7
“Felizmente Há Luar!”- trabalho teórico 1ºdiapositivo Apresentação 2ºdiapositivo Luís de Sttau Monteiro, de seu nome completo Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro, nasceu em Lisboa a 3 de Abril de 1926. O seu pai era o embaixador Armindo Monteiro que exerceu funções diplomáticas em Londres. Foi precisamente em Londres que Sttau Monteiro conheceu a realidade da guerra pois aí vivia à data da 2ª Guerra Mundial. A passagem por Londres permitiu-lhe construir a sua personalidade e a sua obra, pelo contacto com valores estéticos e literários. Regressou a Lisboa e acabou a sua formação académica acabando por se licenciar em direito. Trabalhou ainda como jornalista na revista Almanaque. 3ºdiapositivo Depois da Segunda Guerra, o teatro português abre um novo capítulo em sua história com a criação de várias companhias, com o surgimento de novos dramaturgos e com a busca de uma estética teatral que respondesse às inquietações e anseios dos artistas frente à realidade.

Felizmente Há Luar-Apresentação

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apresentação

Citation preview

Felizmente H Luar!- trabalho terico

1diapositivoApresentao

2diapositivo Lus de Sttau Monteiro, de seu nome completo Lus Infante de Lacerda Sttau Monteiro, nasceu em Lisboa a 3 de Abril de 1926. O seu pai era o embaixador Armindo Monteiro que exerceu funes diplomticas em Londres. Foi precisamente em Londres que Sttau Monteiro conheceu a realidade da guerra pois a vivia data da 2 Guerra Mundial. A passagem por Londres permitiu-lhe construir a sua personalidade e a sua obra, pelo contacto com valores estticos e literrios. Regressou a Lisboa e acabou a sua formao acadmica acabando por se licenciar em direito. Trabalhou ainda como jornalista na revista Almanaque.

3diapositivo Depois da Segunda Guerra, o teatro portugus abre um novo captulo em sua histria com a criao de vrias companhias, com o surgimento de novos dramaturgos e com a busca de uma esttica teatral que respondesse s inquietaes e anseios dos artistas frente realidade. At revoluo dos Cravos, muitas peas foram escritas e pouqussimas delas foram encenadas. Como foram impedidas de subirem cena pela censura instituda pelo governo ditatorial de Antnio Oliveira Salazar, um nmero considervel de obras teatrais chegou a pblico apenas em forma de livro. Da dizer-se que O teatro em Portugal era mais lido que encenado.

4diapositivo principalmente nas duas ltimas pocas que antecedem a Revoluo dos Cravos que o teatro integra nos seus temas e formas a preocupao de abrir o caminho a uma reflexo crtica sobre a realidade, denunciando as injustias sociais e aconselhando um posicionamento conscientemente poltico do pblico. Nesse contexto, o teatro pico desenvolvido por Bertolt Brecht, deu resposta s perplexidades dos dramaturgos portugueses, na medida em que o seu principal objetivo era fazer com que o pblico refletisse e analisasse criticamente os dados que lhes eram fornecidos. Bertolt Brecht era um dramaturgo alemo

5diapositivo Brecht prope um afastamento entre o ator e a personagem e entre o espetador e a histria narrada para que, de uma forma mais real e autntica, possam fazer juzos de valor sobre o que est representado. O ator deve, lucidamente, saber utilizar o gesto social, examinando as contradies da personagem e as suas possveis mudanas, que lhe permitam acentuar o desfasamento entre o seu comportamento e o que representa. Isto conduz o pblico espetador a uma correspondente distanciao relativamente histria narrada e, consequentemente, a uma possvel tomada de conscincia crtica, aprendendo o prazer da compreenso do real. Esta distanciao possibilita uma aproximao entre o ator e o espetador, na medida em que os dois se afastam em relao histria narrada e podem, como pessoas reais, discutir o que se passa em palco.

6diapositivo Assim, Bertolt Brecht afirma: Ou seja, o teatro clssico conduz o pblico iluso e emoo, levando-o a confundir o que arte com a vida real. H um efeito alucinatrio e hipntico que permite tomar a representao pela prpria realidade.

7diapositivo J o teatro pico brechtiano faz uma anlise crtica da sociedade, mostrando a realidade e, por isso, substitui o sentir pelo pensar. Esta tcnica, chamada a tcnica da distanciao deve permitir o envolvimento do espetador no julgamento da sociedade. Por isso, o teatro pico implica cumprimento, crtica contra o individualismo, consciencializao perante o sofrimento dos outros e a realidade social. Deve, na sua tarefa pedaggica, instruir os espetadores na verdade e incit-los a atuar, alertando-os para a condio humana. O espetador deve ter um olhar crtico para se aperceber melhor de todas as formas de injustia e opresso.

8diapositivo A pea no se destina representao apenas de uma ao ou de uma personagem histrica, mas sim, reflexo sobre o presente partindo da figurao de um momento da histria passada com que o presente mantm uma relao similar. Esta pea exige tambm uma atitude diferente por parte do espetador que deve abandonar uma atitude passiva e, distanciado do real representado, assumir uma atitude crtica que lhe permita intervir. nesta dupla perspetiva que se pode falar em influncia Brechtiana na pea de Sttau Monteiro, j que tambm Brecht procurava uma distanciao entre o ator e a personagem e entre o espetador e a histria narrada. Em Felizmente H Luar!, o tempo, o espao e as personagens so trabalhados de modo a que a distanciao se concretiza, recorrendo, muitas vezes, a um historiar dos acontecimentos representados e ao acentuar da preciso do lugar cnico. Interessa ao dramaturgo que o ator se revele lcido para que se afaste da sua personagem e, sobretudo, que o espetador se confronte e se esclarea, partindo da identificao inicial de dois tempos e de dois mundos diferentes. O autorprocura retirar quaisquer elementos que possam apelar ao sentimento, cortando os elos de ligao de empatia entre atores e espectadores, dado que o seu objetivo que captem a mensagem pela razo. As prprias personagens, em algumas cenas, so posicionadas em palco pelo ator, deliberadamente para cortar qualquer empatia que se possa gerar entre atores e pblico.

9diapositivo Ao escrever esta pea Sttau Monteiro visa denunciar, no s as atrocidades cometidas durante o regime absolutista, mas tambm despertar os laitores/espectadores para as crueldades e injustias que se cometiam em Portugal durante o perodo do fascismo. O sculo XIX uma metfora para se falar do sculo XX, num tempo em que a censura proibia tudo o que fosse contra o poder institudo.As crticas so a todos os nveis. Ele pretende desmascarar toda uma sociedade hipcrita que assenta na represso e no subdesenvolvimento. Com ideologias arcaicas o pas no pode evoluir. Ogrande objectivode Lus de Sttau Monteiro didtico,pretende levar a uma profunda reflexo da sociedade do seu tempo. Esta uma forma de incitar revolta e subverso de um regime autoritrio e repressivo que est a mutilar o pas e a coloc-lo como retrgado aos olhos do mundo. Pensando conseguir despertar as conscincias, o autor pretendia contribuir tambm para a transformao da sociedade em que se inseria. Ler os pontos.

10diapositivo Entre o clero, a nobreza e o povo, o autor recruta elementos que interagem com base num acontecimento histrico: a conspirao de 1817. Caracterizao das personagens: D.Miguel Forjaz: corrompido pelo poder civil; Principal Sousa: favorvel ao obscurantismo do povo para os tiranos governem livremente; Beresford: desprezo e sarcasmo em pessoa, denunciador do Portugal de intrigas e traies; Vicente: revoltado com a sua condio social, traidor para ser promovido, falso humanitarista; Manuel: corajoso ao tomar a palavra em nome do povo a quem Matilde pede ajuda; Sousa Falco: angustiado com a condenao do general; Frei Diogo de Melo: (); Matilde de Melo: denunciadora do interessa e da hipocrisia, polarizadora do amor, do dio e da sinceridade, enfurecida pelo desespero. Notas margem: O autor lembra que, e passo a citar, tudo o que se vai passar no palco tem um significado preciso. Mais: que os gestos, as palavras e o cenrio so elementos de uma linguagem a que tm de adaptar-se. Elementos da luz e do som: A luz e a escurido movimentam-se entre as personagens e o espao, chegando a haver jogos de luz e de sombra ou apenas de penumbra. Salienta-se o som dos tambores que ameaa ou prepara um clima de guerra. Linguagem: Sempre apropriada a cada personagem. Por exemplo, em Beresford a do interesseiro, trocista e sarcstico; em Matilde a da mulher em devaneio, em desespero ou em revolta.