso em Nov. 2012.
a) Quais são os temas principais abordados nesta ilustração de Poty?
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b) Você identifica algum local conhecido, que você já tenha visitado?
Explique:
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c) Qual época do seu ponto de vista, foi abordada pelo artista nesta
ilustração? Justifique sua resposta:
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d) Se o artista pudesse representar essa mesma cena nos dias de hoje.
Quais alterações você acha que seriam propostas pelo artista na
ilustração. Explique quais elementos o artista mudaria e por quê?
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e) Baseado na frase e nas imagens contidas na ilustração acima: como
você definiria “Essa gente de Curitiba”? O que Poty quis expressar com
esta frase e com seus desenhos?
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2 – Observe o vitral abaixo, criado por Poty Lazzarotto:
Ilustração 4: LAZZAROTTO, Poty. Vitral da Biblioteca da PUC – PR. Execução Adoaldo Lenzi Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo =306 >
a) O que chamou mais a sua atenção neste vitral?
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b) Que tipo de linhas predomina nesta obra. Explique:
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c) Como as figuras humanas foram expressas no vitral e como foram
representadas?
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d) Quais são as cores predominantes no vitral idealizado por Poty?
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3 – Vamos criar dois modelos de vitrais diferentes bem coloridos. No vitral os
contornos das figuras geralmente são realizados com linhas em preto e o
restante das áreas com cores variadas, que deixam transpassarem-se pela luz
do sol. Como o vitral é feito de vidros coloridos, faremos apenas um projeto dos
seus desenhos e não o vitral propriamente dito.
4 – Olhe atentamente a foto do mural que Poty Lazzarotto fez na Lapa – PR
Ilustração 5: LAZZAROTTO, Poty. Monumento ao Tropeiro. Lapa – PR Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo =305> Acesso em Nov. 2012.
a) Este mural foi realizado por Poty na Lapa – PR em homenagem aos
tropeiros. Comente o que você sabe sobre os tropeiros. Caso não
lembre ou não saiba, faça uma pesquisa e escreva nas linhas abaixo
quem eram os tropeiros:
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b) Explique quais são as figuras representadas no mural criado por Poty.
Observe atentamente e não se esqueça de mencionar nenhuma delas.
Por que você acha que o artista escolheu representar estas figuras?
Qual o tema do mural? Explique:
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c) As imagens representadas por Poty neste mural são convencionais ou
estilizadas? Explique:
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d) Aproveite para criar o seu mural com este mesmo tema utilizado por
Poty: os tropeiros. Você deverá criar o seu próprio mural e não uma
releitura da obra do Poty. Seja original, use a sua criatividade e
imaginação.
Atividade 03
ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL
Ilustração 6: LAZZAROTTO, Poty. Foto. Quando desenvolvia o painel: "Aeroporto: a porta para o mundo". Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo =296> Acesso em Nov. 2012.
Na foto acima, observamos o artista Poty Lazzarotto que realiza um
esboço. Nesta imagem, o artista estava trabalhando na criação do painel
localizado no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região metropolitana de
Curitiba – PR, em São José dos Pinhais.
Assim como vários artistas, Poty Lazzarotto estabelece um projeto para
o desenvolvimento das suas obras antes da execução do trabalho final. O
esboço, o rascunho e o projeto são fundamentais para definir a intenção de
uma obra artística. Essas etapas expressam uma ideia inicial do trabalho,
servem de base para execução da obra, para definir detalhes e ajudar nos
aprimoramentos durante a sua realização.
O processo de composição é o passo mais crucial na
solução dos problemas visuais. Os resultados das decisões
compositivas determinam o objetivo e o significado da
manifestação visual e têm fortes implicações com relação
ao que é recebido pelo espectador. É nessa etapa vital do
processo criativo que o comunicador visual exerce o mais
forte controle sobre o seu trabalho e tem a maior
oportunidade de expressar, em sua plenitude, o estado de
espírito que a obra se destina a transmitir.
A linguagem visual constitui a base de criação do
desenho. Deixando de lado o aspecto funcional do
desenho, há princípios, regras ou conceitos com relação à
organização visual que podem preocupar um desenhista.
Ele pode trabalhar sem o conhecimento consciente de
quaisquer destes princípios, regras ou conceitos, pois seu
gosto pessoal e sensibilidade com respeito às relações
visuais são muito importantes, porém uma compreensão
completa destes definitivamente ampliaria sua
capacidade de organização visual.
A composição de uma obra é um processo complexo, no qual o artista
determina os resultados que deseja conseguir. Segundo Dondis (2007, p. 29):
Desta forma, os elementos que compõem a linguagem visual poderão
ser reconhecidos para objetivar um resultado compositivo e comunicar os
propósitos da obra ao observador, o que o artista quis transmitir com essa
produção.
A linguagem visual é definida por alguns elementos e princípios. Essa
linguagem vai organizar a produção artística, de forma a contemplar os
significados impressos na obra, a partir de regras e conceitos que contribuirão
para a harmonia dessa criação. Wong (1998, p. 41) define a linguagem visual:
Expandir nossa capacidade de ver significa expandir
nossa capacidade de entender uma mensagem visual,
e, o que é ainda mais importante, de criar uma
mensagem visual. A visão envolve algo mais do que o
mero fato de ver ou de que algo nos seja mostrado. É
parte integrante do processo de comunicação, que
abrange todas as considerações relativas às belas-
artes, às artes aplicadas, à expressão subjetiva e à
resposta a um objetivo funcional.
O maior perigo que pode ameaçar o desenvolvimento do
alfabetismo visual é tentar envolvê-lo num excesso de
definições. A existência da linguagem, um modo de
comunicação que conta com uma estrutura
relativamente bem organizada, sem dúvida exerce uma
forte pressão sobre todos os que se ocupam da ideia do
alfabetismo visual. Se um modo de comunicação é tão
fácil de decompor em partes componentes e estrutura,
por que não o outro? Qualquer sistema de símbolos é
uma invenção do homem.
A compreensão da linguagem visual pode ser preponderante para
organizar o trabalho criativo do artista e também a análise de quem contempla
a obra. De posse dessas informações, será mais fácil perceber a organização
visual realizada pelo artista na execução dessa produção.
À medida que se amplia a capacidade de entendimento dessa
linguagem visual, dos elementos que a constituem, da mesma forma se pode
favorecer e ampliar a nossa capacidade de ver, e também a capacidade de
criar, pois para Dondis (2007, p. 13):
A linguagem visual e sua estrutura, para o autor devem ser entendidas
de maneira objetiva:
Há um dado deveras surpreendente! Se fôssemos
perguntar de quantos vocábulos se constitui a
linguagem visual, de quantos elementos expressivos, a
resposta seria: de cinco. São cinco apenas: a linha, a
superfície, o volume, a luz e a cor. Com tão poucos
elementos, e nem sempre reunidos, formulam-se todas
as obras de arte, na imensa variedade de técnicas e
estilos.
Os elementos, na verdade, estão muito relacionados
entre si e não podem ser facilmente separados em nossa
experiência visual geral.
Tomados individualmente, podem parecer um tanto
abstratos, mas juntos determinam a aparência e
conteúdo finais de um desenho.
Distinguir quatro grupos de elementos:
(a) elementos conceituais;
(b) elementos visuais;
(c) elementos relacionais;
(d) elementos práticos.
Assim, em relação aos elementos da linguagem visual, percebe-se que
cada autor faz uma abordagem diferenciada, organiza e classifica esses
elementos de acordo com a sua experiência de estudo.
Para Ostrower (1991, p. 65):
Portanto, de acordo com a afirmação da autora, seriam necessários e
suficientes apenas esses cinco elementos para se trabalhar com a linguagem
visual.
Outros autores apresentam diferentes tipos de classificação desses
elementos, subdivindo-os em categorias específicas. Cada uma dessas
categorias representaria uma gama de elementos, mas a somatórias desses,
resultaria na aparência e conteúdos de uma imagem visual, conforme afirma
Wong (1998, p. 42):
Quando desenhamos um objeto no papel, empregamos
uma linha que é visível para representar uma linha que é
conceitual. A linha visível não só tem comprimento como
tem largura. Sua cor e textura são determinadas pelos
materiais que usamos e pela maneira como o fazemos.
Desse modo, quando elementos conceituais se tornam
visíveis, eles têm formato, tamanho, cor e textura.
Elementos visuais formam a parte mais proeminente de
um desenho porque são aquilo que podemos ver de fato.
Segundo o autor, os elementos conceituais não existem na realidade.
Esses não são visíveis, mas parecem estar presentes. Um exemplo para
compreender o ponto pode ser encontrado no ângulo de uma determinada
forma, na linha de contorno dos objetos ou nos planos envolvem o volume.
Esses elementos não estão aparentes, já que são conceituais. De acordo com
o autor, esses elementos são: ponto, linha, plano e volume.
Os elementos conceituais não bastam para compor uma imagem visual,
pois seriam necessários os elementos relacionados para complementar o
sentido desse trabalho. A sequencia predeterminada pelo autor dos demais
elementos irá contribuir para o conteúdo e significação dessa imagem e
permite compreendê-la em sua totalidade. Os elementos visuais também são
fundamentais na sua compreensão.
Para representarmos algo conceitual, utilizamos o que o torna visível,
para que, quem observe, possa identificar o que de fato estamos
representando. Wong (1998, p. 43) define assim os elementos visuais:
Desta maneira, os elementos visuais vão depender do material, por isso,
diferentes tipos apresentam diferentes resultados.
Quando um artista vai realizar uma composição artística, utiliza-se de
vários elementos visuais diferentes até o resultado da composição. Essa
composição pode variar de acordo com os elementos escolhidos pelo artista.
Este grupo de elementos governa a localização e inter-relações
dos formatos em um desenho.
Alguns podem ser percebidos, como a direção e a posição;
alguns são para ser sentidos, como o espaço e a gravidade.
Com esses elementos, pode-se criar uma composição visual, tanto
abstrata, como figurativa, de acordo com a intenção do artista. Os elementos
da linguagem visual são definidos por Wong (1998), como: formato, tamanho,
cor e textura.
Então, pode-se perceber que com os elementos visuais são de certa
forma, mensuráveis, podem ser observados e são utilizados para tornar visíveis
os elementos conceituais. Além dos elementos conceituais e visuais, existem
os elementos relacionais, responsáveis pela inter-relação entre as formas e sua
localização em um desenho, conforme afirma Wong (1998, p. 43):
Para a melhor compreensão de cada um dos elementos relacionais e a
sua função na composição, Wong (1998) define esses elementos como:
direção, posição, espaço e gravidade.
Portanto, deve-se considerar a função e a importância dos elementos
relacionais, os quais são responsáveis pelas inter-relações dentro da
composição, os quais são em parte sentidos, em parte percebidos, para melhor
compreensão dessa composição visual. Para completar, o autor define o último
grupo dos elementos como elementos práticos: “Os elementos práticos estão
subjacentes ao conteúdo e extensão de um desenho.”
Diferentemente dos elementos dos grupos anteriores, que
contemplavam quatro elementos em cada grupo, os elementos práticos, de
acordo com Wong (1998), são três: representação, significado e função.
De posse dos elementos da linguagem visual é possível se expressar
criativamente, apreciar e compreender as produções artísticas disponíveis,
sejam em murais, museus, galerias de arte, livros ou na internet.
No quadro abaixo, os elementos da linguagem visual estão definidos
para a sua melhor compreensão, conforme Wong (1998, p. 42-44):
ELEMENTOS CONCEITUAIS
ELEMENTOS VISUAIS
ELEMENTOS RELACIONAIS
ELEMENTOS PRÁTICOS
Ponto Formato Direção Representação
O ponto serve para indicar posição. Não possui dimensão exata e não ocupa nenhum local ou área. É o começo e o final de uma linha e o local de cruzamento ou de encontro de duas linhas.
É o aspecto que fornece a principal identificação de uma representação gráfica. Tudo que pode ser visto possui um determinado formato.
Vai variar de acordo com a relação que a forma estabelece com o observador, com o seu enquadramento, ou com os outros formatos que se encontrarem próximos a ela.
Uma determinada forma, quando originada da natureza ou criada é de representação ou figurativa. A representação dessa forma pode ser quase abstrata, realista ou estilizada.
Linha Tamanho Posição Significado
O movimento definido por um ponto em um espaço produz uma linha, a qual não possui dimensão de largura, mas tem comprimento. Possui direção e posição e é limitada por pontos. Define os contornos de um plano.
É uma característica inerente a todos os formatos, a qual pode ser relativa ao considerar-se grandeza ou pequenez, porém pode ser mensurável fisicamente.
É compreendida por meio da relação de uma forma, com a estrutura à qual integra ou com o seu enquadramento.
Está representado no desenho, quando a imagem emite uma mensagem.
Plano Cor Espaço Função
O percurso de uma linha em movimento em direções não intrínsecas forma um plano, o qual possui largura, comprimento, direção e posição, porém, não possui espessura. É delimitado por linhas. Representa os limites externos de um volume.
Pode-se distinguir um formato de seu entorno por causa da cor. Em seu sentido amplo abrange todas as matizes do espectro solar e também as neutras, que são as cores: branco, preto e todos os cinzas intermediários, além de todas as tonalidades e variações cromáticas.
Independente do tamanho, as formas ocupam um determinado espaço, o qual pode ser preenchido ou não. Esse espaço pode sugerir perspectiva ou ser plano.
Está contida na imagem, quando esta cumpre uma finalidade. .
Volume Textura Gravidade
O percurso definido pelo movimento de um plano em outra que não seja a sua direção intrínseca, produz um volume. Além de ser delimitado por planos, o volume tem posição no espaço, O volume é ilusório quando utilizado em um desenho bidimensional.
É o elemento que caracteriza e diferencia a superfície de qualquer formato. Pode ser de vários tipos: áspera, lisa, regular, irregular, simples, complexa. A textura pode ser percebida tanto visualmente como através do tato.
A gravidade é sentida de maneira psicológica e não visual. Pela influência da gravidade terrestre, as formas ou seus conjuntos podem sugerir leveza ou peso e também podem ser estáveis ou instáveis.
Tabela 1: Classificação dos elementos da linguagem visual Fonte: Tabela realizada a partir da descrição e classificação dos elementos da linguagem visual segundo Wong (1998, p. 42-44)
A síntese da paisagem transcende o desenho. Quando
desenha um pinheiro, o recorta, como se imprimisse outro
significado ao objeto. O simbolismo torna-se real. Poty vai
além. O sujeito e o objeto se encontram no traço marcante de
Poty, revelando a qualidade do seu trabalho. Como gravador
e contemporâneo de Goeldi, descreve o cotidiano mais do que
a paisagem: fazia crônicas do dia-a-dia.
Cada artista tem uma forma diferente de expressar-se visualmente, um
estilo próprio de criar, de demonstrar a sua arte.
Poty utilizava-se de uma grande variedade desses elementos,
expressando-se em gravuras, ilustrações e murais. A síntese do seu trabalho
extrapola o simples desenho. Segundo Sandrini (2012, p. 10) in Poty, 1924-
1998. Poty, de todos nós:
Devido ao seu conhecimento sobre arte, composição e domínio de
técnicas artísticas diversas, Poty Lazzarotto tinha consciência do que criava e o
fazia com dedicação e de forma peculiar. Imprimia em sua produção artística a
sua identidade, uma característica própria e um estilo inconfundível.
VAMOS analisar as IMAGENS E IDENTIFICAR SEUS ELEMENTOS
1 – Observe atentamente o painel que Poty Lazzarotto criou e que está
localizado no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais –
PR.
Ilustração 7: LAZZAROTTO, Poty. "Aeroporto: a porta para o mundo" – 1996 Foto: Acervo particular Adilson Klisievicz (2012)
a) Escreva detalhadamente tudo o que você pode identificar nesse mural:
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b) Quais são as cores predominantes nesse mural de Poty?
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c) Há uma variedade de elementos conceituais nesse painel? Explique.
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d) Quanto aos elementos relacionais presentes: Quais poderão ser
identificados? Cite os elementos relacionais.
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2 – Visualize com atenção este detalhe da mesma obra de Poty.
Ilustração 8: LAZZAROTTO, Poty. Detalhe da obra "Aeroporto: a porta para o mundo" – 1996
Foto: Acervo particular Adilson Klisievicz (2012)
a) Em relação aos elementos práticos da imagem (representação,
significado e função), como você justifica escolha das figuras que o
artista utilizou neste detalhe selecionado? Explique:
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b) Considere o tamanho das figuras e compare as dimensões de cada
uma. Essas figuras estão expressas em seu tamanho normal? Há
variação de tamanho? Explique:
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c) Analise o detalhe da obra e observe como Poty resolveu um dos
elementos relacionais, o espaço. De que forma o artista utilizou o
espaço para essa composição? Descreva resumidamente.
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d) Com relação a um dos elementos práticos, o significado. Esse elemento
foi explicitado nas imagens observadas no painel? Responda e
exemplifique.
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3 – Observe atentamente o detalhe abaixo, da mesma obra de Poty e responda
as questões.
Ilustração 9: LAZZAROTTO, Poty. Detalhe da obra "Aeroporto: a porta para o mundo" – 1996 Foto: Acervo particular Adilson Klisievicz (2012)
a) Após analisar a direção, que é um dos elementos relacionais, responda
como o artista organizou as figuras? Há um padrão ou variação de
direção? Explique.
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b) Um dos elementos práticos é a representação. Analise atentamente este
detalhe da obra de Poty e responda qual tipo de representação o artista
usou e como você a explica?
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4 – No espaço abaixo, crie um painel. Escolha um tema diferente. Use a sua
criatividade e utilize vários elementos da linguagem visual na composição do
painel.
a) Crie seu painel. Lembre-se de mencionar o título da sua criação.
Título:
b) Descreva quais os elementos da linguagem visual você utilizou na
composição do seu painel e quais foram os critérios de escolha. Explique
detalhadamente.
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Atividade 04
ARTE URBANA, PRODUÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO: VÍDEOS, FOTOGRAFIAS, DESENHOS DE OBSERVAÇÃO E RELATOS
Ilustração 10: LAZZAROTTO, Poty. Foto. Painel Cerâmico “Curitiba e sua Gente”. 1996 Fonte: Disponível em <http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php? conteudo=301 Acesso em Nov. 2012.
As paisagens urbanas fazem parte do cotidiano de várias pessoas e são
diversas. Mostram vários elementos visuais e estão em constante modificação.
As grandes cidades contemplam uma diversidade cultural, com várias
manifestações artísticas, as quais estão disponíveis com suas linguagens
artísticas específicas.
Uma cidade é como um organismo vivo, que
cresce e se transforma numa velocidade muito
grande. Prédios antigos são demolidos, novas
construções aparecem, áreas próximas são
loteadas e novas ruas são asfaltadas.[...]
Representar uma cidade é um desafio para os
artistas. Eles registram em desenhos, pinturas,
gravuras e fotografias a forma como as pessoas e
os edifícios ocupam a paisagem natural.
Essa constante modificação que sofre a paisagem urbana, se deve em
parte a uma série de fatores, conforme afirma Meira (2009, p. 114):
Dentro desse contexto aparece a arte urbana, a qual é representada em
espaços públicos e está disponível a um número muito grande de
expectadores. Estes, por sua vez, podem apreciar essa arte e por
consequência, ter acesso ao conhecimento estético que ela proporciona e
desta forma, situar-se dentro dessa produção artística, que ao mesmo tempo,
reflete a identidade do seu cotidiano urbano.
Muitas das obras de arte urbana são transformadas em patrimônio
cultural, para que sejam preservadas, considerando-se o seu valor artístico,
histórico e social. Conforme Meira (2009): “Existem órgãos responsáveis pela
preservação do patrimônio cultural em cada estado e cada município.”
Poty Lazzarotto teve participação intensa na criação de obras artísticas
que modificaram a paisagem urbana da cidade de Curitiba, interferindo
positivamente na sua estética. Criou diversos painéis e murais, dispostos em
vários locais públicos e particulares. De acordo com Niculitcheff (1994, p. 106):
“[...] Poty fez sua primeira obra mural no Paraná, no Hotel Aeroporto, de
Ingeborg Rusti, um mural a têmpera, técnica em que o pigmento da tinta
precisa ser dissolvido na clara de ovos [...]”.
O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele - nos toca e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos.
Além disso, o artista realizou diversos outros trabalhos, conforme afirma
Niculitcheff (1994, p. 106): “Poty faz pinturas murais para o pórtico do Pavilhão
de Exposição do Centenário e o seu primeiro mural em azulejos, o do
Monumento ao Centenário, na Praça 19 de Dezembro.”
Ilustração 11: LAZZAROTTO, Poty. Foto. Painel em azulejos “Monumento ao Centenário” Fonte: Disponível em < http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteúdo =299>
PRODUÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEOS
O vídeo é uma das ferramentas tecnológicas que podem ser utilizados
na aprendizagem, de forma a favorecer o entendimento dos conteúdos
abordados em uma determinada disciplina, principalmente em arte, pelo fato de
utilizar imagens, quando se abordam as artes visuais.
Pela sua característica audiovisual, o vídeo proporciona uma experiência
sensorial diferenciada, pois toca nossos sentidos de uma forma peculiar,
conforme afirma Moran (1995, p. 28):
O vídeo explora também e, basicamente, o ver,
o visualizar, o ter diante de nós as situações, as
pessoas, os cenários, as cores, as relações
espaciais (próximo-distante, alto-baixo, direita-
esquerda, grande-pequeno, equilíbrio-
desequilíbrio). Desenvolve um ver entrecortado -
com múltiplos recortes da realidade - através
dos planos - e muitos ritmos visuais: imagens
estáticas e dinâmicas, câmera fixa ou em
movimento, uma ou várias câmeras,
personagens quietos ou movendo-se, imagens
ao vivo, gravadas ou criadas no computador.
Além dessas características sensoriais e emotivas, o vídeo utiliza
imagens em movimento, as quais fornecem uma quantidade de informações
mais detalhadas e completas do que outras ferramentas. Essas informações
estão expressas em imagens, sons, legendas, narração e efeitos, que chamam
a atenção do expectador. De acordo com Moran (1995, p. 28):
Portanto, o vídeo será a nossa principal ferramenta nesta atividade, a
qual nos fornecerá subsídios para trabalhar com a arte de Poty Lazzarotto na
manipulação e edição de imagens em movimento.
A criação de vídeos produzidos e editados pelos alunos integrantes da
implementação desse material didático, proporcionará um melhor entendimento
da produção do artista em questão, de forma a auxiliar a compreensão e
conhecimento dos seus trabalhos artísticos e dentro desse contexto, a
valorização da arte urbana, utilizando-se das novas tecnologias para sua
divulgação.
VAMOS VISITAR, APRECIAR E REGISTRAR
1 – Vamos realizar uma visitação a algumas das obras do artista Poty
Lazzarotto, situadas na cidade de Curitiba (PR). Grande parte da produção
desse artista está localizada em espaços públicos, em praças e ruas, na forma
de painéis ou murais. É importante você prestar atenção às obras visitadas,
para apreciá-las e observar todos os detalhes: utilize máquinas fotográficas, de
vídeo, registre com desenhos e descreva a obra com detalhes. Desta forma,
poderá elaborar um trabalho de qualidade e conhecer a arte de Poty
Lazzarotto.
SUGESTÃO
Se você não reside em Curitiba (PR), poderá visualizar na internet
algumas obras de Poty Lazzarotto, em forma de painéis e murais nos links
abaixo:
http://www.cultura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=296
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1302282&tit=Pa
sseando-com-Poty-Lazzarotto#ancora
a) Elabore uma lista com os nomes das obras visitadas e mencione e sua
localização.
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b) Descreva o painel ou cada uma das obras visitadas, com detalhes que
considerar importantes: a técnica que Poty utilizou em cada uma das obras,
o tema; as cores; as principais figuras da composição e os demais
elementos da linguagem visual (conforme a abordagem apresentada).
Exemplo: Mural em relevo utilizando concreto, painel de azulejos, painel
com desenhos.
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2 – Utilizando a máquina fotográfica digital, celular ou filmadora digital, registre
imagens de cada obra visitada.
a) Realize diferentes enquadramentos, Com diferentes ângulos de
observação, com aproximação ou distanciamento das imagens.
b) Efetue close dos detalhes que julgar importante. Capture imagens fixas
(fotografias) e em movimento (vídeos).
c) Certifique-se que o armazenamento das imagens capturadas foi
realizado corretamente. Essas imagens serão necessárias para as
atividades posteriores.
3 – Em sala de aula, após a visitação das obras e com os registros feitos,
escolha uma delas e a observe atentamente. Utilizando folhas de papel
canson, lápis e material para colorir, procure desenhar os detalhes do painel ou
mural escolhido. Retrate os elementos utilizados pelo artista na composição da
obra.
4 – Nessa etapa, elabore um texto que contenha a descrição minuciosa das
imagens presentes em duas obras de Poty Lazzarotto, dentre as quais
visitamos. É importante mencionar todos os elementos que compõem as obras
escolhidas por você, como por exemplo: cores utilizadas, proporção das
figuras, tipo de linhas empregadas, formas, posição e outros.
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5 - Reúnam-se em equipes de no máximo 4 colegas, revejam os vídeos, as
fotografias registradas das obras de Poty Lazzarotto, os desenhos dos detalhes
das obras e também leiam as descrições das imagens observadas. Debatam
sobre o material analisado para a produção de uma narrativa audiovisual
(roteiro) e um storyboard.
a) – Elaborem um a narrativa audiovisual ou roteiro para apresentar um
vídeo sobre as obras visitadas do artista Poty Lazzarotto. No roteiro de um
vídeo você deve escolher as imagens que serão utilizadas, trilha sonora,
efeitos, narração, legendas, as informações técnicas, créditos, etc. Você
poderá incluir tudo o que julgar necessário para a compreensão das
pessoas que vão assisti-lo.
SUGESTÃO
Acessem os links abaixo, vocês poderão visualizar alguns modelos de
roteiros para a produção de vídeos, de forma a auxiliar na sua atividade:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1611-6.pdf
http://www.fag.edu.br/professores/rwcamargo/audiovisual/Exemplos_roteiro%2
0(1).pdf
b) Criem um storyboard para complementar o roteiro elaborado,
identificando cada cena e as informações que serão utilizadas no vídeo.
O storyboard é uma sequência de quadros, semelhantes aos que são
usados na linguagem dos quadrinhos, porém sem balões. Contém
informações escritas que serão inseridas nas cenas: imagens, tempo de
duração de cada cena, informações do movimento de câmera, zoom, close
e outras, as quais devem respeitar a sequência do roteiro criado para o
vídeo.
Exemplo de storyboard
Vídeo:
Vídeo: Vídeo: Vídeo: Vídeo:
Trilha:
Trilha: Trilha: Trilha: Trilha:
Locução:
Locução: Locução: Locução: Locução:
Legenda:
Legenda: Legenda: Legenda: Legenda:
Duração:
Duração: Duração: Duração: Duração:
SUGESTÃO
Para conhecer um pouco mais sobre o que é e como pode ser feito um
storyboard acessem os links relacionados abaixo:
https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:MOIxMPJWSLkJ:professor.ucg.b
r/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15381/material/Sinopse,%2520formas%2
520de%2520apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520do%2520roteiro%
2520e.pptx+modelos+de+story+board&hl=pt-
BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjZ49bLkSGVnWJVHTiQlfW-
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http://www.ensino.uevora.pt/inter/storyboard.pdf
A OBRA
DE
POTY
LAZZAROTTO
CRÉDITOS
Produção
João da Silva
Edição
Paulo de Sousa
REFERÊNCIAS
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